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Copyright2012 por Grady S. McMurtry Publicado no Brasil com a devida autorização e com todos os direitos reservados pela A. D. Santos Editora Al. Júlia da Costa, 215 80410-070 - Curitiba - Paraná - Brasil +55(41)3207-8585 www.adsantos.com.br [email protected] Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) McMURTRY, Grady Shannon. As Festas Judaicas do Antigo Testamento – Seu significado histórico, cris- tão e profético. Título original: The Feasts of the Old Testament/ Grady Shannon McMurtry – Curitiba: A. D. Santos Editora, 2012. 168 p. ISBN – 978-85-7459-282-4 1. Teologia Social Cristã (Atitudes do Cristianismo frente aos assuntos seculares e às outras religiões) 2. Teocracia CDD – 261 1ª edição: Julho / 2012 – 3.000 exemplares. Proibida a reprodução total ou parcial, por quaisquer meios a não ser em citações breves, com indicação da fonte. Edição e Distribuição: Tradução: Ozeas e Claudia Rossin Capa Igor Braga Editoração: Manoel Menezes Acompanhamento Editorial: Priscila Laranjeira Impressão e acabamento: Gráfica Exklusiva

As Festas judaicas

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AS FESTAS JUDAICAS DO ANTIGO TESTAMENTO – Seu significa histórico, cristão e profético! Por que deveríamos estar interessados em um estudo sobre os dias santos judaicos? Qual o significado desses dias sagrados têm para os cristãos desta era?

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Copyright2012 porGrady S. McMurtry

Publicado no Brasil com a devidaautorização e com todos os direitosreservados pela

A. D. Santos EditoraAl. Júlia da Costa, 21580410-070 - Curitiba - Paraná - Brasil+55(41)[email protected]

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)

McMURTRY, Grady Shannon.

As Festas Judaicas do Antigo Testamento – Seu significado histórico, cris-tão e profético. Título original: The Feasts of the Old Testament/ GradyShannon McMurtry – Curitiba: A. D. Santos Editora, 2012. 168 p.

ISBN – 978-85-7459-282-4

1. Teologia Social Cristã (Atitudes do Cristianismo frente aos assuntosseculares e às outras religiões)

2. Teocracia

CDD – 261

1ª edição: Julho / 2012 – 3.000 exemplares.

Proibida a reprodução total ou parcial,

por quaisquer meios a não ser em citações breves,

com indicação da fonte.

Edição e Distribuição:

Tradução:Ozeas e Claudia Rossin

CapaIgor Braga

Editoração:Manoel Menezes

Acompanhamento Editorial:Priscila Laranjeira

Impressão e acabamento:Gráfica Exklusiva

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Introdução

A. Descrição do Estudo: Este guia implicará no estudo dosDias Sagrados Judaicos e as Festas que comemoram oseventos históricos, os quais têm um forte significado cris-tão e que preveem eventos futuros.• Quais são as primeiras perguntas que devemos fazer

quando confrontados com um tema como esse?• Por que deveríamos estar interessados num estudo sobre

os dias santos judaicos, em primeiro lugar?• O que podemos aprender com isso?• Qual o significado que esses dias sagrados têm para os

cristãos desta era moderna?Sem o Novo Testamento, o Antigo Testamento é incom-

pleto, é uma promessa sem cumprimento, uma sombra da rea-lidade. Na aliança mosaica havia cinco componentes princi-pais. Estes foram:

1. A Lei Moral e a Lei Civil, Deuteronômio 4:10-13 e5:1-21.

2. O Tabernáculo de Moisés, Êxodo cap. 25-40.

3. Os Sacrifícios Levíticos, Levítico cap. 1-7.

4. O Sacerdócio Araônico (Levítico), Êxodo cap. 28-29 eLevítico cap. 8-9.

5. As Festas do Senhor, Levítico 23 e Deuteronômio 16.

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Nossa proposta é descobrir o rico material contido noquinto componente – As Festas do Senhor. Nelas, veremoscontido, o plano de Deus para o homem e aprenderemoscomo nos aproximar de Sua presença. Não é necessário cele-brar as festas bíblicas a fim de sermos salvos. Somos salvospela fé em Jesus. A questão das festas tem a ver em como ser-mos frutíferos, agora que somos salvos. Quando comemora-mos as festas, é como se fizéssemos um ensaio de uma peçasobre o plano da redenção, e isso nos ajuda a manter o fococorreto em seus propósitos.

Os cristãos são chamados cristãos, porque os nãos crentesolhavam para os Judeus que haviam aceitado Jesus como seuMessias, e para aqueles que não eram Judeus, mas tambémaceitaram Jesus Cristo como seu Senhor e Salvador, e diziamque eles estavam imitando a vida de Jesus Cristo, e por issoforam rotulados ou identificados como “pequenos Cristos” ou“cristãos”.

Jesus nasceu, cresceu e morreu judeu. Ele foi chamado de“Mestre” ou Rabi, porque foi reconhecido tanto como umprofessor profundamente conhecedor da religião judaica etambém, como um praticante daquilo que Ele sabia.

Note as palavras do próprio Jesus, antes de qualquer livrodo Novo Testamento ter sido escrito: “Não pensem que eu vim

aabar com a Lei de Moisés ou com os ensinamentos dos Profetas.

Não vim acabar com eles, mas dar o seu sentido completo. Eu afir-

mo a vocês que isso é verdade: enquanto o céu e a terra durarem,

nada será tirado da Lei – nem a menor letra, nem qualquer acento.

E assim será até o fimd e todas as coisas. Portanto, qualquer um

que desobedecer ao menor mandamento e ensinar os outros a feze-

rem o mesmo será considerado o menor no reino do Céu. Por outro

lado, quem obedecer à Lei e esinar os outros a fazerem o mesmo

será considerado grande no Reino do Céu. Pois eu afirmo a vocês

que só entrarão no reino do Céu se forem mais fiéis em fazer a von-

tade de Deus do que os mestres da Lei e os fariseus” (Mateus

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5:17-20). Ele estava se referindo ao Velho Testamentojudaico.

B. Objetivo: O que ganhamos com um estudo dos Dias San-tos Judaicos?

1. Pode-se dizer que o catecismo (aprendizado) do judeuconsiste no estudo de seus calendários.

2. Nosso estudo nos permitirá ser capaz de participar eapreciar a celebração desses dias com nossos amigosJudeus e Judeus messiânicos.

3. Ele nos permitirá efetivamente compartilhar o signifi-cado messiânico profundo destes dias especiais com osoutros.

4. Eles são sombras das coisas futuras. Ver Colossenses2:16-17 e Hebreus 10:1-2.

5. Eles são uma parte da Lei que é “um aio para nos condu-zir a Cristo”. Ver Gálatas 3:24.

6. Todos eles apontam para algum aspecto da pessoa, obrae glória do Messias, Jesus Cristo. Ver Hebreus 10:7, Sal-mo 29:9 e Salmo 40:6-8.

7. Eles estabelecem o ministério de Jesus em relação à sal-vação. Eles nos mostram o plano redentor de Deus.

8. Há elementos neles que são para o nosso aprendizado.Ver Romanos 15:4.

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Índice

Capítulo UmO Judaísmo – A Principal Raiz da Nossa FéO Shabat – A Primeira Festa ______________________1

Capítulo DoisOs Calendários Judaico e Gregoriano ______________12

Capítulo TrêsPesach: A Páscoa______________________________17

Capítulo QuatroPães Levedados e Não Levedados _________________27

Capítulo CincoO Seder da Páscoa - Elementos Básicos ____________32

Capítulo SeisO Seder da Páscoa- A Comunhão _________________38

Capítulo SeteA Segunda e a Terceira Festa_____________________50

Capítulo OitoO Significado da Crucificação ____________________65

Capítulo NoveA Quarta Festa, O Shavuot (Pentecostes) ____________68

Capítulo DezOs Jejuns Menores de Verão _____________________73

Capítulo OnzeAs Três Principais Festas Restantes do Outono_______84

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Capítulo DozeO Hanuká __________________________________114

Capítulo TrezeA Festa do Purim _____________________________124

Capítulo CatorzeAdendo 1 – Rituais de Casamento ________________136

Capítulo QuinzeAdendo 2 – A Data de Nascimento do Messias______142

Capítulo DezesseisAdendo 3 – O Dia do Senhor ___________________150

Bibliografia ___________________________________159

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CAPÍTULO UM

JUDAÍSMO – A RAIZ PRINCIPAL

DA NOSSA FÉ

SHABAT – A PRIMEIRA FESTA!

Aprender sobre os Dias Santos Judaicos é aprender que oJudaísmo é a raiz principal da nossa fé.

I. Alguém pode inclusive afirmar que ocatecismo dos Judeus consiste em

aprender sobre seu calendário.

A. Num certo momento no tempo, que são os dias sagradosdos Judeus, Deus inscreveu:

1. Sua Santa Palavra.

2. Sua Doutrina Inspiradora.

3. Suas Verdades Eternas.

4. Seu Plano Para Salvação.

5. Seu Esboço Profético na História.Isso é feito da mesma forma como o código genético está

escrito sobre as moléculas e não dentro delas.

B. Também pode trazer a ideia para nós que Deus escolheu otempo, uma coisa passageira, para usar nos dias sagrados

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ou “épocas” e com isso tornar mais tangível e mais facil-mente acessivel para cada pessoa, individualmente.

1. Pessoas morrem, as estruturas sucumbem, mas o tempocontinua seu ciclo constante (acontecendo todos osdias).

2. As pessoas só podem ministrar a um número reduzidoou limitado de outras pessoas, e elas precisam visitarigrejas, templos ou monumentos, mas o tempo visita atodos, sem exceção.

3. Dessa forma os “tempos”, ou os “dias sagrados”, chegama cada um e ninguém pode recusar sua visita, nãoimportando as circunstâncias. Se estivermos muitoocupados ou sossegados, saudáveis ou doentes, na pri-são ou com a família, esses “dias” dão testemunho, nosalertando, inspirando e confortando. O tempo nãoteme ninguém. É contemporânando para todos, nãoimportando a estatura, importância ou localizaçãofísica.

C. Nosso estudo vai permitir que sejamos aptos para partici-par e apreciar as celebrações desses dias sagrados com nos-sos amigos Judeus e também com os messiânicos.

D. Também irá permitir que possamos compartilhar comoutras pessoas o profundo significado messiânico dos diassagrados. Realmente Deus estabeleceu (indicou) um sis-tema profético profundo com um significado infinito atra-vés de Sua escolha de sete convocações sagradas paraserem celebradas pelo seu povo escolhido, a cada ano.

E. Deus ditou para Moisés, no Monte Sinai, as datas e osmétodos de observação.

1. Todas as datas das festas mais importantes estão conti-das em apenas um capítulo; um capítulo de instruçõespequeno, mas muito prático. Pedaços e outras porções

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são encontrados em outras partes das Escrituras, masaqui elas estão todas reunidas para que ninguém possadeixar de vê-las.

2. Se um judeu cometesse qualquer erro na questão dotempo certo ou do método de celebração, especialmen-te concernente à sexta festa mais importante (O Dia daExpiação), ele era banido do meio do povo escolhido.

3. Leia Levítico, cap. 23.

a) Quando essas festas são celebradas hoje em dia, ossacrifícios que as acompanhavam foram retiradospelo fato de não existir mais um Templo em Jerusa-lém.

b) Sem sacrifício de sangue, o significado e a eficácia des-sas festas foram quase que totalmente deteriorados.

4. Os cristãos não têm nenhum dever ou compromisso deobservar ou celebrar essas festas, mas o entendimentodo seu significado traz um ganho tremendo para a Fé.

5. Jesus, como um judeu justo, celebrou cada festa, inclu-indo a celebração do Seder Páscal na noite anterior àSua crucificação.

II. As Festas.

A. O que o Novo Testamento fala sobre essas festas de formageral? Leia Colossenses 2:16-17.

1. Elas libertam a Igreja do legalismo.

2. As festas são destinadas a serem sinais proféticos, tipose exemplos. Veja 1 Corintios 10:11.

Apesar de existirem muitos comentários sobre o que exis-tem nas Escrituras, tenha em mente que o Novo Testamentoé o único comentário sobre o Antigo testamento que é divina-mente inspirado.

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B. Ao mesmo tempo em que Deus entregou as Festas para anação de Israel, e lida com ela diferentemente das outrasnações, Ele deu essas mesmas festas para todos os cristãos.

1. Deus não faz distinção em seu tratamento com pessoasindividualmente – seja judeu ou gentio. Não existediferença ou distinção quando o assunto é o pecado.Leia Romanos 3:9-23. (Esse texto cita sete salmos)

2. Também não existe nenhuma diferença para ninguémquando se refere à Salvação. Leia Romanos 10:12-13.(Cita Joel 2:32)

C. O que são essas festas? (Em Levitico 23: A palavra “festa”no comentário Strong é Chag [Khag]).

1. Enquanto a palavra é traduzida para “regozijo”, o Diada Expiação é na verdade um dia de jejum.

2. Comer não é o propósito, mas sim estarem o tempointeiro regozijando.

3.A palavra significa – um regozijo, um festival, um sacri-fício, ou um tempo de solenidade.

4. A raiz da palavra transmite a ideia de mover-se em cír-culo como numa dança, uma procissão sagrada ou umacelebração de um dia solene.

5.A melhor leitura pode ser a de Deus chamando de“Minhas Solenidades” em Isaías 33:20.

6. As Festas são compromissos estabelecidos por Deus.

7. Elas devem ser observadas em honra ao Seu Nome.

8. As Festas não eram celebradas apenas pelos sacerdotes,assim como muitas outras ordenanças, mas por todo opovo.

9. Esses compromissos com o povo de Sua Aliança sãodenominados “convocações”. O dicionário Webster’s

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1828 define convocação como: “O ato de chamar oureunir por convocação”.

D. A Primeiríssima Festa é na Verdade o Shabat!

1. A palavra Shabat vem da raiz que significa “desistir”,“cessar” ou “descansar”. A celebração do Shabat signifi-ca que servimos o Deus da criação. O Shabat é o “rei”ou a “alma” judaica. Um dia designado por Deus para odescanso e a adoração. O Shabat e a circumcisão são asmarcas de identificação do Judaísmo.

2. É o sétimo dia da semana e comemora a interrupção daObra de Deus no final da Semana da Criação. VejaÊxodo 20:8-11.

a. O Shabat é o dia de descanso e de comunhão comDeus. Veja Deut. 5:13-14.

b. O Shabat é um sinal do pacto entre Deus e ohomem. Veja Êxodo 31:13.

c. O Shabat é um sinal que lembra nossa redenção.Veja Deut. 5:15.

d. O Shabat é um período, não de parar com o traba-lho, mas de mudar o foco do material para o espiritual.Veja Isaías 58: 13-14.

e. A observância do Shabat é considerado igual, emtermos de valor, a todos os demais mandamentosencontrados na Biblia! Veja Êxodo 31:16.

f. Somente aqueles envolvidos no serviço de adoraçãodo Templo eram liberados da exigencia do descanso(Shabat).

g. É a única convocação santa que não exige ofertapelos pecados.

h. O salmo tradicionalmente cantado no Shabat é o 92,que é um salmo messiânico.

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i. O Shabat é mais mencionado do que qualquer outrafesta na Biblia.

j. Jesus realizou muitos de seus milagres, curas e prega-ções exatamente no Shabat; frequentemente que-brando, reescrevendo e observando a Lei.

k. Existem 39 categorias de atividades que não podemser realizadas no Shabat. Essas categorias são cha-madas Aboth, ou “Pais”. Cada Aboth é subdivida em39 classes chamadas Toledoth, ou “Descendência/Prole.” Isso perfaz um total de 1.521 atividades proi-bidas.

l. O escritor judeu Achad Ha’Am (pseudonimo deAsher Ginsburg, 1856-1927), fez essa observação:“Muito mais do que os Judeus manterem o Shabat, éo Shabat que mantém os Judeus.”

m.A manutenção do Shabat é a única observância ritu-al instituída nos Dez Mandamentos.

n. O dia do Shabat é chamado de “Shabat Ha’Malka,” oShabat Rei.

3. Cada um dos outros dias de festa tem seu próprio Sha-bat especial associado a eles.

CADA dia de Festa é considerado um Shabat!E. É necessário citar a diferença entre a celebração do

Shabat e do Domingo, o Dia do Senhor.

1. O Shabat é o sétimo dia da semana e comemora o tér-mino da Criação.

2. O primeiro dia da semana é o dia da ressurreição e signi-fica a redenção completa. Leia Mateus 28:1-8 e João20:19. Jesus se reuniu com seus discípulos uma semanadepois da ressurreição no domingo. João 20:19.

3. O Shabat é o sinal da aliança entre Deus e Israel. VejaÊxodo 31:13.

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4. O domingo é o primeiro dia da semana, e significa acomunhão da Igreja e seu Senhor. O apóstolo Pauloenfatizou a frequência dos crentes nas reuniões dodomingo. Leia Atos 20:7. Paulo recomendou que asofertas da igreja deveriam ser recolhidas no domingo.1 Co 16:1-2. Com toda certeza as igrejas estavam sereunindo no domingo para que isso pudesse acontecer.

5. A obediência da observação do Shabat era ordenadapor Lei, e o não cumprimento dessa lei era punido coma morte. Leia Êxodo 31:14.

6. A celebração feita pelos cristãos no domingo é algovoluntário, sem nenhum tipo de mandamento, e é umdia para testemunhar e servir ao Senhor. O quartomandamento; a observância do Shabat não é mencio-nada no Novo Testamento, enquanto todos os outrosnove são.

7. O Shabat é uma parte essencial do pacto das obras.

8. O Domingo representa o pacto da Graça.

9. O Shabat é um dia de coroação da semana de trabalho euma recompensa ao homem pelos seus esforços. A obser-vação do Shabat, no entanto, não foi imposta aos genti-os pelos líderes da igreja judaica. Atos 15:1-29.

10. O Dia do Senhor enfatiza o que Deus fez por nós atra-vés da obra de Jesus.

11. Essas diferenças colocaram os cristãos judeus primiti-vos num dilema. Eles continuaram a adorar no Templo,mas as diferenças entre o Judaísmo e o Cristianismo ter-minaram por afastá-los desse lugar, e mais tarde de seusfamiliares. Leia Atos 2:46.

12. A gota d’água que acabou por afastar de vez os judeuscristãos do Templo e das sinagogas foi uma nova oração

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ou “bênção”, adicionada na liturgia diária chamadaAmidá.

A Amidah (Tefilat HaAmidah “oração em pé”), tambemchamada de Shmoneh Esreh (“Dezoito” o número de bênçãosoriginais), é a oração principal na liturgia judaica. Essa oraçãopode ser encontrada no Siddur, o tradicional livro de oraçõesdos judeus.

Os judeus religiosos recitam a Amidah nas três reuniões deoração num típico dia de semana: pela manhâ, à tarde e ànoite.

Uma Amidah abreviada é tambem o centro do culto Mus-

saf (“Adicional”) que é recitado nos festivais judaicos Shabat,Rosh Chodesh, depois da leitura da Torah. Uma Amidah nor-mal consiste de 19 bênçãos, apesar de que a original continha18.

A linguagem da Amidah aparentemente é datada do perío-do mishnaico, antes e depois da destruição do Templo (70d.C.). O Talmude indica que quando o rabino Gamaliel IIdecidiu reorganizar os cultos públicos e também regularizar asreuniões familiares, ele nomeou Samuel HáKatan para adicio-nar mais um paragráfo, com uma maldição contra os traidorese os heréticos, que foi acrescentado como a 12a oração, emuma sequência moderna, totalizando em 19 o número de ora-ções. Essa “bênção” era chamada de Birkat HaMinim, “A bên-ção dos facciosos”, que era na verdade um instrumento muitoofensivo, designado para afastar os cristãos de uma vez portodas:

“E que não haja nenhuma esperança para os apóstatas, e odomínio e a arrogância (provavelmente citando Roma) sejamdesarraigados rapidamente em nossos dias. Que os Nazarenos(judeus cristãos) e os sectários pereçam de uma vez. Que elessejam riscados do Livro da Vida e que não sejam inscritos jun-to com os justos. Bendito sejas Tú Adonai, que humilha oarrogante.”

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13. Não existe menção alguma de adoração no Shabat noCredo do Primeiro Concílio de Jerusalém. Leia Atos15:24, 28-29 e 20:7.

14. Ignácio (30 – 110 d.C.), Bispo de Antioquia, discípulodo apóstolo João, escreveu em 107:

“Aqueles que andavam nas antigas práticas alcançaramagora uma novidade de esperança, não mais observam Sha-bats, mas moldam suas vidas após o Dia do Senhor, no qualnossas vidas surgiram através Dele, e que possamos serencontrados como discípulos de Jesus Cristo, nosso únicoMestre”.

“... e depois da observância do Shabat, que cada amigo deCristo mantenha o Dia do Senhor, o dia da ressurreição. Sealguém pregar a obediência da Lei judaica a você, não dêouvidos.”

15. Justino Mártir escreveu em 135 d.C.:“O Domingo é um dia no qual todos nós realizamos uma

assembleia comum, porque esse é o primeiro dia no qual oSenhor forjou uma mudança nas trevas, da matéria fez omundo, e Jesus Cristo nosso Salvador, nesse mesmo dia, res-surgiu dentre os mortos. E no dia chamado Domingo, todos osque vivem nas cidades e nos campos se reúnem num só lugar,e a memórias dos apóstolos e os escritos dos profetas são lidosenquanto o tempo permite.”

16. Manter o Dia do Senhor dedicado à adoração divina eao testemunho é algo piedoso, saudável e totalmentelouvável. Fazendo tal coisa, restaura-se o corpo e vivifi-ca o espírito.

17. No entanto, a nossa salvação não está estabelecida naobservância de algum dia em particular. Nossa salvaçãoestá estabelecida única, exclusiva e intransigentementena obra completa realizada por Cristo Jesus na cruz doCalvário. A Igreja não é ordenada a obedecer ou man-

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ter um dia especial ou particular para adoração. VejaRomanos 14:5-7, 1 Coríntios 9:20, 2 Coríntios 3:6,Colossenses 2:14-17, Gálatas 3:1, 4:9-11, 5:1 e Hebreus4:9-11.

F. Cada uma das sete festas principais representam um cha-mado específico de Deus para um encontro com Seu povoem determinadas épocas estabelecidas.

1. Atender essas convocações de Deus é festejar com Ele.

2. Quando essas festas são celebradas sem a presença doSenhor, elas se tornam aquilo que João descreveu emJoão 6:4, como sendo simplesmente festas dos Judeus.

3. Nós lemos em Levíticos 23 que as sete festas principaissão:

• Páscoa• Pães Ázimos (sem fermento; não levedado)• Primícias (primeiros frutos)• Pentecosteses• Trombetas• Expiação• Tabernáculos

4. As festas da Páscoa, do Pentecostes e dos Tabernáculossão chamadas Festas dos Peregrinos.

5. Cada festa, convocação, ou tempo determinado, come-mora um evento específico do passado, e também podeprever um evento específico no futuro. Por exemplo:A Páscoa comemora o livramento do anjo da morte quematou o primogênito de cada família e de todo o gadodo Egito, para quem não teve sangue do sacrifícioaspergido sobre os umbrais e na verga das portas. Essesangue veio de um cordeiro sacrificial. Esta comemora-

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ção também profetizou a oferta do Cordeiro de Deus nacruz do Calvário.

III. Festas Com Seu SignificadoJá Cumprido

A. Veremos que as quatro primeiras das sete festas já foramcumpridas por Cristo em sua primeira vinda, e que as trêspróximas se cumprirão profeticamente em Sua segundavinda.

1. As quatro primeiras foram cumpridas exatamente nomesmo dia do mês como foi na sua comemoração original.

2. Com isso em mente, podemos então olhar adiante ecrêr que Deus irá cumprir as três últimas restantes exa-tamente em suas datas comemorativas.

B. Estas festas mostram claramente que:

1. Deus está no controle.

2. Ele é, ao mesmo tempo, preciso e exato.

3. Ele definiu eventos específicos que seguem acontecen-do.

4. Ele vê do começo ao fim.

5. Ele quer nos fazer entender a Sua vontade e Seu planopara nós.

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