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Artigo hospital odontológico uma visão do futuro

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Page 1: Artigo hospital odontológico  uma visão do futuro

Hospital Odontológico: uma visão do futuro

Caroline Araújo Ferreira¹

Gerisnaldo Cavalcante Junior¹

Leonardo Barreto de Araújo²

Cristiano de Almeida Dutra²

¹ Estudante de Odontologia na Universidade Estadual de Feira de Santana

² Professor da área de Prótese na Universidade Estadual de Feira de Santana

Resumo: A Odontologia evoluiu desde uma Arte Dentária praticada por barbeiros, que

usavam religião e magia para tratar as afecções, até tornar-se uma ciência e chegar aos

consultórios bem equipados e aos procedimentos complexos que hoje conhecemos. E

com essa evolução surgiram também os Hospitais Odontológicos, que partem da ideia

de ter em um único lugar todas as especialidades odontológicas e procedimentos

ambulatoriais e hospitalares. Mas no Brasil esses hospitais precisam passar por avanços

para tornarem-se hospitais odontológicos ideais. Para isso, devem contar com alta

tecnologia, equipe multidisciplinar e uma boa gestão, sendo essa pública ou privada.

Palavras-chave: Hospital Odontológico; tecnologia; gestão

Abstract: Dentistry has evolved from an Art Dental practiced by barbers, who used

magic to religion and treat diseases, to become a science and reach the offices well

equipped and the complex procedures that we know today. And with this evolution also

emerged Dental Hospitals, departing from the idea of having one place for all dental

specialties and outpatient procedures and hospital. But in Brazil these hospitals must

undergo advances to become dental hospitals ideals. For this, they must rely on high

technology, multidisciplinary team and good management, this being public or private.

Keywords: Dental Hospital; technology, management

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INTRODUÇÃO

A evolução da Odontologia

A odontologia era denominada em seus primórdios como Arte Dentária e

praticada pelos barbeiros. Seus registros mais antigos datam de 3500 a.C. na

Mesopotâmia e suas afecções eram tratadas por meio da religião e da magia. Era através

de fórmulas e orações que tentava-se destruir um suposto verme responsável pela

destruição da estrutura dentária (Silva e Sales-Peres, 2007).

Com o passar dos anos a Odontologia entrou em sua fase pré-científica e a partir

do século XVI surgiram os primeiros relatos desta ciência, sendo a Europa considerada

o berço da Odontologia. Mas somente no século XIX é que ocorre criação da primeira

escola especializada na prática dental da América, a Society of Dental Surgeons em

Nova York (Silva e Sales-Peres, 2007).

No Brasil o exercício profissional da Odontologia só é regulamentado através da

Lei nº 1.314, de 17 de janeiro de 1951, tornando ilegal a atuação de “práticos” na

profissão e valorizando aqueles que estudaram para exercê-la (Silva e Sales-Peres,

2007).

E em 2008, foi decretada a Lei nº 2776/2008 e apresentada à Câmara dos

Deputados do Rio de Janeiro que obriga a presença do dentista nas equipes

multiprofissionais hospitalares e nas UTIs (Aranega et al., 2012).

A ideia do Hospital Odontológico

A Odontologia vem evoluindo sempre e hoje já conta-se com Hospitais

Odontológicos no Brasil, mas que ainda não são os hospitais ideais. Apesar de alguns

disponibilizarem de alta tecnologia, ainda precisam passar por avanços para que

cheguem no nível de um hospital ideal. Este deve apresentar equipe multidisciplinar,

cuidar integralmente do paciente e realizar procedimentos ambulatoriais e hospitalares,

abrangendo todas as especialidades odontológicas.

DISCUSSÃO

Estrututra

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O Hospital Odontológico que idealiza-se deve dispor de uma grande estrutura

para atender às necessidades de um grande hospital, além de ambulatórios para

procedimentos clínicos. Esta estrutura seria composta por recepção, centro cirúrgico,

UTI, apartamentos, ambulatórios, SPA odontológico, expurgo, central de esterilização,

farmácia, laboratório de prótese e centro de radiografia. Um SPA odontológico dentro

do hospital vem da ideia de que drenagens linfáticas auxiliam muito na recuperação de

inchaços e edemas de pacientes que passaram por procedimentos cirúrgicos.

Não é de hoje o desejo de diversos pacientes de fazer tratamentos instantâneos

em que sejam submetidos a anestesia geral ou sedações para que sejam realizados

procedimentos odontológicos em curto espaço de tempo sem que eles sofram com dores

e contumazes desconfortos dos obsoletos “gabinetes” dentários. Estes desconfortos

passam desde a boca aberta, anestesia infiltrativas locais e o famoso barulhinho do

motor. Guardadas as devidas indicações estas técnicas sedativas podem trazer grandes

ganhos de tempo nos tratamentos odontológicos com aumento do conforto dos pacientes

e, sobretudo com vantagens na economia de tempo e melhorias nas cirurgias

reconstrutivas da massa óssea dos maxilares. Assim, a fobia aos tratamentos

odontológicos com este aumento de suporte visto em um tratamento integrado que

olha o indivíduo como um todo e não apenas uma cavidade bucal. Dessa maneira, a

Odontologia se solidifica em um patamar de ciência da saúde do mesmo nível das

demais. Com os avanços nas áreas implantodôntica, bem como na Cirurgia Buco-

maxilo-facial o tratamento odontológico ficou cada vez mais invasivo com cirurgia

cruentas as quais dependem de ambientes cirúrgicos com maiores requintes de

biossegurança e de recursos tecnico-cirúrgicos.

Equipe multidisciplinar

Além de profissionais de todas as especialidades odontológicas, o hospital deve

contar com uma equipe composta por outros profissionais para que o cuidado e o

tratamento do paciente sejam integrais e todos os procedimentos possam ser feitos em

um único local. Uma equipe ideal seria composta por cirurgiões-dentistas, TSB,

enfermeiros, fisioterapeutas, psicólogos, assistentes sociais, fonoaudiólogos,

nutricionistas, cirurgiões-plásticos, otorrinolaringologistas, anestesiologistas,

farmacêuticos e protéticos.

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Apesar de os dentistas serem os profissionais envolvidos primeiramente no

tratamento das DTMs, frequentemente os pacientes apresentam problemas posturais,

tornando necessária uma ação conjunta com o fisioterapeuta (Torres et al., 2012). O

tratamento do trismo, que pode ocorrer principalmente após exodontias de terceiros

molares e tratamento radioterápico, compreende a fisioterapia (Flores et al., 2012).

No caso de pacientes que sofreram mutilações após a retirada de tumores intra-

orais é necessário o apoio de psicólogos para que o paciente se adapte a esta nova

condição, fonoaudiólogos para readaptarem a fala e nutricionistas nos casos em que o

paciente perdeu muito peso por conta do tratamento ou por dificuldade de se alimentar.

Para cirurgias que necessitem reconstruções faciais faz-se necessária a presença

de cirurgiões-plásticos em conjunto com a prótese buco-maxilo-facial associadas aos

implantes osseointegrados que serão usados em sua retenção e fixação. E juntamente

com o otorrinolaringologista, o cirurgião-dentista pode atuar no diagnostico e

tratamento da apneia obstrutiva do sono, utilizando desde aparelhos intra-bucais e até

realizando cirurgias, a depender do grau da apneia que o paciente apresenta (Prado et

al., 2010).

Tecnologias disponíveis

Além de uma equipe multidisciplinar capacitada e uma estrutura completa, que

oferece conforto e segurança aos pacientes, a Odontologia atual exige padrões de

qualidade muito superiores aos verificados no século passado sob dois níveis

fundamentais: funcionalidade e estética e, para isso, o Hospital Odontológico precisa

disponibilizar de alta tecnologia. Aparelhagem radiográfica digital, câmera intra-oral,

sedação com óxido-nitroso em todos os ambulatórios, sistema CAD-CAM, Check up

Preventivo Digital, prontuário eletrônico são aparatos tecnológicos que facilitam os

procedimentos, aumentam o conforto do paciente, oferecem praticidade e

procedimentos mais estéticos.

A radiografia digital possui melhor qualidade que radiografias convencionais,

melhorando a visualização das estruturas radiografadas.

O óxido nitroso (gás hilariante).é ainda pouco utilizado em consultórios no

Brasil, mas a sedação consciente é segura se administrado corretamente. A combinação

do óxido nitroso e do oxigênio através de uma máscara nasal provoca uma leve e estável

sedação no paciente (Oliveira et al., 2001). A sedação aumenta o conforto do paciente,

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pois tranquiliza, relaxa e aumenta o limiar da dor, possibilitando o tratamento em

ambulatório de pacientes ansiosos, com fobia a dentista, pouco cooperativos e pacientes

especiais.

O Sistema CAD-CAM consiste no desenho de uma estrutura protética num

computador seguido da sua confecção por uma máquina de fresagem. Esse processo

atua no aperfeiçoamento na produção das restaurações, padroniza os processos de

fabricação e substitui o trabalho manual (Correia et al., 2006).

O Check up Preventivo Digital é feito através da captura de imagens com uma

câmera intra-oral que fotografa os dentes e aumenta em até 60 vezes as imagens. Com

isso pode-se diagnosticar lesões de cárie ainda no seu inicio e micro fraturas nas

restaurações, o que possibilita tratamento precoce e menos invasivo. É importante que

as imagens fiquem armazenadas na clínica para posterior acompanhamento da evolução

de cada caso, visando o controle da saúde bucal do paciente.

Já o prontuário eletrônico ajuda a organizar as fichas dos pacientes e evita que

informações sejam perdidas.

Administração hospitalar

A administração em hospitais é de fundamental importância para a eficiência de

uma organização hospitalar e na obtenção da qualidade em serviços de saúde. Assim, é

necessário que os gestores façam avaliação do desempenho organizacional, a fim de

garantir a eficiência da gestão (SOUZA et al., 2009).

A organização hospitalar foi definida pela Organização Mundial de Saúde

(OMS) como parte integrante de um sistema coordenado de saúde, cuja função é prestar

à sociedade completa assistência no que se refere à saúde (OMS, 2008). No Brasil, as

organizações desse setor vêm promovendo as mudanças necessárias para o

desenvolvimento da função de prestação de serviços à sociedade e para promover a

implementação das políticas de saúde definidas na Constituição Federal (CF) de 1988

(SOUZA et al., 2009).

Em todo hospital deve haver uma estrutura organizacional que evidencie a

maneira pela qual a organização define e divide as funções e as atribuições,

demonstrando como estas são agrupadas e coordenadas (SOUZA et al., 2008). Segundo

Souza apud Mintzberg (2009), a estrutura organizacional poderia ser dimensionado em:

especialização do trabalho, departamentalização, cadeia de controle e centralização ou

Page 6: Artigo hospital odontológico  uma visão do futuro

descentralização da tomada de decisão. Sendo assim, esta estrutura determinará a

hierarquia da organização, as responsabilidades e a autoridade dos indivíduos, e

demonstra como ocorre a comunicação e a disponibilização de informações internas à

organização (SOUZA et al., 2008).

Também faz-se necessário uma abrangência sobre o fator humano nas

instituições hospitalares, cuidados especiais com os pacientes faz com que o seu bem-

estar seja atingido da melhor maneira possível. Então, é necessário ter uma

administração que se preocupe com este processo humanizador. Enfáticamente na área

hospitalar, é necessário um choque de humanização, uma vez que se trata de problemas

que afetam o modo de viver das pessoas (Pinochet e Galvão, 2010).

Sendo o hospital uma organização que serviços especializados e que apresenta

funções diferenciadas, caracterizando-se, portanto, como uma organização bastante

complexa, seus administradores necessitam de ferramentas gerenciais que possibilitem a

avaliação dessas ações. Por meio dessas ferramentas as organizações devem analisar

também o desempenho da gestão dos recursos utilizados na consecução das atividades

de prestação de serviços (SOUZA et al., 2009).

Gestão

Público:

Segundo Paiva (2001), assim como assim como ocorre com as empresas em

geral, informações adequadas são cada vez mais essenciais para a gestão de

organizações hospitalares. Levando-se em conta o importante papel sociel que essas

organizações desempenham, torna-se essencial aproveitar da melhor forma possível os

recursos disponíveis, como meio de promover um atendimento de alta qualidade.

As organizações hospitalares podem ser financiadas por três formas, podendo ser

de capital privado, público privado e público, sendo este último totalmente subsidiado

pelo estado. O financiamento do Sistema Único de Saúde (SUS) é uma responsabilidade

comum dos três níveis de governo. Foi aprovada a Emenda Constitucional 29, em

setembro de 2000 (EC-29), que determinou a vinculação de receitas dos três níveis para

o sistema. Os recursos federais que correspondem, a mais de 70% do total,

progressivamente vêm sendo repassados a estados e municípios, por transferências

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diretas do Fundo Nacional de Saúde aos fundos estaduais e municipais, conforme

mecanismo instituído pelo decreto 1.232, de 30 de agosto de 1994 (SOUZA, 2002).

Público-privado:

A parceria público-privada (PPP) é um modelo de contratação pública, onde há

uma relação contratual entre o setor público e o privado.Tendo como uma dos aspectos

mais relevantes o compartilhamento de riscos entre esses dois setores e a possibilidade

de investimentos em obras de infraestrutura superando as restrições orçamentárias do

Estado (FERNANDEZ, 2009).

Uma definição internacional sobre a PPP, é um forma de contrato visando uma

parceria baseada na relação contratual entre o agente público e o privado. Podendo

haver, neste tipo de relação, diversas configurações e atribui uma única ou várias tarefas

ao setor privado, as quais podem incluir a concepção, o financiamento, o

desenvolvimento ou reparo de uma obra ou serviço(FERNANDEZ, 2009).

Uma das maiores vantagens da PPP em relação ao modelo tradicional de

contratação pública é o compartilhamento dos riscos entre o Estado e o setor privado.

Segundo Fernandez apud Arrow (2009), quando o ente público se compromete com um

novo projeto de investimento, o risco desse também recai sobre todos os contribuintes.

De acordo com a lei nº 11.079/2004, que institui normas gerais para licitação e

contratação de parceria público-privada, as parcerias podem ser de dois tipos:

Concessão Patrocinada: As tarifas cobradas dos usuários da concessão não são

suficientes para pagar os investimentos feitos pelo parceiro privado. Assim, o poder

público complementa a remuneração da empresa por meio de contribuições regulares,

isto é, o pagamento do valor mais imposto e encargos. Concessão

Administrativa: Quando não é possível ou conveniente cobrar do usuário pelo serviço

de interesse público prestado pelo parceiro privado. Por isso, a remuneração da empresa

é integralmente feita por pelo poder público.

No contrato de Parceira Público-Privado devem constar algumas obrigações

como: penalidades aplicáveis ao governo e ao parceiro privado em caso de

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inadimplência, proporcional à gravidade cometida; formas de remuneração e de

atualização dos valores assumidos no contrato; critérios para a avaliação do

desempenho do parceiro privado; apresentação, pelo parceiro privado, de garantias de

execução suficientes para a realização da obra ou serviço; os estados podem elaborar

suas próprias leis de PPP (BRASIL, 2004).

Administração hospitalar

A administração em hospitais é de fundamental importância para a eficiência de

uma organização hospitalar e na obtenção da qualidade em serviços de saúde. Assim, é

necessário que os gestores façam avaliação do desempenho organizacional, a fim de

garantir a eficiência da gestão (SOUZA et al., 2009).

A organização hospitalar foi definida pela Organização Mundial de Saúde

(OMS) como parte integrante de um sistema coordenado de saúde, cuja função é prestar

à sociedade completa assistência no que se refere à saúde (OMS, 2008). No Brasil, as

organizações desse setor vêm promovendo as mudanças necessárias para o

desenvolvimento da função de prestação de serviços à sociedade e para promover a

implementação das políticas de saúde definidas na Constituição Federal (CF) de 1988

(SOUZA et al., 2009).

Em todo hospital deve haver uma estrutura organizacional que evidencie a

maneira pela qual a organização define e divide as funções e as atribuições,

demonstrando como estas são agrupadas e coordenadas(SOUZA et al., 2008). Segundo

Souza apud Mintzberg (2009), a estrutura organizacional poderia ser dimensionado em:

especialização do trabalho, departamentalização, cadeia de controle e centralização ou

descentralização da tomada de decisão. Sendo assim, esta estrutura determinará a

hierarquia da organização, as responsabilidades e a autoridade dos indivíduos, e

demonstra como ocorre a comunicação e a disponibilização de informações internas à

organização (SOUZA et al., 2008).

Também faz-se necessário uma abrangência sobre o fator humano nas

instituições hospitalares, cuidados especiais com os pacientes faz com que o seu bem-

estar seja atingido da melhor maneira possível. Então, é necessário ter uma

administração que se preocupe com este processo humanizador. Enfáticamente na área

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hospitalar, é necessário um choque de humanização, uma vez que se trata de problemas

que afetam o modo de viver das pessoas (Pinochet e Galvão, 2010).

Sendo o hospital uma organização que serviços especializados e que apresenta funções

diferenciadas, caracterizando-se, portanto, como uma organização bastante complexa,

seus administradores necessitam de ferramentas gerenciais que possibilitem a avaliação

dessas ações. Por meio dessas ferramentas as organizações devem analisar também o

desempenho da gestão dos recursos utilizados na consecução das atividades de

prestação de serviços (SOUZA et al., 2009).

Gestão

Público

Segundo Paiva (2001), assim como assim como ocorre com as empresas em

geral, informações adequadas são cada vez mais essenciais para a gestão de

organizações hospitalares. Levando-se em conta o importante papel sociel que essas

organizações desempenham, torna-se essencial aproveitar da melhor forma possível os

recursos disponíveis, como meio de promover um atendimento de alta qualidade.

As organizações hospitalares podem ser financiadas por três formas, podendo ser

de capital privado, público privado e público, sendo este último totalmente subsidiado

pelo estado. O financiamento do Sistema Único de Saúde (SUS) é uma responsabilidade

comum dos três níveis de governo. Foi aprovada a Emenda Constitucional 29, em

setembro de 2000 (EC-29), que determinou a vinculação de receitas dos três níveis para

o sistema. Os recursos federais que correspondem, a mais de 70% do total,

progressivamente vêm sendo repassados a estados e municípios, por transferências

diretas do Fundo Nacional de Saúde aos fundos estaduais e municipais, conforme

mecanismo instituído pelo decreto 1.232, de 30 de agosto de 1994 (SOUZA, 2002).

Privado:

Empresa totalmente estruturada, construída e administrada por capital privado.

Possui sua maior parcela representado pela saúde suplementar.

A grosso modo, as insuficiências do SUS são associadas a expansão da

assistência médica suplementar evocando os avanços das políticas de corte neoliberal.

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Essa sistemática, por sua vez, remete questões tanto ás proposições reformistas

universalistas quanto às políticas assistenciais seletivas. Por um lado, o crescimento das

alternativas particulares, corporativas e meritocráticas desafia a construção de um

sistema de proteção social universal e edistributivo, por outro, evidencia perspectivas

para a regulação de uma segmentação já consolidada (BAHIA, 2001).

Público-privado:

A parceria público-privada (PPP) é um modelo de contratação pública, onde há

uma relação contratual entre o setor público e o privado.Tendo como uma dos aspectos

mais relevantes o compartilhamento de riscos entre esses dois setores e a possibilidade

de investimentos em obras de infraestrutura superando as restrições orçamentárias do

Estado (FERNANDEZ, 2009).

Uma definição internacional sobre a PPP, é um forma de contrato visando uma

parceria baseada na relação contratual entre o agente público e o privado. Podendo

haver, neste tipo de relação, diversas configurações e atribui uma única ou várias tarefas

ao setor privado, as quais podem incluir a concepção, o financiamento, o

desenvolvimento ou reparo de uma obra ou serviço(FERNANDEZ, 2009).

Uma das maiores vantagens da PPP em relação ao modelo tradicional de

contratação pública é o compartilhamento dos riscos entre o Estado e o setor privado.

Segundo Fernandez apud Arrow (2009), quando o ente público se compromete com um

novo projeto de investimento, o risco desse também recai sobre todos os contribuintes.

De acordo com a lei nº 11.079/2004, que institui normas gerais para licitação e

contratação de parceria público-privada, as parcerias podem ser de dois tipos:

Concessão Patrocinada: As tarifas cobradas dos usuários da concessão não são

suficientes para pagar os investimentos feitos pelo parceiro privado. Assim, o poder

público complementa a remuneração da empresa por meio de contribuições regulares,

isto é, o pagamento do valor mais imposto e encargos.

Concessão Administrativa: Quando não é possível ou conveniente cobrar do usuário

pelo serviço de interesse público prestado pelo parceiro privado. Por isso, a

remuneração da empresa é integralmente feita por pelo poder público.

Page 11: Artigo hospital odontológico  uma visão do futuro

No contrato de Parceira Público-Privado devem constar algumas obrigações

como: penalidades aplicáveis ao governo e ao parceiro privado em caso de

inadimplência, proporcional à gravidade cometida; formas de remuneração e de

atualização dos valores assumidos no contrato; critérios para a avaliação do

desempenho do parceiro privado; apresentação, pelo parceiro privado, de garantias de

execução suficientes para a realização da obra ou serviço; os estados podem elaborar

suas próprias leis de PPP (BRASIL, 2004).

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comportamento da criança durante o tratamento odontológico?, Arquivos

em Odontologia, v.7, n.1, p. 25-34, Belo Horizonte, jan/jun, 2001

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CAD-CAM: a informática a serviço da prótese fixa. Revista de Odontologia

da UNESP. 2006; 35(2): 183-89

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11) PINOCHET, L. H. C.; GALVÃO, C. R. Aspectos humanos na gestão

hospitalar. O Muno da Saúde, v.34 p.:498-507. São Paulo: 2010.

12) BAHIA, L.; Planos privados de saúde: luzes e sombras no debate setorial

dos anos 90. Ciênc ia & Saúde Coletiva , v.6, p. 329-339 , Rio de Janeiro

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privadas: Um modelo teórico aplicado a hospitais. 2009. Disponível em:

www.http://anpec.org.br.

14) Disponível em: http://www.cliniclass.com.br/checkupdigital.php Acessado em:

14/01/13