4
Art. 1.113 - Nos casos expressos em lei e sempre que os bens depositados judicialmente forem de fácil deterioração, estiverem avariados ou exigirem grandes despesas para a sua guarda, o juiz, de ofício ou a requerimento do depositário ou de qualquer das partes, mandará aliená-los em leilão. Alienação judicial - É um incidente processual que, justifica-se no caso de deterioração do bem, avaria ou alto custo para mantê-lo conservado. § 1º - Poderá o juiz autori zar, da mesma forma, a alienação de semoventes e outros bens de guarda dispendiosa; mas não o fará se alguma das partes se obrigar a satisfazer ou garantir as despesas de conservação. Alienação de semoventes e bens de guarda custosa - Nos casos de bens semoventes ou bens que exigem uma guarda mais custosa, também poderá ocorrer a alienação, exceto no caso de uma das partes se responsabilizar pelas despesas de conservação do bem. § 2º - Quando uma das partes requerer a alienação judicial, o juiz ouvirá sempre a outra antes de decidir. Procedimento - Quando uma das partes requer a alienação judicial, o juiz irá mandar que a outra parte seja ouvida, dando-lhe direito ao contraditório, após deferirá ou não o pedido. § 3º - Far-se-á a alien ação independentemente de leilão, se todos os interessados forem capazes e nisso convierem expressamente. Desnecessidade de leilão - Para fazer a alienação não há a necessidade de se fazer o leilão, basta apenas que todos os interessados sejam capazes e estejam de acordo com a alienação. Art. 1.114 - Os bens serão avaliados por um perito nomeado pelo juiz quando: I - não o hajam sido anteriormente;

Artigos Alienações Judiciais

  • Upload
    alvaro

  • View
    1

  • Download
    0

Embed Size (px)

DESCRIPTION

trabalho, analise artigos

Citation preview

Art. 1.113- Nos casos expressos em lei e sempre que os bens depositados judicialmente forem de fcil deteriorao, estiverem avariados ou exigirem grandes despesas para a sua guarda, o juiz, de ofcio ou a requerimento do depositrio ou de qualquer das partes, mandar alien-los em leilo.Alienao judicial - um incidente processual que, justifica-se no caso de deteriorao do bem, avaria ou alto custo para mant-lo conservado. 1- Poder o juiz autorizar, da mesma forma, a alienao de semoventes e outros bens de guarda dispendiosa; mas no o far se alguma das partes se obrigar a satisfazer ou garantir as despesas de conservao.

Alienao de semoventes e bens de guarda custosa - Nos casos de bens semoventes ou bens que exigem uma guarda mais custosa, tambm poder ocorrer a alienao, exceto no caso de uma das partes se responsabilizar pelas despesas de conservao do bem.

2- Quando uma das partes requerer a alienao judicial, o juiz ouvir sempre a outra antes de decidir.

Procedimento - Quando uma das partes requer a alienao judicial, o juiz ir mandar que a outra parte seja ouvida, dando-lhe direito ao contraditrio, aps deferir ou no o pedido.

3- Far-se- a alienao independentemente de leilo, se todos os interessados forem capazes e nisso convierem expressamente.

Desnecessidade de leilo - Para fazer a alienao no h a necessidade de se fazer o leilo, basta apenas que todos os interessados sejam capazes e estejam de acordo com a alienao.

Art. 1.114- Os bens sero avaliados por um perito nomeado pelo juiz quando:

I- no o hajam sido anteriormente;

Caso o bem ainda no tenha sido avaliado, o juiz ir designar sua avaliao.

II- tenham sofrido alterao em seu valor.

Caso o bem tenha sido avaliado, mas tenha sofrido alterao em seu valor de mercado, ser designada nova avaliao.

Art. 1.115- A alienao ser feita pelo maior lano oferecido, ainda que seja inferior ao valor da avaliao.

Valor da alienao - Diferente dos casos de hasta pblica, na alienao no necessrio que o bem seja levado a hasta por duas vezes. O bem poder ser alienado por valor inferior ao da avaliao, desde que no seja por preo vil.

Art. 1.116- Efetuada a alienao e deduzidas as despesas, depositar-se- o preo, ficando nele sub-rogados os nus ou responsabilidades a que estiverem sujeitos os bens.

Depsito de valores - Os valores que forem arrecadados com a alienao judicial, tero as despesas deduzidas, sendo do valor depositado. Sobre o valor depositado pesar o valor do nus do bem alienado.

Pargrafo nico- No sendo caso de se levantar o depsito antes de 30 (trinta) dias, inclusive na ao ou na execuo, o juiz determinar a aplicao do produto da alienao ou do depsito, em obrigaes ou ttulos da dvida pblica da Unio ou dos Estados.

Durao do depsito - No caso do valor ficar depositado por mais de 30 dias, ser aplicado em obrigaes da dvida pblica da Unio ou dos estados, para que no haja perda do poder de compra do valor.

Art. 1.117- Tambm sero alienados em leilo, procedendo-se como nos artigos antecedentes:

Outras hipteses de alienao judicial - Este artigo traz outras hipteses de alienao judicial.

I- o imvel que, na partilha, no couber no quinho de um s herdeiro ou no admitir diviso cmoda, salvo se adjudicando a um ou mais herdeiros acordes;

Imvel de partilha que no fique com apenas um herdeiro e no seja divisvel - neste caso, se no houver a adjudicao por um dos herdeiros e no houver concordncia quanto a sua administrao, ser alienado nos termos dos artigos referentes a alienao judicial.

II- a coisa comum indivisvel ou que, pela diviso, se tornar imprpria ao seu destino, verificada previamente a existncia de desacordo quanto adjudicao a um dos condminos;

coisa indivisvel que seja objeto de condomnio caso os condminos no convirjam em relao administrao do bem e no haja interesse de um dos condminos na adjudicao do bem, ser tambm caso de alienao judicial

III- os bens mveis e imveis de rfos nos casos em que a lei o permite e mediante autorizao do juiz.

bens mveis ou imveis de rfos, quando a lei assim determinar.

Art. 1.118- Na alienao judicial de coisa comum, ser preferido:I- em condies iguais, o condmino ao estranho;II- entre os condminos, o que tiver benfeitorias de maior valor;III- o condmino proprietrio de quinho maior, se no houver benfeitorias.

Ordem de preferncia - H preferncia na aquisio do bem em condomnio, sendo: primeiramente preferir-se- o condmino ao estranho; se houver mais de um condmino interessado, ter preferncia aquele que tiver benfeitorias em seu quinho de maior valor; e por fim, caso no haja benfeitorias, ao condmino com o maior quinho.

Art. 1.119- Verificada a alienao de coisa comum sem observncia das preferncias legais, o condmino prejudicado poder requerer, antes da assinatura da carta, o depsito do preo e adjudicao da coisa.

No observncia das regras doart. 1118.Caso no se tenha observado as regras do artigo antecedente, poder o condmino que tinha direito adjudicao de forma preferencial impugnar a alienao ou adjudicao do bem, desde que antes da assinatura da carta de alienao/adjudicao e depositando o valor da adjudicao.

Pargrafo nico- Sero citados o adquirente e os demais condminos para dizerem de seu direito, observando-se, quanto ao procedimento, o disposto no Art. 803.

Contraditrio -Ser aberta oportunidade para que os interessados (demais condminos e adquirente), sendo que se no houver manifestao sero aceitos os fatos alegados pelo condmino prejudicado como verdadeiros, passando este a adjudicar o bem.