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As briófitas: São plantas pequenas, geralmente com alguns poucos centímetros de altura, que vivem em lugares úmidos e sombrios. Uma das características mais marcantes das briófitas é a ausência de vasos para a condução de nutrientes. Estes são transportados de célula a célula por todo o vegetal. É por isso que não existem briófitas muito grandes. O transporte de água de célula a célula é muito lento e as células mais distantes morreriam desidratadas. O musgos e as hepáticas são os principais representantes das briófitas. O conjunto de musgos forma uma espécie de "tapete" esverdeado, observado comumente nos solos, muros e barrancos úmidos. Podem formar uma ampla cobertura sobre o solo, protegendo-o contra a erosão. As briófitas não tem raízes. Fixam-se ao solo por meio de filamentos chamados rizóides, que absorvem a água e os sais minerais de que o vegetal necessita. Também não possuem verdadeiro caule. Tem uma haste denominada caulóide que não apresenta vasos para a condução da seiva. Suas "folhas" denominam-se filóides e são apenas partes achatadas do caulóide. Reprodução: A reprodução das briófitas apresenta duas fases: uma assexuada e outra sexuada.Os musgos verdes que podemos ver num muro úmido são plantas sexuadas que representam a fase chamada de gametófito, isto é, fase produtora de gametas. O gametófito masculino produz gametas móveis, com flagelos, chamados de anterozóides. Já o feminino produz gametas imóveis, chamados de oosferas. Levados pelas gotas de chuva, os anterozóides alcançam a planta feminina e nadam em direção à oosfera. Da união de

As briófitas

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Page 1: As briófitas

As briófitas:

São plantas pequenas, geralmente com alguns poucos centímetros de altura, que

vivem em lugares úmidos e sombrios.

Uma das características mais marcantes das briófitas é a ausência de vasos para a

condução de nutrientes. Estes são transportados de célula a célula por todo o vegetal. É por

isso que não existem briófitas muito grandes. O transporte de água de célula a célula é muito

lento e as células mais distantes morreriam desidratadas.

O musgos e as hepáticas são os principais representantes das briófitas. O conjunto de

musgos forma uma espécie de "tapete" esverdeado, observado comumente nos solos, muros e

barrancos úmidos. Podem formar uma ampla cobertura sobre o solo, protegendo-o contra a

erosão.

As briófitas não tem raízes. Fixam-se ao solo por meio de filamentos chamados

rizóides, que absorvem a água e os sais minerais de que o vegetal necessita. Também não

possuem verdadeiro caule. Tem uma haste denominada caulóide que não apresenta vasos

para a condução da seiva. Suas "folhas" denominam-se filóides e são apenas partes achatadas

do caulóide.

Reprodução:

A reprodução das briófitas apresenta duas fases: uma assexuada e outra sexuada.Os

musgos verdes que podemos ver num muro úmido são plantas sexuadas que representam a

fase chamada de gametófito, isto é, fase produtora de gametas.

O gametófito masculino produz gametas móveis, com flagelos, chamados de

anterozóides. Já o feminino produz gametas imóveis, chamados de oosferas. Levados pelas

gotas de chuva, os anterozóides alcançam a planta feminina e nadam em direção à oosfera. Da

união de um anterozóide com uma oosfera, surge o zigoto, que, sobre a planta feminina cresce

e forma um embrião, que se desenvolve originando a fase assexuada chamada de esporófito,

isto é, fase produtora de esporos.

O esporófito possui uma haste e uma cápsula, no interior da qual formam-se os

esporos. Quando maduros, os esporos são liberados e podem germinar no solo úmido. Cada

esporo, então, pode formar uma espécie de "broto" chamado de protonema. Cada protonema,

por sua vez, desenvolve-se e origina um novo musgo verde (gametófito).

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A relação das briófitas com a água:

            As briófitas enfrentam os mesmos problemas de sobrevivência que as plantas

vasculares no ambiente terrestre. A água é essencial para o metabolismo, mas é um

suprimento limitado errático no ambiente acima do solo. Briófitas e plantas vasculares

exemplificam dois padrões alternativos de adaptação a essas condições. As briófitas têm de

utilizar a água onde e quando ela está disponível acima do solo, enquanto as plantas

vasculares possuem raízes e um sistema de condução eficiente.

            Muitas briófitas estão confinadas a ambientes úmidos, mas algumas são capazes de

tolerar a deficiência hídrica e outras são extremamente tolerantes à dessecação e altamente

adaptadas a uma existência poiquilo-hídrica, ocorrendo, desse modo, em ambientes hídricos,

mésicos e xéricos.

            As briófitas são bastante diversificadas em suas adaptações para a absorção e

condução de água. Nas espécies ditas endo-hídricas, a água é absorvida do substrato e

conduzida internamente até os filídios ou outra superfície evaporante, através de um sistema

condutor, o qual é bem mais simples que o xilema das plantas vasculares. Ocorrem, em geral,

em substratos úmidos, permeáveis e estão bem representadas na base de troncos de árvores,

em brejos e em solos bem drenados. Nas briófitas ecto-hídricas, a água é facilmente absorvida

(e perdida) e conduzida sobre a sua superfície, sendo o movimento desta muito mais difuso.

Ocorrem principalmente em substratos impermeáveis e com pouca disponibilidade de água,

Page 3: As briófitas

tais como troncos de árvores, rochas e em solos pedregosos e compactados. São capazes de

armazenar grandes quantidades de água após a chuva ou orvalho. Existem muitas briófitas que

combinam mecanismos de condução endo e ecto-hídricos, sendo chamadas, então, de "mixo-

hídricas".

            A condução de água nas briófitas, assim, pode se processar pelos seguintes

mecanismos:

a - através de células condutoras especializadas, os hidróides, os quais são desprovidos de

protoplasto vivo na maturidade mas não apresentam paredes celulares lignificadas; existem,

também, células condutoras de fotossintatos, os leptóides, que mantêm vivo o seu protoplasto

na maturidade.

b - através de espaços intercelulares;

c - de célula a célula, através das paredes celulares;

d - por espaços capilares externos;

e - através de células parenquimáticas condutoras;

f - através de células hialinas especializadas, providas de poros.

            Um cilindro central bem desenvolvido é característico das briófitas endo-hídricas,

especialmente as de maior dimensão. A condução capilar externa é especialmente importante

em muitas espécies ecto-hídricas. Entretanto, tais caminhos respondem apenas por uma parte

do movimento da água em cada caso. No córtex do caulídio, na lâmina do filídio e nas formas

talosas (hepáticas e antóceros), muita água deve movimentar-se ao longo das paredes

celulares ou de célula a célula. 

            Os sistemas de condução capilar são diversos e complexos, incluindo os espaços entre

filídios, entre filídios e caulídio e em meio aos rizóides e tomentos, bem como entre as papilas

que cobrem a superfície das células. Poucas são as briófitas que apresentam sistemas

capilares internos formados por células especializadas, podendo-se destacar, nesse aspecto,

as famílias Sphagnaceae, Leucobryaceae e Calymperaceae. Em tais briófitas existem células

hialinas sem conteúdo protoplasmático vivo, providas de poros, denominadas de leucocistos,

que atuam eficazmente na condução célula a célula. O sistema capilar interno também está

representado pelo transporte via parede celular e deve ocorrer, principalmente, entre as

briófitas endo-hídricas.

As pteridófitas:

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            Na evolução das plantas, as pteridófitas foram os primeiros vegetais a apresentar um

sistema de vasos para conduzir nutrientes. Assim, possuem raiz, caule e folha verdadeiros.

Seu caule é geralmente subterrâneo e é denominado rizoma. A samambaia e a avenca são

exemplos desse grupo de vegetais.

            A maioria das pteridófitas é terrestre e habita, de preferência, lugares úmidos e

sombrios. A samambaia e a avenca podem viver sobre outras plantas, mas sem prejudicá-las.

O dendezeiro é uma das hospedeiras preferidas dessas pteridófitas.

Reprodução:

            As pteridófitas, como as briófitas, se reproduzem por meio de um ciclo que apresenta

uma fase assexuada e outra sexuada.

            Uma samambaia-de-metro, por exemplo, que é comum em residências, é uma planta

assexuada produtora de esporos. Por isso, ela representa a fase chamada de esporófito.

            Em certas épocas, na superfície inferior das folhas da samambaia, formam-se pontos

escuros chamados de soros, onde se produzem os esporos.

            Quando os esporos amadurecem, os soros abrem-se, deixando-os cair no solo úmido;

cada esporo, então, pode germinar e originar um prótalo, uma plantinha bem pequena em

forma de coração. O prótalo é uma planta sexuada, produtora de gametas; por isso, ele

representa a fase chamada de gametófito.

            No prótalo, formam-se os anterozóides e as oosferas. O anterozóides, deslocando-se

em água, nada em direção à oosfera, fecundando-a. Surge, então, o zigoto, que se desenvolve,

transformando-se em uma nova samambaia. Quando adulta, esta planta forma soros, iniciando

novo ciclo de reprodução.

            Este processo de reprodução em um ciclo com uma fase assexuada e outra sexuada

denomina-se alternância de gerações.

As briófitas são características de ambientes terrestre úmido, embora algumas apresentem adaptações que permitem a ocupação dos mais variados tipos de ambientes, resistindo tanto à imersão, em ambientes totalmente aquáticos, como a desidratação quando atuam como sucessores primários na colonização, por exemplo, de rochas nuas ou mesmo ao congelamento em regiões polares. Apresenta-se, entretanto sempre dependentes da água, ao menos para o deslocamento do anterozóide flagelado até a oosfera. Esta Divisão não possui representante marinha.

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As pteridofitas são normalmente usadas como plantas ornamentais, sendo o emaranhado das raízes dos fetos arborescentes utilizados como substrato para o cultivo de orquídeas. O tronco da samambaiaçu é utilizado para fazer xaxim. Algumas pteridófitas são usadas como vermífugos. Tradicionalmente usadas na culinária oriental, alguns brotos de samambaia têm ação comprovadamente cancerígena.

BRIÓFITAS

Essa Divisão compreende vegetais terrestres com morfologia bastante simples, conhecidos popularmente como "musgos" ou "hepáticas". São organismos eucariontes, pluricelulares, onde apenas os elementos reprodutivos são unicelulares, enquadrando-se no Reino Plantae, como todos os demais grupos de plantas terrestres.

OBS: bryon (grego)-musgo; e phyton (grego)-planta.

Possuem clorofila a e b; Possuem amido como polissacarídeo de reserva;

As células possuem parede (composta por celulose);

Presença de cutícula;

Ciclo de vida diplobionte heteromórfico, esporófito parcial ou completamente dependente do gametófito;

Reprodução o orgânica;

Esporófito não ramificado, com um único esporângio terminal;

Gametângio e esporângios envolvidos por camada de células estéreis.

As briófitas são características de ambientes terrestre úmido, embora algumas apresentem adaptações que permitem a ocupação dos mais variados tipos de ambientes, resistindo tanto à imersão, em ambientes totalmente aquáticos, como a desidratação quando atuam como sucessores primários na colonização, por exemplo, de rochas nuas ou mesmo ao congelamento em regiões polares. Apresenta-se, entretanto sempre dependentes da água, ao menos para o deslocamento do anterozóide flagelado até a o osfera. Estas Divisões não possuem representantes marinhas.

As briófitas são diplobionte, apresentando alternância de gerações heteromórfica entre gametófito ramificado, fotossintetizante e independente e esporófito não ramificado e ao menos parcialmente dependente do gametófito.

A partir da meiose ocorrida em estruturas especiais do esporófito surgem os esporos que ao germinarem originam os gametófitos. Os esporos podem originar diretamente a planta que produzirá as estruturas reprodutivas, normalmente eretas ou originar primeiro uma fase filamentosa, com filamento unisseriado, ramificado, com paredes transversais oblíquas ao eixo longitudinal (protonema), que dará origem à parte ereta.

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Os gametófitos podem ser divididos em rizóides, filídios e caulídios. Os mais simples não apresentam diferenciação entre filídio e caulídio e geralmente são prostrados, sendo denominados talosos, enquanto aqueles onde se distinguem essas estruturas, normalmente eretos, são denominados folhosos.

No ápice dos gametófitos surgem estruturas de reprodução características, denominados arquegônios, onde se diferencia o gameta feminino (oosfera) e anterídios, onde se diferenciam os gametas masculinos (anterozóides).

Nas briófitas o zigoto germina sobre a planta mãe e o esporófito resultante permanece ligado a ela durante toda a sua vida, apresentando dependência parcial ou total.

Os Esporófitos nunca são ramificados e apresenta diferentes graus de complexidade segundo o grupo a que pertencem, podendo ser divididos em pé, seta e cápsula. O pé apresenta-se imerso no tecido do gametófito e é responsável pela absorção de substâncias. Sustentado pela seta encontra-se o esporângio terminal, denominado cápsula, apresentando um envoltório de tecido externo com função de proteção, sendo os esporos diferenciados por meiose a partir de camadas internas (tecido esporógeno). Em certos casos, quando a cápsula apresenta deiscência transversal, observa-se um opérculo que se destaca para permitir a passagem dos esporos. A cápsula pode estar parcial ou totalmente coberta pela caliptra que é formada por restos do tecido do arquegônio transportados durante o desenvolvimento do esporófito, e fornece uma proteção adicional. O esporófito, embora sempre dependente do gametófito pode, em certas classes de Bryophyta (Anthocerotae e Musci), realizar fotossíntese, ao menos durante o início do seu desenvolvimento.

As briófitas podem apresentar três tipos de reprodução

1. Gamética: Em condições adequadas de umidade, os anterozóides pequenos e biflagelados são liberados pelo rompimento da parede do anterídio, enquanto as células do canal do arquegônio rompem-se, liberando um fluido que direciona os anterozóides até a oosfera, havendo então a fecundação;

2. Espórica: A liberação dos esporos ocorre através de movimentos higroscópicos dos dentes do peristômio. Esses movimentos são devidos a variação da umidade do ar;

3. Vegetativa - 4 formas de reprodução:

Fragmentação: desenvolvimento de fragmentos do talo em outro indivíduo. Gemas (ou propágulos): estruturas especialmente diferenciadas, com forma

definida, que darão origem a um novo indivíduo. As gemas são produzidas dentro de estrutas em forma de taça denominadas conceptáculos.

Aposporia: desenvolvimento do esporófito em gametófito sem que ocorra meiose. Normalmente ocorre a partir de um fragmento da seta cuja regeneração origina um gametófito. Pode resultar na formação de organismos poliplóides.

Apogamia: desenvolvimento do gametófito em esporófito sem que haja fecundação. Pode ocorrer não apenas a partir de gametas, mas também de filídios ou do própio protonema.

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Na Antigüidade, o termo "muscus" era utilizado por estudiosos gregos e romanos englobando, além das briófitas propriamente ditas, os líquens e algumas algas, plantas vasculares e mesmo invertebrados.

Embora na Renascença alguns autores tenham estudado gêneros de interesse médico, Dillenius (1741) em sua obra "Historia Muscarum" foi o primeiro autor a estudar esses organismos de forma mais compreensiva. No entanto, o trabalho interpreta erroneamente a cápsula (esporângio) como antera e os esporos como grãos de pólen. Em função disso, Linnaeus (1753) em "Species Plantarum" classifica as briófitas como próximas a angiospermas.

A interpretação correta das estruturas encontradas nesses vegetais, não apenas referntes ao esporófito, mas também ao ciclo de vida, a função de anterídios e arqugônios foi dada por Hedwig (1801), permitindo o estabelecimento de bases mais corretas para sua classificação.

Atualmente briófitas são separadas pela maioria dos autores em 3 classes, Hepaticae, Anthoceotae e Musci (eg. Schofield, 1985). Outros autores tratam essas três classes como Divisões.

Classe Hepaticae: hepatos (grego)-fígado.

É constituída por cerca de 300 gêneros e 10.000 espécies.

Classe Anthocerotae: anthos (grego)-flor.

É constituída por apenas gêneros e 300 espécies.

Classe Musci: muscus (latim)-musgo.

É constituída por cerca de 700 gêneros e 14.000 espécies.

PTERIDÓFITAS

EVOLUÇÃO PARA PTERIDÓFITAS -- Um grupo vegetal com características peculiares surgiu a partir do Siluriano (400ma), ocupando a região de transição entre a água e a terra: as psilófitatas (Psilophytatae). Evoluíram a partir de algas semelhantes a clorofíceas com talos complexos, alternância de gerações e meristemas apicais. Foram as primeiras plantas terrestres a apresentarem vasos condutores de seiva e estômatos apesar de ainda não possuírem raízes verdadeiras. Para resolver o problema de sustentação em terra firme, cada célula desenvolveu um preenchimento com lignina em sua parede celular que lhe possibilitou maior resistência. A primeira planta, Rhynia, possuía meio metro de altura e era completamente desprovida de folhas. Seu caule era subterrâneo do tipo rizoma, apresentando rizóides. Era composta por talos cilíndricos em cuja extremidade se encontrava o esporófito. Estes talos possuíam cutícula e estômatos.

Com relação à origem das primeiras plantas vasculares encontramos explicações que diferem da simples evolução direta a partir das algas verdes. ATSATT (1988) sugere que esta origem pode estar em simbioses de algas verdes e fungos (liquens). A origem

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pode estar em um parasitismo por fungos que rapidamente se transformou em mutualismo e terminou por uma aquisição por parte da planta hospedeira do genoma fungal. Assim as plantas vasculares evoluíram com as várias contribuições do genoma fungal que levou a especialização de várias células. O corpo do vegetal seria, então, um mosaico onde seriam encontradas várias células de algas e fungos adicionados de várias formas intermediárias. WF Lamboy, desenvolveu um modelo onde afirma que algumas evoluções que ocorreram nas Angiospermas foram consequências da transferência de genes de fungos parasitas ou simbióticos para suas plantas hospedeiras.

As possibilidades de um ser parasita passar a fazer parte do organismo do hospedeiro já foi comprovada em laboratório por K.W. Jeon e M.S. Jeon em 1989. Trabalhando com Amoebae proteus, uma ameba e Tetrahymena, uma bactéria, eles verificaram que a endosimbiose que se iniciou como parasitismo, se transformou em um componente citoplasmático importante em um curto período de tempo (cinco anos). Se levarmos em consideração que a evolução pode ser um processo relativamente lento, as possibilidades de surgimento dessas relações e em conseqüência as variações delas decorrentes são realmente fantásticas.

Os primeiros representantes das pteridófitas se originaram já no Devoniano. São vegetais criptógamos vasculares e cormófitas. Traduzindo isto quer dizer: são vegetais que não apresentam flores, possuem vasos condutores de seiva e o aparelho vegetativo com raiz, caule e folhas bem desenvolvidas. Assim como as briófitas apresentam alternância de gerações, entretanto, a fase duradoura é representada pelo esporófito e a fase transitória é representada pelo gametófito que recebe o nome de protalo, haplóide.

A fecundação ocorre sempre com a participação da água. O protalo é uma estrutura, geralmente, pequena, verde e em forma de lâmina vivendo acima do solo. Em alguns casos ele pode ser saprófita e ser encontrado dentro do solo, sendo neste caso incolor. Não importando sua forma ele tem um período de vida curto não ultrapassando algumas semanas (em situações especiais caso não haja a fecundação o protalo pode viver durante anos).

São encontradas nos mais variados ambientes desde ambientes desérticos até ambientes aquáticos, podendo ser, também, epífitas. Seu tamanho pode variar bastante podendo ser pequenas como a aquática Salvinia até espécies arborescentes como a samambaiaçu, Cyathea com mais de 5m.

Algumas pteridófitas apresentam diferenciação em suas folhas. Assim um tipo de folha se encarrega das funções vegetativas, sendo neste caso chamada de trofófilo e um segundo tipo que se encarrega, além das funções vegetativas das funções reprodutivas, sendo chamada esporófilo. A esse fenômeno dá-se o nome de heterofilia.

A folha, o caule e a raiz são bem desenvolvidos sendo esta última protegida pela coifa. Todos com vasos condutores.

Seus representantes mais relevantes se encontram nas seguintes classes: Lycopsida (licopodium e selaginela), Equisetatae (composta apenas pelo gênero Equisetum), e Filicatae (fetos arborescentes, salvinia, samambaias).

 

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CONCLUSÃO

As briófitas são organismos multicelulares autótrofos, de pequeno porte, a grande maioria não ultrapassa 30cm. Vivem em ambientes úmidos e sombreados; não possuem sistema de vasos condutores.

As características gerais são:

I. A grande maioria das espécies é terrestre de ambiente úmido e sobreado (musgos, hepáticos anthóceros).

II. São plantas avasculares (ausência de vasos condutores); os líquidos são conduzidos por difusão célula a célula.

III. Ocorrem ainda espécies com a Ricciocarpus natans que flutua em H2O doce e a Riccia flutuantes que vivem submersas em água doce.

IV. O musgo do gênero Shpagnum forma a turfa, que funciona como adubo na melhoria solo, quando seco e moído pode ser utilizado como combustível. 

As Pteridofitas são atuais, e as outras divisões existentes foram extintas no fim do devoniano e se caracteriza como:

grande diversidade de formas e habitat; caule, em geral, é um rizoma subterrâneo, exceto em espécies eretas;

Raízes se formam na porção inferior de um caule aéreo ou na superfície inferior do rizoma;

folhas ( megáfilos ) são chamadas de fronde e apresentam pecíolo e lâmina, que pode ser inteira ou pinada. A continuação do pecíolo na lâmina é chamada de raque; fixadas à raque e mais ou menos opostas umas às outras, estão pares de folhas chamadas pinas. As frondes jovens são chamadas de báculos e expandem se por desenrolamento;

na maioria das plantas, as folhas são tanto fotossintetizante quanto esporófilosesporófilos apresentam na face abaxial pequenos pontos escuros chamados soros , que são reuniões de esporângios. Estes podem ou não estar protegidos por uma película chamada indúsio;

esporângio eusporangiado: característico de ordens mais primitivas, seu desenvolvimento ocorre a partir de um grupo de células do esporófilo e, portanto, a parede do esporângio é pluriestratificada;

esporângio leptosporado: desenvolve - se a partir de uma única célula do esporófilo e, portanto, apresentam parede uniestratificada;maioria homosporada, com protalo monóico e exospórico ( aquáticas são heterosporadas, com protalo dióico e endospórico ).

Page 10: As briófitas

Briófitas

Briófitas (do gergo bryon: 'musgo'; e phyton: 'planta') são plantas pequenas, geralmente com alguns poucos centímetros de altura, que vivem preferencialmente em locais úmidos e sombreados.

O corpo do musgo é formado basicamente de três partes ou estruturas:

rizoides - filamentos que fixam a planta no ambiente em que ela vive e absorvem a água e os sais minerais disponíveis nesse ambiente;

cauloide - pequena haste de onde partem os filoides; filoides -estruturas clorofiladas e capazes de fazer fotossíntese.

 

 

Estrutura das briófitas

 

Essas estruturas são chamadas de rizoides, cauloides e filoides porque não têm a mesma organização de raízes, caules e folhas dos demais grupos de plantas (a partir das pteridófitas). Faltam-lhes, por exemplo, vasos condutores especializados no transporte de nutrientes, como a água. Na organização das raízes, caules e folhas verdadeiras verifica-se a presença de vasos condutores de nutrientes.

Devido a ausência de vasos condutores de nutrientes, a água absorvida do ambiente e é transportada nessas plantas de célula para célula, ao longo do corpo do vegetal. Esse tipo de transporte é relativamente lento e limita o desenvolvimento de plantas de grande porte. Assim, as briófitas são sempre pequenas, baixas.

Acompanhe o raciocínio: se uma planta terrestre de grande porte não possuísse vasos condutores, a água demoraria muito para chegar até as folhas. Nesse caso, especialmente nos dias quentes - quando as folhas geralmente transpiram muito e perdem grande quantidade de água para o meio ambiente -, elas ficariam desidratadas (secariam) e a planta morreria. Assim, toda a planta alta possui vasos condutores.

 

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Hepática

 

Mas nem todas as plantas que possuem vasos condutores são altas; o capim, por exemplo, possui vasos condutores e possui pequeno porte. Entretanto, uma coisa é certa: se a planta terrestre não apresenta vasos condutores, ela terá pequeno porte e viverá em ambientes preferencialmente úmidos e sombreados.

Musgos e hepáticas são os principais representantes das briófitas. O nome hepáticas vem do grego hepathos, que significa 'fígado'; essas plantas são assim chamadas porque o corpo delas lembra a forma de um fígado.

Os musgos são plantas eretas; as hepáticas crescem "deitadas" no solo. Algumas briófitas vivem em água doce, mas não se conhece nenhuma espécie marinha.

 

Reprodução das briófitas

Para explicar como as briófitas se reproduzem, tomaremos como modelo o musgo mimoso. Observe o esquema abaixo.

Os musgos verdes que vemos num solo úmido, por exemplo, são plantas sexuadas que representam a fase chamada gametófito, isto é, a fase produtora de gametas.

Nas briófitas, os gametófitos em geral têm sexos separados. Em certas épocas, os gametófitos produzem uma pequena estrutura, geralmente na região apical - onde terminam os filoides. Ali os gametas são produzidos. Os gametófitos masculinos produzem gametas móveis, com flagelos: os anterozoides. Já os gametófitos femininos produzem gametas imóveis, chamados oosferas. Uma vez produzidos na planta masculina, os anterozoides podem ser levados até uma planta feminina com pingos de água da chuva que caem e respingam.

 

 

Na planta feminina, os anterozoides nadam em direção à oosfera; da união entre um anterozoide e uma oosfera surge o zigoto, que se desenvolve e forma um embrião sobre a planta feminina. Em seguida, o embrião se desenvolve e origina uma fase assexuada chamada esporófito, isto é, a fase produtora de esporos.

Page 12: As briófitas

 

No esporófito possui uma haste e uma cápsula. No interior da cápsula formam-se os esporos. Quando maduros, os esporos são liberados e podem germinar no solo úmido. Cada esporo, então, pode se desenvolver e originar um novo musgo verde - a fase sexuada chamada gametófito.

Como você pode perceber, as briófitas dependem da água para a reprodução, pois os anterozoides precisam dela para se deslocar e alcançar a oosfera.

O musgo verde, clorofilado, constitui, como vimos, a fase denominada gametófito, considerada duradoura porque o musgo se mantém vivo após a produção de gametas. Já a fase denominada esporófito não tem clorofila; ela é nutrida pela planta feminina sobre a qual cresce. O esporófito é considerado uma fase passageira porque morre logo após produzir esporos.

Pteridófitas

 

Samambaias, avencas, xaxins e cavalinhas são alguns dos exemplos mais conhecidos de plantas do grupo das pteridófitas. A palavra pteridófita vem do grego pteridon, que significa 'feto'; mais phyton, 'planta'. Observe como as folhas em brotamento apresentam uma forma que lembra a posição de um feto humano no útero materno. Antes da invenção das esponjas de aço e de outros produtos, pteridófitas como a "cavalinha", cujo aspecto lembra a cauda de um cavalo e tem folhas muito ásperas, foram muito utilizadas como instrumento de limpeza. No Brasil, os brotos da samambaia-das-roças ou feto-águia, conhecido como alimento na forma de guisados.

 

Cavalinha, pteridófita

Page 13: As briófitas

Atualmente, a importância das pteridófitas para o interesse humano restringe-se, principalmente, ao seu valor ornamental. É comum casas e jardins serem embelezados com samambaias e avencas, entre outros exemplos.

Ao longo da história evolutiva da Terra, as pteridófitas foram os primeiros vegetais a apresentar um sistema de vasos condutores de nutrientes.

do gênero Equisetum.

Isso possibilitou um transporte mais rápido de água pelo corpo vegetal e favoreceu o surgimento de plantas de porte elevado. Além disso, os vasos condutores representam uma das aquisições que contribuíram para a adaptação dessas plantas a ambientes terrestres.

 

Samambaia  

 

Xaxin

O corpo das pteridófitas possui raiz, caule e folha. O caule das atuais pteridófitas é em geral subterrâneo, com desenvolvimento horizontal. Mas, em algumas pteridófitas, como os xaxins, o caule é aéreo. Em geral, cada folha dessas plantas divide-se em muitas partes menores chamadas folíolos.

A maioria das pteridófitas é terrestre e, como as briófitas, vivem preferencialmente em locais úmidos e sombreados.

 

Reprodução das pteridófitas

Da mesma maneira que as briófitas, as pteridófitas se reproduzem num ciclo que apresenta uma fase sexuada e outra assexuada.

Page 14: As briófitas

Soros nas folhas de samabaia

 

Para descrever a reprodução nas pteridófitas, vamos tomar como exemplo uma samambaia comumente cultivada (Polypodium vulgare).

A samambaia é uma planta assexuada produtora de esporos. Por isso, ela representa a fase chamada esporófito

Em certas épocas, na superfície inferior das folhas das samambaias formam-se pontinhos escuros chamados soros. O surgimento dos soros indica que as samambaias estão em época de reprodução - em cada soro são produzidos inúmeros esporos.

Quando os esporos amadurecem, os soros se abrem. Então os esporos caem no solo úmido; cada esporo pode germinar e originar um protalo, aquela plantinha em forma de coração mostrada no esquema abaixo.

O protalo é uma planta sexuada, produtora de gametas; por isso, ele representa a fase chamada de gametófito.

 

 

Ciclo reprodutivo das samambaias

 

Page 15: As briófitas

O protalo das samambaias contém estruturas onde se formam anterozoides e oosferas. No interior do protalo existe água em quantidade suficiente para que o anterozoide se desloque em meio líquido e "nade" em direção à oosfera, fecundado-a. Surge então o zigoto, que se desenvolve e forma o embrião.

O embrião, por sua vez, se desenvolve e forma uma nova samambaia, isto é, um novo esporófito. Quando adulta, as samambaias formam soros, iniciando novo ciclo de reprodução.

Como você pode perceber, tanto as briófitas como as pteridófitas dependem da água para a fecundação. Mas nas briófitas, o gametófito é a fase duradoura e os esporófitos, a fase passageira. Nas pteridófitas ocorre o contrário: o gametófito é passageiro - morre após a produção de gametas e a ocorrência da fecundação - e o esporófito é duradouro, pois se mantém vivo após a produção de esporos.