Arvore Da Vida Regardie

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  • 8/13/2019 Arvore Da Vida Regardie

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    A Arvore da Vida - Israel Regardie

    A RVORE DA VIDAUM ESTUDO SOBRE MAGIA

    ISRAEL REGARDIE

    Dedicado com pungente memria do que poderia ter sidoa MARSYAS

    Deves compreender, portanto, que esse o primeiro caminho para a felicidade,concedendo s almas uma plenitude intelectual de unio divina! "as a d#diva sacerdotale te$rgica de felicidade chamada, realmente, de portal para o Demiurgo dastotalidades, ou a sede, ou o pal#cio, do %em! &m primeiro lugar, outrossim, possui umpoder de purifica'o da alma! ! ! posteriormente provoca uma coapta'o do poder dara(o com a participa'o e viso do %em e uma li%era'o de toda coisa de nature(aoposta, e em $ltimo lugar produ( uma unio com os deuses, que so os doadores de todo%em)

    JMBLICO

    INTRODUOEm virtude da bastante difundida ignorncia a respeito da soberana natureza da

    Teurgia Divina e a despeito de freqentes referncias quase em toda parte ao assuntomagia permitiu!se que ao "ongo dos s#cu"os se desenvo"vesse uma tota" incompreens$o%S$o poucos &o'e os que parecem ter sequer a mais vaga id#ia do que constituiu o e"evadoob'etivo de um sistema considerado pe"os s(bios da Antigidadea Arte Rea" e a A"taMagia% E por ter e)istido quantitativamente ainda menos pessoas preparadas para

    defender at# o fim a fi"osofia da magia e disseminar seus verdadeiros princ*pios entreaque"es 'u"gados dignos de receb!"os o campo de bata"&a tomado pe"as reputa+,esdestro+adas de seus Magos foi cedido aos c&ar"at$es% Esses ai de ns fizeram bom uso desua oportunidade de esbu"&o indiscriminadamente a ta" ponto que a pr-pria pa"avra magiase tornou agora sin.nimo de tudo que # desprez*ve" sendo concebida como a"gorepu"sivo%

    Durante muitos s#cu"os na Europa autorizou!se esse incorreto estado de coisasque se manteve at# em torno de meados do s#cu"o passado quando /"ip&as 0#vi umescritor dotado de certa faci"idade de e)press$o e ta"ento para a s*ntese e a e)posi+$o seempen&ou em devo"ver 1 magia sua antiga reputa+$o grandiosa% At# que ponto teriamseus esfor+os obtido )ito ou n$o caso n$o tivessem sido sucedidos e estimu"ados pe"oadvento do movimento teos-fico em 2345 em associa+$o com a discuss$o aberta doocu"to e de temas m*sticos que a partir de ent$o se seguiram # e)tremamente dif*ci" dizer%E mesmo assim n$o foram coroados de muito )ito pois apesar de quase oitenta "ongosanos de aten+$o e discuss$o aberta da fi"osofia e pr(tica esot#ricas em v(rios de seusramos n$o # poss*ve" descobrir no 6at("ogo da Sa"a de 0eitura do Museu britnico uma$nica o%ra de magia que tente apresentar uma e)egese "7cida c"ara e precisadesembara+ada do emprego e)agerado de s*mbo"os e figuras de "inguagem% 8itenta anosde estudo do ocu"to e nem sequer uma obra s#ria sobre magia9

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    ;or a"gum tempo tornou!se con&ecido em v(rios "ugares que este escritor era umestudioso de magia% 6onseqentemente indaga+,es acerca da natureza da magia seriamami7de endere+adas a e"e% 6om o passar do tempo tais indaga+,es tornaram!se t$onumerosas e t$o abisma" a ignorncia invo"unt(ria sobre o assunto contida em todas e"asque parece ser a &ora e)ata para tornar dispon*ve" a esse p7b"ico uma e)posi+$o sint#tica edefinitiva% tudo # c"aro e concebido para o e)perimento pr(tico% 8 sistema da magia # abso"utamente

    cient*fico e cada uma de suas partes # pass*ve" de verifica+$o e prova sob demonstra+$o%A #rvore da vida# pub"icado admito com uma certa &esita+$o com o 7nico ob'etivo depreenc&er essa "acuna e)istente% Este escritor dese'a tornar inte"ig*ve" e compreens*ve" parao indiv*duo "eigo inte"igente e comum para o aprendiz dos Mist#rios e aque"es versadosno saber de outros sistemas m*sticos e fi"osofias os princ*pios radicais a partir dos quais aformid(ve" estrutura imponente da magia # constru*da% 6om uma e)ce+$o n$o con&ecidaou adequada ao p7b"ico em gera" infe"izmente essa tarefa necess(ria 'amais foi rea"izadaanteriormente%

    A freqncia de "ongas cita+,es provenientes de escritos de autoridades em magiaque o autor aqui inseriu se e)p"ica de modo bastante simp"es devendo!se apenas ao dese'ode demonstrar que os mais amp"os pontos essenciais desta e)posi+$o n$o s$o o resu"tado

    de qua"quer invencionice do autor estando pe"o contr(rio firmemente enraizados nasabedoria da Antigidade% / desnecess(rio que se apontem para o autor e)press,es rudesposs*veis interpreta+,es equivocadas de fatos ou teorias e pecados de omiss$o ecometimento% Em raz$o disso e"e se descu"pa &umi"demente devendo ser perdoado emfun+$o de sua 'uventude e ine)perincia% ?ue seus esfor+os incitem outra pessoa maiss(bia dotada de me"&ores recursos para escrever e detentora de um con&ecimento maisprofundo da mat#ria e seus corre"atos de modo a produzir uma me"&or formu"a+$o damagia% Este escritor estar( dentre os primeiros que ac"amar$o essa rea"iza+$o com boas!vindas e "ouvores%

    / tamb#m necess(rio registrar a atitude corts dos sen&ores Met&uen @ 6o% quederam a permiss$o para reproduzir as i"ustra+,es dos quatro deuses eg*pcios de *s deusesdos eg+pcios de Sir E% A% a""is Budge%

    Israel Regardie 0

    ondres agosto de 2C%

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    INTRODUO SEGUNDA EDIO

    / poss*ve" que um pai ten&a um fi"&o favoritoF E)istir( um entre todos os demaisque secretamente e"e sinta ser a menina de seus o"&osF 6om maior freqncia que o casonegativo a despeito de todos os protestos em contr(rio certamente e)iste%

    ;ois # isso que ocorre comigo% Ao me pedirem que escrevesse uma introdu+$opara esta nova edi+$o de A #rvore da vida senti um entusiasmo interior que combinamuitas emo+,es bem distintas% Este "ivro tem um significado especia" para mim quenen&um dos meus outros escritos 'amais teve% ;rimeiramente &( o fato e"ementar de e"eter sido o primeiro "ivro que emergiu de meu esp*rito em bot$o% A garden ofpomegranates GHardim das rom$sI pub"ica+$o anterior simp"esmente se desenvo"veu apartir de um con'unto de notas ca%al+sticas que eu guardara por v(rios anos J e isto #tudo o que sempre foi%

    6omentou!se ser A #rvore da vida a mais abrangente introdu+$o dispon*ve" aosnumerosos comp"e)os e por vezes obscuros escritos m*sticos de A"eister 6roK"eL% Ambosos "ivros mencionados foram a e"e dedicados para quem traba"&ei como secret(rio durantemuitos anos% Simbo"icamente esses dois "ivros vieram a representar a min&a

    independncia de"e%A #rvore da vida gerou tamb#m uma correspondncia pe"o mundo todo que

    resu"tou em v(rias amizades profundas e duradouras pe"as quais me sinto sumamentegrato%

    Embora este "ivro apresente muitos erros tipogr(ficosde menor importncia Jdevidos sobretudo 1 pressa e o descuido da 'uventude J tem sido considerado 7ti" comoum guia para o e)tenso comp"icado e maravi"&oso sistema de inicia+$o olden DanGAurora DouradaI cu'a gratid$o que sinto por e"e precisa ser aqui registrada% A"gunsaprendizesa"egam que os dois vo"umes de .he olden Dan 0"eKe""Ln ;ub"ications St%;au" Minn% 2C4NO contm uma ta" massa diversificada de informa+,es que um guia dotadode c"areza constitui pr#!requisito para abrir uma senda inte"ig*ve" atrav#s de seus

    documentos rituais e instru+,es% Esta nova edi+$o deve vir a servir a ta" fina"idade%Escrevendo A #rvore da vida aprendi muito% Este "ivro combinou muitosfragmentos iso"ados de con&ecimento e e)perincia descone)os% A correspondnciaindicou que serviu a outros igua"mente bem%

    A despeito de sua e)travagncia e pendor para o emprego e)cessivo de ad'etivosque foram as marcas de min&a 'uventude J trinta e cinco anos transcorreram desde que foiescrito J afirmou!se como um guia sincero e simp"es para uma arte intricada e em outrosaspectos obscura% Pm psiquiatra britnico foi am(ve" a ponto de admitir um sentimentode espanto e rea" admira+$o pe"o fato de a"gu#m de vinte e poucos anos de idade ter sidocapaz de demonstrar a compreens$o espiritua" e capacidade para s*ntese evidenciadasneste "ivro% Se essa ava"ia+$o for v("ida dever!se!( muito a A"eister 6roK"eL a quemmuito devo% Q sua derradeira defesa da estupidez de bi-grafos e 'orna"istassensaciona"istas devotei muitos anos de min&a vida% Sua obra 'amais perecer(permanecendo como uma inspira+$o aos aprendizesde um futuro remoto como o foi paramim%

    6r#dito # devido tamb#m ao meu nio superior e divino J para usar a be"a"inguagem da olden DanJ pois sem essa diretriz interna nen&uma "iteratura mesmoprofunda atraente e arrebatadora significaria muita coisa%

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    8rdem desempen&ou efetivamente um pape" preponderante no meu desenvo"vimento*ntimo e na reda+$o de "ivros mais posteriores%

    Rememorando este testemun&o de min&a independncia de 6roK"eL resu"tounuma carta do c&efe de uma se+$o da olden Dan condenando tanto a mim quanto ao"ivro em termos nada indefinidos% ;or outro "ado resu"tou num convite que partiu de umc&efe de outra unidade da 8rdem para que eu me tornasse membro de"a% Aceitei esseconvite embora os anos posteriores ten&am produzido uma separa+$o da 8rdem &o'e eu"amento min&a presun+$o e arrogncia 'uvenis% 6ontudo o destino deve ter interferidoresu"tando numa reedi+$o dos ensinamentos secretos da 8rdem a primeira e)posi+$o deta" reedi+$o tendo sido ensaiada "ogo antes da ;rimeira uerra Mundia" por 6roK"eL no&quino0!

    6om o devido respeito ao imenso gnio de 6roK"eL foi dito que min&aapresenta+$o fez mais 'usti+a 1 8rdem do que a sua%

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    PRIMEIRA PARTE

    XA MAVA / A 6V=6VA TRADV6V8=A0 D8S SERED8S DA =ATPREZA?PE A =[S 8V TRA=SMVTVDA ;E08S MA8S%\

    liphas Lvi

    6A;]TP08 V/ e)press$o comum nos "(bios de muitos a reitera+$o de que a esp#cie &umana

    &o'e com todas suas enfermidades e aberra+,es c&afurda 1s cegas num terr*ve" pntano%Mensageiro da morte e munido de tent(cu"os de destrui+$o esse pntano co"&e a esp#cie&umana com crescente firmeza para seu seio ainda que com grande suti"eza efurtivamente% 6ivi"iza+$o por mais curioso que se'a civi"iza+$o moderna # o seu nome% 8s

    tent(cu"os que s$o os instrumentos inconscientes de seus go"pes catastr-ficos partem daestrutura enferma fa"sa e repugnante do sistema socia" decadente e do con'unto de va"oresem que estamos envo"vidos% E agora toda a te)tura do mundo socia" parece estar emprocesso de desintegra+$o% ;areceria que a estrutura da ordem naciona" est( mudando daru*na econ.mica para aque"e abandono derradeiro e insano que pode contemp"ar ae)tin+$o dessa estrutura num precip*cio escancarado rumo 1 comp"eta destrui+$o%Enraizados firmemente na p"enitude da vida individua" os at# aqui robustos basti,es denossa vida est$o sendo amea+ados como 'amais o foram% ;arece cada vez mais imposs*ve"diante do poente de cada so" para qua"quer um reter mesmo a mais "igeira por+$o de seu"egado divino e individua"idade e e)ercer aqui"o que faz de n-s &omens% Apesar de teremnascido em nossa #poca e tempo aque"es poucos indiv*duos que est$o cientes mediante

    uma certeza isenta da d7vida de um destino que os impu"siona imperiosamente rumo 1rea"iza+$o de suas naturezas ideais constituem ta"vez as 7nicas e)ce+,es% Estes aminoria s$o os m*sticos de nascimento os artistas e os poetas os que contemp"am a"#mdo v#u e trazem de vo"ta a "uz do a"#m% Encerrada dentro da massa contudo e)iste aindauma outra minoria que embora n$o p"enamente consciente de um destino imperioso nemda natureza de seu eu mais profundo aspira ser diferente das massas comp"acentes% ;resade uma ansiedade *ntima mant#m!se inquieta na obten+$o de uma integridade espiritua"duradoura% / impiedosamente oprimida pe"o sistema socia" do qua" constitui parte ecrue"mente condenada ao ostracismo pe"a massa de seus camaradas% As verdades epossibi"idades de um contato reintegrador com a rea"idade que pudesse ser estimu"adoaqui e agora durante a vida e n$o necessariamente por ocasi$o da morte do corpo s$ocegamente ignoradas% A atitude singu"armente to"a adotada pe"a maior parte da moderna&umanidade europ#ia Xinte"igente\ para com essa aspira+$o constitui um grave perigo paraa ra+a a qua" se permitiu com demasiada impacincia o esquecimento daqui"o de querea"mente depende e de que # continuamente nutrida e sustentada tanto em sua vidainterior quanto e)terior% Agarrando!se avidamente 1 evanescncia f"utuante da precipitadae)istncia e)terior sua neg"igncia com re"a+$o aos assuntos espirituais somada 1 suaimpacincia para com seus seme"&antes mais perspicazes constitui um marca de fadiga enosta"gia e)trema%

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    Embora desgastado o ad(gio Xonde n$o &( vis$o as pessoas perecem\ n$o dei)ade ser verdadeiro e digno de ser repetido porquanto e)pressa de maneira pecu"iar asitua+$o &o'e preponderante% A &umanidade como um todo ou mais particu"armente oe"emento ocidenta" perdeu de a"gum modo incompreens*ve" sua vis$o espiritua"% Pmabarreira &er#tica foi erigida separando a si mesma daque"a corrente de vida e vita"idadeque mesmo atua"mente a despeito de impedimentos e obst(cu"os propositais pu"sa evibra ardentemente no sangue invadindo a tota"idade da estrutura e forma universais% Asanoma"ias que se nos apresentam &o'e se devem a esse rematado absurdo% A esp#cie&umana est( "entamente cometendo seu pr-prio suic*dio% Pm auto!estrangu"amento est(sendo efetivado mediante uma supress$o de toda a individua"idade no sentido espiritua" ede tudo que a tornou &umana% ;rossegue sonegando a atmosfera espiritua" de seuspu"m,es por assim dizer% E tendo se separado das eternas e incessantes fontes de "uz evida e inspira+$o ec"ipsou!se de"iberadamente diante do fato J com o qua" nen&um outropode comparar!se em importncia J de que e)iste um princ*pio dinmico tanto dentroquanto fora do qua" se divorciou% 8 resu"tado # "etargia interior caos e desintegra+$o detudo o que anteriormente era tido como idea" e sagrado%

    ormu"ada &( s#cu"os a doutrina ensinada por Buda # vista por mim como aque"a

    que apresenta uma poss*ve" raz$o para esse div-rcio esse caos e essa decadncia% ;ara amaioria das pessoas a e)istncia est( inevitave"mente associada ao sofrimento 1 tristeza e1 dor% Mas embora Buda ten&a com efeito ensinado que a vida era rep"eta de dor emis#ria estou inc"inado a crer ao "embrar a psico"ogia do misticismo e dos m*sticos dosquais era e"e indubitave"mente um par que esse ponto de vista foi por e"e adotado t$o!somente para impu"sionar os &omens fora do caos rumo a obten+$o de uma moda"idade devida superior% Pma vez superado o ponto de vista do ego pessoa" resu"tado de eras deevo"u+$o o &omem p.de ver os gri"&,es da ignorncia ca*rem por terra reve"ando umapaisagem desimpedida de suprema be"eza o mundo como uma coisa viva e '7bi"oinfind(ve"% =$o ser( vis*ve" para todos a be"eza do so" e da "ua o esp"endor das esta+,esa"ternando!se ao "ongo do ano a doce m7sica do romper do dia e o fasc*nio das noites sob

    o c#u abertoF E o que dizer da c&uva escorrendo pe"as fo"&as das (rvores que se e"evamaos portais do c#u e o orva"&o na madrugada insinuando!se sobre a re"va inc"inando!acom pontas de "an+a prateadasF A maioria dos "eitores ter( ouvido fa"ar da e)perincia dogrande m*stico a"em$o Hacob Boe&me que ap-s sua vis$o beat*fica penetrou os camposverde'antes pr-)imos de seu povoado contemp"ando toda a natureza f"ame'ante de "uz t$og"oriosa que at# as tenras fo"&in&as de grama resp"andeciam com uma gra+a e be"ezadivinas que e"e 'amais vira antes% 6onsiderando que Buda ten&a sido um grande m*stico Jsuperior ta"vez a qua"quer outro de que o "eitor m#dio tem con&ecimento J e que detin&auma grande compreens$o da atua+$o da mente &umana #!nos imposs*ve" aceitar em seuva"or aparente o enunciado de que a vida e o viver constituem uma ma"di+$o% ;refirosentir que essa postura fi"os-fica foi por e"e adotada na esperan+a de que mais uma vezpudesse a &umanidade ser induzida a buscar a inimit(ve" sabedoria que perdera a fim derestaurar o equi"*brio interior e a &armonia da a"ma cumprindo assim seu destinodesimpedida pe"os sentidos e pe"a mente% 8bstando este gozo est(tico da vida e tudo oque o sacramento da vida pode conceder e)iste uma causa radica" da dor% Em umapa"avra ignorncia% ;or ignorar o que em si # rea"mente por ignorar seu verdadeirocamin&o na vida o &omem # como ensinou Buda t$o acossado pe"a tristeza e t$oduramente af"igido pe"o infort7nio%

    De acordo com a fi"osofia tradiciona" dos magos cada &omem # um centroaut.nomo 7nico de conscincia energia e vontade individuais J numa pa"avra uma a"ma J

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    como uma estre"a que bri"&a e e)iste gra+as 1 sua pr-pria "uz interior percorrendo seucamin&o nos c#us re"uzentes de estre"as so"it(ria sem sofrer qua"quer interfernciae)ceto na medida em que seu curso ce"este se'a gravitaciona"mente a"terado pe"a presen+apr-)ima ou distante de outras estre"as%

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    e)teriorizantes do gnio J ze"o pacincia transpira+$o J s$o simp"esmente asmanifesta+,es de uma superabundncia de energia procedente de um centro ocu"to deconscincia% =$o passam de meios pe"os quais o gnio se distingue esfor+ando!se paratornar con&ecidos aque"as id#ias e aque"es pensamentos que foram arremessados paradentro da conscincia e penetraram aque"a "in&a divis-ria que "ogra demarcar e separar oprofano daqui"o que # divino% 8 gnio em si # produzido ou ocorre concomitantementecom uma e)perincia espiritua" da mais e"evada ordem intuiciona"% / uma e)perincia quetrove'ando do emp*reo como um raio *gneo proveniente do trono de H7piter traz consigouma inspira+$o instantnea e uma retid$o duradoura com uma rea"iza+$o de todos osanseios da mente e da constitui+$o emociona"%

    =$o pretendo investigar a causa primordia" dessa e)perincia fami"iar 1que"esraros indiv*duos cu'as vidas foram assim aben+oadas desde a sua tenra infncia at# os seusderradeiros dias% Pma ta" investiga+$o me "evaria "onge demais conduzindo ao dom*nio deimpa"pabi"idades metaf*sicas e fi"os-ficas no qua" de momento n$o dese'o ingressar% Aref"e)$o contudo produz um fato bastante significativo% Aque"es indiv*duos quereceberam o t*tu"o de Xgnio\ e foram c&amados de grandes pe"a esp#cie &umana foram osreceptores de uma ta" inimit(ve" e)perincia que mencionei% Embora possa muito bem ser

    uma genera"iza+$o trata!se n$o obstante de uma genera"iza+$o que traz consigo a marcada verdade% Muitas outras pessoas inferiores cu'as vidas receberam a"egria e bri"&o demaneira simi"ar foram capacitadas conseqentemente a rea"izar uma certa obra na vidaart*stica ou secu"ar que de outra forma teria sido imposs*ve"%

    Agora constitui um postu"ado mais ou menos "-gico aque"e que se conc"ui comouma direta conseqncia da premissa precedente a saberU supondo que fosse poss*ve"atrav#s de uma esp#cie detentora de treinamento psico"-gico e espiritua" induzir essae)perincia ao interior da conscincia de v(rios &omens e mu"&eres dos dias de &o'e a&umanidade como um todo poderia ser e"evada a"#m das aspira+,es mais sub"imes esurgiria uma poderosa nova ra+a de super!&omens% =a rea"idade # para essa meta que aevo"u+$o tende e o que # encarado por todos os reinos da natureza% Desde os prim-rdios

    quando o &omem inte"igente surgiu pe"a primeira vez no pa"co da evo"u+$o devem tere)istido m#todos t#cnicos de rea"iza+$o espiritua" por meio dos quais a verdadeiranatureza &umana poderia ser averiguada e por meio dos quais ademais o gnio da maisa"ta ordem desenvo"veu!se% Este 7"timo poderia acrescentar foi concebido como sendoapenas o subproduto e a ef"orescncia terrestre da descoberta da -rbita do Eu estre"ado eem tempo a"gum pe"as autoridades desta rande 8bra foi em si considerado um ob'etodigno de aspira+$o% 8 X6on&ece!te a ti mesmo\ foi a suprema in'un+$o impu"sionando oe"evado esfor+o de"es% Se a criatividade do gnio se seguia como um resu"tado dadescoberta do eu interior e da abertura das fontes da energia universa" se a inspira+$o dasMusas resu"tava ou de um est*mu"o na dire+$o de a"guma arte ou fi"osofia ou da ocupa+$ode "eigo tanto me"&or% =o come+o do treinamento todavia esses m*sticos J pois foi comesse nome que essas autoridades passaram a ser con&ecidas J eram comp"etamenteindiferentes a qua"quer outro resu"tado a"#m do espiritua"% 8 con&ecimento do eu e adescoberta do eu J a pa"avra Xeu\ sendo usada num sentido grandioso no#tico etranscendenta" J eram os ob'etivos primordiais%

    Se as artes tm sua origem na e)press$o da a"ma que escuta e v onde para amente e)terior e)istem meramente si"ncio e trevas ent$o evidentemente o misticismo #uma e ta"vez a maior das artes a apoteose da e)press$o e do esfor+o art*sticos% 8misticismo gra+as a a"gum suave decreto da natureza tem sido sempre e em todos ostempos a mais sagradas das artes% 8 m*stico rea"mente abriga em seu peito aque"a

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    tranqi"idade que com freqncia se registra no rosto sereno do sacerdote e)a"tado aoa"tar% E"e # um recon&ecido intermedi(rio e porta!voz as duas c&aves sendo co"ocadas emsuas m$os% E"e # tanto as eras quanto seus co"egas nas outras artes o admitem maisdiretamente introduzido ao interior do Santu(rio e mais imediatamente contro"ado pe"apsique% / por essa raz$o que seus sucessos s$o o sucesso de toda a &umanidade em todosos tempos% Mas seus fracassos bastante freqentes quase como uma nova ru*na de07cifer s$o amargamente reprovados% Pm mau poeta ou um mau m7sico # apenas a"vo dacensura daque"es de sua arte em particu"ar e seus nomes "ogo se apagam da mem-ria deseu povo% Pma c&ar"at$o ou um fa"so mago entretanto p,em em perigo o mundo inteiroarro'ando um pesado v#u sobre a "uz trans"7cida do esp*rito a qua" era sua principa" tarefatrazer aos fi"&os dos &omens% / por essa raz$o tamb#m que e"e # em toda #poca somentepara os muito poucos> mas do mesmo modo e"e # para todos os poucos em todas as#pocas% "orificado com as beatitudes de todos os artistas e profetas de todas as #pocassofre ignominiosamente com o vi"ipndio de"es pois e"es como e"e pr-prio s$o m*sticos%E"e # so"it(rio% Afastou!se para o seio das so"id,es sub'etivas% ;ara onde e"e foi J aondepoucos podem segui!"o a n$o ser que tamb#m ten&am as c&aves J e"e # e"ogiosamenteac"amado com can+,es e ditirambos%

    =$o # um con&ecimento te-rico do eu que o m*stico busca uma fi"osofiapuramente inte"ectua" sobre o universo J embora isso inc"usive ten&a seu "ugar% 8 m*sticoprocura um n*ve" mais profundo de compreens$o% A despeito da ret-rica sobre a poderabso"uto da raz$o os "-gicos e os fi"-sofos de todos os tempos estavam intimamenteconvencidos da impropriedade e impotncia fundamentais da facu"dade do racioc*nio%Dentro de"a acreditavam e"es e)istia um e"emento de autocontradi+$o que anu"ava seuuso na busca da rea"idade suprema% 6omo prova disso toda a &ist-ria da fi"osofia seapresenta como e"oqente testemun&o% Acreditaram os m*sticos e a e)perincia oconfirmou reiteradamente que apenas transcendendo a mente ou com a mente esvaziadade qua"quer conte7do e tranqi"izada como uma "agoa de serenas (guas azuis um re"anceda Eternidade podia ser ref"etido% Pma vez aca"madas ou transcendidas as a"tera+,es do

    princ*pio pensante uma vez sub'ugado o turbi"&$o cont*nuo que # uma caracter*sticanorma" da mente norma" substitu*dos por uma serena quietude podia ent$o e agorasomente ocorrer aque"a vis$o de espiritua"idade aque"a e)perincia sub"ime das #pocasque i"umina todo o ser com o ca"or da inspira+$o e da profundidade e uma profundidadede imagens do tipo mais e"evado e que tudo abarca%

    A t#cnica do misticismo se subdivide natura"mente em duas grandes c"asses% Pma #a magia da qua" nos ocuparemos neste tratado e a outra # a ioga% E aqui # necess(rioregistrar um veemente protesto contra os cr*ticos que em oposi+$o ao misticismo J porcu'o termo se compreende um ta" processo como a ioga ou contemp"a+$o J posicionam amagia como a"go comp"etamente 1 parte n$o!espiritua" mundano e grosseiro% Hu"go essac"assifica+$o contr(ria 1s imp"ica+,es de ambos os sistemas e inteiramente incorreta comotentarei mostrar daqui para a frente% Voga e magia os m#todos de ref"e)$o e de e)a"ta+$orespectivamente s$o ambos fases distintas compreendidas no 7nico termo misticismo%Apesar de freqentemente empregado de maneira indevida e err.nea o termo misticismo #uti"izado ao "ongo de todo este "ivro porque # o termo correto para designar aque"are"a+$o m*stica ou est(tica do eu com o universo% E)pressa a re"a+$o do indiv*duo comuma conscincia mais amp"a ou no interior ou e)terior de si mesmo quando indo a"#m desuas pr-prias necessidade pessoais e"e descobre sua predisposi+$ a fina"idades maisabrangentes e mais &armoniosas% Se essa defini+$o estiver em consonncia com nossospontos de vista ent$o ser( -bvio que a magia igua"mente concebida para e)ecutar essa

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    mesma necess(ria re"a+$o porquanto mediante diferentes m#todos n$o podesatisfatoriamente ser co"ocada em oposi+$o ao misticismo e 1s vantagens de um sistema"audatoriamente ce"ebradas em oposi+$o 1s impropriedades do outro pois os me"&oresaspectos da magia constituem uma parte ta" como o me"&or da ioga constitui tamb#m umaparte daque"e sistema comp"eto o misticismo%

    Tem!se escrito muito sobre ioga de to"ices e a"go digno de nota% Mas todo osegredo do 6amin&o da Pni$o Rea" est( contido no segundo aforismo dos Sutras de Vogade ;atan'a"i% A ioga busca atingir a rea"idade so"apando as bases da conscincia ordin(riade maneira que no mar tranqi"o da mente que sucede a cessa+$o de todo pensamento oeterno so" interior de esp"endor espiritua" possa bri"&ar para derramar raios de "uz e vida eimorta"idade intensificando todo o significado &umano% Todas as pr(ticas e e)erc*cios nossistemas de ioga s$o est(gios cient*ficos com o ob'etivo comum de suspendercomp"etamente todo pensamento sob vontade% A mente precisa estar inteiramenteesvaziada so% vontade de seu conte7do% A magia por outro "ado # um sistemamnem.nico de psico"ogia no qua" as min7cias cerimoniais quase intermin(veis ascircumambu"a+,es con'ura+,es e sufumiga+,es visam de"iberadamente a e)a"tar aimagina+$o e a a"ma com a p"ena transcendncia do p"ano norma" do pensamento% =o

    primeiro caso o mac&ado espiritua" # ap"icado 1 raiz da (rvore e o esfor+o # feitoconscientemente para minar toda a estrutura da conscincia com o fito de reve"ar a a"maabai)o% 8 m#todo m(gico ao contr(rio consiste no empen&o de ascender comp"etamentea"#m do p"ano de e)istncia de (rvores ra*zes e mac&ados% 8 resu"tado em ambos os casosJ )tase e um maravi"&oso transbordamento de a"egria furiosamente arrebatador eincomparave"mente santo J # idntico% ;ode!se compreender faci"mente ent$o que o meioidea" de encontrar a p#ro"a perfeita a '-ia sem pre+o atrav#s da qua" pode!se ver a cidadesanta de Deus # uma 'udiciosa combina+$o de ambas as t#cnicas% Em todos os casos amagia se reve"a mais eficiente e poderosa quando combinada ao contro"e da mente que #o ob'etivo a ser atingido na ioga% E da mesma forma os )tases da ioga adquirem umcerto matiz rosado de romantismo e significado inspiraciona" quando s$o associados 1 arte

    da magia%Desnecess(rio dizer portanto que quando fa"o de magia aqui fa+o referncia 1teurgia divina "ouvada e reverenciada pe"a Antigidade% / sobre uma busca espiritua" edivina que escrevo> uma tarefa de autocria+$o e reintegra+$o a condu+$o 1 vida &umanade a"go eterno e duradouro% A magia n$o # aque"a pr(tica popu"armente concebida que #fi"&a da a"ucina+$o gerada pe"a ignorncia se"vagem e que serve de instrumento 1s"u)7rias de uma &umanidade depravada% Devido a ignorante dup"icidade dos c&ar"at$es e areticncia de seus pr-prios escribas e autoridades a magia durante s#cu"os foiindevidamente confundida com a feiti+aria e a demono"atria% Sa"vo a"gumas obras queforam ou demasiado especia"izadas em sua abordagem ou distintamente inadequadas parao p7b"ico em gera" nada foi at# agora pub"icado para estabe"ecer em definitivo o que amagia # rea"mente% =este traba"&o n$o se pretende tratar de maneira a"guma deencantamentos de amor fi"tros e po+,es nem de amu"etos que impe+am que a vaca dovizin&o produza "eite ou que "&e roubem a esposa ou da determina+$o da "oca"iza+$o deouro e tesouros ocu"tos% Tais pr(ticas vis e est7pidas bem merecem ser designadas poraque"a e)press$o t$o abusivamente empregada a saber Xmagia negra\% Este estudo n$otem nada a ver com essas coisas pe"o que n$o se deve conc"uir que nego a rea"idade ouefic(cia de tais m#todos% Mas se qua"quer &omem estiver ansioso para descobrir a fonte deonde brota a c&ama da divindade caso &a'a a"gu#m que este'a dese'oso de despertar em simesmo uma conscincia mais nobre e sub"ime do esp*rito e em cu'o cora+$o arda o dese'o

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    de devotar sua vida ao servi+o da esp#cie &umana que essa pessoa se vo"te ze"osamentepara a magia% =a t#cnica m(gica ta"vez possa ser encontrado o meio para a rea"iza+$o dosmais grandiosos son&os da a"ma%

    Do ponto de vista acadmico a magia # definida como a Xarte de empregar causasnaturais para produzir efeitos surpreendentes\% 6om essa defini+$o J e tamb#m com aopini$o de um escritor como ave"oc^ E""is que # um nome dado a todo o f"u)o da a+$o&umana individua" J estamos de p"eno acordo visto que todo ato conceb*ve" no per*odointeiro que dura a vida # um ato m(gico% ?ue efeito sobrenatura" poderia ser maisespantoso ou miracu"oso do que um 6risto um ;"at$o ou um S&a^espeare que foi oproduto natura" do casamento de dois camponesesF 8 que &averia de mais maravi"&oso esurpreendente que o crescimento de um min7scu"o beb que atinge a comp"eta maturidadede um ser &umanoF Todo e qua"quer e)erc*cio da vontade J o erguer de um bra+o oproferir de uma pa"avra o germinar si"ente de um pensamento J todos s$o por defini+$oatos m(gicos% Entretanto os efeitos Xsurpreendentes\ que a magia procura abarcarocupam um p"ano de a+$o um tanto diferente daque"es que foram indicados embora estesapesar de t$o comuns se'am n$o obstante surpreendentes e taumat7rgicos% 8 resu"tadoque o mago acima de tudo dese'a concretizar # uma reconstru+$o espiritua" de seu

    pr-prio universo consciente e secundariamente aque"a de toda a &umanidade a maior detodas as transforma+,es conceb*veis% Mediante a t#cnica da magia a a"ma voa reta comouma f"ec&a impe"ida por um arco tenso rumo 1 serenidade a um repouso profundo eimpenetr(ve"%

    Mas # apenas o pr-prio &omem quem pode esticar a corda do arco> ningu#m a"#mde"e mesmo pode rea"izar essa tarefa para e"e% / "ogicamente nesta c"(usu"a de qua"ifica+$oque o tempora" fica 1 espreita% A Xsa"va+$o\ tem que ser auto!induzida e auto!inventada%As essncias universais e os centros c-smicos est$o sempre presentes mas # o &omemquem tem que dar o primeiro passo na sua dire+$o e ent$o como disse Zoroastro nos*r#culos 1aldeus, Xos aben+oados imortais c&egam rapidamente\% ?uem causa e faz asorte e o destino # o pr-prio &omem% 8 curso de sua e)istncia vindoura resu"ta

    necessariamente de seu modo de agir% E n$o apenas isso pois na pa"ma de sua m$o residea sorte de toda a esp#cie &umana% ;oucos indiv*duos se sentir$o aptos a despertar acoragem "atente e a r*gida determina+$o que comanda o universo para que assim por umaestrada direta e isenta de obst(cu"os a esp#cie &umana pudesse ser conduzida a um idea"mais nobre e a um modo de vida mais p"eno e mais &armonioso% ouvessem t$o!somentea"guns &omens se empen&ando para descobrir o que rea"mente s$o e apurando semqua"quer sofisma a refu"gncia cinti"ante de g"-ria e sabedoria que arde no mais *ntimo docora+$o e descobrindo os v*ncu"os que as "igam ao universo e penso que n$o teriamapenas rea"izado seus prop-sitos individuais na vida e cumprido seus pr-prios destinoscomo tamb#m o que # infinitamente mais importante teriam cumprido o destino douniverso considerado como um vasto organismo vivo de conscincia%

    8 que significa acender uma ve"aF =esse processo somente a por+$o mais superiorda ve"a mant#m a c&ama mas embora apenas a mec&a este'a acesa # &(bito dizer que apr-pria ve"a est( acesa difundindo a "uz que e"imina as trevas 1 sua vo"ta% =isso podemosencontrar uma sugestiva referncia que se ap"ica significativamente ao mundo em gera"% Seapenas a"gumas pessoas em cada pa*s cada ra+a e cada povo pe"o mundo aforaencontrarem a si mesmas e entrarem em comun&$o sagrada com a pr-pria onte da

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    ansiosa de se devotar a uma causa espiritua" reside a 7nica esperan+a para a supremareden+$o da esp#cie &umana% /"ip&as 0#vi o ce"ebrado m(gico francs arrisca umaopini$o nova que ac&o pode ter a"guma re"a+$o com esse prob"ema e pro'eta um raio de"uz sobre essa proposta% XDeus cria eternamente%%%\ escreve e"e Xo grande Ad$o o&omem universa" e perfeito que cont#m num 7nico esp*rito todos os esp*ritos e todas asa"mas% As inte"igncias vivem portanto duas vidas imediatamente uma gera" que #comum a todas e"as e outra especia" e individua"\%

    Esse Ad$o protop"(stico # c&amado nessa obra qa%al+stica intitu"ada * livro dosesplendores_ de omem 6e"estia" e compreende em um ser como observa o eruditomago as a"mas de todos os &omens e criaturas e for+as dinmicas que pu"sam atrav#s detoda por+$o do espa+o este"ar% =$o # meu dese'o tratar de metaf*sica neste momentodiscutindo se esse ser universa" primordia" # criado por Deus ou se simp"esmente sedesenvo"veu do espa+o infinito% Tudo o que quero considerar agora # que a tota"idade davida no universo vasta e difundida # esse ser ce"estia" a Super!A"ma como a"guns outrosfi"-sofos o con&eceram criado para sempre nos c#us% =esse corpo c-smico n-sindiv*duos bestas e deuses somos as min7scu"as c#"u"as e mo"#cu"as cada uma com suafun+$o independente a ser cumprida na constitui+$o e no bem!estar sociais dessa A"ma%

    Essa teoria fi"os-fica admirave"mente sugere que como no &omem da terra &( umainte"igncia que governa suas a+,es e seus pensamentos da mesma maneira em sentidofigurado &( no omem 6e"estia" uma a"ma que # sua inte"igncia centra" e sua facu"dademais importante% XTudo o que e)iste na superf*cie da Terra possui sua dup"icata espiritua"no a"to e n$o e)iste nada neste mundo que n$o este'a associado a a"go e que n$o dependadesse a"go%\ Assim escrevem os doutores da 2a%alah! Ta" como no &omem a substnciacerebra" cinzenta # a mais sens*ve" nervosa e refinada do corpo do mesmo modo os seresmais sens*veis desenvo"vidos e espiritua"mente avan+ados no universo compreendem ocora+$o a a"ma e a inte"igncia do omem 6e"estia"% / nesse sentido em suma que ospoucos que empreendem a rea"iza+$o da rande 8bra isto # encontrar a si mesmos deum ponto de vista espiritua" e identificar sua conscincia integra" com as Essncias

    Pniversais como Hmb"ico as c&ama ou os deuses que constituem o cora+$o e a a"ma doomem 6e"estia" J esses poucos s$o os servos da esp#cie &umana% E)ecutam a obra dareden+$o e cumprem o destino da Terra%_ ;ub"icado no Brasi" com o t*tu"oAs origens da ca%ala, pe"a% Ed% ;ensamento tradu+$ode M(rcio ;ug"iesi e =orberto de ;au"o 0ima% =% T%O

    8 misticismo J magia e ioga J # o ve*cu"o portanto para uma nova vida universa"mais rica mais grandiosa e mais p"ena de recursos do que 'amais o foi t$o "ivre como a"uz do so" t$o graciosa quanto o desabroc&ar de um bot$o de rosa% E"a # para ser tomadape"o &omem%

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    6A;]TP08 VV/ bastante prov(ve" que de maneira tonitruante se'a emitida de certas fontes a

    condena+$o de que o sistema indicado nesta obra como magia faz somente referncia aoprinc*pio da constitui+$o &umana pertinente e)c"usivamente 1 natureza inferior% Emdecorrncia dessa c"assifica+$o n$o # dif*ci" antecipar que toda a t#cnica te7rgica ven&a aser inteiramente condenada como Xpsiquismo\ por e)emp"o nos c*rcu"os teos-ficos% =averdade como poucas considera+,es bastariam para demonstrar ta" condena+$o # ma"co"ocada e in'ustificada% A fim de retificar esse ponto de vista de uma vez por todasapresentamosA #rvore da vida ao p7b"ico "eitor% Abomino essa "oquacidade teos-fica%;ermitam que registre aqui min&a repugnncia por suas c"assifica+,es demasiadosimp"istas sua cont*nua disposi+$o de ap"icar r-tu"os de mordaz opr-brio a coisasparcia"mente compreendidas% =$o fosse o caso de sentir!me t$o profundamente envo"vidocom a magia J sustentando que ne"a possa ser encontrado o meio de tomar o reino dosc#us de assa"to J esse abuso e propositada censura dos te-sofos seria merecidamenteignorado e re"egado 1que"a esfera de desprezo a que com 'usti+a pertencem% Tem &avidoem gera" e)cessiva incompreens$o quanto ao que # a magia e qua" a a+$o por e"aorientada% / tempo de esc"arecer de uma vez por todas essa fonte cont*nua de confus$o

    por meio da formu"a+$o dos princ*pios e"ementares de sua arte%Em sua renomada obra&st3ncias de D(4an em torno da qua" toda aA doutrina

    secreta_ se ac&a organizada como um coment(rio Madame B"avats^L nos informa quecada &omem # uma sombra ou cente"&a de uma divindade de sabedoria poder eespiritua"idade super"ativos% Esses seres sens*veis s$o c&amados de deuses ou Essnciasuniversais por uma das autoridades em teurgia% Pma autoridade em teosofia da atua"idadeo dr% ottfried de ;uruc^er escreve o seguinteU XA parte mais refinada da constitui+$o doser &umano # em cada caso um fi"&o da parte espiritua" de um ou outro dos g"oriosos s-isespa"&ados pe"o espa+o sem fronteiras%

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    Resumir portanto a magia de maneira vaga com a 7nica pa"avra Xpsiquismo\ #um comp"eto absurdo para dizer o m*nimo% 6on&e+o te-sofos todavia e percebo anecessidade de antecipar suas ob'e+,es com amp"a contraposi+$o% 8 mago tem que estarno contro"e de toda sua natureza> todo e"emento constituinte em seu ser precisa serdesenvo"vido sob a vontade ao auge da perfei+$o% ;rinc*pio a"gum deve ser reprimido '(que cada um # um aspecto do esp*rito supremo tendo que cumprir seu pr-prio prop-sitoe natureza% Se o teurgo se envo"ve por e)emp"o com viagem astra" J parte da rande8bra 1 qua" as ob'e+,es da teosofia ser$o mormente dirigidas J assim ser( por trs raz,esprincipais% 7rimeira na c&amada "uz astra" e"e pode perceber um e)ato ref"e)o de simesmo em todas as suas v(rias partes qua"idades e atribui+,es sendo que um e)amedesse ref"e)o tende natura"mente para uma esp#cie de autocon&ecimento% 8egunda adefini+$o da "uz astra" do ponto de vista m(gico # e)tremamente "ata inc"uindo todos osp"anos sutis acima ou no interior do f*sico o ob'etivo do mago sendo ascenderconstantemente aos dom*nios mais fervorosos e mais "7cidos do mundo espiritua"% 8se"ementos mais grosseiros da esfera de Azot& com suas imagens sens-rias e vis,es opacasobscurecidas precisa ser sempre transcendido e dei)ado bem atr(s% /"ip&as 0#vi c&ega aestabe"ecer por raz,es de ordem pr(tica apenas duas grandes c"asses de p"anos no

    universoU o mundo f*sico e o mundo espiritua"% .erceira antes que essa por+$o particu"ardo mundo invis*ve" possa ser transcendida # necess(rio que se'a conquistada e dominadaem cada um de seus aspectos% Todos os &abitantes dessa esfera tm que ser submetidos aomago aos seus s*mbo"os m(gicos e obedecer inequivocamente 1 rea"idade da

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    psiquismo entendido como o dese'o de poderes ps*quicos anormais que sirvam como fimem si mesmos # abso"utamente estran&o 1 inten+$o e meta dessa t#cnica%_ A respeito do Santo An'o uardi$o consu"tar * livro da magia sagrada de A%ramelin,o "ago pub"icado por esta mesma editora% =% T%O

    Pma outra ob'e+$o a ser "evantada provave"mente # que a magia pode "evar 1mediunidade% Esta # tamb#m uma cr*tica improcedente por v(rias raz,es% Tem sidoobservado corretamente que tanto o m#dium quanto o mago cu"tivam o transe% Mas ae)atid$o da observa+$o p(ra por a* pois entre os respectivos estados de conscincia dom#dium e do mago &( uma co"ossa" diferen+a% =a "inguagem popu"ar encontramos a id#iavu"gar segundo a qua" gnio e "oucura est$o associados% A distin+$o efetiva # que numcaso o equi"*brio de gravidade est( acima do centro norma" da conscincia> no outroencontra!se a%ai0o e a conscincia de vig*"ia foi invadida por uma &orda inicia" deimpu"sos subconscientes descontro"ados% Vd#ia idntica se ap"ica ainda com maior for+a 1compara+$o do m#diumcom o mago pois o m#dium cu"tiva um transe passivo e negativoque arremessa seu centro de conscincia para bai)o para o interior do que podemosc&amar de9ephesch! 8 mago por outro "ado # intensamente ativo tanto de um ponto devista menta" quanto espiritua" e embora e"e tamb#m se empen&e no transe no#tico para

    manter os processos de racioc*nio em suspens$o seu m#todo consiste em e"evar!se acimade"es abrir!se para os raios te"#sticos do eu superior de preferncia a descer a esmo ao"imo re"ativo de 9ephesch! / esta a 7nica diferen+a% 8 cu"tivo da vontade m(gica e aconseqente e)a"ta+$o da a"ma # a t#cnica da magia% 8 transe esp*rita n$o # nada maisnada menos que uma descida n$o!natura" 1 in#rcia e 1 conscincia anima"% Abdica!se detoda &umanidade e divindade no transe passivo negativo a favor da vida anima" e daobsess$o demon*aca% A abdica+$o do ego raciona" no caso do mago ocorre em favor deuma rea"iza+$o espiritua" no#tica n$o do torpor da vida instintiva e vegetativa% ;orconseguinte a magia n$o est( associada sob qua"quer ponto de vista 1 mediunidadepassiva%

    Antes de passar 1 e)posi+$o dos princ*pios fundamentais da magia # necess(rio

    esc"arecer min&a posi+$o no que concerne 1s fontes de fi"osofia te-rica que est$o na basede min&a interpreta+$o pessoa" da t#cnica da magia% icar( bastante -bvio que estou emgrande d#bito com a teosofia% Muitas pr(ticas m(gicas encontram sua base na 2a%alah;r(tica dos fi"-sofos &ebreus e na teurgia sacerdota" dos eg*pcios% ragmentos foramse"ecionados de v(rias fontes e sou grande devedor de um grande n7mero de pensadoresanteriores a mim e tamb#m contemporneos e a todos sou grato%

    =o que diz respeito a teosofia ac&o uma quest$o de &onestidade confessar J adespeito das observa+,es depreciativas aqui registradas contra a conduta de certoste-sofos J que por B"avats^L s- posso a"imentar a maior admira+$o e o maior respeito%Muito da superestrutura fi"os-fica e)ibida em A doutrina secreta s- indica t(citaaquiescncia e sincera concordncia com min&as id#ias% Min&a pr-pria concep+$o dafi"osofia m(gica deve o que &( ne"a de concatenado e c"aro aos desenvo"vimentos emre"igi$o e fi"osofia comparadas dos quais B"avats^L me muniu% Todavia min&a postura #ec"#tica se"ecionando aqui re'eitando a"i e formando a partir do todo uma s*ntesecoerente e consistente que agrade ao inte"ecto e satisfa+a 1 a"ma% Sinto que n$o possoaceitar a tota"idade do ensino de B"avats^L em v(rias de suas comunica+,es% ( muitocom o que simpatizo inteiramente com o que se e)perimenta a um tempo orgu"&o efe"icidade assimi"ando!se a pr-pria fi"osofia pessoa" e ao mesmo tempo &( muito quedesagrada e repugna o senso interior%

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    Tamb#m muito devo e n$o em menor grau 1s obras de Art&ur EdKard aite emparticu"ar a seus resumos do ensino qa%al+stico% ( uma quantidade consider(ve" de boa"iteratura escrita por esse agora idoso contemporneo que # sumamente encantadorainformativa e sub"ime entoando cantos por vezes de incompar(ve" e"oqncia% E # esseaspecto de e)ce"ente erudi+$o e "irismo que ac&o n$o deve ser esquecido embora a"gumasvezes pare+a arruinado pe"a freqncia de passagens em seus escritos que provocam'ustific(ve" reprova+$o% S$o de uma turgidez e pomposidade abismais e e)ibem umatendncia desnecess(ria 1 cr*tica destrutiva% Mas eu no que diz respeito aos sentimentospessoais ten&o um "ugar c("ido no fundo de meu cora+$o para o sr% aite e "&e devo bemmais do que meras pa"avras s$o capazes de e)pressar e a t*tu"o de sup"ementa+$o aopresente estudo recomendo enfaticamente a todos os "eitores o seu Doutrina secreta emIsrael e A 8anta 1a%ala! Embora nas obras do eminente mago francs cu'o pseud.nimo era /"ip&as 0#viZa&ed &a'a muita tagare"ice sem sentido que n$o tem a menor cone)$o com a magiapercebe!se aqui e a"i noDogma e ritual da Alta "agia_ e em suas outras obras cinti"andocomo estre"as no bo'o do firmamento re"uzentes pepitas do mais puro ouro no negromin#rio da obscuridade e da trivia"idade% Devo confessar contudo estar pouco

    impressionado em todos os aspectos com sua pr-pria fic&a como mago pr(tico visto queao que tudo indica a sua c&amada evoca+$o da sombra de Apo".nio de Tiana resu"tou empouqu*ssimo% 0#vi constitui um prob"ema dif*ci" para a maioria dos "eitores% Ademais e"esobrecarregou a si mesmo com uma confus$o ou uma to"a tentativa de reconci"iar a magiacom o cato"icismo romano% Assim sem uma s-"ida compreens$o dos princ*piosfundamentais da 2a%alah e da fi"osofia comparativa ficar( su'eito a ser arremessado decabe+a nos v(rios fossos que e"e supre para os incautos%_ ;ub"icado no Brasi" pe"a Ed% ;ensamento tradu+$o de Rosabis 6amaLsar e pe"aMadras tradu+$o de Edson Bini% =% T%O

    S% 0% Mcregor Mat&ers e % Lnn estcott tamb#m me forneceram muito queservisse de fundamento nesta fi"osofia m(gica particu"armente o primeiro e muito

    materia" 7ti" pode ser reunido a partir das obras de ambos% 8 mundo ter( de sereternamente grato a Mat&ers por sua tradu+$o de * livro da "agia 8agrada deA%ramelin, o "ago__ e A Introdu'o ao &studo da 1a%ala de estcott # ta"vez um dosmais atraentes te)tos e"ementares a respeito desse assunto% Entretanto a aceita+$o datota"idade das opini,es desses escritores "evaria a uma crise aguda de indigest$o menta"%Em cada um &( v(rios e"ementos da verdade J verdade ao menos para cada aprendiz Jmas sondando o fundo observa!se um "igeiro res*duo de e)agero ma"!entendidos e erro%__ ;ub"icado no Brasi" por esta editora tradu+$o de =orberto de ;au"a 0ima M(rcio;ug"iesi e Edson Bini% =% T%O

    8bservar!se!( igua"mente que fa+o freqentes cita+,es de A"eister 6roK"eL e #imperioso que eu defina c"aramente min&a posi+$o re"ativamente a esse &omem genia"%Dei)ando de "ado o opr-brio de magia negra que "&e foi dirigido vio"entamente por muitosindiv*duos comp"etamente ignorantes do que e"e ensinou &( muita coisa importante em6roK"eL muita fi"osofia e pensamento origina" tanto sobre 2a%alah quanto sobre magiabe"amente e)pressos em prosa e verso e de concep+$o profunda% Ac&o "ament(ve" que op7b"ico se'a privado dessa novidade e origina"idade super"ativas que pertencem a 6roK"eLe despo'ado daque"es aspectos de seus ensinamentos que s$o bons ena"tecedores eduradouros simp"esmente por causa de uma certa parte de sua produ+$o "iter(ria que #certamente bana" insignificante sem importncia e indubitave"mente repreens*ve"%

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    As persona"idades e vidas particu"ares desses indiv*duos n$o me dizem respeito emabso"uto e n$o me sinto inc"inado a discuti!"as% ?uase todos e"es numa ocasi$o ou outraforam atingidos pe"as ferroadas e setas do mau 'u*zo de uma mu"tid$o ma"iciosa% Tamb#mn$o me dizem respeito nem esta mu"tid$o nem a natureza das invectivas que "an+am pois amagia nada tem a ver com e"as%

    A cada aprendiz portanto cabe a tarefa de determinar para si mesmo o que deveser verdadeiro e confi(ve" e estabe"ecer por sua pr-pria conta um padr$o de referncia semcontrov#rsia% E esse padr$o deve ser e)perincia espiritua"% ;or isso a `rvore da

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    6A;]TP08 VVVVnsistem todos os teurgos do passado que a augusta fi"osofia que serve de base 1

    teoria e t#cnica da magia sendo t$o importante quanto o traba"&o pr(tico e umanecessidade radica" que deve preceder esse traba"&o constitui um pr#!requisito paraqua"quer discuss$o adiciona"% =a verdade difici"mente teremos um efetivo entendimentoda base raciona" da magia e certamente nen&uma compreens$o das comp"e)idades queocorrem no interior e no e)terior da constitui+$o do mago se o fundamento fi"os-fico n$oestiver firmemente assentado em sua mente% Se &( perigo na busca da magia esse perigos- surge quando o operador n$o disp,e de con&ecimento preciso do que est( fazendo% /de uma compreens$o inte"igente do significado dos s*mbo"os do ocu"to e das rea"idadesque e"es em primeiro "ugar visam a comunicar que a efic(cia dos ritos depende muito% 8ss*mbo"os e acess-rios da magia nas m$os profanas de a"gu#m n$o fami"iarizado com osfundamentos da arte indubitave"mente n$o produziriam os corretos efeitos taumat7rgicos%6ontudo o mero con&ecimento inte"ectua" desses princ*pios arcanos # de pouca va"ia sen$o &ouver e)perincia espiritua"% Em contrapartida a investiga+$o m(gica do universo esua conseqente compreens$o espiritua" na conscincia assumem maior dignidade eimp"ica+$o e profundidade mais f#rteis se apoiadas numa compreens$o te-rica%

    Em sua recente obra *s mistrios do &gito 0eKis Spence afirmou que o sistemafi"os-fico da magia reuniu Xe tornou manifestos toda a sabedoria e con&ecimento arcanodo mundo antigo que foram assim crista"izados e sistematizados de ta" maneira quetivessem sido e"es preservados de uma forma n$o adu"terada teriam certamente poupado#pocas posteriores de muitas cat(strofes re"igiosas e muito fa"so misticismo% Mas gra+as 1indo"ncia e neg"igncia de seus preservadores e ta"vez atrav#s das c*nicas inf"uncias que"&es eram impingidas de fora sua primitiva be"eza divina foi gradua"mente perdida at#fina"mente restar apenas o esque"eto de seus rituais e cerim.nias\%

    oi nas re"igi,es esot#ricas ortodo)as que a"guns dos v(rios fragmentos esparsosdo esque"eto m(gico foram retidos em sua maior parte ineficazes e incompreens*veis paraa maioria devido 1 inescrupu"osa adu"tera+$o% Mas a essncia da magia sua Xprimitiva

    be"eza divina\ foi preservada por m$os a"tru*stas e cuidada ze"osamente em mentessub"imes e se &ouver muita ap"ica+$o pode at# ser compi"ada em pub"ica+,es% =ostraba"&os gn-sticos inc"usive nos escritos neop"at.nicos nas propositais obscuridades dosa"quimistas em meio 1 "iteratura procedente dos rosacruzes J em tudo isso temos apossibi"idade de encontrar vest*gios "uminosos da fi"osofia e pr(tica dessa magia da "uzque cuidadosamente reunidos sobre a base sint#tica suprida pe"a `rvore da

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    e)travagante nen&uma evidncia &ist-rica autntica nesse sentido% E contudo a teurgiapr(tica dos eg*pcios se &armoniza notave"mente bem com as teorias fi"os-ficas da2a%alah e a e)perincia de uma mu"tid$o de magos tende a nos fazer crer quedifici"mente poderia &aver uma combina+$o mais adequada ou mais satisfat-ria%

    6onseqentemente apresentaremos aqui uma e)posi+$o dos princ*pios sub'acentesdo universo tais como concebidos pe"os magos e um estudo daqui"o que formanecessariamente a base de todo o traba"&o pr(tico%

    Essa concep+$o do universo ser( resumidamente enunciada nos termos fi"os-ficosda 2a%alah e entremeada em torno da estrutura centra" da `rvore da uma fi"osofia singe"a como o a"fabeto profunda e infinitacomo o teoremas mais comp"etos e "uminosos que os de ;it(goras> uma teo"ogiaque se condensa contando pe"os dedos> um infinito que pode caber na pa"ma da m$o deuma crian+a> dez a"garismos e vinte e duas "etras um tringu"o um quadrado e um c*rcu"oUaqui est( a tota"idade dos e"ementos da caba"a% S$o os princ*pios b(sicos do

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    percebido c"aramente que n$o se trata mais de signos arbitr(rios de conota+$o d7bia massim de rea"idades rigorosas investidas de uma augusta verdade% Devo pedir insistentementeao aprendiz entretanto que se'a paciente comigo por enquanto neste e nos cap*tu"ossubseqentes visto que estou "idando com um assunto sumamente comp"e)o e dif*ci"% =$oimporta qu$o bem se apresenta uma simp"ifica+$o para o estudo gera" e"a sempre e)igir(uma detida aten+$o e muita ap"ica+$o%

    Acima de tudo a fi"osofia da 2a%alah # uma fi"osofia da evo"u+$o% 8 universocom todos seus p"anetas mundos e seres independentes foi concebido como a emana+$ode um princ*pio!substncia primordia" que a"guns c&amaram de Deus de Abso"uto deVnfinito de Todo e assim por diante% =a 2a%alah esse princ*pio que # a Rea"idade nica# c&amado de Ain 8oph o Vnfinito% 8 8epher ha;ohar ta"vez o mais importante doste)tos qa%al+sticos o concebe imut(ve" incognosc*ve" para a mente i"imitado imanifestoe abso"uto% A"#m de toda compreens$o inte"ectua" em Si visto que 'amais poderia serabarcado por uma mente que # apenas um segmento de Sua toda!inc"usividade afirma!seser E"e AinJ nada% n$o # for+a ou mat#ria mas aqui"o queserve de base a e"as sua causa 7"tima% =o segundo caso o postu"ado da "ei c*c"ica quepretende dar conta do aparecimento do centro de "uz trata de a"go independente do Ain8oph ou que imp,e necessidade sobre e"e% Se a "ei c*c"ica # identificada com o Abso"uto opostu"ado se torna idntico 1

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    respeito a isso e quest,es metaf*sicas simi"ares a tradi+$o fi"os-fica ser( simp"esmenteaceita como afirma+$o (rida sem a pretens$o de esfor+ar!se para suprir e)p"ica+,esracionais para um centro c-smico de esp"endor surgido no espa+o%

    Esse centro metaf*sico c-smico # c&amado de uma 8ephirah neutraatuando em equi"*brio% Assim a `rvore da positivo negativo e sua resu"tante mesc"a num terceirofator reconci"iador%

    Esses dois princ*pios ou 8ephiroth ao serem intitu"ados o ;ai e a M$e s$otamb#m atribu*dos a "etras do c&amado Tetragrammaton do qua" as quatro "etras s$oYinah distinta e separada do aspecto conscincia de 1hocmah! =esse ponto

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    apenas dei)ando de "ado v(rias outras brec&as para discuss$o a magia n$o tem qua"querinteresse pe"a 6incia 6rist$ ou a"go em comum com e"a% Tanto o esp*rito quanto amat#ria s$o reais quer dizer reais durante um per*odo de manifesta+$o> em si mesmos s$oapenas modos passageiros da atividade por assim dizer do Ain 8oph!

    E)pandindo atrav#s da tota"idade do espa+o usando >inah como um ve*cu"oimediato as energias de 1hocmah d$o origem 1s sete emana+,es restantes que resu"tamno aparecimento do mundo f*sico tang*ve"% Em 1hocmah o p"ano de mundo idea" ouimaginativo pe"o=ogos que est( em

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    escurid$o e i"umina sem sofrer diminui+$o de sua pr-pria e)istncia do mesmo modo asobras das supremas transbordam de seu ser centra" sem com isso diminuir em grau a"guma rea"idade de sua fonte% 6onseqentemente e"as e)istem sozin&as a"#m do Abismoembora atrav#s do espa+o se'a difundida sua essncia sua numera+$o se comp"etando emTrs% 6ome+ando com as inferiores abai)o do Abismo o p"ano da e)istncia finitacondicionada a numera+$o come+a mais uma vez com o n7mero Pm% Assim cada8ephirah nesse sentido possui dois n7meros indicando um distinto desenvo"vimentodup"o da corrente de vida% 1hesed # tanto o n7mero ?uatro quanto o n7mero Pmporquanto # a primeira 8ephirah no p"ano da causa"idade abai)o do abismo% H7piter comoo pai dos deuses # 1s vezes atribu*do a

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    da `rvore da da mesma maneira acor verde tradiciona"mente pertencente a Afrodite como as for+as pertencentes a essa8ephirah est$o pecu"iarmente "igadas ao cu"tivo 1 co"&eita e 1 agricu"tura%

    Em oposi+$o a 9et(ach como segunda 8ephirah da terceira tr*ade est( /od,esp"endor ou g"-ria que # uma qua"idade feminina repetindo as caracter*sticas de1hocmah num p"ano menos e)a"tado e sub"ime% Representa essencia"mente uma qua"idademercuria" das coisas J sempre f"uindo em metamorfose constante e f"u)o cont*nuo tendosido denominada acredito Xmudan+a na estabi"idade\% 6om e"a detentora de naturezabastante simi"ar esta a nona 8ephirah ?esod o fundamento que # Xestabi"idade em

    mudan+a\% Ta" como a tremenda ve"ocidade das part*cu"as e"etr.nicas assegura aestabi"idade do (tomo do mesmo modo as formas fugazes e o movimento de ?esodconstituem a permanncia e a seguran+a do mundo f*sico% / a nona 8ephirah e porconseguinte o nono d*gito compreendendo em si todos os n7meros precedentes%6omumente c&amada de p"ano astra" ou a"ma do mundo ?esod # aque"e fundamento desuti" substncia e"etromagn#tica no qua" todas as for+as mais e"evadas est$o foca"izadasconstituindo a base ou o mode"o fina" sobre o qua" o mundo f*sico # constru*do% ?esodtem natureza "unar a "ua sendo o "uminar atribu*do visto &aver uma curiosa re"a+$o entreo sat#"ite morto da Terra e a "uz astra"% ?esod comp"eta as trs tr*ades cu'o apndice #"al@uth a d#cima e 7"tima 8ephirah que representa em forma concreta numa comp"etacrista"iza+$o vis*ve" e tang*ve" aos sentidos todas as qua"idades dos p"anos precedentes% Apr-pria pa"avra significa reino o reino do mundo f*sico e o cen(rio das atividades eencarna+,es das a"mas e)i"adas de cima a morada do Esp*rito Santo% =o Zo&ar # dada a"etra X\ do nome divino a"al@uth que # c&amada de i"&a sendo o ref"e)o mundano doprimeiro X\ que # a M$e% Essa d#cima 8ephirah # c&amada a"&ures de =oiva de i"&a ede

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    evo"utivos e que fundamenta"mente compreendida a natureza do n7mero # o ritmo% Essa7"tima afirma+$o # importante '( que propor+,es e atividades &armoniosas rea"menteconduzem e marcam as primeiras manifesta+,es da de uma concep+$o idea" 1 consuma+$o da forma constru*da na qua" oidea" encontra sua morada terrestre% Assim para o teurgo os n7meros simbo"izam opr-prio ritmo do universo e com seus signos apropriados e"es representam poderes eentidades com os quais o teurgo procura comungar%

    ( um outro aspecto da `rvore da

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    sendo pecu"iarmente indicativas na esfera mundana de uma id#ia ce"estia"% Essa f-rmu"ametaf*sica tamb#m supre 0#vi da devida raz$o para fa"ar do Xdogma 7nico da magia J queo vis*ve" # para n-s a medida proporciona" do invis*ve"\% 8 mago francs tamb#m observaa"&ures que Xo vis*ve" # a manifesta+$o do invis*ve" ou em outros termos o perfeito 0ogosest( em coisas que s$o apreci(veis e vis*veis na e)ata propor+$o com aque"as que s$oinapreci(veis para os nossos sentidos e invis*veis para os nossos o"&os%%% A forma #proporciona" 1 id#ia%%% e sabemos que a virtude inata das coisas criou pa"avras e que e)isteuma e)ata propor+$o entre id#ias e pa"avras as quais s$o as primeiras formas e rea"iza+,esarticu"adas das id#ias\% / essa afirma+$o fi"os-fica da re"a+$o entre id#ias e coisas queproporciona a base "-gica fundamenta" de muito que # verdadeiro em magia% ?uanto aesse ponto teremos que vo"tar a e"e mais tarde pois &( ao "ongo do camin&o a"gumasoutras id#ias que e)igem aprimoramento%

    A f-rmu"a do Tetragrammaton # tamb#m ap"icada aos ?uatro Mundos e aosquatro e"ementos primordiais% A "etra XY\ # atribu*da ao mundo arquet*pico sendoconseqentemente o ;ai o gerador de tudo o todo devorador dos mundos% 8 XY\tamb#m representa nesse caso o e"emento fogo anunciando a natureza impetuosa ativa eespiritua" do ;ai% 8 primeiro X\ do Tetragrammaton # atribu*do ao mundo criativo ao

    qua" receptivo e passivo pertence o e"emento (gua% Esse p"ano representa a M$e queantes que o i"&o possa ser gerado aguarda a energia criativa e o inf"u)o da vida divinaproveniente do ;ai% A "etra X

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    conscincia ce"estiais e terrestres a"gumas divinas outras demon*acas e ainda outras queinc"uem os mais e)ce"sos deuses e Essncias universais% Esse # o ei)o da tota"idade dafi"osofia m(gica% Trata!se ao mesmo tempo de um monote*smo e de um po"ite*smo numsistema fi"os-fico 7nico% 8 universo todo # permeado por uma

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    8 ob'eto da magia # ent$o o retorno do &omem aos deuses o unir da conscinciaindividua" durante a vida com o ser maior das Essncias universais a mais abrangenteconscincia dos deuses que s$o as fontes perenes de "uz vida e amor% Somente assim parao ser &umano # poss*ve" &aver "iberdade e i"umina+$o e o poder de ver a be"eza e ama'estade da vida ta" como e"a rea"mente #% Mediante o retorno em esp*rito 1s fontes dasquais proveio apenas reabrindo a si mesmo a e"as como uma f"or dourada se abre e sevo"ta ao so" para absorver ansiosa e avidamente seu sustento e "uz pode o &omem atingira i"umina+$o e a suspens$o das amarras e gri"&,es terrestres% ;e"a descoberta de seupr-prio deus interior em primeiro "ugar e formando uma re"a+$o indisso"7ve" com osdeuses da vida universa" ser( encontrada a so"u+$o dos prob"emas do &omem e do mundo%;or meio dessa conscincia mais nobre de i"umina+$o transmitida pe"a uni$o divina #poss*ve" desenredar os emaran&ados do caos mundia"% / poss*ve" assim romper as amarrasque prendem o &omem com uma for+a superior a todas as cadeias e gri"&,es mortais%=en&um rompimento desses ferros # poss*ve" a n$o ser por meio do con&ecimento m(gicodo pr-prio eu interior e dos deuses de toda e)istncia%

    XSe a essncia e a perfei+$o de todo bem est$o compreendidas nos deuses e oprimeiro e antigo poder de"es # detido por n-s sacerdotes teurgosO e se por meio

    daque"es que simi"armente se prendem a naturezas mais e)ce"entes e genuinamente obtmuma uni$o com e"as o in*cio e o fim de todo bem # seriamente amea+ado J se esse for ocaso J # aqui que a contemp"a+$o da verdade e a posse da cincia inte"ectua" devem serdescobertas% E um con&ecimento dos deuses # acompan&ado do%%% con&ecimento de n-smesmos%\ __"istrios &g+pcios Hmb"ico%

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    6A;]TP08 V mas # tamb#m a cobra br.nzea de Mois#s quecircunda o tao isto # o lingam gerador> # a h4le dos gn-sticos e a cauda dup"a que formaas pernas do ga"o so"ar de Abra)os%\

    / nesses termos simb-"icos e"oqentes e singu"armente e)pressivos 1 sua maneiraembora com ressaibo de verbosidade para o "eitor fina" que o mago francs descreve a

    lu( astral! Trata!se de s*mbo"os sumamente interessantes e significativos e se bastantecuidado e aten+$o forem dispensados em sua interpreta+$o proporcionar$o consider(ve"instru+$o e poder$o servir para reve"ar muitas informa+,es va"iosas au)i"iando nacompreens$o inte"ectua" ao menos da natureza e das caracter*sticas desse p"ano suti"%

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    ondas de irradia+$o n$o s$o rea"idades em abso"uto% E a despeito disso o que #suficientemente estran&o observa 8ir Hames Heans em *s mistrios do niverso o #ter #uma das coisas mais reais Xde que temos qua"quer con&ecimento ou e)perincia sendoportanto t$o rea" quanto qua"quer coisa possive"mente possa ser para n-s\% A entidadeque os f*sicos e)perimentais &o'e definiriam como #ter teria que ser a"go que reagissequa"itativa e quantitativamente aos instrumentos e equa+,es matem(ticas de"es% ;or outro"ado quando os teurgos se referem 1 substncia magn#tica e e"#trica da "uz astra" umacondi+$o ou estado metaf*sico da substncia est( imp"*cito J uma condi+$o ou estado queatua"mente n$o pode ser mensurado ou observado com instrumentos f*sicos embora suae)istncia se'a corroborada nos mesmos termos por uma s#rie de videntes treinados emagos% Reside como '( afirmamos num p"ano e)istencia" e consciencia" comp"etamentediferente e suas part*cu"as vibram de uma ta" maneira e a uma ta" ta)a de movimento ques$o inteiramente invis*veis e impercept*veis aos nossos sentidos comuns e)teriores%

    Recentemente assistiu!se no dom*nio da especu"a+$o cient*fica ao desenvo"vimentoda teoria e"etromagn#tica que por motivos de ordem pr(tica da f*sica descarta comodesnecess(ria a &ip-tese vitoriana de um #ter "umin*fero ondu"ante que tudo penetra% =oseu "ugar foi insta"ada como se num trono ma'estoso coroada e venerada com devo+$o

    uma concep+$o matem(tica ainda mais abstrataU o m7"tip"o ou cont*nuo espa+o!tempo%Pm grupo de cientistas # inteiramente a favor da manuten+$o da &ip-tese do #terenquanto muitos outros n$o menos famosos e de menor autoridade est$o igua"menteconvictos de que uma ta" estrutura suti" como o #ter ine)iste e nem sequer # poss*ve"%Admitem!na apenas como uma estrutura te-rica de referncia caso em que assume opape" de uma &ip-tese de traba"&o destitu*da de qua"quer grau de rea"idade ob'etiva% Pme)ame das defini+,es cient*ficas desses dois grupos de cientistas entretanto reve"a o fatode que pe"as e)press,es ter e cont+nuo espa'o-tempo quadridimensional indicam um7nico e mesmo conceito% 8ir Art&ur Eddington em uma de suas recentes obras ao fazerreferncia a esses dois conceitos cient*ficos e)pressou a opini$o de que ambos os partidosquerem dizer e)atamente a mesma coisa sua cis$o estando somente nas pa"avras% 8ir

    Hames Heans em sua obra anteriormente mencionada observa caute"osamente com re"a+$oa essa obscura quest$o que parece apropriado descartar a pa"avra X#ter\ a favor dostermos mais modernos Xm7"tip"o\ ou Xcont*nuo\ apesar de o princ*pio essencia"permanecer quase tota"mente ina"terado% Em outra parte nessa mesma obra de erudi+$o os(bio cientista assevera que todos os fen.menos do e"etromagnetismo podem serconsiderados como ocorrentes num cont+nuo de quatro dimens,es J trs espaciais unidasa uma tempora" J no qua" # imposs*ve" separar o espa+o do tempo de qua"quer maneiraabso"uta% 6&amo aten+$o particu"armente para essa observa+$o porque se enquadraapro)imadamente na natureza de uma e)ata confirma+$o daqui"o que os mais eminentesmagos de todos os tempos escreveram re"ativamente a Anima "undi ou o A(oth! /poss*ve" indicar bem grosso modo as demais observa+,es de Heans dizendo que sedese'armos visua"izar a propaga+$o de ondas "uminosas e for+as e"etromagn#ticastomando!as como dist7rbios num #ter nosso #ter poder( ser considerado uma estruturaquadridimensiona" que preenc&e todo o cont+nuo estendendo!se assim por todo o espa+oe todo o tempo caso em que todos n-s desfrutamos do mesmo #ter%

    Esse #ter da cincia que todos podem desfrutar e que se estende ao "ongo doespa+o e do tempo servindo como o meio das vibra+,es de todos os tipos difere empoucos pontos essenciais da "uz astra" de 0#vi% A defini+$o em que insistemconstantemente os teurgos re"ativamente a esse p"ano et#reo # que se trata de um est(giode substncia p"(stica refinada menos densa e grosseira que aque"a que vemos

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    norma"mente em torno de n-s de natureza magn#tica e e"#trica servindo como ofundamento rea" sobre o qua" as formas e ac7mu"o de (tomos do universo f*sico seordenam a si mesmos% / o p"ano que em seu aspecto mais inferior constitui a verdadeirac"oaca do universo compreendendo aque"a faceta da conscincia que dirige os instintos eas energias dos animais> em suas ramifica+,es superiores e"evando!se a"#m dessa esferamundana rea"mente faz fronteira com o divino% ?ue assim # pode!se compreender pormeio da referncia 1 `rvore da

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    esses 7"timos como a maioria das crian+as da Terra # inf"uenciada de a"guma maneirape"as correntes que ondu"am por sua substncia% ;or conseguinte postar!se iso"ado emre"a+$o 1s suas cegas ondu"a+,es e transcend!"o caba"mente a ponto de se movernaque"e estrato mais e"evado que # sua a"ma n$o constitui rea"iza+$o desprez*ve" mas simdigna de todas as energias &umanas%

    Pma moderna autoridade em magia aque"a cu'o pseud.nimo # .herion dec"araque nos estratos superiores da "uz astra" Xdois ou mais ob'etos podem ocupar o mesmoespa+o ao mesmo tempo sem interferncia entre si ou perda de seus contornos% =essa "uzos ob'etos podem a"terar sua aparncia comp"etamente sem sofrer transforma+$o de suanatureza% A mesma coisa pode reve"ar a si mesma num n7mero infinito de aspectosdistintos% =essa "uz #!se c#"ere sem p#s e voa!se sem asas> pode!se via'ar sem se mover ese comunicar sem as formas convencionais de e)press$o_%\ =o que diz respeito aoprocesso de via'ar no corpo de lu( a autoridade que citei acima acrescenta que a"i somosinsens*veis ao ca"or ao frio 1 dor e a outras formas de percep+$o sensoria" que nessa lu(estamos presos pe"o que superficia"mente pode parecer uma s#rie inteiramente diferente de"eis% =esse p"ano que # o agente m(gico par e0cellence s*mbo"os emb"emas e se"os n$os$o conven+,es inte"ectuais e nem mesmo representa+,es arbitr(rias de id#ias universais e

    for+as naturais> s$o entidades vivas abso"utas possuindo nesse p"ano vida e e)istnciareais e independentes que "&es s$o pr-prias% Q primeira vista isso pode n$o parecerimportante mas ta" afirma+$o # rea"mente de m()ima importncia no traba"&o m(gico% 8ss*mbo"os representam no p"ano astra" entidades reais e tang*veis% =o cap*tu"o anterior nosesfor+amos para demonstrar que os n$meros indicavam com profundidade os processos deevo"u+$o e de desenvo"vimento e e)pressavam sinteticamente tanto o ritmo c-smicoquanto certas for+as e inte"igncias ocu"tas a que damos os nomes de deuses Dh4an1hohans e Essncias% A esses n7meros que representam for+as imensamente poderosass$o ap"ic(veis v(rios se"os e pictogramas os quais possuem nesse Mundo ormativo umae)istncia que n$o # em abso"uto simb-"ica no sentido no qua" entendemos norma"menteesse termo mas rea" vita" e viva% =a substncia p"(stica e ma"e(ve" da "uz astra" esses

    s*mbo"os podem ser ga"vanizados 1 atividade por uma vontade e uma imagina+$otreinadas% Essa substncia # pecu"iarmente suscet*ve" aos v.os e 1s obras da imagina+$oesta 7"tima possuindo o poder de transformar seu f"u)o perp#tuo e deformidade emmo"des e matrizes que a vontade # capaz de estabi"izar e energizar poderosamente numadada dire+$o% Entre numerosos e)emp"os est( registrado aque"e de uma mu"&er gr(vidaque tendo e)perimentado um c&oque nervoso a impress$o foi imediatamente transferidaatrav#s do meio da imagina+$o atuante sobre a "uz astra" ao feto em forma+$o gerado emseu 7tero% istoricamente as deusas que presidiam entre os antigos ao nascimento eramdeusas da "ua e conseqentemente da "uz astra"% 6onsidera!se entre essas ra+as que a "uapossui maior poder para ace"erar o desenvo"vimento da vida das p"antas e de toda avegeta+$o que o pr-prio so"% Sempre foi tida como o astro da mudan+a da gera+$o e daferti"idade% Em A doutrina secreta &( muita informa+$o e especu"a+$o incomuns arespeito da re"a+$o ocu"ta entre a "ua e o nosso p"aneta embora o mero saber que essare"a+$o rea"mente e)ista se'a suficiente para fina"idades pr(ticas por parte do novi+o% Acone)$o da "ua com a lu( astral # entretanto inteiramente v("ida a maioria dasautoridades nesse ponto estando de p"eno acordo% Astro"ogicamente a "ua # o p"aneta quesimbo"iza mudan+a e f"u)o e as cont*nuas a"tera+,es das formas a troca das condi+,es%=o p"ano astra" a vis$o treinada registrou que a"i as configura+,es mudam de forma cor etaman&o da maneira mais e)traordin(ria> e para o novi+o em 8@r4ing constitui umfen.meno sumamente desconcertante e enigm(tico ver um con'unto de percep+,es

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    desvanecer!se sob seu pr-prio nariz para ser substitu*do por um outro grupo de cenas queter( muito brevemente o mesmo destino% Trata!se de um ca"eidosc-pio osci"ante defen.menos sendo que as figuras formas e energias nunca est$o im-veis% ;or conseguinteestabe"ecer uma re"a+$o entre a "ua e a "uz astra" # uma correspondncia perfeitamente-bvia% Ademais foi observado que a "ua n$o bri"&a gra+as 1 sua pr-pria "uz interna eautogerada mas sim por ref"etir os raios do so"% Yesod a esfera da "ua na `rvore damas estava "oca"izado nas fronteiras do mundo vis*ve"> que n$o se tratava da um "ugarparticu"armente fe"iz percebe!se pe"a descri+$o de * livro dos mortos, quando o escribaAni a"i c&egou aparentemente desnorteado X=$o &( (gua ou ar aqui sua profundidade #insond(ve" # t$o escuro quanto a mais escura das noites e os &omens vagueiam semesperan+a\% Pma observa+$o fina" do vener(ve" protetor das Antigidades eg*pcias doMuseu Britnico # que o .uat era uma regi$o de destrui+$o e morte um "ugar onde osmortos apodreciam e se deterioravam um "ugar de abomina+$o e &orror terror eaniqui"amento> que isto coincide perfeitamente com as esferas astrais inferiores dedesintegra+$o ou @ama lo@apode!se tomar por certo%

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    8 divino astral era con&ecido como o reino de *s+ris ou Amentet> tamb#mc&amado de ilha da verdadeonde nen&uma a"ma podia ser conduzida ap-s sua morte at#que fosse dec"arada Xde pa"avra verdadeira\ pe"os deuses na rande Avalia'o! Pm cantodessa regi$o era especia"mente reservado como morada das a"mas beatificadas onde8s*ris na qua"idade de deus da verdade,era a esperan+a e conso"o eterno daque"es dedisposi+$o espiritua"% Teosoficamente Amentet poderia ser denominado Devachan amorada dos deuses e de um ponto de vista te7rgico ocuparia aque"a parte do A(oth 1 qua"demos o nome de divino astral! De acordo com * livro dos mortos &( sete grandessalBes e vinte e umpilBesque d$o acesso a essa regi$o ce"estia" &avendo para cada umdos vinte e um pi",es dois vigias ou guardi,es sagrados% =uma outra parte desse 0ivro s$odados com certo deta"&e os nomes dos arautos e guardi,es de portas mais as f-rmu"as demagia pr(tica mediante a qua" e"es podem ser sobrepu'ados o ingresso 1 ilha da verdaderea"izado% T$o precisos eram os magos eg*pcios em seu pensamento que imaginavamcorrespondncias entre as v(rias divis,es do Egito e os dom*nios metaf*sicos do .uat eAmentet! 6ada uma das v(rias camadas ou regi,es do mundo astra" tanto grosseiraquanto divina era mapeada com uma precis$o que mesmo &o'e n$o encontra com queriva"izar ou se igua"ar%

    ( um outra ana"ogia bastante significativa para a qua" devemos dirigir nossaaten+$o% Entre psicana"istas oficiais encontramos o conceito de inconsciente! Esse termoimp"ica uma corrente dinmica de pensamento mem-ria e tendncia que f"ui abai)o don*ve" de nossa conscincia norma" individua" servindo como o recept(cu"o de instintos emem-rias raciais e aque"es comp"e)os que s$o com freqncia o resu"tado de conf"itoconsciente% 6omo essa co"e+$o de instintos e impu"sos autom(ticos possui uma origem naevo"u+$o muito anterior 1 forma+$o e desenvo"vimento do inte"ecto no &omem #conseqentemente mais poderosa e urgente dentro de"e% / dessas camadas de &(bito econscincia racia" &erdada que se sup,e que os primitivos ten&am e)tra*do a e"abora+$o deseus e"oqentes mitos e "endas% Esses s$o assim n$o somente um registro de &ist-ria pr#!&ist-rica da ra+a mas tamb#m uma e)press$o dinmica daqui"o que esses psic-"ogos

    c&amariam de inconsciente coletivo visto que com respeito a toda ra+a e povo primitivosindependentemente de ter &avido ou n$o re"a+$o e comunica+$o sociais mitos e "endas s$oessencia"mente idnticos% 6onsiderando!se que aqui"o que os ana"istas c&amam deinconsciente # praticamente sin.nimo num certo aspecto do que os caba"istas denominam9ephesch e considerando!se que este 7"timo se funda na "uz astra" do mesmo modo que ocorpo f*sico se funda e se forma a partir da mat#ria grosseira &( entre a lu( astral e oconceito de inconsciente coletivouma c"ara correspondncia% Ta" como o inconsciente nocaso de a"guns indiv*duos # uma entidade vu"cnica subterrnea que despeda+a aintegridade e unidade da conscincia do mesmo modo a tradi+$o m(gica assevera que #ao aspecto inferior da "uz astra" o dep-sito de mem-rias raciais apetites predat-riosinstintos e todos os impu"sos animais que uma grande parte da esp#cie &umana deve seusprob"emas enfermidades e "ament(veis fontes de conf"ito% / sobre essa parte de 9epheschou do inconsciente que o mago afirma 0#vi tem que assentar seu p# de maneira que se'aconquistada contro"ada e mantida em seu "ugar adequado% Ao mesmo tempo entretantoo c&amado inconscientecom sua riqueza de materia" animado sua ferti"idade de id#ias esugest,es impressivas pode ser para a"gumas pessoas a fonte de inspira+$o po#tica eart*stica% Esse aspecto do inconsciente o aspecto mais e"evado ou divino da "uz astra" ou9eschamah no &omem # o que o mago busca cu"tivar e e)pandir visto que gra+as ao seucrescimento desenvo"vimento e faci"idade de e)press$o e"e opera tamb#m sua pr-priaintegridade individua" e a &abi"idade de superar a si mesmo%

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    =o interior dessa "uz astra" que individua"mente trazemos conosco em todas asocasi,es e em todos os "ugares vivemos nos movemos e somos% 6ada pensamento quetemos grava uma impress$o inde"#ve" na substncia impression(ve" daque"e p"ano J naverdade a tradi+$o sustenta que e"e se funde com a"guma das criaturas daque"e p"ano eent$o # transferido de nosso contro"e imediato para esse oceano pu"sante de vita"idade esentimento para inf"uenciar outras mentes no bem ou no ma"% Toda coisa viva respira eabsorve essa lu( "ivremente n$o sendo e)c"usividade ou particu"aridade de nen&uma% Defato ne"a vivemos muito seme"&antemente a um pei)e na (gua circundados por todos os"ados e em toda dire+$o> e como um pei)e n-s constantemente a aspiramos e e)piramosatrav#s de gue"ras astrais por assim dizer de"a e)traindo energia e para e"a acrescentandouma variedade de impress,es a cada momento% =$o s- # este agente m(gico aimagina'o da nature(a como tamb#m desempen&a o pape" de memria da nature(apois cada ato que rea"izamos cada pensamento que atravessa nosso c#rebro cada emo+$oao dei)ar nosso cora+$o registram a si mesmos na mat#ria astra" permanecendo a* portodo o tempo como um registro eterno de modo que aque"es que s$o capazes possam vere "er% ?uanto a isso /"ip&as 0#vi observou de maneira significativa que X8 =ivro das1onsci6ncias o qua" de acordo com a doutrina crist$ ser( aberto no dia derradeiro nada

    mais # do que a lu( astral na qua" est$o preservadas as impress,es de todo =ogos que #toda a+$o e toda forma% =$o &( atos so"it(rios e n$o &( atos secretos> tudo o que n-sverdadeiramente queremos ou se'a tudo o que confirmamos por nossas a+,es est(escrito na lu( astral)!

    Embora a"guns possam pensar que para o teurgo difici"mente possa &aver a"gomais interessante e esc"arecedor do que e)aminar a mem-ria dessa lu( n$o # esta a a+$odo teurgo pois isso nem o interessa nem "&e # 7ti" na pr(tica% 6omo seu ob'etivo # aaquisi+$o de autocon&ecimento e a uni$o divina seria uma certa perda de tempo preciosoenvo"ver!se na trans"itera+$o desse registro% A despeito de ser necess(rio ao magoinvestigar a natureza dessa "uz em seu corpo de lu(e fami"iarizar!se com os aspectosvariados de conscincia que esse p"ano continuamente apresenta no que diz respeito ao

    seu pr-prio traba"&o e"e sempre procura ascender aos dom*nios espirituais mais *gneos%Seu interesse na lu( astral sendo esta um p"ano magn#tico dinmico # no sentido damesma "&e servir mais pronta e adequadamente do que qua"quer outra coisa para foca"izaras for+as e inte"igncias com as quais e"e aspira entrar em contato% Em segundo "ugarporque nessa lu( ou em suas camadas superiores e"e pode perceber a si mesmo emref"e)o como os outros o vem por assim dizer e assim obter dados confi(veis que oconduzam ao autocon&ecimento%

    Separando o bem do ma" o #ter so"ar divino do #ter "unar ma"#fico ocorreautomaticamente uma divis$o nessa "uz% =esse p"ano parece que os pensamentos impurosdos &omens perduram por um per*odo mais "ongo que os bons pensamentos porque essesaparentemente sobem 1s camadas mais e"evadas 1s regi,es de harmonia e 1s partessuperiores do mundo da forma'o!8 resu"tado # que a "uz astra" cu'o espa+o "unar #povoado pe"os e"ementos mais grosseiros e ma"iciosos do ser torna!se gradua"mente cadavez mais contaminada sua su'eira pairando sobre a esp#cie &umana como uma morta"&at-)ica mort*fera% =os "ivros da 6aba"a os constituintes dessa morta"&a venenosa s$ocomparados aos 2liphoth ou casc,es e)crementais dos est(gios mais bai)os de e)istncia%S$o os c-rtices adversos Xdem.nios de rosto canino\ de acordo com os or#culoscaldeus Xnos quais n$o &( tra+o de virtude 'amais mostrando aos mortais qua"quer sina"de verdade\% / esse aspecto da "uz astra" que # para cada ser &umano a serpente sedutorado mal do nese e # aque"e aspecto cego que tem que ser transcendido pe"o teurgo

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    visto que sendo representado em sua pr-pria constitui+$o # o que obsta a e)ecu+$o darande 8bra% Se esse processo de preenc&imento do p"ano astra" com os 2liphothcontinuasse indefinidamente sem qua"quer meio adequado de e"imin(!"o e proceder a umapurifica+$o resu"taria no envenenamento tota" da esp#cie &umana por suas pr-priasemana+,es vis% A despeito de todos os esfor+os do modesto grupo de m*sticos e teurgosao "ongo das eras que transmutam atrav#s de suas pr-prias vidas e rea"iza+,es espirituaisos e"ementos bai)os em bem duradouro e af(ve" o ma" se torna mais pesado em cima doque embai)o por assim dizer% A e)cessiva for+a ma"#fica # ent$o precipitada de acordocom as "eis naturais e c*c"icas% Essas precipita+,es de impureza astra" ocorrem rea"mentesob as formas de convu"s,es desastrosas da natureza% Terremotos incndios e enc&entese"ementais e crimes e doen+as catac"*smicas s$o a"gumas de suas manifesta+,es%Escrevendo profundamente para confirma+$o desse parecer /"ip&as 0#vi dec"ara aconvic+$o de que a "uz astra" # Xa for+a misteriosa cu'o equi"*brio # a vida socia"progresso civi"iza+$o e cu'o dist7rbio # a anarquia revo"u+$o barb(rie de cu'o caos umnovo equi"*brio fina"mente se desenvo"ve o cosmos de uma nova ordem quando umaoutra pomba paira sobre as (guas enegrecidas e turvas% Essa # a for+a pe"a qua" o mundo #transtornado as esta+,es s$o mudadas pe"a qua" a noite da mis#ria e desgoverno pode ser

    transfigurada no dia do 6risto%%% na era de uma nova civi"iza+$o quando as estre"as daman&$ cantam em con'unto e todos os fi"&os de Deus proferem um brado de a"egria\%

    Assim ao mesmo tempo a "uz astra" # um nimbo de m()ima santidade e umaserpente vi" de destrui+$o a mais e)ce"sa concep+$o de um dom*nio ce"estia" bem como domais ab'eto inferno de deprava+$o% Se # atrav#s dos canais da "uz astra" que s$oe)ecutadas as ca"amidades universais e se a anarquia e as cat(strofes s$o o produto de seudesequi"*brio e perturba+$o segue!se que atrav#s desse meio tamb#m pode uma ordemnova e aprimorada de equi"*brio e &armonia ser institu*da sobre a Terra mesmo em nossopr-prio tempo% Pma civi"iza+$o mais am(ve" pode assim ser o resu"tado da presentepassagem a esmo pe"o caos e a confus$o ign-bi"% Eis aqui ent$o uma c&ave 1 nossadisposi+$o%

    A"guns tm acusado o teurgo de ser ego*sta no sentido de parecer primeiroempen&ar!se a favor de sua pr-pria sa"va+$o% =a rea"idade seu 'uramento diz respeito aessa grande rea"iza+$o essa transfigura+$o do mundo de desgoverno num aeon maisc"aro> e"e 'urou ser o arauto invis*ve" e si"ente de um mundo novo e me"&or%Superficia"mente pode parecer que e"e tenta "ograr um grau de conscincia espiritua" parasi mesmo apenas e que n$o se importa em abso"uto com o bem!estar da &umanidade% Masseus esfor+os para a"can+ar a divindade fina"mente redundam no sumo proveito docamin&ar norma" da esp#cie &umana% XEu %%%\ disse um s(bio X%%%se for erguido erguereitoda a &umanidade comigo%\ Assim # com o teurgo% ;roc"o observou que por meio dasinvoca+,es m(gicas e a uni$o espiritua" as essncias divinas parecem de a"gum mododescer ao mundo e encarnar entre as fi"eiras dos &omens% ?uando o teurgo consumou auni$o com a Alma niversal e se tornou uno com as grandes ess6ncias que constituem aalma e intelig6ncia diretora deAdo

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    constitu*rem a ordem de sua pr-pria vida e enquanto e"e n$o tiver equi"ibrado aque"aesfera com as &ss6ncias niversais os centros perenes da lu( e da vida que sustentam ouniverso em todas as suas ramifica+,es n$o ser( capaz de concretizar de maneira caba"esse son&o ut-pico da &umanidade%

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    6A;]TP08 aque"e &omem # devo"vido 1 &arrmonia e J # c"aro Jo universo # estaticamente transformado% Assim a Xuni$o com um deus\ e o )tase queda* adv#m s$o o resu"tado de &armonizar ou equi"ibrar por meio da magia as v(rias at#ent$o conf"itantes ou separadas por+,es da conscincia% =ada novo foi acrescentado 1mente ou invadiu a esfera da conscincia a partir do e)terior para que um &omem devesseestar t$o i"uminado e capacitado a perceber com fino arrebatamento a be"eza da natureza ea g"-ria esp"ndida no cora+$o de todas as coisas% 6ertos centros de sua mente ou id#iaspoderosas at# aqui "atentes no interior dos departamentos de seu pr-prio ser foramestimu"ados a ta" ponto que uma s*ntese mais e"evada e um mundo me"&or s$o reve"ados%

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    ao mesmo tempo a &armonia de todas as outras mCnadascom as quais no corpo de Ado

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    menos compreendido e encora'ado um &omem e)iste como me"&or m*stico e maior magona ren7ncia em sacrif*cio devoto 1 ob"a+$o de sua pr-pria vontade e ego &umanos demaneira que a Vontade de seu7ai no c#u possa ser consumada na Terra%

    6omo as 8ephiroth superiores e as &ss6ncias csmicas se pro'etam em formasmais densas e em mat#ria menos suti" do mesmo modo atuam as 8ephiroth &umanas emobedincia 1 "ei do macrocosmo% Abai)o doA%ismo as cinco 8ephiroth seguintes recebemo nome de Alma humana ou Ruach um princ*pio composto de raz$o vontadeimagina+$o mem-ria e emo+$o centradas na 8ephira da &armonia% / esteRuach que # ove*cu"o criado do eu real um mecanismopor assim di(er criado atrav#s de "ongos eonsde evo"u+$o esfor+o e sofrimento como um recurso para obten+$o de contato com omundo e)terno de modo que pe"a e)perincia assim obtida o eu possa atingir umacompreens$o autoconsciente de seus pr-prios poderes divinos e natureza e"evada% / emRuach que a autoconscincia # centrada embora se'a verdadeira a anoma"ia psico"-gica deque esse mecanismo de percep+$o desenvo"vido somente como um instrumento usurpa opoder daque"e que "&e deu origem co"ocando a si mesmo num pedesta" como o ego comoaque"e que possui poder rea" discernimento vontade e capacidade de reso"ver osprob"emas da vida% Este Ruach que c&ama a si mesmo de Xeu\ a"te