5
As Mulheres e a Revolução Francesa A história tradicional da Revolução Francesa tem como grandes personagens homens como Maximilien de Robespierre (1758 – 1794), Georges Jacques Danton (1759 – 1794), Jean Paul Marat (1743 – 1793) Introdução: (terça) 1,5 página Uma citação sobre as mulheres na revolução Desenvolvimento (quarta) 03 páginas Acontecimentos e fatos sobre as mulheres Conclusão (quinta)1,5 páginas Bibliografia Full Text: Na história tradicional da Revolução Francesa, os grandes personagens são homens: Maximilien de Robespierre (1758-1794), Georges Jacques Danton (1759-1794), Jean-Paul Marat (1743-1793). Uma mulher brilha nos relatos, porém do lado da realeza: a rainha Maria Antonieta (1755-1793). Mas a participação feminina foi muito mais importante do que se imagina. "Sua presença na cena política foi tolerada e até incentivada no início da Revolução, porém reprimida em outubro de 1793, e depois novamente, de forma definitiva, em 1795", afirma a pesquisadora Tania Machado Morin em uma tese a respeito do assunto, defendida na Universidade de São Paulo -- e um dos raros estudos sobre o tema já publicados no Brasil. As mulheres fundaram clubes políticos, discursaram na Assembleia Nacional, participaram das jornadas revolucionárias. Mas, acima de tudo, foi um grupo de 7 mil mulheres do povo que marchou 14 quilômetros de Paris a Versalhes, sob chuva, para protestar contra a escassez de pão, gritando: "Vamos buscar o padeiro (o rei), a padeira (a rainha) e o padeirinho (o príncipe delfim)". A Marcha das Mulheres alcançou o objetivo de trazer o rei Luís XVI e sua família para Paris. Poucos dias depois, a Assembleia Nacional também se mudou para a capital. Esse período de ativismo político foi pouco estudado até os anos 1980, quando as comemorações do bicentenário da Revolução Francesa impulsionaram as pesquisas sobre o tema e fizeram justiça à ação pioneira das cidadãs revolucionárias francesas. [ILUSTRACIÓN OMITIR]

As Mulheres e a Revolução Francesa

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: As Mulheres e a Revolução Francesa

As Mulheres e a Revolução Francesa

A história tradicional da Revolução Francesa tem como grandes personagens homens como Maximilien de Robespierre (1758 – 1794), Georges Jacques Danton (1759 – 1794), Jean Paul Marat (1743 – 1793)

Introdução: (terça) 1,5 páginaUma citação sobre as mulheres na revoluçãoDesenvolvimento (quarta) 03 páginasAcontecimentos e fatos sobre as mulheresConclusão (quinta)1,5 páginasBibliografia

Full Text: Na história tradicional da Revolução Francesa, os grandes personagens são homens: Maximilien de Robespierre (1758-1794), Georges Jacques Danton (1759-1794), Jean-Paul Marat (1743-1793). Uma mulher brilha nos relatos, porém do lado da realeza: a rainha Maria Antonieta (1755-1793). Mas a participação feminina foi muito mais importante do que se imagina. "Sua presença na cena política foi tolerada e até incentivada no início da Revolução, porém reprimida em outubro de 1793, e depois novamente, de forma definitiva, em 1795", afirma a pesquisadora Tania Machado Morin em uma tese a respeito do assunto, defendida na Universidade de São Paulo -- e um dos raros estudos sobre o tema já publicados no Brasil.

As mulheres fundaram clubes políticos, discursaram na Assembleia Nacional, participaram das jornadas revolucionárias. Mas, acima de tudo, foi um grupo de 7 mil mulheres do povo que marchou 14 quilômetros de Paris a Versalhes, sob chuva, para protestar contra a escassez de pão, gritando: "Vamos buscar o padeiro (o rei), a padeira (a rainha) e o padeirinho (o príncipe delfim)". A Marcha das Mulheres alcançou o objetivo de trazer o rei Luís XVI e sua família para Paris. Poucos dias depois, a Assembleia Nacional também se mudou para a capital.

Esse período de ativismo político foi pouco estudado até os anos 1980, quando as comemorações do bicentenário da Revolução Francesa impulsionaram as pesquisas sobre o tema e fizeram justiça à ação pioneira das cidadãs revolucionárias francesas.

[ILUSTRACIÓN OMITIR]

CONSULTORIA Tania Machado Morin

EDIÇÃO Tiago Cordeiro

ILUSTRAÇÕES Sattu e Jonatan Sarmento

EDIÇÃO DE ARTE Débora Bianchi

Page 2: As Mulheres e a Revolução Francesa

DESIGN Michele Kanashiro

A VOLTA

Com o rei a caminho da capital, o protesto se transformou em festa

(9h)

dia 6

(10) RETORNO A PARIS

Depois de uma madrugada tensa, a família viaja na carruagem real, em meio a mulheres sentadas em canhões, manifestantes cantando "Viva o rei, viva a nação" e duas cabeças decapitadas em pontas de lança. Da procissão fazem também parte 100 deputados, guardas nacionais e carroças de trigo.

[ILUSTRACIÓN OMITIR]

(6h)

Page 3: As Mulheres e a Revolução Francesa

dia 6

(9) O REI FALA COM O POVO

Acompanhado da rainha e do comandante La Fayette (1757-1834), o rei se apresenta no balcão para os mais de 30 mil manifestantes que exigiam sua presença em Paris. Acuado, Luis XVI cede, com a condição de ser acompanhado pela rainha e pelos filhos.

(5h)

dia 6

(8) INVASÃO E MORTE

Durante a noite, a população invade o palácio e ruma para os aposentos da rainha Maria Antonieta. Ela foge por uma passagem secreta direto para quarto do rei. O incidente provoca a morte de dois guardas.

(16h)

dia 5

(3) CHEGADA A VERSALHES

Depois de 14 quilômetros debaixo de chuva, 7 mil mulheres acompanhadas de soldados e populares se concentram nos portões do palácio. O grupo conta com o apoio da Guarda Nacional. O rei, que estivera caçando de manhã, fora 1 avisado da manifestação palácio.

(17h)

dia 5

(4) MULHERES NA ASSEMBLEIA

Page 4: As Mulheres e a Revolução Francesa

Parte das manifestantes se dirige á Assembleia Nacional, ao lado do palácio. Os deputados são interrompidos, as mulheres tomam a palavra e urna delas discursa da tribuna. Elas forçam a aprovação de medidas para diminuir o preço do pão.

[ILUSTRACIÓN OMITIR]

(17h30)

(5) DESMAIO DIANTE DO REI

Doze mulheres vão ao palácio pedir ao rei que resolva a falta de pão. A porta-voz do grupo, Louison Chabry, de 17 anos, fica tão emocionada diante de Luís XVI que só consegue dizer "pão!" e desmaia. O rei a socorre paternalmente. Louison entra revolucionária e sai monarquista.

(19h)

dia 5

(6) TENTATIVA DE FUGA

Luis XVI manda preparar as carruagens, reúne a família e tenta fugir pelos fundos. Membros da Guarda Nacional dizem a ele que não podem garantir sua segurança fora do palácio, impedido de sair, ele volta para a residência.

(22h)

dia 5

(7) DECLARAÇÃO ASSINADA

Pressionado pelos gritos que vêm de fora e apreensivo com a iminente chegada de 15 mil guardas nacionais, o rei enfim capitula: assina a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão.

Source Citation   (MLA 7th Edition)

"A revolucao de saias: a atuacao das mulheres na Revolucao Francesa foi marcada por uma

marcha que forcou o rei a deixar Versalhes." Aventuras na História (2010): 22+. Academic

OneFile. Web. 6 Aug. 2013.

Document URL

http://go.galegroup.com.ez28.periodicos.capes.gov.br/ps/i.do?id=GALE

%7CA227362865&v=2.1&u=capes58&it=r&p=AONE&sw=w

Gale Document Number: GALE|A227362865Top of page

Search within publication

 RELATED SUBJECTS:

Enviar