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ADELENA GONÇALVES MAIA As conseqüências do assoreamento na operação de reservatórios formados por barragens Tese apresentada à Escola de Engenharia de São Carlos da Universidade de São Paulo, como parte dos requisitos para obtenção do título de Doutor em Engenharia Civil Área de concentração: Hidráulica e Saneamento Orientador: Prof. Tit. Swami Marcondes Villela São Carlos 2006

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ADELENA GONÇALVES MAIA

As conseqüências do assoreamento na operação de

reservatórios formados por barragens

Tese apresentada à Escola de Engenharia de São Carlos da Universidade de São Paulo, como parte dos requisitos para obtenção do título de Doutor em Engenharia Civil Área de concentração: Hidráulica e Saneamento Orientador: Prof. Tit. Swami Marcondes Villela

São Carlos 2006

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AGRADECIMENTOS

Ao professor Swami Marcondes Villela, que sempre soube me orientar para a vida, com os

seus preciosos conselhos que trazem tranqüilidade e direcionam para a escolha do melhor

caminho a seguir.

À Fundação de Amparo à Pesquisa de São Paulo – FAPESP, pela bolsa de estudo (Processo

02/00537-0) concedida, prestando ajuda imprescindível no desenvolvimento deste trabalho.

Ao professor Frederico Fábio Mauad, pelos dados cedidos da batimetria do Reservatório de

Promissão.

Aos técnicos que realizaram a batimetria do Reservatório de Promissão: José Roberto

Maramarque (Betão) e Waldomiro Antônio Filho (Miro).

À equipe do Núcleo de Hidrometria do Centro de Recursos Hídricos e Ecologia Aplicada do

Departamento de Hidráulica e Saneamento da Escola de Engenharia de São Carlos, com

menção especial a Carlos Roberto Ruchiga Corrêa Filho e Liliane Lazzari Albertin, que

trabalharam na geração da planta topo-batimétrica do Reservatório de Promissão.

A Melissa Cristina Pereira Graciosa, pela imprescindível ajuda na obtenção da planta original

do Reservatório de Promissão, junto à CESP.

À HR Wallingford e seus funcionários que disponibilizaram o programa de análise de

assoreamento de reservatórios, RESSASS.

A Marcos Airton de Sousa Freitas e Klebber Formiga, da Agência Nacional de Água (ANA),

pelos dados fornecidos e consultoria prestada.

À AES-Tietê e a seus funcionários Ademir Faveri e Carlos Antônio de Souza, pelo

fornecimento dos dados necessários para a simulação da operação do Reservatório de

Promissão.

Aos professores e funcionários da EESC-USP por todo o apoio e ajuda prestada durante estes

quase sete anos como aluna da instituição.

À UNICENTRO (Universidade Estadual do Centro-Oeste), e todos os amigos (colegas e

alunos) conquistados nestes dois últimos anos, pelo apoio na conclusão deste trabalho.

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A Jeanette Beber de Souza, Carlos Magno de Sousa Vidal, Pedro Beber de Queiroz Vidal e

Valmir Moraes pela amizade despertada nestes dois últimos anos e que tanto ajudou a vencer

os dias de quietude de Irati-PR.

Aos amigos Rodrigo Braga Moruzzi e Andréa Braga Moruzzi, pela amizade e apoio dado nas

idas e vindas de Irati-PR a São Carlos-SP.

Aos inesquecíveis amigos do LabSiN (Laboratório de Simulação Numérica): Klebber

Teodomiro Martins Formiga, Peter Batista Cheung, José Eduardo Alamy Filho, Alexandre

Kepler Soares, Fernando das Graças Braga da Silva, Luciane Fernanda Pinheiro Gelesky

Sarkis, Maria Helena Rodrigues Gomes e José Antônio Tosta dos Reis, pela consultoria

prestada, amizade e “merendas” durante as tardes de trabalho.

À amiga Luciana Silva Peixoto, que por mim chorou e se alegrou, participando de todos os

“meus” momentos nestes quase sete anos de mestrado e doutorado.

A Monique Toledo Salgado, Andrea Monteiro Lira, Karina Querne de Carvalho, Jucelia

Cabral Mendonça, Liliane Lazzari Albertin, Melissa Cristina Pereira Graciosa, Leonardo

Barra Santana de Souza e Guilherme de Lima que de várias formas e em vários momentos,

compartilharam comigo bons momentos em São Carlos-SP.

À Família Mattos (Cida, Julinha, Maiza e Luís Henrique), que souberam mostrar o quanto os

são-carlenses podem ser receptivos e amigos. Família esta que estará sempre nos nossos

corações, meu e de minha mãe.

A Iracema Lima Velame Branco, que soube fazer crescer a cada dia o meu amor por ela.

À minha família potiguar, Dona Francisca, Seu Raimundo, Elineuza, minha irmãzinha de

coração, Hely, Hélcio, concunhados, sobrinhos,..., por terem me recebido de braços abertos na

família.

Aos meu tios, tias, primos e primas, e em especial aos filhos de meus primos, que ainda não

conheço por conta de todo o tempo que andei fisicamente afastada da família.

À minha mãe (Maria das Graças Guedes Gonçalves), ao meu pai (José Alberto Maia) e ao

meu único irmão (José Alberto Maia Júnior), com quem convivi durante tantos anos e por

quem o meu amor só cresce, estando longe ou perto. Muito obrigada por terem me escolhido

para compartilharmos juntos a experiência de sermos uma família e também juntos

aprendermos a nos amarmos e nos perdoarmos.

A Deus, por todas as oportunidades, pela ajuda concedida através da espiritualidade e por ter

colocado no meu caminho Hélio Rodrigues dos Santos.

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A Hélio, meu companheiro, com quem compartilho os mais importantes momentos da minha

vida, e que só tem trazido alegria e tranqüilidade para o meu viver.

A todos que me ajudaram e que não foram citados por esquecimento, não por ingratidão.

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SUMÁRIO

RESUMO ............................................................................................................................................i

ABSTRACT .........................................................................................................................................ii

LISTA DE FIGURAS .........................................................................................................................iii

LISTA DE TABELAS...................................................................................................................... viii

LISTA DE SIGLAS.............................................................................................................................ix

1. INTRODUÇÃO ...............................................................................................................................1

2. OBJETIVOS....................................................................................................................................3

3. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA.......................................................................................................4

3.1 ASSOREAMENTO DE RESERVATÓRIOS..............................................................................4

3.1.1 Volume de assoreamento de reservatórios ............................................................................8

3.1.1.1 Descarga sólida afluente..................................................................................................9

3.1.1.1.1 Curva-chave de sedimento .........................................................................................10

3.1.1.1.2 Erosão do sedimento ..................................................................................................11

3.1.1.1.3 Equações e modelos computacionais ........................................................................14

3.1.1.2 Eficiência de retenção do reservatório ............................................................................15

3.1.1.3 Peso específico do sedimento ...........................................................................................18

3.1.2 Distribuição do sedimento no reservatório............................................................................23

3.1.3 Controle do sedimento ...........................................................................................................26

3.2 DIMENSIONAMENTO E OPERAÇÃO DE RESERVATÓRIOS.............................................30

3.2.1 Modelos de simulação............................................................................................................33

3.2.2 Modelos de otimização...........................................................................................................36

3.3 OPERAÇÃO DE RESERVATÓRIOS x ASSOREAMENTO DE RESERVATÓRIOS ............40

4. MATERIAIS E MÉTODOS...........................................................................................................46

4.1 CARACTERIZAÇÃO DA ÁREA DE ESTUDO........................................................................46

4.1.1 Reservatório de Promissão ....................................................................................................50

4.2 PLANTAS TOPOGRÁFICAS DO RESERVATÓRIO DE PROMISSÃO ................................54

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4.2.1 Topografia original do reservatório em 1975 ....................................................................... 54

4.2.2 Topografia do reservatório em 2005..................................................................................... 57

4.2.3 Análise quantitativa do assoreamento................................................................................... 58

4.2.4 Análise qualitativa do assoreamento..................................................................................... 60

4.3 MODELO RESSASS .................................................................................................................. 64

4.4. MODELO DE ASSOREAMENTO x VAZÃO REGULARIZADA ......................................... 79

4.4.1 Programa “Assoreamento”................................................................................................... 79

4.4.2 Programa “Assoreamento x Vazão regularizada” .............................................................. 86

4.5 MODELO ACQUANET ............................................................................................................. 92

5. RESULTADOS E DISCUSSÃO ................................................................................................. 100

5.1 ASSOREAMENTO DO RESERVATÓRIO DE PROMISSÃO .............................................. 100

5.1.1 Assoreamento do corpo principal do reservatório.............................................................. 102

5.1.2 Assoreamento do reservatório de Promissão: corpo principal e seus afluentes................ 104

5.2 CALIBRAÇÃO DO MODELO RESSASS .............................................................................. 110

5.3 PREVISÃO DE ASSOREAMENTO PARA 50 E 100 ANOS ................................................. 116

5.3.1 Previsão do assoreamento do corpo principal do reservatório .......................................... 116

5.3.2 Previsão do assoreamento dos afluentes do reservatório ................................................... 119

5.3.3 Previsão do assoreamento do reservatório ......................................................................... 122

5.4 ANÁLISE QUALITATIVA DO PROCESSO DE ASSOREAMENTO .................................. 125

5.5 INFLUÊNCIA DO ASSOREAMENTO NA VAZÃO REGULARIZADA ............................. 129

5.6 INFLUÊNCIA DO ASSOREAMENTO NA GERAÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA .......... 135

5.6.1 Simulações com nível mínimo de operação de 381,0 m. ..................................................... 140

5.6.2 Simulações com nível mínimo de operação de 379,7 m. ..................................................... 143

5.6.3 Geração de energia elétrica em período de estiagem ........................................................ 147

6. CONCLUSÕES............................................................................................................................. 153

6.1 ASSOREAMENTO DO RESERVATÓRIO DE PROMISSÃO .............................................. 153

6.2 OPERAÇÃO DO RESERVATÓRIO DE PROMISSÃO ......................................................... 155

7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ....................................................................................... 158

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i

RESUMO

MAIA, A. G. As conseqüências do assoreamento na operação de reservatórios formados

por barragens. 2006. 164 p +Anexos. Tese (Doutorado) – Escola de Engenharia de São

Carlos, Universidade de São Paulo, 2006.

O assoreamento de reservatórios formados pela construção de barragens interfere

inevitavelmente no seu volume útil. O volume útil é o compartimento responsável pelo

armazenamento da água para o atendimento dos usos consuntivos e não consuntivos do

sistema e a sua redução altera o atendimento da demandas. Nesta pesquisa foi investigada a

interferência do processo de assoreamento do Reservatório de Promissão, localizado no

Médio Tietê, na geração de energia elétrica da Usina Hidrelétrica Mário Lopes Leão. A

quantificação do assoreamento do reservatório nos últimos 30 anos de operação foi

realizado pela comparação da topografia original do lago na época de seu enchimento, em

1975, com a topo-batimetria levantada no ano de 2005. O modelo RESSASS foi utilizado

para a análise da variação do volume do reservatório de 1975 a 2005, bem como para a

previsão do assoreamento do reservatório até os anos de 2055 e 2105. A redução do

volume útil do reservatório foi de 4,14 % de 1975 a 2005, chegando a 9,46 % em 2105. O

assoreamento do reservatório também foi estudado através da análise qualitativa dos dados,

identificando os afluentes que apresentavam maior grau de assoreamento. A análise da

interferência da variação do volume útil do reservatório na geração de energia elétrica da

usina foi realizada com o modelo AcquaNet. O Reservatório de Promissão foi estudado

isoladamente. As simulações foram realizadas considerando as diferentes curvas cota vs.

área vs. volume de 1975, 2005, 2055 e 2105, além da consideração de dois níveis mínimos

de operação: 379,7 m, nível mínimo do reservatório, e 381,0 m , nível mínimo em que o

reservatório é operado em função do seu uso para navegação. A interferência de 130 anos

de assoreamento do reservatório na potência média mensal fornecida pelo sistema não foi

significativa. No entanto, na análise do período de estiagem o assoreamento foi

responsável pela redução em 321,90 MWh da energia média mensal excedente produzida,

para o nível mínimo de operação de 381,0 m, e em 460,06 MWh, para o nível mínimo de

operação de 379,7 m.

Palavras-chave: assoreamento; volume útil; Reservatório de Promissão; energia elétrica.

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ii

ABSTRACT

MAIA, A. G. The consequences of silting in the operation of dam made reservoirs.

2006. 163 p +Anexos. Thesis (Doctoral) – Escola de Engenharia de São Carlos, Universidade

de São Paulo, 2006.

The silting of reservoirs formed from the building of dams interferes unavoidably in their

useful volumes. The useful volume is the compartment responsible by storing water to supply

consumptive and not-consumptive water uses, and its reduction changes the demands supply.

In this research, the interference of Promissão Reservoir (located in Middle Tietê watershed)

silting process in the electric energy generation of Mário Lopes Leão Hydroelectric Power

Plant was investigated. The quantification of reservoir silting in the last thirty years of

operation was accomplished by the comparison of lake’s original topography in the reservoir

filling period, in 1975, with the topobathymetry obtained in 2005. The RESSASS model was

used in the analysis of reservoir volume change between 1975 and 2005, and to preview the

reservoir silting until the years 2055 and 2105. The loss of reservoir useful volume was 4,31%

between 1975 and 2005, reaching 9,59% in 2105. The reservoir silting was also investigated

through qualitative analysis of data, identifying influents that present higher degree of silting.

The interference of reservoir useful volume variation in the hydropower electricity generation

analysis was accomplished by using AcquaNet model. Promissão reservoir was investigated

isolately. Simulations were done considering differents stage vs. area vs. volume curves to the

years 1975, 2005, 2055, and 2105, besides the consideration of two minimal operational

levels: 379,7 m, minimal reservoir level, and 381,0 m, minimal operational level in which the

reservoir is operated to allow navigation. The interference of 130 years of reservoir silting in

the monthly average provided by the hydropower system was not significant. Nevertheless, in

the dry period, silting was responsible by a reduction of 335,69 MWh in the monthly average

electricity excess, in the minimal operation level 381,0 m, and 471,16 MWh, in the minimal

operation level 379,7 m.

Key-words: silting; useful volume; Promissão reservoir; electric energy.

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iii

LISTA DE FIGURAS

Figura 1. Vista da tomada d’água do Reservatório de Cariobinha. (Convênio CPFL/UNICAMP/Fonte:

COIADO, 2001) .............................................................................................................................7

Figura 2. Vista das grades da tomada d’água e da comporta de fundo do Reservatório de Cariobinha.

Início da desobstrução (Convênio CPFL/UNICAMP. Fonte: COIADO, 2001) ............................7

Figura 3. Vista das grades da tomada d’água e da comporta de fundo do Reservatório de Cariobinha,

durante os trabalhos de desobstrução. (Convênio CPFL/UNICAMP/ Fonte: COIADO, 2001).....8

Figura 4. Curva-chave de sedimento do Reservatório de Itaipu (MAIA et al., 2002) ..........................10

Figura 5. Curvas de Churchill (ANNANDALE, 1987).........................................................................17

Figura 6. Curvas de Brune (VILLELA; MATTOS, 1975)....................................................................18

Figura 7. Percentual de argila e densidade do sedimento (HEINEMANN, 1962)................................20

Figura 8. Peso específico aparente do sedimento depositado e o percentagem de areia (ROCHA;

FERREIRA, 1980)..........................................................................................................................21

Figura 9. Esquema típico da distribuição dos sedimentos no reservatório (CARVALHO, 1994) .......24

Figura 10. Esquema do problema de dimensionamento e operação de reservatórios (Modificado:

MCMAHON; MEIN, 1978) ...........................................................................................................30

Figura 11. Diagrama representativo do período crítico (MCMAHON; MEIN, 1986)..........................31

Figura 12. Evolução do diagrama de massa para o método de Rippl (KLEMES, 1979) ......................32

Figura 13. Fluxograma de simulação de operação de reservatório (LANNA, 1997)............................34

Figura 14. Compartimentos de um reservatórios (GRIGG, 1996) ........................................................40

Figura 15. Perda do volume de reservatórios em função do assoreamento. (RAUDKIVI, 1993) ........41

Figura 16. Variação da vazão regularizada em função da capacidade do reservatório .........................42

Figura 17. Relação entre cenário e atendimento da demanda para irrigação (TATE; FARQUHARSON,

2000)...............................................................................................................................................45

Figura 18. Localização da bacia do Prata (Ministério do Meio Ambiente, 2003) ................................46

Figura 19. Unidades de Gerenciamento de Recursos Hídricos do Estado de São Paulo (BIOTA, 2004)

........................................................................................................................................................47

Figura 20. Evolução Populacional na UGRH Tietê/Batalha ................................................................48

Figura 21. Evolução da área irrigada na UGRH Tietê/Batalha .............................................................49

Figura 22. Suscetibilidade a erosão na UGRH Tietê/Batalha (SÃO PAULO, 2002) ...........................49

Figura 23. Áreas críticas com relação a inundação na UGRH Tietê/Batalha (SÃO PAULO, 2002)....50

Figura 24. Reservatório de Promissão e seus principais afluentes........................................................51

Figura 25. Vista da Barragem de Promissão (AES TIETÊ, 2005)........................................................53

Figura 26. Vista a montante da eclusa de Promissão ............................................................................53

Figura 27. Trecho com curvas de nível apagadas .................................................................................54

Figura 28. Fechamento (círculo em azul) da cota 370,0 m (em vermelho) na planta da batimetria .....55

Figura 29. Fechamento (círculo em azul) da cota 370,0 m (em vermelho) na planta original..............55

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iv

Figura 30. Cruzamento das seções (em vermelho) da batimetria antes da curva de nível de 385,0 m. 59

Figura 31. Trechos V1, V2 e V3, do afluente V, da planta original (a) e da batimetria (b) ................. 62

Figura 32. Trechos V3, V4 e V5, do afluente V, da planta original (a) e da batimetria (b) ................. 62

Figura 33. Tela Inicial - Representação das seções do reservatório ..................................................... 64

Figura 34. Seções original e nova de dois perfis consecutivos............................................................. 65

Figura 35. Representação da área de contorno e do gráfico de área de contorno x profundidade, do

levantamento original..................................................................................................................... 65

Figura 36. Seção transversal e histograma da seção fictícia A1........................................................... 66

Figura 37. Histogramas das seções A1 e A2 e a soma deles ................................................................ 66

Figura 38. Relação de escala (CF’s) entre o histograma somado e o histograma de volume (seção

original).......................................................................................................................................... 67

Figura 39. Relação de escala (CF’s) entre o histograma somado e o histograma de volume, para a

seção original e nova...................................................................................................................... 67

Figura 40. Conversão do Histograma Somado para o Histograma de volume pelo SWIMM.............. 68

Figura 41. Resultado da perda de volume na seção em função do assoreamento ................................ 69

Figura 42. Alteração da curva cota x volume do Reservatório de Demonstração................................ 69

Figura 43. Tela de dados de entrada do módulo previsão de volume................................................... 70

Figura 44. Tela de dados de entrada do módulo modelo numérico...................................................... 73

Figura 45. Opções para a entrada de dados da vazão vertida ............................................................... 74

Figura 46. Opções dos parâmetros da simulação ................................................................................. 74

Figura 47. Dados referentes às características da classe ‘Sand’ de sedimento..................................... 75

Figura 48. Refinamento dos dados da classe ‘Sand’ de sedimento ...................................................... 76

Figura 49. Dados referentes às características do classe ‘Silt’ de sedimento ....................................... 76

Figura 50. Refinamento dos dados da classe ‘Silt’ de sedimento......................................................... 77

Figura 51. Parâmetros da erosão e assoreamento local ........................................................................ 77

Figura 52. Dados para o balanço de massa do modelo numérico......................................................... 78

Figura 53. Tela inicial do Programa “Assoreamento”.......................................................................... 79

Figura 54 . Dados do reservatório e do sedimento afluente ................................................................. 80

Figura 55 . Planilha de série de vazões afluentes ................................................................................. 80

Figura 56 . Descargas de sedimentos medidas a montante do reservatório........................................ 81

Figura 57. Curva-chave de sedimentos................................................................................................. 82

Figura 58 . Série de descarga sólida total de sedimento afluente ......................................................... 82

Figura 59 . Resultado final da variação do volume útil com o assoreamento ...................................... 84

Figura 60 . Volume assoreado x tempo ................................................................................................ 85

Figura 61 . Volume útil x tempo .......................................................................................................... 85

Figura 62 . Tela Inicial do Programa “Assoreamento x Vazão regularizada”...................................... 86

Figura 63 . Tela para a entrada de dados da série de vazão líquida afluente........................................ 87

Figura 64. Dados da evaporação e precipitação anuais e das características físicas do reservatório ... 88

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v

Figura 65. Tela para o cálculo da vazão regularizada ..........................................................................88

Figura 66. Tela para o cálculo da vazão regularizada x assoreamento .................................................89

Figura 67. Gráfico da variação da vazão regularizada x assoreamento ................................................89

Figura 68 . Fluxograma do cálculo da vazão regularizada....................................................................91

Figura 69. Esquema de uma rede de fluxo de um sistema de recursos hídricos (Azevedo et al., 1997)

...............................................................................................................................................................93

Figura 70. Exemplo de traçado de um sistema de recursos hídricos.....................................................95

Figura 71. Características físicas do reservatório..................................................................................96

Figura 72. Dados do volume meta do reservatório e da sua prioridade ................................................96

Figura 73. Vazão natural e taxa de evaporação do reservatório............................................................97

Figura 74. Características do sistema de geração de energia elétrica....................................................97

Figura 75. Dados da potência máxima desejada mensal e da sua prioridade........................................98

Figura 76. Afluentes de Promiss2 e parte dos afluentes de Promiss1 e Promiss3 ............................. 100

Figura 77. Afluentes de Promiss1 e parte dos afluentes de Promiss3 ................................................ 101

Figura 78. Afluentes de Promiss3 ...................................................................................................... 101

Figura 79. Afluentes de Promiss3 (trecho final) ................................................................................ 102

Figura 80. Representação das seções do corpo principal do reservatório .......................................... 102

Figura 81. Curvas cota vs. área vs. volume original (1975) e do levantamento de 2005................... 103

Figura 82. Variação da cota do fundo do reservatório em função da distância da barragem............ 103

Figura 83. Curvas cota vs. volume do Reservatório de Promissão, 1975 e 2005............................... 104

Figura 84. Curvas cota vs. volume do Reservatório de Promissão, de 1975 (RESSASS), 2005

(RESSASS) e 1975 (CESP)......................................................................................................... 105

Figura 85. Curvas cota vs. volume do reservatório de Promissão, de 1975 (RESSASS), 2005

(RESSASS) e 1975 (CESP), nas cotas de operação .................................................................... 107

Figura 86. Dados de entrada do modelo numérico............................................................................. 111

Figura 87. Dados de vazão vertida x altura do nível d’água a montante............................................ 111

Figura 88. Dados de volume inicial, vazão extravasada e de evaporação mensal ............................. 112

Figura 89. Dados referentes à granulometria do material de rio principal ......................................... 112

Figura 90. Diâmetros representativos dos dois grupos de areia (Size 1 e Size 2) e suas proporções no

material de fundo do reservatório e no depósito de sedimento.................................................... 113

Figura 91. Velocidade de queda do sedimento e parâmetros representativos da concentração de

sedimento na vazão afluente ........................................................................................................ 113

Figura 92. Refinamento dos dados de velocidade de queda do sedimento e parâmetros representativos

da concentração de sedimento na vazão afluente ........................................................................ 114

Figura 93. Curvas cota vs. volume resultantes da calibração do modelo numérico ........................... 115

Figura 94. Curvas cota vs. volume previstas para 2055 e 2105 ......................................................... 116

Figura 95. Curvas cota vs. volume do corpo Principal do Reservatório de Promissão, cotas de operação

..................................................................................................................................................... 118

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vi

Figura 96. Perda de volume dos afluentes B, G, H e L ...................................................................... 119

Figura 97. Perda de volume dos afluentes M, N, P e Q...................................................................... 120

Figura 98. Perda de volume dos afluentes R, T, V e Z....................................................................... 120

Figura 99. Perda de volume dos afluentes AA, AC, AD e AE........................................................... 121

Figura 100. Perda de volume dos afluentes AF, AH, AI e AJ............................................................ 121

Figura 101. Curvas cota vs. volume dos levantamentos de 1975 e 2005 e das previsões de 2055 e 2105,

Reservatório de Promissão........................................................................................................... 123

Figura 102. Representação do diagrama triangular e da suas áreas de maior relevância ................... 126

Figura 103. Diagrama triangular representativo do grau de assoreamento do corpo principal do

reservatório e dos afluentes da margem esquerda........................................................................ 127

Figura 104. Diagrama triangular representativo do grau de assoreamento dos afluentes da margem

direita do reservatório .................................................................................................................. 128

Figura 105. Vazões naturais, artificiais e operativas afluentes ao Reservatório de Promissão .......... 130

Figura 106. Dados de entrada do Reservatório de Promissão ............................................................ 131

Figura 107. Curva da vazão regularizada por garantia de atendimento.............................................. 131

Figura 108. Dados de entrada para o calculo da variação da vazão regularizada com o assoreamento

..................................................................................................................................................... 132

Figura 109. Variação da vazão regularizada pelo assoreamento para garantia de 90% ..................... 132

Figura 110. Vazão regularizada em função do assoreamento, para diferentes garantias de atendimento

..................................................................................................................................................... 133

Figura 111. Variação da vazão regularizada com o assoreamento do volume útil............................. 134

Figura 112. Esquema em Rede de fluxo do Reservatório de Promissão e seus aproveitamentos ...... 135

Figura 113. Características físicas do Reservatório de Promissão ..................................................... 136

Figura 114. Dados do volume meta do Reservatório de Promissão e da sua prioridade.................... 136

Figura 115. Vazão natural e taxa de evaporação ................................................................................ 137

Figura 116. Dados da potência máxima desejada e da sua prioridade para o reservatório................. 138

Figura 117. Características do sistema de geração de energia elétrica............................................... 139

Figura 118. Curva de Permanência do volume do reservatório, simulação de 1975 com cota mínima de

381,0 m ........................................................................................................................................ 141

Figura 119. Curva de Permanência da potência fornecida, para 1975, com cota mínima de 381,0 m

..................................................................................................................................................... 142

Figura 120. Curva de Permanência do volume do reservatório, simulação de 1975 com cota mínima de

379,7 m ........................................................................................................................................ 143

Figura 121. Curva de Permanência da potência fornecida, para 1975, com cota mínima de 379,7 m

..................................................................................................................................................... 144

Figura 122. Curva de permanência da potência gerada, ano de 1975 ................................................ 145

Figura 123. Curva de permanência da vazão turbinada, ano de 1975 ................................................ 146

Figura 124. Curva de permanência da queda bruta, ano de 1975....................................................... 146

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vii

Figura 125. Energia média mensal (potência acima de 105 MW) e volume útil do reservatório ...... 148

Figura 126. Curva de permanência da energia elétrica gerada em período de estiagem como nível

mínimo de operação de 381,0 m.................................................................................................. 149

Figura 127. Curva de permanência da energia elétrica gerada em período de estiagem como nível

mínimo de operação de 379,7 m.................................................................................................. 149

Figura 128. Curva de permanência da energia elétrica gerada em período de estiagem, no ano de 1975

..................................................................................................................................................... 150

Figura 129. Variação do faturamento médio com cota mínima de 381,0 m ...................................... 151

Figura 130. Variação do faturamento médio com cota mínima de 379,7 m ...................................... 152

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viii

LISTA DE TABELAS

Tabela 1 - Alguns reservatórios brasileiros parcial ou totalmente assoreados ..................................... 6

Tabela 2 – Valores de “W1” e “K” ....................................................................................................... 22

Tabela 3 - Cenários simulados (adaptado de Tate; Farquharson, 2000)............................................... 44

Tabela 4 – Usos da água para os diversos usos na UGRH Tietê/Batalha (São Paulo, 2002) ............... 48

Tabele 5 – Principais características da UHE Mário Lopes Leão ........................................................ 52

Tabela 6 – Principais características do Reservatório de Promissão.................................................... 52

Tabela 7 - Comparação dos dados de cota vs. área da tabela da CESP e dos dados levantados na planta

original ........................................................................................................................................... 56

Tabela 8 - Campanhas dos levantamentos batimétricos no Reservatório de Promissão (FIPAI, 2005)

....................................................................................................................................................... 57

Tabela 9 - Classes para a determinação da área dos trechos ................................................................ 61

Tabela 10 - Dados de cota mínima do Afluente V ............................................................................... 63

Tabela 11 – Afluentes dos projetos utilizados no RESSASS............................................................. 100

Tabela 12 - Dados de cota vs. volume do reservatório, de 1975 e 2005............................................. 105

Tabela 13 – Análise dos volume úteis dos diferentes levantamentos................................................. 107

Tabela 14 – Percentual da perda de volume do reservatório de Promissão, de 1975 a 2005 ............ 108

Tabela 15 – Dados de cota vs. volume de 2005, do levantamento e do modelo numérico ................ 115

Tabela 16 – Aumento do volume de sedimento, em função do ano de 2005 ..................................... 117

Tabela 17 – Volume úteis dos corpo principal do reservatório, em diferentes anos .......................... 118

Tabela 18 – Análise da perda de volume do afluente B, nas diversas cotas....................................... 122

Tabela 19 – Resultado das curvas cota vs.volume de 1975, 2005, 2055 e 2105 ................................ 123

Tabela 20 – Variação do volume total do reservatório, em diferentes anos....................................... 124

Tabela 21 – Volume úteis do reservatório, em diferentes anos .......................................................... 124

Tabela 22 - Variação do volume útil do reservatório nos anos de 1975 e 2005................................. 125

Tabela 23 – Vazão regularizada pelo reservatório, em m3/s, para diferentes garantias...................... 133

Tabela 24 – Prioridades consideradas para os diferentes usos ........................................................... 139

Tabela 25 – Atendimento das demandas para geração de energia elétrica e vazão mínima defluente,

cota mínima de 381,0 m............................................................................................................... 142

Tabela 26 – Atendimento das demandas para geração de energia elétrica e vazão mínima defluente

para a cota mínima de 379,7 m .................................................................................................... 144

Tabela 27 – Energia média mensal produzida, cota de operação de 381,0 m .................................... 147

Tabela 28 – Energia média mensal excedente produzida e faturamento no período de estiagem...... 151

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ix

LISTA DE SIGLAS

ADP - Acoustic Doppler Profiler

ANA - Agência Nacional de Águas

CESP - Companhia Energética de São Paulo

FAPESP - Fundação de Amparo à Pesquisa de São Paulo

FIPAI - Fundação para o Incremento da Pesquisa e do Aperfeiçoamento Industrial

LabSiN - Laboratório de Simulação Numérica

MUSLE - Equação Modificada de Perda de Solo

SHS-USP - Departamento de Hidráulica e Sanemento – Universidade de São Paulo

SWIMM - Stage Width Modification Method

UGRHIs - Unidades de Gerenciamento de Recursos Hídricos

UHE – Usina Hidrelétrica

UNICENTRO - Universidade Estadual do Centro-Oeste

UTM - Universal Transverse Mercator

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x

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1

1. INTRODUÇÃO

O processo de assoreamento atinge todos os reservatórios formados em decorrência da

construção de barragens. O sedimento pode se acumular no compartimento do volume útil do

reservatório ou em cotas inferiores ao mesmo, desta forma não alterando o volume útil, mas

diminuindo o volume morto do reservatório e a sua vida útil. O sedimento depositado no

volume útil do reservatório altera a vazão regularizada, a capacidade de produção de energia

elétrica e o atendimento de outros usos consuntivos e não consuntivos da água, acarretando

em perdas financeiras para o empreendedor.

A previsão do assoreamento de reservatórios é uma importante ferramenta a ser utilizada

no estudo de viabilidade de implementação do projeto, visto que este é um fator determinante

na vida útil do empreendimento e em sua viabilidade econômica. Na fase de operação do

reservatório, a atualização das curvas cota vs. área vs. volume é uma tarefa de fundamental

importância, para que a alocação de água possa ser realizada baseada no volume útil real do

reservatório e não apenas em levantamentos realizados na época do seu enchimento.

A importância de um monitoramento planejado da região de estudo, para a previsão das

taxas de assoreamento do reservatório, se dá devido à necessidade de determinação do tempo

a partir do qual o assoreamento irá interferir nas funções para as quais o reservatório foi

construído. Com esta informação e com dados de volume de sedimento acumulado em função

do tempo e sua localização, é possível operar o reservatório de forma a obter o melhor

aproveitamento possível do volume útil disponível no mesmo.

Estudos têm sido realizados para a determinação dos atuais volumes dos reservatórios,

já em operação, assim como prognósticos da sua vida útil. Estes estudos na maioria das vezes

se baseiam em modelos simplificados, em função da insuficiência de dados para a realização

de um estudo mais detalhado. Modelos computacionais baseados na dinâmica dos fluidos já

foram desenvolvidos, mas não são comumente utilizados no Brasil, principalmente devido à

falta de dados necessários para a sua utilização.

Os atuais modelos de alocação de água de reservatórios não consideram o processo de

assoreamento. Esta consideração apenas pode ser feita pelo usuário através da alteração dos

dados de entrada dos volumes do reservatório. O avanço tecnológico e a maior capacidade de

processamento dos computadores permitem incluir, sem maiores dificuldades, o processo de

assoreamento nos modelos de alocação de água. A inclusão deste processo pode ser feita

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2

inicialmente como a inserção, como dado de entrada, de uma taxa de assoreamento, taxa esta

que seria estimada através dos modelos de transporte e deposição de sedimento.

A perda de volume de armazenamento atinge diretamente a produção de energia elétrica

de uma usina, uma vez que altera a vazão regularizada pelo reservatório. Esta perda de

produção de energia elétrica é responsável pela diminuição do faturamento com a venda de

energia elétrica e pela redução da compensação financeira que é paga aos Estados, Distrito

Federal, Municípios e Órgãos da União, receita esta proporcional à geração de energia

elétrica.

O processo de acúmulo de sedimento no reservatório além ser responsável pela redução

de receita com a produção de energia elétrica também pode ocasionar custos adicionais

devido ao desgaste das turbinas por abrasão física causada por areias e abrasão química pela

má qualidade da água, além de investimentos em procedimentos de dragagem nas

proximidades da tomada d’água.

A Usina Hidrelétrica Mário Lopes Leão integra o SIN (Sistema Interligado Nacional),

que é responsável pela produção e transmissão de energia elétrica no país, tendo como base

um sistema hidrotérmico, com forte predominância de usinas hidrelétricas. O Sistema

Interligado Nacional é responsável pelo atendimento de cerca de 98% do mercado brasileiro

de energia elétrica. Apenas 3,4% da capacidade de produção de eletricidade do país encontra-

se fora do SIN. No final de 2006 espera-se uma potência hidrelétrica instalada de 73.081 MW,

que representará 82,8% da energia utilizada no SIN (ONS, 2006). As usinas hidrelétricas

interligadas ao SIN são atualmente responsáveis por mais de 80% do atendimento do

mercado brasileiro de energia elétrica e todos estes reservatórios estão susceptíveis ao

processo de assoreamento. Em virtude do cenário apresentado, é que se justifica a necessidade

de um estudo aprofundado e difundido da interferência do assoreamento na operação e

geração de energia elétrica dos reservatórios brasileiros.

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3

2. OBJETIVOS

Este trabalho tem como objetivo principal avaliar a influência do assoreamento na

operação de reservatórios formados por barragens. O estudo de caso foi realizado no

reservatório de Promissão. A pesquisa foi dividida em duas partes principais:

1) Estudo do assoreamento do Reservatório de Promissão, com os seguintes objetivos

específicos:

• Avaliar o assoreamento do reservatório nos últimos 30 anos de operação,

através da topografia original do lago na época do seu enchimento, em 1975, e

da topo-batimetria levantada no ano de 2005;

• Calibrar o módulo do “Modelo Numérico” do RESSASS para a previsão das

curvas cota vs. volume do reservatório em 2055 e 2105.

• Avaliar e prever a redução do volume útil do reservatório após 30, 80 e 130

anos de operação;

• Avaliar comparativamente o grau de assoreamento dos afluentes e do corpo

principal do Reservatório de Promissão, através da análise qualitativa dos dados

de assoreamento.

2) Simulação da operação do reservatório considerando as diferentes curvas cota vs.

área vs. volume de 1975, 2005, 2055 e 2105, como os seguintes objetivos:

• Avaliar a influência de diferentes taxas de assoreamento do reservatório na

vazão regularizada pelo mesmo, até o enchimento do volume útil do reservatório

por sedimento;

• Simular a operação do reservatório, através do modelo AcquaNet, e analisar o

atendimento da demanda de água para a geração de energia elétrica, para os anos

de 1975, 2005, 2055 e 2105, considerando os níveis mínimos de operação de

381,0 m e 379,7 m;

• Avaliar os resultados das simulação em função da energia elétrica gerada e do

faturamento da empresa responsável pela operação da usina.

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3. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

3.1 Assoreamento de reservatórios

O assoreamento de reservatórios constitui-se num problema de graves conseqüências

hidráulicas e econômicas chegando mesmo a colocar em risco o desempenho de obras de

geração de energia elétrica, de abastecimento e de navegação (KUTNER, 1977). A

preocupação com os impactos do acúmulo de sedimentos nos reservatórios não é recente. Na

verdade, esta preocupação veio à tona quando os primeiros reservatórios construídos

passaram a ter sua operação alterada por este fenômeno. Atualmente o problema é tratado, na

maioria das vezes, através de ações corretivas, não sendo vislumbradas as ações preventivas

que poderiam ser empregadas para a minimização dos impactos negativos, inclusive

econômicos, trazidos pelo processo gradual de assoreamento de reservatórios.

Todos os reservatórios, formados através da construção de barragens, são susceptíveis

ao processo de assoreamento. A construção de uma barragem cria uma barreira ao curso

d’água fazendo com que a área da seção transversal da corrente aumente e a velocidade do

fluxo diminua. Com a diminuição desta velocidade o material em suspensão que está sendo

carreado tende a se depositar, resultando no assoreamento do reservatório. Esta retenção de

sedimento no reservatório pode trazer benefícios, como a disponibilização de água com uma

menor concentração de sedimento para os seus diversos usos, mas também pode trazer

consequências indesejáveis para a operação do reservatório.

Os problemas trazidos pela deposição de sedimento no reservatório dizem respeito,

principalmente, à redução do volume útil do reservatório, que irá interferir no uso para o qual

o mesmo foi construído, como geração de energia, abastecimento público, industrial ou

irrigação, contenção de enchentes, dentre outros. Pode-se ainda destacar problemas

operacionais vinculados a este processo, como: abrasão de componentes, como tubulações e

pás de turbina; problemas mecânicos nas manobras das eclusas e comportas; dificuldade ou

impedimento da captação d'água pela estrutura de tomada d'água; afogamento dos locais de

desova, alimentação e abrigo dos peixes; formação de bancos de areia diminuindo o calado

para a navegação, além de afetar a segurança da barragem.

O maior volume de sedimento depositado no reservatório está localizado na entrada do

mesmo, não havendo a possibilidade deste sedimento acarretar problemas de desgaste de

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turbinas e outros equipamentos, mas não eliminando a sua interferência no volume útil do

reservatório. De acordo com Coiado (2001, p.395) uma das consequências da presença de

sedimento no reservatório é o “Prolongamento de efeito de remanso, com a conseqüente

elevação de níveis de enchente a montante, devido a depósitos de material grosseiro na

entrada do reservatório.”.

O acúmulo de sedimento no reservatório tem conseqüências graves não só a montante

da barragem, mas também a jusante. A água limpa escoada para jusante da barragem tem um

maior poder de erodir margens e leitos do canal de escoamento (CARVALHO, 1994). Coiado

(2001, p. 395) também aborda a questão salientando que “A jusante da barragem, tem-se

como conseqüência principal, o aumento da erosão devido ao desequilíbrio provocado pela

retirada da carga natural de sedimentos do escoamento.”.

A deposição de sedimento no reservatório é a última etapa de um processo que se inicia

na erosão superficial da bacia hidrográfica. O material é erodido devido à ação da água, vento,

gravidade ou ainda em alguns casos, devido ao gelo que se acumula na superfície. Todo o

material erodido da bacia não é lançado diretamente no leito do rio, uma parte pode ficar

retida em depressões naturais ou ainda ser interceptada pela vegetação ou obstáculos

existentes na região.

Os fatores que podem vir a interferir no processo de erosão e transporte de sedimentos

são: altura e intensidade de chuva, tipo de solo e formação geológica, cobertura vegetal,

ocupação e uso do solo, topografia e características fisiográficas da rede de drenagem.

O uso do solo é um fator de grande importância na determinação do volume de

sedimento que pode vir a ser liberado para o leito do rio. Carvalho et al. (2002, p.2) salientam

que : Com o crescente aumento da população em todo o planeta, a ação humana

pela ocupação e uso da terra tem sido, entretanto, o fator de maior aumento

da erosão e do transporte de sedimento nos rios, influenciando

significativamente nos problemas decorrentes.

O reservatório é assoreado não só devido aos materiais em suspensão provenientes da

carga de lavagem da bacia, mas também através do transporte dos materiais que compõem o

fundo e os taludes da calha dos rios. De acordo com Dendy (1968, p. 137):

Muitos parâmetros da bacia hidrográfica e do reservatório influenciam a taxa

de sedimentação do reservatório. Alguns dos mais importantes são: o

tamanho e a forma do reservatório; a razão entre a capacidade do

reservatório e tamanho da bacia; razão entre a capacidade do reservatório e o

deflúvio afluente; topografia da bacia, uso da terra e cobertura vegetal;

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6

declividade e densidade da rede de canais; e características físicas e químicas

do sedimento afluente.

Outros fatores que também devem ser levados em consideração são: a forma de

operação do reservatório e o clima característico na área.

Carvalho (1994) apresenta o resultado de um estudo sobre as condições de

assoreamento de alguns reservatórios, a Tabela 1 apresenta alguns dos reservatórios

brasileiros, parcial ou totalmente assoreados.

Tabela 1 - Alguns reservatórios brasileiros parcial ou totalmente assoreados RESERVATÓRIO CURSO D’ÁGUA PROPRIETÁRIO FINALIDADE Bacia do São Francisco Rio das Pedras Velhas CEMIG UHE - 10 MW Paraúna Paraúna CEMIG UHE - 30 MW Pandeiros Pandeiros CEMIG UHE - 4,2 MW Acabamundo Acabamundo DNOCS Controle de cheiasArrudas Arrudas DNOCS Controle de cheiasPampulha Pampulha DNOCS Controle de cheiasBacia Atlântico/Leste Funil Contas CHESF UHE - 30 MW Pedras Contas CHESF UHE - 23 MW Peti Santa Bárbara CEMIG UHE - 9,4 MW Brecha Piranga - UHE - 10 ,5 MWPiracicaba Piracicaba Belgo - Mineira UHE - - Sá Carvalho Piracicaba Acesita UHE - 50 MW Dona Rita Tanque - UHE - 2,41 MW Salto Grande Santo Antônio CEMIG UHE - 104 MW Tronqueiras Tronqueiras - UHE - 7,87 MW Bretas Suaçuí Pequeno - -Mascarenhas Rio Doce ESCELSA UHE - 120 MW Paraitinga Paraitinga CESP UHE - 85 MW Jaguari Jaguari CESP UHE - 27,6 MW Una Una PM Taubaté Abast. de água Bacia do Paraná Caconde Pardo CESP UHE - 80,4 MW Euclides da Cunha Pardo CESP UHE - 108,8 MWAmericana Atibaia CPFL UHE - 34 MW Jurumirim Paranapanema CESP UHE - 22 MW Piraju Paranapanema CPFL UHE - 120 MW Presidente Vargas Tibaji Klabin UHE - 22,5 MW Poxoréu Poxoréu CEMAT UHE - - São Gabriel Coxim ENERSUL UHE - 7,5 MW Ribeirão das Pedras Descoberto CAESB Abast. de água São João São João ENRSUL UHE - 3,2 MW Bacia do Uruguai Caveiras Caveiras CELESC UHE - 4,3 MW Silveira Santa Cruz CELESC UHE - - Celso Ramos Chapecozinho CELESC UHE - 5,76 MW Furnas do Segredo Jaguari CEEE UHE - - Bacia AtlânticAtlântico/Sudeste Santa Cruz Tacanica CCPRB UHE - 1,4 MW Piraí Piraí CELESC UHE - 1,37 MW Ernestina Jacuí CEEE UHE - 1,0 MW Passo Real Jacuí CEEE UHE - 125 MW

Fonte: Carvalho(1994)

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7

Coiado (2001) apresenta o caso do reservatório de Cariobinha, operado pela CPFL

(Companhia Paulista de Força e Luz do Estado de São Paulo), que foi esvaziado em 1986 e

1992 para a desobstrução da tomada d`água. Nas Figuras 1 e 2 é visualizada a tomada d`água

com 2/3 da sua altura obstruída, no seu esvaziamento em 1992. A Figura 2 apresenta as

grades da tomada d`água (direita) e da comporta de fundo (esquerda) no início dos trabalhos

de desobstrução e a Figura 3 apresenta o andamento do processo de desobstrução após uma

semana de trabalho.

Figura 1. Vista da tomada d’água do Reservatório de Cariobinha. (Convênio

CPFL/UNICAMP/Fonte: COIADO, 2001)

Figura 2. Vista das grades da tomada d’água e da comporta de fundo do Reservatório de

Cariobinha. Início da desobstrução (Convênio CPFL/UNICAMP. Fonte: COIADO, 2001)

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8

Figura 3. Vista das grades da tomada d’água e da comporta de fundo do Reservatório de

Cariobinha, durante os trabalhos de desobstrução. (Convênio CPFL/UNICAMP/ Fonte: COIADO,

2001)

3.1.1 Volume de assoreamento de reservatórios

Coiado (2001, p.399) resume o processo de assoreamento de reservatórios como

conseqüência de outros processos. De modo geral, pode-se dizer que o volume de assoreamento de um

reservatório é conseqüência da erosão e transporte das partículas erodidas,

do decréscimo de velocidade, que provoca a sedimentação dos sólidos em

suspensão e retenção dos sólidos transportados junto ao leito.

De acordo com Koelzer e Lara (1958, p. 2) o processo de cálculo do volume de

sedimento acumulado em reservatório consiste em três fases: “[...] estimar o sedimento

afluente ao reservatório, estimar o sedimento afluente que permaneceu no reservatório e

converter o sedimento retido de unidade de peso para unidade de volume.”. Os processos

indicados para o cálculo do volume de sedimento depositado em reservatórios, não se

alteraram muito, tendo em vista o comentário de Coiado (2001), segundo o qual para se

estimar o volume do reservatório ocupado pelos sedimentos são necessárias as seguintes

informações básicas: descarga sólida que entra no reservatório; eficiência de retenção do

reservatório; peso específico dos sedimentos depositados e distribuição dos depósitos de

sedimentos em toda extensão do reservatório.

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9

Coiado (2001) apresenta a Equação 1 indicada para o cálculo da quantidade de

sedimento que será depositada no reservatório (Qtd), durante um dado período de tempo.

)( QssQedQstQtd +−= (1)

Onde:

Qst: descarga sólida total que entra no reservatório;

Qed: quantidade de sedimentos que sai pelas estruturas de descarga no período considerado;

Qss: quantidade de sedimento mantida em suspensão não retida pelo reservatório no espaço

de tempo considerado.

Para grandes reservatório Qss pode ser considerado nula.

Sendo:

QedQstQtd −= (2)

3.1.1.1 Descarga sólida afluente

A quantidade total de sedimentos transportados por um cursos d’água pode ser expressa

como:

QsbQssQsfQst ++= (3)

Onde:

Qst: descarga total de sedimentos (“total load”);

Qsf: descarga de sedimentos transportada por arrasto de fundo (“bed load”);

Qss: descarga de sedimentos provenientes do fundo, transportada em suspensão (“suspended

load”);

Qsb: descarga de sedimento transportada em suspensão proveniente da bacia hidrográfica

(“wash load”). (PAIVA, J., 2001)

A carga do leito do rio pode ser transportada em suspensão (Qss) ou permanecer junto

ao fundo do canal, sendo transportada através de saltos, rolamento ou escorregamento

longitudinal do sedimento no curso d’água (Qsf).

O material conhecido como “wash load” é composto por material de pequena

granulometria proveniente da bacia que alimenta o curso d’água, este sedimento adentra no

reservatório através da vazão afluente ou pela contribuição direta do escoamento superficial.

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10

Segundo Coiado (2001, p. 400) a descarga sólida total (Qst), transportada pelos cursos

d’água afluentes, pode ser determinada pelos seguintes métodos: “[...] utilização dos dados

existentes dos cursos d’água; através da estimativa da erosão; pela comparação com bacias

hidrográficas semelhantes que tenham dados; uso de curvas vazão-duração-taxa de

sedimentos; aplicação de equações ou modelos matemáticos.”. Nos itens subseqüentes serão

apresentados os procedimentos mais utilizados para a determinação da descarga sólida total

afluente a reservatórios.

3.1.1.1.1 Curva-chave de sedimento

A determinação do valor de deflúvio sólido total que chega ao reservatório também

pode ser feita através dos valores de concentração de sedimento de amostras coletadas na

entrada do reservatório. Com a informação de deflúvio líquido na entrada do reservatório e

sua correspondente concentração de sedimento é possível determinar o deflúvio de sedimento

em suspensão do curso d’água. A relação entre o deflúvio sólido de sedimento e a vazão

líquida é chamada de curva-chave de sedimento (Figura 4). Na determinação desta curva

atenção especial deve ser dada aos picos de descarga líquida, pois são eles os responsáveis

pelo transporte de um maior aporte de sedimento.

y = 4692,1e0,0002x

R2 = 0,5905

0,00E+00

5,00E+04

1,00E+05

1,50E+05

2,00E+05

2,50E+05

3,00E+05

0 2000 4000 6000 8000 10000 12000 14000 16000 18000

Q (m3/s)

Des

carg

a To

tal (

t/di

a)

Figura 4. Curva-chave de sedimento do Reservatório de Itaipu (MAIA et al., 2002)

A partir da curva-chave de sedimento, e da equação representativa desta relação

(Figura 4), o cálculo do volume de sedimento em suspensão afluente ao reservatório pode ser

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11

feito com os dados de uma série de vazões históricas, ou geradas sinteticamente, para

determinação da série de dados de carga sólida de sedimento afluente ao reservatório. Este

procedimento tem o mesmo objetivo da utilização das curvas vazão-duração-taxa de

sedimento, em que, a partir de uma curva-chave de sedimento calcula-se o volume de

sedimento acumulado com base na freqüência de ocorrência das vazões.

A medição da descarga sólida transportada junto ao leito (Qsf) é de difícil realização.

Para o cálculo desta parcela de sedimento normalmente se faz uso de equações que serão

discutidas posteriormente, item 2.1.1.1.3. Uma outra forma de se estimar, preliminarmente,

esta parcela é através da relação entre o valor de “Qsf” com o valor total de sedimento

transportado. Para a estimativa deste percentual de sedimento transportado junto ao leito, da

descarga total de sedimento, normalmente se utiliza percentuais obtidos em outros rios.

3.1.1.1.2 Erosão do sedimento

A deposição de sedimento nos reservatórios é a etapa final de um processo que se inicia

com a erosão do sedimento da bacia hidrográfica e o seu posterior transporte para os cursos

d’água, que é interrompido pela deposição do sedimento na calha dos rios, lagos e

reservatórios. A erosão é o desgaste e a remoção de partículas da rocha ou do solo pela ação

mecânica e química da água corrente, vento, gelo, intemperismo dentre outros agentes.

Segundo Simões e Coiado (2001, p.283): A erosão natural é aquela que vem ocorrendo sob condições naturais dentro

de um quadro extremamente dinâmico. A Terra desde seus primórdios tem

experimentado a erosão natural e a deposição de sedimentos, os quais são

responsáveis pela sua modelação atual. Algumas vezes este equilíbrio é

rompido com um incremento de erosão cujas taxas excedem valores

esperados, para um determinado ambiente. Neste caso é então designada de

erosão acelerada.

A erosão acelerada ocorre devido à ação antrópica. O aumento da população e o menor

cuidado no manejo do solo têm ocasionado um aumento da taxa de erosão de grande parte das

bacias hidrográficas. Algumas ações antrópicas têm interferência direta no processo erosivo,

como: escavações, movimentos de terra na construção, na agricultura e em todas as ações

diretas do homem na superfície do solo.

Simões e Coiado (2001, p.284) salientam que “A erosão acelerada tende a se tornar cada

vez mais crítica, difícil de ser eliminada, porém pode ser reduzida a níveis aceitáveis pela

aplicação de práticas de controle.”. Ainda segundo os autores, sobre a erosão acelerada:

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12

[...] entre as graves consequências destacam-se as principais:

- empobrecimento da fertilidade do solo;

- deterioração das condições físicas para o desenvolvimento vegetal;

- produção excessiva de sedimentos;

- liberação de poluentes químicos constituídos por nutrientes vegetais

e agrotóxicos;

- deposição de sedimentos em reservatórios, canais e enchentes em

regiões planas.

Um importante agente erosivo a se considerar é a água, que promove a remoção de

partículas do solo devido à energia de impacto das gotas de chuva e às forças geradas pelo seu

escoamento. Após o processo de erosão ocorre o transporte das partículas para os cursos

d’água, ou até depressões ou terrenos planos, onde as mesmas ficam retidas.

De acordo com Simões e Coiado (2001, p. 286): Os rios não somente transportam sedimentos fornecidos por

escorregamentos e movimentos do regolito, mas também erodem as rochas

do embasamento sobre o qual eles correm. A carga detrítica do rio fornece

instrumentos com os quais a água corrente desgasta a rocha sólida. Através

da força da corrente, blocos soltos são elevados e chocam-se uns contra os

outros até sua fragmentação.

O transporte deste sedimento depende da forma, tamanho e peso da partícula e das

forças exercidas pela ação do escoamento, quando estas forças se reduzem até a condição de

não poderem continuar a deslocar a partícula, ocorre o processo de deposição (CARVALHO,

1994).

De acordo com Wischmeier e Smith1 (1978 apud SILVA, SCHULZ e CAMARGO,

2003, p. 65): Dentre as muitas equações que buscam exprimir a ação dos principais fatores

que sabidamente influenciam as perdas de solo por erosão hídrica, a que trata

o assunto de modo mais dinâmico, por superar parcialmente restrições

climáticas e geográficas e ter aplicação generalizada, é a chamada “Equação

Universal de Perda de Solo” - EUPS (Universal Soil Loss Equation– USLE).

Segundo Paiva, E. (2001, p. 367) a EUPS “[...] é um modelo de erosão, destinado a

calcular a perda de solo média, em períodos longos, proveniente da erosão laminar e por

sulcos. Não prevê deposição e não computa produção de sedimento por ravina e erosão das

margens e fundo do canal.”. 1 Wischmeier, W. H.; Smith, D. D. Predicting rainfall erosion losses. A guide to conservation planning. Supersedes Agriculture Handbook, n. 282. Science and Education Administration United States Department of Agriculture, 1978.

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13

Ainda sobre a EUPS, de acordo com Santos et al. (2001, p. 234): Entre os modelos de predição da erosão de origem hídrica, o método

centrado na Equação Universal de Perda de Solo (USLE) é o mais

conhecido, inclusive no Brasil. Por conta da simplicidade dos parâmetros

envolvidos e da facilidade de ser implementada de forma distribuída,

inclusive usando geoprocessamento, a USLE vem sendo bastante utilizada

apesar do caráter eminentemente empírico, o que implica em resultados

restritos às condições de calibragem do ponto de vista quantitativo.

A análise do potencial de erosão do solo de uma bacia hidrográfica normalmente é

realizado através da utilização do modelo da USLE, associada às ferramentas de um Sistema

de Informações Geográficas (SIG), tendo como principal objeto a análise espacial do

fenômeno. Estes mapas podem embasar o planejamento do uso e ocupação do solo de uma

bacia hidrográfica, tendo como objetivo menores taxas de perda de solo pela bacia. De acordo

com Santos et al. (2001, p. 235), sobre a USLE, “[...] seu maior potencial está em apresentar

de forma qualitativa a variação espacial da intensidade dos processos erosivos em termos

médios anuais.”.

O USLE já foi posteriormente modificado para a Equação Modificada de Perda de Solo

(MUSLE), que faz a estimativa de produção de sedimento para chuvas individuais. Outros

modelos têm sido desenvolvidos para o cálculo da produção do sedimento em bacias

hidrográficas, com o enfoque no planejamento da conservação do solo, dos recursos hídricos

e também da modelagem da qualidade da água.

Segundo Santos et al. (2001, p. 237): A porcentagem dos sedimentos que atingem e efetivamente são

transportados pelos rios é geralmente pequena em relação ao produzido pela

bacia. A esta porcentagem é dado o nome de taxa de transferência (Sediment

Delivery Ratio) e depende da área de drenagem e outras características

fisiográficas da bacia.

Segundo Vanoni (1975, p. 588) “[...] a quantidade de sedimento transportado de um

determinado local para o curso d’água, durante um determinado período, é em média de 70%

a menos de 10% do total de material erodido na bacia de drenagem, no mesmo período.”. A

grande variação deste percentual ocorre em função do tamanho da área de drenagem, da

densidade de drenagem da bacia e da erodibilidade da bacia (VANONI, 1975).

O procedimento de estimativa do volume de sedimento afluente ao reservatório, com

base na taxa de erosão da bacia foi realizado por Rocha e Ferreira (1980) devido a não

disponibilidade de dados de transporte sólido na bacia em estudo, sendo esta uma justificativa

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14

para a utilização de dados de erosão no cálculo do volume de sedimento afluente ao

reservatório. No entanto, devido à grande quantidade de fatores interferentes na erosão e

transporte de sedimentos ao reservatório, a modelagem deste sistema apresenta grande

dificuldade no interrelacionamento de fenômenos inerentes ao processo, na obtenção de dados

de entrada consistentes e na determinação da taxa de transferência do sedimento erodido.

É devido às dificuldades citadas que a espacialização do potencial de erosão de solo é de

maior valia para ações preventivas que visem a minimização da produção de sedimento pela

bacia hidrográfica, do que para a quantificação do volume de sedimento afluente ao curso de

água. A ocupação adequada do solo pode propiciar uma menor produção de sedimento pela

bacia hidrográfica e, como consequência, menores taxas de aporte de sedimento ao curso

d’água e, posteriormente, ao reservatório.

3.1.1.1.3 Equações e modelos computacionais

A utilização de equações para o cálculo da carga total de sedimento afluente ao

reservatório é mais comum quando não se tem dados medidos e com representatividade

temporal. As medições são escassas, principalmente para a descarga de arrasto de fundo.

Nestes casos, as equações desenvolvidas para este cálculo são bastante utilizadas.

De acordo com Paiva, J. (2001, p. 314): Até meados da década de 50 os métodos de estimativa da carga de

material de fundo eram enquadrados em um dos 3 enfoques a seguir:

- Equação do tipo Du-Boys, considerando uma relação de tensão de

cisalhamento;

- Equação do tipo SCHOKLISTSCH, considerando uma relação de

descarga;

-Equação do tipo EINSTEIN, baseadas em considerações estatísticas

das forças de sustentação.

Ainda de acordo com Paiva, J. (2001. p. 314): As equações de EINSTEIN (1942, 1952) representam um grande avanço na

ciência de transporte de sedimento, ao abandonar o conceito da tensão de

cisalhamento crítica e de movimento incipiente, em favor do conceito de

probabilidade de remoção que relaciona força hidrodinâmica, instantânea, de

sustentação com o peso da partícula.

O método de Einstein, modificado por B. R. Colby e C. H. Hembree, em 1955, é o mais

comumente utilizado para o cálculo da descarga total de sedimento. O referido método é

apresentado em detalhes em Carvalho (1994) e Coiado (2001).

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15

Os modelos computacionais desenvolvidos para o cálculo do volume de sedimento

afluente a um reservatório se baseiam na dinâmica dos fluidos computacional. Normalmente

utilizam equações de continuidade e quantidade de movimento da água além da equação de

continuidade de sedimento para a determinação do volume de sedimento depositado no

reservatório, bem como a sua localização. O modelo desenvolvido por Lopez (1978) é um

exemplo da utilização destas equações, sendo este modelo aplicado em Cogollo-Ponce (1986)

para a estimativa do assoreamento do Reservatório de Urra II, no Rio Sinu Colômbia.

O software RESSASS (RESSASS, 2001), desenvolvido pela Overseas Development

Unit da HR Wallingford, tem como objetivo analisar resultados do levantamento topográfico

do reservatório para determinação do volume de sedimento acumulado no mesmo, bem como

prever cenários futuros da topografia do reservatório em função do assoreamento. O modelo

trabalha com as equações do movimento do fluxo de água (Equações de Saint-Venant) e de

sedimento em canais abertos, considerando regime permanente.

Estes modelos por considerarem maior número de interferência no sistema, também

necessitam de maior número de dados de entrada e é esta a maior dificuldade encontrada na

utilização dos mesmos. A falta de dados sedimentométricos dificulta a utilização de modelos

computacionais de transporte de sedimentos atualmente disponíveis, fazendo com que

procedimentos mais simplificados sejam utilizados para o cálculo do volume e localização de

sedimento depositado no reservatório.

3.1.1.2 Eficiência de retenção do reservatório

A eficiência de retenção de sedimento, por parte do reservatório, depende de um grande

número de fatores como a sua capacidade, a vazão líquida de entrada, a idade, forma e

operação do reservatório, além das características do sedimento.

Inicialmente a eficiência de retenção foi relacionada a um fator determinado pela razão

entre a capacidade do reservatório e a área da bacia de drenagem em estudo (C/W). Esta

relação foi utilizada no estudo apresentado em Brune e Allen (1941), onde através dos dados

de 23 reservatórios os autores relacionaram a taxa de erosão da bacia, o fator C/W e o método

de operação do reservatório, para a determinação do acúmulo anual de sedimento no

reservatório. Segundo os autores não houve uma boa correlação dos dados devido à não

análise de outros fatores que apresentam interferência no processo de assoreamento.

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16

Brown2 (1943 apud BRUNE, 1953) foi o primeiro a desenvolver uma curva que

relacionava a razão C/W com o valor de eficiência de retenção do reservatório. Um dos

problemas da utilização desta curva foi a observação de que alguns reservatórios poderiam

apresentar valores iguais da razão C/W, mas estarem localizados em áreas com climas

diferentes. Considerando o mesma produção de sedimento nas bacias, os reservatórios

localizados em áreas úmidas poderão ter uma menor eficiência de retenção do que aqueles

localizados em regiões áridas, que podem não apresentar volume d’água suficiente para o

processo de vertimento.

Churchill, em 1948, apresentou curvas representativas do percentual de sedimento

efluente do reservatório, em função do índice de sedimentção, IS (Equação 4). A curva

apresentada na Figura 5 foi desenvolvida com os dados experimentais obtidos nos

reservatórios da Tennessee Valley Authority. As curvas de Churchill têm no eixo das

abscissas o índice de sedimentação multiplicado pelo valor da aceleração da gravidade (g). O

índice de sedimentação é calculado segundo as características do reservatório e vazão

afluente, pela fórmula apresentada a seguir:

LQVIS×

= 2

2

(4)

Sendo:

V: volume do reservatório (m3)

Q: vazão afluente média diária durante o período de estudo (m3/s)

L: comprimento do reservatório (m)

As curvas de Churchill, apresentadas a seguir, são comumente utilizadas para o cálculo

da eficiência de retenção de pequenos reservatórios.

2 Brown, C. B. (1943) Discussion of “Sedimentation in Reservoirs” by B. J. Witzig, Proc. Amer. Soc. Civ. Eng., v. 69, n. 6, p. 793-815, 1493-1499.

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17

Figura 5. Curvas de Churchill (ANNANDALE, 1987)

O fator que relaciona a capacidade do reservatório com a vazão afluente ao mesmo (IS)

apresenta uma relação mais próxima com a eficiência de retenção do que a relação entre a

capacidade e área de drenagem do reservatório (C/W) inicialmente utilizada. Isto ocorre

porque o IS está relacionado não só à área de captação de água da bacia hidrográfica, mas

também à quantidade de água que realmente escoa pela bacia e atinge o leito do rio (BRUNE,

1953).

Brune (1953) apresenta um método baseado na análise de um grande número de

reservatórios americanos, para a determinação da percentagem de sedimentos retidos, em

função da capacidade de afluência. O eixo das abscissas da curva de Brune (Figura 6)

representa capacidade de afluência, definida como a razão entre a capacidade do reservatório

e o volume afluente anual. Roberts3 (1982 apud ANNANDALE, 1987) constatou que o uso

do gráfico é mais indicado quando o volume do reservatório é substituído pelo volume de

operação do reservatório (ANNANDALE, 1987). A curva de Brune é utilizada para

representar médios e grandes reservatórios. As curvas envoltórias apresentadas no gráfico são

utilizadas para diferentes tipos de sedimentos. Para sedimentos compostos por partículas

grossas ou finas altamente floculadas utiliza-se a envoltória superior, no caso de sedimentos

de grãos finos e coloidais dispersos, utiliza-se a curva inferior. A curva central é indicada para

sedimentos de granulometria média.

3 Roberts C.P.R. (1982). Flow profile calculations. HYDRO 82. Pretoria, University of Pretoria.

Índice de Sedimentação . g – (IS.g)

Sedi

men

to E

fluen

te d

o R

eser

vató

rio (%

)

Sedimento LocalSedimento fino descarregado de um reservatório a montante

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18

Figura 6. Curvas de Brune (VILLELA; MATTOS, 1975)

A curva de Brune foi desenvolvida para reservatórios de acumulação, não sendo esta

relação recomendada para o cálculo da eficiência de retenção em bacias de sedimentação,

estrutura de controle de enchente ou reservatórios semicheios. Entretanto, segundo Strand

(1974), alguns dos dados utilizados na curva de Churchill são referentes a bacias de

sedimentação e reservatórios semicheios, sendo esta curva mais indicada para a determinação

da eficiência de retenção destas estruturas.

O cálculo do assoreamento pode ser feito com a utilização da expressão apresentada a

seguir, que serviu como base para o desenvolvimento do estudo de caso apresentado em

Carvalho et al. (2000).

ap

rst EDS

γ×

= (5)

Sendo:

S: volume do sedimento retido no reservatório (m3/ano)

Dst: deflúvio sólido total médio afluente ao reservatório (t/ano)

Er: eficiência de retenção do sedimento afluente ao reservatório (fração)

γ ap: o peso específico aparente médio dos depósitos (t/m3)

3.1.1.3 Peso específico do sedimento

A densidade do depósito de sedimento depende da quantidade de espaços vazios

ocupados por água, o que é influenciado pelo tamanho do grão, distribuição granulométrica e

Capacidade de afluência

Sedi

men

tos R

etid

os

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19

pela consolidação sofrida pelo sedimento, que apresenta relação direta com o tipo de operação

do reservatório e o seu grau de exposição (KOELZER; LARA, 1958)

Os fatores relevantes para o cálculo do peso específico do sedimento são: a forma com a

qual o reservatório é operado, a textura e o tamanho das partículas de sedimento, a taxa de

compactação, a idade do depósito, o acúmulo de matéria orgânica e ainda outros fatores de

menor importância (STRAND, 1974). Destes fatores, a forma de operação do reservatório

tem grande relevância, pois determina o grau de exposição do sedimento e, por conseguinte, o

seu grau de compactação. Quanto maior a profundidade em que o sedimento é depositado

maior será o valor do seu peso específico, devido ao grau de compactação sofrido pelo

material.

Trask4 (1950 apud KOELZER; LARA, 1958) em seus estudos concluiu que os fatores

essenciais na compactação são: carga, tamanho do grão, permeabilidade e tempo. Happ5

(1944 apud KOELZER; LARA, 1958) ainda acrescenta aos fatores levantados por Task4 o

grão de exposição à secagem do sedimento.

O peso específico do sedimento depende significativamente da fração de argila nele

existente, e esta fração tende a variar inversamente com a distância a montante da barragem

(HEINEMANN, 1962). O trabalho apresentado em Heinemann (1962) mostra o resultado de

um levantamento detalhado da densidade do sedimento depositado no Reservatório de

Sabetha, no Kansas (EUA), e a comparação destes resultados com o percentual de argila,

profundidade do depósito de sedimento, distância da barragem e a distância, ao longo de uma

mesma seção, do talvegue original. Os resultados do estudo mostram que o fator que

apresentou maior interferência na densidade do sedimento foi o percentual de argila. A

Figura 7 apresenta a relação entre densidade e percentual de argila para o caso em estudo, em

que “V” é a densidade seca do depósito de sedimento, em lb/ft3 e “C” é o percentual de argila

no sedimento.

4 Trask, P. D. Applied Seddimentation. John Wiley and Sons, New York, p.30. 1950 5 Happ, S. C. Significance of Texture and Density of Alluvial Deposits in the Middle of Rio Grande Valley. Journal of Sedimentary Petrology, v. 14, april, p. 3-19. 1944

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20

Figura 7. Percentual de argila e densidade do sedimento (HEINEMANN, 1962)

Lane e Koelzer6 (1943 apud ROCHA; FERREIRA, 1980) nos seus primeiros estudos

também relacionaram o peso específico do sedimento com a sua granulometria, no caso

material com diâmetro superior a 0,05 mm (areia), e desenvolveram o gráfico apresentado na

Figura 8.

6 Lane, E. W. ;Koelzer, V. A. (1943). Density of Sedimentations Deposited in Reservoirs. Report nº9. A study of methods used in measurements and analysis of sediment loads in streams. Hydraulic Lab. Univ. of Iowa, Iowa City, Iowa, November.

Den

sida

de (l

b/ft3 )

Percentual de argila (%)

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21

Figura 8. Peso específico aparente do sedimento depositado e o percentagem de areia (ROCHA;

FERREIRA, 1980)

Lane e Koelzer6 (1943 apud KOELZER; LARA, 1958) em estudos posteriores

desenvolveram uma equação (Equação 6) que relaciona densidade da partícula, tempo e

método de operação do reservatório.

TKWW 101 log.+= (6)

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22

Onde:

W: densidade após “T” anos, em lbs/ft3;

W1: densidade após 1 ano, em lbs/ft3;

K: constante para cada classe de sedimento e condições de operação, que interferem na

consolidação;

T: número de anos de consolidação do sedimento.

Tabela 2 – Valores de “W1” e “K”

Operação do Reservatório Areia Silte Argila

W1 K W1 K W1 K

a. Sedimento sempre ou quase

sempre submerso 93 0 65 5,7 30 16,0

b. Reservatório normalmente com

rebaixamento de nível moderado 93 0 74 2,7 46 10,7

c. Reservatório normalmente com

significativos rebaixamento de

nível

93 0 79 1,0 60 6,0

d. Reservatório normalmente

vazio 93 0 82 0,0 78 0,0

Fonte: Lane e Koelzer6 (1943 apud KOELZER; LARA, 1958)

Os valores de densidade de sedimento após 1 ano (W1) apresentados por Lane e

Koelzer6 são resultantes da análise de 600 amostras coletadas em 100 diferentes localidades

no mundo e levando em consideração o método de operação do reservatório.

Miller7 desenvolveu uma equação para o cálculo da densidade aproximada do depósito

de sedimento (Wave) depois de “T” anos de compactação. Esta equação (Equação 7) foi

desenvolvida pela integração da equação desenvolvida por Lane e Koelzer6 (Equação 6).

( )

−+= 1ln

1..434,01 T

TTKWWave (7)

Em que:

W: densidade após “T” anos, em lbs/ft3;

W1:densidade após 1 ano, em lbs/ft3;

7 Miller, C. R. Determination of the Unit Weight of Sediment for Use in Sediment Volume Computation. U. S. Reclamation memorandum, fev 17. 1953.

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23

K: constante para cada classe de sedimento e condições de operação, que interferem na

consolidação;

T: número de anos de consolidação do sedimento.

3.1.2 Distribuição do sedimento no reservatório

Além da determinação do volume de sedimento acumulado no decorrer do tempo, outro

fator de grande importância a ser considerado é a forma como se dá a distribuição deste

sedimento no reservatório. Alguns dos fatores que afetam esta distribuição, segundo Strand

(1974, p. 780), são: “[...] textura do sedimento, relação do fluxo d’água afluente e efluente ao

reservatório, tamanho e forma do reservatório e a operação do reservatório.”.

O nível no qual o reservatório trabalha além de interferir no grau de compactação do

depósito, também apresenta interferência na localização do sedimento. Em reservatórios nos

quais ocorre grande variação do nível de água, o movimento do sedimento é significativo.

Quando o reservatório está com o nível mais elevado o sedimento tende a se depositar em

regiões mais a montante, ocupando o espaço do volume útil do reservatório; mas quando o

reservatório abaixa o seu nível, a água escoa com maior velocidade, levando consigo o

sedimento que se deposita em regiões mais próximas da barragem, podendo alcançar o espaço

destinado ao volume morto do reservatório (FRY, 1950).

A determinação da localização e do tipo de sedimento distribuído no reservatório é de

grande importância, podendo-se assim determinar se o sedimento acumulado poderá vir a

afetar a segurança das estruturas instaladas, bloquear as estruturas hidráulicas existentes, ou

ainda dificultar a navegação.

Geralmente nos projetos de reservatórios é reservado um espaço destinado para o

acúmulo de sedimento, sendo este espaço originalmente chamado de volume morto. É de

suma importância estudar a localização do sedimento, para saber se o mesmo está ocupando o

espaço destinado ao volume morto e não o do volume útil, o que acarretaria em menor

disponibilidade de espaço para o armazenamento de água (FRY, 1950).

Atualmente, a delimitação do volume morto nos projetos de reservatórios de água,

formados com a construção de barragens, não mais considera que o sedimento ficará

localizado neste espaço. O volume morto é considerado o volume não aproveitado devido à

localização de estruturas hidráulicas como, por exemplo, a estrutura de tomada d’água, não

sendo operacionalmente possível retirar água desta parcela do reservatório. De acordo com

Rocha e Ferreira (1980, p. 5) “[...] o assoreamento sofrido pelo reservatório provoca uma

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24

perda na sua capacidade útil antes de se esgotar o seu volume morto.”. Ou seja, a associação

do volume morto ao volume onde se depositará o sedimento não é adequada, visto que, o

cálculo destes volumes tem concepções diferentes. De qualquer forma, a determinação do

volume e localização do sedimento que será depositado no reservatório, em um determinado

período, é de fundamental importância para que o reservatório seja dimensionado de forma a

englobar o volume de sedimento, que se depositará no mesmo, e o volume útil necessário para

o atendimento das finalidades para as quais o mesmo foi construído. Uma outra verificação

que deve ser feita é a da interferência deste sedimento nas estruturas de tomada d’água e nas

condições de remanso na entrada do reservatório.

Com relação à granulometria do sedimento depositado, as partículas mais grossas são as

primeiras a se depositarem na entrada do reservatório, enquanto que o sedimento mais fino

tende a adentrar o reservatório, sendo depositado mais próximo à barragem, ou ainda,

transpondo-a, pelo vertedor ou pelos condutos. De acordo com Carvalho (1994, p. 2) “à

medida que o assoreamento cresce, a capacidade do reservatório diminui, enquanto a

influência do remanso aumenta para montante, as velocidades no lago aumentam e maior

quantidade de sedimentos passa a escoar para jusante.”.

A localização dos sedimentos no reservatório pode dar origem a três diferentes tipos de

depósito: depósito de remanso, delta e depósito de fundo. Os depósitos de remanso (Figura 9)

estão localizados nos compartimentos de entrada do reservatório, sendo formados por

materiais de maior granulometria e segundo Coiado (2001, p.411) estes depósitos “[...] não

implicam necessariamente em perda de capacidade útil do reservatório, mas podem agravar os

problemas causados pelas enchentes a montante do reservatório.”.

Figura 9. Esquema típico da distribuição dos sedimentos no reservatório (CARVALHO, 1994)

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25

A formação de deltas é observada na entrada do reservatório (Figura 9). Sedimentos de

granulometria maior juntamente com algumas partículas finas tendem a se depositar na

entrada do reservatório, formando o delta. As partículas menores transportadas em suspensão

são depositadas ao longo do reservatório a depender da sua velocidade de queda. Algumas

frações coloidais podem não se depositar durante o tempo de residência da água no

reservatório.

Os deltas têm como principais conseqüências a elevação da altura de coluna d’água no

canal a montante do reservatório, podendo ser fator preponderante nos fenômenos de enchente

na área considerada, além do depósito ocupar consideráveis porções do volume útil do

reservatório. Os depósitos de remanso e a formação de deltas afetam significativamente a

navegação devido à redução da profundidade da calha do rio.

Os depósitos de fundo, ou depósitos do leito, são constituídos por materiais como areia

e silte e se encontram no trecho mais baixo do reservatório, a jusante do delta (Figura 9). De

acordo com Coiado (2001, p.411) “Esses depósitos podem impossibilitar a operação de

comportas de órgãos de adução ou de descarga [...].”.

O primeiro método estritamente matemático desenvolvido para o cálculo da redução do

volume de reservatórios, foi o método de incremento de área, desenvolvido por Cristofano8

(BORLAND E MILLER, 1958). O método considera que, em função do acúmulo de

sedimento, ocorre uma mesma redução de área nas diferentes profundidades do reservatório.

O método é útil para se fazer estimativa rápida da altura de sedimento no reservatório em um

período de tempo pré-determinado. Com a implementação do método é possível determinar a

nova curva cota-área-volume em função do assoreamento sofrido pelo reservatório no período

em análise.

Lara9 (1962 apud VANONI, 1975), através da revisão do trabalho Borland e Miller

(1958), apresentou um procedimento empírico para a determinação da localização do

sedimento no reservatório baseado no tipo de reservatório, classificado de acordo com a

relação entre profundidade e volume de acumulação do reservatório (VANONI, 1975). O

método chamado de “Método Empírico de Redução de Área” se baseia nos levantamentos

realizado em 30 reservatório dos EUA, nos quais foi observada a existência de uma relação

entre a forma do reservatório e o percentual de sedimento depositado em várias profundidades

do reservatório. O referido método permite classificar o reservatório em um tipo padrão, o que

8 Cristofano, E. A. (sem data). Former Hydraulic Engineer, Project Office, Bureau of Reclamation, Albuquerque, New Mexico. 9 Lara, J. M. Revision of Procedures to Compute Sediment Distribution in Large Reservoirs. United States Bureau of Reclamation, Denver, Colorado, may. 1962.

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fornece uma indicação da maneira como o sedimento se distribui ao longo do reservatório. De

acordo com Carvalho (1994, p.323), para a utilização deste método no nosso país, “[...]

haveria necessidade de comprovação da sua aplicabilidade, onde o clima, regime tropical de

chuvas, solos, geomorfologia, cobertura vegetal, entre outros aspectos, são diferentes daquele

país.”.

Como desenvolvimento da dinâmica dos fluidos computacional, existem modelos

disponíveis e em desenvolvimento para a determinação da localização dos sedimentos no

reservatório, como citado no ítem “Equações e Modelos Computacionais”.

3.1.3 Controle do sedimento

O impacto ambiental causado pela construção de uma barragem é inegável, mas deve-se

também ter em mente que a construção de barragens é uma das ferramentas encontradas pelo

homem para se proteger de eventos extremos da natureza, além de ser responsável pelo

fornecimento de água para o atendimento das diversas demandas.

Coiado (2001, p.395) fala sobre o processo de assoreamento: O assoreamento de um reservatório, devido à deposição dos sedimentos

transportados pelos seus afluentes ou pelo escoamento superficial que

adentra o lago pelas margens, é um processo inevitável, embora possa ser

amenizado por algum controle. Todo reservatório, independente do

mecanismo de operação e de sua finalidade (aproveitamento hidrelétrico,

controle de enchentes, abastecimento de água, irrigação, ou para

multipropósitos) terá sua capacidade de armazenamento de água parcial ou

totalmente reduzida pelos sedimentos.

O controle de sedimento afluente ao reservatório pode ser feito por meio de medidas

preventivas ou corretivas. As medidas preventivas são adotadas para se evitar o transporte de

sedimentos até os cursos d’água e, quando os mesmos o alcançam, evitar a formação de

depósitos de sedimento no fundo do reservatório. As medidas corretivas, por sua vez, têm

como objetivo corrigir os efeitos causados pelo sedimento já depositado no reservatório.

As medidas preventivas são mais eficientes e econômicas do que as medidas corretivas,

as quais geralmente são aplicadas por falta de previsão e adotadas em condições tais que os

prejuízos materiais e financeiros já são intoleráveis (CARVALHO, 1994).

Como medida preventiva pode-se destacar a seleção adequada do local para construção

da barragem - medida prévia à implantação do projeto, que pode ser decisiva na taxa de

assoreamento do futuro reservatório. Ainda na fase de projeto, deve-se realizar o cálculo do

volume que deve ser reservado no reservatório para o acúmulo de sedimento, bem como a

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previsão da localização deste sedimento. Este procedimento pode ser fundamental para o

dimensionamento real do volume útil do reservatório e a determinação da sua variação ao

longo dos anos. Medidas que minimizariam a produção de sedimento seriam os cuidados

específicos com a bacia de contribuição, através do desenvolvimento de trabalho de

conservação do solo.

Outras estruturas também poderiam atuar como medida preventiva, como as estruturas

de contenção de sedimento, para que o mesmo não chegue ao reservatório. Dentre estas

estruturas pode-se citar: pequena barragem a montante, bacia de decantação, fora da calha do

rio e ainda, condutos ou canais de derivação, conhecido como “by-pass” (VICENT, 2003).

Estruturas hidráulicas, como descarga de fundo, poderiam ser também importantes

ferramentas para trabalhos periódicos de liberação de parte do sedimento retido. Os

descarregadores de fundo devem ser bem posicionados, ou seja, próximo e abaixo da tomada

d’água o que garantiria a retirada do sedimento desta região, fazendo com que o nível do

depósito ficasse abaixo da soleira da tomada d’água (CARVALHO, 1994).

Outra medida preventiva é a manutenção de florestas remanescentes, com o

florestamento ou reflorestamento principalmente das matas ciliares ao longo do lago e das

margens dos rios afluentes ao reservatório. Esta vegetação faz com que o solo fique mais

protegido, uma vez que chuva é interceptada pela vegetação, diminuindo o impacto da gota de

água no solo, além da formação de serapilheira, importante anteparo protetor do solo, que

proporciona a redução da erosão do solo e do escoamento superficial da água, importante

agente no transporte de sedimento.

O controle de erosão da bacia também está diretamente ligado ao manejo adequado do

solo, principalmente em áreas agrícolas, que pode ser realizado através de medidas como:

implantação de técnicas de cultivo em curva de nível; plantio em terraceamento; cultura em

faixas; rotação de culturas; plantação de cordões de vegetação permanente, alternância de

capinas; utilização de cobertura morta, faixa de bordadura; quebra-ventos, entre outras

técnicas. Especial atenção também deve ser dada ao controle de sedimentos em estradas,

cidades e em obras diversas que, a depender do caso, podem ser importantes fontes de

produção de sedimento na bacia hidrográfica.

As medidas corretivas se caracterizam pela retirada do sedimento já acumulado no

reservatório ou pela minimização dos efeitos do depósito de sedimento, através do aumento

do volume útil do reservatório. Tem-se como exemplos destas medidas o uso do

descarregador de fundo, a remoção do sedimento já acumulado e o alteamento da barragem.

A utilização dos métodos de reabilitação de reservatórios é aconselhável nos casos em

que a deposição de sedimento tende a afetar a função para a qual o mesmo foi construído. Os

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três motivos que podem justificar a necessidade de reformas e adequação de barragens,

aumentando assim a vida útil das mesmas, são: a permanente influência do ambiente natural

nas barragens, a necessidade de adaptação das barragens para a situação sócio-econômica e o

nível de segurança demandado pela sociedade em cada época e, finalmente, o melhoramento

do funcionamento das barragens para se obter o máximo de produção e benefícios na sua

exploração (VICENT, 2003). Uma das técnicas mais conhecidas é a de retirada de sedimento

através de uma estrutura chamada descarga de fundo, pela qual o sedimento é liberado

juntamente com a água, para jusante da barragem. Uma outra técnica é a dragagem direta do

sedimento.

A utilização de descarregador de fundo é mais indicada para pequenos reservatórios

e para reservatórios que apresentam disponibilidade de água suficiente para atender as

finalidades para o qual foi projetado e ainda ter água excedente para ser liberada para jusante,

o que não costuma ocorrer nos casos de reservatórios de acumulação, podendo este processo

significar perda de água do sistema. Deve-se salientar que este processo pode trazer sérios

problemas ambientais com a disponibilidade de grande carga de sedimento no curso d’água, a

jusante da barragem.

A dragagem do sedimento é um processo que requer o uso de energia externa. Uma das

desvantagens deste método é a elevada demanda de água, podendo, segundo Raudkivi (1993,

p.151), chegar “[...] a uma razão de 4:1 de água em relação ao sedimento.”, para os

reservatórios construídos devido à escassez de água esta é uma característica desvantajosa.

Uma outra desvantagem levantada por Carvalho (1994, p. 277) é o custo da dragagem.

Segundo o autor, os custos desta medida “[...] podem variar de US$ 1,00 a US$15,00 por m3

dragado, dependendo da situação, do local, do destino do material e de outros fatores.”. Sendo

este processo dispendioso, só é indicado quando outros processos, de menor custo, não

puderem ser empregados.

Outro processo mecânico de retirada do depósito de sedimento é a sifonagem, que

segundo Carvalho (1994, p. 283) “[...] usa muita água, mas é relativamente eficiente.”. Um

cuidado adicional que deve ser tomado na realização desse procedimento se refere à

disposição do sedimento extraído do reservatório, que deve ser disposto em uma região viável

ambientalmente, uma vez que a simples deposição nas margens dos rios ou do reservatório

pode provocar o retorno do material para o curso d’água nas épocas chuvosas.

Reformas em estruturas hidráulicas ou na própria barragem também são soluções

propostas para minimizar os efeitos da redução do volume útil de reservatórios. Uma solução

viável é a relocação das estruturas de tomada d’água para a produção de energia ou

abastecimento d’água. Esta é uma medida que colocaria a estrutura acima do nível de

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sedimento. Outra medida mais drástica é a elevação da estrutura da barragem para que o

volume d’água regularizado seja recuperado, sendo esta uma reforma que exigiria maiores

recursos e necessitaria de estudos dos impactos ambientais do empreendimento. De acordo

com Carvalho (1994, p. 283) o alteamento da barragem só é indicado “[...] quando for

possível aumentar a área do reservatório com baixos custos de desapropriação.”.

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30

3.2 Dimensionamento e operação de reservatórios

A irregularidade da distribuição temporal dos deflúvios de um curso d’água, vinculada

às demandas constantes, ou com pouca variação, leva à necessidade de construção de

reservatórios, para o armazenamento da água excedente em períodos úmidos e seu posterior

uso nos períodos de estiagem. O crescente aumento da demanda pelos recursos hídricos

associado com o usos múltiplos de um mesmo reservatório, também se tornou alavanca para o

maior desenvolvimento das pesquisas na área de recursos hídricos, não só no que diz respeito

ao dimensionamento de reservatórios, como também da sua adequada operação.

O problema básico na determinação da capacidade do reservatório a ser instalado num

curso d’água para o atendimento de uma determinada demanda, ou ainda a determinação das

vazões a serem captadas de um determinado reservatório, recai na relação entre características

das vazões dos cursos d’água, capacidade do reservatório, vazão captada e confiabilidade do

sistema (Figura 10).

Eflluente

Captada D (t)Vazão

C (t)

do ReservatórioVolume Útil

Qa (t)AflluenteVazão

Vazão

Qe (t)

Área deDemanda

Figura 10. Esquema do problema de dimensionamento e operação de reservatórios

(Modificado: MCMAHON; MEIN, 1978)

A preocupação inicial, quando se projeta um reservatório em um curso d’água é o

tamanho que o mesmo deve ter para que seja capaz de atender às demandas, mesmo nos

períodos de estiagem. Desta forma, os modelos utilizados na determinação da capacidade do

reservatório se desenvolveram inicialmente seguindo um dos três grupos distintos:

- métodos baseados no período crítico;

- métodos que se utilizam de matriz de probabilidade; e

- métodos que utilizam dados de vazões geradas sinteticamente.

Os métodos baseados no período crítico trabalham com o período de seca mais severa

dos dados históricos. McMahon; Mein (1986) definem período crítico como sendo o período

durante o qual o reservatório vai da condição de cheio à condição de vazio, sem extravasar

durante este intervalo. Esta definição é visualizada através da Figura 11.

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31

Vol

ume

do R

eser

vató

rio

Vazio

CríticoCheio

Período

Tempo

PeríodoCrítico

Figura 11. Diagrama representativo do período crítico (MCMAHON; MEIN, 1986)

A Figura 11 apresenta dois períodos críticos para uma mesma série de vazão afluente a

um reservatório, sendo que o menor período crítico, que caracteriza o esvaziamento do

reservatório em um menor período de tempo, é que determina um maior volume para o

reservatório, sendo este o período relevante no dimensionamento do reservatório.

Os métodos que se utilizam de matriz de probabilidade levam em consideração não só a

relação entre capacidade do reservatório e demanda atendida, mas também a probabilidade de

ocorrência de determinados cenários, inserindo a análise da confiabilidade do sistema.

Os métodos que se utilizam de séries de vazões afluentes geradas sinteticamente são

apresentados por McMahon; Mein (1978) como um grupo distinto entre as técnicas utilizadas

para o dimensionamento de reservatórios. Atualmente, devido ao avanço tecnológico e a

maior capacidade de processamento dos computadores, os métodos que se utilizam de vazões

de entrada geradas sinteticamente, bem como a análise da confiabilidade do sistema, são

utilizados em conjunto, sendo o comportamento do reservatório estudado sem a restrição do

período crítico. Desta forma torna-se possível observar o comportamento do sistema como um

todo e a análise de índices de desempenho como a resiliência, a confiabilidade e a

vulnerabilidade do sistema.

Uma das formas utilizadas para a análise do comportamento das vazões afluentes a um

reservatório é através do estudo do seu diagrama de massa. O diagrama de massa,

representado na Figura 12b, pode ser definido como a representação gráfica dos volumes

acumulados de água que afluem ao reservatório no intervalo de tempo considerado. Rippl,

em 1883, propôs o uso do diagrama de massa para a análise do estoque de água em

reservatório. Segundo Klemes (1979), o método original de Rippl introduziu a modificação de

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que o diagrama seria plotado como curva de massa residual: volume afluente abatido da

demanda do reservatório (Figura 12c). A abordagem de Rippl visava o dimensionamento de

volumes úteis de reservatórios isolados a partir da análise da curva de massa residual do

reservatório, durante o período crítico.

Figura 12. Evolução do diagrama de massa para o método de Rippl (KLEMES, 1979)

Em que:

(a) representa o hidrograma das vazões afluentes x e da demanda q.

(b) diagrama de massa para o volume afluente acumulado X e demanda acumulada Q.

(c) curva de massa residual Z , definido por Rippl como Xt - Qt, com a determinação da

capacidade K para o sucesso da operação do reservatório durante o período T.

Outros métodos ainda foram desenvolvidos baseados na análise do diagrama de

massa durante o período crítico. Conti e Varley, em 1923 (VILLELA; MATOS, 1975),

apresentaram o método “stretched-thread”, identificado na literatura como método do fio

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33

tendido. O método consiste na operação de um reservatório objetivando a variação mínima

das vazões de liberação.

Com a ajuda da evolução da tecnologia computacional outros modelos foram

desenvolvidos, como: método do reservatório semi-infinito (Hazen, 1914), técnica modificada

de Rippl (King, 1920), método das seqüências de vazões mínimas (Waitt, 1945), método das

amplitudes dos déficits (Hurst, 1951), métodos de matrizes de probabilidade (Moran, 1955 e

Prabhu, 1958), técnicas de programação linear (Dorfman, 1962 e Meier e Beightler, 1967) e

técnicas de programação dinâmica com Burasm (1966), Hall (1969), Becker e Yeh (1974)

dentre outros. (AZEVEDO et al., 1998)

A operação de um reservatório consiste na tomada de decisão do volume de água a ser

liberado pelo reservatório, em um dado intervalo de tempo, a fim de atender às demandas

requeridas pelo sistema. Os métodos desenvolvidos inicialmente para o dimensionamento

também podem ser aplicados para a operação de reservatórios, através da troca dos dados não

controláveis, como vazão liberada, para dados controláveis do modelo.

Com o incremento de investimentos na área de obras hidráulicas, principalmente na

construção de barragens, os sistemas de recursos hídricos passaram a ser mais complexos,

com múltiplos reservatórios e multi-objetivos. O desenvolvimento desta área mereceu a

devida atenção dos pesquisadores, que evoluíram as técnicas de planejamento e operação

destes recursos, passando a utilizar modelos de simulação e otimização.

3.2.1 Modelos de simulação

A simulação é um processo de análise, através de um modelo, que busca a observação

do comportamento do sistema em função de um cenário inicial. Segundo Yeh (1985) a função

de um modelo de simulação é fornecer uma resposta do sistema para os dados de entrada do

modelo, tornando possível que o decisor examine a conseqüência de vários cenários.

Os modelos de simulação têm sido amplamente utilizados na área de recursos hídricos,

pois apresentam uma importante vantagem, que é a de testar diferentes tomadas de decisões

sem perturbar o sistema real. Sadoun (2000) apresenta outras vantagens dos modelos de

simulação, como: flexibilidade (permite o controle do experimento) e rapidez (existe a

redução do tempo de operação de um sistema com longo período). Os modelos de simulação

também permitem a utilização de séries sintéticas de vazões afluentes, considerando assim,

períodos críticos mais severos do que o da série histórica de vazões.

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34

Na simulação da operação de um reservatório, através da sua análise operacional, se

considera que o reservatório é finito, ou seja, pode se esvaziar ou verter água, quando a sua

capacidade de armazenamento é ultrapassada.

Lanna (1997) propõe um fluxograma de simulação da operação de reservatório,

utilizando o método de simulação apresentado na Figura 13.

Leia/altere dados da simulação:1. Demanda a ser surprida;2. Capacidade do reservatório

Leia dados gerais do problema:1. número de intervalos de tempo;2. deflúvios, taxas de evaporação, chuvas;3. polinômio área vs. volume;4. condições iniciais: intervalo e armazenamento

t = 1

S = S + q - D - E + Pt +1 t t t t tt = t + 1

S > Ct +1t+1S = C

S < 0t +1

não

sim

sim

últimointervalo ?

não

Imprimir:1. Armazenamento mínimo2. Armazenamento final

alterar ?

sim

ENCERRA

não

não

sim

Figura 13. Fluxograma de simulação de operação de reservatório (LANNA, 1997)

Segundo Lanna (1997) na execução do fluxograma foi adotada a equação de balanço

hídrico do reservatório (Equação 8):

S (t+1) = S (t) + q (t) - D - E (t) + P (t) (8)

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35

Onde:

S (t+1) ⇒ armazenamento no início do intervalo “t+1”;

S (t) ⇒ armazenamento no início do intervalo “t”;

q (t) ⇒ deflúvio afluente durante o intervalo de tempo “∆t”;

D ⇒ descarga operada visando ao suprimento da demanda;

E (t) ⇒ evaporação do reservatório durante o intervalo de tempo “∆t”;

P (t) ⇒ chuva sobre o reservatório durante o intervalo de tempo “∆t”.

Sendo ainda, ∆t o intervalo de tempo compreendido entre “t” e “t+1”. Deve-se salientar que a demanda pode ser variável ao longo do tempo e deve-se adotar a

seguinte restrição ao sistema (Equação 8):

CtS <+< )1(0

Sendo “C” a capacidade do reservatório.

Tanto nos modelos de otimização, quanto nos modelos de simulação são impostas

restrições que, de acordo com Yeh (1985) podem incluir equações de continuidade, volumes

máximos e mínimos do reservatório, volumes máximos e mínimos liberados para o

atendimento das demandas, limitações das tubulações de tomada d’água e outros

equipamentos e obrigações contratuais, legais ou institucionais.

Lima et al. (2001) apresenta uma das desvantagens dos modelos de simulação que é a

dificuldade de se encontrar a política ótima de operação, pois a simulação só permite

encontrar uma solução ótima através de processos iterativos, processando diversas simulações

alternativas e comparando seus desempenhos.

Uma das limitações dos modelos de simulação para operação de reservatórios é a

dependência dos resultados sobre a condição inicial do volume assumido para o reservatório.

Studart; Campos (2001) analisaram, através de ferramentas hidrológicas estocásticas, os

efeitos do volume inicial, da variabilidade das vazões naturais (representada por CV,

coeficiente de variação das vazões), da capacidade de armazenamento e do nível de garantia

nas estimativas das vazões regularizadas por um reservatório isolado e chegaram a algumas

conclusões, no que diz respeito à condição inicial do volume do reservatório. Para

reservatórios com CV = 0,2 qualquer valor do volume inicial do reservatório (V0) resultará

em uma vazão regularizada no estado de equilíbrio. Para os valores de CV entre 0,4 e 0,6,

existem duas situações, para valores de fk (razão entra a capacidade do reservatório e o

defúvio médio anual) entre 1,0 e 1,5 o resultado da vazão regularizada é pouco sensível ao

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valor de V0, no entanto, para valores maiores de fk a vazão de equilíbrio é rapidamente

atingida para valores de V0 entre 20% a 50% da capacidade do reservatório, sendo fk o fator

adimensional da capacidade, razão entre a capacidade do reservatório e o volume médio

afluente anual. No caso dos valores de CV entre 0,8 e 1,6 o volume inicial tem grande

interferência na vazão regularizada, recomendando-se adotar Vo igual a 15% da capacidade do

reservatório.

O fluxograma apresentado na Figura 13 pode ser incrementado com a consideração de

restrições, como a probabilidade de falha pré-definida ou regras de operação do reservatório.

Estas modificações têm dado origem à vários modelos disponíveis atualmente.

Campos (1996) através da aplicação do Método de Monte Carlo desenvolveu o Método

do Diagrama Triangular de Regularização, que tem como objetivo o dimensionamento de

reservatórios, ou ainda, a análise do comportamento do reservatório, em termos de

regularização, evaporação e sangria. O Método de Monte Carlo se baseia na simulação da

operação de um reservatório a partir de uma série sintética de vazão afluente. Estes diagramas

triangulares englobam os conceitos de utilização de série sintética e análise de probabilidade

de falha, uma vez que os diagramas foram construídos para o atendimento da demanda com

garantia de 90%.

3.2.2 Modelos de otimização

A diferença básica entre os modelos de simulação e de otimização foi explicada por

Nakayama (1991). Segundo esse autor, um modelo de otimização procura identificar os

pontos de máximo ou mínimo de uma função objetivo, ao passo que um modelo de simulação

faz uma descrição do comportamento do sistema, não sugerindo condições para sua

otimização.

De acordo com Labadie (1987, p.1) em função da escassez de recursos econômicos na

fase de construção de obras na área de recursos hídricos, é crucial as seguintes considerações: “(1) os conceitos de sistemas operacionais integrados ótimos devem ser

incorporados a nível de planejamento, para reduzir as dimensões de certos

componentes, o que resultará em benefícios iguais a um menor custo, e (2)

os sistemas existentes devem ser operados e administrados em todo o seu

potencial”.

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37

O autor aponta ainda a necessidade da utilização de modelos de otimização nos projetos

na área de recursos hídricos, para que se tenha um maior proveito dos recursos financeiros

aplicados na obra.

De acordo com Yeh (1985) os modelos de gerenciamento de reservatórios podem se

utilizar de: otimização (programação linear, programação não-linear e programação dinâmica)

e simulação. Wurbs (1993) fez uma revisão dos modelos de gerenciamento de reservatórios,

dividindo-os em três grupos: modelos de simulação de sistemas de reservatórios, modelos de

otimização e modelos baseados na formulação de rede de fluxo. Na verdade, no trabalho de

Yeh (1985) os modelos de rede de fluxo também são citados como modelos de simulação que

se utilizam da minimização do custo de transferência do fluido através da rede, sendo assim

um modelo que trabalha com a simulação e a otimização do sistema.

Labadie (2004) apresenta uma revisão dos modelos de otimização para o planejamento e

operação de um sistema de múltiplos reservatórios. O autor acrescenta aos métodos já

mencionados para a solução de problemas de planejamento de gestão de recursos hídricos, as

técnicas de programação heurística, além do uso de algoritmos genéticos associados a

modelos de simulação.

A programação linear é concebida quando todas as relações entre as variáveis são

lineares, tanto nas restrições quanto na função objetivo a ser otimizada. Vale ainda salientar

que mesmo que as equações não sejam lineares, pode-se utilizar várias técnicas de

linearização para que seja possível a utilização da programação linear na otimização da

operação de reservatórios, em tempo real e no planejamento dos múltiplos usos (YEH, 1985).

De acordo com Cirilo10 (2002, apud PEIXOTO, 2006), grande parte dos processos

físicos presentes em sistemas de recursos hídricos são melhor representados por meio de

fórmulas e equações não lineares. Por isso, são inúmeras as aplicações da programação não-

linear em problemas de recursos hídricos encontradas na literatura. Labadie (2004) ainda

enfatiza que muitos problemas de otimização de sistemas de reservatórios não podem ser

realisticamente modelados sem o uso da programação linear, principalmente quando se

considera geração de energia elétrica na função objetivo ou nas restrições.

A programação dinâmica é utilizada para otimização de sistemas de recursos hídricos

cuja seqüência de decisões evoluem no tempo e no espaço (BRAGA, 1987).

10 Cirilo, J. A. Programação não-linear aplicada a recursos hídricos. In: Porto, R.L.L. (org.) Técnicas Quantitativas para o Gerenciamento de Recursos Hídricos. Porto Alegre: Editora Universidade/UFRGS, 2002. p. 305-359.

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38

A popularidade e o sucesso da programação dinâmica podem ser atribuídos à

possibilidade da assimilação, por parte da programação dinâmica, das características

estocásticas e de não linearidade encontradas em um grande número de sistemas de recursos

hídricos. Há ainda a vantagem da possibilidade da decomposição de um problema de elevada

complexidade, e com um grande número de variáveis, em uma série de subproblemas

resolvidos recursivamente (YEH, 1985).

Na utilização de modelos de otimização pode-se detectar a ocorrência da “praga da

dimensionalidade”, que se refere ao crescimento exponencial do esforço computacional

requerido devido ao aumento do número de variáveis de estado, no caso da programação

dinâmica, ou ao elevado número de equações a serem resolvidas, na programação linear.

Devido ao desenvolvimento computacional o problema da “praga da dimensionalidade”

tende a se tornar menos severo no futuro (YEH, 1985).

Foram desenvolvidas variações da programação dinâmica que apresentam como

importante característica minimizar os efeitos da “praga da dimensionalidade”. São alguns

destes modelos: programação dinâmica incremental, programação dinâmica incremental com

aproximações sucessivas e programação dinâmica diferencial (YEH, 1985).

No início do desenvolvimento dos métodos de dimensionamento e operação de

reservatórios estes eram eminentemente determinísticos, se utilizando das séries históricas do

deflúvio no período crítico. Sabendo-se do caráter estocástico no tempo e no espaço, dos

eventos hidrológicos, modelos estocásticos começaram a se desenvolver. Nestes modelos

parâmetros como o deflúvio são considerados não determinísticos.

Numerosos modelos computacionais têm sido desenvolvidos para o dimensionamento

de reservatórios e o estabelecimento de políticas operacionais no planejamento de novos

projetos, para a reavaliação das políticas operacionais de reservatórios já existentes e para

decisão do atendimento das demandas durante a operação em tempo real do reservatório

(WURBS, 1993). Como se percebe, os modelos computacionais podem ser utilizados nas

diversas fases de um empreendimento, podendo também se comportar como um Sistema de

Suporte à Decisão, auxiliando o operador do sistema nas tomadas de decisão em tempo real, a

partir da análise do comportamento do reservatório em função de um cenário gerado.

Muitos modelos de simulação utilizam módulos de otimização nas suas sub-rotinas,

como o AcquaNet, que é um modelo de rede de fluxo desenvolvido com o objetivo de auxiliar

tomadores de decisão no gerenciamento de bacias hidrográficas. O AcquaNet, desenvolvido

pelo Laboratório de Sistemas de Suporte a Decisões da Escola Politécnica da USP, é a versão

atual do modelo ModSim, desenvolvido na Colorado State University sob a liderança do Prof.

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39

John Labadie. O modelo AcquaNet além do módulo de análise de alocação de água, também

apresenta os módulos de análise da qualidade da água, irrigação, geração de energia e

economia. O AcquaNet é amplamente utilizado pelos pesquisadores e técnicos da área de

recursos hídricos.

O modelo matemático MIKE BASIN 2000, por sua vez, associa técnicas de simulação,

otimização e modelagem em rede de fluxo, para avaliação de diversos cenários. Lima (2002)

utilizou o MIKE BASIN 2000 na análise dos conflitos dos recursos hídricos decorrentes dos

usos múltiplos da bacia do Rio Atibaia, no estado de São Paulo. Os usos estudados foram:

abastecimento urbano e industrial, irrigação e geração de energia elétrica, além da

consideração da transferência de água para a região metropolitana de São Paulo através do

Sistema Cantareira. O referido trabalho apresentou como resultados a necessidade do aumento

das vazões mínimas liberadas pelos reservatórios do Sistema Cantareira e a redução das

vazões transferidas para a região metropolitana de São Paulo, a fim de minimizar os conflitos

decorrentes dos usos múltiplos da água no sistema (LIMA, 2002).

A principal vantagem da técnica de simulação em relação à técnica de otimização é a

flexibilidade que a modelagem adquire, não sendo necessárias as freqüentes simplificações e

restrições impostas ao modelo otimizado. Deve-se ressaltar que o processo de simulação

também apresenta simplificações, que são inerentes ao processo de modelagem. Yeh (1985)

aponta uma desvantagem no processo de simulação que analisa um número finito de

alternativas, enquanto na otimização todas as alternativas são analisadas implicitamente.

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40

3.3 Operação de reservatórios x Assoreamento de reservatórios

A operação de reservatórios consiste na tomada de decisão a respeito do volume de

água a ser liberado, em um dado intervalo de tempo, a fim de atender às demandas requeridas

pelo sistema. Esta operação se torna ainda mais importante em reservatórios que necessitam

de uma geração contínua de energia, para o atendimento de uma demanda específica.

Segundo Grigg (1996), os reservatórios são construídos com o objetivo de atender às

necessidades econômicas e ambientais de uma comunidade, podendo ser elas: controle de

cheias, navegação, geração de energia, irrigação, abastecimento público e industrial, garantia

da qualidade da água, garantia da conservação da fauna e flora e recreação.

Um reservatório é dividido em zonas, que representam volumes d’água reservados para

diferentes usos, como ilustrado na Figura 14, apresentada a seguir.

Figura 14. Compartimentos de um reservatórios (GRIGG, 1996)

O assoreamento de um reservatório é responsável pela redução do volume disponível

para o acúmulo de água no mesmo. A redução deste volume poderá afetar sua operação, a

depender da localização deste sedimento. Caso parte do sedimento venha a se localizar no

compartimento destinado ao volume útil do reservatório, este depósito poderá vir a interferir

na operação do reservatório de diversas maneiras, como:

• diminuição da vazão regularizada, podendo levar ao não atendimento integral

das demandas;

• assoreamento das tomadas d’água, acarretando problemas operacionais em sistemas

de abastecimento; e

• redução da vida útil do lago, podendo ter como consequência perdas econômicas do

empreendimento.

Volume de

Volume Morto

Volume Útil

Descarga de Fundo

Vertedor

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41

A seguir são apresentados gráficos que mostram a interferência do processo de

assoreamento na vida útil do reservatório. Na Figura 15a são apresentadas as curvas cota x

volume do reservatório, antes do assoreamento (curva da direita) e depois do assoreamento

(curva da esquerda), pode-se observar que o depósito de sedimento se localizou

exclusivamente no volume útil do reservatório, evidenciando o depósito no delta de

entrada do reservatório. Na Figura 15b, pelo traçado das duas curvas se observa que a

redução do volume acontece em toda extensão do reservatório, em função da distribuição

uniforme do sedimento no fundo do reservatório, atingindo também o volume morto.

Figura 15. Perda do volume de reservatórios em função do assoreamento. (RAUDKIVI, 1993)

A geração de energia elétrica é evidentemente afetada, pois depende da altura útil do

reservatório e da vazão regularizada pelo mesmo, como demonstrado na equação a seguir.

gt EEHQP ××××= 81,9 (9)

Onde: P: produção de energia, em KW; Q: vazão regularizada, em m3/s; H: altura útil do reservatório, em metros; Et: eficiência da turbina;e Eg: eficiência do gerador.

A capacidade máxima de geração de energia de uma usina hidroelétrica muitas vezes é

superestimada, quando o processo de assoreamento não é considerado no projeto. De acordo a

Equação 9, há uma redução no potencial de geração de energia elétrica das usinas

hidrelétricas com a redução da vazão regularizada.

Page 62: As conseqüências do assoreamento na operação de ... · ADELENA GONÇALVES MAIA As conseqüências do assoreamento na operação de reservatórios formados por barragens Tese apresentada

42

A vazão regularizada pelo reservatório é afetada pelo assoreamento devido à redução da

capacidade de acumulação do mesmo. A Figura 16 apresenta um diagrama de massa que tem

no eixo das ordenadas o volume afluente acumulado da água e no eixo das abscissas o tempo.

Admitindo-se um volume inicial do reservatório C1 capaz de regularizar uma vazão Q1,

ocorrendo uma redução da capacidade do reservatório para C2, a vazão que o reservatório será

capaz de regularizar será Q2, mostrando assim uma diminuição da vazão regularizada em

função da redução da capacidade do reservatório.

Vol

ume

acum

ulad

o

Tempo

Vazao QVazao Q2

1

12C C

Figura 16. Variação da vazão regularizada em função da capacidade do reservatório

De acordo com Paiva (1993), “nas centrais hidroelétricas, a diminuição da

capacidade de armazenamento de água nos reservatórios significa perda de energia elétrica e,

conseqüentemente, perdas financeiras. Em outros tipos de projetos hidráulicos, como

abastecimento público de água, irrigação, etc., ocorrem outros problemas além dos

financeiros, que afetam a saúde pública, a produção agrícola, a navegação fluvial, e o conforto

e comodidade das populações.”.

Carvalho (1994) salienta a importância do problema do assoreamento de

reservatórios na operação dos mesmos, e comenta que, nos reservatórios, o acúmulo de

sedimentos provenientes da descarga sólida de arrasto se deposita na área de remanso,

formando um delta que geralmente tem grande volume acima do volume morto do

reservatório, diminuindo a regularização e a capacidade reservada para a geração de energia.

Devido a todos os problemas que o assoreamento pode acarretar para os reservatórios

é que se faz necessário o levantamento do volume de sedimento que se depositará, ou já se

acumulou no reservatório, através da utilização de modelos de transporte e deposição de

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43

sedimento, ou mesmo com a utilização de levantamento batimétricos, para o devido

dimensionamento e operação dos reservatórios. Deve-se ainda salientar que, na fase de estudo

de viabilidade de implementação de um reservatório, a redução do volume útil do

reservatório, com o tempo, também é um importante fator a ser considerado no estudo da

viabilidade econômica do empreendimento.

Os modelos desenvolvidos na área de recursos hídricos não são capazes de englobar todos

os fatores que interferem no sistema em análise. A posterior inclusão de processos

intervenientes no sistema e considerados relevantes é uma evolução natural dos modelos

computacionais. O avanço tecnológico e a maior capacidade de processamento dos

computadores permitem incluir, sem maiores dificuldades, o processo de assoreamento nos

modelos de alocação de água. Para um estudo preliminar, a inclusão deste processo pode ser

feita inicialmente como a inserção, como dado de entrada, de uma taxa de assoreamento, ou

ainda, para um estudo mais refinado, se utilizar de modelos que se baseiam na dinâmica dos

fluidos computacional, para a estimativa não só do volume de sedimento depositado no

reservatório, mas também da sua localização.

Enquanto o desenvolvimento destes modelos que estudam o comportamento dos

reservatórios em termos de atendimento da demanda, considerando o assoreamento dos

mesmos, ainda são insipientes, pode-se utilizar modelos distintos para a análise do

assoreamento de reservatórios e de seu comportamento.

Tate; Farquharson (2000) pesquisaram o processo de assoreamento de um reservatório

em função de diferentes cenários de regras de operação, instalação de turbina e construção de

barragem a montante. O estudo de caso foi realizado na Barragem de Taberna, localizada no

Paquistão, a qual é a maior barragem de enrocamento do mundo, responsável pelo

fornecimento de metade do volume d’água demandado para irrigação no país e de cerca de

um terço da demanda de eletricidade do país. Este estudo, na verdade, não analisou a

interferência do assoreamento na operação do reservatório, mas sim a interferência de

medidas referentes à operação do sistema no assoreamento da tomada d’água, sendo um

importante referencial na consideração concomitante dos dois processos.

Desde sua formação, o reservatório da barragem de Taberna já perdeu cerca de 20% do

seu volume total e quase 40% do seu volume morto. O volume útil original era de 11.900

hm3. As perdas devido ao assoreamento não se resumem à diminuição do volume d’água

disponível para o atendimento da demanda, mas também existe o risco de bloqueio das

instalações de tomada d'água, resultando em perdas na produção e em risco para a segurança

da estrutura da barragem. Tate; Farquharson (2000) através do estudo do assoreamento do

reservatório chegaram à conclusão de que o volume total do reservatório seria ocupado

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44

totalmente por sedimento até o ano de 2030, sendo as estruturas de tomada d'água obstruídas

muito antes disso.

O reservatório de Taberna, no Rio Indus, está localizado em um platô com cota de 5.500

metros, circundado pelas montanhas mais altas do mundo. A 314 km a montante da barragem

de Taberna está sendo planejada a construção da Barragem de Basha, que terá um reservatório

com capacidade total de 9.000 hm3, podendo ser muito importante na retenção de sedimento

afluente (Tate; Farquharson, 2000).

O modelo utilizado na simulação da operação do reservatório foi o "Hidro" (Plinston et

al.11 ) que executa a simulação de reservatórios isolados, utilizando um intervalo de tempo de

um mês, podendo utilizar a regra de operação do reservatório como dado de entrada do

modelo.

As simulações foram feitas considerando diferentes níveis mínimos de água no

reservatório, a possibilidade da construção da Barragem de Basha, a instalação de novas

turbinas e a utilização da descarga de fundo. Para esses cenários são apresentadas as datas em

que o sedimento obstruirá a tomada d'água utilizada para o atendimento da demanda de

irrigação e geração de energia (Tabela 3). Tabela 3 - Cenários simulados (adaptado de Tate; Farquharson, 2000)

Cenário Descrição Ano de interrupção na geração de energia

D1 Nível mínimo de operação 411 m 2003 D2 Nível mínimo de operação 427 m 2016 D3 Nível mínimo de operação 442 m 2031 D4 Nível mínimo de operação 457 m >2056 D5 Diminuição do nível mínimo de 1,53 m/ano 2051 D6 D5 mais Reserv. Basha em 2016 >2056 D7 D5 mais 2 turbinas extras em 2006 2051 D8 D5 mais Reserv. Basha em 2016 e 2 turbinas

extras em 2006 >2056

B1 D5 até 2006, D2 até 2016, D3 até 2036 e D4 até 2056

2031

C1 D5 até 2006 e descarga de fundo nos 30 dias de Jul.

>2056

C2 D5 até 2006 e descarga de fundo nos 20 dias de Jul.

>2056

C3 C1 com duas turbinas extras em 2006 >2056 C4 C2 com duas turbinas extras em 2006 >2056

11 Plinston, D.; Farquharson, F. A. K.; Tate, E. L. (1997). Hydro Model – Notes for Users. Water Resource Associates and Institute of Hydrology (unpublished)

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45

Os resultados apresentados na Figura 17 são referentes ao atendimento da demanda de

irrigação ao longo dos anos, para os diversos cenários. Através do gráfico se observa o

decaimento no atendimento da demanda para cada cenário analisado, este decaimento é

observado até o ano em que ocorre a obstrução da tomada d’água (Tabela 3), sendo então o

atendimento da demanda realizado pela vazão vertida.

Figura 17. Relação entre cenário e atendimento da demanda para irrigação (TATE;

FARQUHARSON, 2000)

Por meio da análise destes resultados é possível se tomar a decisão da regra de operação

que deve ser adotada para o reservatório de Taberna, bem como a necessidade de implantação

de turbinas adicionais, ou ainda a construção do reservatório a montante, em função de um

estudo econômico apurado, que também deve levar em consideração a satisfação do usuário.

Tate; Farquharson (2000) estudaram a interferência da operação no processo de

assoreamento do reservatório, dando um importante passo na consideração dos dois processos

em conjunto: assoreamento e operação de reservatórios.

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46

4 MATERIAIS E MÉTODOS

4.1 Caracterização da área de estudo

O Reservatório de Promissão está localizado na bacia do rio Tietê, que por sua vez se

encontra na bacia do rio do Prata. A bacia do rio do Prata é composta por dez subbacias,

apresentadas e numeradas na Figura 18, sendo elas: Uruguai (1), Paraguai (2), Iguaçú (3),

Paraná (4), Tietê (5), Paranapanema (6), Grande (7), Parnaíba (8), Taquari (9) e Sepotuba

(10). Dentro do sistema do rio do Prata existem três unidades hidrográficas, as bacias dos rios

Paraguai, Paraná e Uruguai.

Figura 18. Localização da bacia do Prata (Ministério do Meio Ambiente, 2003)

De acordo com ANA (2003) “O sistema fluvial do Rio do Prata, um dos maiores do

mundo, compreende uma superfície de cerca de 3.100.000 km2, que se estende por territórios

da Argentina, do Brasil, da Bolívia, do Paraguai e do Uruguai. As coordenadas extremas estão

situadas entre os meridianos 67° 00’ W e 43° 35’ W e os paralelos 14° 05’ S e 37° 37’ S,

abrangendo do altiplano da Bolívia ao Oceano Atlântico e da chapada dos Parecis, no planalto

que separa a bacia Amazônica, ao Atlântico”.

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47

O Ministério dos Transportes (2003) destaca a importância do rio Tietê, por cortar a

capital do Estado e “praticamente, todo o território paulista, desde os contrafortes da Serra do

Mar até o rio Paraná, extremo oeste do estado.”.

O estado de São Paulo foi dividido em 22 Unidades de Gerenciamento de Recursos

Hídricos (UGRHIs). A bacia do Rio Tietê é uma unidade hidrográfica composta por seis

UGRHIs, sendo elas: Alto Tietê, Tietê/Sorocaba, Piracicaba/Capivari/Jundiaí, Tietê/Jacaré,

Tietê/Batalha e Baixo Tietê (Figura 19).

Figura 19. Unidades de Gerenciamento de Recursos Hídricos do Estado de São Paulo (BIOTA, 2004)

A UGRH Tietê/Batalha tem como principal curso d’água o Rio Tietê, onde estão

localizados os reservatórios de Ibitinga e de Promissão, trecho de 130 km. A área da UGRH

Tietê/Batalha é de 13.515 km2, e é composta por 33 municípios. Sua economia é embasada na

agropecuária e na agroindústria, tendo a laranja como principal produto agrícola. As

indústrias mecânicas e alimentícias são as mais desenvolvidas na região (SÃO PAULO,

2002).

O desenvolvimento populacional na região (UGRH Tietê/Batalha) foi marcado pelo

decréscimo da população rural, apesar de apresentar taxas de crescimento demográfico

positivas, sendo de 1,39 % a.a. (1980 a 1991) e de 1,05% a.a.(1991 a 1996). As taxa de

urbanização foram de 65%, em 1980, 80%, em 1991, e 86%, em 1996, como pode-se

observar na Figura 20 (SÃO PAULO, 2002).

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48

Figura 20. Evolução Populacional na UGRH Tietê/Batalha

Os usos e demandas da água de mananciais de superficie são apresentados na Tabela 4,

sendo o uso rural referente ao aproveitamento de água para a aqüicultura. A UGRH

Tietê/Batalha também exporta 0,48 m3/s para a UGRH Tietê/Jacaré, por conta do

abastecimento do município de Bauru, pelo Rio Batalha (São Paulo, 2002).

Tabela 4 – Usos da água para os diversos usos na UGRH Tietê/Batalha (São Paulo, 2002)

Uso Superficial Vazão Consumida (m3/s)

Vazão de Lançamento de Efluentes (m3/s)

Doméstico 0,25 0,66 Industrial 1,38 1,12 Irrigação 3,17 - Rural 0,10 0,10 Total 4,9 1,88

Fonte: SÃO PAULO, 2002 A utilização de água para a irrigação é o uso mais significativo, representado cerca de

65% da demanda de água superficial. A evolução da área irrigada na região é apresentada na

Figura 21.

232.122 Urbano124.466 Rural 356.588 Total333.653 Urbano81.469 Rural

415.122 Total375.551 Urbano61.759 Rural

437.310 Total

1980

1991

19961980 1991 1996

Rural Urbano

Total

050.000

100.000150.000200.000250.000300.000350.000400.000450.000

Núm

ero

de H

abita

ntes

Ano de análise

Evolução Populacional (1980, 1991, 1996)

124.466 Rural 232.122 Urbano356.588 Total81.469 Rural

333.653 Urbano415.122 Total61.759 Rural

375.551 Urbano437.310 Total

1980

1991

1996

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49

01.000

2.0003.0004.000

5.0006.0007.000

8.0009.000

10.000Á

rea

(ha)

1970 1975 1980 1985 1995/96

Evolução da área irrigada

Ano Área (ha)1970 31791975 50201980 54141985 9758

1995/96 9698

Figura 21. Evolução da área irrigada na UGRH Tietê/Batalha

A vegetação nativa representa 5,78% da área total da UGRH Tietê/Batalha. A retirada

da vegetação nativa por conta da urbanização e do desenvolvimento de atividades

agropecuárias acarretou no aumento do processo de erosão na região. A Figura 22 e a Figura

23 apresentam, respectivamente, o resultado de um estudo da suscetibilidade a erosão e a

inundações na área do Reservatório de Promissão (SÃO PAULO, 2002).

Muito alta suscetibilidade a erosão por sulcos, ravinas e boçorocas (rochas sedimentares/básicas)

Alta suscetibilidade a erosão por sulcos, ravinas e boçorocas de grande porte (rochas sedimentares/básicas)

Baixa suscetibilidade a erosão

Figura 22. Suscetibilidade a erosão na UGRH Tietê/Batalha (SÃO PAULO, 2002)

LEGENDA

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50

Alta suscetibilidade a inundações pluviais nos trechos de rio

Média suscetibilidade a inundações pluviais com planície de inundação delimitada

Figura 23. Áreas críticas com relação a inundação na UGRH Tietê/Batalha (SÃO PAULO, 2002)

O Reservatório de Promissão está localizado em área composta por rocha sedimentar do

Grupo Bauru e por depósitos vulcânicos da bacia do Paraná, além de depósitos sedimentares

Cenozóicos. Os recursos minerais explorados são aqueles destinados à Construção Civil,

como areia, argila, cascalho e brita. Os principais tipos de solo da região são os latossolos

roxos com grande fertilidade e baixa erodibilidade, os latossolos vermelhos escuros com

baixa fertilidade e baixa retenção de água e os solos hidromórficos, que estão associados às

regiões de várzeas (CETESB12, 2000 apud PEREIRA, 2003). 4.1.1 Reservatório de Promissão

O reservatório de Promissão (Usina Mário Lopes Leão) está localizado no município de

Promissão, sendo o quarto reservatório do sistema de cascata do Médio e Baixo Tietê, ficando

a jusante dos reservatórios de Barra Bonita, Bariri e Ibitinga. O reservatório é formado pelo

rio Tietê e por alguns tributários, tais como: os rios da Fartura, Barra Mansa, Dourado, Cervo

Grande, Batalha e dos Porcos (Figura 24). Os principais usos do reservatório são : geração de

energia elétrica, navegação, lazer e piscicultura.

12 CETESB (Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental). Relatório das Águas Interiores do Estado de São Paulo. São Paulo: CETESB, Secretaria do Meio Ambiente, 2000.

LEGENDA

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51

O

N

E

S

Rio

da

Fartura

Rio

Ba

rraM

ansa

Rio

Grande

Cervo

Rio Porco

s

dos

Rio

Dourado

Rio

Bat

alha

Rio Tietê

Figura 24. Reservatório de Promissão e seus principais afluentes

A Usina Mário Lopes Leão teve o início da sua operação em 1975, sob concessão da

Companhia Energética de São Paulo (CESP), estando atualmente (desde 1999) sob a operação

da AES-Tietê. Nas Tabela 5 e 6 são apresentadas as principais características da barragem e

do reservatório, respectivamente.

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52

Tabele 5 – Principais características da UHE Mário Lopes Leão

Material Terra e concreto

Altura máxima 38,0 m

Extensão da Barragem 3.630 m

Número de Turbinas 3 unidades

Potência por Unidade 88 MW

Potência Total instalada 264 MW

Cota da tomada d’água 379,7 m

Número de Comportas de fundo 5 unidades

Vazão Máxima da Descarga de Fundo 6.497 m3/s

Número de Comporta de superfície 1 unidade

Tabela 6 – Principais características do Reservatório de Promissão

Área da Bacia Hidrográfica 57.610 km2

Área do espelho d`água no nível máximo útil 530 km²

Volume Útil 2.127 hm3

N.A. Mínimo Normal 379,7 m

N.A. Máximo Normal 384,0 m

N.A. máximo maximorum 385,3 m

Perímetro 1.423 km

Profundidade Média 12 m

Na Figura 25 pode-se visualizar a Barragem do Reservatório de Promissão. A direita,

na Figura 25, encontra-se a eclusa, que possibilita o uso do reservatório para navegação,

fazendo parte da Hidrovia Tietê-Paraná. De acordo com Souza13 a eclusa de Promissão tem

comprimento de 142,0 m e largura de 12 m, com volume de eclusagem de 50.000 m3 (Figura

26).

13 Souza, C. A. Informações sobre o Reservatório de Promissão. Informação recebida pessoalmente em 03 jul. 2006.

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53

Figura 25. Vista da Barragem de Promissão (AES TIETÊ, 2005)

Figura 26. Vista a montante da eclusa de Promissão

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54

4.2 Plantas topográficas do Reservatório de Promissão

O estudo sobre o assoreamento do reservatório de Promissão foi feito a partir da

comparação da topografia original do lago na época do seu enchimento, em 1975, com a topo-

batimetria levantada no ano de 2005. A seguir serão apresentados os procedimentos seguidos

para a obtenção destas plantas plani-altimétricas.

4.2.1 Topografia original do reservatório em 1975

A topografia original do fundo do reservatório foi cedida pela Companhia Energética

de São Paulo (CESP), sendo todo o reservatório coberto com 16 plantas na escala 1:12.500.

O primeiro passo para a obtenção da planta digitalizada da topografia do Reservatório

de Promissão (1975), foi o reforço das curvas de nível que apresentavam o seu traçado pouco

visível, devido, principalmente, às plantas serem cópias das originais. Após o reforço do

traçado das curvas de nível as plantas foram escaneadas e digitalizadas no programa AutoCad

2000.

Não foi possível recuperar todas as curvas de nível, de modo que, em alguns trechos,

para que as informações não fossem perdidas, o traçado da curva de nível foi feito a mão livre

(Figura 27, linha vermelha), seguindo alguma indicação do traçado da curvas de nível

original.

Figura 27. Trecho com curvas de nível apagadas

Outra dificuldade encontrada foi a não delimitação do fechamento da curva de nível no

leito do rio. Esta informação foi estimada a partir da localização deste trecho na planta da

batimetria do reservatório (Figura 28, cota 370,0 m), sendo considerado que o fechamento

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55

das curvas de nível da planta original (Figura 29) se localizava mais a montante deste ponto

na planta da batimetria, já assumindo que houve assoreamento no corpo principal do

reservatório. Para a determinação da real localização do fechamento das curvas de nível da

planta original também foi levada em consideração alguma indicação do traçado destas

curvas.

Figura 28. Fechamento (círculo em azul) da cota 370,0 m (em vermelho) na planta da batimetria

Figura 29. Fechamento (círculo em azul) da cota 370,0 m (em vermelho) na planta original

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56

Uma outra informação de suma importância e inexistente na planta original é a

identificação das curvas de nível. A única diferença entre elas era a espessura da linha, pois de

5 em 5 curvas ocorria uma curva de nível com linha de maior espessura. A identificação das

curvas de nível foi feita através da comparação entre os dados de cota vs. área fornecida pela

CESP, levantada na época da construção do reservatório, e estes mesmos dados levantados

no AutoCad para cada curva de nível da planta original. A comparação entre esses dados é

apresentada na Tabela 7.

Tabela 7 - Comparação dos dados de cota vs. área da tabela da CESP e dos dados levantados na

planta original

Cota, em

metros (Col. I)

Área (CESP), em km2 (Col.

II)

Área (Levantada no AutoCad), em km2 (Col. III)

Col II / Col III (%) (Col. IV)

384 530,00 532,74 99,49 382 498,00 498,45 99,91 380 464,50 467,15 99,43 378 425,00 424,03 100,23 376 386,50 391,30 98,77 374 350,00 347,49 100,72 372 310,00 309,86 100,05 370 270,00 282,01 95,74 368 230,00 246,66 93,25 366 186,50 224,42 83,10 364 139,00 186,98 74,34 362 91,50 145,59 62,85 360 40,00 113,52 35,24 358 0,00 47,67 0,00 356 0,00 16,09 0,00 354 0,00 3,05 0,00 352 0,00 0,00 -

Na Tabela 7 se observa uma boa aproximação dos dados de área para as cotas mais

elevadas, o que não acontece no intervalo das cotas 352,0 m a 364,0 m. Uma das explicações

para este fato é o problema, já descrito, de fechamento destas curvas de nível na planta

original. De qualquer forma, com a comparação feita na Tabela 7 foi possível identificar as

curvas de nível na planta original do reservatório.

Após todas estas considerações, a topografia original do Reservatório de Promissão foi

recuperada, sendo apresentada no Anexo A.

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57

4.2.2 Topografia do reservatório em 2005

A batimetria do reservatório de Promissão foi realizada no projeto de Previsão de

Assoreamento de Reservatórios Formados por Barragens (nº 001/05), financiado pela AES

Tietê, concessionária de energia da Usina de Promissão, através de um convênio entre esta

empresa e a FIPAI (Fundação para o Incremento da Pesquisa e do Aperfeiçoamento

Industrial), sob a coordenação do Prof. Frederico Fábio Mauad. Os trabalhos de batimetria

foram realizados no período de Setembro de 2004 a Julho de 2005 (Tabela 8).

Tabela 8 - Campanhas dos levantamentos batimétricos no Reservatório de Promissão (FIPAI, 2005)

Número total de transectos levantados

Dias das campanhas

861

20 a 25 de setembro/2004 27 a 29 de setembro/2004 18 e 19 de outubro/2004 22 e 23 de outubro/2004 26 e 27 de outubro/2004

10 a 14 de novembro/2004 20 a 25 de janeiro/2005

16 a 20 de fevereiro/2005 28 e 29 de março/2005

4 e 6 de julho/2005

A batimetria foi realiza pelos técnicos José Roberto Maramarque e Waldomiro Antônio

Filho. Os aparelhos utilizados na batimetria foram: GPS, sonda de medição de vazão ADP

(Acoustic Doppler Profiler) e ecobatímetro Echo Sounder Bathy – 500MF. O princípio de

funcionamento do ADP e do ecobatímetro é a transmissão de ondas sonoras através da água,

sendo este som refletido de volta para o instrumento. O tempo decorrido entre a emissão do

sinal e a recepção do eco refletido do fundo submerso é convertido em profundidade. O ADP

foi utilizado em todos os afluentes do Reservatório de Promissão, além da área mais a

montante do corpo principal do reservatório. Para batimetria nas proximidades da barragem

foi necessário trocar o ADP pelo ecobatímetro Echo Sounder Bathy – 500MF, devido às

grandes profundidades, de até 35 metros, no local do levantamento, sendo o ecobatímetro

capaz de medir profundidades de até 640 m. Na batimetria de todo o reservatório foram

levantadas 861 seções com a captação dos dados de localização e altura do nível d’água de

37.378 pontos.

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58

A coleta dos dados, a leitura e processamento das medidas de profundidade e a geração

do mapa de curvas de nível foram realizadas com o uso dos softwares: River Surveyor,

ViewADP e TopoGRAPH 98 SE. Todo o trabalho de manipulação dos dados coletados em

campo, até sua transformação na planta final, foi realizado pela equipe do Núcleo de

Hidrometria do Centro de Recursos Hídricos e Ecologia Aplicada do Departamento de

Hidráulica e Saneamento da Escola de Engenharia de São Carlos, com menção especial aos

alunos Carlos Roberto Ruchiga Corrêa Filho e Liliane Lazzari Albertin.

Os dados das curvas de nível foram importados pelo programa AutoCAD 2002, tendo

como resultado final a planta topobatimétrica do reservatório em 2005, apresentada no Anexo

B.

4.2.3 Análise quantitativa do assoreamento

A análise do assoreamento do reservatório de Promissão foi feita a partir dos dados de

entrada das topografias de 1975 e 2005, com a utilização do modelo de análise de volume do

software RESSASS, que será descrito no item 4.3 Modelo RESSASS. Para utilização do

pacote de análise de volume no programa RESSASS há a necessidade de três arquivos de

entrada, são eles:

- “.map”: contém informações da localização das seções do reservatório;

- “.org”: dados originais de profundidade e localização das seções e das áreas de

contorno entre as seções; e

- “.new”: dados de profundidade e localização das seções do levantamento

topobatimétrico, realizado posteriormente.

As plantas com a topografia original e da batimetria estão no mesmo sistema de

coordenadas, UTM (Universal Transverse Mercator), no entanto há um deslocamento e uma

rotação de um mapa com relação ao outro. Sendo assim, para o levantamento dos dados dos

arquivos de entrada, foi necessário o estabelecimento de uma figura de referência para a

sobreposição das duas plantas. O talvegue foi tido como figura de referência da planta

original e da batimetria, e o ponto de interseção entre o talvegue e a seção em estudo foi tido

como ponto de referência para a determinação dos pares de dados (distância e cota) de cada

seção, utilizados nos arquivos “.org” e “.new”.

Para a determinação do número de seções a serem utilizadas foram considerados alguns

critérios. O primeiro era que as seções deveriam coincidir o máximo possível com as seções

levantadas na batimetria. No entanto, como as seções da batimetria não chegaram à cota 385,0

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59

m, houve a necessidade do prolongamento das seções até esta cota, com este prolongamento

algumas vezes ocorria o cruzamento de seções subsequentes antes de atingir a cota máxima de

385,0 m (Figura 30). Não sendo possível utilizar estas seções, foi necessário o deslocamento

das mesmas para que não ocorresse o cruzamento das seções antes da cota máxima de

operação.

Figura 30. Cruzamento das seções ( em vermelho) da batimetria antes da curva de nível de 385,0 m

Para determinação do número total de seções a serem utilizadas, o manual do RESSASS

(RESSASS, 2001) sugere uma relação entre o número total de seções e a área de alagamento

do reservatório: 29,03,14 xAN = (10)

Em que:

N – número de seções topobatimétricas;

A – área de alagamento na cota de operação, em km2.

RESSASS (2001) recomenda ainda a utilização de seções adicionais quando o

reservatório tiver topografia complexa e um grande número de tributários. Para um

reservatório típico também se pode utilizar um espaçamento de 500 metros entre as seções.

Utilizando a Equação 10 e a área de 530 km2 da cota de 384,00 metros, chegou-se ao

número recomendado de 88 seções.

Morris & Fan14 (1997 apud SANTOS et al., 2001) também sugerem uma equação para a

estimativa do número de seções topobatimétricas que devem ser utilizadas (Equação 11),

relação esta obtida através do levantamento feito em 57 reservatórios com área entre 30 e

15.000 ha.

14 Morris, G. L.; Fan, J. Reservoir sedimentation Handbook: design and management of dams, reservoirs, and watersheds for sustainable use. New York: McGraw-Hill, 1997.

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60

3652,0.942,2 AN = (11)

Em que:

N – número de seções topobatimétricas;

A – área de alagamento na cota de operação, em ha.

Aplicando-se esta relação para o reservatório de Promissão, há a indicação de 156

seções. Contudo, o reservatório tem área, na cota 384,00 metros, de 53.000 ha valor acima da

área de alagamento dos reservatórios estudados para a obtenção da Equação 11.

O total de seções levantadas, na batimetria realizada no reservatório de Promissão foi de

861 e o número total de seções localizadas para a utilização do RESSASS foi de 591, valores

estes superiores aos indicados em RESSASS (2001) e Morris & Fan14 (1997 apud SANTOS

et al., 2001).

4.2.4 Análise qualitativa do assoreamento

A análise qualitativa dos dados de assoreamento do Reservatório de Promissão se fez

necessária frente à possibilidade de se obter novas informações do grau de assoreamento dos

afluentes e do corpo principal do reservatório, sem contudo basear esta análise no volume de

sedimento acumulado.

A análise qualitativa dos dados não foi realizada de forma discursiva, com a comparação

trecho por trecho da ocorrência ou não de assoreamento, pois se acreditou que a análise

discursiva não adicionaria uma informação comparativa dos grau de assoreamento dos

diversos afluentes do reservatório. Pereira (2004, p. 77) enfatiza que:

A falta de familiaridade com técnicas de processamento de variáveis

categóricas, com freqüência, faz com que sejam tratadas de forma discursiva,

com prejuízo de oportunidades de produção de conhecimento pela simples

dispersão abusiva de informações.

Ainda de acordo com Pereira (2004) “Atribui-se a Galilieu a afirmação de que se deve

medir o mensurável e transformar em mensurável o que, à primeira vista, não for.”. No caso

do Reservatório de Promissão tem-se dados suficientes para se fazer uma análise do processo

de assoreamento através das informações mensuráveis, sendo que as incertezas referentes ao

processo de obtenção da planta original digital, de 1975, e da batimetria do reservatório, de

2005, indica que a análise qualitativa dos dados fornecerá informações mais confiáveis.

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61

O estudo qualitativo do assoreamento do Reservatório de Promissão foi realizado a

partir da análise da variação do nível do fundo do reservatório de 1975 a 2005. Esta avaliação

foi feita segundo duas classes de dados: abaixo do nível de operação do reservatório e acima

do nível de operação do reservatório. O nível de operação do reservatório é de 379,7 m, sendo

acima deste nível caracterizado o volume útil do reservatório. Como a análise foi feita

considerando as curvas de nível de 5 em 5 metros, o nível de operação do reservatório será

considerado de 380,0 m.

Inicialmente os afluentes e o corpo principal do reservatório foram divididos em trechos

de igual área para análise da ocorrência do assoreamento. Como os afluentes e o corpo

principal do reservatório apresentam área de alagamento na cota 385,0 m muito diferentes,

foram estabelecidas classes, a partir das quais eram definidas as áreas para a divisão dos

trechos. Tabela 9 - Classes para a determinação da área dos trechos

0-1.000 200.0001.000-10.000 700.00010.000-30.000 1.000.00030.000-50.000 1.500.000

> 50.000 5.000.000

Classes de área na cota 385,0 m ( x 103 m2)

Área dos trechos (m2)

Como exemplo tem-se o afluente “V” que tem área na cota 385,0 m de 3.181 x 103 m2,

Logo, segundo a Tabela 9, este foi dividido em trechos de área de 700.000 m2 , sendo

possível dividir o afluente em 5 trechos (V1, V2, V3, V4 e V5), como apresentado nas

Figuras 31 e 32.

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62

(a) (b)

Figura 31. Trechos V1, V2 e V3, do afluente V, da planta original (a) e da batimetria (b)

(a) (b)

Figura 32. Trechos V3, V4 e V5, do afluente V, da planta original (a) e da batimetria (b)

Para cada parcela, obtida pela divisão dos afluentes em trechos, determinou-se a cota

mínima observada em cada um dos trechos. Para o afluente V tem-se os dados da Tabela 10.

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63

Tabela 10 - Dados de cota mínima do Afluente V

V1 370,0 370,0V2 370,0 370,0V3 370,0 370,0V4 370,0 375,0V5 370,0 375,0

Trecho Planta Original

Planta da batimetria

Cota mínima (m)

Este levantamento foi realizado para todos os afluentes e para o corpo principal do

reservatório. O resultados destes dados serão apresentados e discutidos no item 5.4 Análise

qualitativa do processo de assoreamento.

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64

4.3 Modelo RESSASS

O software RESSASS foi desenvolvido pela Overseas Development Unit da HR

Wallingford com o objetivo de analisar resultados de levantamentos topográficos de

reservatórios para determinação do volume de sedimento acumulado nos mesmos, bem como

prever cenários futuros da topografia de um reservatório em função do assoreamento. Os

dados de entrada utilizados pelo modelo para determinação da topografia do reservatório se

baseiam em pares de coordenadas de seções georeferenciadas. Através dos modelos

embutidos no programa é possível calcular a nova topografia do reservatório, bem como

prever sua nova curva cota-volume em qualquer data posterior à do último levantamento

topográfico.

O software RESSASS se utiliza de três programas:

- análise de volume – cálculo do volume do reservatório em função dos levantamentos

topográfico original e de batimetria realizada posteriormente;

- previsão de volume – método simplificado para a previsão de perdas futuras do

volume do reservatório, baseado na curva de Brune, nas características do sedimento e no tipo

de operação do reservatório; e

- modelo numérico – prevê depósitos futuros no reservatório utilizando dinâmica dos

fluidos computacional.

A janela inicial do modelo apresenta o contorno do reservatório, no qual são

representadas as seções do rio principal e dos seus tributários (Figura 33).

Figura 33. Tela Inicial - Representação das seções do reservatório

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65

Análise do Volume

O cálculo do volume do reservatório é feito com base no Método do Fator Constante

desenvolvido por BURRELL15. Para o cálculo do volume de água acumulado no reservatório,

em períodos distintos, são necessários os seguintes dados de entrada: seções consecutivas do

levantamento original e do levantamento realizado posteriormente (Figura 34) e dados da

área de contorno do levantamento original, delimitada em diferentes profundidades (Figura

35).

Prof

undi

dade

Distância da margemDistância da margem

Seção A1Seção novaSeção original Seção A2

Prof

undi

dade

Figura 34. Seções original e nova de duas seções consecutivas

Seção A1

Área de contorno

Prof

undi

dade

Área de contornoSeção A2

Figura 35. Representação da área de contorno e do gráfico de área de contorno x profundidade, do

levantamento original

Para cada seção em análise é construído um histograma, cuja área (hachura, Figura 36)

representa a área transversal de cada seção, no respectivo intervalo de profundidade. Após a

15 BURRELL, G. N. (1951). Constant factor method aids computation of reservoir sedimentation. Journal of Civil Engineering , ASCE, v. 21, n. 7, p. 51-52.

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66

realização deste procedimento com duas seções consecutivas, os histogramas gerados são

somados (Figura 37).

Seção novaProf

undi

dade

Prof

undi

dade

Seção A1

Distância da margem Largura média

Seção original

Figura 36. Seção transversal e histograma da seção fictícia A1

Histograma SomadoProf

undi

dade

Prof

undi

dade

Seção A1

Largura média

+

Prof

undi

dade

Seção A2

Largura média

=

Seção novaSeção original

Largura média

Figura 37. Histogramas das seções A1 e A2 e a soma deles

A partir de então é feito o cálculo do volume de água acumulado nos intervalos de

controle. O cálculo é feito para o levantamento original, a partir dos dados das áreas de

contorno (Figura 35). O método indicado é da regra dos trapézios (Equação 12), mas outros

métodos podem ser utilizados, como a fórmula prismática e a regra de Simpson, indicados em

Santos et al. (2001).

)(2 lu CChV += (12)

Onde:

V = volume acumulado no intervalo de controle;

h = altura do intervalo de controle;

Cu = área de contorno superior;

Cl = área de contorno inferior.

Após o cálculo do volume entre cada intervalo de controle (intervalo de profundidade),

é plotado o histograma de volume, cuja abscissa representa a área média de controle entre os

intervalos (Figura 38, II). Com o “histograma somado” (Figura 37) e o histograma de

volume são calculados os fatores que multiplicados pelo “histograma somado” dão como

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67

resultado o histrograma de volume, para cada profundidade (Figura 38). Cada um destes

fatores é chamado de “Fator Constante” (CF). Pr

ofun

dida

de

Área média de contorno

Histograma de Volume (II)

CF (1)

CF (2)

CF (4)

CF (5)

CF (3)

Histograma Somado (I)

Largura média

X

Prof

undi

dade

=

Figura 38. Relação de escala (CF’s) entre o histograma somado e o histograma de volume (seção

original)

Estes mesmos fatores são utilizados como escala para conversão dos valores, da seção

nova, de histograma somado para histograma de volume. (Figura 39).

Histograma de Volume (II)Prof

undi

dade

Histograma Somado (I)

Largura média

Prof

undi

dade

CF (3)

CF (5)

CF (4)

CF (2)

CF (1)

X =

Área de contorno

Seção novaSeção original

Figura 39. Relação de escala (CF’s) entre o histograma somado e o histograma de volume, para a

seção original e nova

A partir da área final do histograma de volume (Figura 39, II), tem-se o volume final

acumulado entre as seções estudadas, para o levantamento original e o novo. Lea (1991) fez

críticas ao método ao constatar que erros significativos são inseridos ao processo quando são

levantados poucos dados de área de contorno (Figura 35), ou seja, quando os intervalos de

profundidade são grandes.

O Método do Fator Constante foi alterado passando então a se chamar Stage Width

Modification Method (SWIMM). Este é o método utilizado no RESSASS para o cálculo do

volume do reservatório nos diferentes levantamentos.

A modificação realizada foi a alteração dos histogramas, que representavam pontos

discretos, para curvas contínuas (Figura 40). Com esta modificação, houve uma otimização

da utilização das informações contidas nas seções transversais levantadas, uma vez que todos

os pontos levantados da seção são convertidos em informação. Isto não ocorria no traçado dos

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histogramas, uma vez que o intervalo de controle tinha como base o intervalo utilizado no

levantamento das áreas de contorno.

Histograma de Volume (II)Prof

undi

dade

Histograma Somado (I)

Largura média

Função de

ajuste de

curva

X =

Prof

undi

dade

Área de contorno

Seção novaSeção original

Figura 40. Conversão do Histograma Somado para o Histograma de volume pelo SWIMM

Deve-se observar que os dois métodos são utilizados para obter o volume de água

acumulado em um reservatório a partir do levantamento de seções e da área de contorno do

levantamento original. Caso fossem disponibilizados os dados da área de contorno do

levantamento novo, não haveria a necessidade de se utilizar nenhum destes métodos, apenas

se calcularia os volumes, original e novo, do reservatório com base em algum método de

transformação de área e intervalo de controle em volume, como o fórmula prismática

apresentada na Equação 12.

O RESSASS fornece, como resultado desta análise de volume, o levantamento, seção

por seção, da perda de volume devido ao assoreamento (Figura 41). Também se obtém como

resultado as duas curvas cota vs. volume - original e do levantamento topográfico realizado

posteriormente (Figura 42).

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69

Figura 41. Resultado da perda de volume na seção em função do assoreamento

Figura 42. Alteração da curva cota x volume do Reservatório de Demonstração

Previsão do volume

A previsão de assoreamento realizada pelo RESSASS assume que a taxa anual de

sedimento afluente ao reservatório é a mesma do período compreendido entre o levantamento

original e o a batimetria realizada posteriormente. Sendo assim, são utilizados os dados de

volume de sedimento acumulado no reservatório gerados pelo modelo de “Análise de

Volume” para a estimativa futura do assoreamento. Os dados de entrada utilizados no modelo

de previsão são os indicados na Figura 43.

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70

Figura 43. Tela de dados de entrada do módulo previsão de volume

A eficiência de retenção do reservatório é calculada a partir da curva de Brune, que se

utiliza dos dados de volume anual de água afluente e da capacidade do reservatório. O cálculo

do peso específico aparente médio utilizado foi desenvolvido por Lane & Koelzer16 apud

Koelzer & Lara (1958), considerando o tipo de operação do reservatório em estudo e a

granulometria do sedimento afluente.

Para o calculo de volume de sedimento afluente ao reservatório por ano é utilizada a

Equação 13.

ap

rst EDS

γ×

= (13)

Em que:

S - volume do sedimento retido no reservatório (m3/ano);

Dst - deflúvio sólido total médio afluente ao reservatório (t/ano);

Er - eficiência de retenção do sedimento afluente ao reservatório (fração);

γ ap - o peso específico aparente médio dos depósitos (t/m3).

Para a determinação da nova curva cota vs. volume o programa utiliza-se do método

empírico de redução de área apresentado por Borland & Miller (1958), que foi baseado em

estudos realizados com 30 reservatórios americanos. O referido método classifica o

reservatório em quatro tipos diferentes, em função da curva cota-volume. Para os quatro tipos

de reservatórios foram desenvolvidas equações que relacionam a área relativa e a altura

16 Lane, E. W.; Koelzer, V.A. (1943). Density of Sediment Deposited in Reservoirs, Report nº9, U.S. Interdepartmental Committee, St. Paul District, Corps of Engineers, St. Paul, Minnesota, November, 1943

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71

relativa de sedimento. Sendo assim, o modelo de previsão de assoreamento do RESSASS

além de calcular o volume de sedimento que virá a ser depositado no reservatório, também o

localiza, fornecendo a nova curva cota vs. área vs. volume do reservatório após o

assoreamento.

Modelo Numérico

O modelo foi desenvolvido utilizando as equações da continuidade e da quantidade de

movimento aplicadas ao escoamento em canais, equações de Saint Venant. As condições de

contorno consideradas foram a vazão de entrada no reservatório e a altura da água na

barragem. O modelo numérico é resolvido considerando o escoamento permanente e

unidimensional. As alturas do nível d’água e as velocidades do escoamento , em cada seção,

são calculadas com base no “Standard Step Method” (Chow, 1959) adaptado. A equação de

Colebrook-White é utilizada para o cálculo da perda de energia do escoamento.

Para o cálculo do transporte do sedimento no reservatório, os sedimentos são divididos

em duas categorias: “sand” e “silt”. O grupo “sand” agrupa areia e cascalho, e é caracterizado

por material com granulometria superior ou igual a 0,063 mm. O sedimento com diâmetro

menor que 0,063 mm, que engloba material com granulometria de silte e argila, é

caracterizado como “silt”.

A capacidade de transporte da areia é calculada a partir da versão revisada da função de

transporte de sedimento de Ackers & White (1973), apresentada no Anexo C, que calcula o

transporte dos grãos de acordo com sua granulometria, levando em consideração os valores da

tensão de cisalhamento e da velocidade média do escoamento.

O conceito de uma contínua troca entre material em suspensão e o fundo do leito, que é

considerado em modelos computacionais de transporte de sedimento para partículas de areia,

não se aplica para sedimentos finos, uma vez que uma grande concentração de sedimentos

finos pode ser transportada quando não existe sedimento desta granulometria no fundo do

canal. Outra razão para se utilizar um método diferente para o cálculo de transporte e

deposição de materiais finos é sua estrutura coesiva, pois quando este material se deposita é

necessária uma grande tensão para que ele possa ser novamente transportado. Atinkson

(1992) adaptou o método apresentado por Westrich & Jurashek17, que prevê a capacidade de

transporte de cada diferente granulometria de material fino, independente da composição do

material de fundo, segundo a Equação 14, apresentada a seguir:

17 Westrich, B. ; Jurashek, M. (1985). Flow transport capacity for suspended sediment. Apresentado ao 21st Congress IAHR, Melbourne, Australia, 1985.

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72

( ) sjgs

oTsjvol ghVS

uX

ρτ

10018,0−

= (14)

Em que:

TsjX - capacidade de transporte da fração de sedimento fino em termos de concentração

por volume;

Oτ - tensão de cisalhamento (bed shear);

u - velocidade média da água;

ρ - massa específica da água;

g - aceleração da gravidade;

h – altura d’água;

gsS - peso específico do sedimento (specific gravity);

sjV - velocidade de queda da fração de silte.

Esta equação apresentada por Westrich & Jurashek 11 é empírica, sendo desenvolvida

através de testes de laboratório com um intervalo de velocidade de queda de 0,4 m/s a 9

mm/s.

As taxas de transporte de cada fração de sedimento são combinadas para o cálculo do

total de sedimento transportado em cada seção.

Os parâmetros do modelo são inseridos de acordo com a Figura 44. Os dados de

entrada do modelo são referentes ao número de anos a serem simulados, parâmetros do

reservatório, além das características do sedimento afluente. Todos os dados que serão

apresentados a seguir (Figuras 44 a 52) são referentes ao Reservatório de Demonstração do

RESSASS.

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73

Figura 44. Tela de dados de entrada do módulo modelo numérico

Nesta janela (Figura 44) de entrada de dados do modelo numérico são inseridos os

seguintes dados:

- ‘Allow Advanced Edit Options’: quando este botão é acionado os dados referente aos

itens ‘Run Control’, ‘Print Control’, ‘Sand’ e ‘Silt’ podem ser refinados, ou seja pode-se

inserir um maior número de informações para estes parâmetros.

- ‘Restart Run’: onde se escolhe a geometria original do reservatório, como condição

inicial, ou se utiliza de geometria previstas em modelos anteriormente simulados.

- ‘No. Years’: número de anos que se deseja simular.

- ‘Reservoir Parameters’: a) ‘Rough. Height: altura da rugosidade equivalente (ε)

utilizada na equação de Colebrook-White; b) ‘Expansion Rate’: parâmetro que descreve o

grau de irregularidade da forma do reservatório, valor de 0 a 20, quanto maior o valor deste

parâmetro menor é o número de rios afluentes ao reservatório e menor é a variação da largura

dos mesmos; c) ‘Water Temp.’: temperatura da água em graus centígrados; e) Descrição da

forma de operação do reservatório: ‘normally near full’ indica sedimento sempre ou quase

sempre submerso, ‘moderate drawdown’ representa grande variação do nível d’água do

reservatório e ‘normally near empty’ quando o reservatório está vazio na maior parte do

tempo.

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74

- ‘Spillway’: ‘Crest Level (m)’ é a altura da cota da soleira do vertedor, em metros.

Para a indicação da vazão efluente ao reservatório existem duas opções. Entrar com a equação

do vertedor,‘Rating Equation’ (Figura 45a) ou dados de vazão para cada intervalo de altura

de água no vertedor, ‘Discharge Value’ (Figura 45b).

(a) (b)

Figura 45. Opções para a entrada de dados da vazão vertida

- ‘Run Control’ fornece opções que vão interferir na velocidade da simulação e na

precisão dos resultados. Sendo possível alterar alguns parâmetros da simulação, como

indicado na Figura 46

. Figura 46. Opções dos parâmetros da simulação

- ‘Print Control’ fornece opções relacionadas aos arquivos de saída. Para a opção

‘Minimum Output’ no arquivo de saída são salvos apenas o primeiro e o último ano da

simulação, para ‘Moderate’ os resultados de seis anos do período total de simulação e

‘Comprehensive Output’ fornece no máximo vinte anos de resultado de simulação.

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75

- ‘Sand’: fornece os dados referentes à categoria de sedimento classificada como areia.

‘Specific Gravity’ indica o peso específico da areia, em g/cm3.’Number of Size’ indica o

número de grupos representativos da areia. Na opção ‘Setup’ tem-se os dados apresentados na

Figura 47, onde são indicados os diâmetros das partículas de areia do material de fundo do

rio principal, por exemplo, D5 representa que 5% do peso total do material é mais fino que

este diâmetro.

Figura 47. Dados referentes às características da classe ‘Sand’ de sedimento

Para o refinamento destes dados a opção ‘Allow Advanced Edit Options’ deve estar

ativada para a entrada dos dados indicados na Figura 48: diâmetros representativos dos dois

grupos representativos da areia (Size 1 e Size 2). ‘Max. Size’ é o diâmetro máximo do

material de fundo do rio principal. ‘Proportion in River Bed Material’ indica a proporção dos

dois grupos de areia dos diferentes tributários no material de fundo do rio. ‘Proportion in

Reservoir Deposits’ representa a proporção dos grupos de areia dos diferentes tributários no

depósito de sedimento já acumulado no reservatório.

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76

Figura 48. Refinamento dos dados da classe ‘Sand’ de sedimento

- ‘Silt’: fornece os dados referentes à categoria de sedimento classificada como silte.

‘Specific Gravity’ indica o peso específico do silte, em g/cm3.’Number of Size’ indica o

número de grupos representativos do silte. Na opção ‘Setup’ tem-se os dados apresentados na

Figura 49, em que são indicadas as velocidades de queda do sedimento, em mm/s. Por

exemplo, V20 indica a velocidade de queda do diâmetro que 20% do peso do sedimento é

mais fino. Para a determinação da equação representativa da concentração de sedimento

afluente ao reservatório, em função da vazão afluente, são indicados os valores dos

parâmetros ‘B’ e ‘C’.

Figura 49. Dados referentes às características do classe ‘Silt’ de sedimento

Para o refinamento destes dados a opção ‘Allow Advanced Edit Options’ deve estar

ativada para a entrada dos dados indicados na Figura 50. Em ‘Silt Rating Relationship

Multipliers’ o parâmetro ‘B’ pode ser ajustado para os diferentes grupos representativos do

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silte e para os diferentes afluentes, assim como o expoente ‘C’ pode ser ajustados em ‘Rating

Expoentes’ para os diferentes afluentes. A velocidade de queda e o fator de Westrich &

Jurashek, para o cálculo da capacidade de transporte de sedimento dos diferentes grupos de

silte, podem ser ajustados em ‘Particle Fall Velocities (mm/s)’ e o ‘W&J Transport Factors’.

Figura 50. Refinamento dos dados da classe ‘Silt’ de sedimento

Para o item ‘Deposition and Erosion’, caso seja selecionada a opção ‘Flat Deposits’,

considera-se que o deposito de sedimento preencherá primeiro as cotas mais baixas e depois

as cotas mais elevadas. Neste caso será necessário preencher os parâmetros da equação que

indicam como ocorrerá a erosão ao longo da altura da coluna d’água (Figura 51a). Caso a

opção ‘Flat Deposits’ não seja selecionada, estes parâmetros devem ser fornecidos para a

caracterização da erosão e da deposição do sedimento.

(a) (b)

Figura 51. Parâmetros da erosão e assoreamento local

Para ‘Reservoir Levels’, caso o item ‘know levels’ seja selecionado, a informação no

nível do reservatório ao longo do ano deve ser fornecida no arquivo de entrada “.qin”. Caso

contrário, será necessário fornecer informações adicionais (Figura 52) para o balanço de

massa do reservatório. Dados como: volume inicial do reservatório, em hm3, vazão vertida

inicial, em m3/s e taxas de evaporação mensais, em m.

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78

Figura 52. Dados para o balanço de massa do modelo numérico

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79

4.4 Modelo de Assoreamento x Vazão regularizada

O modelo que será apresentado a seguir foi inicialmente desenvolvido para o cálculo da

variação do volume de um reservatório em função do assoreamento. O cálculo do aporte de

sedimento afluente ao reservatório é realizado pela curva chave de sedimento, e o percentual

deste sedimento retido é função da eficiência de retenção do reservatório. O programa

inicialmente desenvolvido foi modificado para a inclusão da opção de cálculo da variação da

vazão regularizada pelo reservatório, em função do assoreamento. Os programas apresentados

a seguir foram construídos na linguagem Visual Basic e aplicados aos objetos do EXCEL.

4.4.1Programa “Assoreamento”

O Programa Assoreamento foi desenvolvido por José Eduardo Alamy Filho como parte

de um trabalho sobre “Assoreamento de Reservatórios” da disciplina “Morfologia dos Rios”,

ministrada pelo professor Swami Marcondes Villela, no Programa de Pós-graduação do

Departamento de Hidráulica e Sanemento (SHS-USP). As figuras que serão apresentadas a

seguir contém os dados do estudo de assoreamento do Reservatório de Itaipu, apresentado em

Maia (2002). A Figura 53 apresenta a tela principal do Programa “Assoreamento”, em que

aparece o botão “Assoreamento de Reservatórios”, que dá início ao programa, com o

acionamento da tela da Figura 54.

Figura 53. Tela inicial do Programa “Assoreamento”

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80

Figura 54 . Dados do reservatório e do sedimento afluente

A Figura 54 apresenta a tela de entrada dos volumes característicos do reservatório,

da granulometria do sedimento afluente e do tipo de operação do reservatório.

Uma série de dados de vazão líquida afluente ao reservatório se faz necessária para o

posterior cálculo da série de descarga sólida afluente. Na Figura 55 é apresentada a tela de

entrada de dados de uma série histórica ou gerada sinteticamente, das vazões afluentes ao

reservatório em estudo.

Figura 55 . Planilha de série de vazões afluentes

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81

A etapa seguinte consiste na construção do banco de dados de amostras do sedimento

afluente ao reservatório. Para o preenchimento da planilha (Figura 56) são necessários os

dados de vazão líquida (m3/s) e concentração do sedimento em suspensão (mg/l), para o

cálculo da descarga em suspensão (t/dia), além da informação da descarga de leito de

sedimento (t/dia) para o cálculo final da descarga total de sedimento (t/dia).

Pode-se considerar, segundo Carvalho (1994), que a descarga de leito equivale a 10%

da descarga total. Caso existam dados suficientes para o cálculo da descarga de leito através

de métodos, como o de Einstein ou de Meyer-Peter, a estimativa da descarga de fundo pode

ser feita fora do programa, sendo os dados inseridos diretamente na planilha apresentada na

Figura 56.

Os dados das descargas líquida (2ª coluna, Figura 56) e sólida total afluentes ao

reservatório (6ª coluna, Figura 56) são utilizados para a construção da curva-chave de

sedimentos, ilustrada na Figura 57. Esta curva é construída pela linha de tendência que

melhor representa a distribuição dos dados. A curva-chave é então utilizada para o cálculo da

descarga sólida mensal, utilizando a série de vazões líquidas afluentes (Figura 55), para cada

mês, no período total de simulação. Como resultado tem-se a série de descarga sólida de

sedimento afluente ao reservatório (Figura 58).

Figura 56 . Descargas de sedimentos medidas a montante do reservatório

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82

Figura 57. Curva-chave de sedimentos

Figura 58 . Série de descarga sólida total de sedimento afluente

A partir dos valores de descarga de sedimento, obtidos pela curva-chave, pode-se

calcular o volume de sedimento acumulado no reservatório, mês após mês. O horizonte de

simulação é fixado pelo usuário, permitindo assim verificar se há comprometimento do

volume útil do reservatório num período de operação previamente estipulado. O cálculo do

volume de sedimento depositado no reservatório é realizado através da Equação 15

(CARVALHO, 1994):

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83

ap

rst

ap

rst xEQEDS

γγ365

= ( 15)

Em que:

S - volume do sedimento retido no reservatório (m3/ano);

Dst - deflúvio sólido total médio afluente ao reservatório (t/ano);

Er - eficiência de retenção do sedimento afluente ao reservatório (fração);

γ ap - peso específico aparente médio dos depósitos (t/m3);

Qst – descarga sólida total afluente (t/dia);

O cálculo da eficiência de retenção do sedimento afluente ao reservatório (Er) é feito

com o uso da curva de Brune, que foi determinada empiricamente por meio da análise do

comportamento de reservatórios americanos. Na curva de Brune, a eficiência de retenção

depende da capacidade de afluência (Ca) do sistema, que é a relação entre a capacidade do

reservatório e o volume anual afluente ao mesmo.

O cálculo do peso específico aparente médio utilizado foi apresentado por Annandale

(1987), Villela; Mattos (1975), Carvalho (1994) e outros autores, e pode ser realizado levando

em consideração o tipo de operação do reservatório em estudo, do grau de compactação dos

sedimentos e da sua granulometria. As fórmulas gerais são apresentadas a seguir:

Fórmula de Lane e Koelzer , de 1943:

ssmmi PWPWPWCC

... ++=γ (16)

TKiT log.+= γγ (17)

Fórmula de Miller , de 1953:

( )

−+= 1ln

1.4343,0 T

TTKiT γγ (18)

ssmmCC PKPKPKK ... ++= (19)

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84

Em que:

γ i – peso específico aparente inicial (t/m3);

Wc, Wm, Ws – coeficientes de compactação de argila, silte e areia, respectivamente, função do

tipo de operação do reservatório.

Pc, Pm, Ps – frações de quantidade de argila, silte e areia contidas no sedimento afluente;

γ T – peso específico aparente médio em T anos (t/m3);

T – tempo de compactação do sedimento depositado (anos);

Kc, Km, e Ks – constantes que dependem da granulometria do sedimento.

Com os valores calculados de descarga sólida afluente ao reservatório, da eficiência de

retenção do sistema e do peso específico aparente dos sedimentos, pode ser estimado o

volume assoreado no horizonte de simulação (Figura 59). Convém citar que o volume

assoreado para um determinado ano é calculado pelo volume assoreado naquele ano mais os

volumes assoreados dos anos anteriores, compondo uma curva acumulada, ilustrada pela

Figura 60.

Figura 59 . Resultado final da variação do volume útil com o assoreamento

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85

Variação do volume com o tempo

0,0E+00

5,0E+09

1,0E+10

1,5E+10

2,0E+10

2,5E+10

3,0E+10

3,5E+10

0 50 100 150 200 250 300 350 400 450 500

tempo (anos)

volu

me

(m3)

Volumeassoreado

Volumemorto

Volumemínimonormal

Volumemáximonormal

Volume Útil

Figura 60 . Volume assoreado x tempo

Quando o volume assoreado supera o volume morto, o volume útil do reservatório passa

a ser comprometido. A Figura 61 ilustra a variação temporal do volume útil do reservatório.

Volume Útil x Tempo

0,00E+00

5,00E+09

1,00E+10

1,50E+10

2,00E+10

2,50E+10

3,00E+10

0 50 100 150 200 250 300 350 400 450 500

tempo (anos)

Vol

ume

Úti

l (m

3)

Figura 61 . Volume útil x tempo

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86

O Programa “Sedimento” propicia uma rápida análise da variação do volume assoreado

com o tempo, podendo assim ser aplicado em estudos preliminares de assoreamento. A

construção do programa em Visual Basic aplicado ao EXCEL permite o desenvolvimento dos

cálculos num ambiente amigável e amplamente utilizado na engenharia.

A finalidade do desenvolvimento do programa apresentado é a sua utilização em

estudos preliminares de assoreamento de reservatórios, podendo por exemplo, auxiliar na

determinação da vida útil do reservatório.

4.4.2 Programa “Assoreamento x Vazão regularizada”

O programa “Assoreamento x Vazão Regularizada”, que será apresentado a seguir, foi

desenvolvido nesta pesquisa. Este programa é continuação do Programa “Assoreamento” e

tem por objetivo calcular a interferência do assoreamento na vazão regularizada por um

reservatório.

A tela inicial do programa foi modificada para que existissem duas opções, iniciar o

programa de “Assoreamento”, no botão “Iniciar Programa Assoreamento”, ou ir direto para o

programa de cálculo da vazão regularizada pelo reservatório, no botão “Iniciar Programa

Vazão Regularizada” (Figura 62).

Figura 62 . Tela Inicial do Programa “Assoreamento x Vazão regularizada”

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87

Para a seleção da opção “Iniciar Programa Assoreamento” a seqüência de telas e dados

de entrada são os mesmos já apresentados no item 4.4.1 Programa “Assoreamento”.

Selecionando a opção “Iniciar Programa Vazão Regularizada” a tela apresentada a seguir é a

da Figura 63, onde deve-se fornecer a série de vazões líquidas afluentes ao reservatório,

podendo a série ser histórica ou sintética. Deve-se então prosseguir com a opção “Continuar

Vazão Regularizada”.

Figura 63 . Tela para a entrada de dados da série de vazão líquida afluente

Os dados que deverão ser fornecidos a seguir se referem às características físicas

do reservatório, como volume útil e dados da relação entre cota vs. área vs. e volume

útil do reservatório, além da evaporação anual e da precipitação média anual (Figura

64).

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88

Figura 64. Dados da evaporação e precipitação anuais e das características físicas do reservatório

Para o cálculo da vazão regularizada pelo reservatório, sem a consideração da

alteração do seu volume útil, o botão “Vazão Regularizada” ilustrado na Figura 65

deve ser acionando. Para se determinar a variação da vazão regularizada em função do

assoreamento, para a probabilidade de falha fornecida, deve-se selecionar o botão

“Vazão Regularizada x Assoreamento”, que dará acesso à tela seguinte (Figura 66).

Figura 65. Tela para o cálculo da vazão regularizada

Na Figura 66 aparecem as opções para a seleção da taxa de assoreamento que

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deverá ser utilizada pelo programa. Na opção “Utilizar taxa de assoreamento calculada

pelo programa”, os valores de volume útil que serão utilizados serão os calculados pelo

Programa “Assoreamento” (Figura 59). Na opção “Fornecer taxa de assoreamento”

será utilizada uma taxa fixa de assoreamento anual do reservatório, fornecida pelo

usuário.

O resultado da variação da vazão regularizada para os diferentes percentuais de

assoreamento do reservatório (Figura 67) é visualizado com o acionamento do botão

“Gráfico- Vazão Regularizada”.

Figura 66. Tela para o cálculo da vazão regularizada x assoreamento

Figura 67. Gráfico da variação da vazão regularizada x assoreamento

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90

Para a determinação da vazão regularizada pelo reservatório considerando

diferentes volumes úteis, foi considerada uma probabilidade de falha fornecida pelo

usuário. A Figura 68 apresenta o fluxograma utilizado para o calculo da variação da

vazão regularizada devido ao assoreamento, na qual:

t: mês simulado;

V: volume do reservatório no “tempo” considerado;

Q: volume d’água afluente ao reservatório;

QR: volume d’água retirado do reservatório (vazão regularizada);

E: volume d’água evaporado do reservatório;

P: volume d’água precipitado sobre o reservatório.

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91

Falha = 0

Falha = Falha + 1

1. Ano x Vazão Regularizada.Imprimir:

sim

t = t + 1

últimonão

Falha Falha Falhamín.

ano?último

sim

sim

mês?

máx.

V = V +Q - Q - E + P

V < 0

t + 1 t

não

t + 1sim

t R t t t

não

não

5. dados de cota x área x volume util do reservatório;6. probabilidade de falha da vazão regularizada.

útil do reservatório (1 parte do programa).1. resultados da variação do volume Leia os dados:

Taxa de assoreaemnto sim

2. taxa de assoreamento anual;1. número de anos da simulação;

3. variação do volume útil.

Leia os dados:

1. ano;2. volume útil do reservatório.

Leia/altere dado:1. vazão regularizada.

t = 1

do reservatório?

Leia os dados:

Leia os dados gerais do problema:1. série de vazões líquidas afluentes;2. volume útil do reservatório;3. evaporação média anual;4. precipitação média anual;

não

a

Figura 68 . Fluxograma do cálculo da vazão regularizada

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92

4.5 Modelo AcquaNet

O AcquaNet é um modelo de rede de fluxo desenvolvido com o objetivo de auxiliar

tomadores de decisão no gerenciamento de bacias hidrográficas. O AcquaNet foi originado do

modelo ModSim desenvolvido na Colorado State University sob a liderança do Prof. John

Labadie. No modelo original foi inserida uma interface gráfica para facilitar sua aplicação,

chamada de ModSimP32, desenvolvida pelo Laboratório de Sistemas de Suporte a Decisões

da Escola Politécnica da USP e apresentada por Roberto & Porto (1999a). Outra versão foi

desenvolvida (ModsimLS), pelo mesmo laboratório, até se chegar à versão atual do programa

(AcquaNet). Esta última versão foi totalmente reformulada em termos de estrutura de

programação. O Acquanet apresenta módulos com funções específicas, como os módulos

utilizado para: o cálculo de alocação de água, avaliação da qualidade da água, alocação de

água para irrigação, produção de energia elétrica e consideração de análise econômica nas

decisões de alocação.

O AcquaNet por ser um modelo de rede de fluxo, representa o sistema através de

“arcos” e “nós” e trabalha com a otimização de uma função objetivo, referente a custo. Os nós

representam pontos significativos do sistema, como os reservatórios, pontos de demanda,

confluências, captação de água subterrânea, água proveniente de uma transposição de bacia,

entre outros. Os arcos são estruturas de ligação entre os nós, podendo representar canais,

trechos de rios, adutoras, ou outras estruturas.

A rede de fluxo de um sistema de recursos hídricos pode ser visualizada na Figura 69,

em que os arcos são caracterizados pelos limites superior (Si,j) e inferior (Ii,j) do fluxo (ex:

capacidade máxima e mínima de um canal) e um “custo” (Ci,j) por unidade de fluxo que

transita pelo arco. Azevedo et al. (1997) salientam que os custos podem ser positivos ou

negativos, ou seja, podem representar uma penalidade (no caso de custo positivo), ou um

prêmio (custo negativo). Este custo não significa, obrigatoriamente, um valor monetário,

podendo representar preferências impostas pelo usuário.

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93

1

2

3

4

C3,4I 3,4S3,4Q3,4

C 2,3 I 2,3 S 2,3 Q 2,3

C1,3I 1,3S1,3Q1,3

Parâmetros dos ArcosC j,i = "custo"para transitar do nó j ao iS j,i = capacidade superior do arcoI j,i = capacidade inferior do arco

Variável de DecisãoQ j,i = vazão que transita do nó j ao nó i

i

j

Nó i

Reservatório j

Arco j,i

Figura 69. Esquema de uma rede de fluxo de um sistema de recursos hídricos (Azevedo et al., 1997)

A otimização do sistema é realizada através da minimização da função objetivo

apresentada a seguir:

ij

n

jij

n

iQC .

11∑∑==

(20)

sujeito a:

∑ ∑= jkij QQ (21)

para cada nó e

ijijij SQI ≤≤ (22)

para cada arco.

Em que:

Cij: custo (prioridade) da unidade de vazão que transita entre os nós i e j;

Qij : vazão que transita do nó i ao nó j;

Qjk : vazão que transita do nó j ao nó k;

n: número total de nós da rede;

Iij: limite inferior da vazão no arco ij;

Sij: limite superior da vazão no arco ij.

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94

A Equação 20 representa a função objetivo do sistema, relacionada ao custo total da

rede, sendo as Equações 21 e 22 as restrições impostas ao sistema. De acordo com Roberto e

Porto (2001) a Equação 21 estabelece que a rede deve ser totalmente conservativa (diz-se

também totalmente circulante), ou seja, a soma das vazões afluentes ao nó i deve ser igual à

vazão efluente do mesmo. Esta é uma imposição do algoritmo que precisa ser obedecida

incondicionalmente. A Equação 22 é a segunda restrição, que impõe que o valor de vazão em

cada arco deve estar sempre na faixa limitada pelas capacidades mínimas e máximas do arco.

Entre as características que tornam atrativa a utilização dos modelos de rede de fluxo

para a análise de sistemas de recursos hídricos, destacam-se as seguintes (Azevedo et al.,

1997):

• na maioria dos casos pode-se representar um sistema de recursos hídricos de

forma adequada, realista, flexível e bastante clara como uma rede composta de

nós e arcos;

• esses modelos possuem a flexibilidade típica dos modelos de simulação, ou seja,

podem representar o comportamento de um sistema de recursos hídricos de

forma bastante completa; e

• modelos de rede de fluxo incluem também algoritmos de otimização linear que

minimizam o custo total da rede, ou seja, determina-se os fluxos em todos os

arcos de tal forma que a somatória de todos os custos seja mínima.

Um algoritmo essencialmente primo-dual de programação linear foi desenvolvido

especificamente com vistas a dar uma solução eficiente para os problemas de rede de fluxo

com custo mínimo. Este algoritmo de rede de fluxo é conhecido como “out of kilter” (OKM),

e é responsável pela capacidade de otimização do sistema. Roberto e Porto (2001) enfatizam a

alta eficiência dos algoritmos de otimização de rede de fluxo, o que significa que sistemas

extremamente grandes e complexos podem ser tratados em microcomputadores comuns.

De acordo com Porto et al. (2003) “[...] um modelo de rede de fluxo, embora utilize um

algoritmo de otimização como forma de garantir que a solução obtida seja a de menor custo

para a rede então configurada e simulada, não é, propriamente, um modelo de otimização.”.

A modelo AcquaNet é um sistema de suporte à decisão de fácil comunicação e que se

utiliza de dados de entrada acessíveis aos usuários, como: curva cota vs. área vs.volume do

reservatório, vazões naturais, taxas de evaporação, demandas do sistema, além das

características da usina hidrelétrica, no caso da utilização do módulo de produção de energia

elétrica.

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95

Na tela principal do programa deve-se construir a representação física do sistema, como

apresentado na Figura 70.

Figura 70. Exemplo de traçado de um sistema de recursos hídricos

Os dados de entrada necessários para a utilização do modelo, apresentados a seguir, são

referentes ao módulo de alocação de água e de produção de energia elétrica. A Figura 71

apresenta os dados das características físicas do reservatório, como os volumes máximo,

mínimo e inicial do reservatório, a indicação se o reservatório é uma usina hidrelétrica e o nó

de destino da vazão turbinada e os dados da curva cota-área-volume do reservatório. Outro

dado de entrada importante do sistema é o volume meta do reservatório, que é representado

pela fração do volume máximo do reservatório. O volume meta representa o volume no qual o

reservatório deve se manter a maior parte do tempo. O volume meta é alcançado de acordo a

sua prioridade, indicada pelo usuários. A planilha na qual estes dados de entrada devem ser

lançados é apresentada na Figura 72.

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96

Figura 71. Características físicas do reservatório

Figura 72. Dados do volume meta do reservatório e da sua prioridade

Na Figura 73 é apresentada a planilha na qual devem ser inseridos os dados de entrada

das vazões naturais afluentes ao reservatório, em m3/s, e sua taxa de evaporação, em m/mês.

Na planilha apresentada na Figura 74, devem ser fornecidos os dados para caracterização do

sistema de geração de energia elétrica, como: dados da sistema turbina-gerador, curva de

engolimento máximo da turbina e curva-chave de jusante.

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97

Figura 73. Vazão natural e taxa de evaporação do reservatório

Figura 74. Características do sistema de geração de energia elétrica

Os últimos dados de entrada necessários dizem respeito à prioridade considerada para a

geração de energia elétrica. Na Figura 75 devem ser inseridos os dados de potência mensal

desejada, em MW, e a prioridade considerada para este uso.

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98

Figura 75. Dados da potência máxima desejada mensal e da sua prioridade

O modelo AcquaNet pode efetuar os cálculos de maneira seqüencial no tempo, pela

opção “Simulação Contínua”, ou estatisticamente, através do “Planejamento Tático”. Na

simulação contínua os cálculos são efetuados continuamente para o número total de anos,

chamado de “NT”. Na opção de planejamento tático o usuário deve fornecer, além do “NT”, o

número de anos do horizonte de simulação, o “NH”. Porto et al. (2003) apresenta o método de

cálculo utilizado pelo planejamento tático:

- partindo, no primeiro ano com os volumes iniciais dos reservatórios fornecidos pelo

usuário, o módulo de alocação efetua os cálculos sequencialmente para NH anos da série de

vazões;

- na segunda rodada o procedimento acima é repetido partindo-se novamente com os

volumes iniciais fornecidos pelo usuário. Os cálculos são efetuados para NH anos, mas

partindo do segundo ano da série de vazões.

O procedimento é repetido até se alcançar o ano inicial “NT-NH+1”.

Segundo Porto et al. (2003) a simulação contínua é recomendada para se “ter uma idéia

do comportamento do sistema ao longo do tempo”, enquanto que o planejamento tático “é a

opção de cálculo mais recomendada quando o objetivo é fazer o planejamento e/ou operação

de sistemas de reservatórios.”.

A geração de energia elétrica simulada pelo modelo tem como base a Equação 23:

'.... RHgpP Bea η= (23)

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99

Onde:

P = energia média gerada (MW);

pea = peso específico da água (10-3 kg/cm3);

g = aceleração da gravidade (9,81 m/s2);

η = rendimento médio total da usina considerando os conjuntos turbina-gerador e a

perda de carga dos circuitos hidráulicos;

HB = queda bruta (m);

R’ = vazão turbinada (m3/s).

Sabe-se que a queda bruta (HB) é função do nível d’água do reservatório e do nível

d’água a jusante da barragem, que é função das vazões defluentes do sistema. O módulo de

geração de energia busca atender à demanda de vazão para a geração de energia elétrica,

tendo em vista a prioridade estipulada para este atendimento.

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100

5. RESULTADOS E DISCUSSÃO

5.1 Assoreamento do Reservatório de Promissão

O programa RESSASS, utilizado para a análise do assoreamento do reservatório,

apresenta algumas limitações nos arquivos de entrada de dados. Uma delas é que o programa

só comporta 300 seções por projeto e também não aceita afluentes de 2ª ordem, não sendo

possível considerar afluentes de afluentes. Para que fosse possível a consideração de

afluentes de 2ª ordem e do número total de seções o reservatório foi subdividido dando

origem a 3 projetos, como apresentado na Tabela 11. As Figura 76 a 79 apresentam a

localização destes afluentes.

Tabela 11 – Afluentes dos projetos utilizados no RESSASS

Nome do Projeto Afluentes

Promiss1 C (A’-B’-C’-F’-G’-H’)

Promiss2 T (A’’-B’’)

Promiss3 A-B-F-G-H-I-J-L-M-N-O-P-Q-R-U-V-X-Z-

AA-AB-AC-AD-AE-AF-AG-AH-AI-AJ

Figura 76. Afluentes de Promiss2 e parte dos afluentes de Promiss1 e Promiss3

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101

Figura 77. Afluentes de Promiss1 e parte dos afluentes de Promiss3

Figura 78. Afluentes de Promiss3

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102

Figura 79. Afluentes de Promiss3 (trecho final)

5.1.1 Assoreamento do corpo principal do reservatório

A Figura 80 apresenta a espacialização das seções do corpo principal do reservatório

gerada pelo RESSASS, a partir do arquivo de entrada “.map” com a localização das 158

seções do corpo principal do reservatório.

Figura 80. Representação das seções do corpo principal do reservatório

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103

Como resultado da análise da variação do volume do corpo principal do reservatório é

gerado o arquivo de saída “.vol” com os dados de variação do volume do reservatório, para

cada trecho analisado, variação das curvas cota vs. volume e cota vs. área de 1975 e 2005

(Figura 81) e variação da cota do fundo do reservatório (Figura 82).

Figura 81. Curvas cota vs. área vs. volume original (1975) e do levantamento de 2005

Figura 82. Variação da cota do fundo do reservatório em função da distância da barragem

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104

Para todos os afluentes do reservatório foi realizada a análise de volume como

apresentada na Figura 81. A localização de todas as seções utilizadas no RESSASS estão

listadas no Apêndice A. Como demonstração dos arquivos de entrada e de saída do módulo

de análise de volume do RESSASS, são apresentados os arquivos de entrada, “.map”, “.org” e

“.new”, e o arquivo de saída, “.vol”, do projeto “Promiss2” no Apêndice B.

5.1.2 Assoreamento do Reservatório de Promissão: corpo principal e seus afluentes

Para a análise final da variação do volume do reservatório, foi utilizado o módulo de

“Análise de Volume” do RESSASS nos projetos, Promiss1, Promiss2 e Promiss3. Os

resultados da variação do volume destes projetos foram manipulados no EXCEL para o

resultado final da variação do volume do reservatório de 1975 a 2005. A Figura 83 apresenta

as curvas cota vs. volume do reservatório e a redução do volume do reservatório em diferentes

cotas de operação. A Tabela 12 apresenta os dados referentes às curvas da Figura 83.

Curva cota vs. volume do Res. de Promissão

350

355

360

365

370

375

380

385

390

0 1000 2000 3000 4000 5000 6000 7000 8000 9000Volume (hm3)

Cota

(m)

1975

2005

Cota % Perda384 3,73380 3,45375 6,53370 13,71365 25,50360 48,32355 60,36

Figura 83. Curvas cota vs. volume do Reservatório de Promissão, 1975 e 2005

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105

Tabela 12 - Dados de cota vs. volume do reservatório, de 1975 e 2005

384 7654,75 7951,06 96,27382 6689,48 6936,03 96,45380 5727,16 5931,89 96,55378 4862,19 5084,57 95,63376 4012,62 4255,03 94,30374 3254,03 3511,48 92,67372 2585,51 2865,71 90,22370 1932,63 2239,68 86,29368 1453,37 1740,30 83,51366 987,86 1260,77 78,35364 632,92 855,94 73,94362 344,98 538,50 64,06360 121,23 234,58 51,68358 54,68 108,68 50,31356 13,36 32,13 41,56354 1,48 2,39 61,77352 0,00 0,00 0,00

Cota, em metros (Col. I)

Volume em 1975, em hm3

(Col. III)

Col II / Col III (%) (Col. IV)

Volume em 2005, em hm3

(Col. II)

A Figura 83 e a Tabela 12 apresentam a variação do volume do reservatório de 1975 a

2005, baseado nas plantas originais e da batimetria do reservatório em 2005. No entanto para

a comparação destes dados com a curva cota vs. volume levantada pela CESP na época da

construção do reservatório, na Figuras 84 são apresentadas as curvas de 1975, do RESSASS

e da CESP, e a curva de 2005.

Curvas cota x volume do Res. de Promissão

340

345

350

355

360

365

370

375

380

385

0 1000 2000 3000 4000 5000 6000 7000 8000

Volume (hm3)

Cota

(m)

1975 (RESSASS)2005 (RESSASS)1975 (CESP)

Figura 84. Curvas cota vs. volume do Reservatório de Promissão, de 1975 (RESSASS), 2005

(RESSASS) e 1975 (CESP)

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106

O gráfico apresentado na Figura 84 mostra uma diferença significativa entre os dados

originais levantados pela CESP e o volume calculado pelo RESSASS, a partir da planta

original da própria CESP, ambos de 1975. Seria de se esperar que estes dados fossem

coincidentes, uma vez que ambos os levantamentos se basearam na mesma planta. Muito

provavelmente parte dos erros destes dois levantamentos se devem aos problemas já citados,

referentes ao processo de digitalização da planta original e localização do ponto de

fechamento das curvas de nível. Estes erros já podem ser percebidos na análise da Tabela 7

(item 4.2.1 de Materiais e Métodos), na qual, na maior parte das cotas levantadas, a área de

inundação da planta original utilizada no RESSASS foi maior do que a área obtida com os

dados da CESP, principalmente nas cotas mais baixas. Logo, era de se esperar que existisse

diferenças nas curvas finais obtidas (Figura 84).

Analisando a batimetria do reservatório, em 2005 (Anexo B), pode-se observar a

existência da cota 355,0 metros ao longo do leito do rio principal. Considerando que não

ocorreu erosão no leito do rio principal, era de se esperar, no mínimo, a existência desta

mesma cota (355,00 m) ao longo do rio principal na topografia original do reservatório, em

1975 (Anexo A). Como pode-se observar na Tabela 7 a cota 355,0 m não foi considerada

pelo levantamento da curva cota-área da CESP, sendo levantada assim a hipótese de erro do

levantamento feito pela CESP das áreas das cotas mais baixas. Por esta razão e pela

necessidade da topografia original do Reservatório de Promissão para se dar prosseguimento

ao estudo do assoreamento do reservatório, é que os dados levantados e posteriormente

calculados pelo RESSASS foram utilizados no estudo de previsão de assoreamento que será

apresentado posteriormente.

Para análise da interferência da não conformidade dos dados de 1975 no volume útil do

reservatório, na Figura 85 e na Tabela 13 são apresentadas as variações do volume útil do

reservatório, considerando os diferentes levantamentos, nas cotas de operação.

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107

Curvas cota x volume (Res. de Promissão)

379

380

381

382

383

384

385

5000 5500 6000 6500 7000 7500 8000

Volume (hm3)

Cot

a (m

)

1975(RESSASS)2005(RESSASS)1975(CESP)

Figura 85. Curvas cota vs. volume do reservatório de Promissão, de 1975 (RESSASS), 2005

(RESSASS) e 1975 (CESP), nas cotas de operação

Tabela 13 – Análise dos volume úteis dos diferentes levantamentos

Cota 384,0 m Cota 379,7 m

1975 (RESSASS) 7.951,06 5.804,44 2.146,62 -4,14 0,00202005 (RESSASS) 7.654,75 5.596,93 2.057,82 0,00211975 (CESP) 7.407,20 5.279,90 2.127,30 -3,27 0,0020

Dados utilizados a (coeficiente angular)% PerdaVolume útilVolume (hm3)

Analisando-se os dados da Tabela 13 se observa que há uma variação de 19,32 hm3 no

volume útil dos levantamentos de 1975 (RESSASS e CESP), o que leva a um erro de apenas

0,90 %. Isto ocorreu devido ao fato da maior diferença dos levantamento de 1975 ocorrerem

em função da delimitação da área de alagamento das cotas mais baixas, não ocorrendo tanta

diferença nas cotas mais elevadas, onde se encontra delimitado o volume útil do reservatório.

Apesar de se observar nas Figuras 84 e 85 que a curva referente a 2005 se encontrar

entre as curvas de 1975, verifica-se que o menor valor de volume útil ocorre em 2005. Esta

informação pode ser constatada através da análise da pequena diferença do coeficiente

angular dos diferentes levantamentos (Tabela 13), considerando uma tendência linear para os

dados, e se utilizando da equação “y = ax + b”, onde “a” o coeficiente angular da reta.

Estimando-se, assim, uma perda de 3,27 a 4,14 % do volume útil do reservatório, em relação

a 1975, em 30 anos de operação.

A análise da perda de volume do reservatório diferiu bastante de afluente para afluente.

Em alguns afluentes, inclusive, foi observado o aumento do volume útil. A Tabela 14 fornece

o resultado da análise seção por seção, apresentando o percentual da perda de volume

acumulado até a cota 384,0 metros, cota máxima de operação do reservatório.

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108

Tabela 14 – Percentual da perda de volume do reservatório de Promissão, de 1975 a 2005

Projeto Afluente Perda de

volume (%)

Promiss1 C -47,82

Promiss2 T 4,82

A (corpo principal) 5,85

B 80,69

F -281,68

G 48,28

H 23,46

I -18,42

J -3,92

L 33,33

M 10,97

N 29,85

O -4,29

P 32,90

Q 100,00

R 100,00

U -21,59

V 14,10

X -93,75

Z 9,17

AA 18,11

AB -26,26

AC 43,24

AD 8,19

AE 29,89

AF 21,03

AG -50,00

AH 37,93

AI 20,00

Promiss3

AJ 35,77

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109

Em alguns dos afluentes onde foi constatado o aumento do volume útil (valores

negativos de perda, Tabela 14), há indícios de que houve dragagem de sedimento no período

de análise. Os afluentes nos quais a ocorrência de dragagem foi mais evidente são os afluentes

“C” e “F”, que apesar de apresentarem pontos de dragagem, apresentam também evidenciado

o processo de assoreamento na entrada destes, como pode-se observar nos Anexos A e B.

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110

5.2 Calibração do modelo RESSASS

O módulo de “Modelo Numérico” do RESSASS, apresentados no item 4.3 Materiais e

Métodos, foi utilizado para a calibração dos dados do Corpo Principal do Reservatório de

Promissão e a posterior previsão do assoreamento para os próximos 50 e 100 anos.

A calibração do modelo foi realizada somente no corpo principal do reservatório pelas

seguintes razões:

- a impossibilidade de representação de todo o reservatório, com seus 29 afluentes de 1ª

ordem e 6 afluentes de 2ª ordem, devido à não adequação do modelo RESSASS para a

representação de afluentes de 2ª ordem;

- a redução do número de 595 seções para 300 seções (número máximo de seções

admitidas pelo RESSASS) implicaria em perda de informações;

- a utilização no modelo numérico de depósito de sedimento em afluentes onde ocorre

dragagem, seria a consideração que o processo de dragagem não mais ocorreria nos próximos

anos, consideração esta que não necessariamente se aplica à realidade.

Para a utilização do Modelo Numérico do RESSASS, além dos arquivos necessários

para a análise do volume do reservatório (“.map”, “.org” e “.new”) o arquivo “.qin”

(Apêndice B) também foi gerado com os dados de vazão afluente e efluente do reservatório

durante um ano. A calibração foi realizada para um período de 30 anos, partindo-se dos dados

de curva cota vs. volume do reservatório em 1975 até o cálculo da mesma curva para o ano de

2005. Para os dados de entrada não disponíveis foram utilizados os dados “default” do

programa. Todos os dados encontrados na calibração do programa são apresentados nas

figuras que se seguem.

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111

Figura 86. Dados de entrada do modelo numérico

A seguir são apresentados os dados de entrada que foram modificados, em função das

características do Reservatório de Promissão. A Figura 87 apresenta os dados de entrada

necessários para a relação entre a altura do nível d’água a montante e vazão vertida. Nestes

dados foi considerada a abertura total das cinco comportas dos vertedores.

Figura 87. Dados de vazão vertida x altura do nível d’água a montante

A Figura 88 apresenta os dados referentes ao volume inicial do reservatório, à vazão

inicialmente vertida e às taxas de evaporação mensal, em metros. Para o dado de vazão

inicialmente vertida foi considerada a vazão de vertimento para o nível de montante de 380,0

metros.

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112

Figura 88. Dados de volume inicial, vazão extravasada e de evaporação mensal

A seguir são apresentados os dados referentes à granulometria do material, velocidade

de queda e concentração de sedimento na vazão afluente. Inicialmente foram utilizados os

dados de Pereira (2003) de concentração de sedimento na água coletados em três pontos

distintos, início e meio do reservatório e próximo à barragem. Os dados de Rodrigues (2003)

também foram utilizados para a determinação da granulometria de amostra de sedimento no

reservatório. Estes dados foram posteriormente alterados para a calibração do modelo. A

calibração foi alcançada variando-se os diâmetros representativos do sedimento (Figura 89),

a velocidade de queda do sedimento, de V0 a V100 (Figura 91) e a concentração de sedimento

na vazão afluente, parâmetro B (Figura 92).

Figura 89. Dados referentes à granulometria do material de rio principal

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113

Figura 90. Diâmetros representativos dos dois grupos de areia (Size 1 e Size 2) e suas

proporções no material de fundo do reservatório e no depósito de sedimento

Figura 91. Velocidade de queda do sedimento e parâmetros representativos da concentração

de sedimento na vazão afluente

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114

Figura 92. Refinamento dos dados de velocidade de queda do sedimento e parâmetros

representativos da concentração de sedimento na vazão afluente

Deve-se salientar que os dados de entrada referentes à concentração, granulometria e

velocidade de queda do sedimento, utilizados para a calibração do modelo não correspondem

aos dados reais do reservatório. A calibração não teve como objetivo confrontar os dados de

localização de sedimento ao longo do corpo principal do reservatório, e sim obter uma curva

cota vs. volume correspondentes à do levantamento batimétrico de 2005. A Figura 93 e a

Tabela 15 apresentam o resultado do modelo numérico (2005 Model) e sua comparação com

o dados da batimetria de 2005 (2005 Survey). O objetivo desta calibração foi a apresentação

da potencialidade do Modelo Numérico do RESSASS na previsão de assoreamento de

reservatórios. A calibração foi realizada apenas no corpo principal do reservatório e, ainda

assim, não foi possível calibrar os dados referentes à localização do sedimento. A

necessidade de um modelo de otimização para a calibração dos dados se faz necessária,

principalmente quando o sistema em estudo apresenta maior complexidade, em função da

sinuosidade do reservatório ou do número de afluentes, como é o caso do Reservatório de

Promissão.

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115

Figura 93. Curvas cota vs. volume resultantes da calibração do modelo numérico

Tabela 15 – Dados de cota vs. volume de 2005, do levantamento e do modelo numérico

384 6265,60 6217,90 100,77382 5532,70 5445,52 101,60380 4799,70 4704,90 102,02378 4124,20 4019,02 102,62376 3452,50 3376,93 102,24374 2838,40 2781,97 102,03372 2279,60 2235,04 101,99370 1726,40 1738,67 99,29368 1305,80 1289,12 101,29366 888,45 894,92 99,28364 567,91 565,09 100,50362 339,35 310,82 109,18360 117,69 144,54 81,42358 52,01 54,52 95,41356 11,54 12,96 89,02354 0,36 0,00 -352 0,00 0,00 100,00

Cota, em metros (Col. I)

Volume (Batimetria), em hm3 (Col.

Volume (Modelo), em hm3(Col. III)

Col II / Col III (%) (Col. IV)

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116

5.3 Previsão do assoreamento para 50 e 100 anos

5.3.1 Previsão do assoreamento do corpo principal do reservatório

Os parâmetros finais encontrados na calibração do modelo foram utilizados para a

previsão do assoreamento para 50 e 100 anos após 2005. A simulação foi realizada alterando

a informação referente ao número de anos de simulação (‘No. Yeras) para 50 e 100 anos. Os

resultados finais são apresentados na Figura 94 e na Tabela 16.

Curvas cota-volume do Corpo Principal do Reservatório de Promissão

350

355

360

365

370

375

380

385

390

0 1.000 2.000 3.000 4.000 5.000 6.000 7.000

Volume (hm3)

Cota

(m)

2005 2055

2105 1975 Figura 94. Curvas cota vs. volume previstas para 2055 e 2105

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117

Tabela 16 – Aumento do volume de sedimento, em função do ano de 2005

384 6,29 13,20382 7,85 15,68380 9,27 18,29378 10,70 21,03376 11,14 23,18374 11,86 26,11372 13,12 30,39370 12,83 34,89368 17,93 44,89366 21,14 54,72364 28,59 65,14362 39,52 79,66360 20,09 81,93358 32,47 88,90356 24,43 93,57354 100,00 100,00

Aumento do volume de sedimento em 50 anos (%)

Aumento do volume de sedimento em 100 anos (%)Cota (m)

A alteração do volume útil pode ser melhor estudada através da Figura 95 e da Tabela

17. A Figura 95 apresenta a variação dos volumes úteis do corpo principal do reservatório

nos diferentes anos dos levantamentos e previsões. O posicionamento das curvas nos mostra

que houve acréscimo de sedimento no reservatório no período de 1975 a 2105. A Tabela 17

apresenta a variação do volume útil nos diferentes anos de análise e a perda deste volume com

relação ao ano de 1975. Observa-se uma perda de volume útil de 1975 a 2005, um ganho

deste volume de 2005 a 2055 e uma posterior perda de 2055 a 2105, tendo como resultado

final um volume útil maior em 2105 do que em 1975. A explicação para este resultado é o

deslocamento de parte do sedimento, depositado no volume útil do corpo principal do

reservatório, para cotas mais baixas. Esta explicação não necessariamente se aplica a todas as

seções do corpo principal do reservatório, mas no balanço global a resposta do modelo indica

o movimento deste sedimento, este deslocamento foi mais evidente no período de 2005 a

2055.

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118

Curvas cota x volume do Corpo Principal do Reservatório de Promissão

379

380

381

382

383

384

385

3500 4000 4500 5000 5500 6000 6500 7000

Volume (hm 3)

Cot

a (m

)

1975 2005 2055 2105

Figura 95. Curvas cota vs. volume do corpo Principal do Reservatório de Promissão, cotas de operação

Tabela 17 – Volumes úteis do corpo principal do reservatório, em diferentes anos

Cota 384,0 m Cota 379,7 m1975 6.655,00 5.044,53 1.610,47 -2005 6.265,60 4.698,33 1.567,27 2,682055 5.871,69 4.252,66 1.619,03 -0,532105 5.438,55 3.820,99 1.617,56 -0,44

Ano Volume (hm3) Volume útil Perda do Volume Útil

A metodologia utilizada na calibração do modelo numérico do RESSASS, para as

previsões de volume em 2055 e 2105 do corpo principal do reservatório, não é a mais

indicada quando o objetivo do trabalho é verificar a variação do volume útil do reservatório.

A calibração do modelo foi realizada buscando confrontar os dados das curvas cota vs.

volume de 2005 do levantamento e do modelo RESSASS, não verificando a localização do

sedimento. Como o resultado do volume útil do reservatório é função não só da variação do

seu volume total, mas também da localização do sedimento no mesmo, os resultados das

previsões de 2055 e 2105 são mais confiáveis quanto à variação do volume total do sedimento

do que quanto a variação do seu volume útil.

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119

5.3.2 Previsão do assoreamento dos afluentes do reservatório

Para previsão do assoreamento dos afluentes do reservatório, não foi utilizado o modelo

RESSASS e sim um método não conservador que considera que o acúmulo de sedimento ao

longo do afluente seguirá a mesma distribuição vertical ocorrida nos últimos 30 anos, de 1975

a 2005.

Nos afluentes em que não ocorreu redução de volume nestes 30 anos de operação, não

foram considerados os processos de assoreamento ou erosão (dragagem). Considerou-se que o

volume encontrado na batimetria de 2005 se manteria constante até 2105. Estes afluentes

foram: ‘C’, ‘F’, ‘I’, ‘J’, ‘O’, ‘U’, ‘X’, ‘AB’ e ‘AG’.

Para os outros afluentes foi calculado o percentual de perda de volume para diversos

intervalos de cota. Para a análise da redução do volume destes afluentes nas Figuras 96 a 100

são apresentados o percentuais de variação do volume, de 5 em 5 metros. Os valores positivos

representam redução de volume e os valores negativos representa o aumento deste volume, no

período em análise.

Perda de volume por assoreamento - Afluentes B, G, H e L

-60

-40

-20

0

20

40

60

80

100

380-385 375-380 370-375 365-370 360-365

Intervalo de Cotas (m)

Perd

a de

vol

ume

(%)

Afluente B Afluente G Afluente H Afluente L

Figura 96. Perda de volume dos afluentes B, G, H e L

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120

Perda de volume por assoreamento - Afluentes M, N, P e Q

-60

-40

-20

0

20

40

60

80

100

380-385 375-380 370-375 365-370

Intervalo de Cotas (m)

Perd

a de

vol

ume

(%)

Afluente M Afluente N Afluente PAfluente Q

- 100%

Figura 97. Perda de volume dos afluentes M, N, P e Q

Perda de volume por assoreamento - Afluentes R, T, V e Z

0

20

40

60

80

100

380-385 375-380 370-375 365-370 360-365 355-360

Intervalo de Cotas (m)

Perd

a de

vol

ume

(%)

Afluente R Afluente T Afluente VAfluente Z

Figura 98. Perda de volume dos afluentes R, T, V e Z

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121

Perda de volume por assoreamento - Afluentes AA, AC, AD e AE

-60

-40

-20

0

20

40

60

80

100

380-385 375-380 370-375 365-370 360-365

Intervalo de Cotas (m)

Perd

a de

vol

ume

(%)

Afluente AA Afluente AC Afluente AD Afluente AE

Figura 99. Perda de volume dos afluentes AA, AC, AD e AE

Perda de volume por assoreamento - Afluentes AF, AH, AI e AJ

-60

-40

-20

0

20

40

60

80

100

380-385 375-380 370-375 365-370

Intervalo de Cotas (m)

Perd

a de

vol

ume

(%)

Afluente AF Afluente AH Afluente AI Afluente AJ - 200%

Figura 100. Perda de volume dos afluentes AF, AH, AI e AJ

Apesar de se observar valores negativos de perda de volume em alguns afluentes, pra

alguns intervalos de altura, na análise da variação final do volume ao longo da altura total do

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122

nível d’água estes afluentes apresentaram redução de volume no período de 1975 a 2005

(Tabela 14).

O percentual de perda de volume também foi calculado para intervalos de 1 em 1 metro

na variação da cota do reservatório (384-385, 383-384, 382-383, ... ), e estes valores foram

utilizados para o cálculo da taxa de assoreamento anual de cada afluente para os referidos

intervalos. Os valores de taxa de assoreamento anual foram utilizados para previsão do

assoreamento do reservatório nos próximo 50 e 100 anos. A Tabela 18 apresenta esta análise

realizada para o afluente B. Neste caso, os volumes do reservatório para as previsões de 50 e

100 anos foram nulos, visto que a perda de volume foi maior que 100% nos dois casos, em

todos os intervalos de cota.

Tabela 18 – Análise da perda de volume do afluente B, nas diversas cotas

385 16,2 3,4384 14,5 2,8 384-385 64,71 2,16 107,84 215,69383 12,9 2,2 383-384 62,50 2,08 104,17 208,33382 11,1 1,6 382-383 66,67 2,22 111,11 222,22381 9,4 1,1 381-382 70,59 2,35 117,65 235,29380 7,8 0,5 380-381 62,50 2,08 104,17 208,33379 6,8 0,4 379-380 90,00 3,00 150,00 300,00378 5,8 0,2 378-379 80,00 2,67 133,33 266,67377 4,8 0,2 377-378 100,00 3,33 166,67 333,33376 3,9 0 376-377 77,78 2,59 129,63 259,26375 2,9 0 375-376 100,00 3,33 166,67 333,33

Volume em 1975 (hm3)

Cota (m) Intervalo de Cotas

Volume em 2005 (hm3)

Perda de Volume em 100

anos (%)

Perda de volume (%)

Perda de volume

anual (%)

Perda de Volume em 50

anos (%)

5.3.3 Previsão do assoreamento do Reservatório de Promissão

A previsão do assoreamento do reservatório de Promissão para os próximos 50 e 100

anos foi realizada da seguinte forma:

- Para o corpo principal do reservatório: utilização do modelo numérico RESSASS para

a simulação do assoreamento;

- Para os afluentes ‘C’, ‘F’, ‘I’, ‘J’, ‘O’, ‘U’, ‘X’, ‘AB’ e ‘AG’ foi considerada a mesma

curva cota vs. volume de 2005.

- Para os fluentes ‘B’, ‘G’, ‘H’, ‘L’, ‘M’, ‘N’, ‘P’, ‘Q’, ‘R’, ‘T’, ‘V’, ‘Z’, ‘AA’, ‘AC’,

‘AD’, ‘AE’, ‘AF’, ‘AH’, ‘AI’, ‘AJ’ utilizou-se da mesma taxa de assoreamento anual, para os

diferentes intervalos de cota, encontrada na análise do assoreamento nos últimos 30 anos.

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123

O resultado final da variação das curvas cota vs. volume do Reservatório de Promissão,

levantadas em 1975 e 2005 e previstas para 2055 e 2105, são apresentadas na Figura 101 e

na Tabela 19.

Curvas cota-volume do Reservatório de Promissão

350

355

360

365

370

375

380

385

0,00 1.000,00

2.000,00

3.000,00

4.000,00

5.000,00

6.000,00

7.000,00

8.000,00

9.000,00

Volume (hm 3)

Cot

a (m

)

2105 2055

2005 1975

Figura 101. Curvas cota vs. volume dos levantamentos de 1975 e 2005 e das previsões de 2055 e 2105, Reservatório de Promissão

Tabela 19 – Resultado das curvas cota vs.volume de 1975, 2005, 2055 e 2105

Cota (m)Volume em 1975 (hm3)

Volume em 2005 (hm3)

Volume em 2055 (hm3)

Volume em 2105 (hm3)

384 7951,06 7654,75 7197,12 6475,80382 6936,03 6689,48 6209,66 5549,90380 5931,89 5727,16 5253,60 4655,73378 5084,57 4862,19 4397,07 3847,09376 4255,03 4012,62 3609,47 3105,45374 3511,48 3254,03 2903,26 2437,33372 2865,71 2585,51 2274,44 1837,05370 2239,68 1932,63 1699,69 1288,05368 1740,30 1453,37 1210,24 839,04366 1260,77 987,86 793,37 486,22364 855,94 632,92 466,82 257,58362 538,50 344,98 210,55 73,74360 234,58 121,23 97,55 24,78358 108,68 54,68 37,79 8,44356 32,13 13,36 10,54 2,56354 2,39 1,48 1,12 1,12352 0,00 0,00 0,00 0,00

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124

A Tabela 20 apresenta o resultado da variação do volume total do reservatório, na sua

cota máxima (384,0 m), a perda de volume com relação ao ano de 1975 e a taxa anual de

assoreamento, com relação ao ano de 1975. Verifica-se que a taxa anual de assoreamento

encontradas para o período dos levantamentos de 1975 a 2005 (0,1242 %) é próxima das taxas

de assoreamento encontrada para os períodos de 1975 a 2055 (0,1185 %) e 1975 a 2105

(0,1427 %). Sendo assim, caso fosse considerada uma taxa de assoreamento anual fixa de

0,1242 % para o cálculo do volume máximo do reservatório em anos futuros, os valores que

seriam encontrados para os anos de 2055 e 2105 seriam bem próximos dos levantados neste

trabalho.

Tabela 20 – Variação do volume total do reservatório, em diferentes anos

1975 7951,06 - -2005 7654,75 3,73 0,12422055 7197,12 9,48 0,11852105 6475,80 18,55 0,1427

Volume do reservatório (hm3)

Perda de Volume (%)Ano Taxa de

assoreamento

A Tabela 21 apresenta os dados de variação do volume útil do reservatório. Houve um

aumento do volume útil do ano de 2005 a 2055. Isto se deve ao resultado da previsão do

volume do reservatório realizada com o auxílio do RESSASS, para o corpo principal do

reservatório. A diferença dos resultados apresentados nas Tabelas 17 e 21 mostra que a

deposição do sedimento ocorrida na parcela do volume útil dos afluentes do reservatório

compensou a redução deste sedimento no volume útil do corpo principal do reservatório. O

resultado final é uma redução de cerca de 9,46% do volume útil do reservatório de 1975 a

2105.

Tabela 21 – Volumes úteis do reservatório, em diferentes anos

Cota 384,0 m Cota 379,7 m1975 7.951,06 5.804,44 2.146,62 -2005 7.654,75 5.596,93 2.057,82 4,142055 7.197,12 5.123,29 2.073,82 3,392105 6.475,80 4.532,31 1.943,48 9,46

Perda do Volume Útil (%)Ano Volume (hm3) Volume útil

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125

5.4 Análise qualitativa do processo de assoreamento

A análise qualitativa dos dados de assoreamento do Reservatório de Promissão se

baseou na divisão dos afluentes em trechos de igual área para a determinação das cotas

mínimas do referidos trechos, em 1975 e em 2005.

A Tabela 22 apresenta a análise de dados feita para o afluente V. Na referida tabela

foram calculados os valores de altura acumulada até a cota 385,0 m. Considerando a relação

direta entre a variação do nível do fundo do reservatório com o grau de assoreamento do

afluente calculou-se um percentual de assoreamento de 13,33 %, sedimento este acumulado

abaixo do nível de operação de 380,0 m.

Tabela 22 - Variação do volume útil do reservatório nos anos de 1975 e 2005

V1 370 370 0 0 0 0 15 15V2 370 370 0 0 0 0 30 30V3 370 370 0 0 0 0 45 45V4 370 375 0 5 0 5 60 55V5 370 375 0 5 0 5 75 65

0 10 0 10 - -Percentual de assoreamento - - 0,00 13,33 - -

Alturas Acumuladas até 385,0 m

Planta Original Planta da batimetria

Planta Original

Planta da batimetria

Cota mínima (m)Abaixo de 380,0 m

Altura AssoreadaAltura Erodida

(m)

Altura Assoreada

(m)

Total

Acima de 380,0 m

Trecho

Esta análise foi realizada para todos os afluentes do reservatório, que sofreram

assoreamento, e para o seu corpo principal, estes dados se encontram no Apêndice C.

Os resultados foram ilustrados através de um diagrama triangular, em que são

apresentados três eixos, o do percentual de assoreamento acima da cota 380,0 m, o do

percentual de assoreamento abaixo da cota de 380,0, e o percentual não assoreado. O

diagrama triangular apresentada três áreas relevantes (Figura 102).

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126

Perc

entu

al A

ssor

eado

(aci

ma

de 3

80,0

m)

(abaixo de 380,0 m)

Percentual Assoreado

Percentual Não Assoreado

0

406080100

20

40

020

80

100

60

40

100 0

80

60

20

Figura 102. Representação do diagrama triangular e da suas áreas de maior relevância

Para a verificação do grau de assoreamento sofrido pelo reservatório a análise preliminar

deve ser feita pela observação do eixo do "percentual não assoreado”. Os afluentes que se

localizarem mais à esquerda do diagrama apresentam menor potencial ao assoreamento (área

verde) e os afluentes localizados mais a direita são mais susceptíveis aos assoreamento. Os

outros eixos se referem à localização do sedimento, acima ou abaixo da cota 380,0 m. Vale

observar a existência da área vermelha, onde se localizarão os afluentes com elevado grau de

assoreamento e com maior parte do sedimento localizado acima no nível de operação do

reservatório. A área vermelha representa a forma de assoreamento mais impactante na

operação do reservatório, uma vez que indica que a maior parte do sedimento acumulado no

reservatório esta localizada no seu volume útil.

As Figuras 103 e 104 apresentam o resultado dos afluentes da margem esquerda e da

margem direita, respectivamente.

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127

Percentual Não Assoreado

20

Q

Perc

entu

al A

ssor

eado

(acim

a de

380

,0 m

)

LM406080100

AJ

20

0

HN

G

40

P

100 0

60

80

R

Percentual Assoreado

(abaixo de 380,0 m)

020

100

80

60

B

40

Figura 103. Diagrama triangular representativo do grau de assoreamento do corpo principal do

reservatório e dos afluentes da margem esquerda

Observa-se que os afluentes “Q” e “R” apresentaram redução de 100% do seu volume

inicial, com destaque para o afluente “R”, no qual todo o sedimento foi acumulado no se

volume útil. O afluente B também apresentou elevado grau de assoreamento, sendo que o

volume de sedimento acumulado no volume útil representa menos de 30% do seu volume

inicial. Os outros afluentes e o corpo principal do reservatório apresentaram uma situação

menos grave quanto ao seu grau de assoreamento, com valores menores que 40%.

A análise do diagrama triangular é feita a partir da variação do nível do fundo do

reservatório e não da variação do volume do reservatório, nos diferentes levantamentos. Na

interpretação do diagrama quando se fala que “40% do volume inicial foi assoreado”, na

verdade se quer dizer que, através da análise realizada, de uma escala de 1 a 10, sendo 10 o

grau máximo de assoreamento, o afluente apresentou um grau de assoreamento de valor 4.

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128

Percentual Assoreado

Perc

entu

al A

ssor

eado

(acim

a de

380

,0 m

)

(abaixo de 380,0 m)

AE

Percentual Não Assoreado

T AH80100

UZV

0

20 AJ

AF

AD

AA

40

AI0204060

AC

80

100

6060

100 0

80

20

40

Figura 104. Diagrama triangular representativo do grau de assoreamento dos afluentes da margem

direita do reservatório

Os afluentes da margem direita do reservatório foram menos susceptíveis ao processo de

assoreamento, na sua maioria com menos que 50% do seu volume assoreado. O afluente

“AC” apresentou maior grau de assoreamento, com a maior parte do sedimento localizado

acima da cota 380,0 m.

Vale ressaltar que, na análise das Figuras 103 e 104, os afluentes localizados na área

verde, apesar de terem menor grau de assoreamento, apresentam, na sua maioria,

assoreamento na ordem de 30%. Alguns deles com a maior parte do sedimento acumulado

acima do nível de operação.

A análise qualitativa dos dados apesar de não fornecer valores sobre o volume de

sedimento acumulado no reservatório é capaz de indicar, por análise comparativa, quais os

afluentes que se encontram em estágio mais avançado de assoreamento, além de indicar onde

a maior parte do sedimento está localizado, se acima ou abaixo do nível de operação.

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129

5.5 Influência do assoreamento na vazão regularizada

A análise da influência do assoreamento na vazão regularizada pelo Reservatório de

Promissão foi realizada com o uso do programa apresentado no item 4.4. Modelo de

Assoreamento x Vazão regularizada. O primeiro dado de entrada a ser considerado é a série

de vazões líquidas afluentes ao reservatório. A série tem 500 anos e foi geradas sinteticamente

pelo modelo ARMA (1,1). A série sintética, disponível no Apêndice D, foi calculada a partir

de uma série de vazões artificiais afluentes ao Reservatório de Promissão, no período de 1931

a 2004, disponível em ONS (2005).

As vazões artificiais são calculadas a partir dos dados de vazões naturais. De acordo

com ONS (2006): O setor elétrico tem adotado o termo vazão natural para identificar a vazão

que ocorreria em uma seção do rio, se não houvesse as ações antrópicas na

sua bacia contribuinte, tais como regularizações de vazões realizadas por

reservatórios, desvios de água, evaporações em reservatórios e usos

consuntivos (irrigação, criação animal e abastecimentos urbano, rural e

industrial). A vazão natural é obtida por meio de um processo de

reconstituição, que considera a vazão observada no local e as informações

relativas às ações antrópicas na bacia.

De acordo com a ONS (2006), “para os aproveitamentos em operação, as vazões

naturais são obtidas através dos dados operativos fornecidos pelos agentes [...]” e vazão

artificial: “[...] corresponde à vazão afluente a uma seção de rio (ou aproveitamento

hidrelétrico) levando-se em conta o efeito de qualquer regra de operação a

montante do local considerado que possa contribuir na alteração do regime

ou curso natural do curso d’água. Também são consideradas as vazões

artificiais todas aquelas que sofrem alterações por desvios ou bombeamentos

de parte de sua afluência.”

Para o cálculo da vazão artificial do Reservatório de Promissão foi considerada, pelo

Operador Nacional do Sistema (ONS), os bombeamentos e desvios que alteram sua afluência.

Esta consideração foi feita em função da reversão do Rio Tietê para o aproveitamento

hidrelétrico na Usina Henry Borden, em Cubatão, e por causa da operação de controle de

cheia do Rio Tietê, que faz a derivação da água do Rio Tietê até o Reservatório de Billings.

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130

As vazões afluentes mensais naturais e artificiais fornecidas em ONS (2005) e as vazões

mensais operativas calculadas pela AES Tietê, a partir dos dados de variação de nível d’água,

vazão turbinada e vazão vertida, são apresentadas para o período de Janeiro de 1975 a

Dezembro de 1979 na Figura 105.

Vazões Afluentes ao Reservatório de Promissão

0

200

400

600

800

1000

1200

1400

1600

1800

2000

jan/75 set/75 mai/76 jan/77 out/77 jun/78 fev/79 out/79

Tempo ( meses)

Vaz

ões

(m3 /s

)

Operativas Naturais Artif iciais

Figura 105. Vazões naturais, artificiais e operativas afluentes ao Reservatório de Promissão

A Figura 106 apresenta os dados utilizados para a caracterização do reservatório de

Promissão. Os dados referentes à topografia do reservatório são provenientes do resultado da

análise de volume realizada pelo RESSASS, para o ano de 1975. As diferenças entre os

valores de evaporação e precipitação anual foram considerados nulos, visto que estes valores

são bastante próximos, com pequena superioridade dos valores de evaporação. Como não

está sendo considerado o volume escoado superficialmente na bacia de contribuição do lago

do reservatório, será considerado que esta pequena perda por evaporação seria compensado

pela contribuição lateral.

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131

Figura 106. Dados de entrada do Reservatório de Promissão

A primeira simulação realizada foi feita para o cálculo das vazões regularizadas para

diferentes garantias de atendimento. Os resultados dessa simulação são apresentados na

Figura 107.

Vazão Regularizada x Garantia de Atendimento

0102030405060708090

100

0 200 400 600 800 1000 1200 1400 1600 1800 2000 2200 2400

Vazão (m3/s)

Gar

antia

%

Figura 107. Curva da vazão regularizada por garantia de atendimento

As outras simulações foram realizadas com a utilização de uma taxa de assoreamento

anual de 5%, durante 21 anos até a simulação final para o cálculo da vazão regularizada pelo

reservatório com volume útil nulo (Figura 108).

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132

Figura 108. Dados de entrada para o calculo da variação da vazão regularizada com o assoreamento

Para a garantia de atendimento de 90% tem-se como resultado o gráfico apresentado na

Figura 109. A Figura 110 apresenta a variação da vazão regularizada, em função do

assoreamento, para as garantias de 99%, 95% e 90%.

Assoreamento x Vazão Regularizada

100

150

200

250

300

350

0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50 55 60 65 70 75 80 85 90 95 100

Assoreamento (%)

Vazã

o R

egul

arix

zada

(m3/

s)

Figura 109. Variação da vazão regularizada pelo assoreamento para garantia de 90%

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133

Vazão Regularizada x Assoreamento

100

150

200

250

300

350

400

0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100

Assoreamento (%)

Vazã

o R

egul

ariz

ada

(m3 /s

)

Garantia 99%Garantia 95%Garantia 90%

Figura 110. Vazão regularizada em função do assoreamento, para diferentes garantias de atendimento

A análise do assoreamento do Reservatório de Promissão, para os anos de 1975, 2005,

2055 e 2105, indicaram as reduções de volume útil do reservatório apresentadas na Tabela

23. A interferência da redução do volume útil, em função do assoreamento, na vazão

regularizada pelo reservatório, para as diferentes garantias é apresentada na Tabela 23 e na

Figura 111.

Tabela 23 – Vazão regularizada pelo reservatório, em m3/s, para diferentes garantias

Garantia de Atendimento Ano

Redução do Volume

útil (%) 99% 95% 90%

1975 0,00 189,61 248,15 308,25 2005 4,14 187,39 244,82 304,09 2055 3,39 187,39 244,82 304,89 2105 9,46 185,17 240,10 299,53

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134

Vazão Regularizada x Assoreamento

180

200

220

240

260

280

300

320

0 2 4 6 8 10

Assoreamento (%)

Vazã

o Re

gula

riza

da (m

3 /s)

99% 95% 90%

Figura 111. Variação da vazão regularizada com o assoreamento do volume útil

Para algumas garantias não houve alteração da vazão regularizada para os anos de 2005

e 2055. Isto se deve ao fato dos percentuais de assoreamento dos referidos anos serem muito

próximos e também por conta dos erros admitidos para o cálculo das falhas de atendimento da

vazão regularizada. Para as garantais de 99%, 95% e 90% os erros admitidos foram de 2,00%,

0,35% e 0,20%, respectivamente.

Considerando a redução de 9,46% do volume útil do reservatório de 1975 a 2105, a

vazão regularizada reduziu-se em menos de 4% nas três diferentes garantias analisadas,

chegando a uma diferença menor que 9 m3/s para a garantia de 90% do atendimento da vazão

regularizada.

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135

5.6 Influência do assoreamento na geração de energia elétrica

Os usos prioritários do Reservatório de Promissão são: geração de energia elétrica e

navegação. Segundo Souza18 (2006), apesar do nível mínimo normal do reservatório ser de

379,7 m, o reservatório é operado com o nível mínimo de 381,0 m, para garantir

navegabilidade no sistema, com a utilização da eclusa.

A simulação da operação do reservatório foi realizada com uso do Modelo AcquaNet.

Estudou-se o comportamento do reservatório em função do seu uso para geração de energia

elétrica. A rede montada para uso do modelo AcquaNet é apresentada na Figura 112, na qual

são apresentados os usos para geração de energia elétrica, conservação e eclusagem.

Figura 112. Esquema em Rede de fluxo do Reservatório de Promissão e seus aproveitamentos

Foram realizadas simulações para aos anos de 1975, 2005, 2055 e 2105, alterando os

dados referentes às curvas cota vs. área vs. volume dos referidos anos. As simulações foram

realizadas considerando duas cotas mínimas de operação: 381,0 m e 379,7 m.

Os dados de entrada referentes ao reservatório de Promissão e o seu sistema de geração

de energia elétrica são apresentados nas Figuras 113 a 117. Na Figura 113 são apresentados

os dados da curva cota vs. área vs. volume do Reservatório de Promissão no ano de 1975. O

volume máximo do reservatório se refere à cota de 384,0 m e, para esta simulação, o volume

mínimo do reservatório foi considerado na cota de 381,0 m, para permitir a navegabilidade do

trecho. O reservatório foi considerado inicialmente cheio e a vazão turbinada é retornada para

o atendimento da demanda de conservação, demanda liberada para o trecho de jusante para a

manutenção de uma vazão mínima no curso d’água.

18 Souza, C. A. Informações sobre o Reservatório de Promissão. Informação recebida pessoalmente em 03 jul. 2006.

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136

Figura 113. Características físicas do Reservatório de Promissão

A Figura 114 apresenta o volume meta considerado para o reservatório. Foi

estabelecido o volume meta unitário, com prioridade de valor “30”.

Figura 114. Dados do volume meta do Reservatório de Promissão e da sua prioridade

A Figura 115 apresenta as vazões naturais afluentes ao sistema. A série de vazões

utilizada foi a série sintética de 500 anos apresentada no Apêndice D com todas as vazões

mensais da série subtraídas de 3,5 m3/s. Este valor se refere às demandas consuntivas da

UGRH Tietê/Batalha de abastecimento doméstico, industrial, irrigação, aqüicultura e

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137

transposição de água para a para a UGRH Tietê/Jacaré. Todas estas demandas somadas dão

uma vazão total de 3,5 m3/s (São Paulo, 2002). Estas demandas foram consideradas no

sistema através da alteração da vazão afluente, por ocorrerem a montante do Reservatório de

Promissão e independerem da operação do mesmo.

Os dados de evaporação líquida do Reservatório de Promissão indicados pela ONS

(2004), também são apresentados na Figura 115.

Figura 115. Vazão natural e taxa de evaporação

A Figura 116 apresenta os dados de potência mensal desejada, sendo adotada a potência

máxima instalada na usina, 264 MW, com prioridade de atendimento de valor “1”.

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138

Figura 116. Dados da potência máxima desejada e da sua prioridade para o reservatório

Na Figura 117 são fornecidos os dados do sistema de geração de energia elétrica, além

da relação cota vs. vazão de jusante. Foram consideradas as três turbinas instaladas com

potência unitária de 88 MW. A eficiência do conjunto turbina-gerador foi considerada igual a

88% (Faveri19, 2006). O índice de disponibilidade define a potência média disponível no mês,

e representa o tempo de funcionamento das máquinas, descontadas as horas paradas para

manutenções programadas ou forçadas. Para o cálculo deste índice foram consideradas as

informações cedidas por Faveri19 (2006) referentes aos tempos reservados para as

manutenções programadas (P1, P2 e P3) e forçada (P4) das máquinas:

- P1: 5 dias/ano;

- P2: 30 dias após 50.000 horas de funcionamento;

- P3: 6 a 9 meses após 180.000 horas de funcionamento;

- P4: cerca de 5 horas/ano.

19 Faveri, A. Informações sobre o Reservatório de Promissão. Informação recebida pessoalmente em 03 jul. 2006.

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139

Figura 117. Características do sistema de geração de energia elétrica

. Para as demandas indicadas na Figura 112, foram feitas as seguintes considerações:

- Conservação: demanda a ser liberada a jusante do reservatório, para a manutenção da

vazão mínima no rio. A demanda foi considerada de 159 m3/s, vazão referente à abertura de

1,0 m de uma comporta de fundo, quando o reservatório se encontra no seu nível máximo;

- Eclusagem: vazão utilizada no sistema de eclusagem do reservatório, igual a 2,85

m3/s. Considerando-se o número médio de 1.800 eclusagens por ano, sendo utilizados 50.000

m3 de água por eclusagem;

- Dreno: demanda fictícia com valor muito alto (neste caso foi considerado uma

demanda de 1.000 m3/s), utilizada para impedir o extravassamento do reservatório.

As prioridades de atendimento consideradas pelo sistema foram as apresentadas na

Tabela 24. Quanto menor o valor da prioridade menor o “custo” associado ao seu

atendimento, sendo assim demandas com menores valores de prioridade são atendidas

prioritariamente. Tabela 24 – Prioridades consideradas para os diferentes usos

Uso PrioridadeGeração de Energia Elétrica 1Conservação 10Eclusagem 20Volume Meta 30Dreno 99

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140

O uso da água para a manutenção de uma vazão mínima a jusante (“Conservação”) não

foi considerado como prioridade máxima porque nas simulação realizadas previamente com

esta consideração, em alguns meses a usina deixava de gerar energia para o atendimento da

prioridade de “Conservação”. Como a geração de energia elétrica ocorre condicionada à

liberação de uma vazão turbinada para jusante do reservatório, atendendo assim a demanda de

conservação, se optou por considerar a demanda de geração de energia elétrica como

prioridade máxima, e verificar o atendimento da demanda de conservação nos resultados das

simulações.

Deve-se salientar que apesar da demanda de geração de energia elétrica ter prioridade

máxima, as demandas referentes aos usos consuntivos do reservatório e de navegação já

foram consideradas previamente.

O sistema foi simulado pelo AcquaNet durante um período de 500 anos utilizando a

opção de “Simulação Contínua” e a opção de cálculo “Calibração”, na qual se considera uma

única prioridade para o atendimento do volume meta, não dividindo o reservatório em

subsistemas.

5.6.1 Simulação com nível mínimo de operação de 381,0 m.

A primeira etapa de simulações foi realizada considerando o nível mínimo de operação

igual a 381,0 m. A primeira simulação foi feita para o ano de 1975, através da consideração

dos dados da curva cota vs. área vs. volume do referido ano (Figura 113).

Como resultado da simulação, obteve-se que o volume do reservatório se manteve com

seu volume meta (reservatório cheio), durante 15,76% do tempo (Figura 118), não

apresentando volumes inferiores ao volume mínimo fixado para o reservatório (6.433,57

hm3).

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141

Figura 118. Curva de Permanência do volume do reservatório, simulação de 1975 com cota mínima de

381,0 m

O atendimento integral da demanda de “Conservação” ocorreu em cerca de 80% do

tempo, apresentando a vazão mínima de 92,66 m3/s, vazão esta superior à vazão mínima

defluente operada no reservatório. O atendimento da vazão de eclusagem (2,85 m3/s) ocorreu

em cerca de 80% do tempo.

A potência média mensal foi de 112,46 MW. A potência gerada durante todo o tempo

ficou abaixo da desejada que seria a potência instalada no sistema, apresentando a curva de

permanência indicada na Figura 119.

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142

Figura 119. Curva de Permanência da potência fornecida, para 1975, com cota mínima de 381,0 m

As simulações também foram realizadas para os anos de 2005, 2055 e 2105, alterando

os dados de entrada da curva cota vs. área vs. volume do reservatório de Promissão. O

comportamento do reservatório quanto ao atendimento da demanda de eclusagem não

apresentou mudanças significativas, mas houve alterações no atendimento da demanda para

conservação e geração de energia elétrica (Tabela 25).

Tabela 25 – Atendimento das demandas para geração de energia elétrica e vazão mínima

defluente, cota mínima de 381,0 m

Geração de Energia Elétrica Potência desejada: 264 MW

Conservação Vazão demandada:159,0 m3/s Ano

Potência Média Fornecida Vazão Média Fornecida Vazão Mínima

1975 112,46 151,16 92,66 2005 112,33 150,34 93,24 2055 112,46 150,41 94,17 2105 112,22 150,49 94,93

A potência média fornecida mensalmente seguiu a mesma tendência do volume útil do

reservatório, que apresenta valores decrescentes para a seqüência dos anos de 1975, 2055,

2005 e 2105. O atendimento da demanda para manutenção da vazão mínima defluente

(“Conservação”) não seguiu esta tendência, apesar da demanda de “Conservação” ser

atendida toda vez que há geração de energia elétrica, visto que o destino da vazão turbinada é

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143

o atendimento da demanda de “Conservação”. Isto ocorre porque em determinados períodos o

reservatório não tem uma vazão mínima disponível de 125 m3/s, necessária para a geração de

energia elétrica, sendo a água então disponibilizada para o atendimento da demanda com

segunda prioridade (“Conservação”). Como exemplo tem-se a simulação de 2105, que

apresenta a menor potência média fornecida, mas para o atendimento da demanda de

“Conservação” tem a segunda maior vazão média fornecida e o maior valor de vazão mínima.

5.6.2 Simulação com nível mínimo de operação de 379,7 m.

A segunda etapa de simulações considerou o nível mínimo de operação do reservatório

de 379,7 m. Para o ano de 1975, o atendimento do volume meta do reservatório (7.951,06

hm3) ocorreu em 14,45% do tempo (Figura 120).

Figura 120. Curva de Permanência do volume do reservatório, simulação de 1975 com cota mínima de

379,7 m

O atendimento da demanda de “Conservação” aconteceu em 80% do tempo, com vazão

mínima liberada para o atendimento desta demanda de 93,28 m3/s. A eclusagem também foi

atendida em cerca de 80% do tempo.

A potência média total liberada foi de 110,28 MW, obtendo-se a curva de permanência

apresentada na Figura 121.

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144

Figura 121. Curva de Permanência da potência fornecida, para 1975, com cota mínima de 379,7 m

As simulações com cota mínima de operação de 379,7 m, também foram realizadas para

os anos de 2005, 2055 e 2105. O atendimento da demanda de eclusagem se manteve sem

alterações significativas. As mudanças no atendimento da “Conservação” e da geração de

energia elétrica são apresentadas na Tabela 26.

Tabela 26 – Atendimento das demandas para geração de energia elétrica e vazão mínima defluente

para a cota mínima de 379,7 m

Geração de Energia Elétrica Potência desejada: 264 MW

Conservação Vazão demandada:159,0 m3/s Ano

Potência Média Fornecida Vazão Média Fornecida Vazão Mínima

1975 110,28 150,43 93,28 2005 110,09 150,49 93,49 2055 110,21 150,57 94,53 2105 109,93 150,66 95,27

A potência média fornecida mensalmente seguiu a mesma tendência do volume útil do

reservatório, apresentando valores decrescentes para a seqüência dos anos de 1975, 2055,

2005 e 2105. O atendimento da demanda para manutenção da vazão mínima defluente

(“Conservação”) não seguiu esta tendência. Como exemplo tem-se a simulação de 2105, que

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145

apresenta a menor potência média fornecida, mas para o atendimento da demanda de

“Conservação” tem a maior vazão média fornecida e o maior valor de vazão mínima, devido

ao maior atendimento da demanda de “Conservação” quando a vazão disponível é menor do

que a vazão mínima de 125 m3/s, necessária para a turbinagem.

As Tabelas 25 e 26 apresentam a variação da potência média gerada para as cotas

mínimas de operação de 381,0 m e 379,7 m, respectivamente. Com a alteração da cota

mínima de 381,0 m para 379,7 m houve uma redução de cerca de 2% da potência média

gerada. A Figura 122 apresenta a curva de permanência da potência gerada, no ano de 1975,

para as diferentes cotas mínimas de operação.

Curva de Permanência da Potência Gerada

0

20

40

60

80

100

120

140

160

180

200

220

0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100

Probabilidade de ser maior ou igual (%)

Potê

ncia

Ger

ada

(MW

)

Cota mínima: 379,7 m

Cota mínima: 381,0 m Figura 122. Curva de permanência da potência gerada, ano de 1975

Verifica-se que em quase todos os pontos da curva, há maior probabilidade da

ocorrência de uma determinada potência para a simulação com cota mínima de 381,0 m do

que para 379,7 m, indicando que a manutenção da cota mínima em 381,0 m fornece maior

energia para o sistema do que quando se opera o reservatório no nível mínimo de 379,9 m.

Como a potência gerada é função direta da queda bruta da água e da vazão turbinada, estes

valores serão analisados a partir das curvas de permanência apresentadas nas Figuras 123 e

124.

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146

Curva de Permanência da Vazão Turbinada

0

100

200

300

400

500

600

700

800

900

1000

0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100

Probabilidade de ser maior ou igual (%)

Vazã

o Tu

rbin

ada

(m3 /s

)

Cota mínima: 379,7 m

Cota mínima: 381,0 m Figura 123. Curva de permanência da vazão turbinada, ano de 1975

Curva de Permanência da Altura de Queda

20,0

20,5

21,0

21,5

22,0

22,5

23,0

23,5

24,0

24,5

25,0

25,5

26,0

26,5

0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100

Probabilidade de ser maior ou igual (%)

Altu

ra d

e Q

ueda

(m)

Cota mínima: 379,7 m

Cota mínima: 381,0 m Figura 124. Curva de permanência da queda bruta, ano de 1975

A maior parte das vazões apresenta maior probabilidade de ocorrência para o nível

mínimo de 379,7 m, como era de se esperar, por causa do maior volume útil de

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147

armazenamento nesta cota (Figura 123). Entretanto, a Figura 124 apresenta o oposto para a

análise de variação da queda bruta, pois no nível mínimo de 381,0 m as alturas de queda têm

maior probabilidade de ocorrência. Como a potência das máquinas é função direta da queda

bruta da água e da vazão disponível para turbinagem, e na variação do nível mínimo da cota

de 381,0 m para 379,7 m houve uma redução da queda bruta mais significativa do que o

aumento da vazão turbinada, na análise final a cota mínima de 381,0 m apresentou maior

potência disponível para a geração de energia elétrica. As simulações das diferentes cotas

mínimas de operação para 2005, 2055 e 2105 apresentam resultados quase coincidentes com

os apresentados nas Figuras 122, 123 e 124.

5.6.3 Geração de energia elétrica em período de estiagem

A AES-Tietê, empresa responsável pela operação do Reservatório de Promissão, tem

faturamento assegurado de cerca de 105MW de potência, atualmente cotado em

aproximadamente R$ 120/MWh. O excedente da produção é negociado em valores que

atualmente giram em torno de R$ 4/MWh, podendo chegar até R$ 600/MWh, como ocorreu

na crise energética brasileira de 2001 (Faveri19, 2006).

Por causa da diferença no preço pago pela energia produzida para diferentes potências,

foi realizada uma análise da produção de energia elétrica em duas classes diferentes, acima e

abaixo da potência de 105MW. A Tabela 27 apresenta a produção de energia para estas duas

classes, para as cotas mínimas de operação de 381,0 m e 379,7 m, nos anos de 1975, 2005,

2055 e 2105.

Tabela 27 – Energia média mensal produzida, cota de operação de 381,0 m e 379,7 m

Energia média mensal (MWh) Cota mínima Ano Abaixo de 105 MW Acima de 105 MW Total (MWh)

1975 54.164,56 26.807,85 80.972,41 2005 54.158,04 26.718,06 80.876,09 2055 54.186,03 26.782,28 80.968,31

381,

0 m

2105 54.156,02 26.640,12 80.796,14 1975 53.852,51 25.549,30 79.401,82 2005 53.816,75 25.445,46 79.262,21 2055 53.844,53 25.506,13 79.350,66

379,

7 m

2105 53.802,74 25.345,83 79.148,57

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148

Na análise da Tabela 27 não foi encontrada nenhuma relação direta entra a produção de

energia abaixo da potência de referência de 105 MW, com o volume “útil” do reservatório.

No entanto, os valores de energia média mensal, com potência acima de 105 MW, e de

energia média mensal total apresentam uma relação direta com os valores do volume “útil”

do reservatório. A Figura 125 apresenta a variação da energia média mensal produzida, acima

da potência de 105 MW, e do volume útil, para cada ano simulado.

Energia Produzida e Volume Útil do reservatório

24.500

25.000

25.500

26.000

26.500

27.000

1975 2005 2055 2105

Ano

Ener

gia

Prod

uzid

a (M

Wh)

1300

1400

1500

1600

1700

1800

1900

2000

2100

2200

2300

Volu

me

Útil

(hm

3 )Energia (381,0m)

Energia (379,7m)

Volume (379,7m)

Volume (381,0m)

Figura 125. Energia média mensal (potência acima de 105 MW) e volume útil do reservatório

Outra análise realizada foi a da capacidade de produção excedente (acima de 105 MW)

nos períodos de estiagem. O período dos meses de maio a novembro é considerado o período

de estiagem do sistema, visto que são estes os meses nos quais a vazão afluente apresenta

menores valores e o período no qual a geração de energia elétrica na usina é reduzida para a

manutenção do nível mínimo de 381,0 m no reservatório.

Nas Figuras 126 e 127 são apresentadas as curvas de permanência da energia elétrica

mensal excedente (acima de 105 MW) produzida durante o período de estiagem. A Figura

126 apresenta a variação das curvas de permanência para os anos de 1975, 2005, 2055 e 2105,

considerando o nível mínimo de operação de 381,0m. Percebe-se que, para uma mesma

probabilidade de ocorrência, o ano de 1975 apresenta maior valor de energia mensal

produzida, sendo esta energia decrescente para os anos de 2055, 2005 e 2105, seguindo a

redução do volume útil do reservatório.

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149

Curva de Permanência de Geração de Energia Elétrica no Período de Estiagem

0

10.000

20.000

30.000

40.000

50.000

60.000

70.000

80.000

0 10 20 30 40 50

Probabilidade de ser maior ou igual (%)

Ener

gia

(MW

h)

1975 20052055 2105

Figura 126. Curva de permanência da energia elétrica gerada em período de estiagem como nível

mínimo de operação de 381,0 m

Curva de Permanência da Geraçao de Energia Elétrica no Período de Estiagem

0

10.000

20.000

30.000

40.000

50.000

60.000

70.000

80.000

0 10 20 30 40 50

Probabilidade de ser maior ou igual (%)

Ener

gia

(KW

h)

1975 20052055 2105

Figura 127. Curva de permanência da energia elétrica gerada em período de estiagem como nível

mínimo de operação de 379,7 m

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150

A Figura 127 apresenta as curvas de permanência para os anos de 1975, 2005, 2055 e

2105, para o nível mínimo de operação de 379,7 m. Nesta figura também observam-se

maiores valores de energia média mensal produzida em 1975, para uma mesma probabilidade

de ocorrência, sendo estes valores de energia mensal produzida decrescentes com a redução

do volume útil do reservatório.

A Figura 128 apresenta uma comparação das curvas de permanência da energia mensal

gerada, em 1975, no período de estiagem, para diferentes cotas mínimas de operação. Na cota

mínima de operação de 381,0 m são apresentados maiores probabilidades de ocorrência para

os valores mais elevados de energia mensal produzida. Isto ocorre até a energia excedente

produzida de aproximadamente 50.000 MWh, que corresponde a uma potência excedente

(acima de 105 MW) de cerca de 69 MW. Para os valores de energia menores que 50.000

MWh existe maior probabilidade de ocorrência para a cota mínima de operação de 379,7 m.

Curva de Permanência da Energia Gerada em Período de Estiagem - 1975

0

10.000

20.000

30.000

40.000

50.000

60.000

70.000

80.000

0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50

Probabilidade de ser maior ou igual (%)

Ener

gia

(MW

h)

Cota mínima: 381,0m

Cota mínima: 379,7m

Figura 128. Curva de permanência da energia elétrica gerada em período de estiagem, no ano de 1975

Deve-se considerar que os valores pagos para a energia elétrica excedente produzida

durante os períodos de estiagens mais severas é maior do que em anos em que a estiagem

atinge mais brandamente o volume de água acumulado nas usinas hidrelétricas. Sendo assim,

a operação do reservatório no nível mínimo de 379,7 m é mais rentável para o operador da

usina, visto que este poderia vender a energia elétrica excedentes em períodos de estiagem

mais severa por preços mais elevados.

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151

Resgatando os valores pagos para a energia elétrica produzida nos períodos de estiagem

estimados na faixa de R$ 4/MWh a R$ 600/MWh, um pequeno aumento na produção de

energia elétrica neste período pode significar um aumento significativo do faturamento da

empresa produtora de energia elétrica. Os resultados encontrados para a energia média mensal

excedente produzida nos meses do período de estiagem, bem como a variação do faturamento

com esta energia, estão apresentados na Tabela 28 e nas Figura 129 e 130.

Tabela 28 – Energia média mensal excedente produzida e faturamento no período de estiagem

Faturamento mensal (R$) Cota mínima Ano Média Mensal (MWh) Energia a R$4/MWh Energia a

R$600/MWh 1975 17.033,98 68.295,62 10.244.342,96 2005 16.866,00 67.477,11 10.121.565,85 2055 16.963,47 67.957,38 10.193.607,15

381,

0 m

2105 16.712,08 66.952,84 10.042.926,42 1975 17.223,13 68.892,52 10.333.878,00 2005 17.006,82 68.027,28 10.204.092,00 2055 17.095,53 68.382,12 10.257.318,00

379,

7 m

2105 16.763,07 67.052,28 10.057.842,00

Faturamento x Assoreamento do Reservatório

66.000

66.500

67.000

67.500

68.000

68.500

69.000

69.500

70.000

70.500

71.000

0 3,56 4,88 9,61

Assoreamento (%)

Fatu

ram

ento

(Ene

rgia

a R

$ 4/

MW

h)

9.700.000

9.800.000

9.900.000

10.000.000

10.100.000

10.200.000

10.300.000

Fatu

ram

ento

(Ene

rgia

a R

$ 60

0/M

Wh)

R$ 4/MWh R$ 600/MWh

Figura 129. Variação do faturamento médio com cota mínima de 381,0 m

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152

Faturamento x Assoreamento do Reservatório

66.500

67.000

67.500

68.000

68.500

69.000

69.500

70.000

70.500

71.000

71.500

0 3,57 4,31 9,59

Assoreamento (%)

Fatu

ram

ento

(Ene

rgia

a R

$ 4/

MW

h)

9.800.000

9.900.000

10.000.000

10.100.000

10.200.000

10.300.000

10.400.000

Fatu

ram

ento

(Ene

rgia

a R

$ 60

0/M

Wh)

R$ 4/MWh R$ 600/MWh

Figura 130. Variação do faturamento médio com cota mínima de 379,7 m

A Tabela 28 apresenta a perda de faturamento que a empresa operadora do reservatório

pode ter com a redução do volume “útil”. Considerando a cota mínima de 381,0 m, o

faturamento com a energia produzida no período de estiagem pode variar, de 1975 a 2055, de

cerca de R$ 300,00 até quase R$ 51.000,00. Considerando o período em que a redução do

volume útil é maior, de 1975 a 2105, a variação no faturamento é de mais de R$ 1.000,00 até

quase R$ 202.000,00. Para a cota mínima de 379,7 m, a redução do faturamento vai de cerca

de R$ 500,00 a R$ 76.000,00 ( de 1975 a 2055) e de quase R$ 2.000,00 a mais de R$

276.000,00 (1975 a 2105). Esta é uma estimativa aproximada visto que os cálculos foram

realizados tendo como base os valores médios de energia mensal produzida nos períodos de

estiagem.

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153

6. CONCLUSÕES

6.1 Assoreamento do Reservatório de Promissão

A partir dos resultados obtidos na análise de volume do Reservatório de Promissão em

1975 e 2005, das previsões do seu volume para os anos de 2055 e 2105 e da análise

qualitativa do assoreamento do Reservatório de Promissão, pode-se chegar às seguintes

conclusões:

• O programa RESSASS apresenta as limitações de não aceitar afluentes de 2ª ordem e de

comportar apenas 300 seções por projeto. Estas limitações obrigam o usuário do programa

a subdividir reservatórios maiores, necessitando manipular, fora do RESSASS, os

resultados do módulo de “Análise de Volume” para ter a resposta final da variação do

volume do reservatório. Estas limitações também podem restringir o uso do “Modelo

Numérico” para calibração e previsão do assoreamento no reservatório, por não ser

possível considerar os reservatórios com todas as suas seções e afluentes, como aconteceu

nesta pesquisa com o Reservatório de Promissão;

• De acordo com os resultados do módulo de “Análise de Volume” do RESSASS a redução

do volume total do Reservatório de Promissão de 1975 a 2005 foi de 3,73%.

Considerando as cotas de operação do reservatório de 379,7 m a 384,0 m, o volume útil

diminuiu de 2.146,62 hm3, em 1975, para 2.057,82 hm3, em 2005 (redução de 4,14%);

• Apesar do volume total do reservatório e de seu volume útil terem sido reduzidos em 30

anos de operação, o processo de assoreamento não foi suficiente para que ocorresse a

redução do volume em alguns dos afluentes do reservatório. Nos afluentes “C” e “F” há

evidências de procedimentos de dragagem no leito do rio. Nestes mesmos afluentes

ocorreu o processo de assoreamento no compartimento de entrada, mas este volume de

sedimento acumulado foi menor do que o volume dragado, resultando em aumento do

volume de água acumulado nestes afluentes, de 1975 a 2005;

Page 174: As conseqüências do assoreamento na operação de ... · ADELENA GONÇALVES MAIA As conseqüências do assoreamento na operação de reservatórios formados por barragens Tese apresentada

154

• A redução do volume total do reservatório, com relação ao ano de 1975, foi de 3,73%,

9,48% e 18,55%, para os anos de 2005, 2055 e 2105, respectivamente. A redução dos

volumes úteis, por sua vez, em relação a 1975, foram de 4,14%, 3,39% e 9,46%, para os

anos de 2005, 2055 e 2105, respectivamente. Observa-se, portanto que houve a previsão

do aumento do volume útil do reservatório de 2005 a 2055, em função do deslocamento

de parte do sedimento localizado no volume útil para cotas mais baixas.

• A calibração que foi realizada neste trabalho para a determinação dos dados de entrada do

módulo do “Modelo Numérico” do RESSASS, para a análise do assoreamento do corpo

principal do reservatório, teve como objetivo confrontar os dados da curva cota vs.

volume levantada de 2005 e a calculado pelo “Modulo Numérico”. A não utilização dos

dados referentes à localização do sedimento no reservatório para a calibração do modelo

levou a resultados inesperados, como o aumento do volume útil de 2005 a 2055.

• O módulo do “Modelo Numérico” do RESSASS se mostrou inadequado para a calibração

do modelo, quando o objetivo era confrontar dados referentes à localização do sedimento.

A necessidade de um modelo de otimização para a calibração dos dados se faz necessária,

principalmente quando o sistema em estudo apresentar maior complexidade, em função da

sinuosidade do reservatório ou do número de afluentes;

• A análise qualitativa do processo de assoreamento, no período de 1975 a 2005, foi feita

pela comparação da variação do nível do fundo do reservatório. Este estudo teve como

resultado um elevado grau de assoreamento dos afluentes “Q” e “R”, estando este último

totalmente assoreado, com todo o sedimento acumulado no compartimento do volume útil

do reservatório. Já os afluentes “B” e “AC” apresentaram um grau de assoreamento

intermediário, com parte do sedimento localizado no volume útil do reservatório,

principalmente no afluente “AC”. Os outros afluentes analisados apresentaram menor grau

de assoreamento, mas não uma situação menos preocupante, uma vez que parte desses

afluentes apresentou grau de assoreamento de 10 a 30%, sendo que em alguns deles a

maior parte do sedimento encontrava-se localizado no volume útil do reservatório.

Page 175: As conseqüências do assoreamento na operação de ... · ADELENA GONÇALVES MAIA As conseqüências do assoreamento na operação de reservatórios formados por barragens Tese apresentada

155

6.2 Operação do Reservatório de Promissão

A partir dos resultados da vazão regularizada pelo reservatório e das simulações da

operação do Reservatório de Promissão, durante 500 anos, com o uso do modelo AcquaNet,

para diferentes cotas mínimas de operação, chegou-se às seguintes conclusões:

• Para o ano de 1975 a vazão regularizada pelo Reservatório de Promissão foi de 189,61

m3/s, 248,15 m3/s e 308,25 m3/s, para as garantias de 99%, 95% e 90%, respectivamente.

Considerando a previsão do assoreamento ocorrido em 130 anos de operação do

reservatório, no ano de 2105, o volume útil do reservatório reduziu em 9,46%, o que

acarreta numa redução inferior a 4% da vazão regularizada pelo reservatório, para as

diferentes garantias;

• Na simulação da operação do reservatório durante 500 anos, através do modelo AcquaNet,

e considerando o nível mínimo de operação de 381,0 m, obtiveram-se como conclusões:

- A potência média mensal fornecida para a simulação do ano de 1975 foi de 112,46

MW. Com a redução de cerca de 9,5 % do volume útil do reservatório, de 1975 a

2105, haveria redução de menos de 0,3 % da potência média mensal gerada;

- O atendimento da demanda de “Conservação” não tem relação direta com o volume

útil do reservatório, uma vez que, um menor volume útil do reservatório pode

impossibilitar a geração de energia elétrica, que tem exigência de vazão mínima

turbinável de 125 m3/s, e assim, atender com maior garantia à demanda de

“Conservação”;

• Na simulação da operação do reservatório durante 500 anos, através do modelo AcquaNet,

e considerando o nível mínimo de operação de 379,7 m, obtiveram-se como conclusões:

- A potência média mensal fornecida para a simulação do ano de 1975 foi de 110,28

MW. Com a redução de cerca de 9,5 % do volume útil do reservatório, de 1975 a

2105, haveria redução de menos de 0,4 % da potência média mensal gerada;

Page 176: As conseqüências do assoreamento na operação de ... · ADELENA GONÇALVES MAIA As conseqüências do assoreamento na operação de reservatórios formados por barragens Tese apresentada

156

- A relação entre a redução de volume útil e atendimento da demanda de

“Conservação” também não foi encontrada para o nível mínimo de operação de 379,7

m;

• Os resultados apresentados mostram que há redução da energia elétrica média mensal

total e da energia elétrica média mensal excedente (potência superior a 105 MW) geradas

com a redução do volume útil do reservatório;

• O aumento do volume útil do reservatório com a diminuição do nível mínimo de operação

não evidencia um aumento na geração de energia elétrica, uma vez que o aumento da

vazão turbinável é acompanhada da diminuição da queda bruta da água;

• Nas cotas mínimas de operação de 381,0 m e 379,7 m, os valores de energia média mensal

excedente (potência superior a 105 MW), para o período de estiagem, diminuiram com a

redução do volume útil do reservatório;

• A diminuição do nível mínimo de operação do reservatório, de 381,0 m para 379,7 m

propicia maiores valores de energia elétrica excedente em períodos de estiagem mais

severa;

• Considerando os valores médios de energia elétrica excedente produzida, no período de

estiagem, para os diferentes volume úteis, de 1975, 2005, 2055 e 2105, há a tendência de

perda de faturamento na venda da energia com a crescente redução do volume útil do

reservatório. Esta perda é ainda maior para o nível mínimo de operação de 379,7 m;

• A cota mínima de operação de 379,9 m não é aplicável, uma vez que o nível mínimo de

381,0 m deve ser garantido para a navegação. Ainda assim, as simulações demonstraram

que, apesar do aumento do volume útil do reservatório, com a diminuição do nível

mínimo de operação, indicarem uma redução na produção de energia elétrica média

mensal, este aumento de volume útil impulsionou o aumento da geração de energia

elétrica excedente nos períodos de estiagem. Sendo assim, deve-se sempre investigar as

possibilidades de aumento do volume útil do reservatório, com procedimentos que visem

a minimização do assoreamento do reservatório, a remoção do sedimento já depositado ou

ainda a redução do nível mínimo de operação, pois, para reservatórios que trabalham com

Page 177: As conseqüências do assoreamento na operação de ... · ADELENA GONÇALVES MAIA As conseqüências do assoreamento na operação de reservatórios formados por barragens Tese apresentada

157

um faturamento mínimo assegurado, estas medidas podem aumentar significativamente o

faturamento da empresa operadora da usina hidrelétrica.

Page 178: As conseqüências do assoreamento na operação de ... · ADELENA GONÇALVES MAIA As conseqüências do assoreamento na operação de reservatórios formados por barragens Tese apresentada

158

7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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the Hydraulic Division, v. 99, n. HY11, p. 2041-2060, nov. 1973.

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<http://www.aestiete.com.br/compub/artigo235.asp>. Acesso em: 28 abr. 2006.

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<http://www.ana.gov.br/Bacias/Parana/Bacparana.htm>. Acesso em: 5 Mar.2003.

ANNANDALE, G.W. Reservoir Sedimentation. Developments in Water Science, n. 29

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ATKINSON , E. The design of sluiced settling basins: a numerical modeling approach.

Report OD 124. Oxon, UK: HR Wallingford. 1992.

AZEVEDO, L.G.T.; PORTO, R.L.;ZAHED FILHO, K. Modelos de Simulação e de Rede

de Fluxo. In: PORTO, R.L., org. Técnicas quantitativas para gerenciamento de recursos

hídricos. Porto Alegre, UFRGS/ABRH. Cap. 4, p.165-227. 1997.

BIOTA. Sub-bacias hidrográficas do Estado de São Paulo. Disponível em:

<http://www.biota.org.br/info/saopaulo/bacias/>. Acesso em: 28 abr. 2006.

BORLAND, W.M.; MILLER, C.R. Distribuition of Sediment in Large Reservoirs. Journal

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APÊNDICE A

Localização das seções do Reservatório de Promissão utilizadas pelo RESSASS

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PROMISS1 Section Left hand point Right Hand point name East North East North (m) (m) (m) (m) 'DAM ' 633314 7636232 634591 7635647 'A1 ' 632961 7636089 634362 7635121 'A2 ' 632588 7635865 634278 7634503 'A3 ' 632251 7635342 633864 7634201 'A4 ' 632322 7634524 633767 7634072 'A5 ' 631908 7634311 633730 7633916 'A6 ' 631845 7634222 634308 7633127 'A7 ' 632645 7633069 634380 7632813 'TR_L' 0.00 0.00 0.00 0.00 'A8 ' 632789 7632294 633950 7632239 'A9 ' 632691 7632041 633741 7631729 'A10 ' 632636 7631665 633595 7631252 'A11 ' 632412 7631108 633461 7630853 'A12 ' 632285 7630883 634720 7630183 'A13 ' 631858 7630735 633791 7630431 'A14 ' 631313 7630057 633849 7630027 'A15 ' 632523 7629634 633687 7629568 'A16 ' 632446 7628931 633897 7629022 'A17 ' 632489 7628652 634788 7628408 'A18 ' 632721 7628016 633985 7628130 'TR_L' 0.00 0.00 0.00 0.00 'A19 ' 632753 7627032 633799 7627589 'A20 ' 632990 7626761 635202 7627288 'A21 ' 633162 7626283 634395 7626336 'A22 ' 633155 7626219 634385 7625719 'A23 ' 633426 7625730 634178 7625360 'A24 ' 632837 7625583 634116 7624776 'A25 ' 632987 7624994 634020 7624638 'TR_L' 0.00 0.00 0.00 0.00 'A26 ' 633399 7623856 634111 7624479 'A27 ' 633575 7623621 634353 7624464 'A28 ' 633917 7623372 634579 7624307 'A29 ' 634039 7622596 635613 7624196 'A30 ' 634540 7622141 635357 7623452 'A31 ' 634906 7622136 635869 7623115 'A32 ' 635088 7622101 636719 7623112 'A33 ' 635566 7621611 636221 7622806 'A34 ' 635838 7621078 636601 7622227 'A35 ' 636641 7620948 637384 7622478 'A36 ' 636770 7620738 637536 7621401 'A37 ' 636266 7619806 639832 7620752 'A38 ' 637614 7619120 638399 7619641 'A39 ' 637693 7618894 638726 7618975 'A40 ' 638104 7618409 638950 7618721 'A41 ' 638077 7617619 638958 7618191 'A42 ' 638478 7617209 639256 7617811 'TR_L' 0.00 0.00 0.00 0.00 'A43 ' 639143 7616821 639480 7617603 'A44 ' 639894 7616580 640006 7617442 'A45 ' 640281 7616401 640722 7617130 'A46 ' 640800 7616060 642094 7618297 'A47 ' 641172 7615823 641748 7616766 'A48 ' 641648 7615846 642084 7616271 'A49 ' 641653 7615313 643509 7616440

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'TR_L' 0.00 0.00 0.00 0.00 'A50 ' 642195 7614842 642777 7615701 'A51 ' 642587 7614598 643028 7615151 'A52 ' 643393 7614544 643485 7615226 'A53 ' 643677 7614374 643834 7615135 'A54 ' 643845 7614018 644572 7614931 'A55 ' 643911 7613641 644771 7614071 'A56 ' 644582 7613213 645068 7613501 'A57 ' 644719 7612665 645713 7613302 'A58 ' 645260 7612470 646182 7612949 'A59 ' 645181 7612119 645873 7612178 'A60 ' 645622 7611426 646144 7612153 'A61 ' 645732 7610909 646408 7611303 'A62 ' 645439 7609971 646570 7610887 'A63 ' 646169 7610048 646943 7610264 'A64 ' 646798 7609579 647407 7610280 'A65 ' 646950 7609253 647572 7609601 'A66 ' 647674 7609085 647674 7609561 'A67 ' 647682 7609082 648341 7609411 'A68 ' 647886 7608499 648324 7608674 'A69 ' 648011 7607911 648933 7609242 'A70 ' 647877 7607298 649054 7607277 'A71 ' 648227 7606710 648609 7606763 'A72 ' 648081 7606102 648857 7606341 'A73 ' 648515 7605716 648998 7605765 'A74 ' 648125 7605265 649078 7605419 'A75 ' 648089 7605084 648885 7604961 'A76 ' 648549 7604496 649889 7604365 'A77 ' 648522 7604035 648957 7603921 'A78 ' 648011 7603440 648429 7603144 'A79 ' 647161 7602471 648242 7602656 'A80 ' 647776 7601998 648185 7601772 'UPST' 647872 7601272 0.00 0.00 'B1 ' 632695 7633061 632796 7632421 'B2 ' 632373 7632924 632602 7632360 'B3 ' 631913 7632727 632074 7632118 'B4 ' 632658 7632376 631790 7631947 'B5 ' 630952 7632115 631015 7631921 'UPST' 630621 7632034 0.00 0.00 'C1 ' 632623 7627869 632636 7627120 'C2 ' 632302 7627769 632517 7627125 'C3 ' 632039 7627850 631879 7627139 'C4 ' 631558 7627771 631725 7627132 'C5 ' 631356 7627843 631326 7626892 'C6 ' 631143 7628024 631164 7626769 'C7 ' 630923 7628109 630766 7627657 'C8 ' 630586 7628111 630384 7627782 'UPST' 630175 7627850 0.00 0.00 'F1 ' 632960 7624956 633338 7623927 'F2 ' 632432 7624619 633188 7623790 'F3 ' 631983 7624393 632785 7623557 'F4 ' 630632 7623567 632480 7623192 'F5 ' 631357 7622930 632010 7622392 'F6 ' 630984 7622458 631887 7621885 'F7 ' 630731 7622402 631801 7621154 'F8 ' 630640 7622093 631164 7621474 'F9 ' 630297 7621646 630897 7621139 'F10 ' 629515 7621473 630577 7620688 'F11 ' 629334 7621342 630487 7620556 'F12 ' 628952 7621137 630365 7620362 'F13 ' 629546 7620092 629948 7619938

Page 188: As conseqüências do assoreamento na operação de ... · ADELENA GONÇALVES MAIA As conseqüências do assoreamento na operação de reservatórios formados por barragens Tese apresentada

'F14 ' 629337 7619819 629706 7619630 'F15 ' 628982 7619639 629416 7619252 'F16 ' 628693 7619376 629396 7619050 'F17 ' 628876 7618828 629414 7618780 'F18 ' 628422 7618028 629160 7617691 'F19 ' 628393 7617456 629053 7617256 'F20 ' 627259 7617041 628488 7616389 'F21 ' 627698 7615974 627924 7615769 'UPST' 627371 7615420 0.00 0.00 'G1 ' 638557 7617100 639020 7616801 'G2 ' 638413 7616882 638755 7616556 'G3 ' 638253 7616795 638466 7615565 'G4 ' 637883 7616901 638191 7616241 'G5 ' 637682 7616500 637850 7616185 'G6 ' 637447 7616304 637659 7615980 'UPST' 636803 7615638 0.00 0.00 'H1 ' 641619 7615194 641959 7614826 'H2 ' 641288 7614870 641816 7614722 'H3 ' 641226 7614618 641618 7614183 'H4 ' 640865 7614214 641358 7613919 'H5 ' 640707 7613886 641065 7613646 'H6 ' 640422 7613517 641001 7613345 'H7 ' 640040 7613384 640447 7612984 'H8 ' 639750 7612463 640091 7612361

'UPST' 639712 7611883 0.00 0

PROMISS2 Section Left hand point Right Hand point name East North East North (m) (m) (m) (m) 'DAM ' 634077 7644603 632293 7645407 'A1 ' 634077 7645027 632567 7645819 'A2 ' 634431 7646306 632525 7646176 'A3 ' 634039 7646983 632550 7646311 'A4 ' 633631 7647342 632430 7646833 'A5 ' 633456 7647812 632116 7647378 'A6 ' 633531 7648062 631610 7648570 'A7 ' 633682 7648299 631722 7649574 'TR_R' 0.00 0.00 0.00 0.00 'A8 ' 633734 7648337 632994 7649628 'A9 ' 634020 7648507 633376 7650060 'A10 ' 634396 7649003 633791 7650016 'A11 ' 634835 7649379 634142 7650547 'A12 ' 635549 7649237 634554 7650473 'A13 ' 635732 7649503 634894 7650615 'A14 ' 636466 7649905 634968 7650682 'A15 ' 636140 7650504 634951 7650885 'A16 ' 636135 7650887 634808 7651442 'A17 ' 636364 7651348 635255 7651728 'A18 ' 636446 7651638 635474 7652260 'A19 ' 637147 7651465 636077 7652545 'A20 ' 637150 7652074 636133 7652607 'A21 ' 637753 7652443 636147 7652671 'A22 ' 637156 7652937 636101 7652924 'A23 ' 637631 7653508 636078 7653387 'A24 ' 637147 7654055 635783 7653979 'A25 ' 637154 7654180 635622 7654418

Page 189: As conseqüências do assoreamento na operação de ... · ADELENA GONÇALVES MAIA As conseqüências do assoreamento na operação de reservatórios formados por barragens Tese apresentada

'A26 ' 637310 7654441 635948 7654878 'A27 ' 637642 7654851 636080 7655124 'A28 ' 637340 7655289 636046 7655261 'A29 ' 637052 7655621 635815 7655561 'A30 ' 636688 7655996 635882 7656034 'A31 ' 636684 7656641 635576 7656630 'A32 ' 636724 7656955 635602 7657219 'A33 ' 636958 7657387 636268 7657532 'A34 ' 637003 7657579 636357 7658053 'A35 ' 637350 7657554 636280 7658973 'A36 ' 637689 7657703 636932 7658694 'A37 ' 638018 7657817 637266 7658676 'A38 ' 638492 7658040 638076 7658836 'A39 ' 638905 7658690 638218 7658915 'A40 ' 639181 7658984 638672 7659432 'UPST' 639210 7659369 0.00 0.00 'B1 ' 632726 7649857 632002 7649791 'B2 ' 632705 7650077 631697 7650284 'B3 ' 632738 7650398 632202 7650595 'B4 ' 632672 7650758 632202 7650786 'B5 ' 632661 7651127 632166 7650877 'B6 ' 632328 7651569 631828 7651429

'UPST' 632019 7652068 0.00 0.00

PROMISS 3 Section Left hand point Right Hand point name East North East North (m) (m) (m) (m) 'DAM ' 625434 7641767 626314 7645140 'A1 ' 625850 7641700 626829 7645350 'A2 ' 626028 7641104 627882 7646467 'A3 ' 627090 7641236 628138 7645377 'A4 ' 628082 7640420 629237 7645869 'A5 ' 628876 7640779 630807 7646364 'A6 ' 629305 7640328 630883 7645278 'A7 ' 630006 7640593 631364 7645202 'TR_L' 0.00 0.00 0.00 0.00 'A8 ' 631247 7639187 634109 7644068 'A9 ' 631760 7638077 635281 7643053 'A10 ' 632658 7637397 636333 7642526 'A11 ' 633398 7636631 636720 7641907 'A12 ' 635277 7635632 637609 7641425 'A13 ' 636399 7635151 638748 7640208 'A14 ' 637339 7634834 639315 7639986 'A15 ' 637355 7632327 639865 7639821 'A16 ' 639465 7634557 640829 7639535 'A17 ' 640193 7633703 641704 7639029 'TR_L' 0.00 0.00 0.00 0.00 'A18 ' 641659 7633610 643150 7638503 'A19 ' 642150 7633397 643656 7638550 'A20 ' 642671 7633558 644138 7638387 'A21 ' 643188 7633460 644591 7638088 'TR_L' 0.00 0.00 0.00 0.00 'A22 ' 644205 7633104 645068 7637972 'A23 ' 644876 7632403 647222 7637660 'A24 ' 645469 7632398 647684 7637481 'A25 ' 645891 7632127 647929 7637086

Page 190: As conseqüências do assoreamento na operação de ... · ADELENA GONÇALVES MAIA As conseqüências do assoreamento na operação de reservatórios formados por barragens Tese apresentada

'A26 ' 646294 7631821 648535 7636744 'A27 ' 646693 7631414 649364 7636600 'A28 ' 647017 7631250 649404 7635092 'A29 ' 647559 7630936 649720 7634572 'TR_L' 0.00 0.00 0.00 0.00 'A30 ' 649540 7629341 652127 7633261 'A31 ' 649914 7628949 652359 7632969 'A32 ' 650197 7628404 652663 7632865 'A33 ' 650729 7628148 652736 7631501 'A34 ' 651151 7627609 653187 7631084 'A35 ' 651714 7627636 653543 7630702 'A36 ' 652185 7627417 653953 7630152 'A37 ' 652392 7626714 654312 7629944 'A38 ' 652704 7626480 654816 7629623 'A39 ' 653038 7626159 655682 7630088 'A40 ' 653413 7625815 656160 7629558 'A41 ' 653335 7625022 656514 7629411 'TR_L' 0.00 0.00 0.00 0.00 'TR_L' 0.00 0.00 0.00 0.00 'A42 ' 654518 7623096 658117 7627118 'A43 ' 654810 7622883 658337 7626682 'A44 ' 655113 7622410 658598 7626138 'A45 ' 655750 7622136 658816 7625783 'A46 ' 655886 7621591 659079 7625366 'A47 ' 656309 7621510 659480 7624910 'TR_L' 0.00 0.00 0.00 0.00 'A48 ' 657054 7620804 659964 7624073 'A49 ' 657389 7620451 660233 7623557 'A50 ' 657416 7619865 660611 7623170 'A51 ' 657994 7619545 661320 7622848 'A52 ' 658582 7619571 661320 7622579 'A53 ' 659794 7618699 662311 7621654 'TR_L' 0.00 0.00 0.00 0.00 'A54 ' 660530 7618015 662938 7621083 'A55 ' 661305 7617769 663459 7620733 'A56 ' 661604 7617691 663927 7620262 'A57 ' 662099 7617355 665312 7620618 'TR_L' 0.00 0.00 0.00 0.00 'A58 ' 663332 7616397 665412 7619269 'A59 ' 663865 7616176 665835 7619038 'A60 ' 664421 7615584 667185 7618334 'A61 ' 664927 7614835 668122 7618559 'A62 ' 665904 7615018 668962 7618182 'A63 ' 666590 7614831 669338 7617866 'A64 ' 667259 7614565 669647 7617573 'A65 ' 668313 7614420 670509 7617839 'A66 ' 669194 7613964 671203 7617227 'TR_L' 0.00 0.00 0.00 0.00 'A67 ' 670836 7612983 673392 7615911 'A68 ' 671273 7612622 674214 7615225 'A69 ' 671319 7611950 674703 7614435 'A70 ' 672191 7611737 675293 7613870 'A71 ' 672602 7611484 675620 7613367 'A72 ' 672981 7611202 676179 7613122 'A73 ' 673248 7610805 676138 7612617 'A74 ' 673516 7610274 676534 7612084 'A75 ' 673809 7609922 676904 7611707 'A76 ' 673982 7609385 677844 7611503 'A77 ' 674239 7608448 677865 7611308 'A78 ' 674536 7608030 678693 7609749 'A79 ' 673944 7606901 681634 7610455

Page 191: As conseqüências do assoreamento na operação de ... · ADELENA GONÇALVES MAIA As conseqüências do assoreamento na operação de reservatórios formados por barragens Tese apresentada

'A80 ' 675118 7606510 679202 7608305 'A81 ' 674980 7605899 679271 7607879 'A82 ' 675300 7605416 679700 7607207 'A83 ' 676413 7604930 679754 7606352 'A84 ' 676793 7604271 680121 7605857 'A85 ' 677070 7603932 680715 7605395 'A86 ' 677121 7603372 680918 7604894 'A87 ' 675242 7601421 681568 7604158 'A88 ' 677743 7601280 681710 7604019 'A89 ' 679244 7600620 681900 7603848 'A90 ' 680247 7600011 682007 7603600 'A91 ' 681803 7599394 682394 7603193 'A92 ' 683025 7599561 683283 7602997 'A93 ' 683974 7599638 683693 7602992 'A94 ' 684833 7599357 684162 7603015 'A95 ' 685893 7599170 684333 7603153 'TR_L' 0.00 0.00 0.00 0.00 'A96 ' 687925 7599637 684348 7603430 'A97 ' 687870 7601233 684374 7603751 'A98 ' 687371 7602823 684760 7603917 'A99 ' 687298 7603224 684961 7604939 'A100' 687442 7603603 685703 7605202 'A101' 687830 7604110 685205 7606816 'A102' 688476 7604509 685283 7607186 'A103' 688590 7604669 687730 7606582 'A104' 689045 7604701 688817 7607000 'A105' 689403 7604569 689444 7607067 'A106' 689739 7604597 690021 7606842 'A107' 690005 7604493 690636 7606438 'A108' 690281 7604257 691980 7605202 'A109' 690512 7603815 691945 7604500 'A110' 690754 7603428 692355 7603939 'A111' 690783 7602995 692548 7602976 'A112' 690968 7602442 692739 7602621 'A113' 690675 7602003 692872 7602051 'A114' 690630 7601505 692864 7601780 'A115' 690732 7600775 692843 7601665 'A116' 690870 7600302 692993 7601314 'A117' 691009 7599757 693262 7600841 'A118' 691323 7599282 693478 7600274 'A119' 691679 7598954 693562 7599761 'A120' 691914 7598328 693700 7599403 'A121' 692164 7597970 693816 7598933 'A122' 692289 7597404 693969 7598476 'A123' 692710 7597179 694037 7598069 'A124' 692954 7596864 694510 7597346 'A125' 693319 7596525 694631 7597119 'A126' 693290 7596026 694845 7596639 'A127' 693286 7595434 694929 7596286 'A128' 693864 7595024 695064 7595811 'A129' 694324 7594753 695336 7595644 'A130' 694401 7594082 695642 7595377 'A131' 694730 7593616 696288 7594855 'A132' 695124 7593229 696467 7594730 'A133' 695457 7592969 696731 7594484 'TR_L' 0.00 0.00 0.00 0.00 'A134' 696632 7592272 697079 7594396 'A135' 697196 7592155 697503 7594128 'A136' 697568 7592197 698006 7593923 'A137' 698004 7592020 698352 7593688 'A138' 698386 7591698 700403 7593174

Page 192: As conseqüências do assoreamento na operação de ... · ADELENA GONÇALVES MAIA As conseqüências do assoreamento na operação de reservatórios formados por barragens Tese apresentada

'A139' 699033 7591630 700459 7592701 'A140' 699124 7591093 700590 7592358 'A141' 699910 7591111 700776 7592221 'A142' 701006 7590624 701419 7591969 'A143' 701850 7590602 701843 7592025 'A144' 702346 7590226 702323 7591663 'A145' 702705 7590239 702840 7591632 'A146' 703359 7590224 703217 7591732 'A147' 703785 7590289 703806 7591447 'A148' 704281 7590357 704246 7591412 'A149' 704833 7590429 704895 7591547 'A150' 705196 7590474 705246 7591743 'A151' 705946 7590887 705851 7591970 'A152' 706442 7591201 706274 7592132 'A153' 706987 7591369 706920 7592501 'A154' 707509 7591677 707272 7592696 'UPST' 707694 7592272 0.00 0.00 'B1 ' 630102 7640096 630887 7639340 'B2 ' 630019 7639084 630576 7638616 'B3 ' 629879 7638267 630286 7637820 'B4 ' 629639 7636767 630240 7636179 'B5 ' 628066 7636027 629150 7635437 'UPST' 627605 7634820 0.00 0.00 'F1 ' 640331 7633595 641224 7633595 'F2 ' 640850 7633225 641409 7633262 'F3 ' 640904 7632600 641520 7632947 'F4 ' 641406 7632013 641734 7632147 'F5 ' 641426 7631334 641831 7631681 'F6 ' 641171 7630707 641621 7630667 'F7 ' 641146 7629974 641463 7629892 'UPST' 641295 7629619 0.00 0.00 'G1 ' 643386 7633595 643937 7633595 'G2 ' 643404 7632874 643829 7632822 'G3 ' 643495 7632371 643769 7632364 'G4 ' 643471 7631611 644038 7631594 'G5 ' 643433 7630904 643597 7630908 'UPST' 643520 7630697 0.00 0.00 'H1 ' 647822 7630495 649188 7629795 'H2 ' 648167 7629835 648854 7629545 'H3 ' 647982 7629381 648623 7629119 'H4 ' 647704 7628965 649130 7628281 'H5 ' 647219 7628535 647788 7628295 'H6 ' 646287 7628465 647413 7627889 'H7 ' 646823 7627728 647263 7627535 'H8 ' 646842 7627275 647189 7627147 'H9 ' 646719 7627007 647228 7626852 'H10 ' 646625 7626635 646951 7626472 'H11 ' 646462 7626122 646805 7625987 'H12 ' 645930 7625682 646763 7625777 'H13 ' 646216 7625374 646799 7625536 'H14 ' 646115 7625009 647024 7625171 'H15 ' 646164 7624603 647427 7623993 'UPST' 646689 7623816 0.00 0.00 'I1 ' 653678 7624194 653789 7623571 'I2 ' 653366 7624105 653496 7623555 'I3 ' 652909 7623736 653053 7623428 'I4 ' 652300 7623805 652661 7623315 'I5 ' 652184 7623267 652331 7623133 'I6 ' 651947 7623121 652018 7622963 'I7 ' 651256 7622790 651413 7622449 'UPST' 651113 7622468 0.00 0.00

Page 193: As conseqüências do assoreamento na operação de ... · ADELENA GONÇALVES MAIA As conseqüências do assoreamento na operação de reservatórios formados por barragens Tese apresentada

'J1 ' 653851 7623492 654372 7623145 'J2 ' 653801 7623009 654064 7622910 'J3 ' 653683 7622794 653929 7622626 'J4 ' 653476 7622360 654045 7622059 'J5 ' 653259 7622027 653457 7621928 'J6 ' 652983 7621808 653260 7621494 'J7 ' 652450 7621296 652686 7621102 'J8 ' 652006 7620421 652067 7620351 'UPST' 651914 7620266 0.00 0.00 'L1 ' 656397 7621150 656819 7620796 'L2 ' 656290 7620673 656452 7620552 'L3 ' 656071 7620085 656151 7620044 'L4 ' 655917 7619496 656008 7619439 'UPST' 655903 7619273 0.00 0.00 'M1 ' 659900 7618358 660340 7617906 'M2 ' 659592 7617843 660010 7617642 'M3 ' 659308 7617598 659956 7617470 'M4 ' 659459 7616806 659866 7616732 'M5 ' 658821 7616248 659551 7615675 'M6 ' 658728 7615829 659165 7615215 'M7 ' 658322 7615630 658785 7615055 'M8 ' 657886 7615634 658446 7614559 'M9 ' 656191 7615209 658296 7614355 'M10 ' 655912 7615018 658320 7613538 'UPST' 656526 7613547 0.00 0.00 'N1 ' 662320 7616872 662960 7616466 'N2 ' 661844 7616211 662777 7616387 'N3 ' 662364 7615674 662657 7615704 'N4 ' 662238 7614982 662854 7614997 'N5 ' 662286 7614740 662780 7614474 'N6 ' 662048 7613891 662508 7613663 'N7 ' 661848 7613579 662469 7613326 'UPST' 662346 7612665 0.00 0.00 'O1 ' 670072 7613252 670535 7612951 'O2 ' 669941 7612551 670434 7612304 'O3 ' 669724 7611998 670128 7611770 'O4 ' 668981 7612179 669911 7611414 'O5 ' 668981 7611694 669112 7611396 'O6 ' 668266 7611152 668718 7610940 'O7 ' 668317 7610644 668667 7610545 'O8 ' 667972 7610201 668654 7610395 'O9 ' 668276 7609890 668691 7609886 'O10 ' 668046 7609573 668843 7609508 'O11 ' 667892 7609261 668137 7608983 'O12 ' 667437 7609101 667565 7608830 'O13 ' 666840 7608262 667080 7608024 'O14 ' 666061 7607657 666222 7607388 'UPST' 665779 7607323 0.00 0.00 'P1 ' 686415 7599361 687911 7599619 'P2 ' 686747 7598728 687701 7598687 'P3 ' 685995 7597650 688118 7597778 'P4 ' 686106 7596678 687128 7596618 'P5 ' 686098 7595631 687049 7595577 'P6 ' 686586 7594645 688222 7594477 'P7 ' 686536 7593711 687596 7593722 'P8 ' 686336 7593576 687169 7592796 'P9 ' 685617 7592862 686945 7592479 'P10 ' 685996 7591829 686969 7592340 'P11 ' 686901 7591624 687319 7592025 'P12 ' 687204 7591388 687999 7591611 'P13 ' 687186 7591375 687502 7590595

Page 194: As conseqüências do assoreamento na operação de ... · ADELENA GONÇALVES MAIA As conseqüências do assoreamento na operação de reservatórios formados por barragens Tese apresentada

'P14 ' 686337 7589627 686883 7589636 'P15 ' 686836 7588419 687545 7588768 'UPST' 687161 7587437 0.00 0.00 'Q1 ' 695527 7592587 696442 7592247 'Q2 ' 695563 7592408 695989 7591861 'Q3 ' 695363 7592210 695671 7591196 'Q4 ' 694819 7592056 695064 7591602 'Q5 ' 694246 7591454 694507 7591104

'UPST' 694039 7591082 0.00 0.00

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'AA4 ' 652606 7633793 652227 7635567 'AA5 ' 653162 7634039 652410 7635656 'AA6 ' 653485 7634172 652900 7635767 'AA7 ' 653964 7634440 653813 7635008 'AA8 ' 654429 7634711 654134 7635460 'AA9 ' 654836 7635130 654582 7635656 'AA10' 655157 7635398 654926 7636129 'AA11' 655385 7635511 655236 7636099 'AA12' 655708 7635552 655553 7636185 'AA13' 656131 7636223 655716 7636438 'AA14' 656313 7636381 655452 7637029 'AA15' 656442 7636481 656267 7637039 'AA16' 656918 7636838 656513 7637236 'AA17' 657195 7637110 656780 7637564 'AA18' 658163 7636798 657318 7637904 'AA19' 658983 7637384 657361 7638194 'AA20' 659055 7637780 657333 7638503 'AA21' 659108 7637947 657457 7638851 'AA22' 659222 7638149 658216 7639096 'AA23' 659383 7638369 658940 7639190 'AA24' 659316 7639354 659112 7639471 'AA25' 659508 7640004 659332 7640060 'AA26' 659652 7640265 659319 7640387 'UPST' 659565 7640480 0.00 0.00 'AB1 ' 658100 7627267 656915 7629276 'AB2 ' 658925 7627738 657465 7629377 'AB3 ' 660096 7628059 658660 7629020 'AB4 ' 659535 7628838 658898 7630280 'AB5 ' 660135 7628949 659823 7630381 'AB6 ' 660731 7629204 660559 7629723 'AB7 ' 661251 7629170 660882 7630026 'AB8 ' 664177 7628902 661296 7630000 'AB9 ' 662065 7630103 661587 7630424 'AB10' 662420 7630548 661113 7631394 'AB11' 663042 7630924 662171 7631368 'AB12' 662792 7631616 662250 7631794 'AB13' 663151 7632080 662799 7632288 'AB14' 664242 7632665 662874 7632410 'AB15' 663467 7633297 662684 7633213 'AB16' 663620 7633752 663077 7634048 'AB17' 664331 7634082 663712 7634974 'UPST' 664772 7635140 0.00 0.00 'AC1 ' 662090 7621577 661456 7622255 'AC2 ' 662393 7622210 662154 7622474 'AC3 ' 663084 7622814 662825 7622979 'AC4 ' 663527 7623395 663009 7623729 'AC5 ' 663707 7623559 663585 7623684 'UPST' 663807 7623730 0.00 0.00 'AD1 ' 667069 7618386 666053 7618869 'AD2 ' 667299 7618819 666881 7619369 'AD3 ' 667791 7619267 667268 7620641 'AD4 ' 668578 7619265 668164 7619896 'AD5 ' 668756 7619843 668356 7620084 'AD6 ' 669182 7620229 668241 7620764 'AD7 ' 669401 7620626 668945 7620795 'AD8 ' 669571 7620719 667901 7621955 'AD9 ' 669747 7621147 669464 7621566 'AD10' 670120 7621440 669696 7621563 'AD11' 670102 7621747 669829 7621966 'AD12' 670301 7622000 669688 7622642 'AD13' 670607 7622243 670627 7622455

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'AD14' 671137 7622578 670737 7622747 'AD15' 671306 7623037 670741 7623452 'AD16' 671604 7623735 671010 7623780 'AD17' 671609 7623729 671259 7624088 'UPST' 671705 7624239 0.00 0.00 'AE1 ' 672657 7616681 671993 7617216 'AE2 ' 672996 7616958 672823 7617230 'AE3 ' 673259 7617193 673078 7617437 'AE4 ' 673619 7617398 673548 7617737 'AE5 ' 673951 7617309 673842 7617806 'AE6 ' 674229 7617353 674236 7617761 'AE7 ' 674817 7617392 674713 7618348 'AE8 ' 675384 7617135 675451 7617620 'AE9 ' 676087 7616617 676013 7618065 'UPST' 676595 7616831 0.00 0.00 'AF1 ' 678626 7609952 677967 7610997 'AF2 ' 679441 7610595 679167 7611009 'AF3 ' 679873 7610883 679658 7611481 'AF4 ' 680749 7611391 679756 7612776 'AF5 ' 681173 7611620 681051 7612237 'AF6 ' 682119 7612187 681896 7612573 'AF7 ' 683071 7612925 682332 7613268 'AF8 ' 682793 7614097 682374 7614150 'AF9 ' 682999 7614507 682500 7615111 'AF10' 683762 7615222 683384 7615688 'AF11' 683965 7616142 683647 7616338 'AF12' 685445 7617348 684993 7617778 'AF13' 686489 7618108 686034 7618167 'AF14' 686310 7619409 685886 7619465 'AF15' 687319 7620023 686690 7620633 'AF16' 687459 7620476 687325 7620552 'UPST' 687475 7620722 0.00 0.00 'AG1 ' 688580 7607330 688355 7607021 'AG2 ' 688471 7607942 688337 7607948 'AG3 ' 688796 7608274 688103 7608587 'AG4 ' 689719 7609289 689606 7609381 'UPST' 689817 7609513 0.00 0.00 'AH1 ' 691992 7605409 691313 7606072 'AH2 ' 692132 7606067 691604 7606384 'AH3 ' 692382 7606512 691872 7606927 'AH4 ' 692753 7607031 692418 7607378 'AH5 ' 693152 7607006 693230 7607506 'AH6 ' 693539 7607081 693562 7607397 'UPST' 693776 7607135 0.00 0.00 'AI1 ' 694548 7597608 694227 7597984 'AI2 ' 694895 7597660 694966 7598043 'AI3 ' 695243 7598048 695175 7598147 'UPST' 695304 7598177 0.00 0.00 'AJ1 ' 700392 7593387 698514 7593710 'AJ2 ' 700804 7593606 699058 7594283 'AJ3 ' 700761 7594201 700131 7594567 'AJ4 ' 701411 7594855 700840 7594706 'AJ5 ' 700609 7595307 700219 7595311 'AJ6 ' 700968 7595550 700479 7596084 'AJ7 ' 701106 7595643 701258 7596328 'AJ8 ' 701615 7595548 701504 7596293 'AJ9 ' 702741 7595879 702401 7596351 'AJ10' 703464 7597208 703152 7597576 'AJ11' 704432 7597245 704382 7597487 'AJ12' 705571 7597687 704947 7598459 'UPST' 705668 7598572 0.00 0.00

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APÊNDICE B

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Arquivo “.map”

Map file for Victoria Reservoir * Number of tribs 0 Number of sections (incl DAM), not counting UPSTREAM which here * are UPST 159 Section Left hand point RH point name East North East North (4 letters) (m) (m) (m) (m) * 'DAM ' 625434 7641767 626314 7645140 'A1 ' 625850 7641700 626829 7645350 'A2 ' 626028 7641104 627882 7646467 'A3 ' 627090 7641236 628138 7645377 'A4 ' 628082 7640420 629237 7645869 'A5 ' 628876 7640779 630807 7646364 'A6 ' 629305 7640328 630883 7645278 'A7 ' 630006 7640593 631364 7645202 'A8 ' 631247 7639187 634109 7644068 'A9 ' 631760 7638077 635281 7643053 'A10 ' 632658 7637397 636333 7642526 'A11 ' 633398 7636631 636720 7641907 'A12 ' 635277 7635632 637609 7641425 'A13 ' 636399 7635151 638748 7640208 'A14 ' 637339 7634834 639315 7639986 'A15 ' 637355 7632327 639865 7639821 'A16 ' 639465 7634557 640829 7639535 'A17 ' 640193 7633703 641704 7639029 'A18 ' 641659 7633610 643150 7638503 'A19 ' 642150 7633397 643656 7638550 'A20 ' 642671 7633558 644138 7638387 'A21 ' 643188 7633460 644591 7638088 'A22 ' 644205 7633104 645068 7637972 'A23 ' 644876 7632403 647222 7637660 'A24 ' 645469 7632398 647684 7637481 'A25 ' 645891 7632127 647929 7637086 'A26 ' 646294 7631821 648535 7636744 'A27 ' 646693 7631414 649364 7636600 'A28 ' 647017 7631250 649404 7635092 'A29 ' 647559 7630936 649720 7634572 'A30 ' 649540 7629341 652127 7633261 'A31 ' 649914 7628949 652359 7632969 'A32 ' 650197 7628404 652663 7632865 'A33 ' 650729 7628148 652736 7631501 'A34 ' 651151 7627609 653187 7631084 'A35 ' 651714 7627636 653543 7630702 'A36 ' 652185 7627417 653953 7630152 'A37 ' 652392 7626714 654312 7629944 'A38 ' 652704 7626480 654816 7629623 'A39 ' 653038 7626159 655682 7630088 'A40 ' 653413 7625815 656160 7629558

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'A41 ' 653335 7625022 656514 7629411 'A42 ' 654518 7623096 658117 7627118 'A43 ' 654810 7622883 658337 7626682 'A44 ' 655113 7622410 658598 7626138 'A45 ' 655750 7622136 658816 7625783 'A46 ' 655886 7621591 659079 7625366 'A47 ' 656309 7621510 659480 7624910 'A48 ' 657054 7620804 659964 7624073 'A49 ' 657389 7620451 660233 7623557 'A50 ' 657416 7619865 660611 7623170 'A51 ' 657994 7619545 661320 7622848 'A52 ' 658582 7619571 661320 7622579 'A53 ' 659794 7618699 662311 7621654 'A54 ' 660530 7618015 662938 7621083 'A55 ' 661305 7617769 663459 7620733 'A56 ' 661604 7617691 663927 7620262 'A57 ' 662099 7617355 665312 7620618 'A58 ' 663332 7616397 665412 7619269 'A59 ' 663865 7616176 665835 7619038 'A60 ' 664421 7615584 667185 7618334 'A61 ' 664927 7614835 668122 7618559 'A62 ' 665904 7615018 668962 7618182 'A63 ' 666590 7614831 669338 7617866 'A64 ' 667259 7614565 669647 7617573 'A65 ' 668313 7614420 670509 7617839 'A66 ' 669194 7613964 671203 7617227 'A67 ' 670836 7612983 673392 7615911 'A68 ' 671273 7612622 674214 7615225 'A69 ' 671319 7611950 674703 7614435 'A70 ' 672191 7611737 675293 7613870 'A71 ' 672602 7611484 675620 7613367 'A72 ' 672981 7611202 676179 7613122 'A73 ' 673248 7610805 676138 7612617 'A74 ' 673516 7610274 676534 7612084 'A75 ' 673809 7609922 676904 7611707 'A76 ' 673982 7609385 677844 7611503 'A77 ' 674239 7608448 677865 7611308 'A78 ' 674536 7608030 678693 7609749 'A79 ' 673944 7606901 681634 7610455 'A80 ' 675118 7606510 679202 7608305 'A81 ' 674980 7605899 679271 7607879 'A82 ' 675300 7605416 679700 7607207 'A83 ' 676413 7604930 679754 7606352 'A84 ' 676793 7604271 680121 7605857 'A85 ' 677070 7603932 680715 7605395 'A86 ' 677121 7603372 680918 7604894 'A87 ' 675242 7601421 681568 7604158 'A88 ' 677743 7601280 681710 7604019 'A89 ' 679244 7600620 681900 7603848 'A90 ' 680247 7600011 682007 7603600 'A91 ' 681803 7599394 682394 7603193 'A92 ' 683025 7599561 683283 7602997 'A93 ' 683974 7599638 683693 7602992 'A94 ' 684833 7599357 684162 7603015 'A95 ' 685893 7599170 684333 7603153 'A96 ' 687925 7599637 684348 7603430 'A97 ' 687870 7601233 684374 7603751 'A98 ' 687371 7602823 684760 7603917 'A99 ' 687298 7603224 684961 7604939 'A100' 687442 7603603 685703 7605202 'A101' 687830 7604110 685205 7606816

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'A102' 688476 7604509 685283 7607186 'A103' 688590 7604669 687730 7606582 'A104' 689045 7604701 688817 7607000 'A105' 689403 7604569 689444 7607067 'A106' 689739 7604597 690021 7606842 'A107' 690005 7604493 690636 7606438 'A108' 690281 7604257 691980 7605202 'A109' 690512 7603815 691945 7604500 'A110' 690754 7603428 692355 7603939 'A111' 690783 7602995 692548 7602976 'A112' 690968 7602442 692739 7602621 'A113' 690675 7602003 692872 7602051 'A114' 690630 7601505 692864 7601780 'A115' 690732 7600775 692843 7601665 'A116' 690870 7600302 692993 7601314 'A117' 691009 7599757 693262 7600841 'A118' 691323 7599282 693478 7600274 'A119' 691679 7598954 693562 7599761 'A120' 691914 7598328 693700 7599403 'A121' 692164 7597970 693816 7598933 'A122' 692289 7597404 693969 7598476 'A123' 692710 7597179 694037 7598069 'A124' 692954 7596864 694510 7597346 'A125' 693319 7596525 694631 7597119 'A126' 693290 7596026 694845 7596639 'A127' 693286 7595434 694929 7596286 'A128' 693864 7595024 695064 7595811 'A129' 694324 7594753 695336 7595644 'A130' 694401 7594082 695642 7595377 'A131' 694730 7593616 696288 7594855 'A132' 695124 7593229 696467 7594730 'A133' 695457 7592969 696731 7594484 'A134' 696632 7592272 697079 7594396 'A135' 697196 7592155 697503 7594128 'A136' 697568 7592197 698006 7593923 'A137' 698004 7592020 698352 7593688 'A138' 698386 7591698 700403 7593174 'A139' 699033 7591630 700459 7592701 'A140' 699124 7591093 700590 7592358 'A141' 699910 7591111 700776 7592221 'A142' 701006 7590624 701419 7591969 'A143' 701850 7590602 701843 7592025 'A144' 702346 7590226 702323 7591663 'A145' 702705 7590239 702840 7591632 'A146' 703359 7590224 703217 7591732 'A147' 703785 7590289 703806 7591447 'A148' 704281 7590357 704246 7591412 'A149' 704833 7590429 704895 7591547 'A150' 705196 7590474 705246 7591743 'A151' 705946 7590887 705851 7591970 'A152' 706442 7591201 706274 7592132 'A153' 706987 7591369 706920 7592501 'A154' 707509 7591677 707272 7592696 'UPST' 707694 7592272 0.00 0.00

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Arquivo “.org”

SECTION DAM CONTOUR DAM-A1 1495387 1312928 1082883 954056 830397 744745 172202 SECTION A1 -1623 385 -1324 380 -963 375 -772 370 -610 365 -376 360 672 355 1236 360 1293 365 1390 370 1555 375 1709 380 1833 385 CONTOUR A1-A2 2076794 1790512 1437388 1142847 964210 830208 258613 SECTION A2 -2399 385 -1663 380 -1282 375 -1233 370 -1168 370 -843 373 -654 370 -448 365 -361 360 81 355 382 353 673 355 1179 360 1384 365 1638 370 1886 375 2163 375 2376 380 2427 380 2756 377 3007 380 3180 380 3280 385 CONTOUR A2-A3 3373628 2984539 2429470 1975326 1457708 1235033 392947 SECTION A3 -2057 385 -1477 380 -1035 375 -789 370 -627 365 -569 360 -61 355 124 353 481 355 1301 360 1462 365 1629 370 1788 375 1972 380 2091 385 CONTOUR A3-A4 4733128 4107633 3234264 2602368 2030802 1787502 744850 SECTION A4 -3432 385 -3281 384 -3160 380 -3104 380 -2913 382 -2795 380 -2682 375 -2590 372 -2500 375 -2365 376 -2272 375 -2131 370 -1723 365 -1552 365 -1199 361 -1032 360 141 355 400 353 632 355 680 360 807 360 1020 365 1198 370 1386 372 1533 370 1646 375 1732 380 1871 385 CONTOUR A4-A5 4198925 3732204 3276525 2817974 2440675 2159913 382497 SECTION A5 -3540 385 -3387 380 -3283 375 -3206 370 -3071 365 -2959 365 -2894 364 -2807 365 -2635 360 -52 355 285 353 384 355 390 360 486 365 693 370 823 375 1044 377 1304 375 1415 374 1747 375 2096 380 2256 385 CONTOUR A5-A6 3230957 3019952 2832376 2594633 2375170 2196646 979451 SECTION A6 -1941 385 -1859 380 -1820 375 -1731 377 -1670 375 -1436 370 -1142 365 -1021 360 -559 355 -87 355 309 353 1964 355 2433 359 2756 360 2828 365 2889 370 2949 375 3058 380 3151 385 CONTOUR A6-A7 2615580 2438859 2312343 2228481 2129047 2066182 494689 SECTION A7 -1190 385 -1146 380 -1048 375 -998 370

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-892 365 -845 360 -315 355 0 353 376 355 3088 360 3163 365 3244 370 3333 375 3490 380 3615 385 CONTOUR A7-A8 13377034 12873316 12412387 11906887 11193032 10011861 1535579 SECTION A8 -1411 385 -1317 380 -1192 375 -1112 370 -1068 365 -1045 360 -915 355 2969 360 3265 365 3477 370 3677 375 3817 380 4044 385 CONTOUR A8-A9 7433792 6988977 6576201 6151922 5776130 5445773 319754 SECTION A9 -2104 385 -1981 380 -1744 375 -1459 370 -1410 365 -1363 360 315 355 3076 360 3113 365 3313 370 3499 375 3643 380 3857 385 CONTOUR A9-A10 6479364 6047447 5740604 5423824 5189947 3798349 341838 SECTION A10 -3766 385 -3559 387 -3397 385 -3136 380 -3032 375 -2910 370 -2839 365 -1036 360 -160 355 1159 360 1749 365 1856 370 1960 375 2018 380 2168 383 2334 380 2514 376 2685 380 2913 385 CONTOUR A10-A11 5052417 4773325 4547480 4272413 4066415 1234697 244400 SECTION A11 -3397 385 -3288 380 -3181 375 -3079 370 -2984 365 -2673 360 -1536 360 -486 357 -72 360 1742 365 1819 370 1890 375 1986 380 2161 385 CONTOUR A11-A12 9646610 9321519 9004201 8595919 8222311 2958760 SECTION A12 -1553 385 -1515 380 -1407 375 -1297 370 -1221 365 -1005 360 -190 356 612 360 930 359 1056 360 3867 365 4043 370 4170 375 4228 380 4273 385 CONTOUR A12-A13 8148655 7734038 7195298 6693938 6112754 3488183 120903 SECTION A13 -3859 385 -3765 380 -3698 375 -3605 370 -3514 365 -2968 360 -145 355 60 360 806 365 944 370 1242 375 1334 380 1585 385 CONTOUR A13-A14 4279110 4114864 3894377 3626289 3453012 2501027 178152 SECTION A14 -3981 385 -3888 380 -3590 375 -3556 370 -3499 365 -3078 360 -254 355 53 360 317 365 436 370 542 375 682 376 798 375 874 374 929 375 1130 380 1260 385 CONTOUR A14-A15 3867476 3464040 2923978 2707486 2546779 2231462 194360 SECTION A15 -4527 385 -4414 380 -4293 375 -4191 370 -4099 369 -3999 370 -3854 375 -3814 376 -3772 375 -3694 370 -3525 365 -3131 360 -231 355 13 360 26 365 124 370

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418 375 569 380 1101 385 CONTOUR A15-A16 6080726 5346676 4764882 4324832 4101418 3233497 799750 SECTION A16 -3873 385 -3784 380 -3609 375 -3520 370 -3438 365 -3199 360 -1251 360 -1164 355 -1026 355 -634 360 -165 355 57 360 91 365 167 370 571 375 644 380 796 385 CONTOUR A16-A17 4506431 4225988 3993550 3783889 3583268 2481595 1071393 SECTION A17 -4439 385 -4237 380 -4145 375 -4016 370 -3952 365 -3429 360 -2210 360 -2100 355 -776 355 -347 360 -84 355 36 360 45 365 93 370 117 375 252 380 356 385 CONTOUR A17-A18 7294283 6973246 6558618 6251045 5902132 3220057 1198349 SECTION A18 -4188 385 -4045 380 -3921 375 -3769 370 -3524 365 -3373 360 -1873 360 -1719 355 -1617 354 -1405 355 -986 360 -172 355 220 360 243 365 322 370 432 375 541 380 646 385 CONTOUR A18-A19 2479979 2315102 2195020 2066765 1892786 1304126 138067 SECTION A19 -4042 385 -3728 380 -3599 375 -3485 370 -3249 365 -3173 360 -1910 360 -1436 355 -814 360 -214 355 355 360 470 365 571 370 725 375 851 380 936 385 CONTOUR A19-A20 2310985 2171128 2025339 1879593 1725130 1119721 121403 SECTION A20 -3516 385 -3438 380 -3189 375 -3099 370 -2939 365 -2859 360 -1588 360 -1109 356 -676 360 -185 355 565 360 617 365 679 370 852 375 1010 380 1143 385 CONTOUR A20-A21 2386363 2258707 2123383 2006910 1870767 1357140 85447 SECTION A21 -3197 385 -3097 380 -2975 375 -2918 370 -2734 365 -2574 360 -1369 360 -978 357 -569 360 -81 356 796 360 875 365 986 370 1112 375 1247 380 1376 385 CONTOUR A21-A22 3723275 3628995 3468584 3311291 3130941 2570576 SECTION A22 -2947 385 -2885 380 -2802 375 -2771 370 -2717 365 -2617 360 -950 360 -761 358 -579 360 -243 356 1197 360 1304 365 1343 370 1464 375 1658 380 1771 385 CONTOUR A22-A23 7545981 7419033 7221356 7061607 6827365 6066968 SECTION A23 -3557 385 -3380 380 -3226 375 -3133 370 -2946 365 -2904 360 -783 360 -752 359 -710 360 -141 356 1173 360 1402 365 1529 370 1684 375 1809 380 1933 385 CONTOUR A23-A24

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2708901 2570584 2459722 2323810 2168209 1994918 SECTION A24 -3196 385 -3142 380 -2995 375 -2919 370 -2716 365 -2615 360 -511 358 -158 357 1059 360 1207 365 1452 370 1628 375 1815 380 1961 385 CONTOUR A24-A25 2341548 2208270 2062005 1932611 1729911 1650952 SECTION A25 -2998 385 -2884 380 -2833 375 -2776 370 -2508 365 -2448 360 -142 357 1255 360 1349 365 1466 370 1709 375 1876 380 2034 385 CONTOUR A25-A26 3047172 2861910 2672529 2403027 2145755 2052951 SECTION A26 -2693 385 -2632 380 -2513 375 -2436 370 -2286 365 -2228 360 -153 357 1126 360 1198 365 1311 370 1520 371 1715 370 1770 370 2110 375 2307 380 2513 385 CONTOUR A26-A27 3590470 3255435 2851320 2345960 2184200 2081808 SECTION A27 -2440 385 -2282 380 -2204 375 -2145 370 -2019 365 -1861 360 -262 357 1267 360 1341 365 1426 370 1617 375 2341 380 2898 385 3389 385 CONTOUR A27-A28 2774857 2281240 2013140 1866953 1734310 1610769 SECTION A28 -2110 385 -2031 380 -1943 375 -1849 370 -1643 365 -1577 360 -228 357 1456 360 1536 365 1701 370 1845 375 1992 380 2239 385 CONTOUR A28-A29 2539891 2361608 2203315 2032872 1880049 1790653 SECTION A29 -1801 385 -1735 380 -1641 375 -1484 370 -1410 365 -1341 360 -280 357 1649 360 1742 365 1868 370 1996 375 2094 380 2202 385 CONTOUR A29-A30 11606858 11084863 10489520 9611992 8586685 6192791 SECTION A30 -1657 385 -1587 380 -1423 375 -1353 370 -1316 365 -1295 360 -175 357 406 360 1025 365 1772 370 1865 375 1954 380 2042 385 2193 387 2328 385 2428 380 2521 375 2603 374 2661 375 2698 380 2753 385 CONTOUR A30-A31 1830302 1706660 1572112 1448685 1154021 591247 SECTION A31 -1354 385 -1265 380 -1177 375 -1145 370 -1105 365 -763 360 -290 357 96 360 1584 365 1903 365 2115 370 2206 375 2345 380 2449 385 2597 388 2730 385 2835 380 2943 377 3030 380 3093 385 CONTOUR A31-A32 1846164 1689423 1477180 1414324 1337046 435447 SECTION A32

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-1247 385 -1160 380 -1110 375 -867 370 -771 365 -499 360 -183 357 408 360 2204 365 2260 370 2317 375 2408 375 2637 380 2728 385 2950 389 3130 385 3295 380 3347 379 3390 380 3467 385 CONTOUR A32-A33 2688557 2417267 2240752 2094002 1958399 618047 SECTION A33 -1065 385 -958 380 -827 375 -741 370 -666 365 -454 360 -194 357 520 360 2411 365 2513 370 2577 375 2663 380 2731 385 CONTOUR A33-A34 2347933 2239851 2101224 1942415 1830610 559237 SECTION A34 -1139 385 -1084 380 -970 375 -587 370 -480 365 -200 360 -44 357 563 360 2384 365 2444 370 2514 375 2599 380 2709 385 CONTOUR A34-A35 1714129 1637781 1547591 1443040 1380344 319952 SECTION A35 -616 385 -587 380 -552 375 -501 370 -444 365 -128 360 0 357 490 360 744 360 2387 365 2461 370 2520 375 2624 380 2694 385 CONTOUR A35-A36 1930833 1876258 1808262 1747264 1655237 543884 SECTION A36 -536 385 -520 380 -497 375 -463 370 -421 365 -144 360 0 357 797 360 2512 365 2574 370 2624 375 2685 380 2711 385 CONTOUR A36-A37 1669482 1622752 1576161 1524467 1477778 487924 SECTION A37 -980 385 -919 380 -852 375 -598 370 -561 365 -293 360 -112 357 794 360 1205 359 1639 360 2555 365 2630 370 2683 375 2725 380 2778 385 CONTOUR A37-A38 1774332 1722769 1670128 1608879 1545574 777704 SECTION A38 -709 385 -667 380 -635 375 -575 370 -384 365 -215 360 -50 357 1846 360 2787 365 2862 370 2938 375 3007 380 3078 385 CONTOUR A38-A39 1797219 1687004 1609977 1547929 1484413 1098976 SECTION A39 -501 385 -460 380 -415 375 -337 370 -310 365 -193 360 0 357 961 360 2416 360 3053 365 3152 370 3214 375 3296 380 3555 380 3644 375 3712 373 3780 375 3880 380 4013 385 CONTOUR A39-A40 2779416 2664964 2505880 2313237 2042790 1138592 SECTION A40 -384 385 -363 380 -346 375 -320 370 -291 365 -238 360 -68 357 964 360 1665 362 2734 360 3514 365 3905 370

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4008 375 4135 380 4217 385 CONTOUR A40-A41 1922678 1843887 1761359 1681269 1531137 495386 SECTION A41 -856 385 -793 380 -761 375 -718 370 -625 368 -540 370 -436 373 -358 370 -289 365 -266 360 -94 357 1047 360 2535 365 2837 365 3404 363 4009 365 4112 370 4232 375 4378 380 4464 385 CONTOUR A41-A42 13376517 12713735 12096880 11359839 7065173 3352265 SECTION A42 -670 385 -593 380 -528 375 -494 370 -396 365 -298 360 -92 357 1400 360 2218 365 4090 370 4230 375 4541 380 4726 385 CONTOUR A42-A43 2109325 1994331 1878047 1808523 973839 646779 SECTION A43 -579 385 -535 380 -499 375 -438 370 -401 365 -303 360 -117 357 1299 360 2003 365 3988 370 4113 375 4244 380 4424 385 CONTOUR A43-A44 2674294 2574557 2478103 2364905 1334442 869225 SECTION A44 -597 385 -571 380 -547 375 -412 370 -341 365 -249 360 -77 357 1331 360 2257 365 3811 370 3969 375 4094 380 4275 385 CONTOUR A44-A45 2445071 2360990 2291967 2185503 1335460 929479 SECTION A45 -292 385 -280 380 -268 375 -256 370 -242 365 -238 360 -100 357 1334 360 1898 365 3357 370 3951 375 4034 380 4218 385 CONTOUR A45-A46 2111650 2003058 1936840 1645928 1040172 771415 SECTION A46 -614 385 -491 380 -423 375 -381 370 -342 365 -331 360 -171 357 1422 360 2125 365 3121 370 3712 375 3890 380 4082 385 CONTOUR A46-A47 2149930 2069457 1862873 1604991 1150351 694465 SECTION A47 -385 385 -371 380 -352 375 -343 370 -339 365 -331 360 -173 357 699 360 1614 360 2432 365 3185 370 3494 375 3789 380 4067 385 CONTOUR A47-A48 4343783 4092621 3866450 3628100 2781643 794477 SECTION A48 -506 385 -478 380 -448 375 -413 370 -345 365 -289 360 -92 357 201 360 2419 365 2913 370 3066 375 3359 380 3654 385 CONTOUR A48-A49 2188792 1964741 1764563 1618875 1404159 221782 SECTION A49

Page 207: As conseqüências do assoreamento na operação de ... · ADELENA GONÇALVES MAIA As conseqüências do assoreamento na operação de reservatórios formados por barragens Tese apresentada

-637 385 -602 380 -562 375 -445 370 -291 365 -208 360 -68 358 196 360 2530 365 2699 370 2831 375 3222 380 3424 385 CONTOUR A49-A50 1990030 1860248 1654442 1551060 1365161 164102 SECTION A50 -1141 385 -1062 380 -862 375 -804 370 -233 365 -206 360 -65 358 143 360 2498 365 2563 370 2777 375 3139 380 3267 385 CONTOUR A50-A51 2305054 2182444 2050856 1789870 1607147 272148 SECTION A51 -1115 385 -1071 380 -713 375 -610 370 -323 365 -307 360 -156 358 56 360 2300 365 2319 370 2776 375 2882 380 3154 385 CONTOUR A51-A52 1532987 1423135 1322139 1162939 1010300 153886 SECTION A52 -813 385 -768 380 -749 375 -681 370 -323 365 -308 360 -153 358 64 360 2307 365 2337 370 2459 375 2692 380 2932 385 CONTOUR A52-A53 5482905 5026802 4547323 4254369 3972730 738930 SECTION A53 -1055 385 -942 380 -825 375 -749 370 -659 365 -269 360 -84 358 271 360 2072 365 2078 370 2223 375 2281 380 2502 385 CONTOUR A53-A54 3468754 3235028 3002789 2702317 2566801 414591 SECTION A54 -1115 385 -870 380 -680 375 -500 370 -465 365 -317 360 -117 358 70 360 2034 365 2195 370 2309 375 2356 380 2426 385 CONTOUR A54-A55 2521987 2277832 2057765 1842163 1593738 294842 SECTION A55 -762 385 -643 380 -461 375 -343 370 -310 365 -294 360 -168 358 71 360 1754 365 2195 370 2327 375 2401 380 2494 385 CONTOUR A55-A56 1503844 1404865 1307985 1165096 910397 134354 SECTION A56 -619 385 -499 380 -408 375 -326 370 -293 365 -272 360 -138 358 123 360 1865 365 2080 365 2250 370 2443 375 2594 380 2654 385 CONTOUR A56-A57 2402965 2202446 2003369 1859189 1587997 231620 SECTION A57 -495 385 -398 380 -328 375 -282 370 -275 365 -259 360 -140 358 65 360 1798 365 2619 370 2905 375 3095 375 3214 374 3353 375 3532 380 3645 385 CONTOUR A57-A58

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4551919 4265010 3722592 3474793 2960848 655924 SECTION A58 -745 385 -622 380 -244 375 -209 370 -198 365 -192 360 -54 358 381 360 2242 365 2405 370 2491 375 2550 380 2636 385 CONTOUR A58-A59 1676360 1576023 1324061 1287210 1214963 265427 SECTION A59 -804 385 -700 380 -233 375 -219 370 -206 365 -171 360 0 358 330 360 2239 365 2330 370 2375 375 2421 380 2458 385 CONTOUR A59-A60 4202748 4025375 3501954 3331043 3127223 1067273 SECTION A60 -2124 385 -1809 380 -1332 375 -1171 370 -1010 365 -693 360 174 358 629 360 1529 365 1556 370 1610 375 1687 380 1736 385 CONTOUR A60-A61 3040109 2476454 2010968 1832036 1674815 1097740 SECTION A61 -3568 385 -2679 380 -2123 375 -2053 370 -1877 365 -1376 360 158 358 585 360 632 365 657 370 1070 375 1170 380 1267 385 CONTOUR A61-A62 3105403 2564716 2223751 2074493 1832972 978285 SECTION A62 -3764 385 -3424 380 -3076 375 -2917 370 -2415 365 -593 360 -78 358 65 360 67 365 68 370 77 375 90 380 106 385 CONTOUR A62-A63 2194827 2000407 1841306 1673152 1410160 388064 SECTION A63 -3563 385 -3330 380 -3103 375 -2757 370 -2466 365 -634 360 70 358 192 360 195 365 198 370 229 375 245 380 285 385 CONTOUR A63-A64 2089652 1937233 1770505 1586281 1314278 386211 SECTION A64 -3329 385 -3144 380 -2843 375 -2589 370 -2113 365 -479 360 248 358 316 360 318 365 319 370 328 375 356 380 380 385 CONTOUR A64-A65 2941085 2692432 2395415 2202089 1844688 385018 SECTION A65 -2830 385 -2693 380 -2556 375 -2406 370 -2037 365 201 360 493 358 599 360 608 365 619 370 738 375 789 376 847 375 932 374 999 375 1034 380 1067 385 CONTOUR A65-A66 3550669 3356877 3176268 2970346 2244573 250086 SECTION A66 -2767 385 -2666 380 -2585 375 -2492 370 -683 365 -478 365 515 360 647 358

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739 360 755 365 777 370 958 375 1047 380 1064 385 CONTOUR A66-A67 8897980 8419309 8078229 6063934 3737823 1053104 SECTION A67 -3147 385 -3101 380 -3030 375 -998 370 -903 365 -317 360 0 358 194 360 215 365 236 370 391 375 441 380 521 385 CONTOUR A67-A68 2974172 2836263 2752770 1162398 847284 479953 SECTION A68 -2681 385 -2577 380 -2553 375 -962 370 -637 365 -313 360 0 358 195 360 242 365 292 370 911 375 1025 380 1150 385 CONTOUR A68-A69 2723705 2606803 2437658 885979 628168 372200 SECTION A69 -2748 385 -2630 380 -2056 375 -964 370 -579 365 -358 360 -85 358 59 360 93 365 169 370 1218 375 1241 380 1298 385 CONTOUR A69-A70 2690359 2581275 2480853 888254 553315 284890 SECTION A70 -1774 385 -1716 380 -1586 375 -784 370 -509 365 -269 360 -83 358 122 360 497 365 766 370 1789 375 1805 380 1825 385 CONTOUR A70-A71 1858509 1792748 1714309 837876 446779 207985 SECTION A71 -1298 385 -1212 380 -1158 375 -615 370 -390 365 -302 360 -87 358 153 360 630 365 894 370 2040 375 2133 380 2229 385 CONTOUR A71-A72 1715869 1607104 1491222 732628 527902 213832 SECTION A72 -895 385 -856 380 -824 375 -645 370 -435 365 -349 360 -171 358 144 360 845 365 1173 370 2349 375 2566 380 2715 385 CONTOUR A72-A73 1511596 1429806 1356073 940178 605832 229672 SECTION A73 -667 385 -645 380 -613 375 -576 370 -392 365 -297 360 -125 358 130 360 991 365 1637 370 2380 375 2494 380 2619 385 CONTOUR A73-A74 2175919 2035604 1920402 1507123 745146 218888 SECTION A74 -557 385 -528 380 -493 375 -462 370 -343 365 -235 360 -103 358 54 360 792 365 1964 370 2656 375 2730 380 2839 385 CONTOUR A74-A75 1613768 1560259 1451500 1103096 534527 142786 SECTION A75

Page 210: As conseqüências do assoreamento na operação de ... · ADELENA GONÇALVES MAIA As conseqüências do assoreamento na operação de reservatórios formados por barragens Tese apresentada

-431 385 -421 380 -413 375 -391 370 -327 365 -216 360 -77 358 124 360 799 365 1878 370 2588 375 2776 380 2878 385 CONTOUR A75-A76 2085111 1920106 1838242 1313012 574345 175353 SECTION A76 -478 385 -457 380 -447 375 -387 370 -339 365 -222 360 -88 358 52 360 585 365 1615 370 2917 375 3041 380 3273 385 CONTOUR A76-A77 2468412 2362034 2238131 1615094 651490 260582 SECTION A77 -612 385 -590 380 -532 375 -498 370 -295 365 -256 360 -142 358 194 360 525 365 1928 370 2358 375 2558 375 2991 374 3393 375 3665 380 3732 385 CONTOUR A77-A78 5014975 4210488 2961169 1616480 571868 237202 SECTION A78 -630 385 -616 380 -588 375 -465 370 -397 365 -235 360 -93 358 192 360 450 365 1179 370 2516 375 3223 380 3687 385 CONTOUR A78-A79 3885630 3340449 2203665 1445707 732712 385046 SECTION A79 -2300 410 -2104 385 -2053 380 -1582 375 -925 370 -530 365 -339 360 -78 358 122 360 785 365 962 370 1568 375 2150 380 3203 380 3657 379 4134 380 4804 380 4910 385 5100 410 CONTOUR A79-A80 4695143 3325858 2311211 1874238 1021329 435076 SECTION A80 -1563 385 -1510 380 -1441 375 -1208 370 -598 365 -463 360 -117 358 113 360 309 365 933 370 1076 375 2228 380 2859 385 CONTOUR A80-A81 2024262 1777545 1153606 896671 305455 186021 SECTION A81 -2089 385 -1894 380 -1506 375 -1290 370 -411 365 -304 360 -97 358 59 360 130 365 575 370 726 375 906 375 2333 380 2506 385 CONTOUR A81-A82 3039098 2529159 1658541 1109603 297594 105922 SECTION A82 -1957 385 -1701 388 -1516 385 -1443 380 -1393 375 -1161 370 -311 365 -43 360 95 365 243 370 1032 375 1166 375 1860 380 2578 385 CONTOUR A82-A83 3028126 2482179 1740433 820979 347355 1 SECTION A83 -986 385 -938 380 -818 375 -460 370 -270 365 42 362 198 365 253 370 1038 375 2068 380 2179 385 CONTOUR A83-A84

Page 211: As conseqüências do assoreamento na operação de ... · ADELENA GONÇALVES MAIA As conseqüências do assoreamento na operação de reservatórios formados por barragens Tese apresentada

2112299 1753003 1317902 544715 397465 SECTION A84 -1294 385 -1201 380 -1051 375 -686 370 -500 365 -201 363 95 365 118 370 895 375 1570 380 2080 385 CONTOUR A84-A85 1982850 1395049 1040483 424878 289893 SECTION A85 -1308 385 -1184 380 -1004 375 -859 370 -567 365 -250 363 69 365 113 370 1341 375 1779 380 2366 385 CONTOUR A85-A86 2027509 1777811 1339652 613829 374045 SECTION A86 -1681 385 -1492 380 -1320 375 -945 370 -514 365 -111 363 151 365 180 370 1283 375 2112 380 2252 385 CONTOUR A86-A87 4739183 4002316 3023742 1431250 518041 SECTION A87 -4707 385 -3918 380 -3768 375 -3578 375 -3399 380 -3080 383 -2881 380 -2257 375 -1868 370 -1630 369 -1447 370 -1097 372 -791 370 -420 365 -150 363 213 365 553 370 735 375 829 375 1058 372 1182 375 1369 380 1543 385 CONTOUR A87-A88 3896687 3581344 2469002 827402 336025 SECTION A88 -3442 385 -3358 380 -2918 375 -2898 375 -2802 380 -2688 382 -2574 380 -2166 375 -1296 370 -354 365 -59 363 179 365 311 370 499 375 743 380 993 385 CONTOUR A88-A89 3431600 3014719 2276137 1628493 270041 SECTION A89 -3192 385 -3086 380 -2365 375 -1955 370 -334 365 -127 363 57 365 205 370 273 375 410 380 571 385 CONTOUR A89-A90 2802410 2570341 2173872 1512168 214331 SECTION A90 -3148 385 -2926 380 -2408 375 -1919 370 -1229 370 -410 365 -92 363 118 365 337 370 379 375 454 380 622 385 CONTOUR A90-A91 3748669 3170538 2078108 935650 530157 SECTION A91 -2683 385 -2527 380 -1550 375 -667 370 -536 370 -418 365 -43 363 174 365 302 370 337 375 367 380 410 385 CONTOUR A91-A92 3464691 3029219 2195385 902035 501908 SECTION A92 -3115 385 -2893 380 -2492 375 -795 370 -293 365 -46 363 96 365 124 370 227 375 247 380 277 385 CONTOUR A92-A93 2358319 2229880 2072751 637446 254780 SECTION A93 -2957 385 -2878 380 -2802 375 -1369 370

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-563 365 -150 363 72 365 115 370 287 375 340 380 409 385 CONTOUR A93-A94 2197441 2117915 2003910 971409 327094 SECTION A94 -3029 385 -2988 380 -2877 375 -1818 370 -739 365 -156 363 15 365 104 370 458 375 504 380 558 385 CONTOUR A94-A95 2096968 2034136 1940789 1092106 387683 SECTION A95 -3216 385 -3158 380 -3112 375 -2337 370 -1229 365 -47 363 105 365 250 370 616 375 667 380 743 385 CONTOUR A95-A96 4584150 4168147 3641226 2561083 1385697 SECTION A96 -3433 385 -2826 380 -2428 375 -1989 370 -1025 365 94 363 314 365 369 370 696 375 792 380 897 385 CONTOUR A96-A97 2703327 1926067 1166397 699147 358120 SECTION A97 -2911 385 -2582 380 -2165 380 -1894 375 -820 375 -558 370 -338 365 0 363 264 365 301 370 676 375 745 380 908 385 CONTOUR A97-A98 2222622 1745902 1018940 442692 244288 SECTION A98 -2326 385 -1879 380 -898 375 -586 370 -99 365 111 363 265 365 310 370 424 375 453 380 503 385 CONTOUR A98-A99 1876684 1672143 1085335 760454 345974 SECTION A99 -1984 385 -1687 380 -833 375 -653 370 -152 365 0 363 153 365 285 370 646 375 756 380 915 385 CONTOUR A99-A100 1325401 1178459 747344 433895 223697 SECTION A100 -1751 385 -1568 380 -799 375 -629 370 -546 365 -338 363 -193 365 -42 370 469 375 504 380 561 385 CONTOUR A100-A101 1562195 1391327 921432 347900 220342 SECTION A101 -1288 385 -1204 380 -544 375 -457 370 -351 365 -180 363 -19 365 71 370 782 375 874 380 936 385 CONTOUR A101-A102 1809865 1491411 807498 406622 249482 SECTION A102 -1049 385 -881 380 -514 375 -441 370 -283 365 0 363 172 365 345 370 766 375 2287 380 2473 385 2717 380 2981 380 3038 385 CONTOUR A102-A103 1803578 1326210 853061 424957 244967 SECTION A103

Page 213: As conseqüências do assoreamento na operação de ... · ADELENA GONÇALVES MAIA As conseqüências do assoreamento na operação de reservatórios formados por barragens Tese apresentada

-791 385 -637 380 -410 375 -321 370 -235 365 0 363 157 365 327 370 833 375 1060 380 1214 385 CONTOUR A103-A104 1872927 1568848 968537 477714 273367 SECTION A104 -628 385 -493 380 -163 375 -160 370 -152 365 51 363 218 365 372 370 1040 375 1559 380 1682 385 CONTOUR A104-A105 1154860 997547 516826 230383 164633 SECTION A105 -565 385 -495 380 -217 375 -162 370 -160 365 43 363 199 365 345 370 763 375 1580 380 1813 385 CONTOUR A105-A106 1084099 942631 408039 210064 152461 SECTION A106 -579 385 -525 380 -243 375 -205 370 -194 365 0 363 203 365 291 370 734 375 1451 380 1684 385 CONTOUR A106-A107 1044702 837705 413153 202498 157257 SECTION A107 -408 385 -356 380 -146 375 -121 370 -112 365 117 363 297 365 437 370 796 375 1328 380 1637 385 CONTOUR A107-A108 2190047 1744129 1159952 482740 274629 SECTION A108 -355 385 -258 380 -217 375 -133 370 -99 365 128 363 337 365 396 370 682 375 766 380 1124 383 1419 380 1444 375 1449 375 1480 380 1573 385 CONTOUR A108-A109 921259 550588 489021 267476 209454 SECTION A109 -447 385 -400 380 -369 375 -299 373 -197 375 -172 370 -151 365 45 363 205 365 289 370 497 375 556 380 772 385 CONTOUR A109-A110 720188 501373 393208 227410 166559 SECTION A110 -557 385 -402 380 -379 375 -270 375 -207 376 -153 375 -145 370 -133 365 0 363 165 365 302 370 416 375 512 380 813 385 CONTOUR A110-A111 950056 556860 400111 302950 204000 SECTION A111 -408 385 -318 380 -222 375 -213 370 -196 365 -32 363 153 365 314 370 505 375 684 380 1119 385 CONTOUR A111-A112 714997 576815 392597 300057 196578 SECTION A112 -391 385 -293 380 -183 375 -175 370 -165 365 -34 363 253 365 457 370 638 375 1152 380 1248 385 CONTOUR A112-A113

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934381 680570 433733 319601 206308 SECTION A113 -617 385 -546 380 -447 375 -376 370 -276 365 -80 363 128 365 469 370 670 375 851 380 1113 380 1353 385 CONTOUR A113-A114 775862 595507 508027 397962 165619 SECTION A114 -605 385 -553 380 -513 375 -450 370 -274 365 -82 363 75 365 486 370 727 375 887 380 1213 385 CONTOUR A114-A115 893459 771987 641372 475273 205218 SECTION A115 -621 385 -570 380 -426 375 -336 370 -181 365 -22 363 159 365 396 370 712 375 1141 380 1347 385 CONTOUR A115-A116 966445 837146 527441 315274 164436 SECTION A116 -707 385 -548 380 -456 375 -316 370 -184 365 27 363 190 365 351 370 769 375 1398 380 1645 385 CONTOUR A116-A117 1232426 1029569 701167 385016 162581 SECTION A117 -728 385 -681 380 -657 375 -461 370 -122 365 0 363 131 365 289 370 790 375 1191 380 1585 385 CONTOUR A117-A118 1376260 1177381 841946 356627 95805 SECTION A118 -783 385 -591 380 -522 375 -283 370 0 364 281 370 834 375 1407 380 1541 385 CONTOUR A118-A119 957970 720666 432555 252994 1986 SECTION A119 -471 385 -427 380 -392 375 -212 370 0 367 278 370 416 375 650 380 1253 385 CONTOUR A119-A120 793387 585720 445978 275639 SECTION A120 -634 385 -533 380 -293 375 -163 370 0 368 308 370 480 375 703 380 880 385 CONTOUR A120-A121 640859 506024 349265 189832 SECTION A121 -499 385 -428 380 -301 375 -149 370 0 368 258 370 507 375 662 380 886 385 CONTOUR A121-A122 717071 525801 419222 206596 SECTION A122 -776 385 -384 380 -233 375 -67 370 143 368 397 370 568 375 626 380 820 385 CONTOUR A122-A123 504460 394072 324737 218811

Page 215: As conseqüências do assoreamento na operação de ... · ADELENA GONÇALVES MAIA As conseqüências do assoreamento na operação de reservatórios formados por barragens Tese apresentada

SECTION A123 -351 385 -274 380 -203 375 -48 370 261 368 551 370 684 375 806 380 928 385 CONTOUR A123-A124 1018353 873677 710036 344932 SECTION A124 -446 385 -376 380 -273 375 235 370 447 368 613 370 694 375 809 380 1048 385 CONTOUR A124-A125 507686 417231 330457 113885 SECTION A125 -497 385 -439 380 -361 375 222 370 402 368 524 370 565 375 739 380 927 385 CONTOUR A125-A126 781715 655749 444207 129526 SECTION A126 -893 385 -853 380 -583 375 55 370 198 368 311 370 323 375 663 380 757 385 CONTOUR A126-A127 715547 624150 436069 129244 SECTION A127 -1218 385 -1053 380 -882 375 -725 375 -83 370 112 368 267 370 276 375 480 380 632 385 CONTOUR A127-A128 1004616 779856 498533 198306 SECTION A128 -876 385 -768 380 -598 375 -67 370 81 368 257 370 283 375 380 380 544 385 CONTOUR A128-A129 514789 432987 326682 131434 SECTION A129 -556 385 -510 380 -443 375 -84 370 77 368 233 370 251 375 509 380 612 385 CONTOUR A129-A130 696483 518998 331527 140866 SECTION A130 -911 385 -749 380 -654 375 -140 370 32 368 165 370 174 375 524 380 750 385 CONTOUR A130-A131 1195790 895313 538819 257038 SECTION A131 -970 385 -923 380 -705 375 -382 370 -102 368 80 370 85 375 500 380 842 385 CONTOUR A131-A132 728934 566584 364721 199277 SECTION A132 -946 385 -829 380 -778 375 -410 370 -147 368 40 370 46 375 516 380 887 385 CONTOUR A132-A133 822860 592984 365647 178239 SECTION A133

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-928 385 -799 380 -741 375 -344 370 -63 368 92 370 99 375 592 380 1063 385 CONTOUR A133-A134 1802723 1553403 934301 476578 SECTION A134 -818 385 -799 380 -586 375 -487 370 -51 368 130 370 140 375 720 380 1161 385 CONTOUR A134-A135 965327 722067 260069 169115 SECTION A135 -740 385 -688 380 -181 375 0 369 137 375 572 380 1006 385 CONTOUR A135-A136 751861 533839 147780 3569 SECTION A136 -728 385 -673 380 -186 375 0 373 160 375 494 380 840 385 CONTOUR A136-A137 621624 499346 156524 SECTION A137 -722 385 -684 380 -250 375 0 373 185 375 560 380 681 385 CONTOUR A137-A138 2476393 1958555 505681 SECTION A138 -1283 385 -1192 380 -153 375 58 373 207 375 344 380 542 380 860 378 1149 380 1216 385 CONTOUR A138-A139 874057 769842 168810 SECTION A139 -1006 385 -979 380 -285 375 -46 373 144 375 311 378 705 380 777 385 CONTOUR A139-A140 718756 640653 147638 SECTION A140 -1469 385 -1432 380 -1358 380 -1150 383 -915 380 -259 375 -62 373 101 375 414 380 468 385 CONTOUR A140-A141 544373 442282 103324 SECTION A141 -1075 390 -975 385 -865 380 -212 375 -52 373 62 375 274 380 390 385 490 390 CONTOUR A141-A142 1345285 1088725 201821 SECTION A142 -927 385 -833 380 -71 375 60 373 167 375 254 380 409 385 CONTOUR A142-A143 866631 690173 207417 SECTION A143 -651 385 -567 380 -293 375 0 373 156 375 553 380 843 385 CONTOUR A143-A144 689570 524034 191998 SECTION A144 -490 385 -381 380 -135 375 73 373

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266 375 651 380 752 385 CONTOUR A144-A145 560442 463431 180339 SECTION A145 -617 385 -451 380 -153 375 97 373 227 375 616 380 694 385 CONTOUR A145-A146 697707 546275 173305 SECTION A146 -660 385 -424 380 -123 375 78 373 231 375 400 380 597 380 658 385 CONTOUR A146-A147 419113 318117 169426 SECTION A147 -444 385 -372 380 -115 375 56 373 155 375 156 380 169 385 CONTOUR A147-A148 249592 222739 108611 SECTION A148 -357 385 -319 380 -75 375 55 373 160 375 162 380 182 385 CONTOUR A148-A149 357969 314259 152946 SECTION A149 -303 385 -264 380 -54 375 93 373 194 375 197 380 210 385 CONTOUR A149-A150 172804 152174 82443 SECTION A150 -326 385 -299 380 45 373 165 380 175 385 CONTOUR A150-A151 375952 336487 98608 SECTION A151 -1000 410 -357 385 -334 380 98 375 228 380 271 385 1000 410 CONTOUR A151-A152 311323 279405 SECTION A152 -1000 410 -420 390 -324 385 -283 380 121 377 313 380 322 385 422 390 1000 410 CONTOUR A152-A153 458793 408238 SECTION A153 -1000 410 -303 385 -250 380 0 377 388 380 427 385 1000 410 CONTOUR A153-A154 336247 289862 SECTION A154 -313 410 -207 386 160 386 491 386 554 410 CONTOUR A154-U/S 1.0 SECTION UPSTREAM

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DAM A1 -1435 380 -1311 375 -851 370 -185 365 756 360 796 359 927 359 1073 360 1471 365 1596 370 1692 375 1797 375 1845 380 1905 380 A2 -1894 380 -1370 375 -1049 375 -857 370 -302 365 -198 360 -71 359 93 360 194 360 676 355 686 355 728 360 750 360 817 358 1315 360 1499 365 1735 370 2284 375 2973 380 A3 -1398 380 -1179 375 -912 370 -396 365 53 360 132 355 207 355 218 356 278 356 342 355 348 355 356 356 375 356 383 355 392 355 1037 360 1059 360 1148 353 1459 360 1558 365 1736 370 1922 375 2098 380 A4 -2627 380 -2478 375 -2137 375 -1994 370 -1787 370 -1295 365 -838 360 -569 360 314 355 526 355 755 360 785 360 1095 365 1278 370 1839 375 1897 380 A5 -3121 380 -2780 375 -2659 370 -2561 365 -2237 360 170 360 319 355 403 353 419 355 489 360 635 365 674 365 841 370 1070 375 1088 375 1502 380 1642 385 A6 -1710 380 -1309 375 -1054 370 -953 365 -740 360 30 360 173 355 718 355 1366 360 2684 360 2938 365 3021 370 3117 375 3196 380 A7 -909 380 -866 375 -785 370 -734 365 -543 360 -123 360 -7 355 365 355 1499 360 2671 360 3277 365 3388 370 3430 375 3472 380 A8 -1275 380 -1233 375 -1169 370 -1062 365 -910 360 -883 359 -768 360 -203 360 32 357 81 357 120 360 478 360 535 358 704 358 730 360 745 360 1303 359 1918 360 2398 360 3525 365 3674 370 3800 375 4081 380 A9 -1790 380 -1502 375 -1378 370 -1320 365 -1216 360 -1194 359 -1069 359 -827 360 -199 360 -69 359 2 359 15 360

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416 360 750 355 786 355 870 360 901 360 1316 359 1541 359 2891 360 3302 365 3448 370 3573 375 3737 380 A10 -2983 380 -2947 375 -2822 370 -2787 365 -2719 360 -2689 358 -2526 358 -2214 360 -143 360 -57 355 108 355 146 360 462 360 481 359 491 359 573 360 614 360 1710 365 1993 370 2158 375 2390 380 A11 -3280 380 -3191 375 -3117 370 -3034 365 -2934 360 -2717 360 -2096 360 -1602 358 -1425 358 -431 360 462 360 1591 365 1783 370 2079 370 2233 375 2468 380 A12 -1412 380 -1318 375 -1231 370 -1033 365 -802 360 -149 360 -86 356 140 356 189 360 1616 360 3577 365 3679 370 3946 370 4163 365 4236 365 4354 370 4439 375 4543 380 A13 -3623 380 -3578 375 -3515 370 -3406 365 -3212 365 -2453 360 -247 360 25 355 36 355 111 360 875 365 1236 370 1370 375 1631 380 A14 -3813 385 -3809 385 -3753 375 -3513 370 -3112 365 -2340 360 -203 360 49 355 57 355 125 360 244 360 535 365 727 370 1061 375 1257 380 A15 -4288 385 -3824 385 -3729 375 -3625 375 -3508 370 -3164 365 -2376 360 -219 360 -128 355 74 355 121 360 350 365 473 370 610 375 791 380 A16 -3888 380 -3785 375 -3704 370 -3618 365 -3426 360 -209 360 -131 355 27 355 128 360 228 365 353 370 502 375 828 375 1086 380 A17 -4206 380 -4034 375 -3904 370 -3498 365 -2154 360 -109 360 -72 356 144 356 165 360 193 365 285 370 423 375 603 380 A18 -3902 380 -3786 375 -3696 370 -3520 365 -2574 360 -290 360 -173 355 -59 355 46 354 101 354 105 355 308 360 378 365 437 370 556 375 681 380 A19 -3675 380 -3579 375 -3467 370 -3245 365 -2952 360 -285 360 -216 357 52 357 76 360 422 360 564 365 714 370 737 375 954 360 A20 -3301 380 -3248 375 -3120 370 -2905 365 -2578 360 -175 360 16 355 97 355 774 360 788 365 1018 370 1057 375 1150 380

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A21 -2891 380 -2856 375 -2826 370 -2616 365 -1044 360 -85 360 -42 356 84 356 203 360 1008 360 1018 365 1152 370 1200 375 1284 380 A22 -2709 380 -2677 375 -2645 370 -2180 365 -114 360 -46 356 130 356 156 360 1449 360 1478 365 1558 370 1618 375 1722 380 A23 -3106 380 -2989 375 -2763 370 -2534 365 -150 360 -45 356 25 356 91 360 1505 365 1710 370 1906 375 2062 380 A24 -2876 380 -2750 375 -2623 370 -2494 365 -128 360 -113 358 139 358 155 360 1288 365 1502 370 1721 375 1916 380 A25 -2807 380 -2699 375 -2484 370 -2185 365 -97 360 28 357 31 357 220 360 1411 365 1575 370 1848 375 2009 380 A26 -2537 380 -2387 375 -2186 370 -1865 365 -118 360 -97 359 173 359 180 360 1270 365 1326 370 1516 375 1605 375 1874 372 2155 375 2515 380 A27 -2173 380 -2058 375 -1897 370 -1599 365 -219 360 -121 357 76 357 111 360 1469 365 1553 370 1670 375 1846 380 2313 380 A28 -1903 380 -1817 375 -1731 370 -1327 375 -236 375 -205 370 -85 357 24 357 70 360 91 365 1676 365 1826 370 1974 375 2134 380 A29 -1630 380 -1546 375 -1451 370 -1193 365 -407 360 -84 360 -61 358 63 358 83 360 1873 365 1998 370 2033 370 2114 375 2207 380 A30 -1385 380 -1330 375 -1265 370 -1195 370 -1170 365 -110 360 -68 357 49 357 118 360 1798 365 1910 370 2008 375 2312 377 2577 375 2688 373 2779 375 2888 380 A31 -1140 380 -1070 375 -949 370 -829 365 -263 360 -183 357 -103 357 271 360 1038 365 2207 365 2296 370 2377 375 2700 378 2939 375 3024 374 3096 375 3183 380 A32 -877 380 -728 375 -613 370 -564 365 -146 360 -57 357 31 357 130 360 1376 365 2473 365 2588 370 2661 375 2777 380 3083 384 3344 380 3489 377 3627 380 A33

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4269 380 A46 -271 380 -241 375 -218 370 -73 365 -26 360 -17 359 32 360 45 365 2081 365 3149 370 3535 370 3941 375 4132 380 A47 -258 380 -247 375 -228 370 -205 365 -171 360 -111 357 -40 357 73 360 115 365 2584 365 3326 370 3630 375 3971 380 A48 -373 380 -362 375 -348 370 -273 365 -138 365 -112 360 -76 359 102 359 118 360 155 365 2503 365 2999 370 3087 370 3218 375 3636 380 A49 -518 380 -493 375 -468 370 -453 365 -98 360 1 358 17 358 125 360 148 365 2528 365 2818 370 3026 375 3346 380 A50 -844 380 -651 375 -555 370 -508 365 -141 365 -110 360 -94 359 92 359 98 360 122 365 2501 365 2862 370 3145 375 3383 380 A51 -568 380 -541 375 -513 370 -460 365 -122 360 -35 359 67 359 97 360 135 365 2005 365 2768 370 2870 375 3146 380 A52 -705 380 -648 375 -591 370 -534 365 -174 360 -93 359 27 359 73 360 115 365 1728 365 2448 370 2711 375 2901 380 A53 -907 380 -707 375 -629 370 -540 365 -127 365 -96 360 157 360 172 365 1115 365 2236 370 2371 375 2545 380 A54 -844 380 -542 375 -404 370 -133 365 -89 360 -60 359 -20 359 126 360 166 365 1823 365 2294 370 2358 375 2557 380 A55 -475 380 -367 375 -261 370 -191 365 -153 360 -64 359 36 359 94 360 118 365 1629 365 2257 370 2509 375 2677 380 A56 -419 380 -301 375 -194 370 -153 365 -111 360 -9 358 22 358 120 360 144 365 2150 365 2413 370 2589 375 2685 380 A57 -414 380 -279 375 -190 370 -157 365 -138 360 -30 358 60 358 97 360 127 365 1972 365 2526 370 3218 375 3638 380 A58

Page 223: As conseqüências do assoreamento na operação de ... · ADELENA GONÇALVES MAIA As conseqüências do assoreamento na operação de reservatórios formados por barragens Tese apresentada

-493 380 -305 375 -205 370 -149 365 -126 360 -81 359 -59 359 69 360 118 365 2302 365 2498 370 2581 375 2756 380 A59 -645 380 -501 375 -260 370 -134 365 -107 360 -43 358 -37 358 83 360 119 365 2307 365 2468 370 2507 375 2551 380 A60 -1808 380 -1598 375 -1016 370 -724 365 -670 362 -330 362 -263 365 1601 365 1642 370 1709 375 1774 380 A61 -2847 380 -2455 375 -2005 370 -649 365 -169 365 -127 361 234 361 525 365 856 370 1164 375 1336 380 A62 -3261 380 -2944 375 -2813 370 -2181 370 -1214 365 2 365 57 360 113 359 141 360 262 365 286 370 299 375 451 380 A63 -3090 380 -2930 375 -2620 370 -1083 365 40 365 101 360 196 360 319 365 433 370 456 375 471 380 A64 -2913 380 -2731 375 -2422 370 -370 365 74 365 155 370 234 375 381 380 A65 -2667 380 -2583 375 -2321 370 -357 365 384 365 419 362 469 362 531 365 743 370 852 375 1076 375 1151 380 A66 -2637 380 -2529 375 -2144 370 -1412 370 -31 365 359 365 371 364 406 364 427 365 532 370 641 375 773 380 A67 -3029 380 -2960 375 -2181 370 -322 365 -137 365 -71 360 90 360 142 365 325 365 382 370 427 375 587 380 A68 -2571 380 -2521 375 -2055 370 -166 365 -99 360 52 360 99 365 479 365 842 370 912 375 1084 380 A69 -2426 380 -2079 375 -1552 370 -1420 370 -186 365 -88 360 -10 359 4 359 63 360 98 365 1243 370 1306 375 1370 380 A70 -1650 380 -1575 375 -1209 370 -885 370 -153 365 -31 360 44 360 110 365 715 365 1684 370 1797 375 1887 380 A71 -1189 380 -1140 375 -939 370 -826 370 -100 365 -46 360 40 360 136 365 1992 370 2102 375 2165 380 A72 -800 380 -750 375 -696 370 -182 365 -26 360 39 360 72 365 2226 370

Page 224: As conseqüências do assoreamento na operação de ... · ADELENA GONÇALVES MAIA As conseqüências do assoreamento na operação de reservatórios formados por barragens Tese apresentada

2314 375 2443 375 2609 380 A73 -505 380 -467 375 -430 370 -194 365 -92 361 107 361 138 365 2419 370 2474 375 2576 380 A74 -356 380 -307 375 -251 370 -121 365 -23 361 1 361 74 365 2607 370 2699 375 2832 380 A75 -349 380 -312 375 -260 370 -121 365 -35 361 53 361 65 365 1464 370 2655 370 2783 375 2944 380 A76 -377 380 -351 375 -324 370 -133 365 -15 360 17 360 87 365 2056 370 2862 370 2932 375 3179 380 A77 -500 380 -464 375 -405 370 -157 365 -146 361 -80 361 63 365 1681 370 3376 370 3516 375 3714 375 3813 380 A78 -528 380 -478 375 -438 370 -120 365 -82 361 77 361 128 365 1250 370 1422 370 2716 375 3574 380 A79 -1622 380 -1246 375 -825 370 -112 365 -66 361 25 361 122 365 1237 370 1598 375 3756 380 A80 -1409 380 -1338 375 -1161 370 -120 365 4 361 17 361 120 365 525 370 1088 375 2077 375 2367 380 A81 -1626 380 -1421 375 -1195 370 -124 365 -40 361 37 361 92 365 332 370 400 370 1037 375 2372 380 A82 -1943 380 -1485 385 -1265 380 -1231 375 -1074 370 -98 365 -60 362 58 362 136 365 313 370 1066 375 1942 380 2404 380 A83 -1158 380 -1031 375 -875 370 -772 370 -158 365 -100 363 -86 363 163 365 315 370 1143 375 2161 380 A84 -1058 380 -969 375 -819 370 -336 365 -39 365 -21 364 -5 364 80 365 323 370 1048 375 1877 380 A85 -1173 380 -1029 375 -899 370 -415 365 86 365 155 370 404 370 1397 375 1931 380 2284 385 A86 -1487 380 -1390 375 -1280 375 -1026 370 -396 366 -166 366 -71 370 -58 370 -10 366 157 366 285 370 497 370 1348 375 2139 380 A87 -4793 380 -4377 375 -3041 375 -1799 370

Page 225: As conseqüências do assoreamento na operação de ... · ADELENA GONÇALVES MAIA As conseqüências do assoreamento na operação de reservatórios formados por barragens Tese apresentada

-105 365 -95 364 103 364 162 365 444 370 882 375 1555 380 A88 -3065 380 -1921 375 -919 370 -151 365 -72 363 113 363 192 365 235 370 347 370 546 375 927 380 A89 -2971 380 -2350 375 -648 370 -117 370 -39 366 39 366 257 370 505 375 733 380 A90 -2727 380 -2315 375 -694 370 -360 370 -107 365 -45 364 -12 364 18 365 68 370 399 370 546 375 698 380 A91 -3056 380 -1666 375 -1468 375 -649 370 -94 365 -81 364 41 364 74 365 123 370 345 370 392 375 472 380 A92 -3052 380 -2244 380 -1755 375 -967 370 -82 365 7 364 38 364 44 365 120 370 240 375 282 380 A93 -2602 380 -2529 380 -2215 375 -1307 370 -318 370 -300 367 4 367 146 370 262 375 281 380 A94 -2870 380 -2576 380 -1947 375 -1231 370 -163 370 -76 366 10 366 240 370 428 375 477 380 A95 -3320 380 -3128 375 -1137 370 -140 370 0 365 271 370 536 375 596 380 A96 -4237 380 -3943 375 -2791 375 -854 370 0 366 274 370 502 375 686 380 A97 -2821 380 -909 375 -386 370 204 370 452 375 575 380 A98 -2317 380 -1042 375 -922 375 -534 370 -66 370 -23 369 112 369 150 370 393 375 438 380 A99 -1892 380 -954 375 -597 370 -86 370 -21 365 15 365 161 370 236 370 700 375 778 380 A100 -1601 380 -863 375 -602 370 -489 370 -468 366 -300 366 -231 370 20 370 482 375 546 380 A101 -1359 380 -726 375 -605 370 -336 370 -206 367 -144 367 -58 370 269 370 760 375 845 380 A102 -1129 380 -551 375 -307 370 -79 370 -45 367 22 367 110 370 259 370 776 375 1247 375 1662 380 1772 380 1963 379 2056 380 A103

Page 226: As conseqüências do assoreamento na operação de ... · ADELENA GONÇALVES MAIA As conseqüências do assoreamento na operação de reservatórios formados por barragens Tese apresentada

-778 380 -448 375 -276 370 -250 369 -151 369 -128 370 -124 370 -105 369 116 369 126 370 796 375 1128 380 A104 -382 380 -291 375 -174 370 -162 369 130 369 159 370 1056 375 1378 380 A105 -413 380 -311 375 -164 370 -141 369 103 369 169 370 951 375 1468 380 A106 -407 380 -296 375 -201 370 -158 369 102 369 109 370 858 375 1279 380 A107 -197 380 -139 375 -90 370 -65 369 121 369 216 370 925 375 1323 380 A108 -292 380 -212 375 -71 370 238 370 743 375 1511 380 A109 -459 380 -405 375 -117 370 166 370 645 375 752 380 A110 -492 380 -420 375 -75 370 -18 369 16 369 130 370 488 375 625 380 A111 -537 380 -371 375 -76 370 169 370 603 375 980 380 A112 -278 380 -232 375 -66 370 -8 369 4 369 146 370 856 375 1239 380 A113 -407 380 -288 375 -199 375 -119 371 125 371 572 371 799 375 1286 380 A114 -418 380 -346 375 -151 370 -81 370 842 375 1137 380 A115 -507 380 -401 375 -70 370 -50 369 70 369 132 370 165 375 865 375 1123 380 A116 -537 380 -464 375 -64 370 -45 369 20 369 136 370 191 375 755 375 1329 380 A117 -709 380 -597 375 -56 370 -3 369 7 369 140 370 317 375 528 375 930 380 A118 -789 380 -559 375 -60 370 -26 369 28 369 72 370 151 370 557 375 1184 380 A119 -477 380 -417 375 -210 375 -171 371 98 371 415 375 1241 380 A120 -460 380 -382 375 -174 371 67 371 116 375 446 375 1255 380 A121 -455 380 -380 375 -182 375 -119 371 65 371 116 375 450 375 1056 380

Page 227: As conseqüências do assoreamento na operação de ... · ADELENA GONÇALVES MAIA As conseqüências do assoreamento na operação de reservatórios formados por barragens Tese apresentada

A122 -603 380 -278 375 -103 375 -19 370 24 370 130 375 463 375 899 380 A123 -338 380 -269 375 -21 371 2 371 128 375 489 375 821 380 A124 -389 380 -295 375 180 375 215 372 517 372 569 375 672 380 A125 -428 380 -378 375 194 375 254 371 349 371 477 375 572 380 A126 -632 380 -566 375 43 375 129 371 180 371 295 375 384 380 A127 -931 380 -533 375 -75 375 -42 372 208 372 233 375 272 380 A128 -537 380 -362 375 -63 375 -22 371 13 371 214 375 310 380 318 380 A129 -520 380 -375 375 -64 375 -14 370 16 370 189 375 340 380 547 380 A130 -585 380 -494 375 -117 375 -18 371 10 371 159 375 686 380 A131 -780 380 -277 375 -25 373 -5 373 66 375 285 380 A132 -759 380 -334 375 -331 374 -294 374 -257 375 -232 375 -204 374 43 374 44 375 222 380 A133 -723 380 -260 375 -236 374 -198 374 -178 375 -149 375 -138 374 64 374 78 375 290 380 A134 -891 380 -249 375 -234 374 44 374 83 375 337 380 A135 -799 380 -171 375 -148 374 39 374 92 375 420 380 A136 -767 380 -190 375 -172 374 -157 374 93 375 187 380 A137 -812 380 -171 375 113 375 386 380 A138 -761 380 -132 376 163 376 238 380 A139 -882 380 -15 375 0 375 161 380 A140 -971 380 -12 375 10 375 270 380 A141 -899 380 -203 377 40 377 213 380 A142 -847 380 -63 375 -14 374 22 374 94 375 214 380 A143

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-582 380 -197 375 103 375 486 380 A144 -436 380 -103 380 86 375 128 375 526 380 A145 -516 380 -159 380 108 376 168 376 206 380 552 380 A146 -608 380 -134 380 -112 376 153 376 188 380 396 380 A147 -627 380 -122 380 -71 375 -15 374 50 374 75 375 104 375 158 380 A148 -592 380 -72 375 22 375 181 380 A149 -587 380 -112 380 0 375 187 380 A150 -619 380 -133 376 75 376 183 380 A151 -624 380 -194 380 -66 377 80 377 121 380 A152 -440 380 -29 377 63 377 122 380 A153 -435 380 -245 378 313 378 413 380 A154 -352 380 -145 380 -82 378 318 378 346 380 UPSTREAM

Arquivo “.qin”

Water level, abstractions and inflow data for reservoir: cromarsh (Negative values mean 'no data') * Total numb of years in this data: 1 Year 1 Month Day Water Abstracted River level discharge inflow (m) (m**3/s) (m**3/s) * 1 1 -1 0.0 700 2 1 -1 0.0 600 3 1 -1 0.0 500 4 1 -1 0.0 700 5 1 -1 0.0 600 6 1 -1 0.0 500 7 1 -1 0.0 700 8 1 -1 0.0 600

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9 1 -1 0.0 500 10 1 -1 0.0 700 11 1 -1 0.0 600 12 1 -1 0.0 500 12 31 -1 0.0 700

Arquivo “.vol”

RESSASS version 1 Sat Dec 09 19:41:23 2006 ----------------------------------------------------------------- Result file : C:\RESSASS\PROMISS3\RESSASS.vol Reservoir name : Promissao3 Original survey file : C:\RESSASS\PROMISS3\RESSASS.ORG New survey file : C:\RESSASS\PROMISS3\RESSASS.NEW Water level (m) : 385.000 m Contour interval (m) : 5.000 m Year of original survey : 1975 Year of new survey : 2005 ----------------------------------------------------------------- ----------------------------------------------------------------- Segment | 1975 Volume 2005 Volume Sediment % loss ----------------------------------------------------------------- DAM-A1 | 28363514 26878878 1484636 5.23 A1-A2 | 36794636 34667296 2127340 5.78 A2-A3 | 60029236 58185380 1843856 3.07 A3-A4 | 83875368 79054480 4820888 5.75 A4-A5 | 84170832 75448120 8722712 10.36 A5-A6 | 76259984 67690264 8569720 11.24 A6-A7 | 64052568 59652192 4400376 6.87 A7-A8 | 330804544 311769632 19034912 5.75 A8-A9 | 173279504 163973728 9305776 5.37

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A9-A10 | 147258528 140755632 6502896 4.42 A10-A11 | 106957856 108520384 -1562528 -1.46 A11-A12 | 211902656 220669456 -8766800 -4.14 A12-A13 | 175611968 177940656 -2328688 -1.33 A13-A14 | 98663032 98284000 379032 0.38 A14-A15 | 79205696 76032528 3173168 4.01 A15-A16 | 124665880 126877104 -2211224 -1.77 A16-A17 | 104286008 105421776 -1135768 -1.09 A17-A18 | 166356256 160173952 6182304 3.72 A18-A19 | 55483144 54107764 1375380 2.48 A19-A20 | 50468084 50807440 -339356 -0.67 A20-A21 | 53513796 53742856 -229060 -0.43 A21-A22 | 87486888 81423144 6063744 6.93 A22-A23 | 184715920 163410816 21305104 11.53 A23-A24 | 61861280 53036360 8824920 14.27 A24-A25 | 51965228 44557320 7407908 14.26 A25-A26 | 66440092 56829032 9611060 14.47 A26-A27 | 70869240 59281548 11587692 16.35 A27-A28 | 52858436 41020952 11837484 22.39 A28-A29 | 55901560 45109184 10792376 19.31 A29-A30 | 252235728 242549168 9686560 3.84 A30-A31 | 36234416 37331600 -1097184 -3.03 A31-A32 | 35844408 36173492 -329084 -0.92 A32-A33 | 52688928 50319344 2369584 4.50 A33-A34 | 48677280 46591604 2085676 4.28

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A34-A35 | 35608912 35235264 373648 1.05 A35-A36 | 42437724 40616076 1821648 4.29 A36-A37 | 36987684 34255176 2732508 7.39 A37-A38 | 40118820 34209292 5909528 14.73 A38-A39 | 40504844 34709300 5795544 14.31 A39-A40 | 59755344 55388720 4366624 7.31 A40-A41 | 40937488 38070332 2867156 7.00 A41-A42 | 260688304 243679184 17009120 6.52 A42-A43 | 41134128 38449792 2684336 6.53 A43-A44 | 53922672 50364696 3557976 6.60 A44-A45 | 50700192 48030624 2669568 5.27 A45-A46 | 41494776 39313648 2181128 5.26 A46-A47 | 41591044 38931272 2659772 6.40 A47-A48 | 85881432 84187184 1694248 1.97 A48-A49 | 40070684 40460584 -389900 -0.97 A49-A50 | 37703984 38432764 -728780 -1.93 A50-A51 | 44866736 44550220 316516 0.71 A51-A52 | 28963632 28250752 712880 2.46 A52-A53 | 105299632 100426856 4872776 4.63 A53-A54 | 67657632 63530812 4126820 6.10 A54-A55 | 46194404 44614944 1579460 3.42 A55-A56 | 28171564 27813004 358560 1.27 A56-A57 | 44960636 44328348 632288 1.41 A57-A58 | 85545320 84678736 866584 1.01 A58-A59 | 32131180 32608264 -477084 -1.48

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A59-A60 | 84170304 81732800 2437504 2.90 A60-A61 | 51413728 45811668 5602060 10.90 A61-A62 | 54667164 48727856 5939308 10.86 A62-A63 | 41470416 37593660 3876756 9.35 A63-A64 | 39617352 32771778 6845574 17.28 A64-A65 | 54393620 44519160 9874460 18.15 A65-A66 | 68489520 56418232 12071288 17.63 A66-A67 | 157427296 142033456 15393840 9.78 A67-A68 | 47108840 51139520 -4030680 -8.56 A68-A69 | 40905000 44579184 -3674184 -8.98 A69-A70 | 40241496 43414696 -3173200 -7.89 A70-A71 | 29332780 31406796 -2074016 -7.07 A71-A72 | 26832364 26718494 113870 0.42 A72-A73 | 26242288 24889786 1352502 5.15 A73-A74 | 37247280 34481676 2765604 7.42 A74-A75 | 27781082 26171074 1610008 5.80 A75-A76 | 34055040 34091848 -36808 -0.11 A76-A77 | 40966028 43012308 -2046280 -5.00 A77-A78 | 59226976 61653900 -2426924 -4.10 A78-A79 | 48315992 42531344 5784648 11.97 A79-A80 | 54830916 46316820 8514096 15.53 A80-A81 | 26378114 24051494 2326620 8.82 A81-A82 | 35942956 33104496 2838460 7.90 A82-A83 | 34339052 35533340 -1194288 -3.48 A83-A84 | 24837468 26885376 -2047908 -8.25

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A84-A85 | 20273800 20801244 -527444 -2.60 A85-A86 | 25034388 25361718 -327330 -1.31 A86-A87 | 55840876 64418460 -8577584 -15.36 A87-A88 | 45445360 50942264 -5496904 -12.10 A88-A89 | 44292872 40064320 4228552 9.55 A89-A90 | 39038092 34788216 4249876 10.89 A90-A91 | 42148700 41478308 670392 1.59 A91-A92 | 41051600 41510400 -458800 -1.12 A92-A93 | 31487912 27539786 3948126 12.54 A93-A94 | 32104602 26052214 6052388 18.85 A94-A95 | 31934466 26765234 5169232 16.19 A95-A96 | 68162592 64791728 3370864 4.95 A96-A97 | 26969792 26061780 908012 3.37 A97-A98 | 22449232 19257078 3192154 14.22 A98-A99 | 23492278 22671542 820736 3.49 A99-A100 | 15894932 15583315 311617 1.96 A100-A101 | 17979980 18168502 -188522 -1.05 A101-A102 | 18925506 17858436 1067070 5.64 A102-A103 | 18387470 16445821 1941649 10.56 A103-A104 | 20714598 17793006 2921592 14.10 A104-A105 | 12187146 10233744 1953402 16.03 A105-A106 | 11047531 9208273 1839258 16.65 A106-A107 | 10428934 8398252 2030682 19.47 A107-A108 | 23612272 22231438 1380834 5.85 A108-A109 | 9717232 9440753 276479 2.85

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A109-A110 | 8003764 7600381 403383 5.04 A110-A111 | 9460524 9087728 372796 3.94 A111-A112 | 8822860 8258697 564163 6.39 A112-A113 | 10227550 8400603 1826947 17.86 A113-A114 | 10026802 7537472 2489330 24.83 A114-A115 | 12395070 9332714 3062356 24.71 A115-A116 | 11390944 9022754 2368190 20.79 A116-A117 | 14228858 10449166 3779692 26.56 A117-A118 | 15642760 11880307 3762453 24.05 A118-A119 | 9326431 8663368 663063 7.11 A119-A120 | 8176966 8847938 -670972 -8.21 A120-A121 | 6543004 7125224 -582220 -8.90 A121-A122 | 7240879 7651214 -410335 -5.67 A122-A123 | 5621034 5078526 542507 9.65 A123-A124 | 11671710 9181213 2490497 21.34 A124-A125 | 5406252 4121045 1285207 23.77 A125-A126 | 7907408 5676752 2230656 28.21 A126-A127 | 7542316 4994788 2547529 33.78 A127-A128 | 9597556 6095008 3502548 36.49 A128-A129 | 5545336 3814333 1731003 31.22 A129-A130 | 6486864 5137319 1349544 20.80 A130-A131 | 11059768 7291708 3768060 34.07 A131-A132 | 7176330 3710681 3465649 48.29 A132-A133 | 7474142 3762526 3711615 49.66 A133-A134 | 18613352 9873775 8739577 46.95

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A134-A135 | 7909212 5267039 2642172 33.41 A135-A136 | 5189368 4008672 1180696 22.75 A136-A137 | 4598624 3695166 903458 19.65 A137-A138 | 17124844 10080190 7044654 41.14 A138-A139 | 6322164 3062656 3259508 51.56 A139-A140 | 5480582 3490582 1990000 36.31 A140-A141 | 3993485 2929262 1064222 26.65 A141-A142 | 9513211 7870450 1642761 17.27 A142-A143 | 6343402 5373988 969414 15.28 A143-A144 | 5016088 3943838 1072250 21.38 A144-A145 | 4349446 2950292 1399155 32.17 A145-A146 | 5082210 3322245 1759965 34.63 A146-A147 | 3231358 2807651 423708 13.11 A147-A148 | 2117814 2739708 -621895 -29.36 A148-A149 | 3001528 3970887 -969359 -32.30 A149-A150 | 1481430 2016786 -535355 -36.14 A150-A151 | 2960603 3743226 -782624 -26.43 A151-A152 | 2031528 2146030 -114502 -5.64 A152-A153 | 2779934 3213873 -433939 -15.61 A153-A154 | 2000066 5091152 -3091086 -154.55 A154-U/S | 0 0 0 ----------------------------------------------------------------- TOTALS | 7034100000 6635200000 398900000 5.67 ----------------------------------------------------------------- -----------------------------------------------------------------

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Elevation | 1975 Volume 2005 Volume Sediment % loss ----------------------------------------------------------------- 385.000 | 7034100000 6635200000 398900000 5.67 384.000 | 6655000000 6268100000 386900000 5.81 383.000 | 6276100000 5901200000 374900000 5.97 382.000 | 5898600000 5534300000 364300000 6.18 381.000 | 5521800000 5167400000 354400000 6.42 380.000 | 5145000000 4800400000 344600000 6.70 379.000 | 4810100000 4462100000 348000000 7.23 378.000 | 4476400000 4124200000 352200000 7.87 377.000 | 4144000000 3787200000 356800000 8.61 376.000 | 3813000000 3452500000 360500000 9.45 375.000 | 3483900000 3119300000 364600000 10.47 374.000 | 3202400000 2838400000 364000000 11.37 373.000 | 2923400000 2558700000 364700000 12.48 372.000 | 2646800000 2279600000 367200000 13.87 371.000 | 2372300000 2001800000 370500000 15.62 370.000 | 2098200000 1726400000 371800000 17.72 369.000 | 1872300000 1515200000 357100000 19.07 368.000 | 1647300000 1305800000 341500000 20.73 367.000 | 1426200000 1096500000 329700000 23.12 366.000 | 1205200000 888450000 316750000 26.28 365.000 | 984280000 684030000 300250000 30.50 364.000 | 828600000 567910000 260690000 31.46 363.000 | 673190000 453500000 219690000 32.63

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362.000 | 525110000 339350000 185760000 35.38 361.000 | 377980000 227770000 150210000 39.74 360.000 | 231070000 117690000 113380000 49.07 359.000 | 165890000 80221000 85669000 51.64 358.000 | 108680000 52012000 56668000 52.14 357.000 | 61834000 29588000 32246000 52.15 356.000 | 32132000 11535000 20597000 64.10 355.000 | 5456800 766810 4689990 85.95 354.000 | 2394300 358330 2035970 85.03 353.000 | 0 0 0 100 352.000 | 0 0 0 100 ----------------------------------------------------------------- ----------------------------------------------------------------- Elevation | 1975 Area 2005 Area Sediment % loss ----------------------------------------------------------------- 385.000 | 396386304 369979712 26406592 6.66 384.000 | 389053536 368818624 20234912 5.20 383.000 | 381828608 367579696 14248912 3.73 382.000 | 374248160 366340768 7907392 2.11 381.000 | 366454912 365101840 1353072 0.37 380.000 | 358661664 363862912 -5201248 -1.45 379.000 | 347121984 352844608 -5722624 -1.65 378.000 | 336861696 342056032 -5194336 -1.54 377.000 | 326942400 330686528 -3744128 -1.15

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376.000 | 317312128 319709920 -2397792 -0.76 375.000 | 307025600 308618304 -1592704 -0.52 374.000 | 293635936 296138080 -2502144 -0.85 373.000 | 281803232 283930304 -2127072 -0.75 372.000 | 271313504 272630880 -1317376 -0.49 371.000 | 260612240 261316048 -703808 -0.27 370.000 | 249623200 250213440 -590240 -0.24 369.000 | 237925536 232569808 5355728 2.25 368.000 | 226704960 216309648 10395312 4.59 367.000 | 217269136 200049488 17219648 7.93 366.000 | 207930408 184458400 23472008 11.29 365.000 | 198591680 169364384 29227296 14.72 364.000 | 177203408 145962288 31241120 17.63 363.000 | 155974800 123752768 32222032 20.66 362.000 | 140720224 101894088 38826136 27.59 361.000 | 125183608 80729496 44454112 35.51 360.000 | 109632152 59436368 50195784 45.79 359.000 | 77016896 36296316 40720580 52.87 358.000 | 47673912 25498552 22175360 46.51 357.000 | 26298958 16472850 9826108 37.36 356.000 | 16092059 8839475 7252584 45.07 355.000 | 7431670 1793720 5637950 75.86 354.000 | 3047627 852371 2195255 72.03 353.000 | 0 0 0 100 352.000 | 0 0 0 100

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----------------------------------------------------------------- ------------------------------------------------------------------------ Minimum bed levels for each survey Distance Original New upstream levels levels from dam (m) (m) (m) ------------------------------------------------------------------------ 0. 355.00 359.00 471. 355.00 359.00 1139. 353.00 355.00 1954. 353.00 353.00 3012. 353.00 355.00 4269. 353.00 353.00 5078. 353.00 355.00 5676. 353.00 355.00 8039. 355.00 357.00 9395. 355.00 355.00 10542. 355.00 355.00 11435. 357.00 358.00 13005. 356.00 356.00 14418. 355.00 355.00 15219. 355.00 355.00 16584. 355.00 355.00 18403. 355.00 355.00 19454. 355.00 356.00 20942. 354.00 354.00 21448. 355.00 357.00 21949. 355.00 355.00 22473. 356.00 356.00 23257. 356.00 356.00 24757. 356.00 356.00 25293. 357.00 358.00 25764. 357.00 357.00 26364. 357.00 359.00 27037. 357.00 357.00 27892. 357.00 357.00 28490. 357.00 358.00 31122. 357.00 357.00 31579. 357.00 357.00 32016. 357.00 357.00 32881. 357.00 358.00 33528. 357.00 357.00 34021. 357.00 357.00 34606. 357.00 357.00 35142. 357.00 358.00 35635. 357.00 357.00

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36240. 357.00 358.00 36850. 357.00 357.00 37340. 357.00 357.00 39868. 357.00 358.00 40281. 357.00 358.00 40863. 357.00 358.00 41394. 357.00 357.00 41914. 357.00 359.00 42406. 357.00 357.00 43392. 357.00 359.00 43922. 358.00 358.00 44448. 358.00 359.00 45168. 358.00 359.00 45486. 358.00 359.00 46907. 358.00 360.00 47834. 358.00 359.00 48547. 358.00 359.00 49018. 358.00 358.00 49958. 358.00 358.00 51291. 358.00 359.00 51819. 358.00 358.00 52972. 358.00 362.00 53739. 358.00 361.00 54653. 358.00 359.00 55241. 358.00 360.00 55804. 358.00 365.00 56764. 358.00 362.00 57715. 358.00 364.00 59949. 358.00 360.00 60767. 358.00 360.00 61546. 358.00 359.00 62374. 358.00 360.00 62902. 358.00 360.00 63440. 358.00 360.00 63905. 358.00 361.00 64532. 358.00 361.00 65025. 358.00 361.00 65693. 358.00 360.00 66276. 358.00 361.00 67414. 358.00 361.00 68607. 358.00 361.00 70025. 358.00 361.00 70544. 358.00 361.00 71233. 360.00 362.00 72121. 362.00 363.00 72809. 363.00 364.00 73400. 363.00 365.00 73946. 363.00 366.00 75423. 363.00 364.00 76752. 363.00 363.00 77694. 363.00 366.00

Page 241: As conseqüências do assoreamento na operação de ... · ADELENA GONÇALVES MAIA As conseqüências do assoreamento na operação de reservatórios formados por barragens Tese apresentada

78395. 363.00 364.00 79494. 363.00 364.00 80549. 363.00 364.00 81230. 363.00 367.00 81906. 363.00 366.00 82522. 363.00 365.00 83611. 363.00 366.00 84570. 363.00 370.00 85449. 363.00 369.00 86164. 363.00 365.00 86711. 363.00 366.00 87773. 363.00 367.00 88301. 363.00 367.00 89601. 363.00 369.00 90404. 363.00 369.00 90897. 363.00 369.00 91364. 363.00 369.00 91873. 363.00 369.00 92967. 363.00 370.00 93548. 363.00 370.00 94123. 363.00 369.00 94830. 363.00 370.00 95321. 363.00 369.00 95832. 363.00 371.00 96217. 363.00 370.00 96642. 363.00 369.00 97078. 363.00 369.00 97626. 363.00 369.00 98211. 364.00 369.00 98686. 367.00 371.00 99212. 368.00 371.00 99664. 368.00 371.00 100194. 368.00 370.00 100594. 368.00 371.00 101225. 368.00 372.00 101598. 368.00 371.00 102096. 368.00 371.00 102570. 368.00 372.00 103138. 368.00 371.00 103565. 368.00 370.00 104071. 368.00 371.00 104765. 368.00 373.00 105150. 368.00 374.00 105541. 368.00 374.00 106398. 368.00 374.00 106928. 369.00 374.00 107373. 373.00 374.00 107815. 373.00 375.00 109101. 373.00 376.00 109545. 373.00 375.00 109998. 373.00 375.00

Page 242: As conseqüências do assoreamento na operação de ... · ADELENA GONÇALVES MAIA As conseqüências do assoreamento na operação de reservatórios formados por barragens Tese apresentada

110488. 373.00 377.00 111433. 373.00 374.00 112067. 373.00 375.00 112679. 373.00 375.00 113117. 373.00 376.00 113634. 373.00 376.00 114153. 373.00 374.00 114622. 373.00 375.00 115231. 373.00 375.00 115608. 373.00 376.00 116357. 375.00 377.00 116875. 377.00 377.00 117528. 377.00 378.00 118032. 386.00 378.00 ** This is the most upstream point in the main branch ** ------------------------------------------------------------------------

Page 243: As conseqüências do assoreamento na operação de ... · ADELENA GONÇALVES MAIA As conseqüências do assoreamento na operação de reservatórios formados por barragens Tese apresentada

APÊNDICE C

Análise qualitativa do assoreamento nos afluentes e no corpo principal do Reservatório de Promissão.

Page 244: As conseqüências do assoreamento na operação de ... · ADELENA GONÇALVES MAIA As conseqüências do assoreamento na operação de reservatórios formados por barragens Tese apresentada

A1 355 355 0 0 0 0 30 30A2 355 355 0 0 0 0 60 60A3 355 355 0 0 0 0 90 90A4 355 355 0 0 0 0 120 120A5 355 355 0 0 0 0 150 150A6 355 360 0 5 0 5 180 175A7 360 360 0 0 0 0 205 200A8 360 355 5 0 0 0 230 230A9 360 355 5 0 0 0 255 260

A10 360 360 0 0 0 0 280 285A11 360 355 5 0 0 0 305 315A12 360 355 5 0 0 0 330 345A13 360 355 5 0 0 0 355 375A14 360 355 5 0 0 0 380 405A15 360 355 5 0 0 0 405 435A16 360 355 5 0 0 0 430 465A17 355 355 0 0 0 0 460 495A18 355 355 0 0 0 0 490 525A19 355 355 0 0 0 0 520 555A20 360 355 5 0 0 0 545 585A21 360 355 5 0 0 0 570 615A22 360 360 0 0 0 0 595 640A23 360 360 0 0 0 0 620 665A24 360 360 0 0 0 0 645 690A25 360 360 0 0 0 0 670 715A26 360 360 0 0 0 0 695 740A27 360 360 0 0 0 0 720 765A28 360 360 0 0 0 0 745 790A29 360 360 0 0 0 0 770 815A30 360 360 0 0 0 0 795 840A31 360 360 0 0 0 0 820 865A32 360 360 0 0 0 0 845 890A33 360 360 0 0 0 0 870 915A34 360 360 0 0 0 0 895 940A35 360 360 0 0 0 0 920 965A36 360 360 0 0 0 0 945 990A37 360 360 0 0 0 0 970 1015A38 360 360 0 0 0 0 995 1040A39 360 360 0 0 0 0 1020 1065A40 360 360 0 0 0 0 1045 1090A41 360 360 0 0 0 0 1070 1115A42 360 360 0 0 0 0 1095 1140A43 360 360 0 0 0 0 1120 1165A44 360 360 0 0 0 0 1145 1190A45 360 360 0 0 0 0 1170 1215A46 360 360 0 0 0 0 1195 1240A47 360 360 0 0 0 0 1220 1265A48 360 365 0 5 0 5 1245 1285A49 360 360 0 0 0 0 1270 1310A50 360 360 0 0 0 0 1295 1335A51 360 360 0 0 0 0 1320 1360A52 360 360 0 0 0 0 1345 1385A53 360 360 0 0 0 0 1370 1410A54 360 365 0 5 0 5 1395 1430A55 360 365 0 5 0 5 1420 1450A56 360 365 0 5 0 5 1445 1470A57 360 365 0 5 0 5 1470 1490A58 360 365 0 5 0 5 1495 1510A59 365 365 0 0 0 0 1515 1530A60 365 365 0 0 0 0 1535 1550A61 365 365 0 0 0 0 1555 1570A62 365 365 0 0 0 0 1575 1590A63 365 365 0 0 0 0 1595 1610A64 365 365 0 0 0 0 1615 1630A65 365 365 0 0 0 0 1635 1650A66 365 365 0 0 0 0 1655 1670A67 365 370 0 5 0 5 1675 1685A68 365 365 0 0 0 0 1695 1705A69 365 370 0 5 0 5 1715 1720A70 365 370 0 5 0 5 1735 1735A71 365 370 0 5 0 5 1755 1750A72 365 370 0 5 0 5 1775 1765

Altura Assoreada

(m)

Altura Assoreada Alturas Acumuladas até 385,0 m

Planta Original Planta da batimetria

Acima de 380,0 m

Abaixo de 380,0 m Planta Original Planta da

batimetria

Cota mínima (m) Altura Erodida (m)Trecho

Page 245: As conseqüências do assoreamento na operação de ... · ADELENA GONÇALVES MAIA As conseqüências do assoreamento na operação de reservatórios formados por barragens Tese apresentada

A73 365 370 0 5 0 5 1795 1780A74 370 370 0 0 0 0 1810 1795A75 370 370 0 0 0 0 1825 1810A76 370 375 0 5 0 5 1840 1820A77 375 375 0 0 0 0 1850 1830A78 375 375 0 0 0 0 1860 1840A79 380 375 5 0 0 0 1865 1850

55 70 0 70 - -Percentual de assoreamento - - 0,00 0,80 - -

Total

B1 360 380 0 20 0 20 25 5B2 365 380 0 15 0 15 45 10B3 370 385 0 15 5 10 60 10B4 375 385 0 10 5 5 70 10B5 375 385 0 10 5 5 80 10B6 380 385 0 5 5 0 85 10

0 75 20 55 - -Percentual de assoreamento - - 23,53 64,71 - -

Alturas Acumuladas até 385,0 mAbaixo de 380,0 m Planta Original Planta da

batimetria

Altura Assoreada

Planta Original Planta da batimetria

Acima de 380,0 m

TrechoCota mínima (m) Altura Erodida

(m)

Altura Assoreada

(m)

Total

G1 370 375 0 5 0 5 15 10G2 375 375 0 0 0 0 25 20G3 380 385 0 5 5 0 30 20

0 10 5 5 - -Percentual de assoreamento - - 16,67 16,67 - -

TrechoCota mínima (m) Altura Erodida

(m)

Total

Altura Assoreada

(m)

Altura Assoreada Alturas Acumuladas até 385,0 mPlanta

OriginalPlanta da batimetria

Acima de 380,0 m

Abaixo de 380,0 m Planta Original Planta da

batimetria

H1 365 370 0 5 0 5 20 15H2 370 370 0 0 0 0 35 30H3 370 370 0 0 0 0 50 45H4 375 375 0 0 0 0 60 55H5 375 375 0 0 0 0 70 65H6 380 385 0 5 5 0 75 65

0 10 5 5 - -Percentual de assoreamento - - 6,67 6,67 - -

Altura Assoreada

(m)

Altura Assoreada Alturas Acumuladas até 385,0 mPlanta

OriginalPlanta da batimetria

Acima de 380,0 m

Abaixo de 380,0 m Planta Original Planta da

batimetria

Cota mínima (m) Altura Erodida (m)

Total

Trecho

J1 370 370 0 0 0 0 15 15J2 375 370 5 0 0 0 25 30J3 375 375 0 0 0 0 35 40J4 375 380 0 5 0 5 45 45J5 380 380 0 0 0 0 50 50

5 5 0 5 - -Percentual de assoreamento - - 0,00 0,00 - -

Planta da batimetria

Altura Assoreada

(m)

Altura AssoreadaTrecho

Cota mínima (m) Altura Erodida (m)

Total

Planta Original

Alturas Acumuladas até 385,0 m

Planta Original Planta da batimetria

Acima de 380,0 m

Abaixo de 380,0 m

L1 370 375 0 5 0 5 15 10L2 380 380 0 0 0 0 20 15

0 5 0 5 - -Percentual de assoreamento - - 0,00 25,00 - -

Altura Assoreada Alturas Acumuladas até 385,0 mPlanta

OriginalPlanta da batimetria

Acima de 380,0 m

Abaixo de 380,0 m Planta Original Planta da

batimetria

Cota mínima (m) Altura Erodida (m)

Altura Assoreada

(m)

Total

Trecho

Page 246: As conseqüências do assoreamento na operação de ... · ADELENA GONÇALVES MAIA As conseqüências do assoreamento na operação de reservatórios formados por barragens Tese apresentada

M1 365 370 0 5 0 5 20 15M2 375 375 0 0 0 0 30 25M3 375 375 0 0 0 0 40 35M4 375 380 0 5 0 5 50 40

0 10 0 10 - -Percentual de assoreamento - - 0,00 20,00 - -

TrechoCota mínima (m) Altura Erodida

(m)

Altura Assoreada

(m)

Altura Assoreada

Total

Alturas Acumuladas até 385,0 m

Planta Original Planta da batimetria

Acima de 380,0 m

Abaixo de 380,0 m Planta Original Planta da

batimetria

N1 370 370 0 0 0 0 15 15N2 370 370 0 0 0 0 30 30N3 370 370 0 0 0 0 45 45N4 375 375 0 0 0 0 55 55N5 373 385 0 12 5 7 67 55N6 380 385 0 5 5 0 72 55N7 385 385 0 0 0 0 72 55

0 17 10 7 - -Percentual de assoreamento - - 13,89 9,72 - -

Altura Assoreada

(m)

Altura AssoreadaTrecho

Cota mínima (m) Altura Erodida (m)

Total

Alturas Acumuladas até 385,0 m

Planta Original Planta da batimetria

Acima de 380,0 m

Abaixo de 380,0 m Planta Original Planta da

batimetria

P1 375 375 0 0 0 0 10 10P2 375 375 0 0 0 0 20 20P3 375 375 0 0 0 0 30 30P4 375 375 0 0 0 0 40 40P5 375 375 0 0 0 0 50 50P6 375 375 0 0 0 0 60 60P7 375 380 0 5 0 5 70 65P8 375 380 0 5 0 5 80 70P9 375 380 0 5 0 5 90 75

P10 375 380 0 5 0 5 100 80P11 375 380 0 5 0 5 110 85P12 375 380 0 5 0 5 120 90P13 375 380 0 5 0 5 130 95P14 375 380 0 5 0 5 140 100P15 375 385 0 10 5 5 150 100P16 385 385 0 0 0 0 150 100P17 385 385 0 0 0 0 150 100P18 385 385 0 0 0 0 150 100

0 50 5 45 - -Percentual de assoreamento - - 3,33 30,00 - -

Altura Assoreada Alturas Acumuladas até 385,0 m

Planta Original Planta da batimetria

Acima de 380,0 m

Abaixo de 380,0 m Planta Original Planta da

batimetria

Cota mínima (m) Altura Erodida (m)

Altura Assoreada

(m)

Total

Trecho

Q1 375 385 0 10 5 5 10 0Q2 380 385 0 5 5 0 15 0Q3 380 385 0 5 5 0 20 0Q4 385 385 0 0 0 0 20 0

0 5 5 0 - -Percentual de assoreamento - - 100,00 0,00 - -

TrechoCota mínima (m) Altura Erodida

(m)

Total

Altura Assoreada

(m)

Altura Assoreada Alturas Acumuladas até 385,0 m

Planta Original Planta da batimetria

Acima de 380,0 m

Abaixo de 380,0 m Planta Original Planta da

batimetria

R1 380 385 0 5 5 0 5 0R2 385 385 0 0 0 0 5 0

0 5 5 0 - -Percentual de assoreamento - - 100,00 0,00 - -

Altura Assoreada Alturas Acumuladas até 385,0 mPlanta

OriginalPlanta da batimetria

Acima de 380,0 m

Abaixo de 380,0 m Planta Original Planta da

batimetria

Cota mínima (m) Altura Erodida (m)

Altura Assoreada

(m)

Total

Trecho

Page 247: As conseqüências do assoreamento na operação de ... · ADELENA GONÇALVES MAIA As conseqüências do assoreamento na operação de reservatórios formados por barragens Tese apresentada

T1 360 360 0 0 0 0 25 25T2 365 360 5 0 0 0 45 50T3 365 360 5 0 0 0 65 75T4 365 365 0 0 0 0 85 95T5 365 365 0 0 0 0 105 115T6 365 365 0 0 0 0 125 135T7 365 365 0 0 0 0 145 155T8 365 365 0 0 0 0 165 175T9 365 365 0 0 0 0 185 195T10 365 365 0 0 0 0 205 215T11 365 370 0 5 0 5 225 230T12 370 370 0 0 0 0 240 245T13 370 370 0 0 0 0 255 260T14 370 370 0 0 0 0 270 275T15 370 370 0 0 0 0 285 290T16 370 375 0 5 0 5 300 300T17 370 375 0 5 0 5 315 310T18 375 375 0 0 0 0 325 320T19 375 375 0 0 0 0 335 330T20 375 375 0 0 0 0 345 340T21 365 370 0 5 0 5 365 355T22 385 380 5 0 0 0 365 360

15 20 0 20 - -Percentual de assoreamento - - 0,00 1,37 - -

TrechoCota mínima (m) Altura Erodida

(m)

Total

Altura Assoreada

(m)

Altura Assoreada Alturas Acumuladas até 385,0 mPlanta

OriginalPlanta da batimetria

Acima de 380,0 m

Abaixo de 380,0 m Planta Original Planta da

batimetria

U1 365 370 0 5 0 5 20 15U2 375 375 0 0 0 0 30 25

0 5 0 5 - -Percentual de assoreamento - - 0,00 16,67 - -

Total

Alturas Acumuladas até 385,0 m

Planta Original Planta da batimetria

Altura Erodida (m)

Altura Assoreada

(m)Acima de 380,0 m

Abaixo de 380,0 m

Altura AssoreadaTrecho

Cota mínima (m)Planta

OriginalPlanta da batimetria

V1 370 370 0 0 0 0 15 15V2 370 370 0 0 0 0 30 30V3 370 370 0 0 0 0 45 45V4 370 375 0 5 0 5 60 55V5 370 375 0 5 0 5 75 65

0 10 0 10 - -Percentual de assoreamento - - 0,00 13,33 - -

Alturas Acumuladas até 385,0 m

Planta Original Planta da batimetria

Total

TrechoCota mínima (m) Altura Erodida

(m)

Altura Assoreada

(m)Planta

OriginalPlanta da batimetria

Acima de 380,0 m

Altura AssoreadaAbaixo de 380,0 m

Z1 360 365 0 5 0 5 25 20Z2 360 365 0 5 0 5 50 40Z3 360 365 0 5 0 5 75 60Z4 360 365 0 5 0 5 100 80Z5 360 365 0 5 0 5 125 100Z6 360 365 0 5 0 5 150 120Z7 360 365 0 5 0 5 175 140Z8 360 365 0 5 0 5 200 160Z9 360 365 0 5 0 5 225 180Z10 360 365 0 5 0 5 250 200Z11 360 365 0 5 0 5 275 220Z12 360 365 0 5 0 5 300 240Z13 365 365 0 0 0 0 320 260Z14 365 365 0 0 0 0 340 280Z15 365 365 0 0 0 0 360 300Z16 365 365 0 0 0 0 380 320Z17 370 370 0 0 0 0 395 335Z18 375 370 5 0 0 0 405 350

5 0 0 60 - -Percentual de assoreamento - - 0,00 13,58 - -

Altura AssoreadaTrecho

Cota mínima (m) Altura Erodida (m)

Altura Assoreada

(m)Planta

OriginalPlanta da batimetria

Acima de 380,0 m

Abaixo de 380,0 m

Alturas Acumuladas até 385,0 m

Planta Original Planta da batimetria

Total

Page 248: As conseqüências do assoreamento na operação de ... · ADELENA GONÇALVES MAIA As conseqüências do assoreamento na operação de reservatórios formados por barragens Tese apresentada

AA1 365 370 0 5 0 5 20 15AA2 365 370 0 5 0 5 40 30AA3 365 370 0 5 0 5 60 45AA4 365 370 0 5 0 5 80 60AA5 370 370 0 0 0 0 95 75AA6 370 370 0 0 0 0 110 90AA7 375 375 0 0 0 0 120 100AA8 375 375 0 0 0 0 130 110AA9 375 375 0 0 0 0 140 120

AA10 375 385 0 10 5 5 150 120AA11 375 385 0 10 5 5 160 120AA12 380 385 0 5 5 0 165 120

0 45 15 30 - -Percentual de assoreamento - - 9,09 18,18 - -

TrechoCota mínima (m) Altura Erodida

(m)

Altura Assoreada

(m)

Altura Assoreada Alturas Acumuladas até 385,0 m

Planta Original Planta da batimetria

Acima de 380,0 m

Abaixo de 380,0 m Planta Original Planta da

batimetria

Total

AB1 365 365 0 0 0 0 20 20AB2 365 365 0 0 0 0 40 40AB3 365 370 0 5 0 5 60 55AB4 365 370 0 5 0 5 80 70AB5 370 370 0 0 0 0 95 85AB6 375 370 5 0 0 0 105 100AB7 375 370 5 0 0 0 115 115AB8 375 370 5 0 0 0 125 130AB9 375 370 5 0 0 0 135 145AB10 375 370 5 0 0 0 145 160AB11 375 370 5 0 0 0 155 175AB12 375 375 0 0 0 0 165 185AB13 375 375 0 0 0 0 175 195

30 10 0 10 - -Percentual de assoreamento - - 0,00 0,00 - -

TrechoCota mínima (m) Altura Erodida

(m)

Altura Assoreada

(m)

Altura Assoreada Alturas Acumuladas até 385,0 mPlanta

OriginalPlanta da batimetria

Acima de 380,0 m

Abaixo de 380,0 m Planta Original Planta da

batimetria

Total

AC1 375 375 0 0 0 0 10 10AC2 375 385 0 10 5 5 20 10AC3 375 385 0 10 5 5 30 10

0 20 10 10 - -Percentual de assoreamento - - 33,33 33,33 - -

TrechoCota mínima (m) Altura Erodida

(m)

Altura Assoreada

(m)

Altura Assoreada Alturas Acumuladas até 385,0 m

Planta Original Planta da batimetria

Acima de 380,0 m

Abaixo de 380,0 m Planta Original Planta da

batimetria

Total

AD1 365 370 0 5 0 5 20 15AD2 370 370 0 0 0 0 35 30AD3 370 370 0 0 0 0 50 45AD4 375 375 0 0 0 0 60 55AD5 375 375 0 0 0 0 70 65AD6 375 380 0 5 0 5 80 70

0 10 0 10 - -Percentual de assoreamento - - 0,00 12,50 - -

TrechoCota mínima (m) Altura Erodida

(m)

Alturas Acumuladas até 385,0 m

Planta Original Planta da batimetria

Acima de 380,0 m

Abaixo de 380,0 m Planta Original Planta da

batimetria

Altura Assoreada

(m)

Altura Assoreada

Total

Page 249: As conseqüências do assoreamento na operação de ... · ADELENA GONÇALVES MAIA As conseqüências do assoreamento na operação de reservatórios formados por barragens Tese apresentada

AE1 365 370 0 5 0 5 20 15AE2 370 370 0 0 0 0 35 30AE3 375 375 0 0 0 0 45 40AE4 375 375 0 0 0 0 55 50AE5 375 385 0 10 5 5 65 50AE6 375 385 0 10 5 5 75 50AE7 380 385 0 5 5 0 80 50AE8 385 385 0 0 0 0 80 50

0 30 15 15 - -Percentual de assoreamento - - 18,75 18,75 - -

TrechoCota mínima (m) Altura Erodida

(m)

Alturas Acumuladas até 385,0 m

Planta Original Planta da batimetria

Acima de 380,0 m

Abaixo de 380,0 m Planta Original Planta da

batimetria

Altura Assoreada

(m)

Altura Assoreada

Total

AF1 375 375 0 0 0 0 10 10AF2 375 375 0 0 0 0 20 20AF3 375 375 0 0 0 0 30 30AF4 375 375 0 0 0 0 40 40AF5 375 375 0 0 0 0 50 50AF6 380 380 0 0 0 0 55 55AF7 380 380 0 0 0 0 60 60AF8 380 385 0 5 5 0 65 60AF9 385 385 0 0 0 0 65 60AF10 385 385 0 0 0 0 65 60AF11 385 385 0 0 0 0 65 60

0 5 5 0 - -Percentual de assoreamento - - 7,69 0,00 - -

TrechoCota mínima (m) Altura Erodida

(m)

Altura Assoreada

(m)

Altura Assoreada Alturas Acumuladas até 385,0 mPlanta

OriginalPlanta da batimetria

Acima de 380,0 m

Abaixo de 380,0 m Planta Original Planta da

batimetria

Total

AH1 375 375 0 0 0 0 10 10AH2 375 375 0 0 0 0 20 20AH3 375 380 0 5 0 5 30 25AH4 375 380 0 5 0 5 40 30AH5 375 380 0 5 0 5 50 35AH6 375 380 0 5 0 5 60 40AH7 380 380 0 0 0 0 65 45

0 20 0 20 - -Percentual de assoreamento - - 0,00 30,77 - -

Altura AssoreadaTrecho

Cota mínima (m) Altura Erodida (m)

Alturas Acumuladas até 385,0 m

Planta Original Planta da batimetria

Acima de 380,0 m

Abaixo de 380,0 m Planta Original Planta da

batimetria

Altura Assoreada

(m)

Total

AI1 375 380 0 5 0 5 10 5AI2 385 385 0 0 0 0 10 5

0 5 0 5 - -Percentual de assoreamento - - 0,00 50,00 - -

Altura AssoreadaTrecho

Cota mínima (m) Altura Erodida (m)

Altura Assoreada

(m)

Alturas Acumuladas até 385,0 m

Planta Original Planta da batimetria

Acima de 380,0 m

Abaixo de 380,0 m Planta Original Planta da

batimetria

Total

AJ1 380 380 0 0 0 0 5 5AJ2 380 380 0 0 0 0 10 10AJ3 380 380 0 0 0 0 15 15AJ4 380 380 0 0 0 0 20 20AJ5 380 385 0 5 5 0 25 20AJ6 385 385 0 0 0 0 25 20

0 5 5 0 - -Percentual de assoreamento - - 20,00 0,00 - -

Altura Assoreada

(m)

Altura Assoreada Alturas Acumuladas até 385,0 mPlanta

OriginalPlanta da batimetria

Acima de 380,0 m

Abaixo de 380,0 m Planta Original Planta da

batimetria

Cota mínima (m) Altura Erodida (m)

Total

Trecho

Page 250: As conseqüências do assoreamento na operação de ... · ADELENA GONÇALVES MAIA As conseqüências do assoreamento na operação de reservatórios formados por barragens Tese apresentada
Page 251: As conseqüências do assoreamento na operação de ... · ADELENA GONÇALVES MAIA As conseqüências do assoreamento na operação de reservatórios formados por barragens Tese apresentada

APÊNDICE D

Série Sintética das Vazões Afluentes ao Reservatório de Promissão, em m3/s.

Page 252: As conseqüências do assoreamento na operação de ... · ADELENA GONÇALVES MAIA As conseqüências do assoreamento na operação de reservatórios formados por barragens Tese apresentada

ANO JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ 1 1.816 1.854 1.899 1.146 1.093 727 368 275 121 120 376 802 2 1.678 1.563 661 243 247 198 175 128 121 379 128 126 3 129 125 178 128 420 778 490 211 236 252 436 456 4 1.290 1.610 2.402 1.344 699 506 748 651 631 290 633 864 5 1.993 1.983 1.238 694 676 760 519 536 552 452 128 172 6 681 177 472 128 128 110 127 128 121 400 530 1.062 7 1.402 1.960 1.908 1.304 1.017 730 414 159 411 251 609 1.342 8 2.056 2.206 1.049 472 623 754 500 169 121 161 500 716 9 433 351 563 477 163 110 127 128 121 120 165 126

10 268 621 589 641 436 271 581 248 178 356 206 326 11 356 1.535 1.017 552 510 321 568 497 224 120 128 126 12 748 2.343 1.713 1.494 645 558 564 527 724 626 782 1.255 13 2.962 3.513 2.201 1.385 897 376 584 527 606 454 598 1.411 14 2.221 1.645 971 820 489 612 663 128 414 1.059 1.039 1.915 15 1.675 1.735 1.713 1.471 805 708 403 128 298 637 811 492 16 129 125 130 128 128 110 156 253 167 387 549 284 17 1.541 1.163 634 134 389 1.093 567 487 509 120 328 126 18 129 255 386 128 174 714 545 499 176 304 151 563 19 377 670 1.028 1.110 794 616 564 453 775 676 210 269 20 176 1.013 732 519 524 172 383 666 381 777 919 923 21 2.061 1.936 1.475 1.121 883 1.113 571 572 643 212 366 920 22 1.365 1.532 928 588 699 115 348 365 121 445 658 1.305 23 2.052 1.872 1.813 1.043 1.164 1.164 961 778 729 442 549 904 24 709 736 1.080 491 353 184 409 305 568 1.022 745 1.493 25 1.658 1.727 2.376 945 960 666 346 347 391 120 128 184 26 1.305 585 854 223 414 680 215 415 121 120 319 561 27 906 878 1.239 916 531 283 263 206 121 710 469 877 28 996 498 1.126 575 395 458 598 502 426 567 341 825 29 988 779 949 369 254 110 127 128 144 120 128 695 30 559 374 504 229 488 1.075 514 546 132 218 354 601 31 805 125 130 128 128 110 127 325 476 120 529 126 32 158 125 301 385 133 110 235 188 182 349 128 126 33 598 389 357 438 352 110 269 171 121 120 322 1.097 34 1.505 1.273 785 617 351 110 229 203 218 120 128 126 35 129 125 130 128 128 110 127 128 121 120 128 126 36 550 125 130 128 203 110 127 128 121 120 128 237 37 1.007 1.644 1.163 1.279 828 675 558 376 228 542 626 776 38 1.395 1.449 1.513 1.144 861 726 330 498 703 999 963 1.283 39 1.543 2.414 1.873 1.571 1.236 1.067 866 648 318 676 910 1.163 40 1.294 1.748 1.387 784 790 523 651 531 332 438 733 1.409 41 1.850 1.614 899 586 537 453 804 740 544 414 864 1.282 42 2.088 1.801 1.870 681 559 432 388 139 121 134 268 126 43 129 586 130 620 670 110 266 244 699 842 715 888 44 1.583 1.749 906 748 308 110 236 233 259 133 128 545 45 783 833 1.135 876 525 226 327 223 243 220 430 872 46 1.464 1.324 1.670 1.070 839 693 555 550 456 664 461 879 47 661 125 754 128 128 110 179 196 121 420 674 946 48 2.306 2.811 1.303 736 280 390 234 427 233 120 447 387 49 995 608 516 545 362 550 617 578 802 642 483 646 50 1.250 1.652 1.062 306 222 198 693 549 551 391 725 599 51 966 947 1.874 1.060 939 1.530 669 729 862 705 696 1.069

Page 253: As conseqüências do assoreamento na operação de ... · ADELENA GONÇALVES MAIA As conseqüências do assoreamento na operação de reservatórios formados por barragens Tese apresentada

52 959 645 331 433 128 477 364 471 529 659 718 798 53 1.373 582 861 1.230 520 936 713 577 367 453 478 652 54 1.582 2.133 1.087 512 530 881 457 587 1.312 1.385 1.149 2.071 55 2.467 2.498 2.175 1.076 795 667 460 426 425 659 488 361 56 165 1.667 1.331 881 779 571 530 409 374 298 453 981 57 1.252 1.156 1.049 1.334 1.047 954 586 328 379 512 744 1.590 58 1.436 1.670 1.489 1.340 1.019 1.220 438 644 920 959 554 907 59 715 125 280 128 128 110 127 128 121 120 424 578 60 1.566 1.236 1.118 965 763 327 221 128 121 120 128 528 61 1.647 2.086 1.775 902 421 683 401 417 238 669 740 1.135 62 1.661 1.867 1.229 1.227 770 783 453 319 346 542 698 800 63 932 1.229 1.283 300 128 110 370 246 121 120 128 313 64 441 592 1.173 526 613 600 319 257 121 120 236 817 65 1.543 1.113 869 349 162 110 127 128 121 120 143 148 66 1.738 2.453 1.605 830 488 242 194 128 121 120 573 893 67 905 511 363 128 128 110 127 128 121 120 128 626 68 1.153 1.204 531 268 360 384 489 312 435 479 274 250 69 374 702 468 701 293 110 127 128 266 579 961 1.393 70 2.870 2.635 2.364 1.762 1.126 1.267 692 639 693 748 843 1.584 71 1.111 1.503 1.288 1.103 1.112 979 717 678 835 1.153 699 1.351 72 1.871 2.460 1.607 1.094 896 940 726 511 778 699 498 1.338 73 1.714 890 953 661 362 196 243 479 121 120 141 126 74 335 125 145 491 447 313 388 212 341 475 507 665 75 1.074 2.411 1.603 1.287 650 593 635 534 805 662 412 168 76 446 586 130 480 151 483 375 737 866 1.175 1.358 2.091 77 2.662 3.226 2.106 1.087 1.122 1.306 577 398 510 802 941 1.837 78 2.793 3.380 2.243 1.412 1.285 1.632 962 651 552 385 366 846 79 1.052 2.003 1.763 1.042 694 110 326 128 121 270 424 169 80 621 1.228 760 657 349 156 344 219 121 528 974 1.691 81 1.539 1.902 2.216 1.544 1.345 1.632 969 664 695 946 665 841 82 1.377 1.583 1.807 843 874 1.276 948 647 847 872 673 1.300 83 1.773 1.065 1.762 1.236 749 321 287 401 360 717 830 946 84 1.616 1.073 558 651 554 371 342 217 388 735 631 1.221 85 1.655 2.894 1.645 821 797 110 422 374 483 705 585 1.212 86 1.291 1.594 848 761 822 1.265 822 793 865 1.454 1.140 861 87 1.378 1.705 1.261 941 582 467 385 318 501 371 521 885 88 1.410 712 911 603 878 664 890 651 659 915 964 1.520 89 921 125 130 128 128 110 260 210 242 485 380 370 90 1.242 2.177 1.369 414 235 110 281 323 139 120 232 873 91 1.240 972 1.074 563 620 712 663 548 582 781 437 936 92 934 1.800 711 1.220 613 362 461 342 418 928 1.101 1.977 93 2.615 3.145 3.252 1.915 1.498 1.570 1.076 1.079 1.399 1.418 977 1.320 94 1.248 967 848 921 785 1.244 691 593 714 650 558 658 95 1.518 1.978 1.634 625 711 955 138 278 386 588 638 834 96 670 148 1.427 1.010 711 1.036 790 697 913 1.031 1.047 1.362 97 1.514 975 451 206 321 193 148 128 238 367 346 1.364 98 1.247 1.906 1.523 1.018 912 808 592 495 387 565 462 442 99 137 125 195 310 314 110 317 356 268 616 592 1.025

100 1.473 1.913 1.341 663 284 229 478 613 629 978 668 256 101 129 125 130 128 501 110 321 245 472 764 722 1.476 102 1.417 1.970 1.275 495 304 419 189 190 121 120 128 184 103 1.392 2.234 1.979 961 444 370 534 632 627 154 659 1.101

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104 939 1.855 2.077 1.591 1.430 1.816 857 724 924 724 862 980 105 1.577 2.254 2.197 982 755 742 730 698 712 959 1.124 1.439 106 1.545 851 539 350 149 732 394 360 270 533 404 989 107 1.661 2.779 2.097 1.639 1.314 1.753 941 638 996 1.423 1.147 1.920 108 1.935 944 1.046 128 128 110 306 247 477 488 586 1.262 109 1.072 538 958 658 440 110 127 138 293 355 390 330 110 129 125 130 128 128 110 127 186 324 763 524 644 111 1.440 1.845 1.188 478 653 317 392 412 244 217 286 126 112 129 125 130 128 128 110 127 145 121 120 128 126 113 129 565 339 576 941 1.034 517 232 173 609 783 896 114 1.418 552 937 910 443 110 127 128 121 120 214 149 115 817 1.010 527 213 128 110 127 128 121 262 536 655 116 1.150 1.492 1.545 723 413 622 149 128 121 120 128 126 117 129 125 130 128 128 110 127 159 121 120 128 126 118 129 125 267 667 454 110 127 220 241 911 871 1.109 119 1.348 2.027 1.197 771 943 1.150 774 807 889 1.019 1.160 1.364 120 1.176 945 804 1.011 904 618 425 238 321 203 416 1.266 121 985 1.325 951 510 576 311 127 128 374 432 450 750 122 857 1.173 371 128 128 110 148 297 286 517 546 850 123 1.394 1.444 1.623 1.461 1.358 1.456 866 741 1.014 1.334 1.358 1.636 124 2.043 2.387 1.585 739 732 857 441 353 417 899 752 1.132 125 1.344 1.662 1.256 887 832 2.077 1.350 1.419 1.662 1.466 1.219 1.895 126 1.829 1.961 1.587 1.138 586 179 221 128 121 120 128 126 127 134 125 673 492 436 110 364 164 256 120 488 436 128 508 375 499 473 345 110 127 128 121 120 128 126 129 304 402 512 584 640 573 317 331 121 120 167 473 130 782 776 1.203 863 452 110 406 177 121 120 128 126 131 129 125 130 128 194 110 127 282 121 120 128 151 132 990 1.693 1.344 903 798 962 451 275 163 194 128 176 133 455 1.069 1.266 1.031 743 1.286 1.006 725 758 802 619 928 134 875 387 398 316 566 471 240 128 199 120 128 455 135 945 1.846 1.866 1.382 1.084 1.277 731 663 841 1.026 1.305 1.613 136 2.104 2.427 1.315 957 464 613 168 155 121 120 490 370 137 722 439 612 740 128 490 411 365 623 764 495 755 138 1.424 2.181 1.760 920 642 787 712 700 921 772 826 1.276 139 1.386 586 130 286 467 488 456 215 457 889 305 481 140 678 636 966 392 128 110 127 135 121 120 128 244 141 129 125 332 177 533 500 437 247 121 120 479 1.101 142 964 763 526 650 866 785 478 310 322 636 329 595 143 390 1.224 933 211 214 110 127 128 492 746 443 346 144 186 871 581 269 249 110 357 334 363 120 199 464 145 134 427 1.003 434 265 110 195 128 121 120 176 128 146 1.017 1.272 1.097 330 128 110 127 340 126 271 790 885 147 1.638 1.348 1.400 1.098 793 890 813 443 644 574 404 807 148 897 992 1.152 1.085 1.355 2.083 1.123 914 976 1.187 725 973 149 2.200 2.660 1.719 941 1.043 948 541 590 634 680 561 1.051 150 546 1.681 2.022 953 665 645 427 276 396 518 930 1.159 151 1.382 2.027 1.017 673 584 700 553 619 580 555 850 1.022 152 1.611 2.135 1.719 1.050 928 957 890 801 970 956 929 1.125 153 1.393 1.310 1.279 870 567 398 323 324 621 642 782 974 154 1.856 2.022 1.500 954 900 714 245 128 216 442 430 668 155 897 778 712 128 128 110 127 212 154 120 485 319

Page 255: As conseqüências do assoreamento na operação de ... · ADELENA GONÇALVES MAIA As conseqüências do assoreamento na operação de reservatórios formados por barragens Tese apresentada

156 868 718 760 411 456 274 272 128 397 759 965 1.439 157 2.596 3.884 2.652 1.493 1.469 1.024 932 587 516 604 683 1.221 158 1.819 2.426 1.657 353 491 409 285 255 538 366 253 286 159 350 125 130 256 530 722 553 775 486 283 313 847 160 1.156 125 130 147 189 277 127 128 141 499 771 856 161 1.180 2.471 2.366 1.449 1.099 834 427 639 900 403 634 958 162 874 981 787 806 706 908 731 556 491 120 128 126 163 451 421 558 488 394 858 436 329 358 171 128 126 164 409 871 276 128 292 542 438 553 526 596 600 980 165 1.015 504 130 128 128 110 223 212 382 120 603 513 166 449 886 1.022 1.037 842 783 570 545 723 672 308 366 167 1.038 775 1.486 1.295 957 1.287 833 740 701 760 497 329 168 129 1.086 1.160 1.018 759 503 247 142 121 188 402 740 169 1.199 1.053 824 698 725 1.023 882 683 932 657 495 635 170 843 499 555 195 156 144 379 291 121 120 128 126 171 150 125 677 638 471 110 155 128 209 167 632 574 172 1.359 2.259 1.537 1.138 624 393 222 231 121 120 320 745 173 1.248 832 820 131 230 110 318 383 242 120 215 286 174 673 125 440 492 541 943 1.035 689 536 796 843 1.427 175 1.265 1.045 1.380 1.202 705 1.005 822 880 872 667 609 542 176 594 607 410 477 527 224 166 216 333 820 975 1.223 177 1.816 2.002 1.779 935 1.163 1.216 801 743 926 490 877 988 178 1.092 2.209 1.906 958 794 1.098 847 664 568 676 745 850 179 2.013 2.379 1.559 903 688 604 453 129 235 120 262 544 180 1.353 1.217 626 149 128 110 127 128 121 120 128 367 181 805 987 648 615 209 110 331 259 372 237 128 126 182 129 125 130 128 185 110 346 353 491 737 721 1.333 183 1.610 2.679 422 187 128 110 127 128 304 349 344 252 184 797 478 1.136 407 222 637 322 128 121 120 175 523 185 607 492 999 692 763 1.143 866 870 690 826 1.005 1.209 186 1.746 1.145 907 419 128 110 127 128 121 120 128 126 187 129 125 372 214 128 157 314 364 334 120 128 423 188 941 1.614 1.461 516 623 1.176 705 514 706 453 457 618 189 1.038 1.497 977 300 128 110 127 128 142 120 128 126 190 873 367 130 376 329 110 127 128 121 285 723 1.338 191 2.257 2.444 2.532 1.284 1.116 1.250 709 345 422 565 861 847 192 702 248 345 608 254 110 127 128 121 150 128 779 193 129 385 710 637 809 674 352 175 256 372 192 126 194 129 1.420 970 339 329 115 800 772 836 742 1.268 1.989 195 2.393 3.660 2.968 1.786 1.314 1.044 863 707 892 725 799 1.128 196 1.744 466 1.286 775 251 110 344 489 525 445 135 554 197 1.080 662 1.035 474 128 110 408 128 300 335 620 1.075 198 2.085 1.245 957 808 785 840 490 338 558 668 530 1.002 199 1.714 1.705 1.015 569 656 905 558 417 156 428 378 618 200 1.503 1.729 1.683 1.060 966 791 261 181 302 382 529 677 201 713 230 1.013 733 498 693 589 607 780 1.199 1.016 1.697 202 2.036 1.771 1.742 877 1.077 932 525 416 507 187 492 260 203 129 471 1.013 682 941 873 456 446 752 1.193 685 1.371 204 1.807 977 1.192 829 1.177 1.213 783 774 752 1.085 760 1.082 205 1.627 990 953 1.024 446 597 135 128 121 120 150 544 206 630 602 757 841 489 414 380 194 183 172 458 1.044 207 2.013 3.439 2.516 1.589 921 1.173 511 569 811 789 961 1.313

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208 1.630 2.448 1.763 1.311 955 760 272 395 434 256 134 126 209 405 1.020 1.340 1.017 588 1.240 680 537 386 809 599 478 210 1.210 1.601 1.104 683 712 110 175 128 121 120 128 126 211 258 125 130 128 159 485 266 128 121 120 128 219 212 977 1.643 1.289 454 599 756 483 527 335 266 522 1.471 213 1.844 2.699 1.852 1.429 768 222 237 128 170 467 313 635 214 315 125 130 128 128 110 127 128 121 120 445 1.398 215 2.385 2.855 2.618 1.766 917 620 564 485 406 306 261 312 216 129 125 130 128 214 184 269 128 121 120 329 613 217 1.292 792 1.178 738 597 271 414 356 193 598 871 1.206 218 2.333 1.608 1.613 849 668 110 139 143 121 233 216 625 219 1.334 2.277 1.455 517 369 110 127 195 166 120 235 126 220 129 941 1.526 731 381 347 670 506 458 644 243 1.026 221 810 1.684 1.706 1.142 1.083 1.814 902 785 840 906 759 1.568 222 1.952 1.470 1.690 922 582 827 306 247 121 146 226 224 223 337 739 814 555 330 307 198 128 121 120 128 126 224 129 125 556 441 433 110 422 246 133 120 128 126 225 129 125 130 128 128 110 127 165 150 120 128 137 226 224 786 1.131 1.174 766 1.193 775 671 885 867 873 775 227 1.756 940 1.015 603 850 564 528 225 290 120 128 344 228 544 905 824 556 634 358 218 133 121 120 524 1.138 229 1.569 1.654 1.739 1.219 1.018 1.136 865 511 495 1.173 952 1.273 230 1.333 786 735 472 307 110 127 128 121 120 128 206 231 1.064 867 695 738 1.012 687 349 503 256 160 128 126 232 898 598 665 385 223 110 127 128 121 425 481 1.374 233 1.489 1.021 550 691 650 653 701 497 419 502 606 1.376 234 1.048 2.042 1.133 402 136 110 281 391 291 130 571 748 235 738 217 1.065 1.121 983 729 574 518 753 271 128 126 236 565 1.131 923 128 492 110 421 500 700 721 944 1.422 237 618 1.338 1.633 873 459 202 252 223 269 317 380 440 238 882 470 130 128 128 110 127 128 121 120 339 290 239 241 943 666 617 804 840 678 498 262 308 464 774 240 1.322 1.793 2.011 804 802 1.069 956 913 628 498 889 1.739 241 2.080 2.198 1.772 1.338 716 908 469 476 518 725 728 1.417 242 985 1.265 1.357 1.145 742 1.059 639 564 1.037 1.571 1.273 1.813 243 2.293 3.023 2.311 1.130 1.037 1.190 711 654 729 452 647 289 244 1.193 1.297 1.299 1.208 1.330 1.371 687 455 364 693 807 412 245 1.504 1.987 1.313 761 855 972 786 814 911 1.469 1.499 2.594 246 2.955 3.964 2.448 2.236 1.801 2.513 1.298 845 691 879 814 948 247 1.474 2.143 1.327 1.047 471 110 457 307 255 120 128 186 248 600 869 548 341 128 267 517 482 941 701 544 852 249 1.146 736 595 824 219 110 431 483 380 511 395 488 250 1.523 2.161 1.293 789 452 762 677 747 642 806 1.005 1.833 251 1.788 2.271 1.160 411 402 289 127 229 369 521 720 498 252 844 783 717 128 221 353 215 409 705 586 797 1.289 253 1.861 2.029 1.180 629 128 110 286 212 168 127 252 217 254 135 125 130 163 455 329 381 553 378 309 128 400 255 1.028 570 819 844 530 128 127 128 162 211 128 620 256 999 1.192 1.700 903 688 349 660 459 383 209 163 236 257 1.157 1.647 863 437 614 110 376 412 272 420 776 521 258 846 417 929 128 128 110 127 128 122 120 303 304 259 1.019 857 456 498 324 110 127 152 121 130 433 517

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260 1.069 1.020 904 589 561 404 381 429 121 120 128 126 261 129 647 295 584 132 110 127 170 170 206 305 842 262 936 999 1.248 970 138 110 127 128 178 391 280 126 263 695 1.186 1.534 931 523 110 127 128 121 120 199 126 264 902 1.205 278 128 180 605 525 461 442 738 630 483 265 962 801 688 720 399 110 324 335 415 525 693 1.076 266 1.467 931 588 247 690 651 325 318 409 609 847 1.221 267 816 125 407 137 128 110 127 128 121 120 128 126 268 129 125 423 203 307 110 239 128 121 120 128 126 269 665 1.070 919 874 491 844 593 386 555 647 685 1.057 270 823 125 130 128 128 110 127 128 121 120 128 126 271 129 125 130 128 128 110 136 128 293 316 442 722 272 781 1.336 1.585 863 697 876 404 202 203 120 191 773 273 1.577 2.265 1.838 1.324 902 557 335 268 349 154 375 409 274 439 125 130 128 214 110 127 342 417 917 943 1.110 275 1.172 1.556 1.938 1.422 1.095 1.256 694 837 981 817 573 514 276 129 125 130 247 601 805 639 613 596 733 573 581 277 632 1.971 1.629 806 488 350 242 420 427 325 696 944 278 713 352 1.622 1.078 398 565 582 477 371 510 508 808 279 1.566 1.733 1.387 1.004 542 318 127 177 121 427 659 1.360 280 1.185 945 130 128 128 110 127 128 121 120 128 126 281 129 125 588 350 239 110 365 498 435 703 600 1.224 282 2.297 2.012 1.515 601 757 925 581 578 715 551 415 536 283 129 125 330 142 306 110 127 246 475 641 787 920 284 1.473 1.396 702 641 362 110 127 199 364 497 353 673 285 227 714 507 736 371 110 291 389 548 323 263 552 286 939 1.997 2.081 976 801 598 483 477 550 771 798 340 287 1.090 1.252 1.680 1.383 939 911 497 291 121 120 314 259 288 279 568 910 417 273 434 433 459 767 781 611 747 289 791 1.563 1.126 817 999 688 541 579 606 604 1.179 1.205 290 1.743 1.883 1.469 372 128 321 434 373 239 410 719 940 291 1.297 243 130 181 444 110 127 128 121 120 258 1.390 292 1.509 382 374 528 184 110 127 128 121 120 296 906 293 980 1.457 1.109 766 557 258 396 311 149 575 452 1.181 294 1.415 921 752 412 825 862 741 620 551 1.234 1.009 1.586 295 1.119 836 1.004 459 708 924 844 807 502 344 596 1.915 296 2.414 3.223 2.014 938 696 638 303 307 281 412 205 263 297 417 696 987 733 766 688 583 670 754 1.023 1.190 1.888 298 1.333 1.801 1.288 980 700 712 735 447 785 1.087 982 1.461 299 1.755 1.196 846 655 823 691 172 388 450 492 598 1.323 300 1.800 2.143 1.232 692 482 928 456 584 258 406 371 325 301 129 369 130 335 332 110 315 128 306 880 654 1.179 302 1.723 1.502 511 240 341 110 143 181 328 120 421 1.275 303 2.134 1.554 1.856 1.246 748 1.005 729 434 509 687 633 610 304 910 501 429 493 403 283 273 128 121 120 128 126 305 129 125 130 128 128 110 127 128 308 322 425 580 306 608 1.831 892 893 751 438 483 281 397 761 351 687 307 1.269 1.426 1.310 1.437 861 777 669 401 347 528 254 507 308 1.029 1.508 1.173 1.021 647 947 743 573 595 816 702 1.174 309 2.253 3.055 2.316 1.366 1.009 1.193 737 514 260 670 563 173 310 578 125 130 128 128 110 127 128 121 162 335 422 311 988 1.293 1.237 888 907 178 273 216 459 752 1.030 1.549

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312 1.542 1.006 621 205 128 110 145 310 348 690 591 1.000 313 1.676 932 838 938 373 425 525 530 569 796 558 987 314 725 2.099 2.067 1.455 1.064 1.208 510 342 559 236 128 126 315 1.070 1.140 1.177 679 285 110 275 457 738 448 437 951 316 1.404 125 159 128 128 146 551 582 331 526 646 789 317 1.031 1.211 1.165 920 591 633 618 383 717 709 710 1.098 318 1.538 1.366 1.091 814 581 722 740 601 575 1.035 991 1.597 319 1.162 1.398 879 748 761 957 830 761 891 1.133 1.213 2.022 320 2.726 3.475 2.223 1.477 1.098 938 895 921 887 1.186 1.192 1.963 321 2.316 2.355 1.584 1.199 869 372 249 409 457 1.011 998 1.592 322 1.839 1.818 2.520 1.612 899 817 541 401 666 511 582 949 323 1.518 972 813 1.069 798 1.187 1.074 959 1.101 974 862 914 324 1.739 1.590 1.619 815 720 511 357 138 241 308 295 470 325 627 125 280 128 128 110 165 128 121 120 135 470 326 129 374 268 394 128 110 261 272 409 652 595 917 327 1.764 2.057 1.540 1.348 659 853 695 902 1.271 1.415 1.149 1.356 328 2.053 2.406 2.094 1.298 1.334 1.350 939 713 874 1.211 1.155 1.572 329 1.689 1.697 1.355 564 397 681 345 137 121 120 548 477 330 1.147 1.157 1.108 1.133 685 345 237 229 153 537 490 1.440 331 2.576 2.884 2.109 541 495 460 773 720 688 1.116 1.059 1.375 332 1.758 1.604 1.827 1.130 1.232 992 733 761 693 705 555 589 333 1.376 1.629 1.448 1.060 796 643 600 582 935 629 736 863 334 1.310 2.165 2.407 1.516 1.084 1.107 1.017 741 573 775 652 1.024 335 625 706 681 1.062 759 1.262 577 618 1.010 787 601 857 336 1.383 1.472 1.172 842 298 322 160 128 121 181 282 1.078 337 1.253 1.450 560 487 417 240 150 151 173 279 631 620 338 728 1.603 1.221 926 419 523 309 128 121 185 367 710 339 570 1.556 717 580 541 814 317 163 236 323 307 547 340 1.802 2.743 1.790 956 539 675 149 128 121 120 128 222 341 226 125 631 170 422 575 425 350 307 460 374 672 342 240 584 130 275 716 509 623 348 297 240 128 126 343 146 293 588 499 139 110 394 347 294 523 128 314 344 496 1.493 920 923 983 1.504 400 354 243 387 383 414 345 576 1.150 947 493 910 857 289 318 244 384 527 889 346 1.236 770 758 879 646 630 523 520 315 142 128 126 347 129 125 916 475 225 779 627 633 889 760 808 1.255 348 2.384 2.641 1.642 770 394 606 387 228 121 120 310 191 349 381 1.456 1.177 128 128 110 127 205 260 357 227 236 350 781 723 663 730 597 179 289 128 627 242 426 384 351 1.072 818 500 128 181 110 419 128 121 309 290 126 352 139 260 979 414 427 234 363 470 656 430 252 336 353 1.361 2.159 817 1.299 498 181 236 311 487 840 761 351 354 1.294 1.633 1.216 901 601 273 653 525 372 120 182 249 355 855 1.881 1.443 571 833 918 534 567 678 497 691 856 356 928 446 617 211 185 110 127 128 121 120 128 126 357 168 272 670 718 587 501 341 419 296 284 399 413 358 187 125 679 522 541 110 127 191 121 120 385 126 359 129 125 130 128 261 110 127 128 121 120 128 126 360 129 125 130 128 198 128 127 128 121 120 256 126 361 282 125 344 290 332 148 127 128 121 120 136 657 362 509 125 361 400 331 110 263 139 479 785 645 1.210 363 1.126 1.069 398 424 403 110 127 132 121 120 128 126

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364 129 125 130 128 128 110 127 128 121 120 128 126 365 399 569 897 974 1.226 1.674 870 529 690 873 1.011 1.273 366 1.325 1.427 1.737 905 533 167 373 159 364 290 130 246 367 871 483 349 405 645 224 291 426 168 309 702 1.031 368 698 685 130 128 245 213 385 401 628 332 273 381 369 575 619 762 343 578 489 305 182 121 522 855 1.252 370 1.972 2.595 2.593 1.626 973 1.485 555 523 544 838 677 1.100 371 1.141 1.288 904 649 287 339 202 218 316 514 636 1.202 372 1.339 1.232 1.814 940 560 315 581 620 710 1.384 1.072 1.033 373 1.336 1.161 704 537 555 924 543 338 416 253 435 775 374 1.143 1.563 1.397 684 744 260 389 263 121 120 241 126 375 881 125 130 128 128 110 127 198 121 433 648 497 376 1.001 936 130 328 128 110 127 128 121 120 128 126 377 129 125 130 128 345 698 611 678 572 707 346 126 378 473 399 266 171 128 173 458 545 602 386 432 611 379 881 1.071 557 269 495 110 260 402 505 732 653 1.097 380 1.283 1.776 1.462 638 247 144 409 373 646 471 663 624 381 1.311 447 333 256 250 110 127 128 121 120 128 126 382 129 125 933 415 979 571 313 128 121 120 235 508 383 933 1.716 1.014 348 128 110 278 232 263 120 406 420 384 1.399 1.882 1.406 1.402 635 1.044 823 568 588 510 356 795 385 566 856 1.165 959 653 985 551 498 665 1.039 884 1.423 386 1.864 2.494 2.370 1.295 921 1.726 849 502 352 718 585 871 387 603 125 446 128 128 110 127 128 121 120 128 126 388 129 125 404 488 370 110 127 128 121 120 171 322 389 480 125 130 128 128 110 209 128 292 120 728 790 390 782 191 654 555 383 110 399 363 272 496 589 599 391 1.310 1.674 1.619 1.085 992 894 622 486 366 120 128 126 392 129 125 350 128 128 110 127 128 121 120 499 988 393 1.165 1.527 1.271 684 691 1.479 577 321 414 527 635 1.147 394 1.436 1.451 1.147 581 516 338 127 128 121 120 310 178 395 629 125 529 542 622 603 205 128 121 120 313 445 396 644 276 512 650 633 797 628 497 569 1.135 1.237 2.059 397 1.971 2.780 1.961 1.296 933 920 856 612 729 1.067 1.054 1.403 398 2.109 2.254 1.992 1.234 1.299 1.279 732 496 535 519 196 126 399 129 297 775 806 541 618 183 128 121 120 128 653 400 970 1.722 1.637 825 459 110 309 256 287 405 589 1.300 401 1.126 1.564 890 730 569 702 635 503 538 793 912 817 402 591 434 634 401 397 523 823 751 892 989 896 1.631 403 1.869 1.721 1.176 1.090 634 331 259 128 121 120 505 840 404 1.141 125 412 634 451 800 522 279 338 640 529 881 405 1.259 745 1.001 634 220 122 548 309 421 751 629 993 406 1.591 936 771 165 410 199 397 294 456 652 957 1.443 407 2.148 2.121 1.752 1.171 730 449 144 324 719 669 432 587 408 952 628 130 613 467 453 719 549 604 655 680 973 409 1.523 1.764 1.252 291 268 110 312 352 563 794 662 973 410 2.087 1.996 1.363 1.129 670 360 329 421 303 120 249 438 411 610 1.832 1.459 1.606 1.055 850 534 717 694 418 128 475 412 675 251 557 825 603 274 469 310 775 302 386 643 413 1.126 1.737 1.117 443 260 110 127 128 121 120 128 126 414 129 125 130 128 128 110 212 316 135 120 128 126 415 129 125 130 194 291 110 453 547 792 872 610 477

Page 260: As conseqüências do assoreamento na operação de ... · ADELENA GONÇALVES MAIA As conseqüências do assoreamento na operação de reservatórios formados por barragens Tese apresentada

416 129 125 130 128 128 110 127 128 144 283 128 126 417 877 464 1.104 672 606 346 560 552 365 125 182 656 418 694 395 465 852 806 403 127 208 223 346 342 413 419 308 125 333 128 128 110 127 128 121 120 128 140 420 129 125 546 158 393 110 444 408 317 120 184 334 421 611 1.173 818 369 488 427 434 496 603 552 347 699 422 749 831 758 589 297 110 127 128 121 224 630 553 423 1.279 1.615 972 922 370 236 407 227 326 222 128 126 424 129 125 130 200 354 505 540 456 381 186 317 513 425 536 573 669 864 422 110 221 128 121 120 128 685 426 936 570 692 750 533 979 674 793 694 453 128 126 427 851 973 377 519 474 825 496 185 510 405 450 1.026 428 1.643 1.754 1.707 1.005 378 256 333 441 307 423 266 126 429 968 804 1.073 989 492 110 580 562 516 515 478 771 430 804 1.131 336 578 613 861 824 598 481 730 751 690 431 1.648 1.951 1.307 1.086 1.073 1.411 800 893 817 447 572 1.082 432 1.776 2.176 1.365 970 781 791 357 128 121 148 213 126 433 129 176 130 128 128 219 127 196 328 120 230 126 434 540 1.254 641 417 391 110 387 320 195 120 128 126 435 129 125 505 504 668 607 516 398 430 163 128 126 436 129 125 969 634 532 169 355 311 590 452 429 821 437 954 1.396 1.072 449 432 724 718 292 232 224 128 126 438 305 125 134 251 128 110 128 128 121 120 128 190 439 824 555 379 426 144 554 689 353 295 656 760 1.551 440 1.859 2.077 2.148 1.319 782 228 127 128 257 758 1.073 1.836 441 2.030 2.028 1.104 504 248 110 323 395 380 606 488 510 442 432 1.068 1.190 1.098 678 825 515 204 186 329 362 1.009 443 2.310 3.022 2.207 1.318 895 903 565 592 295 120 236 213 444 129 134 732 320 408 110 127 330 229 436 1.067 1.594 445 1.959 1.453 2.051 1.576 988 1.613 1.051 777 379 548 419 1.088 446 1.500 1.489 706 719 491 110 127 128 121 120 167 945 447 1.353 1.645 1.252 700 349 799 274 328 217 539 673 1.152 448 1.996 2.985 1.994 1.199 344 151 527 478 660 880 972 1.288 449 2.456 2.349 872 688 722 852 651 509 282 521 310 368 450 557 125 130 277 502 387 276 368 121 120 506 237 451 611 339 381 392 442 297 145 133 121 120 128 718 452 683 913 882 565 197 110 230 309 381 979 778 719 453 129 688 1.206 528 575 110 127 128 121 144 265 613 454 834 545 1.107 609 356 425 352 329 144 162 262 464 455 670 1.180 130 171 239 110 137 128 121 120 354 823 456 1.147 954 1.164 504 183 225 506 709 546 1.026 888 1.423 457 1.727 2.138 1.473 1.082 677 1.233 811 480 420 449 701 704 458 1.693 1.293 597 654 312 110 373 422 373 343 283 240 459 129 125 130 128 128 110 127 312 233 190 381 590 460 1.469 2.404 1.583 965 1.072 1.111 366 128 121 120 128 126 461 1.003 324 462 412 312 164 318 233 121 356 475 480 462 391 636 857 463 349 448 242 303 210 120 128 126 463 340 681 242 387 454 710 772 544 531 503 565 506 464 1.010 1.268 1.660 1.412 1.115 1.134 553 524 401 216 482 992 465 2.104 2.456 2.422 1.322 974 1.347 1.129 842 870 695 593 724 466 1.485 1.514 512 566 415 420 390 234 230 421 508 412 467 1.032 1.033 1.099 612 286 110 127 128 121 120 128 126

Page 261: As conseqüências do assoreamento na operação de ... · ADELENA GONÇALVES MAIA As conseqüências do assoreamento na operação de reservatórios formados por barragens Tese apresentada

468 129 125 130 128 128 110 127 128 121 120 128 126 469 129 756 670 172 284 110 297 244 399 201 680 1.482 470 1.449 1.945 1.689 1.146 862 1.427 986 729 1.141 1.165 1.221 1.264 471 2.290 2.029 1.880 1.147 735 923 571 481 433 701 791 943 472 766 971 633 948 935 1.369 1.001 938 1.001 826 718 1.214 473 998 145 796 636 399 638 617 614 1.063 972 972 1.659 474 2.528 1.905 2.327 1.176 562 785 658 346 607 573 566 1.230 475 996 1.538 1.389 873 622 280 466 575 604 813 837 1.149 476 2.271 2.546 1.783 1.100 502 978 693 494 452 997 852 1.125 477 363 513 814 855 725 453 643 425 290 205 628 908 478 962 585 183 128 685 540 467 399 178 120 128 126 479 129 125 501 747 518 253 145 280 410 730 714 1.137 480 1.054 2.248 1.710 1.357 976 1.090 423 128 259 473 607 715 481 1.398 1.098 283 128 128 110 127 128 133 161 292 126 482 129 125 130 287 128 110 127 196 121 609 770 1.389 483 2.187 2.697 1.999 1.515 1.141 1.275 864 780 796 1.036 811 1.343 484 1.146 1.008 350 952 901 1.338 791 642 674 578 511 1.027 485 1.772 1.427 1.170 1.103 1.037 883 865 810 444 552 315 805 486 850 1.550 935 369 445 852 448 418 418 256 156 672 487 699 1.720 1.420 1.013 373 190 292 128 121 120 128 126 488 129 125 130 128 128 110 127 178 121 120 128 126 489 530 412 583 156 422 110 581 595 433 619 825 850 490 1.569 1.660 1.070 268 484 433 640 708 659 723 677 950 491 881 527 421 773 884 1.448 541 467 332 120 226 394 492 923 693 405 413 585 617 409 236 464 710 537 126 493 129 125 130 128 543 552 515 469 379 904 812 655 494 1.136 1.667 1.586 876 865 734 348 454 560 790 869 959 495 1.071 2.121 1.979 960 384 110 127 162 121 120 271 487 496 970 1.069 831 407 419 437 537 479 121 407 514 1.003 497 1.192 1.053 861 496 236 110 574 662 599 681 688 228 498 1.095 839 912 128 128 110 367 405 479 285 343 612 499 533 460 768 246 128 110 127 253 402 445 468 969 500 1.081 602 130 128 128 110 219 383 383 476 164 277

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ANEXO A

Planta da topografia original do Reservatório de Promissão, em 1975

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ANEXO B

Planta da topografia do Reservatório de Promissão em 2005

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ANEXO C

Modelo de Ackers & White (1973)

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O modelo de transporte de sedimento apresentado em Ackers & White (1973) é semi-

empírico e foi baseado em quase 1000 experimentos de transporte de sedimento uniforme,

ou quase uniformes, escoando em conduto livre com altura da lâmina de água acima de 0,4

metros.

Para o desenvolvimento da teoria considera-se que o sedimento graúdo é transportado

principalmente através do leito do curso d’água e assume-se que a tensão de cisalhamento

efetiva sustenta uma relação similar com a velocidade média do escoamento sobre uma

superfície plana com textura granulada em repouso.

As funções são baseadas em três adimensionais: Dgr (tamanho das partículas), Fgr

(número de mobilidade do sedimento) e Ggr (taxa de transporte do sedimento),

apresentados a seguir:

3/1

2

)1(

=νsgDDgr

n

n

gr

Dd

VsgD

F

=

1

*

log32)1( αν

(C. 1)

mgr

gr AF

CG

−= 1

Onde:

D – diâmetro do sedimento;

g - aceleração da gravidade;

s - densidade do sedimento relativa ao fluido (= γs/γ, peso específico do sedimento/ peso

específico da água);

ν - viscosidade cinemática do fluido;

ν* - velocidade de cisalhamento;

V - velocidade média do escoamento;

n – expoente de transição, depende do tamanho do grão;

α, C – coeficientes (sendo o valor de α adotado igual a 10, baseado nos resultados

experimentais);

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d – profundidade média do escoamento;

m – expoente:

A – valor no número de Froud no início do movimento.

O processo de cálculo se inicia com a determinação do valor de Dgr, onde se assume

D=D50, sendo este modelo indicado apenas para valores de D>0,04 mm. Considerando o

transporte de areia em água a 15ºC, os valores correspondentes de Dgr em função de D

são:

D = 0,04 m ⇒ Dgr = 1

D = 2,5 mm ⇒ Dgr = 60

Estes limites foram estabelecidos para diferenciar material graúdo de material fino.

Valores compreendidos entre os mesmos caracteriza a chamada zona de transição.

A determinação dos valores de n, A, m e C é feita segundo as relações apresentadas a

seguir. Estas relações foram retiradas das análises experimentais, sendo estes coeficientes e

expoentes uma função do adimensional do tamanho do grão (Figura C.1):

Para a zona de transição:

grDn log56,000,1 −=

14,023,0+=

grDA

34,166,9+=

grDm

53,3)(loglog86,2log 2 −−= grgr DDC

Para sedimentos graúdos:

n = 0,00

A = 0,17

m = 1,50

C = 0,025

Os valores de Fgr e Ggr podem ser calculados, sendo Ggr convertido em termos de massa

de sedimento por massa do fluido (X), através da equação:

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ngr VdsDG

X

=

*ν (C.2)

Uma vez calculado o valor de “X”, por meio da Equação C.3 é possível se obter o valor

da descarga sólida (Qs), em kg/s.

ρ..QXQs = (C.3)

Onde:

Q – vazão do escoamento, em m3/s.

ρ – massa específica do fluido, em kg/m3.

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FIGURA C.1. Coeficientes da função geral de transporte de sedimento

Através da análise da Figura C.1 observa-se que o valor do expoente de transição “n”

apresenta o valor de 1,00 para o valor limite de Dgr = 1, o que confirma a hipótese dos

autores de que o transporte de sedimentos finos é melhor representado em termos de tensão

de cisalhamento total, representado pela variável de velociddae de cisalhamento, como

pode-se observar na Equação C.1 quando n=1. No caso de sedimento graúdo este

transporte deve considerar a tensão de cisalhamento que ocorre no grão, representado pela

variável de velocidade média do escoamento, observar quando n=0 na Equação C.1.

Materiais mais leves do que os caracterizados por Dgr<1 não devem se utilizar do

modelo apresentado, pois o material com esta granulometria exibe características coesivas,

que apresentam leis de erosão e aglomeração mais complexas e não abordadas pelo

modelo.