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AS TECNOLOGIAS, O ENSINO E A FORMAÇÃO DO(A) PROFESSOR(A) DE GEOGRAFIA: NOVAS LINGUAGENS NA TRANSFORMAÇÃO DA PRÁTICA Mary Valda Souza Sales/Universidade do Estado da Bahia [email protected] Atualmente as Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC), vem tomando conta dos espaços formativos formais e informais, onde essas TIC passam a ocupar um espaço de destaque na vida dos sujeitos que constituem “as educações” e, hoje, os estudantes estão, de certa forma, preparados, inspirados e inseridos nesse contexto tecnológico, pelo fato de cotidianamente conviverem com as TIC como recurso diário de comunicação, lazer e, também, de trabalho. E os professores nesse contexto? Como ficam? Como lidam com essas transformações? Por estarmos em permanente contato com as TIC, ao irmos ao banco e usar um caixa eletrônicos, ao usar a máquina de consulta de preços no supermercado, no cotidiano doméstico com o microondas, o multiprocessador, no trabalho com o computador, a internet, os sistemas on line de consulta e cadastramento, na vida diária com o uso dos e-mails, msn, orkut, celular, skype e outras várias formas de comunicação proporcionadas pela evolução das tecnologias é que acreditamos no processo de forma-ação, pois com base no contexto apresentado, torna-se premente a necessidade de uma reflexão-ação sobre os processos de ensino na formação dos professores, principalmente, no que diz respeito a preparação destes para o uso das tecnologias na escola, na sala de aula, com os conteúdos básicos constitutivos do currículo da educação básica.

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AS TECNOLOGIAS, O ENSINO E A FORMAÇÃO DO(A) PROFESSOR(A) DE

GEOGRAFIA: NOVAS LINGUAGENS NA TRANSFORMAÇÃO DA PRÁTICA

Mary Valda Souza Sales/Universidade do Estado da Bahia

[email protected]

Atualmente as Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC), vem tomando

conta dos espaços formativos formais e informais, onde essas TIC passam a ocupar um

espaço de destaque na vida dos sujeitos que constituem “as educações” e, hoje, os

estudantes estão, de certa forma, preparados, inspirados e inseridos nesse contexto

tecnológico, pelo fato de cotidianamente conviverem com as TIC como recurso diário

de comunicação, lazer e, também, de trabalho.

E os professores nesse contexto? Como ficam? Como lidam com essas

transformações?

Por estarmos em permanente contato com as TIC, ao irmos ao banco e usar um

caixa eletrônicos, ao usar a máquina de consulta de preços no supermercado, no

cotidiano doméstico com o microondas, o multiprocessador, no trabalho com o

computador, a internet, os sistemas on line de consulta e cadastramento, na vida diária

com o uso dos e-mails, msn, orkut, celular, skype e outras várias formas de

comunicação proporcionadas pela evolução das tecnologias é que acreditamos no

processo de forma-ação, pois com base no contexto apresentado, torna-se premente a

necessidade de uma reflexão-ação sobre os processos de ensino na formação dos

professores, principalmente, no que diz respeito a preparação destes para o uso das

tecnologias na escola, na sala de aula, com os conteúdos básicos constitutivos do

currículo da educação básica.

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Considerando tal emergência este artigo propõe uma reflexão a respeito dos

processos formativos do professor de geografia e o uso das diversas linguagens

advindas das TIC nas práticas de ensino desse profissional, explicitando o

desenvolvimento de uma forma-ação inicial objetivando discutir sobre a importância do

uso das diversas linguagens tecnológicas para melhoria da prática docente do professor

de geografia, ampliar as perspectivas de uso das TIC nos processos de ensino e

aprendizagem e uma reflexão sobre o papel do professor dentro da universidade.

As tecnologias da informação e comunicação, as diferentes linguagens e a formação do professor de geografia

Através da gama de tecnologias disponíveis no nosso dia-a-dia, nossas crianças,

adolescentes e jovens, enchem as lan houses, que crescem de forma veloz em todas as

cidades do estado e, são permanentemente freqüentadas por pessoas de todas as classes

sociais e níveis educacionais, para usos diversos (trabalhar, brincar, jogar, conversar,

etc).

Nesse sentido, não tem como a escola ficar alheia a essa realidade e não inserir

no cotidiano pedagógico o uso de recursos tecnológicos que possibilitem o

enriquecimento do fazer educativo e o crescimento docente e discente, e o uso ampliado

das “novas linguagens”, pois

o âmbito da educação, com suas características específicas, não se diferencia do resto dos sistemas sociais no que se refere á influência das TIC. Deste modo, também foi afetado pelas TIC e o contexto político e econômico que promove seu desenvolvimento e extensão. Muitas crianças e jovens crescem em ambientes altamente mediados pela tecnologia, sobretudo a audiovisual e a digital. Os cenários de socialização das crianças e jovens de hoje são muito diferentes dos vividos pelos pais e professores. (...) De fato, estão descobrindo o mundo e lhes custa tanto aprender e realizar trabalhos manuais como a programar um vídeo ou um computador. Estão descobrindo as linguagens utilizadas em seu ambiente e lhes custa tanto ou mais decifrar e dominar a linguagem textual como a audiovisual. A grande diferença é que os resultados desta última ação abrem um amplo mundo de possibilidades cada vez mais interativas, em que constantemente acontece algo e tudo vai mais depressa do que a estrutura atual que a escola pode assimilar. (SANCHO, 2006, p. 19).

Assim, o uso das tecnologias digitais, audivisuais ou não, tendem a ampliar as

possibilidades de exploração e compreensão dos conteúdos e, ao mesmo tempo,

ressignificar os processos de aprendizagem dos discentes, “dando” função educativa as

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diversas linguagens que os mesmos fazem uso na vida social e função social as diversas

linguagens utilizadas no cotidiano escolar.

Por esse fato, que no contexto contemporâneo, principalmente nas duas últimas

décadas, pesquisadores, professores e estudantes, e todos os sujeitos que pensam e se

preocupam com o desenvolvimento da educação no país, sentiram a necessidade de

refletir sobre os processos de formação, o emergente domínio das Tecnologias da

Informação e Comunicação (TIC) e a sua mediação nos processos de produção do

conhecimento, sobretudo nas ações de formação inicial e continuada, uma vez que a

inserção das TIC no contexto social de maneira geral, em virtude das mudanças velozes

dos modelos e parâmetros tecnológicos na sociedade (CASTELLS, 2002), define a

importância da sua inserção nos espaços educacionais, nos processos formativos.

Inúmeros teóricos apresentam estudos e pesquisas sobre a sociedade

contemporânea e apresentam um consenso sobre a denominação de sociedade da

informação e/ou do conhecimento como sendo a nova sociedade hoje definida, e

rotulada, por seus novos métodos de acessar, processar e distribuir a informação, como

afirma Castells (2005). Considerando esse contexto e o contexto real das nossas

instituições de ensino, é que propomos uma discussão ampliada sobre esses modos de

acesso, produção e distribuição da informação e dos processos de formação dos

professores nessa sociedade atual.

Nesse sentido, tornamos explícita nossa compreensão do que seja tecnologia e

que “nova linguagem” é essa que surge com a emergência das TIC, para podemos

desenvolver um diálogo coerente e transparente na apresentação de nossa proposta.

Assim, tecnologia para nós é

um processo criativo através do qual o ser humano utiliza-se de recursos materiais e imateriais, ou os cria a partir do que está disponível na natureza e no seu contexto vivencial, a fim de encontrar respostas para os problemas de seu contexto, superando-os (LIMA JR, 2005, p. 15).

Processo este, que trabalhamos com o que acreditamos de grande parte de sua

amplitude, uma vez que utilizamos a tecnologia digital em rede, com um Ambiente

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Virtual de Aprendizagem (AVA)1 como suporte e “espaço” de aprendizagem, o qual

entrou em cena no sentido de “atender as necessidades e à evolução da própria

humanidade, no que concerne as possibilidades oferecidas pelas tecnologias da

informação e comunicação” (SALES, 2006, p.26) de promover a comunicação, fornecer

informação e construir conhecimento, aprendizagens em rede, além claro de possibilitar

o uso dessa “nova linguagem” fruto de uma mescla de signos.

Para tanto, compreendemos linguagem como sendo

qualquer e todo sistema de signos que serve de meio de comunicação de idéias ou sentimentos através de signos convencionais, sonoros, gráficos, gestuais etc., podendo ser percebida pelos diversos órgãos dos sentidos, o que leva a distinguirem-se várias espécies de linguagem: visual, auditiva, tátil, etc., ou, ainda, outras mais complexas, constituídas, ao mesmo tempo, de elementos diversos.”(WIKIPÉDIA, acesso 11 julho 2009),

isto é, é todo sistema organizado de sinais que funcionam como estratégias, meios de

comunicação entre os indivíduos de forma verbal e não-verbal, pois apresentam sentidos

e, para isso, utilizam-se de signos (escritos, falados, filmados, gravados, fotografados,

pintados, ...). Em todos os tipos de linguagem, os signos são combinados entre si, de

acordo com as leis e os objetivos da comunicação, obedecendo a mecanismos de

organização e combinação entre eles. Assim, acreditamos que o uso dessas formas de

linguagem são mais do que necessárias para consolidação dos processos formativos,

uma vez que favorecem as mais diversas formas de comunicação e de significação da

aprendizagem, principalmente, com o auxílio das TIC.

Nesse sentido, propomos o uso do áudio/música, do vídeo/filme, do texto/livro, da

imagem, da pintura, da fotografia como recursos iniciais para se fazer entender os

conteúdos da geografia, principalmente, relacionados a cartografia e climatologia como

uma ação de auto-formação e de elaboração de uma proposta de formação continuada

para licenciandos e/ou docentes em exercício.

Ao estudar conjuntamente com os alunos os conteúdos das disciplinas específicas

citadas, refletir e discutir sobre os processos de ensino e de aprendizagem nas práticas

1 Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA) é uma expressão que está interligada ao desenvolvimento de condições técnicas, metodologias e intervenções de aprendizagem em um lugar virtual conectado em rede, organizado de maneira que propicie a construção de conceitos, através da interação dos sujeitos (alunos e professores) e o(s) objeto(s) de conhecimento (SALES, 2008)

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de estágio e de docência efetiva de alguns, elencamos algumas necessidades específicas

para o desenvolvimento do trabalho, as quais ultrapassaram o limite da compreensão do

conteúdo e se focalizaram no uso das “linguagens” para se trabalhar aquele ou outro

conteúdo. Os alunos sempre colocaram que o problema do ensino é a falta de estímulo

discente e do não uso da criatividade docente. Com essas pistas, iniciamos a construção

de Oficinas Digitais, cursos de formação continuada de 20 horas/aula cada oficina,

montados no ambiente virtual de aprendizagem Moodle2, onde trabalhamos

simultaneamente, com a compreensão epistemológica de tecnologia e suas linguagens e

com o ensino dos conteúdos específicos da geografia. Assim, selecionamos alguns

recursos tecnológicos de fácil acesso para as escolas de nossa região, selecionaram

alguns conteúdos específicos da geografia para pensar, planejar, construir e desenvolver

o processo de (auto)formação.

Assim, na perspectiva da pesquisa-ação estamos desenvolvendo uma ação de formativa

dentro do curso de licenciatura em Geografia com a disciplina Educação e Novas

Tecnologias e em um curso de extensão que faz parte das ações de um projeto de

pesquisa maior sobre tecnologia e formação de professores, no sentido desenvolver

conhecimentos técnicos e propor momentos de reflexão-ação que possibilitem o

alavancar de uma prática docente consciente e consistente no que se refere ao

planejamento e uso das diversas linguagens propostas pelas TIC para o ensino de

geografia.

Dessa forma, desenvolve-se uma forma-ação na perspectiva de uma pesquisa-ação sobre

o uso das linguagens digital, imagética, iconográfica, multimidiática e hipertextual

disponibilizadas na rede conectada internet, para implementar no processo formativo

inicial, propostas de construção e difusão do conhecimento a respeito do uso dos

recursos didáticos tecnológicos como o retroprojetor, data show, computador, aparelho

de som, TV, vídeo, DVD e a própria internet na sala de aula para o ensino de geografia.

2 Moodle – Modular Object-Oriented Dynamic Learning (Cf. http://moodle.org) é um AVA livre e software open source pacote cuja base filosófica é definida nos princípios construtivistas e sócio-interacionista, considerando dialógico o processo de mediação pedagógica, onde o principal aspecto a ser considerado em relação aprendizagem é a gestão da aprendizagem, ou das aprendizagens (SALES, 2008)

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No AVA Moodle, utilizado com frequência como suporte pedagógico para o

desenvolvimento de nossas disciplinas presenciais3, apresentamos de forma concreta as

potencialidades das diversas linguagens nos espaços virtuais e como podemos pensar e

planejar o uso das tecnologias disponíveis na escola em beneficio da compreensão e

apreensão dos conteúdos formais da geografia. Tal forma-ação tensiona uma discussão

entre a teoria e a prática no processo formativo, entre o exercício relacional do fazer da

prática docente e a formação do docente. Nessa tensão, o foco está na formação do

licenciando no que se refere ao exercício da docência, pois

A prática educativa remete, freqüentemente, ao processo ensino-aprendizagem, que se reporta, sobretudo, à ação didática. A esse respeito, questionamos: Será que os professores dominam a prática e o conhecimento especializado com relação à educação e ao ensino? Em termos gerais, a resposta é não (CASTELLAR,1999, p. 48).

Para que possamos alterar a resposta, desenvolvemos o processo de formação docente

na perspectiva do imbricamento constante entre a teoria e a prática da formação inicial,

tratando os pressupostos pedagógicos necessários para o exercício da docência ao longo

da formação, para que possam ser desenvolvidos/exercitados durante a prática

formativa, isto porque acreditamos que "...a melhoria da qualidade da educação está

vinculada, entre outras necessidades, à necessária construção de uma articulação

permanente e profícua entre esses dois níveis de ensino (básico e superior)" (COUTO e

ANTUNES, 1999, p. 36), pois no caso específico da geografia, percebe-se que por parte

dos alunos do ensino fundamental e médio, ainda se mantém, em alguns casos, a

concepção de uma disciplina inútil e decorativa, constatações dos momentos de estágio.

Isto ocorre com a geografia que aqui é foco, pelo fato de

no mundo da escola, a sensação de inutilidade advém do senso comum e do fato de muitos professores de geografia não terem conseguido, ainda, desvencilhar-se do papel através do qual essa disciplina consagrou-se: o da descrição dos fenômenos, sobretudo "físicos" e paisagísticos. (PEREIRA, 1996, p. 48)

Para fugir dessa concepção, compreensão e prática é que a forma-ação está sendo

desenvolvida com uma visão da geografia viva, que sofre intervenções humanas e

3 Na Universidade do Estado da Bahia (UNEB) o moodle é utilizado em ampla escala nos cursos presenciais como suporte para o ensino presencial (http://www.moodle.uneb.br/), e nos educação a distância como ambiente gerencial pedagógico dos cursos a distância (http://www.campusvirtual.uneb.br/).

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sociais e que intervém na própria realidade humana, onde os graduandos constroem as

propostas de formação vivenciando-as.

As oficinas digitais, a forma-ação, a geografia e as “linguagens” do digital no ensino e na aprendizagem conceitual geográfica

Compreendendo que as práticas de linguagem consistem nas mediações constitutivas

pedagógicas, nas suas múltiplas dimensões, como afirma Barreto (2002), sentimos a

necessidade de focalizar os modos de constituição dos sujeitos e dos objetos nos

movimentos de encontro entre a linguagem e o conhecimento. Assim, focamos o

trabalho no uso dos recursos tecnológicos para o ensino da geografia e nas estratégias a

serem utilizadas para melhor apreensão dos conceitos, tendo como referências

pedagógicas as orientações e estudos da disciplina Prática de Ensino.

Paralelamente construímos em 06 (seis) grupos as oficinas propostas inicialmente. No

processo um destaque especial para aqueles sujeitos que saíram do foco central de

estudantes e trabalharam na perspectiva de se identificarem como licenciandos, futuros

professores, o que facilitou muito a discussão sobre a dialogicidade teoria e prática.

Esse seria um ponto que daria outro texto, traria outras várias discussões, mas não é

aqui o lugar ainda.

Uma das primeiras oficinas a ser construída efetivamente foi a de Câmera Fotográfica,

que a partir da linguagem imagética e textual decidiu-se trabalhar com alguns conceitos

cartográficos. Diante da complexidade encontrada no trabalho com mapas durante o

estágio e das discussões na disciplina de Cartografia, os estudantes buscaram dinamizar

o conhecimento “ainda estático” numa atividade vivencial de campo para trabalhar a

cartografia. Com uma câmera fotográfica nas mãos, um grupo de estudantes de

geografia foram “mapear com fotografias” os conceitos necessários para compreender a

cartografia: escala, local, regional, nacional, global. Assim, mapearam e

disponibilizaram on line exemplos de como poderiam trabalhar a câmera fotográfica,

inclusive construindo um mapa temático baixa da principal praça da cidade de

Serrinha4, a Morena Bela. Localizando os pontos estratégicos, fotografaram as

referências e trabalharam numa discussão on line os conceitos emanados do trabalho

com o mapa.

4 Cidade Polo do Território do Sisal, com 73000 habitantes.

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Figura 1 – Mapa cartográfico da Praça Morena Bela, Serrinha, Bahia, Brasil – Atividade de leitura cartográfica on line.

Fonte: http://www.moodle.uneb.br/mod/resource/view.php?id=7664, acesso 17 abril 2009.

Essa foi a atividade que contribui muito para a construção do ambiente a ser trabalhado

como oficina digital, no qual os estudantes utilizaram as linguagens visuais e

audiovisuais como referências principais para o plano de formação, além de ampliarem

seus conhecimentos sobre fotografia.

Assim, os graduandos de geografia puderam compreender que o ensino da cartografia

nos níveis de ensino fundamental e médio, é muito importante para despertar a

percepção espacial, proporcionando à criança o entendimento sobre o espaço físico que

habita e que para tanto, é necessário trabalhar com o aluno na perspectiva de o próprio

aluno “desenhar o mapa”, se localizar no seu contexto sócio-geográfico, fazendo-se

parte da cartografia local.

Essa oficina teve três blocos de desenvolvimento, como podemos ver nas figuras 2 e 3 a

seguir, nos quais os estudantes se apropriaram da linguagem própria das tecnologias da

informação e comunicação (TIC), ampliaram o visão acerca das formas de uso da

câmera fotográfica e da própria internet para o ensino de geografia, bem como

aprofundaram os estudos sobre os conhecimentos específicos da cartografia, pois o

processo de leitura dos mapas nada mais é do que a compreensão da linguagem

cartográfica, decodificando os significantes através da legenda, utilizando cálculos para

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a reversão da escala, chegando às medidas reais do espaço projetado e à informação do

espaço representado, através da sua visualização.

Figura 2 – Ambiente Virtual de Aprendizagem Moodle construído pelos estudantes

Fonte: http://www.moodle.uneb.br/course/view.php?id=471 Figura 3 – Espaço de interatividade da Oficina Digital sobre Câmera Fotográfica

Fonte: http://www.moodle.uneb.br/course/view.php?id=470

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Além da cartografia, os conteúdos da climatologia e da hidrografia também foram

explorados em oficinas sobre o uso da TV, DVD, do computador com data show e da

internet na sala de aula no ensino de geografia, aprimorando assim o conhecimento

teórico-empírico sobre os diversos recursos tecnológicos, a inserção das tecnologias na

educação e as possibilidades de inovação do fazer pedagógico com o uso das TIC.

Podemos constatar que durante o processo de forma-ação foi possível proporcionar a

inclusão digital desses estudantes, o desenvolvimento de uma compreensão ampliada

das várias possibilidades apresentadas pela rede conectada, pois além da linguagem

específica para um AVA, estudamos também sobre desenho didático dos mesmos,

propondo a conexão de signos e cores para transmitir e significar a informação, como

podemos verificar na figura abaixo.

Figura 4 – Ambiente da Oficina Digital sobre TV e DVD

Fonte: http://www.moodle.uneb.br/course/view.php?id=470

Assim, o uso de ferramentas tecnológicas digitais, audivisuais ou não, da junção de

linguagens diferenciadas, como podemos verificar nas figura 5, tendem a ampliar as

possibilidades de exploração e compreensão dos conteúdos e, ao mesmo tempo,

ressignificar os processos de aprendizagem dos discentes, além de despertar, aflorar a

sensibilidade para o conhecimento visual.

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Figura 5 – Espaço de construção pedagógica sobre o uso da TV na sala de aula

Fonte: http://www.moodle.uneb.br/course/view.php?id=470

Fazendo uso do construtivismo de Piaget (1973), é que acreditamos que a aprendizagem

conceitual dos conteúdos básicos da geografia pode ser melhor trabalhadas com o uso

das TIC, pois com elas as condições de educar propondo desafios cognitivos, para que

se possa obter a modificação e enriquecimento progressivo dos esquemas de

conhecimento pode ser mais significativa, uma vez permite o acesso há variadas formas

de linguagens e diversos ponto de vista sobre o mesmo conteúdo em um tempo menor.

Nesse sentido,

é preciso que o professor seja capaz de gerar o conflito e sua possibilidade de resolução, sendo também capaz de gerar a confrontação de pontos de vista divergentes na sala de aula (transformar os conflitos em controvérsias) e, finalmente, compreender os erros e resultados obtidos como ponto de partida para a modificação dos esquemas de conhecimento (para modificação e enriquecimento) (D’ÁVILA, 2006, p. 91).

Por estes fatos, e pela certeza que as tecnologias presentes no espaço social da escola,

estão chegando e fazendo parte do cotidiano dos alunos e professores, é que a formação

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busca permitir que os estudantes de geografia pensem o espaço e tenham condições de

enquanto professores de fornecer para os seus alunos

Condições de construir um instrumento tal que seja capaz de permitir-lhe buscar e organizar informações para refletir em cima dela. Não apenas para entender determinado conteúdo, mas para usá-lo com possibilidade de construir a sua cidadania (CALLAI, 1999, p. 68).

Por esse fato que a proposta de forma-ação dentro da dinâmica de pensar e desenvolver

a própria formação, planejando e construindo o espaço de formação do outro está sendo

a forma mais adequada e ampla para trabalharmos os conteúdos referentes as

tecnologias, a educação e a prática do ensino da geografia considerando as necessidades

teórico-empíricas do processo de formação inicial, pois as tecnologias que estão

disponíveis para a escola e para os sujeitos que constituem e desenvolvem o processo

ensino-aprendizagem, são diversas, no entanto,

a principal dificuldade para transformar os contextos de ensino com a incorporação de tecnologias diversificadas de informação e comunicação parece se encontrar no fato de que a tipologia de ensino dominante na escola é a centrada no professor. Em uma sociedade cada dia mais complexa, as tentativas de situar a aprendizagem dos alunos e suas necessidades educativas na escola da ação pedagógica ainda são minoritárias (SANCHO, 2006, p. 19).

Devido a esses motivos é que precisamos, enquanto centro formador de formadores,

proporcionar ações que dêem condições dos professores em exercício e dos futuros

professores de mudar essa tipologia de ensino e, com o uso das tecnologias, suas várias

linguagens, buscar desenvolver uma docência sócio-construtivista, trabalhando bem

próximo da zona de desenvolvimento proximal (ZDP) dos sujeitos aprendentes.

A universidade, a formação do professor de geografia e a transformação da prática

A universidade enquanto instituição social responsável pela formação de formadores,

deve estar sempre atenta e refletindo junto com os seus professores, pesquisadores e

gestores os processos de formação de professores, pois, torna-se uma exigência atual

que a universidade contribua com a inserção dos sujeitos formadores (professores) e dos

sujeitos em formação (licenciandos) no contexto das práticas contemporâneas que

atendam as exigências da educação do século XXI e as necessidades das crianças, dos

jovens e dos adultos de hoje.

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Diante de tal exigência, e de acordo com o que conseguimos trabalhar e pesquisar junto

aos graduandos do curso de Geografia do Departamento de Educação do Campus XI,

junto à comunidade e algumas unidades escolares serrinhense é que essa proposta de

ação coletiva, de caráter interdisciplinar possibilitou trabalhar com um grupo 09 (nove)

professores de 05 (cinco) escolas locais e 25 (vinte e cinco) graduandos de geografia, o

uso das tecnologias e das TIC na sala de aula, tendo como escopo da proposta a

necessidade de garantir condições intelectuais e técnicas aos sujeitos formadores de

fazerem uso amplo das tecnologias no fazer educativo, de aprofundamento em relação a

alguns conceitos geográficos, além de contribuir efetivamente na formação de

multiplicadores de opiniões sobre o uso das TIC no contexto escolar e na sociedade

contemporânea de forma geral.

A ação de formação inicial de um componente curricular desdobrada numa proposta de

extensão está contribuindo com a formação de professores ativos e com condições de

desenvolver ações de orientação pedagógica e sistematização de informações e

conhecimentos, na busca de recontextualizar as situações de aprendizagem, incentivar a

experimentação e a criatividade, bem como refletir e depurar idéias acerca da prática do

ensino de geografia.

Como o processo de reflexão está intimamente ligado e fundamentado numa prática de

pesquisa, esses estudantes estão sendo formados com, na e através da pesquisa, a qual se

constitui numa mediação entre a aprendizagem e o conhecimento formal, auxiliando na

reelaboração e reconstrução do conhecimento geográfico, dando condição dinâmica ao

mesmo.

Utilizando a pesquisa-ação, conseguimos esclarecer várias questões de cunho teórico e

pedagógico “pela experiência elucidada, (em que) o estudante toma, então, decisões

quanto a uma, ou mais de uma, intervenção futura” (BARBIER, 2007, p. 39), trazendo

para a universidade uma discussão ampliada sobre o entendimento de universidade, uma

vez que como instituição dedicada a

Promover o avanço do saber e do saber fazer; ela deve ser o espaço da intervenção, da descoberta, da teoria, de novos processos; deve ser o lugar da pesquisa, buscando novos conhecimentos, sem a preocupação obrigatória com sua aplicação inédita; deve ser o lugar da inovação, de onde se persegue o emprego de tecnologias e soluções;

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finalmente, deve ser o âmbito da socialização do saber, na medida em que divulga conhecimentos. (FAVERO, 1992, p. 54, grifos nossos).

Essa concepção de universidade desenvolve uma prática de formação aliando o ensino,

a pesquisa e a extensão como princípios formativos complementares que visam superar

a dicotomia teoria e prática, desenvolvendo durante a formação inicial ações de pensar,

fazer, refletir e agir como princípios formativos nas mais diversas áreas.

É nesse âmbito que a sociedade da informação como sendo aquela que faz o melhor uso

possível das tecnologias da informação e comunicação (TIC) e que a toma como

elemento central da atividade humana (CASTELLS, 2005) é que estamos aproveitando

as vantagens das tecnologias em todos os seus aspectos nas nossas vidas, isto é, no

trabalho, no lazer e na escola para fazer da universidade um espaço que, efetivamente,

proporcione transformações nas práticas educativas, não só dos professores de

geografia, mas nos educadores de maneira geral.

Com o uso das tecnologias e do hipertexto como sendo “uma tecnologia e uma

estratégia de organização textual, já que muitos gêneros podem aparecer num formato

hipertextual” (MARCUSCHI; XAVIER, 2005), é que a utilização dos espaços virtuais

de aprendizagem como espaços de formação nos dão plena condição de trabalharmos

com máxima potencialidade da capacidade humana, através da não linearidade, da

volatilidade, da topografia, da condição de acessibilidade ilimitada e da interatividade

que nos propõe os hipertextos digitais (MARCUSCHI; XAVIER, 2005).

Considerações reflexivas sobre a prática e o ensino de geografia na sociedade da informação

Diante do apresentado, as pesquisas em torno da formação de professores e o uso das

tecnologias na prática docente, delimitada no universo dos cursos de Geografia e

Pedagogia do Departamento de Educação do Campus XI da Universidade do Estado da

Bahia, localizado na cidade de Serrinha na região sisaleira do Estado da Bahia é que

convocamos a todos para refletirem sobre as ações formativas que estão sendo

desenvolvidas nas nossas universidades pública, em especial, aquelas responsáveis pela

formação de professores, destacando um refletir-agir sobre a prática docente dos

formadores de formadores nos cursos de licenciatura e a responsabilidade que temos no

que se refere a formação técnica-pedagógica, teórico-empírica desses futuros

professores.

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Nesse sentido, apresentamos algumas questões que podem contribuir para a melhoria da

qualidade dos processos de formação de professores de geografia e, consequentemente,

do ensino da geografia, tendo a prática docente como referência reflexiva. Diante dos

processos da forma-ação desenvolvida até o momento, constatamos que:

� Existe uma necessidade emergente na nossa região de formação continuada dos

professores de geografia, formação esta que permita além da atualização e

produção de novos conhecimentos e saberes docentes, permita também, uma

reflexão crítica sobre a prática pedagógica e as necessidades didático-

pedagógicas advindas do processo ensino-aprendizagem;

� A necessidade de um estreitamento entre os processos de ensino, pesquisa e

extensão deve ser recuperado e praticado pelos professores dentro da

universidade, com o intuito de fazer valer o papel fundamental da universidade e

proporcionar a transformação da prática a partir dos processos formativos

iniciais com a construção de novas possibilidades de formação, a colaboração de

todos no processo de avaliação/reformulação dos próprios cursos de graduação

do campus;

� A renovação implica na mobilização de saberes que devem extrapolar as

fronteiras da academia e a formalização do uso tradicional dos recursos didático-

pedagógicos e dos conceitos geográficos;

� A inserção das tecnologias da informação e comunicação (TIC) nos processos de

formação inicial e continuada possibilitam um revisitar em tempo real a prática

pedagógica docente, o que implica no movimento de reflexão-ação real e

efetivamente dialógico.

Tais constatações, só nos leva a acreditar mais e mais que as tecnologias, desde que

sejam utilizadas de forma com conhecimento de suas potencialidades, dentro das

possibilidades dos espaços educativos e atendendo as necessidades de aprendizagem

com o conhecimento técnico, teórico e metodológico do docente, apresenta condições

infinitas de ampliação e melhoria da educação dentro da universidade, na educação

básica e na sociedade de maneira geral.

É nessa linha que a alfabetização tecnológica do professor

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Envolve o domínio contínuo e crescente das tecnologias que estão na escola e na sociedade, mediante o relacionamento crítico com elas. Este domínio se traduz em uma percepção global do papel das tecnologias na organização do mundo atual e na capacidade do professor de lidar com as diversas tecnologias, interpretando sua linguagem e criando novas formas de expressão, além de distinguir como, quando e por que são importantes e devem ser utilizadas no processo educativo. (SAMPAIO, LEITE, 1999).

Portanto, as tecnologias aliadas as suas várias linguagens e a vontade de transformação,

mudança e melhoria da prática pedagógica docente tanto daqueles que fazem a

formação inicial, como daqueles que exercitam a docência na educação básica,

contribuem significativamente para o real exercício da práxis.

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