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ARTIGO COM APRESENTAÇÃO ORAL - BACIAS HIDROGRÁFICAS PRÁTICAS DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL COMO DIRETRIZ BÁSICA PARA A IMPLANTAÇÃO DE BACIA ESCOLA: ESTUDO DE CASO DA BACIA DO IGARAPÉ TUCUNDUBA. JULIANA LOPES DE OLIVEIRA, MARIA DO SOCORRO BEZERRA LOPES Atualmente, a discussão da escassez de água em todos os meios de comunicação deu visibilidade a um problema que se prolonga durante décadas, hoje os efeitos de longos anos de degradação estão sendo sentidos no mundo todo. O objetivo deste trabalho é de utilizar práticas de educação ambiental em recursos hídricos na bacia hidrográfica do Tucunduba como uma diretriz básica para a implementação de bacia escola. As atividades aconteceram com a turma do 9º ano do ensino fundamental de uma escola pública estadual localizada na bacia do tucunduba. A metodologia se deu através de atividades lúdicas e confecção de maquete e jogos para torna-las mais dinâmicas. Em parceria com a CPRM e ANA foi cedido ao IFPA um pluviômetro digital que está em processo de instalação como parte da caracterização da bacia escola Obteve como resultado uma maior percepção por parte dos alunos no que tange a questão dos recursos hídricos e a compreensão por parte dos mesmos sobre bacia hidrográfica. Com o projeto foi possível que a voltada para a sustentabilidade dos recursos hídricos é de suma importância para a preservação do mesmo. Recomenda ainda a implementação de bacia escola na bacia hidrográfica do Tucunduba para que, além da geração de dados sobre a bacia, o projeto de educação ambiental seja ampliado e contínuo. PALAVRAS-CHAVE: Educação Ambiental, Bacia-escola, Recursos Hídricos.

ARTIGO COM APRESENTAÇÃO ORAL - BACIAS HIDROGRÁFICAS · (Copasa), o jogo foi devidamente adaptado para a realidade do local e transformado em tabuleiro (FIGURA 3). A principal adaptação

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ARTIGO COM APRESENTAÇÃO ORAL - BACIAS HIDROGRÁFICAS

PRÁTICAS DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL COMO DIRETRIZ BÁSICA PARA

A IMPLANTAÇÃO DE BACIA ESCOLA: ESTUDO DE CASO DA BACIA DO

IGARAPÉ TUCUNDUBA.

JULIANA LOPES DE OLIVEIRA, MARIA DO SOCORRO BEZERRA LOPES

Atualmente, a discussão da escassez de água em todos os meios de comunicação deu

visibilidade a um problema que se prolonga durante décadas, hoje os efeitos de longos

anos de degradação estão sendo sentidos no mundo todo. O objetivo deste trabalho é

de utilizar práticas de educação ambiental em recursos hídricos na bacia hidrográfica do

Tucunduba como uma diretriz básica para a implementação de bacia escola. As

atividades aconteceram com a turma do 9º ano do ensino fundamental de uma escola

pública estadual localizada na bacia do tucunduba. A metodologia se deu através de

atividades lúdicas e confecção de maquete e jogos para torna-las mais dinâmicas. Em

parceria com a CPRM e ANA foi cedido ao IFPA um pluviômetro digital que está em

processo de instalação como parte da caracterização da bacia escola Obteve como

resultado uma maior percepção por parte dos alunos no que tange a questão dos

recursos hídricos e a compreensão por parte dos mesmos sobre bacia hidrográfica. Com

o projeto foi possível que a voltada para a sustentabilidade dos recursos hídricos é de

suma importância para a preservação do mesmo. Recomenda ainda a implementação

de bacia escola na bacia hidrográfica do Tucunduba para que, além da geração de dados

sobre a bacia, o projeto de educação ambiental seja ampliado e contínuo.

PALAVRAS-CHAVE: Educação Ambiental, Bacia-escola, Recursos Hídricos.

INTRODUÇÃO

Atualmente, com a discussão da escassez de água em todos os meios de comunicação

percebe-se como a água é importante e ao mesmo tempo como muito de nós a poluímos

e desperdiçamos. Percebe-se também como a água foi deixada em segundo plano e que

hoje os efeitos de longos anos de degradação estão sendo sentidos no mundo todo.

Entende-se, então, que a Educação Ambiental (EA) assume a condição necessária para

modificar uma crescente degradação socioambiental, principalmente a degradação dos

corpos d’água, que são bastante atingidos pela ocupação irregular, despejo de efluentes

domésticos, entre outras fontes de poluição. As escolas têm primordial importância

nesse papel, haja vista que é um espaço instituído que objetiva a socialização do

conhecimento, formação de hábitos, valores e atitudes

A Política de Recursos Hídricos do Estado do Pará tem como instrumento a capacitação,

desenvolvimento tecnológico e educação ambiental determinando ainda que os

programas de educação ambiental devem ser focados na gestão de recursos hídricos

visando à criação de condições de apoio da sociedade e entidades públicas nas

mudanças sócio-político-culturais para a implementação de recursos hídricos.

Nesse contexto, o presente estudo vem propor a prática de educação ambiental como

uma das diretrizes básicas para se implementar a bacia escola, tendo como área

especifica de trabalho uma escola pública localizada na bacia hidrográfica do

Tucunduba, trabalhando especificamente com crianças do 9ºano, na faixa etária de 14

anos tentando assim difundir um pouco mais o conhecimento a cerca dos recursos

hídricos e bacias hidrográficas e formando novos agentes multiplicadores e formadores

de opinião, e contribuindo para a constituição de uma bacia escola.

1 Professora do IFPA do Departamento de Saneamento Ambietal

[email protected] ² Acadêmico de Tecnologia em Saneamento

Ambiental ano do curso de graduação em 2015 da [email protected]

MATERIAIS E MÉTODOS

A pesquisa desenvolvida tem abordagem qualitativa com o papel de interpretar

informações tendo como elementos básicos de análise ideias, palavras e maior interesse

na qualidade das informações.

Fundamentado na lei nº 6.381/200 trata da Política de Recursos Hídricos do Estado do

Pará e baseando-se no conceito de bacia escola apresentado em outros trabalhos de

pesquisa que abordam o assunto, definiu-se os procedimentos básicos para se

caracterizar uma bacia hidrográfica como bacia escola:

1) Formar parcerias entre instituições e órgãos ambientais que tenham

interesse comum em obter informações sobre a área que será estudada.

2) Escolher a área da bacia hidrográfica que será monitorada, devendo ser

pré-estabelecida para que a implementação da estrutura seja possível.

3) Formação de equipe multidisciplinar para atuar em diversos estudos que

possibilitará o desenvolvimento tecnológico e a formação de turmas

específicas para a capacitação de profissionais na área de hidrometria.

4) Criação de programas de educação ambiental focados na gestão e

preservação dos recursos hídricos para dar condições de apoio à

sociedade e entidades públicas nas mudanças sócio-político-culturais

para a implementação da Política de Recursos Hídricos.

Os procedimentos listados acima são considerados mínimos para a caracterização da

bacia escola. Uma estrutura que possibilita, além da coleta de dados, a criação de cursos

de capacitação, aulas práticas para os cursos superiores da área ambiental e a

aproximação da comunidade com a bacia hidrográfica em estudo através das ações de

educação ambiental envolvendo as escolas.

Área de estudo

A bacia do Tucunduba tem localização a sudeste da cidade de Belém e corresponde a

um dos afluentes do rio Guamá. Possui aproximadamente, 1055 há, onde 575 destes

estão em áreas de “baixadas” o que corresponde a 21,02% das áreas de várzea de Belém

(DNOS, 1974). Compõem essa bacia 13 canais com 14.175 metros de extensão dos quais

7.865 metros são retificados. O canal principal da bacia do Tucunduba, onde se

encontram as comunidades Riacho Doce e Pantanal é, para os moradores, o marco

divisor entre os bairros do Guamá e Terra Firme, embora a lei nº 7.806/96 estabeleça

outra delimitação (MARQUES, 2001, P. 69). Além de ser a segunda maior bacia

hidrográfica de Belém, a bacia do tucunduba foi escolhida por estar localizada na mesma

o IFPA e a CPRM, duas instituições públicas que possuem interesse e conhecimento

técnico para aprimorar e produzir conhecimento sobre a bacia

Escola Estadual de Ensino Fundamental Domingos Acatauassu Nunes

A Escola Estadual de E. F. Domingos Acatauassu Nunes foi fundada em 16 de março de

1964 e localiza-se à Travessa Mauriti, 174 no bairro do Marco em Belém do Pará.

A turma selecionada para participar das atividades foi o 9º ano do ensino fundamental

do turno da manhã, com alunos entre 14 e 16 anos de idade. Esta série foi escolhida por

ser a ultima série do ensino fundamental, uma oportunidade para o projeto acrescentar

uma nova perspectiva em relação aos recursos hídricos. As atividades na escola

iniciaram no mês de agosto de 2014 e se estenderam até outubro do mesmo ano.

Para a identificação no interior da escola foi confeccionada, pela própria equipe de

trabalho, uma camisa com a logo marca do projeto. Seu desenho ilustra a bacia

hidrográfica sendo apresentada e esclarecida para a sociedade (Figura 1).

Figura 1: Logo marca usada para identificação durante as

atividades. Fonte: Direta (2014).

Etapas de trabalho:

Definição de Parcerias Institucionais

A parceria entre a Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais e o Instituto Federal de

Educação do Pará (IFPA) teve o objetivo de estabelecer a cooperação técnica cientifica

através da instalação de um pluviômetro nas dependências do IFPA. A instalação deste

equipamento hidrológico (especificado mais adiante) faz parte da caracterização da

bacia escola do tucunduba e será um dos vários pontos de monitoramento da CPRM.

Etapa de motivação e integração com os alunos

Para integrar e, ao mesmo tempo, diminuir a agitação do grupo de alunos, foi utilizada

a meditação. O uso da meditação associada às atividades de educação ambiental tem o

objetivo de proporcionar bem estar e tranquilidade possibilitando melhor atenção por

parte dos alunos para a abordagem do tema.

Neste caso, a metodologia utilizada foi de cada aluno imaginar por um minuto uma

paisagem qualquer. Ao término deste tempo surgia uma indagação: em sua paisagem

havia água? A partir daí, deu-se início a uma pequena abordagem sobre recursos hídricos

com a “roda do diálogo”.

Confecção de Maquete e Abordagem Técnica sobre Bacia

Hidrográfica e Bacia Escola

Para ser trabalhado o tema recursos hídricos abordando a bacia hidrográfica do

Tucunduba foi confeccionada uma maquete simulando uma bacia hidrográfica e todos

os elementos inseridos nela, como a habitação, o processo de devastação da vegetação,

a transformação dos rios e igarapés em canais (FIGURA 2).

A maquete foi pensada para tornar a explicação mais simples e dinâmica sobre o

conceito de bacia hidrográfica e bacia escola facilitando sua visualização.

Aplicação de Atividades Lúdicas

1. Organização e Apresentação de Peça Teatral

A peça teatral é uma forma lúdica que facilita a aprendizagem. Associado a isto, o teatro

tem como função essencial causar transformações na sociedade, esclarecendo e

estimulando ações dos que as veem (COSTA, 2004).

Neste sentido, considera-se que a apresentação teatral sobre problemas ambientais

possa gerar esclarecimentos e estimular atitudes sustentáveis.

Assim, foi composta de forma improvisada pelos alunos uma pequena

Figura 2 : Maquete finalizada .

Fonte: Direta (2014)

encenação com o tema “O desperdício da água”. O assunto discutido por eles foi a falta

de água, situação atualmente bastante enfatizada nos meios de comunicação e que os

inspiraram a representá-las e refletir sobre as atitudes que provocaram tal situação.

2. Criação de Jogos para melhor entendimento dos Recursos Hídricos

O jogo “Caminho Sustentável” foi criado para serem abordados os problemas do

cotidiano relacionados aos recursos hídricos como: poluição, desperdício e a falta de

água. Inspirado nos jogos online da Companhia de Saneamento de Minas Gerais

(Copasa), o jogo foi devidamente adaptado para a realidade do local e transformado em

tabuleiro (FIGURA 3).

A principal adaptação feita nas cartas foi o conteúdo contido nelas. Foram inseridos

assuntos relacionados com a problemática da água como um todo. Situações como o

uso racional da água e ações sustentáveis foram evidenciadas positivamente dando

oportunidade de o jogador avançar no jogo. Enquanto que atitudes negativas como

jogar lixo no canal advertia o jogador.

Aplicação de Questionário de Sondagem

Figura 3 : Tabuleiro e cartas do jogo. Fonte: Direta (2014).

A aplicação de questionário para os alunos que participaram das atividades teve o

objetivo apenas de coletar informações sobre como se dá o abastecimento de água em

suas residências e comportamento deles em relação ao desperdício de água.

O questionário contou com quatro indagações simples e diretas:

1) Como a água chega até sua casa?

2) Você acha a água da chuva importante? Por quê?

3) O que você faz para economizar água em sua casa?

4) Em sua escola é discutida a importância da preservação da água?

Seleção e Instalação de Pluviômetro

Foi cedido ao IFPA, em parceria com a CPRM e ANA, um pluviômetro digital. Para

viabilização da instalação do equipamento a seleção da área obedeceu aos critérios

definidos pela ANA que determina que os pluviômetros devem ser instalados em terreno

plano, relativamente protegido e livre de obstáculos e de riscos de inundações. A

superfície de captação do pluviômetro deve estar num plano horizontal, não deve

apresentar deformações e estar a uma altura de 1,5 metros acima do solo. Os obstáculos

deverão estar a uma distância igual ou superior a duas vezes a altura do obstáculo com

relação à superfície de captação dos pluviômetros (ANA, 2011).

RESULTADOS E DISCUSSÕES Etapa de motivação e

integração com os alunos

Para adentrar no assunto foi realizada a atividade de meditação: o grupo foi direcionado

a fechar os olhos por um minuto e imaginar uma paisagem, ao final do tempo o

mediador indagou “em sua paisagem havia água?”.

Como já esperado, a resposta de grande parte do grupo foi de que em sua paisagem

havia água, em rios e praias. Nesse momento foi discutido como a água está presente

em nosso cotidiano de diversas formas (FIGURA 4).

Os alunos perceberam que, mesmo de forma inconsciente, a água foi um elemento

importante em suas paisagens.

A roda do diálogo foi um momento em que se discutiu a paisagem de cada aluno, muitos

deles expuseram que pensaram em praias, lagos e rios por associarem a momentos de

lazer e relaxamento interior.

Abordagem Técnica sobre Bacia Hidrográfica e Bacia Escola.

A Figura 5 ilustra a maquete sendo utilizada para dar suporte na explicação do conceito

de bacia hidrográfica. Na maquete foi possível simular os desníveis do solo, os corpos

d’água, as habitações e a vegetação. Dessa forma, foi possível simplificar o conceito de

bacia hidrográfica, tornando o entendimento mais claro e dando suporte para que o

assunto pudesse ser mais explorado ao longo das atividades.

Figura 4 : Momento de diálogo após a meditação

Fonte: Direta (2014)

Figura 5: Explicação do tema através do uso da

maquete.

Fonte: Direta (2014)

Atividades Lúdicas - Apresentação de Peça Teatral

A primeira oficina de trabalho se deu com uma pequena encenação com o tema “O

desperdício de água” apresentada pelos alunos. A organização foi feita no momento do

encontro e apresentada simultaneamente. Os alunos se inspiraram em situações do dia-

a-dia e as representaram. Ao final, cada um pôde se posicionar em relação às situações

expostas pelos colegas.

A inspiração para a criação das falas veio da convivência com parentes o que os deixou

mais a vontade para criar. A cena pensada por eles foi de uma torneira jorrando água

enquanto alguém escovava os dentes, duas pessoas observavam e comentavam como

aquela atitude desperdiçava muita água. Ao final da encenação, eles expuseram que

aquela atitude era o comportamento que eles próprios tinham em casa, reconheceram

que não estavam agindo de forma sustentável e se comprometeram a incorporar o

hábito de desligar a torneira enquanto escovam os dentes.

Atividades Lúdicas - Jogo “Caminho Sustentável”

A realização da segunda oficina de trabalho, onde foi utilizado o jogo Caminho

Sustentável. O Jogo possibilitou que e os temas fossem discutidos de forma mais

descontraída para os alunos.

Foi possível perceber que, a cada carta retirada durante o jogo, que os alunos se

identificavam com a situação descrita e entendiam que as boas ações os faziam avançar

na jogada. Enquanto que as atitudes que degradam o meio ambiente os faziam recuar

ou até mesmo parar a jogada (FIGURA 6).

Muitos deles se identificaram com a carta que descreve um canal com entulho. Eles

relataram que presenciavam situações parecidas com a descrita na carta do jogo e que

por várias vezes tiveram a rua alagada por esse motivo. Nesses momentos em que os

alunos conseguiam relacionar a brincadeira com a realidade se atingia o objetivo

principal do jogo, que era de mostrar a eles como atitudes negativas podem causar

consequências em longo prazo.

Aplicação de Questionários de Sondagem

Para a finalização do projeto, foi aplicado um questionário de sondagem, contendo

quatro perguntas simples e diretas, cada pergunta tinha um objetivo especifico. A

aplicação se deu de forma individual somente para o grupo de alunos que participou das

atividades (FIGURAS 7 e 8).

Os gráficos a seguir apresentam os resultados obtidos com a aplicação do questionário.

Figura 6 1 : Momento do jogo.

Fonte: Direta (2014).

Fonte: Direta

(2015).

No espaço do questionário reservado para a explicação do porque da importância da

chuva, muitos responderam que a chuva faz parte do ciclo hidrológico e que é

indispensável para reabastecer rios e aquíferos.

importância da preservação da

água Fonte: Direta, 2015.

CONCLUÇÃO

O IFPA como representante da sociedade civil no Conselho Estadual de Recursos Hídricos

(CERH) tem o dever de intensificar seus estudos hidrológicos envolvendo a sociedade

utilizando a bacia escola como um instrumento importante para alcançar tal objetivo. O

0

5

10

15

20

25 Sim

Não

Figura 7 2 . Como a água chega até sua casa? / Você acha a água da chuva importante? Por quê?

0

5

10

15

Poço artesiano

9

9 , 5

10

5 10 ,

11

, 5 11

12

5 , 12

sim

não

Figura 8 . O que você faz para economizar água em sua casa? / Em sua escola é discutida a

0

2

4

6

8

10

12

14

16 Não economiza água

Desliga a torneira enquanto escova os dentes

ensino básico é o ponto de partida para esse processo, pois deve ser levada em

consideração a incrível capacidade multiplicadora das crianças e adolescentes.

Dessa forma, o IFPA cumpre seu papel social como instituição de ensino usando a

educação ambiental para promover a conscientização da população sobre a importância

da preservação da água.

A utilização da bacia escola para ações de educação ambiental é uma forma de estreitar

a relação entre o instituto e a comunidade, disseminando informações sobre recursos

hídricos e possibilitando maior compreensão por parte da comunidade sobre a área que

ali habitam.

Considera-se que o presente trabalho atingiu seu objetivo de explorar a hidrologia

abordando a bacia hidrográfica de forma lúdica e simplificada, atingindo nas atividades

de educação ambiental a total interação com os alunos.

Os projetos de educação ambiental do IFPA são necessários e devem ser ampliados para

capacitar, sensibilizar e conscientizar alunos, cidadãos e sociedade civil a respeito da

obtenção e ampliação do conhecimento sobre bacias.

O presente trabalho é o ponto de partida para a criação de uma estrutura de

monitoramento de dados pluviométricos, sendo utilizada, também, para aulas práticas

do curso de saneamento, para formação específica e para dar suporte às atividades de

educação ambiental dando abertura para receber os alunos participantes de projeto

para conhecer a estrutura. Para que este efeito seja alcançado, os projetos de EA devem

ter suas características adaptadas à dinâmica social que se pretende atingir.

A partir de então a sociedade civil poderá assumir sua responsabilidade sobre os

problemas da comunidade, o desenvolvimento dos projetos, a conservação e proteção

da bacia.

REFERÊNCIAS

BRASIL. Lei nº 9.795, 27 de abril de 1999. Política Nacional de Educação Ambiental.

Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, Brasília, DF, 28 abril 1999. Disponível

em: < http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9795.htm>. Acesso em: 24 set. 2014.

BRASIL. Lei 9.433, 08 de janeiro de 1997. Política Nacional de Recursos Hídricos. Diário

Oficial [da] República Federativa do Brasil, Brasília, DF, 28 abril 1999. Disponível em: <

http://www.planalto.gov.br/CCivil_03/Leis/L9433.htm>. Acesso em: 28 out. 2014.

BRASIL. Orientações para elaboração do relatório de instalação de estações

hidrométricas / Agência Nacional de Águas; Superintendência de Gestão da Rede

Hidrometeorológica. Brasília: ANA, SGH, 2011.

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FACED, v 8, p 95 – 108, 2004.

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Educação Ambiental e Conservação dos Recursos Hídricos: uma análise da bacia

hidrográfica do Tucunduba. IV Seminário de Iniciação Cientifica, Tecnológica e

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SICTI. Marabá, 2012.

MARQUES, 2001 – Tucunduba – Associação dos Geógrafos Brasileiros – Artigo.

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PARÁ. Lei nº 6.381, 25 de julho de 2001. Política de Recursos Hídricos do

Estado do Pará. Secretaria de Estado e Meio Ambiente. Belém: SEMA, 2014.

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REBOUÇAS, Aldo da C. Água doce no mundo e no Brasil. In: BRAGA,

Benedito; TUNDIZI, José G.; REBOUÇAS, Aldo da C. Águas doces no Brasil. 3ª Edição. São

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