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A busca pela nossa identidade

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A busca pela nossa identidade

Ao analisar o artigo “Redes Sociais e Autoconhecimento” de Gloria Arieira, nos deparamos com um assusto muito atual, que acontece com todos que passam pela transição de achar sua personalidade, ou seja, na busca do seu eu interior, e acabam procurando em todos os lugares. Como as redes sociais, e até mesmo a própria internet pode colaborar ou atrapalhar essa busca, é algo totalmente questionável e intrigante.

Há uma necessidade de buscar essa identidade, buscamos a nossa identidade através das culturas e hábitos que temos diante de nossa família, pois somos criados com ela e a busca de novas culturas e aprendizados, através de amigos e até mesmo com a ajuda das próprias redes sociais. Na busca da nossa identidade acabamos nos distanciando dos nossos pais e familiares e buscamos em amigos, colegas de trabalhos e outros, para suprir a nossa necessidade e até mesmo as vezes agressivamente a vontade de nos conhecer.

Para nos conhecer, vamos em busca de aventuras, de experiências, a busca do desconhecido, que é tão excitante e prazeroso. Nessa busca, a internet e as redes sociais ganham espaço e um grande papel. A internet nos possibilita pesquisar, e conhecer novos “mundos”, a internet nos dá oportunidade de se expressar e é o mais novo instrumento para isto, nos possibilita conectar com qualquer pessoa do mundo e trocar ideias, opiniões e informações sobre qualquer assunto.

A internet nos mostra um mundo de possibilidades, podemos criar nossas páginas e como queremos ser vistos pelo mundo, podemos multiplicar nossos amigos, podemos postar nossas ideias e temos a opção de “curtir” as ideias de outros. Podemos dizer o que fazemos ou o que gostaríamos de dizes, as redes como Orkut, Facebook e Twitter, nos deixam expressar nossas individualidades e observar a vida e os desejos de outras pessoas.

As redes sócias tem como papel, nos deixar apresentar o nosso eu e até mesmo pesquisar para nos descobrimos, podemos “curtir” páginas que achamos interessantes e que concordamos, ou seja, que vão de acordo com nossas crenças. Há uma rapidez nas trocas de informações que podem gerar novas ideias. Essas redes nos permitem crescer e descobrir coisas jamais esperadas. Na nossa busca pelo nosso próprio conhecimento, qualquer instrumento é de muita ajuda e valor, pois precisamos saber nossas opções e culturas que não estão ao nosso redor para nos completar.

Apesar da internet e as redes sociais nos possibilitarem novos conhecimentos, temos que nos lembrar que a internet pode ser algo vicioso, e que podemos criar falsas identidades e as vezes achamos que estamos nos relacionando com alguém de um determinado perfil, porém é um perfil falso.

A internet nos permite nos mostrar, porém ela também permite que nos escondemos através de algo que achamos perfeito e que desejamos mas não faz parte do nosso mundo real, e acabamos nos perdendo nesse mundo virtual que pode estar cheio de mentiras e falsidades.

As relações entre pessoas também estão se tornando mais frias e com menos emoção devido a falta do encontro, o chat, um messenger, tomaram o lugar da conversa íntima e corpo a corpo, repleta de emoções para uma virtual de emoções criadas e “trabalhadas” para o que queremos que seja perfeito.

Apesar das redes sociais nos permitirem muitos amigos, as vezes esses amigos nós não temo o mínimo de intimidade, muitas vezes nem cumprimentamos na rua esses amigos que temos no mundo virtual, mas “curtimos” suas postagens e ideias, será que isso é algo bom, ou estamos apenas nos afastando do nosso mundo real e indo para o mundo virtual que consideramos mais importante, ou até mesmo o mundinho perfeito que gostaríamos de viver mas não vivemos!? Algo totalmente questionável, mas pouco percebido no nosso cotidiano.

Nessas relações virtuais não há o comprometimento e a necessidade de ser sincero, são conversas superficiais que não trazem muito conhecimento para o nosso eu, são apenas momentâneas, não são momentos para sempre, são vidas de segundos, pois a casa segundo na internet algo muda ou um novo assunto é abordado, deixando assim algo as vezes ate incompleto ou não entendido pela quantidade de informações geradas em tão pouco tempo.

Com essa opção de se esconder na internet, as pessoas podem ficar alienadas da sociedade, e às vezes até mesmo egoístas, pois criam esse mundo que os consideram perfeitos e não querem e não se interessam pelo mundo real que são obrigados a ceder aos desejos e necessidades dos outros. Esses confrontos colaboram com a criação de nossas identidades, e nos ensinam a nos defender do mundo, pois esses confrontos nos ajudam a crescer até mesmo espiritualmente.

Apesar de tudo, a internet permite que saibamos que temos algo em comum com outra pessoa do mundo, as comunidades nas redes sociais, possibilitam a troca de informações de um assunto real, e em muitas comunidades as pessoas marcam encontros e ajuda grandes causas, como caridades, doações para pessoas que precisam, como por exemplo o Ceso, o Greenpeace e outros.

Assim as pessoas não se entregam na alienação, pois a alienação acontece quando a pessoa se sente sozinha no mundo, sem ninguém que possa compartilhar suas ideias e desejos, mas essas comunidades fazem com que as pessoas possam conversar, como outros e não ficam apenas no seu mundo criado por você, mas sim discutindo e trocando informações sobre algo que está acontecendo no mundo real e tentando criar soluções, ou seja, fazendo sua parte para ajudar o mundo.

É necessário sempre um equilíbrio nas coisas, a internet é ótima nos ajuda a construir nossas identidades, aproveitar o que ela oferece, mas sem exagerar, encontrar um dosagem equilibrada para vida. É importante sempre dosas as coisas, para não haver o vício e a dependência, aprender a separar a vida virtual com a vida real.

Deve-se sempre buscar emoções reais, e ter o confronto com o outro para que possamos discutir e argumentar nossas opiniões e saber a opinião das outras pessoas, pois assim são construídas as culturas e a vida, de experiências e conhecimento.