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Artistas e Movimentos após a Semana de 22 Surgem novos grupos de artistas: - valorização da cultura brasileira (não adeptos dos princípios acadêmicos): - Preocupavam-se com aspectos técnicos de com se elaborar uma obra de arte. - Cândido Portinari / Guinard / Ismael Nery / Cícero Dias / Bruno Giorgi.

Artistas e Movimentos após a Semana de 22

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Artistas e Movimentos após a Semana de 22

• Surgem novos grupos de artistas: - valorização da cultura brasileira (não adeptos dos princípios acadêmicos):

- Preocupavam-se com aspectos técnicos de com se elaborar uma obra de arte.

- Cândido Portinari / Guinard / Ismael Nery / Cícero Dias / Bruno Giorgi.

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PORTINARI (Brodósqui)

• MARCAS

- corpos humanos sugerindo movimento

- pés enormes (relação com a terra)

- tons avermelhados

• TEMAS

- Retirantes nordestinos / cangaceiros

- Infância em Brodósqui

- Históricos

• “Café” (prêmio na EuropaCafé*Imagem cedida pelo Projeto Portinari

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Portinari

Mestiço

Retirantes

Colona

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GUIGNARD

• Sua produção compreende paisagens, retratos, pinturas de gênero e de temática religiosa.

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Ismael Nery (Belém PA 1900 - Rio de Janeiro RJ 1934).

• Ismael Nery aplica à sua produção os princípios do Essencialismo, sistema filosófico que ele mesmo cria (diz respeito às concepções do artista sobre a abstração do tempo e do espaço).

• Em 1927, novamente na França, conhece Marc Chagall (1887 - 1985), André Breton (1896 - 1966) e Marcel Noll.

• A volta ao Brasil marca a fase surrealista de sua obra, a princípio por influência de Chagall.

• Em 1930, contrai tuberculose. Enfermo, seus trabalhos passam a revelar seu drama pessoal e a fragilidade do corpo. Falece aos 33 anos.

• Em 1948, uma série de artigos de Murilo Mendes publicados nos jornais O Estado de S. Paulo e Letras e Artes busca resgatar a obra plástica, literária e filosófica do artista.

• Esquecido, Ismael Nery, passa a ser valorizado em meados dos anos 1960 com exposições realizadas em São Paulo e no Rio de Janeiro.

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Bruno Giorgi(1905-93)

• Escultor, pintor, desenhista e gravador. Foi aluno do grande mestre Aristide Maillol um dos maiores representantes da escultura francesa do início do século XX.

• Sob a influência de Maillol sua carreira atravessou várias fases, desde as de maior predomínio naturalista até os volumes abstratos.

• Embora preferisse para seus trabalhos abstracionistas o mármore de Carrara, a partir de 1975 Giorgi voltou à figura humana do início da sua carreira, esculpindo-as com os torsos mutilados, freqüentemente trabalhados no mármore rosa de Estremoz, norte de Portugal, em cujas cercanias instalou um ateliê.

• Assinava BG e Bruno Giorgi.

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Entre SP e RJ

• Em 1939 voltou ao Brasil. Instalou-se em São Paulo, ligou-se ao movimento modernista e depois se mudou para o Rio de Janeiro. Data dessa época sua primeira escultura ao ar livre, o "Monumento à juventude", instalado no jardim do edifício do Ministério da Educação, hoje palácio Gustavo Capanema, no Rio de Janeiro.

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O ESTILO de Bruno Giorgi

• O estilo de Bruno Giorgi foi subdividido em três fases que compreendem sua produção nas décadas que vão de 1940 a 1950.

- A primeira fase teve bastante influência acadêmica com vários retratos, bustos e corpos femininos, ora gordos e opulentos, ora alongados e líricos. Esta fase é conhecida como figurativa.

- Na segunda fase, chamada vegetativa, Bruno Giorgi mantém a utilização de figuras com hastes e preocupa-se com o dinamismo das obras.

- Na terceira fase, mais conhecida, chamada tectônica, as esculturas assumem um significado mais abstrato e um caráter mais arquitetônico.

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Década de 40

• Postura dos nus.• Temas inspirados na

Antiguidade clássica.

Carvão s/ papel Medida: 42x29 cm

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Torso

feminino

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• Bruno Giorgi cria obras que valorizam o ritmo, o movimento, os vazios, as linhas curvas e as formas angulares.

• De volta ao Rio de Janeiro, aderiu ao uso de bronze, trabalhado pelo método da cera perdida, que lhe permitiu criar figuras delgadas e verticais, com menos massa e mais vazios. Em 1959 fundiu em bronze "Guerreiros", para a Praça dos Três Poderes, em Brasília.

Década de 50

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Década

de

60

• Por volta de 1965, passou do figurativismo às formas geométricas e a trabalhar em mármore branco de Carrara. A peça mais importante dessa fase é "Meteoro“.

“Meteoro” (1967) (Ministério das Relações Exteriores – Brasília)

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Meteoro, Bruno Giorgi

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CÍCERO DIAS (pernambucano)

• Surrealismo / Abstracionismo (após a 2ª guerra mundial)

• MARCAS

- usa com freqüência o azul e o vermelho.

- Tratamento surrealista às cenas da vida nordestina.

Mulher nadando (1930)

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BRUNO GIORGI

• Década de 50

- obras que valorizam o ritmo, o movimento, os vazios, as linhas curvas e as formas angulares.

- Final – Bronze: figuras delgadas.

• “Os guerreiros”

(Praça dos Três Poderes – Brasília)

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BRUNO GIORGI • Década de 60

- formas geométricas substituem as figuras.

- mármore carrara substitui o bronze.

• “Meteoro” (1967)

(Ministério das Relações Exteriores – Brasília)

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NÚCLEO BERNARDELLI (1931 – RJ)

• Fundado em 12 de junho de 1931 por um conjunto de pintores comprometidos com a oposição ao modelo de ensino da Escola Nacional de Belas Artes - Enba, o Núcleo Bernadelli possui como metas centrais a formação, o aprimoramento técnico e a profissionalização artísticos.

• Renovadores / representou um aspecto menos radical do Modernismo.

• Artistas: Ado Malagoli / José Pancetti / Milton Dacosta.

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JOSÉ PANCETTI (Campinas)

• Característica marcante: a LUMINOSIDADE.

• Temas: paisagens urbanas e marinhas, retratos.

• Sua última fase (década de 50)

- Paisagem de Itapuã/Bahia, Musa da Paz.

Mangaratiba, 1946

S/ títuo

São João Del Rei, 1945

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• Sua obra é composta por paisagens, retratos, auto-retratos, naturezas-mortas e marinhas. As marinhas são as pinturas mais conhecidas. Inicialmente elaboradas de forma analítica, em pinceladas lisas e batidas e organizadas em planos geométricos, sem ondas e sem vento, tornam-se, com o tempo, mais limpas e, por fim, beiram a abstração, reduzidas à areia, à luz e ao mar.

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O GRUPO SANTA HELENA(DECADA DE 30 – SP)

• Exercitavam atividades diversas na cidade de SP: pintores de paredes, açougueiro, ex-ferroviário e ex-ferreiro.

• Artistas: Francisco REBOLO / Alfredo VOLPI / Clóvis Graciano.

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Francisco Rebolo Gonzales

• Temas preferidos:

- retratos

- paisagens que retratam os bairros de SP (o homem e sua cidade).

• Tecnicamente: um “mestre do meio tom” (matizamento do colorido).

Retrato de Osório César, 1938óleo s/compensado de papelão, 51x41 cmass. c.i.d

Paisagem, 1936óleo s/compensado de papelão, 29x39,5 cmass. c.i.d.

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Alfredo Volpi (origem italiana)

• Faz pesquisas com a cor (no seu domínio).

• Primeiros quadros: paisagens / interiores e figuras humanas – um naturalismo associado a técnicas impressionistas.

• A partir de 50 – fachadas de casarios, os mastros, as bandeiras e as fitas (temas sem tratamento naturalistas, pois valoriza os efeitos cromáticos).

- retratos

- paisagens que retratam os bairros de SP (o homem e sua cidade).- Tecnicamente: um “mestre do meio tom” (matizamento do colorido).

O Pintor Agradecido24 x 26 cmóleo sobre cartãoAno: 1950

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ARTISTAS PRIMITIVOS DO BRASIL

• Valorizados após o Movimento modernista.• Trabalham com a combinação de elementos da

tradição popular e os combina plasticamente (intenção poética).

• Geralmente são AUTODIDATAS.

• Artistas: Cardosinho / Heitor dos Prazeres / Djanira / Mestre Vitalino.

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Heitor dos Prazeres

• Tema preferido:

- figura humana – rostos de perfil com forte sugestão de movimento.

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Mestre Vitalino

• Temas:

- retirantes, cangaceiros, vaqueiros da região sertaneja de Pernambuco.

- Esculturas - em grupo e pintadas.

- A partir de 53 – figuras simples de fisionomias simples, isoladas, na cor própria do barro.