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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE CURSO DE ENGENHARIA MECÂNICA A IMPORTÂNCIA DA MUDANÇA DE PARADIGMAS NAS REVOLUÇÕES CIENTÍFICAS Anderson das Virgens Xavier Dyego Passos Albuquerque

Artigo Os Galácticos M2

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPECURSO DE ENGENHARIA MECNICA

A IMPORTNCIA DA MUDANA DE PARADIGMAS NAS REVOLUES CIENTFICAS

Anderson das Virgens XavierDyego Passos Albuquerque

So Cristvo - SE2013UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPECURSO DE ENGENHARIA MECNICA

A IMPORTNCIA DA MUDANA DE PARADIGMAS NAS REVOLUES CIENTFICAS

Anderson das Virgens XavierDyego Passos Albuquerque

Artigo apresentado como requisito parcial da segunda avaliao da disciplina metodologia e comunicao cientifica, ministrada pela Prof. Msc. Givaldo Almeida Dos Santos, no segundo semestre letivo de 2012.

So Cristvo - SE4

2013RESUMOEste artigo procura contribuir no estudo da histria das cincias e das ideias, reintegrando as revolues scio tecnolgicas e polticas do mundo contemporneo, no s no seu processo estrutural especfico como no contextual. Ele foi baseado no livro A Estrutura das Revolues Cientficas (Thomas Kuhn, 1962), que aborda uma anlise sobre a histria da cincia. A publicao do referido livro estabelece um marco na sociologia do conhecimento, popularizando os termos paradigma e mudana de paradigma. Quando os fatos concretos no conseguem mais se encaixar dentro dos paradigmas, acontecem as anomalias que vo forar a criao de novos paradigmas. Parte do conceito de que paradigmas so as realizaes cientficas universalmente conhecidas, que, durante algum tempo, fornecem problemas e solues modelares para uma comunidade praticante de uma cincia normal.PALAVRAS-CHAVE: Histria da cincia; paradigma; mudana de paradigma; anomalias; cincia normal.

ABSTRACTThis article seeks to contribute to the study of history of science and ideas, reintegrating socio-technological revolutions and politics of the contemporary world, not only in the process as the specific structural context. It was based on the book The Structure of Scientific Revolutions (Thomas Kuhn, 1962) which is an analysis of the history of science. The publication of refeido book marks a milestone in the sociology of knowledge, and popularized the terms paradigm shift paradigm. When the facts can no longer fit within the paradigms, anomalies occur that will force the creation of new paradigms. Part of the concept of paradigms that are universally known scientific achievements that for a time provide model problems and solutions to a community of practicing a normal science.KEYWORDS: History of science; paradigm; paradigm shift; anomalies; normal science.

INTRODUONo livro a estrutura das revolues cientficas Kuhn adota um enfoque da histria da cincia e da filosofia da cincia centrado em questes conceituais relacionadas aos tipos de ideias que so concebveis em determinado momento, aos tipos de estratgias e opes intelectuais disponveis s pessoas durante certo perodo, assim como a importncia de no atribuir modelos de pensamento modernos a autores histricos. A partir desta posio, argumenta que a evoluo da teoria cientfica no provm da mera acumulao de feitos, seno que de um grupo de circunstncias e possibilidades intelectuais sujeitas mudana. O trabalho desenvolvido por Kuhn foi um marco na sociologia do conhecimento, popularizando os termosparadigma e mudana de paradigma. neste trabalho que o termo paradigma torna-se mais popular e mais bem entendido pela comunidade. Ele assinala a importncia de fatores histricos e sociolgicos em um processo contnuo. Este processo desenvolvido pela passagem de um paradigma para outro.Kuhn o ponto de partida e o olho de vidro em destacar as principais questes fundamentais na epistemologia, que ainda um enigma. Segundo ele, em todo o desenvolvimento da cincia sempre tem duas fases, ou seja, a cincia normal e a cincia revolucionria. Em suma, a cincia normal uma teoria do conhecimento j estabelecido, enquanto a cincia revolucionaria um esforo crtico em questionar a teoria reestabelecida, porque essa teoria problemtica.Os conceitos que surgem a partir deste trabalho serviro a muitas comunidades, no s as cientficas, porque os princpios que estamos esclarecendo so formas de avanar em quase qualquer ordem de coisas, desde a soluo de problemas, que so as anomalias.

A ESTRUTURA DAS REVOLUES CIENTFICASIntroduoA comunidade cientfica no pode praticar seu comrcio sem algum conjunto de crenas recebidas. Essas crenas formam a fundao da iniciao educacional que prepara e licencia o aluno para o exerccio profissional. A natureza (rigorosa e rgida) da preparao e ajuda a garantir que as crenas recebidas sejam firmemente fixadas na mente do aluno. A cincia normal, muitas vezes suprime novidades que minam suas fundaes. Uma mudana de compromisso profissional para pressupostos compartilhados ocorre quando uma anomalia mina os bsicos princpios da prtica cientfica atual. Estas mudanas so o que Kuhn descreve como revolues cientficas, a tradio de destruir complementa a atividade presa tradio da cincia normal, novos pressupostos (paradigmas) exigem a reconstruo dos pressupostos anteriores e a reavaliao dos fatos anteriores. A Rota da Cincia NormalA cincia normal a investigao firmemente baseada sobre uma ou mais realizaes cientficas passadas, as conquistas que alguma determinada comunidade cientfica reconhece por um tempo, fornecem a base para sua posterior prtica. Essas conquistas devem ser suficientemente sem precedentes para atrair um grupo duradouro de partidrios longe de modos concorrentes da atividade cientfica e suficientemente em aberto para deixar todos os tipos de problemas para o grupo de praticantes redefinirem e resolverem. Essas conquistas podem ser chamadas paradigmas. Os alunos estudam esses paradigmas, a fim de se tornarem membros da comunidade cientfica afim de mais tarde irem prtica. Os homens que fazem pesquisa baseada em paradigmas compartilhados esto comprometidos com as mesmas regras e padres para a prtica cientfica. Um compartilhado compromisso com um paradigma garante que seus praticantes se envolvam nas observaes paradigmticas. Os paradigmas ajudaram as comunidades cientficas a limitar sua disciplina e ajudar o cientista a criar caminhos de investigao, formular perguntas, selecionar mtodos com os quais examinem perguntas, definam as reas de relevncia e estabeleam significado. A Natureza da Cincia NormalUm paradigma consiste de suposies bsicas e incontestveis sobre a natureza da disciplina. Quando eles aparecem pela primeira vez, os paradigmas so limitados em alcance e preciso. Inicialmente, um paradigma oferece a promessa de sucesso. A cincia normal consiste na atualizao dessa promessa. estendendo o conhecimento desses fatos que o paradigma se apresenta particularmente revelador, aumentando a extenso do jogo entre esses fatos e as predies do paradigma e articulao futura do paradigma. Quando as anomalias aparecem, elas geralmente so descartadas ou ignoradas. Anomalias no so geralmente notadas sem esforo, elas so feitas da inveno de uma nova teoria. Essas restries, nascidas da confiana de um paradigma, vm a ser essencial para o desenvolvimento da cincia. Ao focar a ateno em uma pequena gama de problemas relativamente esotricos, os cientistas utilizam paradigmas para investigar alguma parte da natureza em um detalhe e profundidade que de outra forma seria impensvel, e quando o paradigma deixa de funcionar corretamente, os cientistas comeam a se comportar de forma diferente, assim natureza de seus problemas sofreram alteraes.Cincia Normal Como Resoluo de Quebra-CabeasFazer uma pesquisa essencialmente como resolver um quebra-cabea. Uma caracterstica marcante de se fazer pesquisa que o objetivo descobrir o que conhecido com antecedncia. O fato de que a gama de resultados esperados pequena em comparao com os resultados possveis. Quando o resultado de um projeto de pesquisa no se enquadra nessa faixa de resultado esperado, geralmente considerado um fracasso. Ento, por que devemos fazer pesquisa. Ao adicionar resultados ao mbito e preciso com que um paradigma pode ser aplicado. A maneira de obter os resultados geralmente permanece muito em dvida. Para classificar como um quebra-cabea, um problema deve ser caracterizado e uma soluo segura ter que existir, mas ao mesmo tempo, as solues devem ser coerentes como os pressupostos paradigmticos. A Prioridade de ParadigmasOs paradigmas de uma comunidade cientfica madura podem ser determinados com relativa facilidade. As regras utilizadas por cientistas que compartilham um paradigma no so to facilmente determinadas. Algumas razes para isso so que os cientistas podem discordar sobre a interpretao de um paradigma. A existncia de um paradigma no implica necessariamente que qualquer conjunto exista regras. Alm disso, os cientistas muitas vezes so guiados por conhecimento tcito (conhecimento adquirido atravs da prtica e que no pode ser articulada de forma explcita). Alm disso, os atributos comuns a um paradigma nem sempre so facilmente evidentes. Paradigmas podem determinar a cincia normal sem a interveno de regras descobertos ou suposies compartilhadas. Em parte, isso porque ele muito difcil de descobrir as regras que orientam tradies particulares da cincia normal.Os cientistas nunca aprendem conceitos, leis e teorias em abstrato e por eles prprios. Eles geralmente aprendem estes atravs das suas aplicaes. A nova teoria ensinada em conjunto com sua aplicao a uma concreta gama de fenmenos.Anomalia e a Emergncia das Descobertas CientficasA mudana de paradigma surgiu atravs da descoberta da novidade do fato ou inveno e da novidade da teoria. Essa descoberta comea com a conscincia da anomalia, o reconhecimento de que a natureza violou as expectativas paradigmticas induzidas que governam a cincia normal. A mudana de paradigma foi concluda quando o paradigma foi ajustado de modo que a anomalia tornou-se o esperado. O resultado que o cientista capaz de ver a natureza de uma maneira diferente. Um paradigma inicial conta com bastante sucesso para a maioria das observaes e experincias facilmente acessveis aos praticantes da cincia. Os resultados da pesquisa na construo de equipamento elaborado, o desenvolvimento de um vocabulrio esotrico e compartilhado, o refinamento de conceitos que cada vez mais diminui a sua semelhana com o seu habitual senso comum. Esta profissionalizao leva restrio imensa da viso do cientista, a cincia rgida e a resistncia a alterar o paradigma. A anomalia aparece somente contra os fundos fornecidos pelo paradigma. Quanto mais preciso e de longo alcance for o paradigma, mais sensvel a deteco de uma anomalia.Crise e a Emergncia das Teorias CientficasA alterao de uma teoria atual que resulta na inveno de uma nova teoria tambm provocada pela conscincia da anomalia. O surgimento de uma nova teoria gerado pela persistente falha dos quebra-cabeas da cincia normal a serem resolvidos como deveriam. Essas falhas podem ser provocadas por discrepncias observadas entre a teoria e a realidade ou alteraes no clima social e cultural. Essas falhas so geralmente muito reconhecidas, por isso que as crises so raramente surpreendentes. Os filsofos da cincia tm demonstrado repetidamente que mais do que uma construo terica pode sempre ser colocada em cima de uma coleo de dados. Nos estgios iniciais de um paradigma, tais alternativas so facilmente inventadas. Uma vez que um paradigma est entrincheirado, as ferramentas do paradigma revelam-se teis para resolver os problemas do paradigma definido, algumas alternativas tericas so fortemente resistentes.A Resposta CriseA conscientizao e reconhecimento de que existe uma crise solta esteretipos tericos e fornece dados incrementais necessrios para uma mudana de paradigma fundamental. A cincia normal faz e deve continuamente empenhar-se em trazer a teoria e a realidade com mais acordo. O reconhecimento do resultado das anomalias so crises que tem uma pr-condio necessria no surgimento de novas teorias e mudana de paradigma. Crise a tenso essencial implcita na investigao cientfica. Em resposta a estas crises, os cientistas geralmente no renunciam o paradigma de que os levou crise. Em vez disso, eles concebem numerosas articulaes e modificaes da sua teoria, a fim de eliminar qualquer conflito aparente. Alguns, incapaz de tolerar a crise, deixam a profisso. Como regra geral, persistente a anomalia reconhecida no induz crise. A falha em alcanar a soluo esperada para um quebra-cabea s desacredita o cientista e no a teoria para provocar uma crise, uma anomalia normalmente deve ser mais do que apenas uma anomalia. Uma anomalia passou a ser vista como mais do que apenas outro quebra-cabea da cincia normal. Todas as crises comeam com a indefinio de um paradigma e o consequente afrouxamento das regras para a pesquisa normal.A Natureza e a Necessidade das Revolues CientficasA revoluo cientfica um episdio no cumulativo do desenvolvimento no qual um velho paradigma substitudo em todo ou em parte, por outro novo incompatvel. Uma revoluo cientfica que resulte em mudana de paradigma anloga a uma revoluo poltica. Revolues polticas comeam com um sentimento crescente de membros da comunidade que as instituies existentes deixaram adequadamente para enfrentar os problemas colocados por um ambiente que eles tm criado. A insatisfao com as instituies existentes geralmente restrita a um segmento da comunidade poltica. Revolues polticas visam mudar as instituies polticas de forma que essas instituies se probam. Como aprofundamento da crise, as pessoas comprometem-se a alguma proposta concreta para a reconstruo da sociedade em um novo quadro institucional. A assimilao de qualquer tipo de novo fenmeno ou uma nova teoria cientfica deve exigir a rejeio de um velho paradigma. Se no fosse assim, o desenvolvimento cientfico seria genuinamente cumulativo. A pesquisa normal cumulativa, mas no revoluo cientfica. Novos paradigmas surgem com as mudanas destrutivas das crenas sobre a natureza.Revolues Como Mudanas de Viso de MundoDurante as revolues cientficas, os cientistas viam coisas novas e diferentes quando olham com instrumentos familiares os lugares que tinham olhado antes. Os objetos familiares eram vistos sob uma luz diferente junto a outras bem desconhecidas. Os cientistas viam coisas novas quando olham para objetos antigos. Num certo sentido, depois de uma revoluo, os cientistas esto respondendo a um mundo diferente. Cada cientista possui sua interpretao de viso, por isso existe a mudana de viso. As prprias vises quase sempre so diferentes. As observaes so realizadas dentro de um quadro paradigmtico, por isso a empresa interpretativa s pode articular um paradigma e no corrigi-lo.A Invisibilidade das RevoluesA imagem da atividade cientfica criativa em grande parte criada por livros didticos de um campo. Livros didticos so os veculos pedaggicos para a perpetuao da cincia normal. Estes textos se tornam a fonte oficial da histria da cincia. Tanto que o leigo conhecimento do profissional da cincia baseado em livros didticos. Textos de um campo devem ser reescritos no rescaldo de uma revoluo cientfica. Uma vez reescritos, eles inevitavelmente disfarar no s o papel, mas a existncia e o significado das revolues que os produziram.A reconstruo histrica dos paradigmas anteriores e tericos em livros cientficos faz a histria da cincia, parecer linear ou cumulativa, uma tendncia que afeta at mesmo os cientistas, olhar e avaliar sua prpria pesquisa. Esses equvocos tornam-se revolues invisveis. Os livros didticos apresentam a viso imprecisa de que a cincia atingiu seu estado atual por uma srie de descobertas e invenes que, quando reunidas, constituem o corpo moderno do conhecimento tcnico. Uma apresentao de livro ilustra o padro de erros histricos que engana os estudantes e leigos sobre a natureza do empreendimento cientfico.A Resoluo das RevoluesAs revolues cientficas acontecem quando um paradigma desloca outro paradigma aps um perodo de testes que ocorre somente aps a falha persistente para resolver um enigma digno de nota, originando-se assim a crise. Este processo anlogo seleo natural em que uma teoria torna-se o mais vivel entre as alternativas reais em uma situao histrica particular.Para o paradigma destinado a vencer, o nmero e a fora dos argumentos persuasivos em seu favor aumentam. Como mais e mais cientistas convertidos aumenta a explorao. O nmero de experimentos, instrumentos, artigos e livros baseados no paradigma vo se multiplicar.Mais cientistas, convencidos da fecundidade a viso do novo, vai adaptar o novo modo de praticar a cincia normal, at que apenas um idoso permanea. E no podemos dizer que eles so (ou eram) errados. Talvez o cientista que continua a resistir depois de toda a profisso, deixa de ser um cientista.Progresso Atravs de RevoluesO homem que argumenta que a filosofia no fez qualquer progresso enfatiza que ainda no so aristotlicos, no que o aristotelismo no conseguiu progredir. apenas durante o perodo da cincia normal que o progresso parece bvio e confiante. A ausncia de paradigmas concorrentes que questionam cada um dos outros objetivos e padres faz com que o progresso normal de uma comunidade cientfica seja muito mais fcil de ser vista. A aceitao de um paradigma libera a comunidade a reexaminar seus primeiros princpios e premissas fundamentais.Ao contrrio de outras disciplinas, o cientista no precisa selecionar problemas, porque eles precisam urgentemente da soluo e sem levar em conta as ferramentas disponveis para resolv-las. Os cientistas sociais tendem a defender a sua escolha de um problema de pesquisa, principalmente em termos de importncia social de obteno de uma soluo. O processo de desenvolvimento descrito por Kuhn um processo de evoluo a partir de comeos primitivos. um processo cujas fases sucessivas so caracterizadas por uma compreenso cada vez mais detalhada e refinada da natureza. Este no um processo de evoluo para nada.

CONSIDERAES FINAISDiante do exposto, enquanto houver problemas cujas solues encaixam-se no que prev o paradigma, a cincia normal funciona adequadamente. Entretanto, quando comeam a aparecer problemas que divergem totalmente das expectativas esperadas, o paradigma original comea a enfraquecer e uma nova concepo de mundo comea suceder antiga compreenso da cincia normal. Comea a partir de ento o segundo estgio de uma cincia, denominado cincia extraordinria. Essa cincia est na fronteira entre dois paradigmas, onde modificara todas as regras do antigo paradigma e introduzir um novo modelo. As regras e mtodos do antigo paradigma so dispensados, pois no permitem a resoluo dos problemas apresentados. Chamada tambm de cincia revolucionria, define a mudana de paradigmas como um processo descontnuo. Portanto, a cincia normal a praticada no interior de um paradigma e cincia extraordinria a praticada na faixa de transio de dois paradigmas.Portanto, esses paradigmas ou modelos cientficos so incomensurveis, ou seja, incomparveis. Isso quer dizer que, tomando dois exemplos de explicao das rbitas planetrias, impossvel comparar e dizer que modelo est certo ou errado, ou qual mais plausvel do que o outro: a teoria de Newton ou a de Ptolomeu. O conceito de verdade cientfica relativiza-se ao paradigma cientfico em causa. Outro argumento de Kuhn para a incomensurabilidade dos paradigmas o de que se a realidade da pesquisa cientfica determinada pelos paradigmas, ento cada teoria cientfica descrever uma realidade diferente. E, portanto, toda disputa cientfica ser absurda j que o que se disputa so duas realidades distintas. Logo, cada paradigma descreve sua realidade e incomensurvel com qualquer outro.A escolha entre paradigmas ou teorias cientficas consiste, de acordo com Kuhn, em disputas retricas. A disputa entre dois paradigmas nada tem a ver com experimentos, anlises metodolgicas ou dedues, mas sim com o quo hbil forem os cientistas para estabelecerem suas regras, seus modelos, suas questes e sua cincia normal. Isto quer dizer que o fato de o modelo heliocntrico do sistema solar ser considerado uma teoria verdadeira consequncia somente da habilidade de persuaso de seus defensores e no de uma determinao da argumentao racional nem de experincias acumuladas.A cincia no progride, ela se modifica de acordo com a teoria escolhida. O objetivo chegar cincia normal. No podemos comprovar se uma teoria verdadeira, elas so apenas diferentes. Uma teoria se torna obsoleta quando a nova crena se ope teoria vigente ou quando uma nova aparece.

REFERNCIAS

Kuhn, Thomas Samuel. A estrutura das revolues cientficas. Traduo de Beatriz Vianna Boeira e Nelson Boeira. 3 ed. So Paulo: Editora Perspectiva, 1992. 257 p.MATHEUS, Renato Fabiano. A Estrutura das Revolues Cientficas: resumo crtico detalhado. Disponvel em: http://www.rfmatheus.com.br/doc/revolucaocientificav2.3.pdf. Acesso em: 13 fev. 2013. PESQUISA, a Estrutura das Revolues Cientficas. Disponvel em: http://pt.wikipedia.org/wiki/Estrutura_das_Revolu%C3%A7%C3%B5es_Cient%C3%ADficas. Acesso em: 12 fev. 2013.