Artigo com decisão, petição de encaminhamento e recurso especial

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decisão do TJ RJ indefindo a subida de recurso especial

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Matria de interesse dos advogados que militam no Rio de Janeiro O3VicePresidentedoTribunaldeJustiadoRiode Janeiro,DesembargadorANTONIOEDUARDOF.DUARTE,deixoude admitirasubidaderecursoespecialsoboargumentodefaltade especificaodaalneadoartigoconstitucionalnapetiode encaminhamentonoagravodeinstrumentoN0036001-33.2010.8.19.0000 Reparequenosetratadefaltadeespecificaono Recurso Especial e sim na Petio de encaminhamento. Asuaargumentaodequenosetratadepreciosismo mas sim de garantir a igualdade entre as partes. Veja esta parte da deciso. Orecorrente,napetiodeencaminhamentodo recursoespecialinterposto,noindicou,compreciso,o dispositivoconstitucional(alnea)queoautoriza,no atendendo,pois,aocomandodoart.321,doRegimento Interno do Supremo Tribunal Federal. Nosedeveconfundirapegoexcessivoformacoma escorreitaaplicaodalei,impondo-sepercebera equidistncia do rgo judicante, no que, consideradas as partes,imprimetratamentoigualitrionarigorosa apreciaodospressupostosderegularidadeformaldos recursos de natureza excepcional. Adeficinciaapontada,portanto,atraiaincidnciapor analogia do verbete n 284 da Smula do STF, e inviabiliza o processamento do presente. Trata-se de matria que interessa a todos os advogados que militamnoTJRJquepossamsersurpreendidocomdecisosimilar em seus processos, merecendo ser amplamente divulgada. Seuposicionamento,certamente,contrariaadoutrinaea jurisprudncia,masosadvogados,desdequeavisados,podem dispensarmaiorescuidadoscomapetioqueapenasencaminhao RecursoEspecial,demodoaevitardanosdesnecessriosaosseus clientes. Nadoutrinasobreoassunto,podemoscitaroA instrumentalidadedoprocesso,obrajclssica,paradiscutira viso do professor Cndido Rangel Dinamarco sobre tema processual. EmentrevistaconcedidaepublicadaemCADERNOS DIREITO GV v.7 n.4, julho 20101, o Prof. externa o que o motivou a escrever o livro, justificando assim: (...) o processo um instrumento de justia. necessrio pensarnainstrumentalidadedoprocesso,nodireito materialenasituaodavida.Aideiacomeouase desenvolver e o que seria apenasuma introduo virouo tema. Grifamos Discorre ainda o Prof. Dinamarco: Ojuiztemdefazerjustia;eleusarastcnicasdo processoetambmasnormasdedireitomaterialpara fazer justia. Emoutraspalavras,namedidadopossvel,eletemde procurar uma maneira de amenizar o rigor da lei material, deverinterpret-laadequadamente.Issonosignifica queojuizpodevirarlegisladoremudartudo;masquer dizerque,semprequepossvel,eledevedaruma interpretaomaisconducenteaumasoluojusta, segundo o pensamento comum da sociedade, e no dele prprio.Umjuizradical,quefazascoisassegundoa justia dele, no representa o que a nao espera dele. "Ainstrumentalidadedasformasummtodode pensamentoreferenteaosvciosdosatosprocessuais.A leidizquecertoatodeveterdeterminadaforma, pensandonoobjetivodaquele.Porexemplo,acitao deve ser feita na residncia da pessoa, o oficial de justia deveiratletc.Oprincpiodainstrumentalidadedas formaspregaque,seoatotiveratingidooseuobjetivo (asformassoinstrumentoscomvistasacerta finalidade), no importa a inobservncia da forma. A coisa mais importante, no entanto, a citao em si, se nooindivduonosaberquetemumprocessocontra ele. Mas se no foi citado e, mesmo assim, compareceu e contestou, porque de algum modo sabia do processo. O objetivofoialcanado.Eisainstrumentalidadedas formas".

1http://bibliotecadigital.fgv.br/dspace/bitstream/handle/10438/7850/Caderno%20Direito%20GV%20-%2036%20-%20site.pdf?sequence= acessado em 06/10/2011 Tambm o Prof. Humberto Theodoro Jnior, da Faculdade deDireitodaUFMG,DesembargadorAposentadodoTJMGdiscorre sobreavalidadedapetioqueencaminhaoRecursoEspecial mesmo sem a assinatura do advogado, verbis: Vale, aqui, relembrar oprincpioda instrumentalidade do processoquenosetutelacomoumfimemsimesmo, mascomomeiodetornarefetivoodireitosubjetivoao seutitular.Sendoconstitucionalmentegarantidoatodos odireitoprestaojurisdicional,ampladefesaeao justoedevidoprocessolegal,nohqueseimpediro conhecimentoderecursoquefoitempestivae inequivocamentemanifestadoporpatronoregularmente constitudopois,aconcepomodernadoprocesso comoinstrumentoderealizaodajustia,repudiao excesso de formalismo, que culmina por inviabiliz-la2 No mesmo sentido, decises do STJ, contrrias a deciso doTJRJ,demonstramainadequaodainterpretaodoTribunal carioca,pelassituaesjjulgadas,listadasabaixocomdeciso ilustrativa. AcatadaasubidadoRecursoespecialfaltandoaltima folha do Recurso. Destarte,sepdeestaCorteespecialidentificar,com facilidade,aintenodaparterecorrenteea fundamentaodecadaumdostpicosversadosna apelao,novejoporqueoEgrgioTribunalde2grau no possa proceder ao julgamento daquele recurso, salvo por excesso de rigor formal. Anteoexposto,naesteiradoprecedenteantesinvocado destaCorte,equefoitambmpormimutilizadoem despachoescoteironojulgamentodoAGn.214.209/SP (DJUde03.04.2000),conheodorecursoespecialedou-lhe provimento, para que o Tribunal de Justia enfrente os temasconstantesdaapelaodefls.151/159.REsp 290824 / RJ Relator Min ALDIR PASSARINHO JUNIOR, DJ 03/09/2001 p. 227.

2 http://www.abdpc.org.br/artigos/artigo50.htm [04/10/2011 22:19:03] Protocolado em lugar distinto do devido: RECURSO.PROTOCOLIZAOEMVARADIVERSA DAQUELA EM QUE TRAMITA O FEITO. TEMPESTIVIDADE. -Nosevislumbrandom-fdaparteinteressada,o encaminhamento equivocado da petio a outro Juzo, na mesmaComarca,noobstaoreconhecimentoda tempestividadedopleitoourecurso.Recursoespecial conhecidoeprovido.REsp187117/PR,RelatorMin. Barros Monteiro, DJ 16/10/2000 p. 313. Petiodoagravosemconteronomeeoendereo completo do advogado. PROCESSUALCIVIL.EMBARGOSDEDIVERGNCIA. PETIODOAGRAVO.NOMEEENDEREOCOMPLETOS DOADVOGADO.ARTS.524,III,DOCPCE1DA RESOLUO STJ N 1. 1-AjurisprudnciadaCortevemseconsolidandono sentidodeconsiderarprescindvelaindicaodonomee endereocompletosdoadvogado,napetiode encaminhamentodoagravo,quandoconstantesdas peascomponentesdoinstrumentodemodoclaroe preciso. 2-Estaainterpretaoquemelhoratendescausas finaisdoprocessoeaoprincpiodesua instrumentalidade, desprezando o formalismo exagerado. 3-Embargosdedivergnciaconhecidos,porm, rejeitados.EREsp181631/DF,Rel.MinFRANCISCO PEANHA MARTINS, DJ 05/06/2000 p. 101. Petio de encaminhamento do recurso sem a assinatura. 5.Ofatodeapetiodeencaminhamentodorecurso no se encontrar assinada no impede o conhecimento do recursoemsi,peaessaqueoverdadeiropilarda irresignao da parte, e no aquela, a qual traduz, to-s, umrequerimentoformaldeendereamentodoprprio recurso.6.Nopreenchimentodosrequisitosnecessrios eessenciaissuaapreciao.7.Embargosrejeitados. EDcl nos EDcl no AgRg no REsp 197236 / DF, Relator Min. Jos Delgado, DJ 25/10/1999 p. 51. FGTS.AUSNCIADEASSINATURADOADVOGADOEM PARTEDAAPELAO.IRREGULARIDADESANVEL. PRECEDENTES. -Ematendimentoaoprincpiodainstrumentalidade, considera-semerairregularidadeaausnciade assinaturadocausdicodoapelantenofinaldapetio, quandoesteassinouapeadeencaminhamentodo recursoeaprimeirafolhadasrazesrecursaisenofoi concedidoprazolegalparaacorreodetalvcio.- Recursoespecialconhecidoeprovido.REsp331755/SP, RelatorMin.FRANCISCOPEANHAMARTINS,DJ 16/05/2005 p. 282. Tendo em vista o exposto, ser que o prprio Tribunal de Justia do Rio de Janeiro no est procedendo de modo a aumentar o prazoedificultaraaplicaodajustia?Eaeconomiaprocessual? SoconstitucionaisosPrincpiosdaCeleridadeouPrincpioda Brevidade Processual ou Princpio da Razovel Durao do Processo. Oformalismoexigido,contrrioaDoutrinae Jurisprudncia,comjulgadosjdefinidosdemodocontrriopelas cortes superiores atentam contra a segurana jurdica e credibilidade da justia, causando indignao nos administrados. Talvez fosse o caso de acrescer mais esta funo ao CNJ, que ficaria fortalecido para julgar estes procedimentos dos Tribunais, ao contrrio de esvazia-lo de algumas funes. Ficaoalertaaoslegisladoresqueporventuraqueiram uma justia gil e respeitada, auxiliando a inserir o Brasilcomo Pas em que prevalece o Estado Democrtico de Direito, onde a segurana jurdicafacilitaosnegcios,diminuindoemmuitooRiscoBrasil, injustamentecriado,pelosprpriosjulgadorescomsuasdecises teratolgicasecontrriasatudoetodos,emdetrimentodetodoo povo. Jairo Boechat JuniorEngenheiro Civil e Minerador Anexoaseguir:Cpia da deciso do 3 Vice PresidentedoTribunaldeJustia doRiodeJaneiro,DesembargadorANTONIO EDUARDO F. DUARTE, Cpia da Petio de encaminhamento e do Recurso especial que versa sobre garantias ptreas constitucionais. REsp em Agr n. 0036001-33.2010.8.19.0000 1RE6UR80E8PE6|ALEHACRAV00E|N8TRUHENT0N003001-33.2010.8.19.0000 Recorrerles:JAlR0 80EClAT JuNl0R E 0uTR0Recorr|do:FuN0AA00EPARTAVENT00EE3TRA0A30E R00A0EV 00 E3TA00 00 Rl0 0E JANElR0 Trala-sederecursoespec|a|lerpesl|vo(l|s.3Z1-A/391),lurdadoro arl.105,|rc|solll,daCorsl|lu|aoFedera|,|rpugrardoacrdaodaCo|erda1 Crara Cive|, ass|r ererlado: "//D0ElhTER0lTDPRDl3lTDRlD./lES//D0E0lRElTD0EPD$$EE ll0Eh/P/R/EXPlDR//DVlhER/l.P/R/ll$//D0/$D3R/$0D /R0DVETRDPDllT/hD0DRlD0EJ/hElRD.llVlh/RD3Tl0/P/R/ lVPE0lR DuE / Fuh0//D 0ER-RJPRD0E0/ 0EVDllDE$ 0E /0E$$DE$ Fl$l0/$E3EhFElTDRl/$0DVPRDv/0/VEhTEPERTEh0EhTE$/D$ /uTDRE$./SR/vD0Elh$TRuVEhTD./u$h0l/0E0DVPRDv//D0D$ 0lRElTD$0D$/uTDRE$//SR/v/0D$.P/R/ll$//D0/D3R//0/RRET/ SR/vE$PREJulZD$/DER/RlDPu3ll0D.Evl0Eh0l/0DPERl0uluVlh VDR/lhvER$D.PER0/$P/R/DE$T/0D0DV/V/huTEh/D0E 0/hTElRD$0ED3R/$,V/Dulh/RlDEV/D0ED3R/D0lD$D$,$EV/ 0Evl0/ uTlllZ//D. RE0uR$D DuE $E 0/ PRDvlVEhTD. lrcorlorrado,orecorrerlea|egaquerouvev|o|aaoaosarl|gos8, do 0ecrelo-|e| r. 22Z/Z, 1230, do CC, 2, 3, do 0ecrelo-|e| r. 335, 2, 3 e 9, ll, da Le| r. 9Z81/99 e 39Z e 398, do CPC. REsp em Agr n. 0036001-33.2010.8.19.0000 2E o re|atr|o. Passo a dec|d|r. 0recorrerle,rapel|aodeercar|rrarerlodorecursoespec|a| |rlerposlo,rao|rd|cou,corprec|sao,od|spos|l|vocorsl|luc|ora|(a|irea)queo aulor|za,raoalerderdo,po|s,aocorardodoarl.321,doReg|rerlolrlerrodo 3uprero Tr|oura| Federa|. Naosedevecorlurd|rapegoexcess|voalorracoraescorre|la ap||caao da |e|, |rpordo-se perceoer a equ|d|slrc|a do rgao jud|carle, ro que, cors|deradas as parles, |rpr|re lralarerlo |gua||lr|o ra r|gorosa aprec|aao dos pressuposlos de regu|ar|dade lorra| dos recursos de ralureza excepc|ora|. Adel|c|rc|aaporlada,porlarlo,alra|a|rc|drc|aporara|og|ado veroeler281da3uru|ado3TF,e|rv|ao|||zaoprocessarerlodopreserle. Nesse serl|do, corl|ra-se: PR0CE330ALClVlLEA0Mlhl37RA7lV0.EM8ARC030E0ECLARA0. 0FEh3AA0AR7.53500CPCh0C0hFlC0RA0A.0Ml330. lhEXl37hClA.AhALl3E0E0FEh3AA0l3P03l7lV0C0h37l70Cl0hAL. lhVlA8lLl0A0E. lhEPClA 0A lhlClAL AFA37A0A. RE3P0h3A8lLl0A0E ClVlL 00E37A00.A700Ml33lV00AA0Mlhl37RA0.C0h0EhA0EM 0Ah03MA7ERlAl3.CA8lMEh70.Vl0LA0A0l3P03l7lV00ELEl E37A00AL.lMPR0PRlE0A0E.h0-C0hhEClMEh70.F0h0AMEh70h0 lMP0ChA00.30M0LA283/37F.PRE3CRl000lh00EhAL.AR7.100 0ECRE70 20.910/32. MEh0R lMP08ERE. lhAPLlCA8lLl0A0E. A03hClA 0E lh0lCA0 0E 0l3P03l7lV0 LECAL Vl0LA00. 30M0LA 284/37F. '. ... 8.hoseconhecedorecursoseapartenoindicaraalineadopermissivo constitucional na qual se embasa a irresignao. REsp em Agr n. 0036001-33.2010.8.19.0000 3Aplicao da 3mula 284 do 37F, por analogia. 9. Recurso Espec|a| parc|a|menre connec|oo e, nessa parre, no prov|oo. [REsp1191462/E3,Rel.MinistrohERMAh8EhJAMlh,3EC0h0A70RMA, julgado em 05/08/2010, 0Je 14/09/2010} A|r d|sso, corlorre se ver|l|ca do v. acrdao recorr|do, a queslao er queseap|aorecursoraolo|expressarerleerlrerladape|orgaoju|gador, |rc|us|veroqued|zrespe|loaosd|spos|l|vosd|losv|o|ados,pe|oqueraoseler por corl|gurado o recessr|o prequesl|orarerlo. Nao se lrala de rero apego ao lorra||sro. 0 prequesl|orarerlo, cor ele|lo,raoresu|ladac|rcurslrc|adearalr|aravers|doargu|dape|aparle recorrerle.Paraa|rd|sso,acorl|guraaodo|rsl|lulopressupoedeoalee dec|sao prv|os pe|o Co|eg|ado, ou seja, er|ssao de juizo soore o lera. 0 proced|rerlo, po|s, ler coro l|ra||dade o colejo |rd|spersve| a que sed|gadaralr|aoojelodorecursoexcepc|ora|.Logo,seorgaoju|gadorrao adolouerlerd|rerloexp|ic|loarespe|lodolalojurigerove|cu|adorasrazoes recursa|s, |rv|ao|||zada l|ca a corc|usao soore a v|o|aao do prece|lo evocado pe|o recorrerle. No resro serl|do: RE6UR80E8PE6|AL-AL|NEA"A"-EHARC08AEXE6UA0-0E6|8A0 EHANA0A00TR|UNAL0E60NTA8E8TA0UAL-0E8NE6E88|0A0E0E |N86R|A0EH0|V|0AAT|VA-ALECA0A0FEN8AA00|8P08T0N08 ART|C08 585, |N6|80 V|, 00 6P6, 39 0A LE| 4.320|4, EH 60H0 2 E , 1, 0ALE|830|80-AU8N6|A0EPRE0UE8T|0NAHENT0-8UHULA21100 8TJ. 0oacuradoexaredosaulos,ver|l|ca-sequeaCorledeor|gerraodec|d|ua REsp em Agr n. 0036001-33.2010.8.19.0000 4queslaoa|uzdosd|spos|l|vosde|e|ledera|l|dosporv|o|ados,qua|ssejar,os arl|gos585,|rc|sovl,doCPC,39daLe|1.320/1,oercoro2e,1,daLe| .830/80. lrpoe-se,dessarle,orao-correc|rerlodorecursoespec|a|pe|aausrc|ado prequesl|orarerloexp|ic|lodaLe|Federa|oojurgada(3uru|as282e35do 3uprero Tr|oura| Federa|), erlerd|do coro o recessr|o e |rd|spersve| exare da queslao pe|a dec|sao alacada. Recurso espec|a| rao-correc|do. (REsp29.922|P,Re|.H|n|stroFRAN6|ULL|NETT0,8ECUN0ATURHA, ju|gado em 25|05|2004, 0J 30|08|2004, p. 23} Por l|r, o |rcorlorr|sro s|slerl|co, rar|leslado er recurso carerle de lurdarerlosre|evarles,queraoderorslrecoroov.acrdaorecorr|doler|a olerd|doosd|spos|l|vosa|egadarerlev|o|adosequeradaacrescerlea corpreersaoeaodesaledaquaesr|o|ur|s-posloque|rd|quecorrelarerleo perr|ss|vo corsl|luc|ora| soore o qua| se suslerla -, rao alerde aos pressuposlos deregu|ar|dadelorra|dosrecursosderalurezaexcepc|ora|e|rpedeaexala corpreersaodacorlrovrs|a,c|rcurslrc|asquealraera|rc|drc|ada3uru|a 281, 3TF. A esse respe|lo: PR0CE330ALClVlL.ACRAV0REClMEh7AL.ACRAV00Elh37R0MEh70. REC0R30E3PEClAL.F0h0AMEh7A0.0EFlClhClA.30M0LA28400 37F.lhCl0hClA.PRE00E37l0hAMEh70.A03hClA.30M0LA3282E356 0037F.APLlCA0.h0RMAL0CAL.AhALl3E.lMP033l8lLl0A0E.30M0LA 280 00 37F. '. ho se reve|a aom|ssive| o recurso excepc|ona| quanoo a oel|c|enc|a nasualunoamenraonoperm|r|raexaracompreensooaconrrovers|a. lnc|oenc|a, murar|s murano|s, oa $umu|a 284-$TF. 2. . 4. ho se o|v|sa, nas razes oesre reg|menra|, argumenros apros a moo|l|car o oec|sum agravaoo, razo pe|a qua| oevesermanr|oo.5./gravoreg|menra|aquesenegaprov|menro.[AgRgnoAg 1198889/3P,Rel.Ministroh0hlL00AMARAL0EMELL0CA37R0 [0E3EM8ARCA00RC0hV0CA00007J/AP},00lh7A70RMA,julgadoem 18/11/2010, 0Je 29/11/2010}. REsp em Agr n. 0036001-33.2010.8.19.0000 5 A corla de la|s lurdarerlos, 0E|X0 0E A0H|T|R o recurso |rlerposlo. Puo||que-se. R|o de Jare|ro, 20 de seleroro de 2011. 0eseroargador ANT0N|0 E0UAR00 F. 0UARTE Terce|ro v|ce-Pres|derle Certificado por DES. ANTONIO EDUARDO F. DUARTEA cpia impressa deste documento poder ser conferida com o original eletrnico no endereo www.tjrj.jus.br.Data: 22/09/2011 18:30:17Local: Tribunal de Justia do Estado do Rio de Janeiro - Processo: 0036001-33.2010.8.19.0000 - Tot. Pag.: 5SSOOCCIIEEDDAADDEE DDEE AADDVVOOGGAADDOOSSJuraci Rufino Santos OAB/MG 40.107 Rodrigo Cesar Bento OAB/RJ 146.475 Avenida Afonso Pena, 3924, sala 1102 Bairro: Cruzeiro Belo Horizonte/MG CEP: 30.130-009 Telefone: (31) 3568-7045. Exmo. Sr.Dr. Desembargador da 3. Vice - Presidncia do Egrgio Tribunal de Justia do Estado do Rio de Janeiro PROCESSO: 0036001-33.2010.8.19.000 JairoBoechatJnioreConterraMineraoeComrcioltda,j qualificadosnosautosdoprocessosupra,,vmrespeitosamente,comfundamentonoart. 105,daCRFB,nostermosenoprazodoarts.26ess.earts.255/257daLein.8.038/90 (RISTJ) e na forma dos arts. 541/546 do CPC, interpor o presenteRECURSO ESPECIAL para combater e ver reformado ovenerando Acrdo que deu provimento a agravo de instrumento aviado pelo Recorrido. Anteoexposto,requeremaV.Exa.quesejadeferidooprocessamento dopresenteRecurso,recebidoemseuefeitosuspensivoeencaminhadoSuperiorTribunal de Justia, para apreciao e provimento, aps o cumprimento das formalidades processuais. Termos em que, respeitosamente, pedem e esperam deferimento. Rio de Janeiro, 14 de abrilde 2011. P.p. Juraci Rufino Santos OAB-MG 40.107 SSOOCCIIEEDDAADDEE DDEE AADDVVOOGGAADDOOSSJuraci Rufino Santos OAB/MG 40.107 Rodrigo Cesar Bento OAB/RJ 146.475 Avenida Afonso Pena, 3924, sala 1102 Bairro: Cruzeiro Belo Horizonte/MG CEP: 30.130-009 Telefone: (31) 3568-7045. RECURSO ESPECIAL RECORRENTES:Jairo Boechat Junior e Conterra Minerao e Comrcio Ltda RECORRIDO: DER- DEPARTAMENTO DE ESTRADAS E RODAGEM PROCESSO: 0036001-33.2010.8.19.000 Razes dos Recorrentes EminentesMinistros doEgrgio Superior Tribunal de Justia SINTESE DOS FATOS PROCESSUAIS Concessa maxima venia, merece reforma o Acrdo prolatado pela 4. Cmara CveldoTribunaldeJustiadoEstadodoRiodeJaneiro,quedeuprovimentoaagravode instrumentoaviadopelosoraagravados,nosentidodeconcederoefeitosuspensivoda sentenadeprimeirograu,oquefoiimprovido,comlavradoEminenterelatorDr.Srgio Gernimo Abreu da Silveira (fls. 263/264). Insatisfeitos com a deciso monocrtica do Eminente Relator, O Estado do Rio deJaneiroeaFundaodoDepartamentodeEstradasdeRodagemdoEstadodoRiode Janeiro,empeadefls.270/273,avioupedidodereconsiderao,recebidospeloEgrgio TribunalcomoAgravoInominado,ecomelejuntouosdocumentosdefls.274/312, totalmente estranhos ao feito. Emmesaparajulgamento,oagravofoireformado,vencidoorelator, concedendooefeitosuspensivodadecisoprimria,conformerelataov.acrdodefls. 320/323.SSOOCCIIEEDDAADDEE DDEE AADDVVOOGGAADDOOSSJuraci Rufino Santos OAB/MG 40.107 Rodrigo Cesar Bento OAB/RJ 146.475 Avenida Afonso Pena, 3924, sala 1102 Bairro: Cruzeiro Belo Horizonte/MG CEP: 30.130-009 Telefone: (31) 3568-7045. Os agravados, ora agravantes, aviaram o competente instrumento de embargos, rejeitados por unanimidade. De ofcio, o Eminente Relator pediu dia para o julgamento definitivo do Agravo inominado,quandoentoaTurma,poruninimidade,deuprovimentoparaconcederoefeito suspensivo, oportunidade em que o Eminente Relator modificou seu voto, antes vencido. DOS PRESSUPOSTOS EXTRNSECOS E INTRNSECOS DE ADMISSIBILIDADE DO RECURSO O v. acrdo,ora atacado,foi publicado em 31-03-2011,iniciando-se o prazo recursalnoprimeirodiasubseqente,qualseja,01-04-2011,comprevisoterminativapara 15-04-2011.Protocoladoatestadata,atendeorequisitodatempestividade,merecendo apreciao e final provimento. Opreparodopresenterecursofoifeitoregularmentedeacordocomatabelade custas e taxa de porte de remessa e retorno do STJ.Ainterposiodopresenterecursosubsume-seobservnciadosrequisitos exigidos pela Lei Processual Civil e a CR/88, como restar demonstrado. Hinteresseemrecorrer,hajavistaqueesperam,emtese,dojulgamentodo RecursoEspecial,situaofavorvelpeloqueconfigura-seanecessidadeeautilidadedo presente recurso, considerando o teor do art. 499 do CPC. Cabvel o presenterecurso, fundamentado no art. 105, inc.III,da Constituio Federal.oportunoexporquequantoextensodojuzodeadmissibilidade,assimse pronuncia NELSON LUIZ PINTO (in, Recurso Especial para o Superior Tribunal de Justia. SP: Malheiros, 1992, p. 165): "Notem,poisoPresidentedoTribunalaquo,competnciapara apreciarseadecisorecorridaviolou,efetivamenteouno,Lei Federaloutratado.Assim,oseujuzodeadmissibilidadesedeve limitar,nestecaso,anlisedosaspectosformaiseda plausibilidadeourazoabilidadedaalegaodeofensaLei Federal,sem,entretanto,adentrarouadiantarqualquerapreciao de seu mrito". DA EXPOSIO DOS FATOS E DO DIREITO DOS FATOS O1.RecorrenteestdeposseLEGTIMAdoterrenoparapesquisae instalao de benfeitorias necessrias para explorao mineral, determinada pelo juzo da 4. Vara Cvel da Comarca de Duque de Caxias,na ao 2002.021.021944-4 desde 19/02/2004, SSOOCCIIEEDDAADDEE DDEE AADDVVOOGGAADDOOSSJuraci Rufino Santos OAB/MG 40.107 Rodrigo Cesar Bento OAB/RJ 146.475 Avenida Afonso Pena, 3924, sala 1102 Bairro: Cruzeiro Belo Horizonte/MG CEP: 30.130-009 Telefone: (31) 3568-7045. quandofoiimitidonapossepelosoficiaisdejustiaJooPauloPereiraAbrahoMat.: 01/22.993 e Valmarie Oliveira Vieira Mat.: 01/18.185. O2.Recorrenteumaempresademinerao,cujoscioadministradoro1. Recorrente, constituda para cumprir os desgnios do art. 38, inciso I do cdigo de minerao, transcrito abaixo: Art.38.Orequerimentodeautorizaodelavraserdirigido ao Ministro das Minas e Energia, pelo titular da autorizao de pesquisa,ouseusucessor,edeverserinstrudocomos seguintes elementos de informao e prova: I - certido de registro, no Departamento Nacional de Registro do Comrcio, da entidade constituda; ... Aimissodeposseocorreuapsprocedimentodepagamentodeindenizaoao superficiriodoterreno,napoca,parapesquisareinstalarasbenfeitoriasnecessriaspara exploraomineralconformeosprocessosDNPM890.421/2001elicenadeinstalaoda FEEMA-RJ n LI N FE011964 emitida em 16/11/2006. AFUNDAODEPARTAMENTODEESTRADASDERODAGEMDO ESTADODORIODEJANEIROturbaeameaaesbulharapossedosrecorrentespara construodeumaestradaderodagem,semnenhumprocedimentolegalparase imitirnaposseenemefetuarnenhumdosprocedimentoslegais indenizatrios. Diante de tamanha impropriedade, como se a letra da lei fosse efetivamente morta, enomenosocomandojudicial,vezqueexisteaposselegtimaaserrespeitada,os recorrentesajuizaramumaaodeInterditoProibitrio,compedidodeliminar,para garantir o seu direito minerrio e suas instalaes. O pedido foi detidamente analisado e apreciado pelo MM. Juiz da 1 Vara Cvel de DuquedeCaxiasque,verificandoasprovasjuntadasaosautos,concluiupeloabsurdo praticadopeloentepblico,etambmoprejuzoquepoderiasercausadoaosautoresque eram detentores de um ttulo legtimo, razo pela qual deferiu a liminar requerida, to somente paraprotegerasbenfeitoriaseacessesfsicasdoempreendimento.InsatisfeitooRecorrido aviou Agravo de Instrumento requerendo o efeito suspensivo da r. deciso primria.

O Egrgio Tribunal, atravs do Eminente Desembargador Relator Sergio Jernimo A.Silveira,atribudocausapordistribuioautomtica,monocraticamente,mantevea decisoprimria,indeferindooefeitosuspensivorequeridonoagravo,destacandoaindaa demonstrao do risco de dano de difcil reparao pela no concesso da tutela vislumbrado pelojuzode1.Grau,aindaoficiouaojuizmonocrticoinformandosobreadecisoe solicitou a prestao de novas informaes. Uma rodovia que hojeligar um ponto do nada a outro ponto do quase nadaforam as palavras do atento e justo juiz da 1 Vara Cvel de Duque de Caxias na prestao das informaessolicitadasequepoderacarretarmilionriaindenizaoaserpagapelo Estado em conseqncia da sua conduta, alertou o juiz. SSOOCCIIEEDDAADDEE DDEE AADDVVOOGGAADDOOSSJuraci Rufino Santos OAB/MG 40.107 Rodrigo Cesar Bento OAB/RJ 146.475 Avenida Afonso Pena, 3924, sala 1102 Bairro: Cruzeiro Belo Horizonte/MG CEP: 30.130-009 Telefone: (31) 3568-7045. Novamenteinsatisfeito,oRecorrenteavioupedidodereconsiderao,recebido peloEgrgioTribunalcomoagravoinominado,e,em06/10/2010,emsessoda4.Cmara CveloEminenteDesembargadorRelatorvotounovamentenegandoopedidode reconsideraodoefeitosuspensivoedoisDesembargadoresvogaispediramvistasdos autos, ficando suspenso o julgamento. Surpreendentemente,tendoemvistaosdocumentosacostadoseasdecises anteriores,votouoprimeirovogaldandoprovimentoaoefeitosuspensivo,sendo acompanhado pelo 2. Vogal, e assim, por maioria, deram provimento ao agravo e designaram para redigir o acrdo o 1. Vogal Desembargador Mrio dos Santos Paulo. OsRecorrentesaviaramocompetenteinstrumentodeEmbargosDeclaratrios que,datavnia,nomereceuqualquerapreciaodosEminentesDesembargadores,e negaram provimento. Colocadoemmesaaqueleagravoinominado,oeminenteRelatortrouxeoseu voto,agoratotalmentediferentedoprimeiro,equefoiacompanhadodosdemais,onde,uma vez,datavnia,noobservaram,comooJuizPrimrio,osfatosreaiseasilicitudes cometidas pelo Recorrido, apenas com fundamentonautilidade pblica da obra, como se sob esse ttulo poderia o Estado ou qualquer de seus Entes delegados derrubar o nosso muro para fazer uma obra pblica, sem seguir todos os caminhos traados pela legislao pertinente. Ao que tudo indica, toda a populao brasileira est totalmente desamparada e sem qualquerseguranajurdica,umaque,casooExecutivoEstadualacheporbemconstruirum viaduto ou uma rodovia no quintal da sua casa, poder faze-lo sem qualquer restrio, e nem mesmo sem o devido processo legal. verdadeiramente absurdo.

NoacrdooDesembargadordesignadorelatoralegaqueojuizmonocrtico procurouresguardarosinteressesdosorarecorrentes,nopressupostodequeseriameles detentores da posse e do direito de pesquisa mineral da rea. Aquivaleumaressalva,inclusiveademonstrarqueosEminentes Desembargadores no tiveram o trabalhado de verificar os documentos juntados aos autos, eis quenohqualquerpressupostodequeosRecorrentesseriamdetentoresdeposse.Ao contrrio,elessodetentoresdeposselegtima,ecomprovaramissonosautos,masparece que o interesse poltico do executivo, pelo menos do Estado do Rio de Janeiro, est acima da lei.essaofensaaoprincpiodaseguranajurdicaquelevaocidadoeasempresasao descrdito nas instituies. OAgravoinominadofoinovamentecolocadoemmesae,contrariandoa legislao vigente e o Regimento do Egrgio Tribunal, recebeu total provimento, e muito mais doqueopedidodesuspensodaliminar,agorapodendoosRecorridos,porconcessodos EminentesDesembargadores,adentrarnasdependnciasdaempresaRecorrenteedemolir suas benfeitorias e acesses fsicas. Realmente, concessa vnia, no podem as partes deixar de acreditar que tambm o Poder Judicirio est acima da lei. DO DIREITO SSOOCCIIEEDDAADDEE DDEE AADDVVOOGGAADDOOSSJuraci Rufino Santos OAB/MG 40.107 Rodrigo Cesar Bento OAB/RJ 146.475 Avenida Afonso Pena, 3924, sala 1102 Bairro: Cruzeiro Belo Horizonte/MG CEP: 30.130-009 Telefone: (31) 3568-7045. Concessa vnia, na anlise do direito da refrega em em destaque, verifica-se que osIlustresDesembargadores,preocupadosapenascomasupostautilidadepblica,nodeu qualqueratenoaodireitodosRecorrentesque,aolongodeoitoanosdesempenharamo papel de cumprir todos os comandos administrativos, legais e judiciais a alcanar a concesso de um bem de interesse social, e ao final tm, do prprio poder judicirio, a negativa do direito por ele mesmo concedido. Isso difcil para qualquer cidado entender.

Afirma ainda que o ora recorrido e o prprio Estado desconstituram as bases das afirmaes a respeito, comprovando no s a desapropriao do imvel pelo poder pblico, como ainda a cassao do direito de lavra de areia pelo rgo competente. Datavenia,absolutamentedescabido.EmmomentoalgumoRecorrido apresentou qualquer comprovao de ato expropriatrio, e ainda, no h qualquer cassao do direito de lavra, eis que o procedimento no atende os requisitos legais. NotextodoacrdooEminenteDesembargadordesprezoutodoocaptuloVdo Decreto-lei 227/67,DAS SANES E NULIDADES e, emespecial,o seuartigo 68 onde descreveosprocedimentosnecessriosparainstauraroProcessoAdministrativopela declarao de nulidade ou de caducidade de um ttulo minerrio. Desprezouaindaocdigocivil,confundindoapropriedadedosoloedosubsolo, existentenodireitoptriodesde1934sendoexplicitonacitadaleifederaln10.406,de 10.01.2002Art.1.230.Apropriedadedosolonoabrangeasjazidas,minasedemais recursosminerais,ospotenciaisdeenergiahidrulica,osmonumentosarqueolgicose outros bens referidos por leis especiais. Tendo desprezado a separao das propriedades, misturou a desapropriao de um com a desapropriao de outro Desprezou todoDECRETO-LEI N3.365,DE21DE JUNHODE1941quedispe sobre desapropriaes por utilidade pblica , mxime Art. 2, par. 3: Art.2o Mediantedeclaraodeutilidadepblica,todosos benspoderoserdesapropriadospelaUnio,pelosEstados, Municpios, Distrito Federal e Territrios. 3 vedada a desapropriao, pelos Estados, Distrito Federal, TerritrioseMunicpiosdeaes,cotasedireitos representativosdocapitaldeinstituieseemprsascujo funcionamento dependa de autorizao do Govrno Federal e se subordine sua fiscalizao, salvo mediante prvia autorizao, por decreto do Presidente da Repblica. NoconsideroualeifederalqueregulaoProcessoAdministrativo,umavezque seriatransgredidaalei9.784/99,art.2eincisos, 3eincisose9incisoIIcasohouvessesido declarada a cassao do direito minerrio, o que nunca houve. SSOOCCIIEEDDAADDEE DDEE AADDVVOOGGAADDOOSSJuraci Rufino Santos OAB/MG 40.107 Rodrigo Cesar Bento OAB/RJ 146.475 Avenida Afonso Pena, 3924, sala 1102 Bairro: Cruzeiro Belo Horizonte/MG CEP: 30.130-009 Telefone: (31) 3568-7045. Violou\omitiu-se ao CPC LEI N 5.869, DE 11 DE JANEIRO DE 1973 em seu CAPTULO VIII - DA SENTENA E DA COISA JULGADA, desconsiderando que a posse do 1. Autor se trata de sentena transitada em julgado obtida no processo 2002.021.021944-4 onde restou bem consignado o direito do posseiro-recorrente, Verbis: Observando-sequeaimissodepossejfoi regularmente concedida, defiro o requerimento dafolha200,cabendoaorequerenteexercer todososatributosdaposse,inclusiveproteg-la. G.n. UmbloqueioprovisriodeterminadopeloDNPMnuncapodeserconfundidocoma cassaododireitodelavra,anoserqueapalavraprovisriosejaentendidanosentido diversoaodadoportodososdicionriosdalnguaportuguesa.Aindaassim,oartigoacima transcrito determina que mina a jazida em lavra, ainda que suspensa. Pelo princpio hermenutico da verba cum effectu sunt accipienda, temos que no h palavras inteis na lei. Nessesentidotambmsemanifestaainterpretaoaxiolgicaquandodetrai-sedo texto legal, o mens legis, inteno do legislador. Art. 7 O aproveitamento das jazidas depende de alvar de autorizao de pesquisa, do Diretor-Geral do DNPM, e de concesso de lavra, outorgada pelo Ministro de Estado de Minas e Energia. G.n. Enquantonohouverodecretodogovernofederalautorizandoaatividade,no existeempresamineradoraquepossacumpriroseuobjetosocialdeextraire/oubeneficiar minerais no territrio brasileiro. Noentanto,apsodecretoautorizandoapesquisamineral,anteriormentea concessodelavra,jgozaomineradordeproteodalei,conformejulgadodo prematuramente saudoso Eminente Min. Carlos Alberto Direito, Verbis: ...art. 7 que estabelece: "O aproveitamento das jazidas depende dealvardeautorizaodepesquisa,doDiretor-Geraldo DNPM,edaconcessodelavra,outorgadapeloMinistrode EstadodeMinaseEnergia".Ora,odispositivoreforao acrdoporqueprotegeotitulardoalvardeautorizaode pesquisanoqueconcerneaoaproveitamentodasjazidas.A argumentao da recorrente no sentido de inutilizar o direito da autora,retirandoaproteoconferidanasinstnciasordinrias porqueaautorizaonotransmitiriaapropriedadeda substnciamineralexistentenajazida,porqueelacontinua propriedadedaUnio,mesmodepoisdaconcessodelavra. Convenhamosquetalargumentonofazomenorsentido, SSOOCCIIEEDDAADDEE DDEE AADDVVOOGGAADDOOSSJuraci Rufino Santos OAB/MG 40.107 Rodrigo Cesar Bento OAB/RJ 146.475 Avenida Afonso Pena, 3924, sala 1102 Bairro: Cruzeiro Belo Horizonte/MG CEP: 30.130-009 Telefone: (31) 3568-7045. considerando que, se vlido, o titular do referido alvar, que j embute o aproveitamento da jazida, previsto no art. 7 do Cdigo de Minerao, ficaria completamente impossibilitado deusufruirdeseudireito.Negar-se-iaodireitopesquisae futura lavra, sendo o alvar de pesquisa, como j visto, "um bem,umdireito,comooutroqualquer,hajavistaquetem expressoprpriaevaloreconmicomensurvelpelo mercado,equeintegraopatrimniodomineradorfazendo partedoativodaempresa"(fl.534).SeoprprioCdigode Mineraoacolheoaproveitamentodajazidapelodetentordo alvardepesquisa,comodeixardereconhecerquetemele direito a proteger a jazida contra qualquer ato danoso que atinja a reaqueestsobsuatitulao.Daacorretaafirmaodo acrdonosentidodeque"omineradorjgozadeproteo aojazimento,bemcomoaseuproduto,queporeleser explorado ainda que detentor apenas do Alvar de Pesquisa" (fl.535).Naverdade,comoalvar,nostermosdoreferidoart. 7,jsetemnopatrimniodaempresaoaproveitamentoda jazida,incluindo,portanto,norespectivopatrimnio,a exclusividadesobreomineralexistentenareadepesquisa. Dessemodo,aperdademinrioemdecorrnciadosatos praticadospelaempresarecorrenteatingemdiretamenteo patrimniodaempresarecorrida,retirando-lhecontedo econmicooquecomporta,semmargemdeerro,direito indenizao...REspN633.521-MG(2004/0028465-5)Relator Min. Carlos Alberto Direito - JULGADO: 18/04/2006 Tambmseposicionounovoto,vistadomesmoprocesso,oIlmoMin.Castro Filho, reforando o entendimento do Relator, in verbis: Comrelaoaoartigo7doCdigodeMinerao,alinho-meconclusodos votosanteriores,umavezque,comaconcessodoalvar,jtemaempresao aproveitamentocomexclusividadedajazida,situaoquetemrepercussonoseu patrimnio,passvel,portanto,dereparao,quandocomprovadoodanocausadopor terceiros e o nexo de causalidade, o que restou demonstrado na espcie, inclusive por prova pericial.REspN633.521-MG(2004/0028465-5)RelatorMin.CarlosAlbertoDireito Extrado do voto vista do Min. Castro Filho julgado em 18/04/2006 Art.84.AJazidabemimvel,distintodosoloondese encontra,noabrangendoapropriedadedesteominriooua substncia mineral til que a constitui. O objeto deste artigo est inserido em nossa legislao desde 1934. O objetivo do mesmo de que nenhum proprietrio de superfcie possaevitar oaproveitamento do mineral pertencente ao povo brasileiro. Anteriormente, o proprietrio poderia evitar a explorao de tal riqueza apenas por ummerocaprichoecomoamineraotemarigidezlocacional,nopodendoserealizarem localdiversodeondeestsituadoodepsitominerrio,muitariquezaficavaparadaaobel SSOOCCIIEEDDAADDEE DDEE AADDVVOOGGAADDOOSSJuraci Rufino Santos OAB/MG 40.107 Rodrigo Cesar Bento OAB/RJ 146.475 Avenida Afonso Pena, 3924, sala 1102 Bairro: Cruzeiro Belo Horizonte/MG CEP: 30.130-009 Telefone: (31) 3568-7045. prazerdoproprietrio,prejudicandotodaasociedade.aindaimportanteressaltarquetal meno acima consta tambm da Constituio Brasileira. Art87.Noseimpedirporaojudicialdequemquerque seja, o prosseguimento da pesquisa ou lavra. G.n Comaredaodadoaoart.acimaficaclaraaintenodolegisladordedar segurana jurdica atividade mineradora em nosso Pas. Art. 63. O no cumprimento das obrigaes decorrentes das autorizaes de pesquisa, das permisses de lavra garimpeira, das concesses de lavra e do licenciamento implica, dependendo da infrao, em: (Redao dada pela Lei n 9.314, de 1996) I - advertncia; (Redao dada pela Lei n 9.314, de 1996) II - multa; e (Redao dada pela Lei n 9.314, de 1996) III - caducidade do ttulo. Claroficaoprocedimentoeasetapasnecessriasparaacassaodeumttulo minerrio, no se tratando de mero bloqueio de atividades decretados unilateralmente por um rgoestatal,semobedeceraosditamesdalei,fatoquecausariarepulsanosinvestidoresna difcil empreitada de minerar.Art 88. Ficam sujeitas fiscalizao direta do D.N.P.M. todas asatividadesconcernentesminerao,comrcioeindustrializaodematrias-primasminerais,noslimites estabelecidos em Lei. Comoestbemexposto,ov.acrdoviolatodaaconstruolegaldodireito aquilatado, vez que d interpretao contrria quela j consolidada. Almdocitado,foitambmjudiadanopresenteprocessoaLEIN10.406,DE 10.01.2002 - DOU 1 DE 11.01.2002 NOVO CDIGO CIVIL. EmseulivroIII,emquecuidadosdireitosdascoisas,ottuloItrata especificamentedaposse.ExistejurisprudnciaclaradoSTJpararespeitolei.Ocorreram muitasdiscussesemfunododesprezopelaposse/propriedadealheianosmovimentos sociais como os intitulados Sem Terra. Estemovimentoesbulhoudiversaspropriedadesruraiseopoderlegislativoe judicirio reagiram para manter o estado de direito do Pas.Osproprietriosdeterraesbulhadaaomenospodiamcontarcomaajudada polcia, ao contrario do caso em tela, em que a polcia subordinada ao Estado e o mesmo o esbulhador. LIVRO III - Do Direito das Coisas TTULO I - Da posse CAPTULO I Da Posse e sua Classificao Art. 1.196. Considera-se possuidor todo aquele que tem de fato o exerccio, pleno ou no, de algum dos poderes inerentes propriedade. SSOOCCIIEEDDAADDEE DDEE AADDVVOOGGAADDOOSSJuraci Rufino Santos OAB/MG 40.107 Rodrigo Cesar Bento OAB/RJ 146.475 Avenida Afonso Pena, 3924, sala 1102 Bairro: Cruzeiro Belo Horizonte/MG CEP: 30.130-009 Telefone: (31) 3568-7045. Vejamosajurisprudnciadenossostribunaissuperioressobreaaplicaodetal artigo e seguintes. PROCESSUALCIVIL-AGRAVOREGIMENTALEM AGRAVODEINSTRUMENTO-ADMINISTRATIVO- INTERVENODOESTADONAPROPRIEDADE- DESAPROPRIAO-POSSE-INDENIZAOAO DETENTOR DA POSSE - POSSIBILIDADE - SMULA 83/STJ. 1.Oexpropriadoquedetmapenasapossedoimveltem direitoareceberacorrespondenteindenizao.Precedentes REsp1118854/SP,Rel.MinistraELIANACALMON,DJe 28/10/2009;REsp953.910/BA,Rel.MinistroMAURO CAMPBELLMARQUES,DJe10/09/2009;REsp769.731/PR, Rel.MinistroLUIZFUX,DJ31/05/2007p.343;REsp 184.762/PR, Rel. MinistroHUMBERTO GOMES DE BARROS, DJ 28/02/2000 2. Agravo regimental desprovido.RelatorMinistroLUIZFUXJulgadopela1Cmaraem 06/04/2010 publicado no DJe em 22/04/2010 ...4.Aediodeumdecretoqueconferedeterminadarea umadestinaopblicanoconfiguraatomadadeposseda respectivaextensoterritorial.Paraquehajaaalteraoda situaofticadoimvel,e,porconseguinte,dostatus possessrio,faz-senecessriaaprticadeatosmateriaispelo PoderPblico,queevidenciemaefetivautilizaodobemna finalidade enunciada. Precedentes. 5. No caso dos autos, a Unio pretende obter a posse do imvel, cujodomniodoparticular,sobofundamentodehaverum decretodestinandoareautilizaodoMinistrioda Aeronutica.Estclaro,portanto,quenohoexerccio efetivo da posse na hiptese em comento. 6.Agravoregimentalprovidoparaconhecer,emparte,do recurso especial e, no mrito, negar-lhe provimento. G.n Relator Ministro CASTRO MEIRA julgada pela 2 Turma em 25/08/2009 e publicada no DJe em 18/09/2009 PROCESSOCIVIL.RECURSOESPECIAL.POSSEAD INTERDICTA. REEXAME DE MATRIA FTICA. 1.Adecisoatacadapeloagravoregimentalnosefurtou discusso trazida pela recorrente, relativa existncia de posse justa,adinterdicta,pelorecorrido.Muitopelocontrrio, procurou tratar da questo a partir de um vis que no incidisse na vedao contida na Smula 7 desta Corte. 2.Segundopossvelextrairdosartigos1.200,1.208e1.210 doCdigoCivil,paraqueapossesejaconsideradajustae, portanto,passveldeproteopormeiodeinterditos possessrios,bastaqueelanosejaviolenta,clandestinaou precria. SSOOCCIIEEDDAADDEE DDEE AADDVVOOGGAADDOOSSJuraci Rufino Santos OAB/MG 40.107 Rodrigo Cesar Bento OAB/RJ 146.475 Avenida Afonso Pena, 3924, sala 1102 Bairro: Cruzeiro Belo Horizonte/MG CEP: 30.130-009 Telefone: (31) 3568-7045. 3.Tendooacrdoestadualafirmado,combasenaprovados autos,queorecorrido,mesmosemttulo,exerciaapossejusta sobreoimvel,nohcomorediscutiressefatoemrecurso especial. Agravo regimental a que se nega provimento. RelatorMinistroSIDNEIBENETIjulgadapela3Turmaem 12/08/2008 e publicada no DJe em 13/09/2008 DIREITOCIVIL.INTERDITOPROIBITRIO.EXCEODE DOMNIO.ART.505,SEGUNDAPARTE,CC/1916. ENUNCIADO SUMULAR N. 487/STF. INCIDNCIA. PRECEDENTESDOSTJ.LIMINARINAUDITAALTERA PARTE. AGRAVO. SENTENA DEFINITIVA. PENDNCIA DE JULGAMENTODAAPELAO.RECURSOESPECIAL DESACOLHIDO. I - A proteo possessria independe da alegao de domnio e podeserexercitadaatmesmocontraoproprietrioqueno temposseefetiva,masapenascivil,oriundadettulo.(...) RelatorMinistroSLVIODEFIGUEIREDOTEIXEIRA julgadapela4Turmaem04/09/2003epublicadanoDJeem 24/11/2003 Revendo ainda o cdigode Minerao podemosobservar que, para transformara jazidaemumaminaimprescindvelquesejaconstitudaumaempresa,eelaqueser autorizadapelaUnioainvestirosrecursosnecessriosparaatransformao,conformeo artigo abaixo citado: Art.38.Orequerimentodeautorizaodelavraser dirigidoaoMinistrodasMinaseEnergia,pelotitularda autorizaodepesquisa,ouseusucessor,edeverserinstrudo com os seguintes elementos de informao e prova: I-certidoderegistro,noDepartamentoNacionalde Registro do Comrcio, da entidade constituda; Tal empresa definida como empresa mineradora, definida no dicionrioAulete como: (mi.ne.ra.do.ra) []sf. 1. Bras. Empresa de minerao. [F.: Fem. substv. de minerador.] SSOOCCIIEEDDAADDEE DDEE AADDVVOOGGAADDOOSSJuraci Rufino Santos OAB/MG 40.107 Rodrigo Cesar Bento OAB/RJ 146.475 Avenida Afonso Pena, 3924, sala 1102 Bairro: Cruzeiro Belo Horizonte/MG CEP: 30.130-009 Telefone: (31) 3568-7045. Todoesteintritonecessrioparademonstraraexclusivanecessidadede autorizao do Governo Federal, para que a mineradora funcione. Estando tudo de acordo com o exigido em lei, concede-se finalmente a portaria de lavra,impondoobrigaesegarantindodireitossempresaslegalmenteautorizadasa funcionar pelo Governo Federal, como se v no preceito a seguir citado: Art. 43. A concesso de lavra ter por ttulo uma portaria assinada pelo Ministro de Estado de Minas e Energia. ApartirdestemomentoaempresaestautorizadapelogovernoFederala funcionar, evidentemente dentro dos limites da lei. EstasexignciasocorrempelanecessidadedoGovernoFederaldeobteros resultados pretendidos na extrao mineral. Nopoderia ser de outra forma, pois a Unio a proprietriadomineralexistentenopasenecessitaqueomesmosejaexploradoeutilizado para crescimento da nao.

Olegisladoranteviuanecessidadeeimportnciacadavezmaiordamineraoe sempre procurou preservar a atividade de oportunismo momentneo com um recurso escasso e no renovvel. Noscomaminerao,esimcomdiversasatividadesessenciaisque necessitariam de autorizao do Governo Federal para funcionamento e que estivessem sobre afiscalizaodaUnio.Podemosdestacardentreoutrasoaproveitamentodaenergia hidrulica, minerao, etc.

ColocousobreomantoprotetordalegislaoepoderdoGovernoFederalsobre taisatividadesdemodoaevitarquetodoumtrabalhoanteriormenteexecutadofossejogado no lixo por eventual deslize de mandatrios de outras instncias governamentais. Para atender a tal objetivo, o governo Federal, ao aprovar o decreto-lei que versava sobreadesapropriao,mantevearegrageral,porm,preservouprerrogativasaserem efetuadas apenas pelo Governo Federal conforme destacou em seu artigo 2 3, abaixo: Art.2oMediantedeclaraodeutilidadepblica,todosos benspoderoserdesapropriadospelaUnio,pelosEstados, Municpios, Distrito Federal e Territrios. 3 vedada a desapropriao, pelos Estados, Distrito Federal, TerritrioseMunicpiosdeaes,cotasedireitos representativosdocapitaldeinstituieseempresascujo funcionamentodependadeautorizaodoGovernoFederale sesubordinesuafiscalizao,salvomedianteprvia autorizao,pordecretodoPresidentedaRepblica.(Includo pelo Decreto-lei n 856, de 1969) g.n. SSOOCCIIEEDDAADDEE DDEE AADDVVOOGGAADDOOSSJuraci Rufino Santos OAB/MG 40.107 Rodrigo Cesar Bento OAB/RJ 146.475 Avenida Afonso Pena, 3924, sala 1102 Bairro: Cruzeiro Belo Horizonte/MG CEP: 30.130-009 Telefone: (31) 3568-7045. Fonte de Publicao - Smula da Jurisprudncia Predominante do Supremo Tribunal Federal Anexo ao Regimento Interno. Edio: Imprensa Nacional, 1964, p. 86. Precedentes - MS 11075, PUBLICAES: DJ DE 6/6/1963 RTJ 27/377, RE 52625 PUBLICAES: DJ DE 17/10/1963 RTJ 30/7, Observao Veja acrdo do RE 75482 (DJ de 10/9/1973). Incautospoderiamaindaindagar,queparaaberturadeumaempresamineradora nonecessrioaautorizaoanteriordoGovernoFederal,esomenteserianecessriopara atingir o seu objeto social que seria a extrao de minerais. Noexistenopasnenhumaempresamineradoraemfuncionamentosema devidaautorizaoefiscalizaodoGovernoFederal.Demodoanlogo,exigida autorizao do Governo Federal para o setor de gerao etransmisso de energia eltrica, que motivou a formulao da smula n 157 do STF, quando foi arbitrariamente desapropriada. Odecreto3365/41,emseuartigo5,explicitaqueaatividademinerriatrata-se tambm de utilidade pblica, abaixo: Art. 5o Consideram-se casos de utilidade pblica: f) o aproveitamento industrial das minas e das jazidas minerais, das guas e da energia hidrulica; Tambm houve a reao do STJ ao negar a desapropriao de bens da Companhia DocasdoRiodeJaneiro,invocando,corretamente,quesomentecomodecretopresidencial seusbenspoderiamserdesapropriados,mesmosetratando,aocontrriodocasojulgado,de umaempresaprivada,masquedetinhaumaautorizaofederalparaexploraroservio porturio em regime de exclusividade. Texto da ementa transcrita abaixo: EMENTA:DESAPROPRIAO,PORESTADO,DEBEMDE SOCIEDADEDEECONOMIAMISTAFEDERALQUE EXPLORASERVIOPBLICOPRIVATIVODAUNIO.1.A Unio pode desapropriar bens dos Estados, do Distrito Federal, dosMunicpiosedosterritorioseosEstados,dosMunicpios, sempre com autorizao legislativa especifica. A lei estabeleceu umagradaodepoderentreossujeitosativosda desapropriao,demodoaprevaleceroatodapessoajurdica demaisaltacategoria,segundoointeressedequecuida:o interessenacional,representadopelaUnio,prevalecesobreo regional,interpretadopeloEstado,eestesobreolocal,ligado ao Municpio, no havendo reverso ascendente; os Estados e o DistritoFederalnopodemdesapropriarbensdaUnio,nem osMunicpios,bensdosEstadosoudaUnio,Decreto-lein. 3.365/41, art. 2., par. 2.. 2.Pelomesmoprincpio,emrelaoabensparticulares,a desapropriaopeloEstadoprevalecesobreadoMunicpio,e daUniosobreadesteedaquele,emsetratandodomesmo bem. SSOOCCIIEEDDAADDEE DDEE AADDVVOOGGAADDOOSSJuraci Rufino Santos OAB/MG 40.107 Rodrigo Cesar Bento OAB/RJ 146.475 Avenida Afonso Pena, 3924, sala 1102 Bairro: Cruzeiro Belo Horizonte/MG CEP: 30.130-009 Telefone: (31) 3568-7045. 3. Doutrina e jurisprudncia antigas e coerentes. Precedentes do STF: RE 20.149, MS 11.075, RE 115.665, RE 111.079. 4.CompetindoaUnio,esaela,explorardiretamenteou medianteautorizao,concessooupermisso,osportos maritimos,fluviaiselacustres,art.21,XII,f,daCF,esta caracterizada a natureza pblica do servio de docas. 5.ACompanhiaDocasdoRiodeJaneiro,sociedadede economiamistafederal,incumbidadeexploraroservio porturioemregimedeexclusividade,nopodeterbem desapropriado pelo Estado. 6. Inexistncia, no caso, de autorizao legislativa. 7.Anormadoart.173,par.1.,daConstituioaplica-seas entidades publicas que exercem atividade econmica em regime deconcorrncia,notendoaplicaoassociedadesde economiamistaouempresaspublicasque,emboraexercendo atividade econmica, gozam de exclusividade. 8.Odispositivoconstitucionalnoalcana,commaiorrazo, sociedadedeeconomiamistafederalqueexploraservio pblico, reservado a Unio. 9.Oartigo173,par.1.,nadatemavercoma desapropriabilidadeouindesapropriabilidadedebensde empresaspublicasousociedadesdeeconomiamista;seu endereoeoutro;visaaasseguraralivreconcorrncia,de modoqueasentidadespublicasqueexercemouvenhama exerceratividadeeconmicanosebeneficiemdetratamento privilegiado em relao a entidades privadas que se dediquem a atividade econmica na mesma rea ou em rea semelhante. 10.Odispostonopar.2.,domesmoart.173,completao dispostonopar.1.,aoprescreverque"asempresaspublicase associedadesdeeconomiamistanopoderogozarde privilgios fiscais no extensivos as do setor privado". 11. Se o servio de docas fosse confiado, por concesso, a uma empresaprivada,seusbensnopoderiamserdesapropriados porEstadosemautorizaodoPresidentedaRepublica, Smula157eDecreto-lein.856/69;noseriarazovelque imveldesociedadedeeconomiamistafederal,incumbidade executar servio pblico da Unio, em regime de exclusividade, no merecesse tratamento legal semelhante. SSOOCCIIEEDDAADDEE DDEE AADDVVOOGGAADDOOSSJuraci Rufino Santos OAB/MG 40.107 Rodrigo Cesar Bento OAB/RJ 146.475 Avenida Afonso Pena, 3924, sala 1102 Bairro: Cruzeiro Belo Horizonte/MG CEP: 30.130-009 Telefone: (31) 3568-7045. 12.NosequestionaseoEstadopodedesapropriarbemde sociedadedeeconomiamistafederalquenoestejaafetoao servio.ImvelsituadonocaisdoRiodeJaneirosepresume integrado no servio porturio que, de resto, no e esttico, e a serviodasociedade,cujaduraoeindeterminada,comoo prprio servio de que esta investida.13. RE no conhecido. Voto vencido. RE 172816 / RJ - RIO DE JANEIRORelatorMin.PauloBrossard-Julgamento:09/02/1994-rgo Julgador:TRIBUNAL PLENO. G.n Nestemesmoprocessoaindapodemosregistrarpartedosvotosdosministros presentes sesso do tribunal pleno do STF. Emacrdounnimede18/10/1965,dovotodorelatordoRE26.149,em embargos, Ministro Victor Nunes Leal, extrai-se o seguinte: Seomunicpionopodeexpropriarbemdoestadoouda unio, tambm no o poder fazer quanto aos servios pblicos concedidos pelo Estado ou Unio, pois a concesso envolve, ela mesmaopoderdedesapropriar.Seriacontraditrioquea Unio, ou o Estado, pudesse dar esse direito ao concessionrio, eaprpriaconcessoficassesubordinada,quantoaosbens que a integram, ao poder expropriatrio dos municpios. Teria omunicpio,emtalhiptese,aprerrogativadedesfazeroque tivessefeitoaUnio,ouoEstado,nousoregulardesua competncia,RDA, 84-167 Analisemos o pargrafo 2 do art.2 que versa: 2oOsbensdodomniodosEstados,Municpios,Distrito Federal e Territrios podero ser desapropriados pela Unio, e os dos Municpios pelos Estados, mas, em qualquer caso, ao ato dever preceder autorizao legislativa. Auniopodedesapropriaratodos,mas,osEstadose Municpios no tm autoridade para desapropriar bens da unio. Mas existe o rito obrigatrio e no pode o judicirio se levar por falcias. DOPROCEDIMENTONECESSRIOPARADESAPROPRIAOPORUTILIDADEPBLICA Destacamosalgunsartigosdodecreto-lei3365/41ondesoestabelecidosos marcos necessrios para que seja efetuado um processo de desapropriao, desde que no seja necessrio a edio do decreto presidencial: Art.10.Adesapropriaodeverefetivar-semediante acordoouintentar-sejudicialmente,dentrodecincoanos, contados da data da expedio do respectivo decreto e findos os quais este caducar. SSOOCCIIEEDDAADDEE DDEE AADDVVOOGGAADDOOSSJuraci Rufino Santos OAB/MG 40.107 Rodrigo Cesar Bento OAB/RJ 146.475 Avenida Afonso Pena, 3924, sala 1102 Bairro: Cruzeiro Belo Horizonte/MG CEP: 30.130-009 Telefone: (31) 3568-7045. Art.13.Apetioinicial,almdosrequisitosprevistosno CdigodeProcessoCivil,conteraofertadopreoeser instruda com um exemplar do contrato, ou do jornal oficial que houverpublicadoodecretodedesapropriao,oucpia autenticada dos mesmos, e a planta ou descrio dos bens e suas confrontaes. Art. 15. Se o expropriante alegar urgncia e depositar quantia arbitradadeconformidadecomoart.685doCdigode Processo Civil, o juiz mandar imiti-lo provisoriamente na posse dos bens; 2Aalegaodeurgncia,quenopoderserrenovada, obrigaroexpropriantearequereraimissoprovisriadentro doprazoimprorrogvelde120(centoevinte)dias.(Includo pela Lei n 2.786, de 1956) 3Excedidooprazofixadonopargrafoanteriornoser concedidaaimissoprovisria.(IncludopelaLein2.786,de 1956). V- se que o legislador procurou criar condies para que o poder desapropriante no tivesse nenhum empecilho ao intentar o seu ato expropriatrio, prevendo ainda o caso em queomesmotivessequeserefetuadocomaurgncia,muitasvezespreponderanteparao servio pblico. As regras so simples e claras. Esto em vigor desde 1941. S no as utiliza quem noquer.EvidentementeoEstadocontacomumaestruturajurdicaparasaberutilizar corretamente desta lei.Art.41.Asdisposiesdestaleiaplicam-seaosprocessosde desapropriaoemcurso,nosepermitindodepoisdesua vigncia outros termos e atos alm dos por ela admitidos, nem o seu processamento por forma diversa da que por ela regulada. Art. 42. No que esta lei for omissa aplica-se o Cdigo de Processo Civil. G.n. Sendoasleistoclaras,semnenhummotivoparadvidas,pergunta-seporqual motivooGovernodoEstadodoRionoascumpre?Porqualmotivoalegaqueaobravai atrasarseodecretoexpropriatrio,apesardeincuo,foipublicadonoinciode2008eno foram efetuados os procedimentos corretos apenas pela falta de iniciativa e competncia para cumprir as leis por parte do ente expropriante? importanteressaltarquenaprprialeidedesapropriaoadmite-seaurgncia at120diasapsapublicaododecreto.Depoisdesteprazo,nosetratadeurgnciae sim de incompetncia ou falta de vontade de cumprir as leis ptrias. DO CABIMENTO DO RECURSO INTERPOSTO SSOOCCIIEEDDAADDEE DDEE AADDVVOOGGAADDOOSSJuraci Rufino Santos OAB/MG 40.107 Rodrigo Cesar Bento OAB/RJ 146.475 Avenida Afonso Pena, 3924, sala 1102 Bairro: Cruzeiro Belo Horizonte/MG CEP: 30.130-009 Telefone: (31) 3568-7045. Orecursoaviadovemcomooobjetivodecombaterereformarumadeciso proferidaemAgravodeInstrumento,queferedemortetodaalegislaovigente,ecomose nobastasse,contrariatodososinstrumentoslegaisdeconcessodelavra,princpioda seguranajurdicaecerceamentodedireitodaparteagravada,umavezqueadeciso guerreadatomoucomofundamentodocumentosestranhosaofeito,equenoforam disponibilizados para vista dos agravados.Ecomosenobastasse,maiordemonstraodetotaldesprezoaosatose instrumentosprocessuais,aafirmativadequeosagravadosnocomprovaramasuaposse, pois, essa prova registrada nos autos por documentos legtimos, expedidos pelo Ente Federal gestordasconcessesminerarias,devidamenteratificadospeloJuzoCompetente.Se isso no for prova, o que mais seria?Nomesmosentido,nohqualquerdvidadaturbaosofridapelosagravantes, tanto que o MM. Juiz primrio, em anlise detida dos instrumentos, deu procedncia liminar requerida,diantedacomprovaodetodososatospraticadospeloagravado,mormenteno apresentarqualquerinstrumentoquecomproveadesapropriaoeaindenizao,conforme preceitua a Carta Magna. No bastasse, o Egrgio Regional ainda fere de morte a legislao ptria a cercear o direito de manifestao sobre documentos estranhos ao processo, sabendo-se, por certo,que noagravodeinstrumento,almdosdocumentosobrigatrios,podeapartejuntaroutros documentos queachar necessrio a desvendara lide, desde claro,queestejam compondo o feito. defeso parte juntar documentos estranhos ao feito.VejamospoisaletradoCPC,queosagravantesentendempelorespeito obrigacional, principalmente o poder judicirio.Art.397lcitospartes,emqualquertempo,juntaraosautosdocumentos novos,quandodestinadosafazerprovadefatosocorridosdepois dos articulados, ou para contrap-los aos que foram produzidos.No caso em combate, os documentos juntados pelo Agravado (fls. 274 a 312) no fazem parte do feito principal, em momento algum lanados nos instrumentos de defesa, alm de no serem considerados documentos novos, e ainda assim mereceu apreciao e guarida da Egrgia Turma Regional.Art.398Semprequeumadaspartesrequererajuntadadedocumentosaos autos, o juiz ouvir, a seu respeito, a outra, no prazo de 5 (cinco) dias. Comosevnosautos,osdocumentosjuntadosquandodopedidode reconsiderao (agravo inominado), so totalmente estranhos ao feito, deles os agravantes no teve vista, e a Colenda Turma considerou estes documentos e os seus termos para reformar o improvimentodoagravopeloDesembargadoremdespachomonocrtico.Nohqualquer dvidaqueessaatitudejogaporterraoprincpiodocontraditrioedaampladefesa,oque caracteriza nulidade de todos os atos processuais sob esse fundamento. Ov.Acrdo,datavnia,estviciadodenulidade,umavezquetevecomo fundamentodocumentodenopoderiaestarnosautos,eaindasempermitiravistaparte contrria.Com efeito, o no atendimento ao comando previsto no artigo acima citado leva NULIDADEprocessualquandoosdocumentosjuntadossorelevanteseinfluenciamno SSOOCCIIEEDDAADDEE DDEE AADDVVOOGGAADDOOSSJuraci Rufino Santos OAB/MG 40.107 Rodrigo Cesar Bento OAB/RJ 146.475 Avenida Afonso Pena, 3924, sala 1102 Bairro: Cruzeiro Belo Horizonte/MG CEP: 30.130-009 Telefone: (31) 3568-7045. deslindedacontrovrsia.Nahipteseemtelaevidenteoprejuzoenfrentadopelaparte agravada, ora recorrente, pelo eu de se acolher a preliminar de nulidade processual.Anormaprocessualtemcomoescopo,emobservnciaaoprincpioda bilateralidade, afastar a surpresa parte pela juntada de documentos, proporcionando-lhe a oportunidade de manifestao.Afimdeserdadaoportunidadeaorecorrentedemanifestar-sesobreos documentos oferecidos com o memorial apresentado pela ora recorrida, oprocesso deve ser anulado a partir da sentena. (Resp 66.631/SP. Rel. Min. Castro Meira 21.06.2004)Nobastasse,oEgrgioTribunalaindaconcluioseuv.Acrdocomo comandodedeterminarquesejadadoprosseguimentosobrasdoArcoMetropolitano naquelelocal,permitindo,claro,oabsurdodedespejartodososempregadosdaempresa, bem como as benfeitorias.Omaisinteressantedissotudo,queoRecorridoaviouagravoapenaspara obter o efeito suspensivo da deciso primria, at que o mrito do Interdito seja julgado. No houve qualquer pedido de demolio de benfeitorias, nem mesmo a afetao de dependncias de alojamento, mas o Egrgio Regional sentiu-se no direito de acrescentar esse comando.Restaevidenteque,afaltadeintimaodajuntadadedocumentosrelevantes queinfluenciamnojulgamentoautorizaaanulaodoprocessoquandofundamentadaa impugnaoedemonstradoque,daomisso,decorreuevidenteprejuzodefesadaparte contrria O fato do da documentao ser de conhecimento da parte contrria, no sendo esse o caso, no razo suficiente para dispensar-se a vista, por isso que a finalidade do art. 398 do CPCproporcionaraoutraparteaoportunidadedecontest-laetrazeraosautosas observaes que se acharem necessrias. Damesmaforma,descabidooentendimentodeprejuzoaoerriopblico: Primeiroporqueaobreemtestilhapodetercontinuidadesemafetardireitoalheio;segundo porqueaobranoestseguindoospreceitosadministrativoselegais,umavezquenoho instrumento de desapropriao; terceiro porque a posse legtima foi concedida pela Unio, no podendo ser invadida por determinao de rgo estadual; quarto porque existe oprincpio da seguranajurdicaproclamadapelaConstituiodaRepblica;quintoporque,seprejuzo existe, muito maior dos Recorrentes, eis que esto vendo cair por terra o sacrifcio, o labor e odinheirogastopormaisde08anos,emumempreendimentodeferidoporleieporato administrativo absolutamente legal. Anteoexpostoeportudomaisquedosautosconsta,osRecorrentesesperam desse Egrgio SuperiorTribunal de Justia, a detida e merecida apreciao do presente apelo especial,e,emrazodagravidade,queorecebaemseuefeitoSUSPENSIVO,dandointeiro provimento,acolheraNULIDADEPROCESSUAL,determinandooretornodosautosao TribunaldeOrigem,paraquepossasanarovcioconstatadoeproferirnovoacrdo, mantendo-se, por necessrio, o elevado conceito de justia que goza essa Egrgia Corte. Rio de Janeiro, 14 de abril de 2011. SSOOCCIIEEDDAADDEE DDEE AADDVVOOGGAADDOOSSJuraci Rufino Santos OAB/MG 40.107 Rodrigo Cesar Bento OAB/RJ 146.475 Avenida Afonso Pena, 3924, sala 1102 Bairro: Cruzeiro Belo Horizonte/MG CEP: 30.130-009 Telefone: (31) 3568-7045. P.p. Juraci Rufino Santos OAB-MG 40.107