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Rafael Guerreiro OsorioPedro H. G. F. Souza
Diretoria de Estudos e Políticas SociaisInstituto de Pesquisa Econômica Aplicada
apresentação baseada na Nota técnica no.14 da DISOC/IPEA, com atualizações em outubro de 2013
As mudanças recentes no As mudanças recentes no Programa Bolsa Família e a Programa Bolsa Família e a
pobreza extremapobreza extrema
● Programas de transferência condicionada de renda como o Bolsa Família têm vários objetivos
● Combater a pobreza, em suas múltiplas dimensões, é o principal
● Mas, por razões óbvias, a dimensão da pobreza para a qual os PTCR são mais efetivos é a da insuficiência de renda
● O potencial de redução da pobreza extrema de um PTCR depende essencialmente de:– Cobertura
– Valor das transferências
● O desenho de benefícios do PTCR é a forma de calcular o valor da transferência para cada família
● O do PBF passou por três tipos de alteração:– Reajuste das linhas de elegibilidade (2006 e 09)
– Reajuste de benefícios (2007, 08, 09 e 11)
– Acréscimo de benefícios (2007, 11, 12 e 13)
● 2003– Até 3 crianças
– Básico por família extremamente pobre
● 2013– Até 5 crianças e 2 jovens
– Básico por família extremamente pobre
– Variável por família extremamente pobre
● Em 2012 e em 2013, o valor médio das transferências cresceu pela introdução e expansão do benefício variável para a superação da pobreza extrema
● O novo benefício é pago para as famílias que, dada a renda declarada, permaneceriam extremamente pobres mesmo depois de receberem o benefício básico e os de crianças e jovens
● O desenho de benefícios, para as famílias extremamente pobres, passa a ser definido pelo hiato de pobreza, embora continue a considerar a composição das famílias
● As mudanças recentes no desenho de benefícios, dada a cobertura do programa, podem fazer com que o PBF dê uma grande contribuição para o objetivo de erradicar, “estatisticamente”, a pobreza extrema
● No próximo slide, mostra-se o resultado de simulações do impacto do programa sobre a taxa de pobreza extrema
● As simulações são baseadas na PNAD de 2011, “corrigida” para:– “bater” com os registros administrativos
– ter erros de exclusão e de inclusão
– ter beneficiários na faixa errada de renda
● O novo desenho de benefícios é claramente superior aos anteriores
● Sua fragilidade: basear-se na renda declarada para a definição da necessidade e do valor do novo benefício variável
● É uma opção que minimiza o custo por pessoa retirada da pobreza extrema (aumenta a eficiência)
● Mas há o problema potencial do incentivo para a subdeclaração de renda
● E caso a renda da família decresça em relação à renda declarada, a transferência não será suficiente para cobrir o hiato de pobreza
● Mas o contrário é mais provável, as famílias estarem com renda maior que a declarada
● O melhor do novo desenho, contudo, é seu potencial de mudar o perfil etário da pobreza extrema
● A incidência de pobreza extrema, historicamente, tem sido maior entre as crianças e os adolescentes
● O novo benefício deve melhorar bastante a situação, a julgar os resultados por idade das simulações anteriormente apresentadas
● Os dados da PNAD 2012 mostraram continuidade na queda da pobreza extrema e da pobreza em geral, mas não pegaram a grande mudança do desenho de benefícios
● Concluindo, nunca é demais ressaltar que simulações são apenas simulações
● Não é possível afirmar que, graças à mudança, a pobreza extrema está abaixo de 1% agora, é preciso esperar pelos dados de 2013 (que sairão em 2014)
● No entanto, podemos ter certeza que, com o desenho de benefícios atual, a contribuição do Bolsa Família para a redução da pobreza extrema será maior do que a que resultaria dos desenhos anteriores
● Obrigado!