artigo daniza e bianca revisao final.doc

Embed Size (px)

Citation preview

  • 7/23/2019 artigo daniza e bianca revisao final.doc

    1/23

    O ESTRESSE NOS FUNCIONRIOS DO SERVIO DE ATENDIMENTO MOVELDE URGENCIA (SAMU) DE JOINVILLE/SC

    Bianca Pereira Francisconi1

    Daniza Helena de Amorim2

    Fabiola Langraro3

    RESUMOOs profissionais da sade que auam em !er"i#o de Aendimeno $%"el de &rg'ncia (!A$&)sofrem inensa press*o pela necessidade de er resposas r+pidas em rela#*o aos casos comque se deparam em seu dia a dia, -sses rabal.adores enfrenam siua#/es lim0rofes de "ida esofrimeno esando eposos a faores geradores de esresse, !egundo Lipp (21) o esresseconsiui4se de rea#*o psicofisiol%gica complea em que o principal foco do organismo 5maner o equil0brio inerno frene a uma amea#a, Diane dese coneo esa pesquisaob6ei"ou a"aliar a ocorr'ncia de esresse em profissionais da equipe do !A$& de

    7oin"ille8!9, Para ano foi aplicado o :n"en+rio de !inomas de !ress para Adulos de Lipp(:!!L) e uma enre"isa semiesruurada em 2; dos 32 profissionais dese ser"i#o, Os dados

    pro"enienes do :!!L foram submeidos a uma an+lise esa0sica de frequ'ncia relai"a e asenre"isas < an+lise de conedo, Os resulados mosraram que =3> dos paricipanes da

    pesquisa n*o apresena"am n0"eis de esresse, -nre os 2=> que apresena"am algum n0"el deesresse foi obser"ado que o grau de esresse nas mul.eres 5 maior que nos .omens quequano maior o empo de ser"i#o maior 5 probabilidade de esresse e que a maioria dos

    profissionais n*o procura aendimeno m5dico regular e em algum ipo de ai"idade f0sicapara diminuir as ens/es di+rias, Foi e"idenciado que apesar do oda a press*o eisene naprofiss*o eise uma saisfa#*o pessoal o que poderia funcionar como faor de proe#*o aoesresse,

    PALA?@A!49HA?-! esresse ser"i#o de emerg'ncia socorrisa,

    ABSTRACTHeal. professionals orCing in !er"ice $obile -mergenc (!A$&) suffer inense pressure

    b .e need for quicC responses in .e cases .e encouner in .eir dail li"es, E.ese orCersface borderline siuaions of life and suffering being eposed o facors causing sress,According Lipp (21) sress is made up of comple psc.op.siological reacion in .ic..e main focus is o mainain .e bods inernal balance agains a .rea, Gi"en .is cone.is sud aimed o e"aluae .e occurrence of sress in professional eam !A$& de

    7oin"ille8!9, E.erefore e applied .e :n"enor of !ress !mpoms for Lipp (:!!L) and asemi4srucured iner"ie in 2; of .e 32 professionals of .is ser"ice, E.e daa from .e :!!Lere sub6eced o a saisical analsis of relai"e frequenc and iner"ies o conenanalsis, E.e resuls s.oed .a =3 > of respondens did no .a"e sress le"els, Among .e2= > .o .ad some le"el of sress i as obser"ed .a .e degree of sress is greaer inomen .an in men .a .e longer .e ser"ice .e greaer liCeli.ood of sress and .a mos

    professionals do no seeC regular medical care and .as some Cind of p.sical aci"i oreduce dail sresses, : as s.on .a in spie of all .e pressure eising in .e profession.ere is a personal saisfacion .ic. can funcion as a proeci"e facor agains sress,

    -I JO@D! sress emergenc ser"ice rescuer,

    1Acad'mica do K ano de Psicologia da Faculdade Guil.erme Guimbala M FGG,2Acad'mica do K ano de Psicologia da Faculdade Guil.erme Guimbala M FGG,3Orienadora $esre em Psicologia e Docene da FGG8A9-,

    1

  • 7/23/2019 artigo daniza e bianca revisao final.doc

    2/23

    1. INTRODUO

    7oin"ille 5 uma cidade que es+ em pleno desen"ol"imeno, $ais pessoas se mudam

    para c+ e dia4a4dia a popula#*o modifica seus .+bios e cosumes para se adapar a essa no"a

    realidade, 9om o aumeno populacional amb5m "ieram as necessidades de aendimeno em

    sade a essa popula#*o em odos os seus n0"eis incluindo os ser"i#os de urg'ncias e

    emerg'ncias,

    &rg'ncia ressala Nisc.Ce et al (2K) s*o siua#/es que apresenam alera#*o no

    esado de sade do indi"0duo com risco iminene < "ida uma ocorr'ncia impre"isa de agra"o

    < sade .a"endo a necessidade de assis'ncia m5dica imediaa, Ainda segundo o auor

    emerg'ncias s*o siua#/es que apresenam alguma alera#*o no esado de sade do indi"0duo

    mas sem risco iminene a "ida podendo causar dor e sofrimeno inenso sendo necess+rio

    raameno m5dico imediao,

    9onforme Nisc.Ce et al (2K) foi criada em 22 a poraria G$8$! 282 que

    esabelece as direrizes para a cria#*o dos sisemas de urg'ncia e emerg'ncia no Brasil, A

    parir dessa poraria come#ou a ser implanada no Brasil a Pol0ica Nacional de Aen#*o

  • 7/23/2019 artigo daniza e bianca revisao final.doc

    3/23

    porano es*o em um processo consane de a6uses e rea6uses para alcan#arem oequil0brio (9A$PO! 2K p, ),

    A cada minuo que eses profissionais se enconram em um aendimeno uma "ida

    pode esar em suas m*os, A responsabilidade de saber o que fazer 5 imensa apesar de esarem

    sempre em conao "ia elemedicina com o m5dico da 9enral de regula#*o do !A$&, :sso

    n*o os isena do cuidado crierioso da condua 5ica e do esresse perane o perigo que pode

    esar ali,

    !egundo Lipp (21) o esresse possui "+rias defini#/es mas pode ser descrio como

    uma rea#*o psicofisiol%gica complea em que o principal foco do organismo 5 maner o

    equil0brio inerno frene a uma amea#a,

    :sso pode ocorrer quando a pessoa se confrona com uma siua#*o que de um modoou de ouro a irrie amedrone ecie ou confunda ou mesmo que a fa#aimensamene feliz, Assim a rea#*o do sress pode ocorrer frene a esressoresinerenemene negai"os como no caso de dor fome frio ou calor ecessi"o ec,ou em "irude da inerprea#*o que se d+ ao e"eno desafiador (L:PP 21 p,1),

    O ermo esresse deri"a doLatim significa fadiga cansa#o, Foi uilizado na +rea da

    sade pela primeira "ez por Hans !ele que segundo Pereira (21) era ainda esudane de

    medicina na &ni"ersidade de Praga, !ele noou que muias pessoas sofriam de "+rias

    doen#as f0sicas e consanemene reclama"am de alguns sinomas comuns ais como press*o

    ala desQnimo e fadiga, S:sso desencadeou eensas pesquisas m5dicas que culminaram com a

    defini#*o na 5poca destress como um desgase geral do organismo (@A$T@-U 22 p,

    ), Aualmene o ermo em sido uilizado para descre"er ano os es0mulos que geram uma

    quebra na .omeosase do organismo como a resposa comporamenal criada por al

    desequil0brio (L:PP 21 p,1=),

    !egundo Lipp (21) o esresse 5 um processo e n*o uma rea#*o qu0mica,

    No in0cio do processo o sress manifesa4se de modo basane uni"ersal com oaparecimeno de aquicardia sudorese ecessi"a ens*o muscular boca seca e asensa#*o de esar em alera, $ais adiane no seu desen"ol"imeno diferen#as semanifesam de acordo com as predisposi#/es gen5icas do indi"0duo poencializadas

    pelo enfraquecimeno desen"ol"ido no decorrer da "ida em consequ'ncia deacidenes ou doen#as(L:PP 21 p,1),

    Os faores considerados rele"anes no desen"ol"imeno do processo de esresse no

    indi"0duo s*o caracer0sicas da personalidade do esilo de "ida eperi'ncias passadas

    aiudes cren#as "alores doen#as e predisposi#*o gen5ica (L:PP 21 p, 1), !egunda a

    auora o Brasil 5 um dos pa0ses que mais apresena n0"eis de esresse e esudos sobre o

    3

  • 7/23/2019 artigo daniza e bianca revisao final.doc

    4/23

    mesmo, O conceio de esresse em e"olu0do cada "ez mais e isso acaba por proporcionar

    esudos mais qualificados na +rea,

    Nesse senido o esresse que se desen"ol"e a parir de8nos coneos ocupacionais

    pode ser definido como um padr*o de rea#/es emocionais cognii"as comporamenais e

    fisiol%gicas para aspecos negai"os e pre6udiciais relacionados ao conedo do rabal.o

    organiza#*o do rabal.o e ambiene de rabal.o, V a resposa que as pessoas podem er

    quando .+ um desequil0brio enre as eig'ncias do rabal.o as press/es e os recursos

    (ambienais e pessoais) que se disp/e para o enfrenameno, 9araceriza4se por ele"ados

    n0"eis de agia#*o e angsia e que desafiam a capacidade de confrona#*o (JHO 21),

    Para Almeida et al(211) com as eig'ncias de um aendimeno r+pido e eficiene do grupo enre"isado e see apresenam algum grau de esresse sendo que ese nmero

    corresponde a 2=>, -ses dados es*o eposos no gr+fico 2,

    G,"#* 24:ncid'ncia de esresse nos profissionais do !A$&,

    Dos see funcion+rios com algum grau de esresse dois s*o mul.eres e cinco s*o

    .omens siua#*o represenada no gr+fico 3,

    G,"#* +4G'nero dos funcion+rios com algum grau de esresse,

    X

  • 7/23/2019 artigo daniza e bianca revisao final.doc

    10/23

    9om rela#*o ao n0"el de esresse dos see funcion+rios acima reraados uma das

    mul.eres apresenou n0"el de esresse em quase eaus*o com predominQncia em sinomas

    f0sicos que segundo Lipp (21) podem ser descrios como ens*o muscular apero da

    mandibular8ranger dos denes mudan#a de apeie cansa#o consane formigameno das

    eremidades dificuldades seuais ecesso de gases enre ouros, A oura socorrisa

    apresenou n0"el de esresse em fase de resis'ncia com predominQncia em sinomas f0sicos

    como ens*o muscular sensa#*o de desgase f0sico consane aparecimeno de problemas

    dermaol%gicos cansa#o consane onura sensa#*o de esar fluuando n+usea e problemas

    de mem%ria,

    Os cinco .omens que apresenam n0"eis de esresse es*o em fase de resis'ncia, Dois

    deles apresenam predominanemene sinomas f0sicos semel.anes aos acima ciados, - r'spossuem sinomas psicol%gicos descrios por Lipp (21) como sensibilidade emoi"a

    ecessi"a pensar consanemene em um s% assuno irriabilidade ecessi"a "onade de fugir

    de udo cansa#o ecessi"o angsia e ansiedade di+ria,

    -sa siua#*o es+ ilusrada no gr+fico ,

    G,"#* 54N0"eis de esresse dos funcion+rios do !A$&,

    @elacionando4se os dados da pre"al'ncia de algum grau de esresse (gr+fico 2) enre os

    funcion+rios (2=>) com as demais "ari+"eis obser"adas ou se6a ser .omem ou mul.er

    (gr+fico 3) empo de rabal.o no !A$& e os n0"eis de esresse idenificados (gr+fico )

    obser"a4se que os .omens s*o afeados por esresse em maior nmero mas as mul.eres 'm

    1

  • 7/23/2019 artigo daniza e bianca revisao final.doc

    11/23

    n0"eis mais ele"ados, Ainda os see funcion+rios que apresenaram algum grau de esresse s*o

    aqueles que 'm maior empo de aua#*o no !A$&,

    Almeida et al, (211) e $endes et al. (211) indicam que o empo de ser"i#o 5 um

    faor que pode conribuir na ocorr'ncia do esresse ou se6a que quano maior o empo de

    eposi#*o a uma ai"idade poencialmene esressane maiores poder*o ser os n0"eis de

    esresse enconrados nos su6eios, -se argumeno corrobora os dados enconrados nesa

    pesquisa de que dos =3> dos funcion+rios que n*o apresenaram esresse odos es*o no

    !A$& .+ no m+imo dois anos em conraposi#*o aos 2=> que apresenaram esresse e es*o

    em ser"i#o de r's a see anos, -sas caracer0sicas com rela#*o ao empo de rabal.o nese

    seor es*o relacionadas a mudan#as ocorridas nos limos dois anos no !A$& de 7oin"ille

    como a modifica#*o do quadro funcional "iso que mais de K> do quadro foi subsiu0donese per0odo,

    Apesar diso n*o .+ concordQncia enre auores de que o faor empo se6a

    deerminane para a ocorr'ncia do esresse, 9onforme Pereira (21) mais do que a rela#*o

    com o faor empo o esresse em "aria#/es de acordo com cada pessoa "iso que algumas

    podem apresenar esresse no in0cio da profiss*o de"ido a pouca eperi'ncia e n*o .a"er

    desen"ol"ido formas de enfrenameno adequadas, Ainda segundo esse auor ouros su6eios

    acabam por apresenar esresse com maior empo na profiss*o de"ido ao longo per0odo deeposi#*o e amb5m por formas ineficienes de enfrenameno,

    !egundos ?ieira et al(23 p, 11) Sde fao os faores causadores de esresse podem

    "ariar de acordo com a especialidade a organiza#*o do rabal.o as rela#/es esabelecidas

    enre ouros faores, -nreano nem sempre o que parece ineora"elmene esressane 5

    compro"ado como al,Z

    Nos funcion+rios que apresenam algum grau de esresse a predominQncia 5 do seo

    masculino indo conra as afirma#/es de 9alais (21) que refere que as mul.eres s*o mais"ulner+"eis ao esresse que os .omens sendo que dos cinco socorrisas que apresenam n0"eis

    de esresses odos es*o em fase de resis'ncia, -sa fase 5 descria por alguns auores

    ($endes et al. 211Y @amires 22Y Almeida et al. 211) como uma necessidade do

    organismo em se adapar a siua#/es esressoras aumenando a capacidade de resis'ncia

    dese e reesabelecendo seu equil0brio inerno, Por5m os .omens aparecem em mais

    quanidade mas com n0"eis mais baios de esresse, As mul.eres embora em menor

    quanidade apresenaram n0"eis mais ele"ados de esresse, Dois apresenam sinomas f0sicos

    e r's sinomas psicol%gicos, :sso pode esar relacionado ao empo de ser"i#o 6+ que os dados

    11

  • 7/23/2019 artigo daniza e bianca revisao final.doc

    12/23

    le"anados demonsram que eles possuem mais de dois anos na fun#*o e isso acarrea um

    empo maior de responsabilidade no ser"i#o presado,

    Para Pereira (21) o conao consane com o sofrimeno a dor e muias "ezes a

    more faz com que esse profissional ao mesmo empo adquira con.ecimeno e eperi'ncia ao

    longo da carreira mas amb5m pode "ir a se desencanar por suas ai"idades pelas crescenes

    frusra#/es e mal esar que seu rabal.o pode "ir a l.e proporcionar,

    7+ em rela#*o ao seo feminino uma 5cnica de enfermagem socorrisa apresena n0"el

    de esresse em fase de resis'ncia com predominQncia em sinomas f0sicos e a oura 5cnica de

    enfermagem socorrisa apresena n0"el de esresse em fase quase eaus*o com predominQncia

    em sinomas f0sicos amb5m, Obser"ou4se assim que na popula#*o que apresena algum

    n0"el de esresse as mul.eres apresenam sinomas mais gra"es que nos .omens, :sso podeesar relacionado amb5m ao empo de ser"i#o pois as duas 'm mais de dois anos na fun#*o

    e amb5m as responsabilidades que o cargo eige e por uma maior eig'ncia f0sica e

    emocional das mesmas,

    Al5m das mul.eres eperimenarem alguns esressores que s% fazem pare dacondi#*o do seo feminino como a ens*o pr54mensrual a gra"idez a menopausa ealera#/es .ormonais a mul.er em amb5m de lidar com siua#/es basaneconflianes(EANGAN-LL: 21 p, 2K),

    9onforme Eanganelli (21 p, 2K) Spor "i"erem em uma culura compeii"a o

    ambiene pode fa"orecer o aparecimeno de esressores inernos relacionados com a maneira

    como a mul.er encara as siua#/es e reage a elasZ,

    +.5 E%!&3"'!a' '&"&'!!aa'

    Na an+lise de conedo das enre"isas foram e"idenciadas quaro caegoriasprincipais percep#*o do que 5 esresse e agenes esressores senimenos que surgem durane

    o aendimeno de emerg'ncia assis'ncia a sade e mecanismos de libera#*o do esresse e

    aendimenos que marcaram a ra6e%ria no ser"i#o,

    +.5.1 P&$67* * &'!&''& & a&%!&' &'!&''*&'

    ?erificou4se que os socorrisas percebem o esresse como algo relacionado ao aspeco

    emocional e em alguns casos a faores f0sicos, Na maioria das resposas foi enfaizada a

    12

  • 7/23/2019 artigo daniza e bianca revisao final.doc

    13/23

    irriabilidade o cansa#o f0sico e menal sendo o esresse "iso como algo pre6udicial que

    impossibilia a pessoa de agir adequadamene,

    !egundo Lipp (21) nas dimens/es psicol%gica e emocional o esresse ecessi"o

    produz cansa#o menal dificuldade de concenra#*o perda de mem%ria imediaa apaia e

    indiferen#a emocional, 9ausa assim baia produi"idade e pre6udica a criai"idade, -ses

    aspecos ficam e"idenciados nas falas abaio

    Fatores do dia a dia que te deixam irritado, ou que afetam sua atividade fsica epsicolgica. Quando vou para atendimento e a realidade que encontro mais difcilpara atender, traal!ar com pessoas que no esto qualificadas para osatendimentos reali"ados, como por exemplo: condutor que no con!ece o traal!o.#$%&

    'ensa(o de ficar s, dio, desperta agonia, inquieta(o, morte e cansa(o. #$)*&

    +ansa(o mental. tender o que no urgncia e emergncia. #$-&

    al estar, motivado por situa(/es externas, nervosismo excessivo, que atrapal!a asatividades di0rias. #$)1&

    2emos muitas dificuldades, por exemplo: falta de estrutura, de amul3ncias emsitua(/es prec0rias, isso tudo muito estressante. #$)4&

    Os relaos acima ainda demonsram uma "is*o simplificada mas em que os

    enre"isados recon.ecem a incid'ncia do esresse em suas aua#/es di+rias, Nese senido

    considera4se que o esresse presene na ai"idade de socorrismo remee

  • 7/23/2019 artigo daniza e bianca revisao final.doc

    14/23

    no ransio enre ouros, !egundo Pereira (21) rabal.ar (ou "i"er) em condi#/es de inenso

    calor ru0dos ecessi"os ilumina#*o insuficiene locais com pouca ou nen.uma .igiene em

    demonsrado inerferir na sade psicol%gica e f0sica dos indi"0duos podendo acarrear agra"os

    maiores a sade al5m do esresse, Ainda segundo essa auora o ambiene de rabal.o em que

    esses indi"0duos ineragem pode aumenar os riscos f0sicos e a5 de "ida onde o bom

    desempen.o da fun#*o pode "ir e"enualmene a causar danos e a5 a more,

    Para !anana et al( 212 ) o aendimeno nos ser"i#os pr54.ospialares de"em coner

    maeriais e equipamenos necess+rios para o aendimeno adequado da "0ima sendo esa

    uma eig'ncia de grande rele"Qncia para esse ser"i#o,5Percebe4se a imporQncia da qualidade

    e quanidade dos maeriais e equipamenos que s*o fundamenais para o rabal.o dos

    profissionais de sade dando seguran#a as equipes e efic+cia na assis'ncia a "0ima,Z(!ANEANA et al 212 p,13)

    Apesar do esresse a que es*o eposos diariamene os socorrisas conseguem

    ineragir a pono de conrolar as emo#/es e realizar um rabal.o eficiene, !egundo @ossi

    (2 apud!E&$$$ et al 2) as emo#/es e a sade f0sica e menal dependem sempre da

    inerprea#*o de cada um sobre o mundo eerior, Ruano mais se enende as press/es e

    siua#/es que o influenciaram mel.or 5 a adapa#*o

  • 7/23/2019 artigo daniza e bianca revisao final.doc

    15/23

    e sinto satisfeito e grato por poder a6udar. #$41&

    7mportante nas vidas de pessoas descon!ecidas. 8ratificante #$)9&

    Fico muito tensa durante a ocorrncia, mas depois o sentimento de dever cumprido.

    #$))&

    Quando atendo familiares e ou pacientes agressivos e conseguimos sucesso, fico me

    sentindo reali"ada. #$*&

    $ssa uma fun(o gratificante em poder a6udar pessoas que esto em risco

    eminente, n +orrendo risco, conseguir identificar e iniciar um tratamento

    imediato para que possa mant;la viva. #$4*&

    -m ouros momenos quando a perda do ouro 5 ine"i+"el percebe4se um senimeno

    de desgase de frusra#*o mesmo que fa#am odo o poss0"el pela pessoa que es+ ali em risco

    eminene de "ida,

    Os sentimentos de responsabilidade para como outro, aimpossibilidade de melhor atendimento e o desgaste emocional foramdescritos como emoes percebidas nas situaes de assistncia s

    vtimas em risco eminente de vida, aspectos que denotam o grandepeso da prosso, principalmente nos casos de insucesso narecuperao da vtima. !"#$%&'!(O et al, )**+, p.1K)

    :sso fica bem demonsrado nas falas abaio

    e muitas formas, cada atendimento como se fosse o primeiro. Fico com muitatenso muscular e no consigo digerir as perdas dos pacientes quando falecem.#$%&

    $u ac!o que a gente tem que t0 psicologicamente preparado n, pra atuar emsitua(/es, por que assim a tal ocorrncia pressiona muitas ve"es por tratar deidosos, crian(as. $nto a gente tem que traal!ar com a ra"o e no com a emo(on. 2entar ser o mais firme possvel, para que a gente possa nesse momento dar umatendimento adequado a vtima. #$4*&

    ? pra mim apesar das dificuldades, gratificante poder a6udar quem esta precisando.#$)4&

    $arcelino e Figueira (2;) relaam que os profissionais que endem a confronar4se

    com decis/es de "ida ou more s*o for#ados a enconrar formas ou maneiras de lidar com asperdas inerenes ao seu rabal.o, Ainda segundo os auores quano maior a saisfa#*o no

    1K

  • 7/23/2019 artigo daniza e bianca revisao final.doc

    16/23

    rabal.o e uma boa con"i"'ncia com os colegas maior o senido inerno de adapa#*o e

    menor a insabilidade emocional, :sso acaba por promo"er as rela#/es de rabal.o pois se faz

    necess+rio o rabal.o em equipe fa"orecendo a esabilidade emocional e promo"endo o

    supore social enre as equipes,

    +.5.+ A''"'!9%#"a : 'a;& & a%"'*' & -"

  • 7/23/2019 artigo daniza e bianca revisao final.doc

    17/23

    descre"e UaCir (21) eses mecanismos s*o denominados coping ou se6a mecanismos de

    enfreameno ao esresse que se processam mediane mobiliza#*o de recursos naurais com

    fins de adminisra#*o de siua#/es esressoras, Assim o copingconsise na Sinera#*o enre o

    organismo e o ambiene na qual se lan#a m*o de um con6uno de esra5gias desinadas a

    promo"er a adapa#*o +s circunsQncias esressanesZ (UA:@ 21 p,X3),

    A pr+ica de espores e ai"idades de lazer foram ciadas pelos socorrisas como um

    dos mecanismos de defesa conra o esresse conforme relaos abaio,

    Bratico surf sempre e gosto de 6ogos eletr@nicos. #$9&

    Cogo futeol nos finais de semana, mais academia. #$)A&

    Bratico esporte e surf. #$)D&

    Erinco com meu gatos, fa(o nata(o ou(o msica e leio romances. #$%&

    -sudos compro"am que a ai"idade f0sica mel.ora os n0"eis de qualidade de "ida

    bem como aumena os senimenos de bem esar em paricular pela redu#*o da ansiedade e da

    ens*o e pelo aumeno do "igor f0sico (LAND-@! 1XX apudN-G@`OY NG-LO 21),

    Desa forma esudos indicam ques/es abrangenes relacionando indi"0duos com apr+ica regular de ai"idades f0sicas e como esa pr+ica alera a qualidade de "idadeles, !egundo Jeinberg Gould (2132;) as pesquisas 6+ aponam queindi"0duos fisicamene ai"os endem a er mel.or sade demonsram energia emaiudes mais posii"as em rela#*o ao rabal.o e re"elam uma maior capacidade delidar com o sress e com a ens*o (N-G@`OY NG-LO 21 p, 213),

    A inclus*o de pequenos .+bios e ai"idades no dia a dia beneficia uma qualidade de

    "ida mel.or e um enfrenameno ao esresse mais eficaz, !egundo ainda os auores acima

    ciados os benef0cios psicol%gicos conseguidos com a pr+ica espori"a regular fa"orecem

    uma redu#*o do esado aual de ansiedade da insabilidade emocional do n0"el de depress*o

    moderada e de "+rios sinomas de esresse,

    +.5.5 A!&%"&%!*' 8& a#aa a 'a !a=&!"a %* '&3"6*.

    A lima perguna do quesion+rio foi em rela#*o aos aendimenos marcanes para esses

    socorrisas, $endes (21 p, 2=) relaa que So fao de o profissional opar por eercer suas

    1=

  • 7/23/2019 artigo daniza e bianca revisao final.doc

    18/23

    ai"idades nesse local de rabal.o fa"orece o eerc0cio de sua auonomia permiindo senir

    conrole sobre sua "ida podendo esse senimeno se ornar um faor proeor conra ostressZ,

    -ssa perguna foi colocada com o inuio de a"aliar como a "ida dos profissionais foi

    marcada por eses aendimenos, O que mais c.ama a aen#*o sobre esses relaos s*o os

    aendimenos en"ol"endo crian#as, No ser"i#o de emerg'ncia essa rela#*o 5 r+pida pela

    naureza do enconro enre o paciene cr0ico e a equipe de sade mas 5 aprofundada e

    epressada por meio dos senimenos que afloram na siua#*o de emerg'ncia (EA9!: 23),

    Ainda segundo Eacsi (23) a maioria das ocorr'ncias quando em casos de acidenes

    ou raumas com crian#as acompan.adas pelos pais ou respons+"eis pelo ocorrido a essa .+

    uma siua#*o basane cr0ica e desesperadora n*o s% para os pacienes e familiares mas

    amb5m para a pr%pria equipe,Para eles essas ocorr'ncias s*o de grande emo#*o e ens*o pois en"ol"em o come#o

    de uma no"a "ida ou a more desa,

    tendimento de natimorto, nasceu sem caixa craniana. #$)%&

    fogamento com ito de gmeos #)4 anosG 14 masculinos&, aorto em vasosanit0rio #feto feminino&, segundo a me, espont3neo. 2entativa de !omicdio comferimento por arma ranca 14 casos H mltiplas facadas H ferimento corte contuso

    na traqueia. #$)=&Barticipei !0 quin"e dias pelo segunda ve" de um parto. 7sso mexe muito com agente. ? muito marcante #$)4&.

    Foi quando atendi um parto, a me 60 estava na quinta gesta(o e estava emtraal!o de parto.

  • 7/23/2019 artigo daniza e bianca revisao final.doc

    19/23

    5. CONSIDERA>ES FINAIS

    A parir dos dados produzidos pelas pesquisadoras re"elou4se que a incid'ncia de

    esresse na equipe do !er"i#o de Aendimeno $%"el de &rg'ncia (!A$&) de 7oin"ille 5

    menor do que as pesquisadoras espera"am considerando as lierauras que deram base ao

    esudo, -sa incid'ncia pode esar associada

  • 7/23/2019 artigo daniza e bianca revisao final.doc

    20/23

    Os resulados desa pesquisa podem ser"ir de subs0dios para ampliar a qualidade de

    "ida desses profissionais mosrando com isso que s*o "alorizados no que se refere aos

    aspecos .umanos e profissionais e refor#ando a resis'ncia desses indi"0duos no combae aos

    agenes esressores,

    Le"ando em considera#*o os resulados e conclus/es de nosso esudo e"idenciamos

    que esa equipe possui elemenos de esresse mas que ainda consegue maner4se em

    equil0brio,

    REFER?NCIAS

    AG&:A@ , N,Y !:L?A A, L, A, 9,Y FA@:A 9, @,Y L:$A F, ?,Y !O&UA P, @,Y!EA99:A@:N: 7, $, @, 4 O -sresse em uma -quipe $iliar de @esgae Pr54Hospialar,E-&!@%"#a D& E%&a& (O%-"%&) GoiQnia ",2 n,2 6ul4dez, 2, Dispon0"el em .p88,re"isas,ufg,br8inde,p.p8fen , Acesso em 2=828213,

    AL$-:DA $,@, AD@:ANO $,!,P,F, @A$ALHO P,P,L, 4 E'!&''& O#$a#"*%a- &P*"''"*%a"' a Sa;& * S&3"6* & A!&%"&%!* M3&- & U9%#"a.211, Dispon0"elem

    .p88,enconro211,abrapso,org,br8rabal.o8"ie\:DE@ABALHO1=1impressao, Acesso em 1K828213,

    BOLL-@ -. -sresse no seor de emerg'ncia possibilidades e limies de no"as esra5giasGerenciais, R&3. Ga;#a E%&a& P*!* A-&&(@!) 23 p,33;43K Dispon0"el em.p88seer,ufrgs,br8inde,p.p8@e"isaGauc.ade-nfermagem8aricle8"ieAricle81Acessado em 1K8118213,

    9ALA:! !,L, Diferen#as enre Homens e $ul.eres na ?ulnerabilidade ao !ress, :n L:PP$,-,N, (Org), Ma%"'*' N&*$'"#*-"#*' * S!&'' Eeoria e Aplica#/es 9l0nicasM 3ed, !*o Paulo 9asa do Psic%logo 21,

    9A$PO! @,$,Sa!"'a67* a E8"$& & E%&a& * S&3"6* & A!&%"&%!* M3&-:' U9%#"a' (SAMU) %* A

  • 7/23/2019 artigo daniza e bianca revisao final.doc

    21/23

    9OH-N $, AL$-:DA G,7,$, P-99:N $,!, O !ress e as Dores $sculo4-squel5icas,:n L:PP $,-,N, (Org), Ma%"'*' N&*$'"#*-"#*' * S!&''4Eeoria e Aplica#/es

    9l0nicasM 3 ed, !*o Paulo 9asa do Psic%logo 21,

    D-!LAND-! !,F, M P&'8"'a S*#"a-4 T&*"a MH!** & C"a!"3"a&M 31, ed,M @7?ozes 212,

    F-@NAND-! L, A,Y GO$-! 7, $, $, @ela%rios de pesquisa nas ci'ncias sociaiscaracer0sicas e modalidades de in"esiga#*o, C*%!&!* R&3"'!a * N;#-&* & E'!*' &P&'8"'a' & C*%!a

  • 7/23/2019 artigo daniza e bianca revisao final.doc

    22/23

    N-G@`O 9,-,Y ANG-LO L,F, A :mporQncia do -erc0cio F0sico no $ane6o do !ress, :nL:PP $,-,N, (Org), Ma%"'*' N&*$'"#*-"#*' * S!&''4Eeoria e Aplica#/es9l0nicasM 3 ed, !*o Paulo 9asa do Psic%logo 21,

    N:E!9H- 9,A,!, 4 !A$&, !ana 9aarina M A$*'!"-a * S&3"6* & A!&%"&%!* M3&-& U9%#"a SAMU 01,ed, Florian%polis !9 2K

    P[D&A -,$,$,4 M&!**-*"a a P&'8"'a4 A

  • 7/23/2019 artigo daniza e bianca revisao final.doc

    23/23

    EA9!: I, @, 9, V"39%#"a' a E%&&"a %a A''"'!9%#"a : C"a%6a & S"!a67* &E&9%#"a 0 Paaa Ca"*&'$"a!"a. 23, Dissera#*o ($esrado em -nfermagemem !ade Pblica) 4 -scola de -nfermagem de @ibeir*o Preo &ni"ersidade de !*o Paulo@ibeir*o Preo 23, Dispon0"el em

    .p88,eses,usp,br8eses8disponi"eis8228221338de4112341KX8, Acesso em21818213,

    EANGAN-LL:, $,!, O Ereino de 9onrole do !ress Aplicado as $ul.eres, :n 4L:PP $,-,N,(Org), Ma%"'*' N&*$'"#*-"#*' * S!&''4 Eeoria e Aplica#/es 9l0nicas M 3 ed, !*oPaulo 9asa do Psic%logo 21,

    ?:-:@A L,9, G&:$A@`-! L,A,$, $A@E:N! D,A, O -sresse Ocupacional em-nfermeiros,:n G@&B:E! !, G&:$A@`-! L,A,$, SH"& Sa;& M&%!a- & Ta