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NATÁLIA MARTINS DINIZ
ESTRESSE NO AMBIENTE DE TRABALHO
CASCAVEL
2005
NATÁLIA MARTINS DINIZ
ESTRESSE NO AMBIENTE DE TRABALHO
Trabalho apresentado como requisito parcial à
avaliação da disciplina de Saúde Mental e
Trabalho, do Curso de Psicologia Noturno 8o
Período da Faculdade Assis Gurgacz.
Professor orientador: Ilídio
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CASCAVEL
2005
ESTRESSE NO AMBIENTE DE TRABALHO
Autores1: DINIZ, Natália Martins.
Orientador(a)2: NEVES, Ilídio Roda.
Faculdade Assis Gurgacz
RESUMO
PALAVRAS - CHAVE: Trabalho - Estresse
Estresse é o nome que se dá à reação psico-somática (emocional e física) para se adaptar aos estressores que surgem no decorrer do dia-a-dia. Não existe só o estresse negativo. Existem também o estresse positivo. Se o indivíduo se expõe a um certo grau de estresse, isso pode motivá-lo à atividades. Diz-se então, que é um estresse de boa qualidade para a saúde psico-somática. Por outro lado, um estresse intenso que não consiga resolução por si, pode levar o indivíduo a se cansar demasiadamente, podendo causar às vezes, doenças físicas. A tendência para o estresse é apenas uma das muitas razões do porquê as empresas devem mudar e por que a ética de trabalho tradicional do homem deve ser desafiada para acomodar os novos grupos de trabalho.
ABSTRAT
WORDS-KEY: WORK - STRESS
Stress is the name that if gives to the psico-somatic reaction (emotional and physical) to adapt itself to the stressores that appear in elapsing of day-by-day. Exixte did not only stress it negative. They also exist it stress positivo.Se the individual if it displays to a certain degree of stress, this can motivate it it the activities. One says then, that he is one stress of good quality for the psico-somatic health. On the other hand, one stress intense that it does not obtain resolution for itself, can take the individual if tire demasiadamente, being able to cause to the physical times, illnesses. The trend for stress it is only one of the many reasons of the reason the companies must move and why the ethics of traditional work of the man must be defied to accomodate the new work groups.
INTRODUÇÃO
No mundo atual, o estresse é provocado por objetivos superdimensionados,
atual conjuntura, grandes cidades, medo do assalto, pois as pessoas vivem tensas e
1 Acadêmica do curso de Psicologia da Faculdade Assis Gurgacz2 Professor do curso de Psicologia da Faculdade Assis Gurgacz
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extremamente preocupadas. A falta de lazer, o sedentarismo, o excesso de cigarros, de
bebidas alcoólicas, tudo vira um coquetel contra o indivíduo, o que provoca efeitos
desastrosos, pois é um complô contra a saúde.
Nós vivemos numa era de muita tensão e, para comprovar isto, basta olhar
para as pessoas andando pelas ruas, o seu semblante franzido, a sua contratura. As
pessoas aumentam o consumo de tranqüilizantes, de produtos para entorpecer, queixam-
se de dores no estômago, enfim de dores discriminadas e queda da produtividade.
O conceito de estresse tem sido usado com diferentes conotações. A
introdução do termo ocorreu em 1936 através de Selye, que caracterizou a natureza do
estresse como uma “Síndrome de Adaptação Geral”, constituída de três fases: 1) reação
de alarme; 2) fase de adaptação; 3) fase de exaustão. Nesta formulação encontra-se
implícita a inespecificidade das demandas ambientais e a importância da intensidade e
duração da pressão como relacionadas com a resposta do organismo. Para Selye, a
palavra estresse designava todos os efeitos não-específicos de fatores que podem agir
sobre o corpo. Estes agentes são chamados estressores, dada sua capacidade de
produzir estresse.
Os estímulos psicossociais se originam em um processo social, inserido em
uma estrutura social e afetam o organismo através da mediação da percepção e da
experiência. Os fatores psicossociais do trabalho representam a interação entre
oportunidades e demandas ambientais, de um lado e necessidades, habilidades e
expectativas individuais, de outro. Quando há uma defasagem entre os dois, o organismo
reage através de vários mecanismos patogênicos (SZNELWAR; MASSETTI, 2000).
Os fatores de estresse no trabalho podem ser divididos para feito de
identificação nas situações de trabalho em fatores associados ao ambiente, à organização
e aos fatores psicossociais do trabalho. Este conjunto de fatores aparecem associados,
integrados e interdependentes. As reações a estes fatores dependem da personalidade,
experiência individual e expectativas em relação ao trabalho.
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Há inúmeras evidências de que as políticas e práticas do ambiente de
trabalho incentivador melhoram os sentimentos de controle do funcionário e reduz a
incerteza, a ansiedade e o estresse.
ESTRESSE
Muitas pessoas confundem pressão com estresse, mas uma distinção
básica deve ser feita entre estes termos. Pressão se refere às características de uma
situação que podem ser problemáticas para o indivíduo e que exigem alguma espécie de
adaptação. Estresse, por sua vez, é o conjunto de reações bioquímicas do corpo que
refletem, justamente, essa tentativa de adaptação. Em outras palavras, a pressão está na
situação externa, o estresse está na resposta do indivíduo (BACCARO, 1991).
Com isso, para falar de estresse primeiramente deve-se também fazer uma
diferenciação entre o estresse “bom” e o estresse “ruim”. O eustresse (estresse bom) é a
quantidade de estresse que melhora o desempenho do indivíduo, enquanto o distresse
(estresse ruim) é o excesso ou insulficiência desse estado, que paralisa o sujeito ou leva
a ter respostas inadequadas. E a doença seria uma resposta de distresse.
O eustresse ou o estresse “bom” é necessário para o indivíduo, pois é uma
quantidade de tensão que faz com que ele se mova e se desempenhe em seus afazeres,
pois o cérebro necessita de determinado nível de estímulo do ambiente para trabalhar
bem.
Já o distresse representa um desequlíbrio do sistema como um todo, em
particular o sistema de controle, que inclui um nível biológico, um nível
psicoendocrinológico, bem como um nível cognitivo e um nível de funcionamento
interpessoal.
Sendo assim, o estresse é toda a capacidade de adaptação do indivíduo
frente a um novo desafio, isto é, que pode deixar o organismo em tensão e inqüietude,
não só a nível de suas forças físicas, mas principalmente psíquicas.
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Os estímulos estressores podem ser provenientes tanto do meio externo
(como as condições de trabalho, ambiente físico, social e organizacional) como do interno
(pensamentos, sentimentos, estilo de vida e traços de personalidade) e o indivíduo pode
contribuir para o aumento ou a diminuição da intensidade do estressor.
Moser (1998) define estresse ambiental como um conjunto de condições
geralmente atribuídas à vida urbana, ás quais o sujeito tem que fazer frente, como ruído,
poluição do ar e aglomerações. De acordo com o autor, a presença de uma grande
quantidade de estimulações exige do indivíduo um aumento de energia psicológica devido
ao esforço de adaptação, que pode ter um custo imediato ou a longo prazo. O estresse
ambiental pode influenciar o comportamento social do indivíduo, tornando-o, por exemplo
mais agressivo.
Reações do estresse
No estresse aparecem certas reações que são observáveis, ou seja,
manifestações do corpo diante de uma situação estressora. As reações do estresse
podem ser mais intensas e também mais transitórias. Esta é a fase de alerta, onde a
pessoa está preparada para lutar ou fugir, ou seja, depois que se acalma diante de uma
situação estressora ela sente que o perigo passou e voltará ao seu equilíbrio interno.
No entanto, se a pessoa não se acalma certamente passará para a segunda
fase do estresse, a chamada fase intermediária ou de resistência, quando o organismo
tenta recuperar o equilíbrio interno, pois ainda está sentindo o perigo.
Já a terceira fase é quando a pessoa necessita de tratamento especializado,
direcionado para o problema do estresse, pois nesta fase ela não consegue lidar com a
situação e apresenta sérios problemas, tais como: hipertensão arterial, problemas
cardiovasculares, entre outros.
Moser (1998) diz que os sintomas físicos mais comuns do estresse são:
fadiga, dores de cabeça, insônia, dores no corpo, palpitações, alterações intestinais,
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náusea, tremores, extremidades frias e resfriados constantes. Os sintomas psíquicos ou
mentais e emocionais, referem-se à diminuição da concentração e memória, indecisão,
confusão, perda do senso de humor, ansiedade, nervosismo, depressão, raiva, frustração,
preocupação, medo, irritabilidade e impaciência. O coração é órgão que mais se afeta
com o estresse. É frequente ocorrer dor de estômago ou diarréia em consequência ao
estresse, podendo evoluir para insônia ou ansiedade, como resposta do coração. Esta
reação varia de pessoa para pessoa.
É importante conhecer o seu estado de estresse, a fim de ter um parâmetro
para manter a condição de sua saúde como um todo.
Estresse e Doença
O corpo e o coração trabalham para se adaptar a qualquer tipo de ação do
estressor.
Logo após uma ação do estressor, a resistência torna-se baixa, recobrando
a sua força gradativamente. Contudo, se a pessoa se expõe ao estressor por longo
período, a fadiga torna-se maior, e se por ventura, surgir um novo estressor neste
momento, ocorrerá uma reação ao estresse muito maior.
Se o estresse for moderado, a reação será leve, mas se o estressor for
demasiadamente grande, ou, se as medidas para a sua resolução for tomada de uma
maneira incorreta, a reação ao estresse será intensa, podendo causar até alguma
doença.
Atualmente, há uma atenção voltada na relacão entre o estresse e a
imunidade, pois quando o indivíduo se expõe ao estresse, há uma queda na resistência
imunológica predispondo-o à contração de gripe ou pneumonia com maior facilidade. Mas
o inverso também acontece; a exposição ao estresse contínuo, provoca um aumento
demasiado da resistência imunológica, causando uma reação alérgica ou a Doença
Articular Reumatóide, que é uma doença que destrói os seus próprios tecidos. Além do
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que, o estresse pode causar ou piorar várias doenças como asma, doenças de pele,
alergia, todas relacionadas a uma ativação excessiva ou patológica do sistema
hipotálamo-hipósife-supra-renal, além de poder ser responsável por problemas digestivos,
coronários e vasculares, como a hipertensão.
O estresse e o trabalho
O estresse é hoje preocupação constante dos médicos, psicólogos,
profissionais de recursos humanos e especialistas em organização do trabalho do mundo
inteiro. Causado em grande parte pelo ritmo acelerado da vida moderna e pelos desafios
crescentes de um mundo atual cada vez mais hostil e competitivo. A medida que o mundo
dos negócios se torna mais complexo e sofisticado e as mudanças em todos os setores
da economia passam a ocorrer com freqüência e velocidade vertiginosas, maior é a
pressão a que são submetidos esses profissionais.
Os médicos do trabalho devem estar preparados para o reconhecimento das
relações Trabalho-Saúde- Doença, de modo a contribuírem para que o trabalho não
determine ou contribua para o adoecimento dos trabalhadores. Os processos atuais de
reestruturação produtiva alteraram o exercício da Medicina do Trabalho, a partir de
mudanças rápidas e radicais no “mundo do trabalho”. As inovações tecnológicas e novas
formas de organizar e gerenciar o trabalho repercutem, de forma importante e decisiva,
sobre as condições de vida e sobre a saúde dos trabalhadores, exigindo dos médicos do
trabalho, nos campos técnico e ético, uma preparação e empenhos especiais (ABRAHÃO,
2004).
O ambiente empresarial contemporâneo obedece à lógica da redução dos
custos. Utilizam-se novas tecnologias de produção e de informatização (redutoras da
força de trabalho), novas formas de organização (“reengenharia”) e novas estratégias de
gestão da força de trabalho, cultivando-se a competitividade e produtividade a qualquer
custo. O custo dessas mudanças, em sua quase totalidade, recai sobre os trabalhadores.
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Ele é expresso no desemprego; na terceirização radical; na intensificação do trabalho; nas
perdas salariais, de direitos coletivos e da saúde, sob constantes ameaças de perda do
emprego (DA SILVA, 2004).
A eficiência no mundo da globalização é medida pela capacidade de reduzir
postos de trabalho e de produzir mais com menor contingente de pessoal. As condições
de vida da classe que vive do trabalho estão precarizadas. Reduzem-se direitos
previdenciários e investimentos em políticas públicas de saúde ao trabalhador, tramam-se
“flexibilizações” da legislação trabalhista, com reflexos, inclusive, nas condições de
trabalho e na remuneração dos profissionais voltados para o atendimento desses
problemas. Nos locais de trabalho, os trabalhadores vêm assumindo novas
responsabilidades, geradoras de grande carga psíquica. Amplia-se o desgaste físico e
mental do trabalhador, assim como o número de afastamentos prematuros mesmo que,
em alguns setores, detectem-se melhorias nas condições de trabalho, com redução da
carga física, substituição de processos e uso de automação (DA SILVA, 2004).
De forma geral, no entanto, a carga psíquica e as exigências cognitivas das
tarefas geralmente estão aumentadas, aparecendo novas patologias, na maior parte das
vezes pouco reconhecidas como ocupacionais em sua origem.
O estresse relacionado ao trabalho é definido por Franças & Rodrigues
(1997) como aquelas situações em que a pessoa percebe o seu trabalho como
ameaçador às suas necessidades de realização pessoal e profissional e/ou sua saúde
física ou mental, prejudicando a interação desta com o trabalho e com seu ambiente, na
medida em que este contém demandas excessivas a ela, ou que ela não contém recursos
adequados para enfrentar tais situações.
Os fatores estressantes no cotidiano do trabalho podem ser classificados em
três categorias: físicos, emocionais e sociais. Os fatores físicos são os aspectos do
ambiente, as instalações da empresa que fazem com que o indivíduo se sinta cansado ou
ansioso em demasia. Qualquer dos itens a seguir, em quantidade exagerada, pode ser
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determinante de um grau indesejável de estresse: calor, frio, umidade, secura, barulho,
vibração, luz muito forte, proximidade de máquinas perigosas, entre outros. Todos esses
fatores podem ser controlados ou minimizados pelo administrador interessado no bem-
estar de seus empregados (BACCARO, 1991).
Os fatores sociais (o chefe, os colegas de trabalho, os fregueses ou clientes
e avaliação externa de atividades) e os emocionais (prazos, risco financeiro, expectativa
de fracasso, tarefas de alto risco, expectativa de desaprovação por um superior) são
muito complexos (BACCARO, 1991).
Um fator da vida empresarial que costuma agravar o problema do estresse é
a existência de normas sociais que proíbem a livre expressão de reações emocionais
negativas.
A presença constante de queixas e sintomas de estresse e o alto
absenteísmo são evidências de desgaste, resultante de regulações cognitivas, altas
exigências afetivas e psíquicas num ambiente sonoro desconfortável, utilizando-se de
mobiliário precário (BACCARO, 1991). Entretanto, não podemos nos prender nisso, pois
como foi apresentado o estresse também pode acontecer em ambientes adequados, pois
ele engloba muito mais que isso, como a pressão por resultados rápidos, por uma carreira
de suceso, por uma atualização constante e pela busca contínua de desafios a serem
enfretados.
As doenças geradas pelo trabalho em ambientes considerados “não-
insalubres” não costumam ser reconhecidas como ocupacionais em nossa realidade
previdenciária.
Percebe-se uma tendência à subestimação, por parte das empresas, dos
fatores de risco demonstrados na literatura científica.
No ambiente de trabalho, diversos fatores provocam o estresse no
empregado. É importante reconhecê-los e saber lidar com cada um deles, já que o
estresse, além de diminuir muito a produtividade e a eficiência, contribui para o
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aparecimento de doenças. Os fatores mais freqüentes são: ambigüidade na função,
conflitos na função, sobrecarga qualitativa no trabalho, sobrecarga quantitativa no
trabalho, más relações interpessoais, baixa participação no trabalho, progresso na
carreira, conflito com outras funções, insegurança da chefia, ordens confusas recebidas
dos superiores, descomissionamento de um superior, injúrias (BACCARO, 1991).
Um dos métodos mais promissores de que dispôem os trabalhadores para
reduzir o estresse e aumentar a produtividade é uma nova ciência chamada Engenharia
do Trabalho, onde a visão não parte mais da premissa de que os empregados são meras
extensões da máquina administrativa, tendo uma visão mais global e realista do processo
de intereação empregado-empresa.
Além disso, nos dias atuais existe a Saúde Ocupacional dentro das
empresas, que visa a saúde do trabalhador, entretanto muito mais numa visão do
empregador, ou seja, com objetivo principalmente de melhorar o ambiente de trabalho
para diminuir o absenteísmo e doenças em gerais. Mas, é necessário estar revendo e
colocando mais em prática a saúde do trabalhador, que também é uma nova ciência,
entretanto não tão conhecida, que possui como seu objeto de trabalho real o processo da
saúde e doença. Pois, vemos que os problemas de saúde no trabalho continuam a ser
observados quando há falta de sintonia entre os contextos de trabalho e as pessoas.
Segundo especialistas, as pessoas reagem de forma diferente às situações
geradoras de estresse, basicamente em função de sua estrututra de personalidade e de
sua história de vida. Algumas possuem uma capacidade maior de tolerar e conviver com
situações de pressão intensa, e acabam desenvolvendo ao longo do tempo mecanismos
eficazes para lidar com o estresse. Outros parecem se desestruturar completamente ao
menor sinal de uma dificuldade e fazem de suas vidas uma sucessão de crises mal
rsolvidas. O fato é que, em maior ou menor grau, todos sofrem de algum forma os efeitos
das situações de pressão a que somos submetidos no dia-a-dia.
Sendo assim, vemos a necessidade de um trabalho maior direcionado, até
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porque num ambiente de trabalho pode-se priorizar os espaços coletivos, ou seja, o
trabalho em grupo, pois assim os trabalhadores fazem suas trocas, diminuem suas
tensões, fortalecendo sua saúde mental, pois a pressão é distribuída. Além do que,
também faz com que os trabalhadores se apoiem em várias situações e acontecimentos,
fazendo com que diminua o impacto individual.
Prevenção e Tratamento
Devemos ter claro, que a nossa vida é uma tensão permanente. E esta
tensão em que vivemos faz parte integrante de nossa própria vida e do nosso dia-a-dia. É
impossível vivermos totalmente sem o estresse. Seria um não viver, e isso não seria bom.
Para este tipo de tensão diária, o nosso organismo dispõe de mecanismos
ultra-inteligentes de compensação e de defesa.
Já com o estresse é necessário prevenir ou então identificar as situações
estressoras e aprender a lidar da melhor maneira possível com elas.
Sendo assim, assim que perceber um agente estressor, tente resolvê-lo
antes que a reação a este estresse torne-se maior, ou seja, uma boa resolução é tentar
solucionar a situação positivamente. A partir disso, deve-se esforçar para tentar resolver o
problema, solucionar um problema por vez, procurar soluções conversando com outras
pessoas. Uma má resolução seria fugir do problema evitando pensar sobre o assunto e
então culpar as outras pessoas pelo seu problema, sobrecarregar-se sem dividir o
problema com outras pessoas, fugir para um comportamento não produtivo alcoolismo,
fumo, alimentação exagerada, jogos, agressão, enclausuramento (BACCARO, 1991).
Além disso, é necessário tentar dividir os seus problemas com outras
pessoas, não se sobrecarregando sozinho. Há ocasiões em que deparamos com um
grande estresse e não conseguimos solucionar sozinho. Quando temos várias pessoas
para solicitar algum conselho ou dividir um problema, torna-se mais fácil resolvê-lo
(BACCARO, 1991).
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Dependendo do problema, às vezes é melhor levar o assunto às entidades
especializadas. Ao perceber que você é incapaz de resolver o problema sozinho, tome
coragem e consulte um especialista.
Além disso, existem grupos de auto-ajuda, que apoiam entre si para tentar
resolver problemas da melhor forma possível. É um espaço de ajuda mútua, onde se tem
oportunidades de aprender novas soluções, e ao mesmo tempo, fornecer suas
experiências para o proveito dos demais participantes (BACCARO, 1991).
Outro aspecto que auxilia é aliviar a reação ao estresse aprendendo à
relaxar. São eles: 1) Relaxamento muscular progressivo (Relaxar os músculos
repentinamente); (2) Treinamento autogênico (Método de auto-hipnose); (3) Imagem -
Deixar gravado imagens de sua preferência: paisagem, lembrança, cheiro, cor e
reproduzí-las na sua mente com os olhos fechados, ouvindo silenciosamente; (4) Música -
Quando for relaxar, convém escutar uma música tranquila para potencializar o seu efeito.
Procure uma música do seu agrado; (5) Passeio silvestre - O verde, o cheiro das árvores,
o vento gostoso, a melodia dos riachos, o canto dos pássaros são ótimos relaxantes que
trabalham nos 5 órgãos dos sentidos, que são: visão,audição, olfato, paladar e tato; (6)
Banho de águas termas (ONSEN); (7) Aroma - Recentemente a aromaterapia está na
moda. As fragâncias com efeito sedativo relaxa o nervo simpático; (8) Chá - Quando se
toma um chá quente vagarosamente, necessita-se de uma repiração abdominal profunda
levando consequentemente ao relaxamento; (9) Meditação - O efeito sedativo também se
obtém com as práticas de meditação como ZEN, YOGA,KENDO.
Outras maneiras de minimizar ou resistir ao estresse seria: (1) Reajustar o
hábito diário pessoal (Reservar horas adequadas para o sono. (7- 8 horas); Não fumar;
Manter o peso corporal equilibrado; Não exceder na ingestão do álcool; Praticar esporte
pelo menos 1 vez por semana; Comer diáriamente a refeição da manhã; Não comer entre
as refeições); (2) Nutrição (As vitamina B1: (carne suína, grãos, arroz integral, gergelim),
vitamina C (frutas, legumes), cálcio (leite e peixes pequenos), são nutrientes que
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aumentam a resistência ao estresse; (3) Sono (É sempre bom dormir quando se está
cansado); (4) Esporte; (5) O falar e o ouvir (É importante desabafar as causas do seu
nervosismo; isso alivia as emoções e o seu coração fica mais leve, diminuindo
consequentemente o estresse. Saber ouvir as pessoas também é importante; (6) Rir e
chorar (Diz-se que, rir e chorar de acordo com os próprios sentimentos faz bem ao alívio
do estresse); (7) Cantar e dançar (Cantar e dançar alegremente, tem o mesmo efeito de
praticar esportes).
O tratamento do estresse pode ser através de: Psicoterapia; Relaxamento
(Ioga por ex.); Terapia medicamentosa a base de vitaminas e Amor – Religião.
Para o ambiente de trabalho são necessários alguns passos, tais como: 1)
Defina os objetivos do trabalho; 2) Defina as condições de trabalho; 3) Otimize o
equilíbrio, produtividade/satisfação; 4) Reesquematize o trabalho quando necessário; 5)
Não queria fazer tudo sozinho. Delegue poderes e atribua responsabilidades; 6) Planeje
seu dia. Reserve 30 minutos para refletir e colocar no papel todos os seus objetivos
diários e não desperdice o seu tempo parando no meio de uma tarefa iniciada; 7) Quando
for interrompido, mostre que você esta ocupado, vá direto ao assunto e saiba dizer não.
Assim que o interruptor sair da sala (ou desligar o telefone), volte imediatamente ao seu
trabalho; 8) Combine com as pessoas com quem trabalha diretamente horários regulares
para tratar de assuntos diversos. Mantenha uma pauta de pendências relativas e discuta
tudo de uma vez só e 9) Aligeire suas decisões. A indecisão é altamente estressante,
além de contribuir omissão em assuntos importantes. O tempo só agrava os problemas. É
melhor tomar uma decisão errada do que nenhuma.
É claro que sabemos que em função da maneira de como vivemos nos dias
de hoje e de como o mundo está é difícil seguir todos esses passos. Entretanto, são
apenas dicas para aliviar esta tensão que cada dia mais está incomodando a todos e
alternativas para tentar se viver melhor.
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CONCLUSÃO
Enfim, em todos os momentos da vida os seres humanos são submetidos a
diferentes graus de estresse. A vida é um processo de adaptação em muitas
circunstãncias, através de um constante inter-relacionamento físico e mental e suas
reações dependentes. Assim, o homem terá uma evolução variável de acordo com estas
circunstâncias.
Conclui-se que as atividades desenvolvidas pelos profissionais em seu
ambiente de trabalho contribuem para a presença de estresse, o que nos leva a refletir
sobre a importância de se desenvolver na instituição um serviço de saúde que possa
assistir esse trabalhador, para que não haja prejuízo de sua saúde física e mental, bem
como o comprometimento de sua produtividade.
A busca de um maior entendimento sobre as relações entre estresse e
trabalho é uma preocupação a nível social, econômico e mercadológico, pois um
trabalhador saudável e bem integrado ao seu trabalho terá mais chances de
desempenhar eficientemente o seu papel junto a organização. Além do que poderá esta
dimimuindo o absenteísmo, as licenças médicas e acidentes profissionais e também
auxiliará para um maior aumento da produtividade das organizações.
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