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GABRIELA SILVEIRA E SOUZA MAYARA DE MORAES SFREDO MAYARA SCHADEN EXTERKOETTER FLORIANÓPOLIS, JULHO DE 2008. UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA CENTRO TECNOLÓGICO DPTO. DE ARQUITETURA E URBANISMO HABITAÇÕES POPULARES E TÉCNICAS CONSTRUTIVAS

Artigo 1 - Habitações Populares e Técnicas Construtivas

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Artigo sobre habitações populares, arquitetura e construção.

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  • GABRIELA SILVEIRA E SOUZAMAYARA DE MORAES SFREDO

    MAYARA SCHADEN EXTERKOETTER

    FLORIANPOLIS, JULHO DE 2008.

    UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINACENTRO TECNOLGICODPTO. DE ARQUITETURA E URBANISMO

    HABITAES POPULARES E TCNICAS CONSTRUTIVAS

  • SUMRIO

    INTRODUO ........................................................................................ 3HISTRIA DO BNH CONJUNTOS HABITACIONAIS

    UNIDADE DE HABITAO DE MARSELHA CONJUNTO HABITACIONAL DA BOUAMORADIA ESTUDANTIL DA UNICAMP QUINTA MONROYHUFEISENSIEDLUNG BRITZ ZEZINHO MAGALHES PRADO CONJUNTO RESIDENCIAL EM COTIA, SP CONJUNTO HABITACIONAL DA MOOCA

    TCNICAS CONSTRUTIVAS SISTEMA VIGA-LAJE EM MADEIRA COBERTURAS DE TIJOLO SOBRECARREGADONOVAS TCNICAS PARA PAREDES

    CONCLUSOREFERNCIAS BIBLIOGRFICAS

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  • INTRODUO

    A carncia habitacional vista no mundo, agravada principalmente depois das Guerras Mundiais, ps em discusso a produo em larga escala de habitaes para a populao de baixa renda. Com isso, muitos conjuntos habitacionais foram criados no mundo, a fim de amenizar essa carncia, mas essa produo ainda no atingiu nveis tolerveis de conforto para seus habitantes. Os espaos mnimos, o barateamento da construo, a m insolao e ventilao, as tcnicas usadas, os materiais de m qualidade e os erros estruturais so alguns fatores que agravam as precrias condies de vida dos cidados.

    Com o intuito de melhorar algumas dessas questes e principalmente reduzir os custos das obras, que em muitas vezes so financiadas pelo poder pblico ou instituies privadas, a industrializao da habitao mnima aderiu utilizao de tcnicas construtivas variveis da produo civil.

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  • A criao do Banco Nacional da Habitao (BNH) em 1964 tem como objetivo a construo de moradias, predominando os conjuntos habitacionais, afim de solucionar o problema das remoes das favelas, muitas vezes marcadas por episdios de grande violncia. E tambm financiar a casa prpria para determinados segmentos da populao.

    O modelo institucional do BNH se caracterizou pela centralizao na gesto, ausncia de participao social, desarticulao nas polticas setoriais, preferncia por grandes obras em busca do custo-benefcio em grande escala e incorporao da lgica dos agentes promotores. Algumas destas caractersticas, no entanto, foram responsveis pela maior interveno governamental em toda a histria das cidades brasileiras, com o financiamento de mais de 4,5 milhes de moradias, centralizando todos os recursos disponveis para a habitao e grande parte destinada ao saneamento.

    A dificuldade de atingir os estratos sociais de mais baixa renda, entretanto, impediu que esta poltica de construo de conjuntos habitacionais interrompesse o circuito da produo informal da moradia, transformando-se, ela mesma, muitas vezes, em problema, no s pela baixa qualidade das solues habitacionais propostas, em termos construtivos e estticos, como em termos urbansticos, sendo muitas vezes responsveis por processos de periferizao e de favelizao das suas imediaes.Como sinal do incio do processo de reviso da postura governamental frente ao problema habitacional, ainda no final da dcada de 1970, foram implementados alguns "programas alternativos" que buscavam incorporar a autoconstruo atuando tambm na urbanizao de favelas. Esta reviso buscava se antecipar a uma crtica da sociedade brasileira com relao poltica habitacional vigente. Na primeira metade da dcada de 1980, os programas alternativos de urbanizao de favelas j comeavam a se consolidar dentro do BNH, quando a instituio foi afetada pela forte crise financeira internacional e pelo debate contra as prticas autoritrias da ditadura, ocorreu um processo de fragmentao institucional interno que culminou com a sua extino em 1986. O vcuo deixado pela extino do BNH teve efeito devastador tanto no financiamento de programas e projetos quanto na construo de referncias, que s foram substitudas gradativamente no final da dcada de 1980 e ao longo da dcada de 1990, por iniciativas de programas habitacionais e de urbanizao de favelas, por parte das administraes municipais. Estes programas se constituam como um novo padro de poltica, partindo de outros pressupostos ancorados principalmente na necessidade de construo de um pacto social com a comunidade.

    A HISTRIA DO BNH

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  • CONJUNTOS HABITACIONAIS UNIDADE DE HABITAO DE MARSELHA

    LE CORBUSIER

    Aps a 2 Guerra Mundial foi criado o Ministrio da Reconstruo da Frana que incumbiu L Corbusier de projetar uma habitao coletiva a fim de diminuir o dficit de moradias. O projeto, que se instalou na cidade porturia de Marselha, tambm ficou conhecido pelo termo Cit radieuse (cidade radiosa), visto que procurava recuperar em um edifcio monumental a dinmica da vida urbana.

    O edifcio foi projetado no sistema domin para acomodar 1600 moradores com 23 tipos diferentes de plantas (duplex), totalizando 337 apartamentos em 17 pavimentos, consistindo numa enorme construo de 140 metros de comprimento de fachada, 24 metros de largura e 56 metros de altura. Ele tambm abriga elementos estruturais da cidade de primeira ordem, remetendo funcionalidade, como creche, hotel, comrcio, dando um carter auto-suficiente ao edifcio. Foram projetadas tambm circulaes horizontais, ruas internas, e uma circulao vertical.

    O conjunto segue diretrizes modernista, utilizando os 5 pontos de L Corbusier. A estrutura principal o concreto armado, elevando a edificao do solo atravs de pilotis. Os pilares ficam recuados na fachada, proporcionando uma fachada livre com elementos pr-fabricados e brises de concreto revestindo-as. 5

  • Em termos de conforto ambiental, Le Corbusier aplica uma srie de estudos sobre ventilao e insolao. O fato de cada apartamento possuir uma abertura em cada uma das fachadas permite a existncia do efeito-chamin e da ventilao cruzada, promovendo constante renovao do ar e sua adequao temperatura interna sem a necessidade de equipamentos de condicionamento do ar ou da temperatura.

    A implantao do edifcio segue a orientao do Sol, por isso a fachada norte cega (por no incidir Sol), e o restante possui brise de soleil. A concepo esttica do edifcio repousa em um iderio rigidamente moderno: modularizado, retilneo, racional. Chega inclusive a se utilizar da combinao neoplstica de cores na fachada. O edifcio construdo em concreto armado aparente e tem na modulao e pr-fabricao dos seus elementos construtivos o ideal esttico da mquina de morar. Apresenta a massa da sua composio, com materiais na sua forma bruta e os processos produtivos no so apagados.

    Este projeto exemplo icnico da arquitetura de habitao coletiva do Movimento Moderno. O enquadramento em que nasceu e a perenidade que se reconhece uma herana que nos indiscutvel. A doutrina de Corbusier tornou-se numa ferramenta essencial para providenciar as exigncias da casa de todos, sustentada na padronizao de parmetros de qualidade e a industrializao da construo.

    O teto jardim abriga alguns servios e reas de lazer, enquanto o trreo livre, sob pilotis, destinado a atividades sociais e ampliao da viso da cidade. As divises internas so flexveis, fazendo com que cada apartamento se adeque a estrutura familiar dos habitantes.

    CONJUNTO HABITACIONAL DA BOUALVARO SIZA VIEIRA

    Implantado num lote triangular no Bairro Boua, na cidade de Porto, em Portugal, o conjunto habitacional situa-se entre a linha do caminho de ferro e a Rua da Boavista. O arquiteto do projeto foi lvaro Siza Vieira, que contou com as primeiras idias antes mesmo de abril de 1974 e cuja arquitetura urbana e habitacional foi iniciada depois de 25 de abril de 1974, desenvolvido no mbito do plano de habitao de emergncia SAAL (Servio Ambulatrio de Apoio Local).

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  • O edifcio projetado por lvaro Siza constitudo por 128 fogos, dispostos por quatro blocos de apartamentos duplex de 3 quartos. O acesso aos edifcios feito atravs de escadas individuais exteriores que ligam o primeiro ao segundo piso, e por uma galeria aberta no terceiro.Como soluo construtiva, apoiou-se diretamente as lajes em paredes divisrias de blocos de beto, tendo o nmero de pilares drasticamente reduzido. A fim de evitar sobrecargas nas finas lajes de pavimento, utilizaram-se blocos Ytong nas paredes interiores e fachadas, enquanto o sistema de cobertura, de duas guas em chapa ondulada de fibrocimento, fica oculto por trs de um parapeito alto. Neste, os algerozes so embebidos nas empenas por meio de uma simples cofragem de beto.

    A simplicidade dos acabamentos interiores feita de mosaicos de corticite nos pavimentos, paredes em estuque projetado e canalizaes expostas. As caixilharias das janelas, em vidro nico, so pintadas de amarelo claro; na qualidade do seu desenho, evidente o esforo de produzir um pormenor esbelto e elegante, apesar das condies adversas. As meias-portas interiores a caixilharia fomentam um bairrismo genuno, garantindo, simultaneamente, a privacidade das habitaes.Nas fachadas um reboco mecnico tenta superar o isolamento deficiente, obtido pelo pano nico de alvenaria existente. A faixa de encarnado escuro no coroamento de edifcio recorta-se na brancura que envolve o conjunto.Nas escadas exteriores, as esbeltas lajes de beto aparente, expem o observador ao nico material no revestido do conjunto.

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  • A recente reforma pela qual o conjunto passou, foi garantida pela regenerao urbana e habitacional do pequeno Bairro, que incluiu a profunda reabilitao construtiva em termos de conforto ambiental dos 56 fogos preexistentes ao esta feita com os moradores no local , a concluso do plano inicial com o desenvolvimento de 72 novas habitaes, a criao de um estacionamento subterrneo e todos os espaos pblicos que do coeso u rbana renovada in te r veno me lho rando essencialmente a vida dos moradores locais.

    MORADIA ESTUDANTIL DA UNICAMPJOAN VILL

    A moradia estudantil da Universidade Estadual de Campinas, construda entre os anos de 1989 e 1991 pelo arquiteto Joan Vill, um exemplo de conjunto habitacional unifamiliar e de arquitetura pr-fabricada.

    Situada num lote de 55 mil metros quadrados, nos quais 17 mil so de rea construda, possui a capacidade para acomodar 1600 universitrios. formada por unidades autnomas de 63 metros quadrados, organizadas em grupos de trs formando alas a cada 27 moradias. As unidades so interligadas por jardins internos e cada ala possui sala de estudos e centro de convivncia.

    Atualmente no se encontra em estado de conservao adequado, e o motivo principalmente a falta de manuteno tanto por parte da administrao que possui poucos recursos destinados a isso, quanto dos prprios moradores.

    O sistema construtivo da moradia estudantil

    emprega pr-fabricados feitos com blocos cermicos solidarizados por concreto e nervura central com barras de ao. Leves e de rpida execuo, esses painis so montados sobre gabaritos de madeira, PVC ou metal e podem ser aplicados em lajes, paredes, coberturas e escadas.

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  • A tcnica comeou a ser desenvolvida no incio dos anos 1980 por alunos e professores do curso de arquitetura da Escola de Belas-Artes de So Paulo, que buscavam solues para a questo habitacional brasileira, e teve continuidade em 1986, quando Vill passou a desenvolver o sistema na Unicamp. Ela no teve aplicao em larga escala, para a qual foi desenvolvida, mas ainda adotada nos projetos de Vill.

    QUINTA MONROYELEMENTAL

    A regio de Quinta Monroy, localizada na cidade de Iquique, em pleno deserto chileno, foi ocupada ilegalmente por cerca de 100 famlias a mais de 30 anos. Quando o local passou por um processo de urbanizao, o governo chileno resolveu manter os moradores no mesmo terreno de apenas 5 mil metros quadrados. Pois os mesmos no aceitavam ser transferidos para a periferia. Para solucionar o problema, os arquitetos do grupo elemental criaram pequenos blocos, constitudos de casas trreas com apartamentos no pavimento superior. Ambos em um sistema onde o prprio morador poderia aumentar sua moradia de acordo com a necessidade. O sistema simples, a casa ou apartamento entregue com 36 metros quadrados, com 34 metros quadrados de rea livre, j separada para futuras expanses. Pelo fato de que aproximadamente 50% da unidade seria construda pelos prprios moradores, a estrutura foi projetada para servir como suporte, evitando assim os problemas de uma obra mal projetada que pudesse prejudicar as estruturas j existentes.

    Mesmo os cmodos sendo apertados, pois a cozinha, banheiro, quarto e escada, se encontram nos 30 metros quadrados iniciais, existe a possibilidade de remover paredes a medida que a famlia expande a casa, tornando os cmodos mais espaosos e possibilitando at mesmo plantas com trs quartos. O conjunto habitacional foi implantado em 2004, e logo aps dois anos, j eram visveis as transformaes nos blocos, j que praticamente todas as unidades apresentavam expanses. 9

  • HUFEISENSIEDLUNG BRITZBRUNO TAUT

    P ro je tado po r Martin Wagner e Bruno Taut, sua projetuao e construo durou de 1925 1927. Seu nome se d pelo formato do edifcio principal em forma de ferradura (Hufeisen ferradura; Siedlung bairro econmico).

    O Hufeisensiedlung uma sntese do modelo de cidade-jardim com estruturas metropolitanas, como os conjuntos de moradia de aluguel. A construo do prdio convencional tijolos e concreto, porm, usada tambm a pr-fabricao de elementos, que gera uma forma rpida e econmica de construo mas no o conceito: no Hufeisensiedlung est aplicada a 'neues bauen' (nova construo), que defendia espaos arejados e bem iluminados idias que vieram de encontro s idias da poca. Alm disso, tambm eram usadas formas simples, fachadas coloridas e espaos diferenciados, que contribuam para a identidade dessa nova arquitetura social. E s t e c o n j u n t o habitacional, junto com outros 5, foram e n v i a d o s p e l a S e c r e t a r i a d e D e s e n v o l v i m e n t o Urbano alem para a Unesco, a fim de fazerem parte da lista de patrimnio cultural desta.

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  • ZEZINHO MAGALHES PRADOVILANOVA ARTIGAS

    O Conjunto Habitacional Zezinho Magalhes Prado, conhecido tambm pelo nome de Cecap-Cumbica, foi encomendado pelo extinto rgo CECAP (Caixa estadual de casas para o povo) aos arquitetos Vilanova Artigas, Fbio Penteado e Paulo Mendes da Rocha.

    Construdo para acomodar cerca de 55 mil habitantes em um terreno de 130 hectares nos arredores de Guarulhos na grande So Paulo, o projeto inclui uma completa infra-estrutura urbana, tais como escolas, centro de sade, clube, cinemas, hotis, comrcios variados, etc. As unidades foram divididas em grandes blocos autnomos, com seus prprios equipamentos urbanos, numa rea de 15 hectares e com capacidade para 9.884 habitantes.

    No projeto foram realizados estudos preliminares do terreno, da tcnica, materiais, investigao da espessura e tratamento do concreto, do revestimento de pisos e paredes, divisrias, caixilhos e parte hidrulica para garantir uma boa implantao. A obra tambm apresenta cores vivas que diferenciam os apartamentos entre si, criando um efeito de mural multicolorido. Enquanto que as janelas adotadas so espaosas e de correr, bem diferentes daquelas utilizadas pelos conjuntos do BNH. No entanto, seu

    CONDOMNIO RESIDENCIAL EM COTIA, SPJOAN VILL E SLVIA CHILE

    Este condomnio popular situa-se em Cotia, So Paulo, numa regio que mescla antigas chcaras de veraneio, pequenas instalaes fabris e residncias tpicas da periferia. A obra desenhada por Joan Vill e Slvia Chile detentora do Prmio Carlos Milan, conferido pelo IAB/SP em 2002.

    As 24 unidades, distribudas em trs blocos iguais, esto assentadas em diferentes patamares, conforme a topografia. As edificaes construdas com painis de blocos cermicos fogem do convencional graas aos terraos cobertos com telhas metlicas. 11

  • O terreno em aclive condicionou a criao de trs patamares. A soluo melhora a ventilao, a iluminao e a visibilidade, independentemente do posicionamento da unidade. O estacionamento de carros fica junto via pblica.

    Uma das maiores qualidades do projeto a predominncia de espaos comunitrios. O usual. Aqui, cada unidade possui um pequeno quintal nos fundos; no mais, os espaos so compartilhados.

    O conjunto foi construdo com pr-fabricao cermica, que consiste na execuo de painis de blocos cermicos para laje, paredes e escadas, tcnica desenvolvida por Vill Os sobrados possuem configurao convencional. No trreo esto sala, cozinha e rea de servio; no primeiro pavimento, so dois quartos e banheiro.

    Mas o aspecto que diferencia o conjunto est no segundo andar, que abriga um terrao coberto por telhas metlicas. Cada cobertura encima duas casas, com caimento central, do tipo borboleta.

    Esse conjunto, pintado com as cores da bandeira nacional, em tons no convencionais, insinua a vontade dos autores de ajudar a resolver o (grave) problema habitacional do pas.

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  • Em 2005 foi entregue o primeiro conjunto habitacional brasileiro destinado populao de baixa renda com tecnologia inteligente. Ele foi construdo no lugar de um antigo cortio no bairro da Mooca regio central de So Paulo, e serviu para 268 famlias desocuparem os cortios que viviam antes, sua realizao se deu atravs do CDHU Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano, do Governo do Estado de So Paulo. O conjunto conta com trs prdios, de 10, 15 e 16 andares cada, formando dois condomnios. Cada apartamento tem em mdia 60m2 e tem dois dormitrios. O diferencial deste conjunto a tecnologia nele aplicada os apartamentos dispe de uma tecnologia indita na amrica do sul o PLC (Power Line Communications), que faz com que se possa transmitir sinais eletrnicos p e l a r e d e e l t r i c a convencional, podendo assim ter acesso internet, tv cabo e telefone a partir de qualquer tomada do apartamento, alm disso essa tecnologia permite a medio eletrnica e individual de gua, luz e gs. O que faz com que a economia nas contas a pagar de cada usurio aumente.

    Os muturios podero, no futuro, ter acesso linha telefnica, Internet e TV a cabo a partir da tomada comum, que continuar servindo tambm para ligar o ferro de passar roupas, o secador de cabelos e a mquina de lavar, explica Raphael Pileggi, secretrio executivo do Programa Qualihab do CDHU.

    Segundo o secretrio, a adoo da tecnologia permitiu uma reduo de 34% no custo de implantao dos sistemas prediais (redes de gua, luz e gs), o que representa uma reduo de 8% no custo total da obra. "Alm de promover a incluso digital dos moradores", completa.

    CONJUNTO HABITACIONAL DO MOOCA

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  • TCNICAS CONSTRUTIVASSISTEMA VIGA-LAJE EM MADEIRA

    O sistema viga laje em madeira de reflorestamento vem sendo testado em algumas obras, principalmente na cidade de So Paulo, e vem produzindo um excelente desempenho tanto sob o ponto de vista tcnico estrutural como nas potencialidades especficas constatadas na prtica. Esse sistema composto de peas de madeira serrada - sem entalhes para encaixe - unidos por uma barra rosqueada que fortemente apertada nas extremidades. Somente a unio de todos os elementos que compem os fechamentos - paredes, piso e cobertura - que garante a resistncia do conjunto, formando um monobloco ntegro.

    Observa-se que a ausncia de encaixes permite a confeco das peas com instrumentos bsicos de marcenaria e a possibilidade de montagem da edificao sem uso de equipamentos auxiliares de construo e/ou mo de obra especializada. Alm disso, os painis admitem solues arquitetnicas arrojadas, desde que obedecidos os necessrios travamentos entre painis.

    A b a i x o s e g u e m a l g u m a s caractersticas desse sistema construtivo, o qual incorpora prat icidade e economia na realizao da obra.

    Flexibilidade nas solues arquitetnicas Resistncia estrutural; Peas de madeira serrada, sem necessidade de entalhes e/ou encaixes tipo macho/fmea Dispensa vigas e pilares; Possibilita painis de dimenses generosas, se comparado uma casa tradicional em madeira; Racionalizao da construo com perda mnima de materiais construtivos; Rapidez de montagem; Permite o desmonte e remonte em outro local de condies semelhantes; Facilidade de manuteno; Possibilidade de substituio de peas; Possibilidade de desenvolvimento de habitao de interesse social por ajuda mtua e/ou mutiro com necessidade mnima de equipamentos de marcenaria. 14

  • A cultura mexicana, com a finalidade de conservar e difundir suas tradies construtivas utiliza as coberturas de tijolo sobrecarregado, popularmente chamadas de abbodas do Baijo, como expresso de sua cultura arquitetnica autnoma. Esta tcnica que constri coberturas econmicas de tijolo de canto sem cimbramento utilizada na zona central e ocidental do Mxico.

    Esta uma tcnica construtiva muito inteligente e singular de inveno popular. Cada tijolo da cobertura est apoiado ou sobrecarregado sobre o anterior. Sua estabil idade conferida por seu encosto ou sobrecarregamento. semelhana do chamado efeito domin, cada ficha se sustenta sobre a outra ganhando estabilidade, apoiada por outros fatores a seu favor, entre eles sua leveza e a forma abobadada da cobertura. Mesmo que o permetro seja quadrado ou retangular, a tcnica construtiva permite que possa ser poligonal com as irregularidades que o espao interior determine.

    COBERTURA DE TIJOLOS SOBRECARREGADO

    Dentre os procedimentos, existem trs principais. Em primeiro lugar os tijolos se sobrecarregam um sobre o outro em uma contnua sucesso. Em segundo, o tijolo para ser suportado necessita ser leve e pequeno, ao contrrio de um tijolo de base, que precisa ser grande e pesado. Em terceiro, o tijolo necessita ser colocado a seco, para aumentar sua aderncia.

    A lgica construtiva da tcnica agrega uma de suas principais caractersticas: seu baixo custo. A razo econmica se d tcnica e ao tijolo, sua vigncia, sua atualidade e a razo de sua desejada difuso. Ela permite dar uma resposta atual ao eterno problema do fechamento superior de um espao. Por outro lado, permite tambm cobrir, sem nenhum reforo adicional, superfcies aonde o vo menor pode ser de at de 10 metros. Isto quer dizer que os espaos da maioria dos gneros arquitetnicos em particular o habitacional podem ser construdos com esta tcnica.

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  • NOVAS TCNICAS PARA PAREDES

    As paredes autoportantes moldadas in loco com concreto celular suportam inclusiva a laje armada que cobre as casas. Por suas caractersticas, o concreto celular excelente para o fator escala, ou seja, quando se tem muitas construes com as mesmas caractersticas e, principalmente, para conjuntos habitacionais populares. Dentre as diversas vantagens oferecidas, esto a velocidade proporcionada (uma casa pode estar com todas as paredes erguidas entre um e dois dias) e o excelente desempenho trmico.

    O sistema "tilt-up", que vem ganhando espao no Brasil a partir da metade da dcada de 90, consiste na execuo de painis obtidos atravs da concretagem de placas armadas com telas soldadas que, depois de erguidos, se transformam em paredes estruturais autoportantes. Essa concretagem executada no prprio canteiro de obra, propiciando importante reduo nos custos com transporte. O sistema tambm possibilita maior versatilidade arquitetnica e a personalizao dos empreendimentos, permitindo executar obras com diversos formatos (aproveitando-se, assim, qualquer irregularidade do terreno).

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  • A carncia habitacional no mundo abre discusso sobre o tema da industrializao da construo. Os investimentos necessrios, subsidiados pelo governo ou setor privado, para suprir tal demanda so altos, fazendo com que o nico meio de reduzi-los seja a miniaturizao da rea das unidades produzidas e a utilizao de materiais de baixa qualidade. A implantao de tcnicas construtivas como a produo de pr-fabricados, a autoconstruo, produo in loco que no depende do transporte e a utilizao de materiais alternativos reduz muito o custo de tais obras.

    Fica evidente que no basta apenas questes construtivas habitacionais, mas o bom uso da terra urbana, a qualificao da mo de obra e o fluxo do capital imobilirio so fatores importantes na configurao da questo habitao.

    CONCLUSO

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  • REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS?http://pt.wikipedia.org/wiki/Unit%C3%A9_d%27Habitation?Categorias: Arquitectura moderna | Habitaes?http://abarrigadeumarquitecto.blogspot.com/2006/10/o-caminho-de-corbusier.html?http://www.scielo.oces.mctes.pt/scielo.php?pid=S0873-65292001000100008&script=sci_arttext&tlng=pt?http://www.geocities.com/momstoyanov/Webpages/modulor3.htm?http://infohabitar.blogspot.com/2006/04/finalmente-concluso-da-boua-de-siza.html?http://www.prg.unicamp.br/moradia/apresentacao.html?http://www.elementalchile.cl/category/vivienda/iquique/?http://www.itaucultural.org.br/aplicexternas/enciclopedia_ic?http://vilanovaartigas.vilabol.uol.com.br/obras.htm?http://www.arcoweb.com.br/arquitetura/arquitetura370.asp?http://www.planetaorganico.com.br/trabcasaeco.htm?http://www.vitruvius.com.br/arquitextos/arq047/arq047_03.asp?http://www.ibts.org.br/JOR0301_TXT04.HTM?http://www.arq.ufsc.br/arq5661/caleidoscopio.htm?http://www.construclick.com.br/materia.asp?ID=62?http://www.vivaocentro.org.br/noticias/arquivo/270705_a_infonline.htm?http://www.prefeitura.sp.gov.br/portal/a_cidade/noticias/index.php?p=3345?http://www.link.estadao.com.br/index.cfm?id_conteudo=4427?http://www.dw-world.de/dw/article/0,2144,1264702,00.html?http://de.wikipedia.org/wiki/Hufeisensiedlung?http://housingprototypes.org/project?File_No=GER001?http://eng.archinform.net/projekte/620.htm??Boesiger, Wiily, L Corbusier, Editora Martins Fontes, So Paulo, 1994?lvaro Siza 1954-1976, Editora Blau, 1997?Patologias em argamassas de revestimento: Diagnostico da moradia estudantil da Unicamp. C.S.C.C. Silva, G. Camarini?Entrevista Alejandro Aravena. Revista Arquitetura&Urbanismo, ano 22, No 164, novembro de 2007, pgina 72.?Viabilidade econmica as instalao de energia solar na moradia estudantil da UNICAMP. Revista Cincias do Ambiente On-Line Agosto de 2007, Volume 3, Nmero 288.

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