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INCLUSO DIGITAL NO ENSINO SUPERIOR
IDEIR COTO
... nunca [...] plenamente maduro, nem nas ideias nem no estilo, mas sempre verde, incompleto, experimental.
Gilberto Freire, Tempo Morto e Outros Tempos, 1926.
Resumo:
Este trabalho visa abrir um leque de conhecimento sobre a Incluso digital no
ensino superior, capacitando o docente para as novas tecnologias inseridas no
meio acadmico. Visando a incluso das faculdades denominadas EAD seguiu-
se a necessidade da utilizao do meio tecnolgico voltado para o uso do
computador como ferramenta de ensino do aluno e do professor.
Palavras-chave: incluso digital, apropriao tecnolgica, competncia informacional. 1 INTRODUO
Este trabalho visa abrir um leque de conhecimento sobre a Incluso digital no
ensino superior, capacitando o docente para as novas tecnologias inseridas no
meio acadmico. Visando a incluso das faculdades denominadas EAD seguiu-
se a necessidade da utilizao do meio tecnolgico voltado para o uso do
computador como ferramenta de ensino do aluno e do professor.
Incluso Digital pode ser considerada como democratizao das
tecnologias. Esse assunto tem sido muito repercutido no Brasil pelas
dificuldades encontradas para a implantao.
.Inicialmente, quebrando o paradigma que o ensino tradicional somente
de escrita no papel era a melhor maneira de transmitir o conhecimento do
docente, o uso da ferramenta tecnolgica como um apoio pedaggico no veio
como um vilo, e nem como um fator distanciador do professor e aluno. E sim
eliminar o tabu sobre o modo de ensinar da forma antiga, sendo que dever do
docente preparar o aluno para integrao do meio digital. A sociedade vive o
momento de grandes avanos tecnolgicos, e porque no levar para dentro
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das universidades essa ferramenta como auxilio bsico para melhoria e
rendimento acadmico dentro e fora das universidades.
Em nossos dias, encontramos educadores que ficam presos aos livros
didticos e no buscam alternativas para o melhor desempenho em salas de
aulas, isso pode delimitar seus conhecimentos deixando-os com dificuldade em
relacionar os contedos com o cotidiano do aluno, tais alternativas quando
utilizadas possibilitam aos docentes a oportunidade de desenvolver outros
meios na resoluo dos contedos.
Com a insero das novas tecnologias no ambiente escolar h a
possibilidade de melhora no dia a dia da educao, pois o professor tem a sua
disposio novos recursos que podem despertar no educando maior interesse
por sua disciplina.
Titulo de artigo Cientifico, apresentado a UNESC a Coordenao de Ps Graduao, com a finalidade de aprimorar meus conhecimentos e obter o titulo de Especialista em Metodologia e Didtica do Ensino Superior. Ps Graduado em Metodologia e Didtica do Ensino Superior. Graduao Tecnlogo em Analise e Desenvolvimento de Sistemas pela UNINOVE.
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2 RECURSOS DIDTICOS UTILIZADOS NA PRIMEIRA DCADA DO
SCULO XXI
No Brasil a utilizao da tecnologia como recurso didtico em sala de
aula teve grande avano logo nas dcadas de 1960 e 1970 com os
instrumentos que os docentes manuseavam na melhoria do desenvolvimento
das aulas, tais como: microscpios, retro projetor, projetor de slides entre
outros, mas a partir da dcada de 1990 o progresso foi maior com a utilizao
da televiso, antenas parablica e vdeo nas escolas pblicas. Logo o MEC
(Ministrio da Educao e Cultura) atravs dos projetos governamentais do
ensino fundamental e mdio surgiu tambm utilizao de computadores no
ambiente escolar.
Em 1981 foi concretizado I Seminrio Nacional de Informtica na
Educao, na Universidade de Braslia (UnB), junto com o Ministrio da
Educao e Cultura (MEC), a Secretaria Especial de Informtica (SEI) e o
Conselho Nacional de Desenvolvimento Cientfico e Tecnolgico (CNPq) com o
propsito de abranger estratgias de idealizao para o uso de computadores
na educao, tendo como tema, enfatizar a importncia de se pesquisar o uso
do computador como instrumento de auxilio no processo de ensino e
aprendizagem, nesse seminrio teve uma grande participao de especialistas
nacionais e internacionais, logo o computador ficou reconhecido como um
instrumento para ajudar a suprir os professores em seu trabalho e jamais como
ferramenta para substitu-los. Segundo Moran (2007) hoje a educao adquire
uma importncia dramtica na modernizao do pas, e h um descompasso
entre os modelos tradicionais de ensino e as novas possibilidades que as
tecnologias atuais permitem.
...importncia de que as atividades de informtica na educao
fossem balizadas por valores culturais, scio-polticos e pedaggicos
da realidade brasileira, bem como a necessidade do prevalecimento
da questo pedaggica sobre as questes tecnolgicas no
planejamento de aes, o computador foi reconhecido com
um meio de ampliao das funes do professor e jamais como
forma de substitu-lo. (...) surgiu primeira ideia de
implantao de projetos-piloto em universidades, cujas
investigaes ocorreriam em carter experimental e deveriam
servir de subsdios uma futura Poltica Nacional de Informatizao
da Educao. (...) projeto EDUCOM, tece suas origens a partir desse
frum. (MORAES, 1997, p. 3).
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No ano de 1983 surge o Projeto EDUCOM (Educao com
Computadores) com a inteno de realizar estudos e experincias em
Informtica na Educao e produzindo software educativo para o uso nas
escolas, esse projeto contemplou ainda a diversidade de abordagens
pedaggicas, como o desenvolvimento de programas de computador
educativos e uso do computador como recurso para resoluo de problemas
(TAJRA, 2001). Com o EDUCOM, outros projetos contriburam para o processo
de informatizao; em 1987 com o FORMAR (Programa de Formao
Educacional da Coordenao da Secretaria de Recursos Humanos do
Ministrio do Planejamento, Oramento e Gesto) gerando cursos de
especializao para um grande progresso tecnolgico, o curso agregado para a
formao dos professores surgiu para despertar um sentimento de obrigao
do uso da informtica no processo de ensino e aprendizagem; em 1989 com o
PRONINFE (Programa Nacional de Informtica Educativa) que visa a continuar
as propostas anteriores e a criao de laboratrios de informtica, e no mesmo
ano o PRONINFE foram integrados ao PLANIN (Plano Nacional de Informtica
e Automao, do Ministrio de Cincia e Tecnologia) com estes projetos que
possibilitam a formao de recursos humanos com o objetivo de desenvolver a
informtica educativa no Brasil.
O projeto um documento que prope uma direo poltica e
pedaggica para o trabalho escolar, formula metas, prev as aes,
institui procedimentos e instrumentos de ao. LIBNEO (2005,
p.345).
Em 1996 foram colocados em prtica os PEQs (Planos Estaduais de
Qualificao Profissional), nas diferentes unidades da Federao, em que se
faz parte do PLANFOR (Plano Nacional de Educao Profissional), realizado
pela SEFOR (Secretaria de Formao e Desenvolvimento Profissional do
Ministrio do Trabalho), com recursos financeiros do FAT (Fundo de Amparo
do Trabalhador), no mesmo ano surge a SEED (Secretaria da Educao a
Distancia) em parceria com a SEMTEC (Secretaria de Ensino Mdio e
Tecnolgico) e com isso passa a existir a TV Escola com uma programao
voltada ao ensino, de acordo com os contedos aplicados em cada disciplina,
promovendo a incluso das TICs (Tecnologias de Informao e Comunicao)
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e das tcnicas de ensino a distncia nos procedimentos didtico-pedaggicos,
que atualmente torna o projeto SECADI (Secretaria de Educao Continuada,
Alfabetizao, Diversidade e Incluso) que visa a ampliao inclusiva dos
sistemas de ensino, voltado a avaliao da diversidade, a promoo da
educao inclusiva sistema de educao a jovens e adultos. No ano de 1997
muitos dos quais esto atualmente auxiliando o PROINFO (Programa Nacional
de Tecnologia Educacional) com o objetivo de promover o uso pedaggico da
informtica na rede de educao bsica levando computadores, recursos
digitais e contedos educacionais as escolas,
Segundo Almeida, 1997: No uma formao apenas na dimenso pedaggica e nem uma formao justaposio entre teorias educacionais, tcnicas e domnio da tecnologia. Trata-se de uma formao que mobiliza as mltiplas competncias do ser para articular a prtica, a reflexo, a investigao e as teorias requeridas para revelar a razo do ser da prtica e promover a transformao na ao pedaggica.
Apesar do avano de projetos para melhoria de tecnologia educacional,
mesmo assim a uma deficincia nas escolas diante da falta de recursos para
manter o que j se tem em seu ambiente escolar. Logo se faz necessrio a
preparao do professor para esses avanos tecnolgicos, quando muitos no
tm a preparao adequada para estar desenvolvendo uma atividade com os
alunos. J que as escolas tm a responsabilidade na formao do individuo
colocando a tecnologia a seu favor, a mesma tem a obrigao de deixar o
educador preparado para o ensino diante das circunstancias.
Segundo a LDBE - Lei n 9.394 de 20 de Dezembro de 1996 - Art. 43. A
educao superior tem por inteno no item III estimular o trabalho de
investigao e verificao cientfica, propondo-se a ampliao da cincia e da
tecnologia e da criao e difuso da cultura, e, desse modo, desenvolver o
entrosamento do homem e do meio em que vive.
Na prtica, entendemos que empregar tal recurso de forma instrucional
disciplinar o potencial dessa tecnologia, para que seja realizadas propostas
construcionistas, previamente o professor precisa dominar o estudo com a
tecnologia escolhida para aula e depois planejar as novas propostas
educacionais, pois com o seu uso enriquecem o processo de ensino e
aprendizagem. Apesar de os recursos contemporneos ainda no serem
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realidade em todas as escolas, algumas j contem os microcomputadores e
laboratrios de informtica, com a sugesto de sua utilizao como recurso
pedaggico em todas as disciplinas do currculo e no apenas como
informtica instrumental.
Segundo os PCNs (Parmetros Curriculares Nacionais) (1998), indicam
como objetivos do ensino fundamental que os alunos sejam competentes de
saber utilizar diferentes fontes de informao e recursos tecnolgicos para
adquirir e construir conhecimentos. A Matemtica componente importante na
construo da cidadania, na medida em que a sociedade se utiliza, cada vez
mais, de conhecimentos cientficos e recursos tecnolgicos, dos quais os
cidados devem se apropriar.
Com a utilizao de uma metodologia, vem escolha de quais projetos e
recursos poderiam ser aproveitados no ambiente escolar para a melhoria do
ensino e aprendizagem e adaptando o mesmo com recursos tecnolgicos e
aprimorando com o material didtico, tendo tambm conhecimento das Leis de
Diretrizes e Bases (LDB) e dos Paramentos Curriculares nacionais (PCNs).
2.1 A INFORMTICA EDUCATIVA NO ENSINO SUPERIOR
Na sociedade contempornea, profundamente modificada pelo advento
das tecnologias de rede, um processo especfico de excluso tem se
apresentado como determinante para a manuteno dos papis sociais, aquele
que no inviabiliza o acesso s tais tecnologias, determinando diferentes
formas de acesso para as diversas camadas sociais. Assim, com base nas
reflexes deste texto prope-se ampliao do conceito de incluso digital e
reflete sobre sua indissocivel ligao com software livre e a filosofia que o
fundamenta, elementos que serviram de base para o relato da experincia de
professores de licenciaturas utilizando o uso de recursos tecnolgicos em sala
de aula.
A evoluo da tecnologia confunde-se com a prpria histria do homem.
Lvy (2000) afirma que h trs tipos de tecnologias, sendo a primeira a seleo
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natural, que pode ser considerada uma tecnologia que a vida aplica a si
mesma, produzindo modificaes para adaptar-se ao ambiente.
A segunda tecnologia a seleo artificial, na qual os homens passam a
interferir, domesticando e criando. E a terceira e ltima tecnologia no campo da
vida a biotecnologia, que atua na forma e funes dos organismos por meio
da manipulao dos genes ou molculas (transgnicas clulas troncos etc.).
Cabem ento as universidades, na condio de instituio responsvel
pela formao do individuo, formar pessoas capazes de lidar com o avano
tecnolgico. Precisa colocar o aprendiz em contato com as novas tecnologias
da comunicao e informao, bem como colocar a tecnologia em favor da
educao.
O Livro Verde considera que para alcanar a incluso digital da maioria
da populao brasileira necessria uma poltica de universalidade do acesso
Internet. Porm, acesso no significa apenas conexo fsica e acesso ao
hardware, ou melhor, no o acesso tecnologia que promover a incluso,
mas sim a forma como essa tecnologia vai atender s necessidades sociais
das comunidades locais, com uma apropriao crtica, pois o papel mais
importante do processo de incluso digital deve ser a sua utilidade social. O
que se defende neste artigo uma mudana na maneira de ver a tecnologia,
no apenas como um instrumento solucionador imediato de problemas, mas
um conjunto de aes integradas e abrangentes que atravs de uma
apropriao crtica provoque mudanas comportamentais perante a prpria
tecnologia.
Apropriao crtica, com utilidade social, passa pela questo da
informao para a cidadania, que visa a criao de contedos de utilidade
pblica como seguridade, sade e educao, cuja disponibilidade facilitar a
interao entre o cidado e o Estado, com efeitos impactantes na qualidade do
servio prestado e consequente melhoria na qualidade de vida. Os contedos
oferecidos devem privilegiar a lngua portuguesa e servios que ampliam o
exerccio da cidadania, enfatizando valores socioculturais locais.
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3 CONCLUSO
Diante da transformao que a sociedade vem sofrendo com o avano
tecnolgico, existe uma enorme exigncia sobre o processo educacional
escolar, no sentido deste estar avanando cotidianamente para atender todos
os anseios, exigncias e necessidades que a populao possui. Assim sendo
este processo necessita ser eficiente e eficaz na formao do cidado critico,
criativo, participante e capazes de superar todos os desafios apresentados no
seu dia a dia.
Para que este processo d conta de fazer estes acompanhamentos que
os profissionais da educao busquem atualizar-se atravs de pesquisas e
estudos capazes de contribuir com uma prtica pedaggica que favorea o
desenvolvimento e formao humana permitindo tomadas de decises
adequadas. Cada educador dever trazer em sua proposta de ensino
metodologias que promova reflexes globais sobre o meio onde o individuo
est inserido PLANETA TERRA, tornando-o cada vez mais critico, criativo e
construtores do seu prprio conhecimento.
Ao refletir sobre o atual sistema de ensino analisa-se que muito ainda
tem que ser mudado, pois diante da realidade pesquisada no que diz respeito
avaliao h pouca compreenso sobre o assunto em seu aspecto que abranja
a existncia humana e todo o sistema educativo. Os educadores tomam o
assunto fazendo um recorte apenas ao processo de ensino, esquecendo que
toda mudana de comportamento do individuo dentro do processo
aprendizagem.
Pode-se ainda detectar, que professores indicam concepes de
aprendizagem muito permeada por aes pedaggicas sustentada hora por
metodologias tradicionais, hora por metodologias construtivistas. Assim, com
este estudo revela que o conhecimento de que o processo de ensino mais
eficaz possibilita uma aprendizagem consistente e que a imposio de um
currculo irreal para esta clientela provoca uma exigncia sobre o aluno
dificultando assim seu desenvolvimento intelecto-social e a sua real
aprendizagem.
Portanto, uma nova proposta pedaggica exige de cada educador (a) a
disposio de mudar sua prpria concepo, j que o conhecimento
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construdo no dia a dia e que hoje a aprendizagem deve estar vinculada
construo do conhecimento, e este por sua vez deve partir das informaes e
experincias que chegam com educando na escola. necessrio que
educadores (as) aceitem o fato de que o mesmo no detentor de todo o
saber e passe a agir dentro de seu planejamento e ao pedaggica como
articulador, pois s assim ser capaz de agir e realizar uma avaliao capaz de
projetar uma real radiografia do desenvolvimento do processo de ensino e de
aprendizagem.
Fica ainda evidenciada que a construo de identidade do educador e
do educando est ligada a coletividade, pois a socializao dentro do grupo
oferecer a ambas as condies de uma auto avaliao que os conduza a
retomada de posies sempre que julgarem necessrio.
Este trabalho proporcionou a oportunidade observar e constatar que os
educadores (as) precisam estar sempre atualizados no sentido de ser crticos,
polticos e trabalhar em sintonia com os outros, buscando sempre alcanar
resultados positivos e produtivos, realizando uma prtica eficaz e eficiente.
Segundo Dante, preciso valorizar a criatividade dos alunos, dando-lhes
liberdade para pensar, refletir e agir por si mesmo sem embaraar as suas
aes e o seu pensamento, permitindo-lhe fluir na sua imaginao e construir
seu prprio conhecimento.
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