Artigo Danie

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    LETRAMENTO PARA A DIVERSIDADE: DVIDAS E INCERTEZAS DO

    PROFESSOR EM SALA DE AULA

    Dnie Marcelo de Jesus1

    Introduo

    Este captulo fruto de observao inquietante no curso gnero e diversidade

    na escola2, que me possibilitou repensar minha prpria prtica docente ante as dvidas

    dos professores envolvidos. Era comum ouvir de colegas de profisso dvidas

    semelhana destas: como educo dentro de uma viso de diversidade na sala de aula,

    como desenvolver o contedo prescritivo da escola sem deixar de dar ateno s

    diferenas de gnero.

    Apesar de nossas discusses e propostas de ao cada participante deveria

    elaborar uma ao trmino do curso , notei que nossos esforos no eram suficientes

    para alguns. Esses careciam de propostas j elaboradas que pudessem aplicar a seu

    cotidiano. Talvez a larga concepo de fragmentao, embutida no contexto escolar,

    parecesse incomodar alguns diante dessa tarefa. Esses questionamentos me conduziram

    a escrever este captulo no intuito de ampliar o escopo de reflexo sobre o impacto de

    nosso trabalho na formao de professores e seu efeito direto na sala de aula.

    Inicialmente, fundamental advertir o leitor de que no busco frmulas prontas e

    acabadas. Antes, intento compartilhar situaes de minha experincia como educador

    que procura viver no terreno fluido do estudo de gneros.

    O percurso escolhido para fundamentar minha posio inclui, de princpio, uma

    discusso sobre a questo de gnero e o ambiente escolar. A seguir, procuro alinhavar

    algumas propostas advindas daquilo que designarei de letramento para as diferenas. Ao

    final, exponho reflexes preliminares desta questo.

    1Doutor pela PUC-SP e professor do Departamento de Letras da UFMT e do Mestrado em Estudos de

    Linguagens;[email protected] curso de formao continuada a distncia foi financiado pela Universidade Aberta do Brasil nos anos

    de 2011 e 2012. O objetivo era criar um espao para reflexo crtica sobre a questo gnero, orientaosexual e relaes tnico-raciais com uma carga de 200 horas, dividida em cinco mdulos. O primeiro erade apresentao e ambientao na plataforma moodle, com 25 horas; o segundo, de diversidade, com 35horas; o terceiro, desigualdade de gnero, com 35 horas; sexualidade e orientao sexual, 35 horas;

    relaes tnico-raciais, gnero e desigualdade, com 35 horas; finalmente o ltimo, de avaliao, com 30horas.

    mailto:[email protected]:[email protected]:[email protected]:[email protected]
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    1 Gnero e diversidades na escola

    Em minha vivncia docente, percebi que a temtica homoertica no deveria ser

    pauta de discusso em sala de aula. Lembro que, diversas vezes, em conversas informais

    com meus colegas, expunha a necessidade de dialogarmos com nossos alunos apropsito desse tema. No foram poucas as vezes que meus pares me olhavam com

    certa desconfiana ou surpresa luz dos argumentos expendidos. Outros, por sua vez,

    verbalizavam sua perplexidade com ironias, quando no com ladainhas religiosas. Em

    alguns momentos, meus colegas alegavam que essa temtica poderia gerar fria entre os

    pais zelosos pelo bem-estar de seus filhos.

    Essas situaes evidenciam quanto a compreenso homoertica socialmente

    construda e mediada pelo poder. No fosse assim, por que os pais poderiam se sentir

    ofendidos? Por que os professores sentiriam tanto receio? De que forma uma discusso

    educacional sobre sexualidade poderia alterar a biosfera sexual da escola? Em resposta a

    esses questionamentos, percebemos que o assunto no , necessariamente, o problema

    em si. Problema mesmo aquilo que tal discusso pode representar para o discurso

    hegemnico.

    Essa pequena narrativa introdutora da minha vida como educador pontua o

    quanto a escola um ambiente que procura negar as diferenas de gnero (LOURO,

    2000; JESUS, 2012 a; JESUS, 2012 b). Docentes e discentes procuram viver sob uma

    gide que procura fazer de conta que vivem um mesmo padro de sexualidade.

    Apesar dessa busca obsessiva pela homogeneizao, constantemente esse quadro

    questionado, a demonstrar que essas demarcaes sexuais so ilusoriamente

    controlveis.

    A escola, contudo, procura peremptoriamente criar mecanismos que intentamdisciplinar qualquer sujeito que se poste como diferente do discurso hegemnico. Por

    isso que, nas interaes sociais no espao escolar, os sujeitos procuram reproduzir

    atitudes estereotipadas com vista a sistematizar comportamentos considerados

    adequados. Aqueles que desobedecem so isolados, para que suas aes

    inconvenientes no afetem a harmonia do cotidiano escolar. Os impertinentes que

    manifestarem sua sexualidade no cannica sofrero algum tipo de reao violenta, seja

    simblica, seja fsica.

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    A escola, ao seu turno, como instituio do Estado, revela-se como importante

    dispositivo propagador do binarismo (homem e mulher, heterossexual e homossexual)

    que colabora para a manuteno de uma lgica de dominao-excluso. Dessa maneira,

    no raro observar aes de discriminao na sala de aula, seja pelo consentimento,

    seja pelo reforo, seja ainda pela negao dessas aes. Assim, intui-se que o cenrio

    escolar parece silenciar-se diante das identificaes ditas no naturais, no permitindo

    uma prtica pedaggica que reflita sobre as dimenses das diferenas e de seus efeitos

    sociais e culturais. Os professores preferem ignorar que a escola habitada por sujeitos

    que procuram perfilhar outros caminhos que no os convencionais.

    Apesar dessa descrio negativa do espao escolar, acredito seja possvel

    recompor outros sentidos que no aqueles descritos at agora. A escola tambm podeser ambiente de questionamento do discurso engessado sobre a sexualidade. Em

    decorrncia dessa crena, diversos projetos de formao de professores vm sendo

    realizados em todo o pas com a finalidade de inverter aes discriminatrias na escola.

    nesse contexto que cuido, na prxima seo, de discutir uma percepo educacional

    que acolhe as diferenas como algo indissocivel da natureza humana.

    2 Letramentos para a diversidade

    Apesar dos inmeros trabalhos (MISKOLCI, 2012; SALES & SOUZA, 2012;

    RAMIRES, 2011; ZAMBRANO, 2011; BRITZMAN, 2010) que j versaram sobre a

    temtica gnero e diversidade, como dito na primeira parte deste captulo, comum

    professores nos questionarem no tocante educao pela diferena forma como

    abord-la sem os tpicos esteretipos.

    No intuito de esclarecer esses questionamentos, acredito seja fundamental uma

    reconstruo de nossas prticas educacionais para que possamos assimilar mudanasque nos permitam compreender que a natureza humana marcada pela diferena.

    entender que nossas identificaes ora se aproximam da norma estabelecida pela

    sociedade, ora se alteram e se apresentam como desviantes, ditadas por uma fluidez

    constante.

    De notar que esse processo de percepo no aflora espontaneamente, antes

    requerem aes que nasam de nossas utopias, fruto de nossas reflexes crticas,

    materializando-se em intervenes quando de nossas prticas cotidianas. As mudanas

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    paradigmticas no espao escolar jamais sero algo acabado (FULLAN, 1996); pelo

    contrrio, afirmam-se como construo constante de velhos e novos ideais. So dilogos

    intersubjetivos, entremeados o pensamento passado com formas futuras de sentido, at

    que o processo de mudana se torne mais claro e mais coerente para o professor4.

    Nesse sentido, o letramento para a diversidade pode esbarrar em riscos e

    incertezas naturais ao processo educacional. De outra parte, lidar com essa questo

    fator decisivo para que o profissional da educao no desista de um ensino crtico

    marcado pelo acolhimento dos desiguais. A entrada do professor nessa seara pode

    suscitar sentimentos de angstia, que, para serem superados, requerem desse

    profissional o desenvolvimento de um julgamento crtico que o auxilie na construo de

    sua autonomia e o prepare para enfrentar as diversas situaes de imprevisibilidade.Situaes de risco devem ser entendidas como circunstncias naturais da vida, pois todo

    processo educativo est em sintonia com certa forma de incerteza. Logo, esse mpeto

    de lutar contra os embates naturais que move o progresso humano.

    Essa postura pode soar algo vago e ambguo, talvez utpico, pois envolve no

    entender a escola como um ambiente apenas para expanso de uma cultura dominante,

    constituindo-se espao que encarta outras manifestaes culturais no cannicas.

    Para melhor esclarecer o leitor sobre essa perspectiva, gostaria de retomar o

    conceito de letramento que, na viso de Kleiman (1995), emerge no mundo acadmico

    para diferenciar o impacto social da escrita (letramentos) dos estudos sobre

    alfabetizao, entendido como uma competncia individual no uso e na prtica da

    escrita. Recentemente, essa noo tem abraado a ideia de multiletramentos como

    prticas sociais plurais e situadas que refletem valores culturais, polticos, ideolgicos e

    lingusticos de determinado grupo social.

    Essa pluralidade de sentidos denominada multiletramentos conclama a um

    ensino sedimentado em questes de alteridade, de heterogeneidade, da problematizao

    das relaes de poder entre aqueles que detm formas de letramento dominantes e

    subalternas. Nessa perspectiva, alinho a necessidade de ampliao do escopo de

    competncia da escola para que leve em considerao as diferenas de gneros e seus

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    Essa clareza e coerncia no se do linearmente, mas principalmente pela contradio. O que eu querodizer que, medida que o professor entende seu papel poltico no processo educacional, melhor elepoder entender o efeito de seus posicionamentos.

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    pessoas esperavam que sua atitude fosse adequada a seu gnero masculino ou feminino,

    tendo agido de forma contrria a essas expectativas?

    Desta pergunta emanaram diversas narrativas dizentes da violncia simblica e

    fsica que os discentes sofreram na escola e na famlia. Suas histrias ensejaramreflexes sobre a homogeneizao do comportamento social e sobre os efeitos do

    discurso heteronormativo na vida cotidiana. Nessa atividade, minha funo era muito

    mais de problematizar a situao, perguntando por que eles pensavam desta ou daquela

    forma e quais semelhanas e diferenas podiam perceber nas histrias de seus colegas.

    O letramento pela diversidade tambm exige do professor a compreenso da

    linguagem como manifestao ideolgica e seu impacto no discurso dos alunos. pelo

    discurso que elegemos a maneira de nomear as coisas que esto em nossa rbita, por ele

    evidenciamos as diferenas, criamos smbolos de unidade e identificao coletiva. Se, s

    vezes, apagamos vozes, no raro eternizamos outras.

    Desse ponto de vista, podemos compreender por que discursos hegemnicos

    sexistas se esforam por buscar explicaes naturaissobre os limites entre o masculino

    e o feminino. Pelo olhar discursivo, percebemos que a legitimao heterossexual no

    ocorre aleatoriamente, antes fruto de um jogo hegemnico ideologicamente construdo

    que estabelece regras de como devemos nos comportar e nos movimentar no teatro

    social. Aqueles que fracassam no script estabelecido so nomeados como anormais.

    Diante dessa perspectiva, podemos perceber o porqu do medo da presena

    homossexual, que parece pr em questionamento os sentidos histricos do que seja

    normalidade. Isso significa deslocamento de foras e de poder.

    importante vincar que o desenvolvimento de metas de letramento ser

    alcanado caso o professor possa desconstruir os enunciados dos educandos, por meioda problematizao, da reflexo e da reinterpretao das diferentes vozes que se

    patenteiam nas interaes em sala de aula. Da, a necessidade de o educador ter

    conscincia do efeito da linguagem em sua prtica cotidiana. essa percepo que

    favorece a criao de outras formas de conhecimento, rompendo com as barreiras

    espaciais e disciplinares, reinventando constantemente os limites do saber especfico e

    do diverso, da teoria e da prxis. Em sntese, do que se faz revelador do cotidiano e do

    que, mais acertadamente, abraa o mbito docosmopolita.

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    Ao professor tambm se impe entender que, em se tratando de sexualidade

    humana, tudo sempre fugaz,bem como compreender que suas aes, antes de serem

    permanentes, devem ser provisrias e incompletas. Sob essa gide, o espao da

    docncia velha e caduca pode ser abalado, transformando sua organizao sexista,

    fragmentada, linear e hierarquizada em um tempo de festa das diferenas. Sendo assim,

    o tempo de docncia aberta para o novo que rompe com as mesmices civilizatrias da

    sala de aula, acreditando na cessao das injustias e na efuso da esperana (PASSOS,

    2003).

    Entretanto, ressalta Mclaren (2000, p. 12) que essa esperana no pode ser

    idealista, e sim revolucionria, em condies de mobilizar aes do professor, saindo de

    uma epistemologia puramente individualista para uma coletiva. Para esse mesmo autor,continuar numa inrcia poltica compactuar com os desmandos da classe dominante.

    Nessa posio, o professor no somente pergunta, mas, principalmente, escuta;

    ouve como algum vido para compartilhar, colaborar, aprender, ousar, libertar, refletir

    e construir uma autonomia coerente com aquilo em que, juntamente com seus alunos,

    acredita. Por isso, a ideia de letramento para diferenas sinonimiza, de certa forma,

    submisso incondicional criao, diversidade, tica, esttica em poesis e,

    principalmente, em esperana.

    O professor revestido dentro dessa postura, alm do querer e da esperana,

    precisa engendrar uma sensibilidade cultural (ERICKSON, 1992) para tentar se despir

    de seus preconceitos, esforando-se para reduzir as dificuldades de comunicao com os

    alunos. Sob esse amparo, os discentes so considerados pessoas inteligentes, dotadas de

    uma cultura familiar prpria dos contextos sociais nos quais eles esto inseridos.

    (In)concluses

    Este texto brotou de minha inquietao no curso de formao de professores. O

    estmulo em refletir sobre a educao e sobre a questo de gnero se tornou algo

    fundamental no processo educacional contemporneo. Como vimos, a escola, por muito

    tempo, se ps parte nessa discusso. Em alguns casos, pelo medo, pelo preconceito ou

    at mesmo pela ignorncia em tratar da diversidade.

    Talvez, por sua prpria cultura de ensinar, a escola acabe privilegiando umtempo medido, fragmentado, avaliativo, que pode castrar a intuio e a criatividade de

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    seus alunos em nome de uma racionalidade que homogeneza os indivduos, negando a

    diversidade de comportamento, encarcerando os corpos estudantis em uma sala

    quadrangular. No sem propsito, o nome se faz bem revelador: quadrada, estreita,

    monocultural e etnocntrica, que apaga a subjetividade humana, embotando a iniciativa,

    o gesto espontneo, o respeito alteridade. Um dos sentidos etimolgicos da palavra

    aula (CUNHA, 1991) gaiola, reforando sua funo social como espao de

    doutrinao dos corpos indceis.

    Nessa vertente, estou convicto de que uma educao voltada para a diversidade

    deveria levar em considerao a fluidez do mundo contemporneo. Vivemos um

    momento de riscos, de incertezas e, por igual, de quebra de verdades. Lidar com essa

    questo fator decisivo para que o profissional da educao no desista do letramentopara a diversidade. Essa dificuldade, em parte, explicada pela falta de base segura de

    conhecimento para ocupar-se com aquilo que seja diferente. Nossos cursos de formao

    de professores, de modo geral, atuam sob uma viso de ensino racionalista e sexista.

    Esse fato pode gerar sentimentos de angstia decorrentes do acolhimento de

    manifestaes sexuais no cannicas. Da seja natural haver contradies e dvidas

    principalmente daqueles professores que ousam trilhar sobre a instvel manifestao da

    sexualidade humana. Situaes de risco devem ser acolhidas como processo natural da

    vida, pois todo processo educativo est em sintonia com uma forma de incerteza. esse

    mpeto de lutar contra os desafios naturais que catalisa o progresso humano. Foi esse

    sentimento, como pondera Celani (2004), que motivou conquistadores a navegar em

    mares ainda no cartografados, em outros tempos. essa mesma atitude que promove o

    desenvolvimento da confiana que, de sua parte, descortina a criatividade.

    Desta reflexo, intento depreender algumas implicaes para a formao de

    professores. Primeiro, precisamos urgentemente aportar para o curso de graduao a

    discusso atinente diversidade e sua consequncia poltica. No se cuida aqui de,

    simplesmente, aceitar as diferenas por si, mas de um comportamento educativo que v

    no outro suas potencialidades como aprendiz, e no sua identificao sexual. No

    podemos fechar os olhos a este fato: o mundo arquitetado ao sabor da diferena. O

    currculo, de sua vez, tambm dever ser orientado pela pluralidade, esquecida a

    singularidade, e pelo exotismo.

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