Artigo Aparecida Fatima Alves

Embed Size (px)

Citation preview

  • 7/22/2019 Artigo Aparecida Fatima Alves

    1/25

    Leitura e Interpretao de Mapas e Grficos uma estratgia

    na prtica cartogrfica1

    Aparecida de Ftima Alves Silva

    !esumo" As Representaes Grficas, especialmente mapas e grficos, soelementos importantes na aplicao de contedos geogrficos, porm, porvezes constituem-se em entraves aprendizagem devido s dificuldades ueos educandos enfrentam em manipular estes instrumentos! " presente artigotem como o#$etivo apresentar estratgias de tra#al%o em RepresentaesGrficas visando mel%or entendimento e assimilao deste tipo de linguagem!&sta pesuisa teve como p#lico-alvo educandos da '( srie do &nsino)undamental! " estudo #aseou-se numa anlise e*plorat+ria, caracterizado

    como de natureza ualitativa! " encamin%amento metodol+gico contou comdiversas etapas, iniciando com a sondagem do nvel de aprendizagem dosalunos a partir de uma avaliao diagn+stica! osteriormente foramtra#al%ados contedos pertinentes compreenso desta forma decomunicao, finalizando com a leitura e interpretao de mapas e grficos!.os resultados alcanados com este tra#al%o, destaca-se as significativase*peri/ncias aduiridas no processo ensino-aprendizagem destes contedosgeogrficos!

    #alavras$c%ave0 Representaes Grficas! &stratgias Aplicadas! &nsino-

    aprendizagem! 1ontedos Geogrficos!

    A&stract" 2%e Grap%ic Representations, speciall3 maps and grap%ics, areimportant elements in t%e application of geograp%ic contents, #ut sometimest%e3 #ecome impediments for t%e learning #ecause of t%e difficulties t%at t%estudents face 4%en t%e3 4or5 4it% t%ese instruments! 2%is researc% %ad as atarget pu#lic, student from 't%grade from t%e &nsino )undamental! 2%e stud3%ad an e*plorator3 anal3sis as its support, 4%ic% %ad a ualit3 c%aracteristic!

    2%e met%odological guideline %ad several stages, starting #3 t%e diagnosticsurve3 of t%e students learning level! 6ater, 4e 4or5ed 4it% t%e contents forcompre%ension of t%is t3pe of communication, ending 4it% t%e reading and

    interpretation of maps and grap%ics! 7n t%e results ac%ieved 4it% t%is 4or5, t%emeaningful e*periences acuired in t%e teac%ing- learning process of t%esegeograp%ic contents are detac%ed!

    'e($)ords0 Grap%ic Representations! Applied 8trategies! 2eac%ing-learning!Geograp%ic 1ontents!

    1 Artigo apresentado como tra#al%o final do 9& :rograma de 9esenvolvimento&ducacional do Governo do &stado do aran ; processo de formao continuada,realizado em

  • 7/22/2019 Artigo Aparecida Fatima Alves

    2/25

    1$ I*+!,-./0,

    " atual perodo, denominado tcnico-cientfico, caracterizado

    por um con$unto de novas tecnologias e dados ue perpassam os

    continentes, trazendo muitas transformaes na sociedade! 9iante da

    uantidade imensurvel de informaes ue so apresentadas

    diariamente, em diferentes linguagens :escrita, falada, cartografada e

    grfica@, a Geografia destaca-se como uma ci/ncia primordial para

    a$udar a desvendar os atuais acontecimentos, #em como interpretar

    essas linguagens, favorecendo o entendimento da organizao do

    espao geogrfico!

    As Representaes Grficas % muito tempo so usadas pela

    disciplina geogrfica, mas nem sempre proporcionam resultados

    satisfat+rios! 7sso decorrente, entre diversas razes, do uso de

    metodologias inadeuadas para o ensino-aprendizagem! Es vezes, os

    mapas so usados para pintura ou at mesmo como meras ilustraes

    de um te*to, dei*ando de ser um material pedag+gico! .o caso dosgrficos, so pouco e*plorados por serem vistos como um material de

    difcil compreenso pelos alunos!

    &sses fatos demonstram certas caractersticas tradicionais desta

    ci/ncia como trata as 9iretrizes 1urriculares do &stado do aran para o

    ensino da disciplina0 "No havia, no trabalho metodolgico cartogrfico,

    a preocupao de explicar o ordenamento territorial da sociedade

    (

  • 7/22/2019 Artigo Aparecida Fatima Alves

    3/25

    8endo assim, o fazer pedag+gico deste tema deve ser

    significativo, para ue os alunos compreendam como nossa sociedade

    est espacialmente representada e organizada e como isso pode

    influenciar no seu dia-a-dia!

    " p#lico alvo desse tra#al%o so alunos do &nsino )undamental,

    mais especificamente da '( srie, mesmo considerando ue eles $

    estudaram esses contedos anteriormente, alguns demonstram

    defasagens na assimilao dos mesmos! ortanto, o#$etivo desta

    proposta apresentar princpios desta ferramenta, correlacion-la ao

    espao vivido e sugerir estratgias para ue a aprendizagem ocorra de

    forma concreta, isto , ue ela se$a aplicada pelo educador e assimilada

    pelo educando da mel%or forma possvel!

    " material selecionado para o desenvolvimento do tra#al%o em

    uesto foi organizado a partir da relao da Geografia com a

    1artografia, visto ue uma refere-se aos contedos espaciais e a outra

    aos instrumentos usados para mel%or representao do espao! .a sala

    de aula, foram desenvolvidos temas referentes concepo espacial,

    ressaltando como se d a apropriao destas noes e alguns princpiosdas Representaes Grficas! 9epois foram realizadas diversas

    estratgias :atividades orais e escritas, mauetes, mapas@ para o

    entendimento do tema proposto!

    " referencial te+rico-metodol+gico desta pesuisa, foi #aseado em

    autores como0 Dacues Hertin, Almeida I assini, 1astrogiovanni,

    Bartinelli, entre outros! 9estacando ue eles relacionam muitos

    aspectos das tcnicas cartogrficas como ferramenta para a Geografia,mas ressaltam ue o interesse primordial do seu uso deve ser o

    desenvolvimento dos con%ecimentos geogrficos!

    3

  • 7/22/2019 Artigo Aparecida Fatima Alves

    4/25

    $ F.*-AM*+A/0, +2!I3A

    41 $ Geografia e sua relao com a 3artografia

    " conte*to mundial ue ora se apresenta caracterizado por uma

    intensa gama de tecnologias ue tem provocado transformaes na

    economia, na poltica e na educao! &ssas mudanas trazem novas

    formas de ver e sentir o espao geogrfico, influenciando o ensino da

    Geografia na escola, uma vez ue esta disciplina tem a preocupao de

    fornecer ao aluno su#sdios para ue ele possa JentenderK o mundo e

    fazer uma leitura crtica ou mais atenta desta Jreorganizao espacial e

    socialK! 8egundo 1ALA61A.27

    geografia defronta-se, assim, com a tarefa de entendero espao geogrfico num contexto bastante complexo .avano das t#cnicas, a maior e mais acelerada circulaode mercadorias, homens e id#ias distanciam os homensdo tempo da nature!a e provocam certo encolhimento doespao de rela/es entre elesM!!!N :

  • 7/22/2019 Artigo Aparecida Fatima Alves

    5/25

    tcnico ou vazio sem fins prticos e cientficos! QA22A esclarece

    mel%or esta uesto ao fazer o seguinte apontamento0

    45 # necessrio salientar ue a cartografia escolar deveestar amalgamada de tal forma aos ob6etivos pedaggicosdo ensino da geografia, caso contrrio, pode se tornar ummero ap7ndice na referida disciplina, ao contrrio do uemuitos afirmam, entendo ue a cartografia #imprescind8vel ao ensino da geografia por tratar-se deuma linguagem ue permite apreender, expressar ecomunicar a espacialidade dos fen9menos a fim de ue se

    possam reali!ar e estabelecer racioc8nios geogrficos(%&&*, p )':, grifo nosso+

    1onsiderando o &spao Geogrfico como o#$eto de estudo da

    Geografia, interessante destacar alguns pontos relevantes na

    aplicao desta linguagem! 8eu papel no de ilustrar uma aula, no se

    deve usar o grfico pelo grfico ou o mapa como passatempo para os

    alunos! &la deve ser um recurso de mediao para o mel%or

    entendimento dos contedos geogrficos e, conseentemente, para a

    auisio destes con%ecimentos, conforme contemplam as 9iretrizes

    1urriculares;rop/e-se ue os mapas e seus conte3dos se6am lidos

    pelos estudantes como textos pass8veis de interpretao,problemati!ao e anlise cr8tica ?+

    " principal o#$eto da 1artografia o mapa, sendo um instrumento

    de localizao e representao precioso na Geografia, na medida em

    ue traduz fatos a#stratos em algo concreto! 8egundo A6B&79A &A887.7

    . mapa # uma representao codificada de umdeterminado espao real ;odemos at# cham-lo de ummodelo de comunicao, ue se vale de um sistemasemitico complexo informao # transmitida por meiode uma linguagem cartogrfica, ue se utili!a de tr7selementos bsicos2 sistema de signo, reduo e pro6eo:

  • 7/22/2019 Artigo Aparecida Fatima Alves

    6/25

    A Geografia sempre teve a 1artografia ao seu lado para

    representar o espao! 2odavia, a partir dos anos '=, ocorreu um

    distanciamento entre o ensino da Geografia e essa ci/ncia em razo do

    surgimento da Geografia 1rtica! .este momento ela #aseava-se nas

    prticas mar*istas e valorizava fortemente a sociedade em detrimento

    do espao, fazendo com ue a 1artografia casse em descrdito! "s

    ge+grafos alegavam ue o seu uso era feito de forma mecanicista,

    associando-a, a prtica da Geografia 2radicional, ue estava sendo

    uestionada neste perodo!

    Ao final da dcada de ?=, em razo de mudanas nas orientaes

    te+rico-metodol+gicas de algumas ci/ncias e de diversas pesuisas, a

    sua importSncia como linguagem cartogrfica foi retomada, valorizando

    sua aplicao no ensino da Geografia! .o entanto, a discusso precisa

    continuar, para ue se$a eficiente, indo alm das tcnicas e dos

    con%ecimentos de c+digos ue l%es so pr+prios! 9evem-se criar

    significados da realidade ue est sendo cartografada e relacionar os

    contedos geogrficos com aueles representados espacialmente!

    ara aplicao metodol+gica das Representaes Grficas pode-sedividi-las em duas categorias0 cartogrfica :mapas, plantas e glo#o@ e

    grfica :%istograma, pirSmide e setorial@! &las comunicam imagens

    destinadas percepo visual, tendo como #ase uma imagem plana!

    8egundo BAR27.&667 :PTT?@ os mapas e grficos possuem princpios

    para sua construo, como as variveis visuais, as propriedades

    perceptivas e as dimenses U,V e W! &ssa metodologia au*ilia a

    responder algumas perguntas - ,ndeX , 5u6X m 5ue ordemX7uandoX - alm de proporcionar uma leitura mais ela#orada dos

    aspectos da Geografia!

    Bas em ue momento usar uma categoria ou outraX Yuando o

    mapa ou o grfico mais interessanteX ara responder pergunta

    Z".9&X[ ode-se ela#orar ou consultar um mapa, pois ele apresenta as

    duas dimenses do plano, fornecida pelas coordenadas geogrficas no

    cruzamento das duas variveis :U,V@, proporcionando a localizao de

    6

  • 7/22/2019 Artigo Aparecida Fatima Alves

    7/25

    ualuer ponto na 2erra! .o caso do grfico, este responde s uestes

    Z1omoX &m ue "rdemX YuandoX[! &le apresenta os elementos do ei*o

    U e V, e no seu cruzamento podem servir para compor a terceira

    informao :W@, assim, permite uma resposta imediata de informaes!

    ortanto, a escol%a dos instrumentos depender do fen\meno a

    ser representado e do seu o#$etivo! .o entanto, conforme o caso, pode-

    se usar os dois recursos, pois, enuanto o mapa permite a localizao, o

    grfico oferece a informao uantitativa! &nfim, essa linguagem pode

    ser aplicada de diversas maneiras, permitindo ao usurio um produto

    :mapa, grfico ou carta@ com riueza de informaes e dados!

    4 3oncepo espacial e sua representao

    Yual o espao perce#ido pela crianaX 1omo ela perce#e este

    espaoX 1omo ocorre a representao deste espaoXYue importSncia

    tem para a GeografiaX

    &stes uestionamentos e outros t+picos referentes concepo

    de espao so importantes para o aluno, tendo em vista sua relevSnciapara a compreenso dos elementos geogrficos! 8egundo 6& 8A..

    @sta # a primeira noo caracteristicamente 0eogrficaAaria do espao local ao sideral, em funo da escala .espao # percebido por meio da observao, seguida peloseu registro, num primeiro momento sobre a forma dedesenho, num segundo momento, por umarepresentao, ou se6a, um desenho fiel $ realidade(%&&*, p ))'+

    ara aduirir noes espaciais e fazer a relao com a Geografia,

    vrias fases devem ser consideradas! .o incio, o espao muito

    limitado, pois a criana precisa desco#rir o corpo, s+ depois perce#e o

    espao e*terior e assim vai ampliando sua percepo! ara ue ocorra a

    conscientizao do espao ocupado pelo pr+prio corpo, % dois

    processos essenciais0 o esuema corporal, perodo em ue a criana

    muito egoc/ntrica e v/ tudo a partir de si, e a lateralidade,uando a

    7

  • 7/22/2019 Artigo Aparecida Fatima Alves

    8/25

    criana aduire o domnio de um dos lados para se orientar

    espacialmente! 8egundo A6B&79A I A887.7, J9esde os primeiros

    meses de vida do ser %umano delineiam-se as impresses e percepes

    referentes ao domnio espacial, as uais se desenvolvem atravs de sua

    interao com o meioK :longe, em cima >em#ai*o! .esta fase ela capaz

    de desco#rir o espao da sala de aula ou da rua onde vive!

    A segunda dimenso refere-se ao espao perce#ido, uando a

    criana $ consegue con%ec/-lo, sem ter ue e*perimentar como no

    estgio anterior! A o#teno do domnio espacial, seguindo os conceitos

    acima>a#ai*o, na frente>atrs, conduz a criana a identificar alguns

    termos como dos pontos cardeais e entender a organizao de espaosmais amplos como do #airro, do municpio at do continente!

    9essa forma, o domnio do espao vivido prepara a criana para o

    entendimento do espao perce#ido, ue pode ser apresentado so# a

    forma de uma paisagem ou de um documento impresso, como por

    e*emplo o mapa! ode-se considerar ue nesse momento ue comea

    o entendimento da Geografia propriamente dita!

    Yuando ele $ domina o espao perce#ido, torna-se apto ltimadimenso, ue do espao conce#ido ou das formas! "s o#$etos $ no

    so perce#idos somente por sua concretude, mas pelas representaes

    entre eles e seu contedo! &ssa fase e*trapola o nvel geogrfico e est

    mais pr+*ima do domnio matemtico!

    8egundo iaget, a construo do espao processa-se atravs de

    etapas, caracterizadas em estgios e su# estgios :AGA.&667,

  • 7/22/2019 Artigo Aparecida Fatima Alves

    9/25

    o nvel mais a#strato! "corre atravs de relaes topol+gicas, pro$etivas

    e euclidianas!

    .o perodo pr-operat+rio ou do espao representativo :< anos@

    possvel tra#al%ar as relaes significante>significado, pois a criana $

    desenvolveu a funo sim#+lica! .esta fase, $ se torna capaz de agir,

    no somente so#re os o#$etos reais e concretos no seu tempo

    perceptivo, como tam#m so#re fatos sim#olizados ou mentalmente

    representados, o ue au*iliar na compreenso da legenda para a

    leitura grfica!

    .o estgio das operaes concretas :'>? anos@ o desenvolvimento

    de algumas estruturas mentais leva compreenso da pro*imidade e

    da ordem, au*iliando ao entendimento das relaes espaciais

    topol+gicas :espao vivido@, ue so au*iliares para a compreenso de

    limites e fronteiras, assim como da organizao do espao e na leitura

    de mapas! .esse momento, necessrio ue a criana ten%a algum

    domnio dos conceitos geogrficos!

    No entanto, a locali!ao geogrfica constri-se $ medidaue o su6eito se torna capa! de estabelecer rela/es devi!inhana (o ue est ao lado+, separao (fronteira+,ordem (o ue vem antes e depois+, envolvimento (oespao est em torno+ e continuidade (a ue o recorte doespao a rea considerada corresponde+ entre oselementos a serem locali!ados (BC@DE F ;GGDND, %&&>,

    p ''+

    .o estgio intermedirio a criana consegue li#ertar-se do seu

    egocentrismo espacial, coordenar pontos de vistas, conservar formas,descentralizar espaos e construir as relaes espaciais pro$etivas

    :espao perce#ido@, passando a ter possi#ilidades de ler e compreender

    pro$ees cartogrficas e entender a orientao geogrfica! " espao

    no precisa ser mais e*perimentado fisicamente! A criana o#serva-o,

    mas ainda tem dificuldade de represent-lo no mapa, pois essa ao

    e*ige um grau de a#strao ue ela ainda no possui! As atividades

    propostas devem desenvolver conceitos e noes, ao invs decontedos sistematizados!

    9

  • 7/22/2019 Artigo Aparecida Fatima Alves

    10/25

    " estgio das coordenaes operat+rias :PP>P< anos@ a fase em

    ue os sistemas podem ser pensados simultaneamente, caracterizando

    as operaes formais! Ao construir as noes de proporcionalidade,

    %orizontalidade, verticalidade, a criana pode ela#orar as relaes

    espaciais euclidianas :espao conce#ido@, sendo passveis de

    entendimento os conceitos de escala, e coordenada geogrfica, a#rindo

    possi#ilidades para ler mapas murais e o Atlas! ] possvel criana,

    neste momento, esta#elecer relaes espaciais entre os elementos

    atravs de sua representao! 7sto , mostra-se capaz de imaginar uma

    rea sem t/-la con%ecido!

    " Yuadro P mostra a ligao entre os estgios de

    desenvolvimento, as relaes espaciais e os elementos cartogrficos!

    7uadro 1 $ ,pera8es Mentais #reparat9rias #ara Leitura

    ficiente de Mapas

    &R^"9"8 9&

    9&8&.L"6L7B&.2"

    "&RA_`&8

    B&.2A78

    R&6A_`&8

    1".82R^9A8

    &6&B&.2"8

    1AR2"GR)71"8

    &stgio

    7ntermedirio

    do

    "perat+rio

    )ormal

    roporcionalidade

    Corizontalidade

    Lerticalidade

    Relaes

    euclidianas>

    pro$etivas

    &scalas

    1oordenadas

    Geogrficas

    1onservao da forma

    1oordenao de

    pontos de vista

    9escentralizao

    espacial

    "rientao do corpo

    Relaes

    espaciais

    pro$etivas

    ro$ees

    cartogrficas

    "rientao

    geogrfica

    "perat+rio

    7ncluso>e*cluso

    7nterioridade>

    e*terioridade

    ro*imidade - "rdem

    Lizin%ana

    Relaes

    espaciais

    topol+gicas

    6imites>fronteiras

    r-operat+rio )uno sim#+lica Relao

    significante>

    significado

    8m#olos>legenda

    )onte0 A887.7, &lza, PTT, 7n Guia de Recursos 9idticos ; Geografia! p! PF

    10

  • 7/22/2019 Artigo Aparecida Fatima Alves

    11/25

    ortanto, os conceitos geogrficos, a noo de espao e a

    aplicao dos princpios grficos sero mais eficazes se forem

    consideradas as fases de evoluo da criana no seu desenvolvimento

    como um todo0 cognitivo :idade@, motor :fsico@ e intelectual

    :aprendizado@!

    As Representaes Grficas so significativas para entender

    te*tos, idias e dados de forma eficaz e sintetizada! Assim, elas devem

    comunicar as informaes instantaneamente, atravs de imagens

    visuais de forma monoss/mica, isto , sem am#igidade, permitindo

    uma nica leitura!

    A representao grfica, segundo Hertin M!!!N no deve sertratada como poliss/mica, pois, de acordo com as #asesda semiologia Grfica, a 1artografia considerada uma

    linguagem universal, no convencional, e portantomonoss/mica :Y&7R"W,

  • 7/22/2019 Artigo Aparecida Fatima Alves

    12/25

    concretas, partindo da representao de sua realidade, desenvolvendo

    o raciocnio l+gico-espacial!

    .esse processo grfico, alguns pontos devem ser destacados0 a

    funo sim#+lica, o con%ecimento da utilizao do sm#olo e vivenciar

    ou a#strair o espao representado! &las podem ser organizadas em tr/s

    momentos, conforme sugere A6B&79A I A887.7 :

  • 7/22/2019 Artigo Aparecida Fatima Alves

    13/25

    produtor deve procurar uma comunicao visual efica!permutando as linhas e colunas N ve!es (;GGDND, %&&*,p )*:+

    A .eogrfica possui algumas leis fundamentais, ue so aplicadas

    principalmente para os grficos, mas ue tam#m so relevantes para a

    ela#orao de mapas! 8egundo H&R27. JA semel%ana, a ordem e

    proporcionalidade so os tr/s significados da .eogrfica! &stes

    significados so transcritos por variveis visuais tendo a mesma

    propriedade significativaK :PT?F, p! P''@!

    &les so apresentados em dois momentos0 no primeiro aparece a

    identificao externa ue tem o o#$etivo de responder so#re ual tema

    est sendo tratado, e no segundo a identificao interna ue deve

    responder uais relaes e*istem entre os elementos grficos! 2oda

    construo grfica apresenta esses dados, mas analisar isoladamente

    no serve de ferramenta de deciso ou de entendimento!

    &les ocorrem em diversas circunstSncias sendo caracterizados

    como elementar, intermedirio e glo#al!

    " .vel elementar uando a informao surge a partir da

    relao de um dado em U e em V, considerando um elemento especficono e*igindo nen%um processamento mental mais ela#orado! .o .vel

    intermedirio se faz relaes com mais de um dado, considerando um

    su#con$unto ou os dois e*tremos! .o .vel glo#al, a imagem deve

    mostrar relaes de con$unto, aparecem agrupamentos significativos

    entre os dados! &*istem diferentes nveis de processamento, visando

    possi#ilitar vises sintticas, mostrando caractersticas ou tend/ncias

    especficas ou gerais!

    13

  • 7/22/2019 Artigo Aparecida Fatima Alves

    14/25

    As cartas, segundo Hertin, podem ser c%amadas de Jcartas para

    verK e Jcartas para lerK! &las devem responder visualmente

    :significao da imagem@ de forma instantSnea! Ao ler uma carta o

    usurio deve fazer dois tipos de pergunta! A primeira0 Z, 5ue % em

    tal lugarX[ &sta pergunta relativa aos pontos geogrficos e*pressos

    em JUK! A outra0 Z,nde est essa caracter:sticaX[ Refere-se ao

    con$unto de caracteres e*pressos em V :lugar@! .esse sentido, Jcartas

    para verK devem responder instantaneamente aos dois tipos de

    perguntas, a percepo visual deve ser instantSnea! As Jcartas para lerK

    so auelas ue s+ respondem primeira pergunta e dificultam a

    comparao entre as outras cartas :87B7&667,

  • 7/22/2019 Artigo Aparecida Fatima Alves

    15/25

    diferentes! &nfatizando ue % certa dificuldade em alguns casos para

    representar essas duas propriedades, forma U conte3do, ou se$a,

    escol%er ual deles indicado para o#ter um mel%or resultado da

    informao! Assim, o produtor grfico deve pensar nos o#$etivos da

    construo do grfico, no p#lico ue vai usar e respeitar os

    fundamentos da linguagem grfica para ue ele se$a til na aplicao

    dese$ada!

    critrios como a gradao das cores facilitar a percepo do contedo

    ue se dese$a transmitir graficamente!

    . mapa do relevo em cores hipsom#tricas representa orelevo por uma seJ7ncia crescente de cores entre curvasde n8vel selecionadas, o ue d instantaneamente a id#iado volume e da plasticidade do relevo seJ7nciaordenada das faixas de altitudes, ue vo das mais baixas$s mais altas # representada por uma seJ7nciaordenada de cores, ue vo das mais claras $s maisescuras ;ara as profundidades dos oceanos, adota-seuma seJ7ncia de tons de a!ul Go as cores batim#tricas(CKLDN@BBD, %&&*, Dnformao pessoal+

    8endo assim, para o mel%or entendimento das representaes,

    necessrio con%ecer os princpios da 8emiologia Grfica e

    conseentemente da .eogrfica!

    15

  • 7/22/2019 Artigo Aparecida Fatima Alves

    16/25

    ;$ M+,-,L,GIA

    Atualmente os mapas e grficos so #astante utilizados na mdia e

    nos meios de comunicao, tanto falados uanto escritos, como aindanos livros didticos, mas nem sempre conseguem transmitir a

    informao de forma clara e apresentar o contedo de forma o#$etiva!

    7sso ocorre por se tratar de um processo muito comple*o, implicando na

    decodificao de sm#olos e ela#orao de significados a partir das

    representaes e de seus c+digos!

    "utros pro#lemas como a falta de o#$etividade na relao entre o

    documento :mapa ou grfico@ e seus contedos, ocasionados pela formatcnica de produo, pouca familiaridade com os c+digos e despreparo

    do usurio para a leitura desta linguagem, so algumas das razes para

    ue ocorra o uso inadeuado dessas representaes! Assim, muitas

    vezes elas so meras ilustraes no te*to, sem atender ao o#$etivo

    primordial dessa ferramenta, ue de facilitar a compreenso da

    informao para o leitor!

    ara ue se ten%a um entendimento da linguagem grfica, necessrio aduirir condies mnimas de alfa#etizao ou leiturizao

    cartogrfica, conforme trata 8"WA I QA22A :

  • 7/22/2019 Artigo Aparecida Fatima Alves

    17/25

    con%ecer e dominar algumas %a#ilidades corporais

    :direita>esuerda@

    aduirir noes, conceitos, categorias de anlise da linguagem

    grfica!

    Alm dessas o#servaes, necessrio possuir informaes

    diversas do conte*to local e glo#al para ue se$a possvel ler, relacionar

    e interpretar esse recurso visual ue pleno de significados, situando-

    se no teu espao esta#elecendo relaes com o mundo! 8egundo

    A6B&79A I A887.7 :

  • 7/22/2019 Artigo Aparecida Fatima Alves

    18/25

    ao ue selecionamos para a aplicao de nosso tra#al%o :'( e ?( sries@,

    t/m condies psuico-motoras para fazer a leitura grfica, mas muitos

    deles, por algum motivo, no aduiriram %a#ilidades suficientes,

    encontrando dificuldades nas representaes espaciais! 7sso foi

    verificado no uestionrio aplicado aos educandos na etapa inicial do

    pro$eto, em ue se perce#eram defasagens na aprendizagem deste

    contedo!

    ortanto, se o tra#al%o de construo grfica no foi realizado

    plenamente e satisfatoriamente nas sries iniciais da vida escolar,

    devem-se propor, em momentos oportunos e de formas diferenciadas,

    condies para ue o educando aduira tais %a#ilidades! 9essa forma,

    deve-se plane$ar e e*ecutar procedimentos para resgatar contedos

    defasados, retomando conceitos essenciais, desenvolvendo atividades

    prticas como confeco de mauetes e crouis, #em como ela#orar

    roteiros de tra#al%o!

    9iante do e*posto, a proposta de atividades relacionadas a seguir,

    foi ela#orada e aplicada em sala, #uscando atender ou sanar algumas

    das dificuldades e*istentes no processo ensino-aprendizagem destalinguagem!

    ;41 $ -esenvolvimento Metodol9gico da #roposta

    &stas estratgias de implementao foram fundamentadas nos

    referenciais #i#liogrficos apresentados nesta pesuisa, e

    principalmente nos o#$etivos propostos no tra#al%o, a fim de ue nossoseducandos apropriem-se, da mel%or forma possvel, destes

    con%ecimentos e os relacionem com os contedos geogrficos!

    "HD&27L"80

    Geral0

    &ntender os aspectos geogrficos a partir das representaes

    grficas!

    18

  • 7/22/2019 Artigo Aparecida Fatima Alves

    19/25

    &specficos0

    Aprender a orientar-se e representar o espao

    Aduirir noes da linguagem grfica

    &ntender a importSncia dos instrumentos grficos e sua aplicao

    )azer a leitura de grficos relacionados com os dados de uma

    ta#ela

    9iferenciar tipos de grficos e mapas e entender seus elementos

    :ttulo, legenda, pro$eo e escala@

    Analisar e interpretar grficos e mapas

    &sta proposta foi realizada em b etapas, com o intuito de

    desenvolv/-la da mel%or forma possvel para atender os o#$etivos

    traados!

    R7B&7RA &2AA0 9iagn+stico da aprendizagem dos alunos e retomadade contedos!

    8ondagem do nvel de aprendizagem dos alunos das '( sries

    uanto aos contedos referentes s representaes grficas!

    9elineamento ou a$ustes das etapas de ao da proposta tendo

    em vista as dificuldades apresentadas pelos alunos!

    Retomada dos contedos defasados, atravs de algumasatividades tais como0

    1onfeco e e*plorao de mauetes da sala de aula

    enfocando localizao, orientao e coordenadas geogrficas!

    &la#orao do mapa do #airro :leitura do espao vivido@

    tra#al%ando tipos de escalas, legenda e pro$ees

    :interpretao do espao perce#ido@!

    Anlise das dimenses de espaos ; municpio, estado, pas,continentes e localizao dos oceanos!

    19

  • 7/22/2019 Artigo Aparecida Fatima Alves

    20/25

    8&G.9A &2AA0 Aplicao das estratgias em sala!

    P momento0 esuisas em livros, $ornais e internet informaes

    do crescimento da populao do seu Bunicpio, &stado e do Hrasil!

  • 7/22/2019 Artigo Aparecida Fatima Alves

    21/25

    contedos referentes 9imenso 1ultural e 9emogrfica,

    enfocando principalmente a distri#uio da populao no espao

    paranaense e #rasileiro!

    2&R1&7RA &2AA0 Avaliao da aprendizagem considerando os

    seguintes aspectos0

    Anlise pertinente das informaes nos grficos e mapas

    &voluo na apreenso dos contedos apresentados

    &la#orao e entrega de um portf+lio, com as atividades

    realizadas

    roduo de um te*to com a anlise e interpretao do mapa

    do !Hrasil ! destacando a linguagem grfica!

    ;4$ Apresentao e anlise dos resultados

    &ssa proposta teve incio a partir da sondagem dos con%ecimentos

    ue os alunos tin%am das sries anteriores! .esta etapa, foi possvel

    perce#er ue alguns apresentaram dificuldades na auisio de certos

    contedos como localizao, orientao e noes grficas! 2al

    constatao au*iliou no direcionamento do nosso tra#al%o, uma vez ue

    apontou para a necessidade de dar mais ateno a estes t+picos, a fim

    de ue superassem as lacunas ue traziam na aprendizagem!

    Ap+s esta etapa desenvolveu-se um tra#al%o de retomada de

    contedos, iniciando com o tema "rientao! Assim foi desenvolvido

    este contedo em sala e feito atividades no ptio da escola so#re o

    tema, destacando a laterizao :direita-esuerda@ e frente e atrs! &m

    seguida, foi ela#orada a rosa-dos-ventos, primeiramente com os

    educandos e depois no caderno, $untamente com outros

    encamin%amentos para mel%or fi*ao deste item e tam#m de

    localizao!

    21

  • 7/22/2019 Artigo Aparecida Fatima Alves

    22/25

    A fase referente confeco de mauetes e plantas, merece

    destaue, pois o#servou a dimenso #idimensional e tridimensional do

    material produzido e possi#ilitou a e*plorao das coordenadas

    geogrficas e da linguagem grfica! .a etapa seguinte foram realizadas

    pesuisas, ta#ulao e correlao de dados, a partir das informaes

    o#tidas! Couve tam#m a confeco de grficos e legenda, leitura e

    analise de mapas e o registro das atividades no caderno, #em como

    outras formas diferenciadas de estudos pertinentes aos contedos!

    .o trmino da aplicao das estratgias, foi possvel verificar ue

    %ouve progresso, por parte dos educandos, pois demonstraram

    compreenso e assimilao dos contedos apresentados, visto ue, na

    ltima parte dos encamin%amentos, a atividade culminava com a leitura

    e interpretao do mapa do Hrasil! " material usado trazia informaes

    so#re a densidade demogrfica, atravs de vrios instrumentos como

    grficos, ta#elas e o mapa propriamente dito! "s educandos produziram

    um te*to, tendo como referencial um roteiro, onde destacaram a

    distri#uio da populao no territ+rio #rasileiro, as reas mais

    concentradas, as causas e conse/ncias do aumento populacional ecompararam os dados da ta#ela e dos grficos entre si!

    9iante de todo o tra#al%o realizado, vrios pontos podem ser

    destacados, entre eles o interesse da maioria e desinteresse da minoria

    dos educandos, pelo tema, visto o empen%o de solucionar as dvidas!

    "utros aspectos relevantes foram o#servados como o envolvimento e

    capric%o nas atividades, a ateno e a seriedade no tra#al%o! Yuanto

    apropriao dos contedos ou a aprendizagem da linguagem grfica, amaioria demonstrou entendimento e assimilao dos temas

    tra#al%ados, pois foram capazes de fazer a relao desta linguagem

    com os contedos geogrficos nas atividades propostas!

    22

  • 7/22/2019 Artigo Aparecida Fatima Alves

    23/25

  • 7/22/2019 Artigo Aparecida Fatima Alves

    24/25

    H&R27., D! PT?F! A neogrfica e o tratamento grfico dainformao! 1uriti#a0 &ditora da niversidade )ederal do aran!

  • 7/22/2019 Artigo Aparecida Fatima Alves

    25/25

    ,&lza Vasu5o! #rtica de ensino de geografia e estgiosupervisionado48o aulo0 1onte*to,