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ALUN lições Bíblicas Jovens e Adultos trimestre de 2006

As Verdades Centrais Da Fé Cristã - Lições Bíblicas 4t2006

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As Verdades Centrais da Vida Cristã. Lições do 4° Trimestre de 2006. Os comentários são de Claudionor Correia de Andrade. Ao contrário da filosofia, a doutrina cristã não se perde em especulações. Se por um lado, conduz-nos a conhecer mais intimamente a Deus; por outro, constrange-nos a ter uma vida santa e irrepreensível. Andrew Bonar, ao destacar-lhe a importância em nosso cotidiano, foi enfático: "Doutrina é coisa prática, visto que desperta o coração".

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  • ALUN

    liesBblicas

    Jovens e Adultos4 trimestre de 2006

  • A RESPOSTA CRIST QUEO MUNDO PROCURA

    EST AQUI.

    DESENVOH

    AUTENTICA

    CRIST^NA

    CULTURADE HOJE

    CHARLESCOLSON

    PfciodePhiliipE.Johnson

    i VERDADEl ABSOLUTA

    LIBERTANDO o CRISTIANISMOde SEU CATIVEIRO CULTURAL -

    NANCYPEARCEY

    Se voc no se conforma com ocurso deste mundo e quer fazer adiferena no ambiente em que vive,leia este livro e seja um fator positivode, mudana na sociedadelO autorilustra, atra vs jde histrias, os principaispontos para contrastar a viso crist com aviso secular dominante. Cada captulocontm estudos montados com base emquestes como: educao, crime, famlia,

    'vida, arte, msica e atividades interativas.BREVE

    Uma analise cultural crist que traz ao- -,leitor informaes indispensveis paraproduzir uma compreenso crist do (mundo cm que vivemos. Verdade Absoluta^apresenta o cristianismo no apenas comoprincpio religioso, mas expe conto acincia moderna o exalta, a verdadeabsoluta acima de todas as ideologias.BREVE *

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    C0O

  • lies... XV-lt-Dc* A

    Comentrio: CLAUDIONOR CORRA DE ANDRADEConsultor Doutrinrio e Teolgico: ANTNIO GILBERTOLies do 4 Trimestre de 2006

    SUMRIOLio lA importncia da Doutrina Bblica para a vida crist 3Lio 2Deus, o Ser Supremo por excelncia 8Lio 3Jesus Cristo, verdadeiro homem e verdadeiro Deus 13

    Lio 4Esprito Santo, nosso divino Consolador 18

    Lio 5A Santssima Trindade, uma verdade incontestvel 23Lio 6Anjos, ministros e enviados por Deus 27Lio 7O Homem, coroa da Criao 32

    Lio 8O pecado, a transgresso da Lei divina '. 37

    Lio 9Salvao, o plano de Deus para a Redeno humana 41Lio IOIgreja, o corpo espiritual de Cristo 46Lio 11A Bblia, a inspirada e inerrante Palavra de Deus 50Lio 12O arrebatamento da Igreja e as ltimas coisas 55Lio 13A Doutrina produzo avivamento 59Lio 14A importncia da leitura na vicia do cristo 62

  • ALUNOPublicao Trimestral

    da Casa Publicadoradas Assembleias de Deus

    Presidente da Conveno Geraldas Assembleias de Deus

    losc WeHington Bezerra da Costa

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    Gerente FinanceiroWalter Alves de Azevedo

    Gerente de ProduoRuy Bergsten

    Gerente ComercialCcero da Silva

    Gerente de PublicaesClaudonor de Andrade

    Setor de Educao CristMarcos Tuler

    Esdras Costa BenthoDbora Ferreira da Costa

    Mriam Mendes ReicheTelma Bueno

    Vernica Arajo

    Capa e Projeto GrficoEduardo Souza

    Editorao EletrnicaEduardo Souza

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    Tel.: (21) 2406-7373 - Fax; (21) 2406-7326

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  • Lio lA IMPORTNCIA DA DOUTRINABBLICA PARA A VIDA CRIST

    1 de outubro de 2OO6

    TEXTO UREO

    "Todo aquele que prevarica eno persevera na doutrina deCristo no tem a Deus; quem

    persevera na doutrina de Cristo,esse tem tanto o Pai como o

    Filho" (2 Jo 1.9).

    RDADE PRATICA

    O estudo da autntica doutri-na bblica auxilia o crente a teruma vida espiritual abundante,habilitando-o a ser uma poderosatestemunha de Cristo.

    LEITURA BBLICA EM CLASSEATOS 2.42-47

    42 - E perseveravam na doutrinados apstolos, e na comunho, e nopartir do po, e nas oraes.43 - Em cada alma havia temor, emuitas maravilhas e sinais se fazi-am pelos apstolos.44 Todos os que criam estavamjuntos e tinham tudo em comum.45 - Vendiam suas propriedades efazendas e repartiam com todos, se-gundo cada um tinha necessidade.46 - E, perseverando unnimes to-dos os dias no templo, e partindo o

    Segunda - Pv 4.2A doutrina bblica boa.

    Tera - Pv 13.14A doutrina bblica fonte de vida.

    Quarta - Mt 7.28A doutrina bblica admirvel.

    Quinta - Io 7.16A doutrina bblica divina.

    Sexta - l Co 14.6A doutrina bblica necessria.

    Sbado - l Tm 6.3A doutrina bblica nica.

    Lies Bblicas

  • po em casa, comiam juntos comalegria e singeleza de corao,47 louvando a Deus, e caindo nagraa de todo o povo, E todos osdias acrescentava o Senhor igrejaaqueles que se haviam de salvar.

    INTRODUO

    Qual o segredo do avanoirresistvel da Igreja Primitiva? Jnos captulos iniciais dos Atos dosApstolos, constatamos algo desuma importncia. Mesmo nopossuindo uma frmula mgica deadministrao, a Igreja precisou deapenas trs dcadas para chegaraos pontos mais distantes do Im-prio Romano.

    Consolidados no ensino da Pa-lavra de Deus, mantinham-se oscristos firmes na comunho, nopartir do po e nas oraes. Emcada alma havia temor e revern-cia. E muitas eram as maravilhasque o Senhor operava por inter-mdio deles. Ao contrrio do quepensam alguns estudiosos, a Igre-ja do Pentecostes no era piegasnem emocional; era bblica e teo-logicamente cristocntrica.

    A fim de nos alicerarmos noensino dos apstolos e dos profe-tas, entraremos a estudar, a partirdeste domingo, as doutrinas fun-damentais de nossa f. E a cada li-o constataremos: sem a instru-o da Palavra de Deus, o aviva-mento impossvel.

    I. O QUE ADOUTRINA BBLICA

    Ao contrrio da filosofia, a dou-trina crist no se perde em espe-culaes. Se por um lado, conduz-nos a conhecer mais intimamentea Deus; por outro, constrange-nosa ter uma vida santa e irrepreens-vel. Andrew Bonar, ao destacar-lhea importncia em nosso cotidiano,foi enftico: "Doutrina coisa pr-tica, visto que desperta o corao".

    1. Definio. A doutrina umconjunto de princpios que, tendocomo base as Sagradas Escrituras,orienta o nosso relacionamentocom Deus, com a Igreja e com osnossos semelhantes. Ela pode serdefinida, ainda, como ensino da B-blia. Este, contudo, tem de ser per-sistente, sistemtico e ordenado,induzindo os santos a se inteira-rem de todo o conselho de Deus(At 20.27).

    2. Objetivos. O principal ob-jetivo da doutrina bblica apro-fundar o nosso conhecimento deDeus (Os 6.3). Se no o conhecer-mos experimental e redentivamen-te, como haveremos de colocar-nosa seu servio? (l Sm 3.7). O Israeldo Antigo Testamento caiu na apos-tasia por no conhecer a Jeov.Atravs de Osias, lamenta o amo-roso Senhor: "O meu povo foidestrudo, porque lhe faltou o co-nhecimento" (Os 4.6).

    De igual modo, visa a doutrinabblica perfeio moral e espiri-tual do ser humano. Escrevendo aojovem pastor Timteo, o apstolo

    Lies Bblicas

  • Paulo mais do que claro; inci-sivo: "Para que o homem de Deusseja perfeito, e perfeitamente ins-trudo para toda a boa obra" (2 Tm3.17). Ideal inatingvel? Se contar-mos apenas com as nossas prpri-as foras, jamais atingiremos seme-lhante padro. No entanto, se nosentregarmos graa de Nosso Se-nhor, nossa vereda refulgir de talforma que viremos a resplandecercomo os astros no firmamento (Pv4.18; Dn 12.3).

    3. Doutr ina e costumes.Doutrina no so costumes. Todosj ouvimos essa frase. No entanto,a boa doutrina, quando corretamen-te interpretada, gera costumes bonse sadios. Consequentemente, umpovo que ignora as verdades bbli-cas com facilidade assimilar os cos-tumes do Egito e de Cana (Lv 18.3).Foi o que ocorreu com os israelitas:durante a peregrinao no deserto,imitaram os egpcios; na Terra Pro-metida, os cananeus. Eis porque so-mos instados a no amar o mundo(1J02.15).

    Por conseguinte, quanto maisdoutrinados forem os crentes, maisos seus costumes conformar-se-o Palavra de Deus. Al Martin positi-vo: "A finalidade para a qual Deusinstrui a mente para que Ele pos-sa transformar a vida". No Salmo119, pergunta Davi: "Como purifi-car o jovem o seu caminho?" Res-ponde o salmista: "Observando-oconforme a tua palavra" (SI 119.9).

    No podemos, portanto, disso-ciar os bons costumes da doutrina.

    Como aqueles dependem desta,logo: a boa doutrina gera, necessa-riamente, os bons costumes.

    U. A NECESSIDADEDA DOUTRINA

    H cristos que, menosprezan-do a doutrina bblica, alegam: "Oimportante no a teoria; e, sim: aprtica". Entretanto, quem disseque a doutrina bblica meramen-te terica? Ela a vontade de Deus.E, como tal, deve ser posta em pr-tica. Aos filhos de Israel, ordena oSenhor: "E estas palavras, que hojete ordeno, estaro no teu corao;e as intimars a teus filhos, e delasfalars assentado em tua casa, eandando pelo caminho, e deitando-te e levantando-te. Tambm as ata-rs por sinal na tua mo e te seropor testeiras entre os teus olhos. Eas escrevers nos umbrais de tuacasa, e nas tuas portas" (Dt 6.6-9).

    Vejamos por que a doutrinabblica necessria.

    1. A doutrina bblica pro-porciona-nos a salvao emCristo. Paulo instrui ao seu jovemfilho na f: "Tem cuidado de timesmo e da doutrina: perseveranestas coisas; porque, fazendo isto,te salvars, tanto a ti mesmo comoaos que te ouvem" (l Tm 4.16),

    2. A doutrina bblica san-tifica-nos. Em sua orao sacer-dotal, refere-se o Cristo ao podersantificador da Palavra de Deus:"Dei-lhes a tua palavra, e o mun-do os aborreceu, porque no so

    Lies Bblicas

  • do mundo, assim como eu no soudo mundo. No peo que os tiresdo mundo, mas que os livres domal. No so do mundo, como eudo mundo no sou. Santifica-os naverdade: a tua palavra a verda-de" (Jo 17.14-17).

    3. A doutrina bblica tor-na-nos sbios. Timteo, instru-do por sua me, Eunice, e por suaav, Lide, veio a tornar-se um dosmaiores obreiros do Novo Testa-mento. Jovem ainda, veio ele a serconsiderado um sbio, conformelhe escreve Paulo: "E que desde atua meninice sabes as sagradas le-tras, que podem fazer-te sbiopara a salvao, pela f que h emCristo Jesus" (2 Tm 3.15).

    Enfim, a doutrina bblica im-prescindvel para o nosso cresci-mento na vida crist. Sua necessi-dade pode ser constatada tantocoletiva quanto individualmente.William S. Plumer analisa a efic-cia da doutrina bblica na vida cris-t: "Doutrinas fracas no so p-reo para tentaes fortes".

    III. A DOUTRINA BBLICA E OSERVIO CRISTO

    Infelizmente, h obreiros que,no mpeto de evangelizar, no seaplicam a aprender a doutrina b-blica. Acham que o ensino sistem-tico das Sagradas Escrituras per-da de tempo. Deveriam eles aten-tar a esta recomendao de CharlesSpurgeon: "Os homens, para seremverdadeiramente ganhos, precisamser ganhos pela verdade". Vejamos

    por que a doutrina bblica impor-tante ao servio cristo.

    1. Na evangelizao. Nadivulgao do Evangelho, acha-seimplcito o ensino da doutrina b-blica, conforme podemos inferirda Grande Comisso que nos con-fiou o Senhor Jesus: "Ide, portan-to, fazei discpulos de todas as na-es, batizando-os em nome doPai, e do Filho, e do Esprito San-to; ensinando-os a guardar todasas coisas que vos tenho ordenado.E eis que estou convosco todos osdias at consumao do sculo"(Mt 28.19,20 -ARA). A evangeliza-o pressupe, essencialmente, apresena da doutrina bblica.

    2. Na instruo dos santos.Paulo jamais se mostrou remissoquanto doutrinao da Igreja deCristo. Em Trade, ministrou aosirmos at altas horas: "No primei-ro dia da semana, estando ns reu-nidos com o fim de partir o po,Paulo, que devia seguir viagem nodia imediato, exortava-os e prolon-gou o discurso at meia-noite" (At20.7,8 -ARA). Nem o incidente como jovem utico lhe arrefeceu o ar-dor doutrinrio: "Subindo de novo,partiu o po, e comeu, e ainda lhesfalou largamente at ao romper daalva" (At 20.11-ARA).

    3. Na defesa da santssimaf. Somente poderemos defender asantssima f se nos dedicarmos comafinco ao estudo da doutrina bbli-ca: "Antes, santificai a Cristo, comoSenhor, cm vosso corao; e estaisempre preparados para responder

    Lies Bblicas

  • com mansido e temor a qualquerque vos pedir a razo da esperanaque h em vs" (l P 3.15).

    Est voc preparado para de-fender a sua f e a apresentar asrazes da esperana que temos emCristo?

    CONCLUSOEnfatizando a importncia das

    doutrinas bblicas, afirmou JosephIrons: "Abracemos toda a verda-de ou renunciemos totalmente aocristianismo". O que isto signifi-ca? No podemos acreditar em al-gumas doutrinas, e desacreditarem outras. Haveremos de recebertoda a verdade conforme no-la

    confiou o Senhor em sua Palavra:integralmente.

    Sem doutrina, a vida espiritual impossvel.

    GLOSSRIOCristocntrico: Centralizado

    em Cristo.Especu lao : Investigao

    terica; explorao.Implcito: Que est envolvi-

    do, mas no de modo claro.Incisivo: Decisivo, pronto, di-

    reto, sem rodeios.Inferir: Deduzir pelo raciocnio.P iegas : Diz-se de quem se

    embaraa com coisas pequenas.Remisso: Descuidado, negli-

    gente, desleixado.

    QUESTIONRIO

    1. O que doutrina?

    2. Qual o principal objetivo da doutrina bblica?

    3. Por que no podem existir bons costumes sem boa doutrina?

    4. Por que a doutrina bblica necessria?

    5. Por que a doutrina bblica importante no servio cristo?

    Lies Bblicas

  • Lio 2DEDS, O SER SUPREMO

    POR EXCELNCIA8 de outubro de 2OO6

    "Ouve, Israel, o SENHOR, nossoDeus, o nico SENHOR"

    (Dt 6.4).

    VERDADE PRATICA

    Criador dos cus, da terra e doser humano, o Senhor Deus o SerSupremo por excelncia.

    LEITURA BBLICA EM CLASSE

    SALMOS 33.1-121 - Regozijai-vos no SENHOR, vs,justos, pois aos retos convm olouvor.2 Louvai ao SENHOR com harpa,cantai a ele com saltrio de dezcordas.3 - Cantai-lhe um cntico novo;tocai bem e com jbilo.

    Segunda - Io 3.33Deus verdadeiro.

    Tera - Io 4.24Deus Esprito.

    Quarta - I Io 1.5Deus luz.

    LEITURA DIRIA

    Quinta - l Io 4.8Deus amor.

    Sexta - Dt 32.4Deus a verdade.

    Sbado - 2 Co 9.8Deus poderoso.

    Lies Bblicas

  • 4 - Porque a palavra do SENHOR reta, e todas as suas obras so fiis.5 Ele ama a justia e o juzo; a terraest cheia da bondade do SENHOR.6 - Pela palavra do SENHOR foramfeitos os cus; e todo o exrcitodeles, pelo esprito da sua boca.7 - Ele ajunta as guas do mar comonum monto; pe os abismos emtesouros.8 - Tema toda a terra ao SENHOR;temam-no todos os moradores domundo.9 Porque falou, e tudo se fez;mandou, e logo tudo apareceu.10 O SENHOR desfaz o conselhodas naes; quebranta os intentosdos povos.11-0 conselho do SENHOR perma-nece para sempre; os intentos doseu corao, de gerao em gerao.12 Bem-aventurada a nao cujoDeus o SENHOR, e o povo que eleescolheu para a sua herana.

    INTRODUOInimigo irreconcilivel da reli-

    gio, Votaire surpreende-nos comesta afirmao: "Se Deus noexistisse, seria necessrio invent-lo". O pensador francs buscou en-fatizar, com o seu estilo nada re-verente, que Deus absolutamen-te necessrio; sem Ele nada seriapossvel. Infelizmente, no sopoucos os que, do alto de sua toli-ce, professam no acreditar na re-alidade do Todo-Poderoso.

    Nesta lio, mostraremos ser aexistncia de Deus algo no so-mente provado como inerente alma humana. Nosso objetivo no analisar a Deus; registrar o quea Bblia declara acerca de sua na-tureza e atributos. "Alis, quem ja-mais poderia analisar um ser infi-nito, eterno e que existe por simesrnojfPor isso, todas as afirma-es que fizermos concernentes aDeus tero como base no a v fi-losofia; e, sim, a Bblia Sagrada.

    I. QUEM DEUSNo Salmo 33, que nos serve de

    leitura bblica em classe, o escri-tor sagrado discorre de um modomaravilhoso sobre os atributos eas obras de Deus. Utilizando-se deuma poesia elevadssima, sinteti-za um conhecimento essencial so-bre o Todo-Poderoso; um conhe-cimento, alis, que nos obrigariaa despender milhares de pginas.No entanto, o autor sagrado de-clara, em poucas sentenas, o queDeus , o que Ele fez e o que con-tinua a fazer.

    1. Definio lingustica. Apalavra Deus a traduo do vo-cbulo hebraico 'lhim; no grego,temos a palavra theos. 'lhim um substantivo plural que, tendoem vista determinados contextos,encerra este princpio: a existn-cia da Santssima Trindade.

    2. Definio teolgica. Emnosso Dicionrio Teolgico, da-mos a seguinte definio de Deus:"Ser Supremo, absoluto e infinitopor excelncia; criador dos cus

    Lies Bblicas

  • e da terra (Gn 1.1); eterno e imu-tvel (Is 26.4); onipotente, onis-ciente e onipresente (J 42.2; SI139). Deus esprito (Jo 4.24). Serincriado, a razo primeira detudo quanto existe".

    II. A EXISTNCIA DE DEUS

    Algum declarou que Deus amelhor prova de si mesmo. Comoreferendar a existncia de Deus seesta acha-se patente em todas ascoisas? Ler Rm l. 19-21. Quando ossantos escritores, inspirados peloEsprito Santo, puseram-se a regis-trar a revelao divina, nenhumapreocupao tiveram eles em pro-var a existncia de Deus. Pois oTodo-Poderoso fazia parte de seucotidiano; era inconcebvel viversem Ele ou parte dEle. Leia comateno o Salmo 26.

    Os que se dizem ateus, quertericos quer prticos, no passamde tolos conforme canta o salmis-ta: "Disseram os nscios no seu co-rao: No h Deus. Tm-se cor-rompido, fazem-se abominveisem suas obras, no h ningumque faa o bem" (SI 14.1).

    III. A REVELAOESPECIAL DE DEUS

    C. S. Levvis ao tratar da revela-o especial de Deus, afirmou:"Deus nunca se faz de filsofo di-ante de uma lavadeira". O que oescritor ingls busca enfatizar nes-sa frase to profundamente sim-ples? Deus deseja revelar-se ao serhumano, pois ama-o com um amor

    eterno. Amando-nos como nos ama,utiliza-se Ele de uma linguagem quetodos podemos entender (Hb 1.1-3). No me refiro apenas nature-za, conscincia ou complexida-de de nosso corpo que, de formabem patente, revelam-nos a suaexistncia; refiro-me tambm sSagradas Escrituras. Por isso, tantoo filsofo quanto lavadeira, quese arrependem de seus pecados elem a Bblia, sentem que Deus lhesfala clara, profunda e redentiva-mente. Vejamos, pois, o que a re-velao divina.

    1. Definio lingustica. Apalavra revelao provm do latimrevelatione e significa: revelar, ti-rar o vu, descobrir (2 Co 3.16).

    2. D e f i n i o teolgica.Ao divina que comunica aos ho-mens os desgnios de Deus e as ver-dades que estes envolvem (l Co2.10). A Bblia assim considera-da por conter a revelao definiti-va e acabada de Deus acerca deseus planos em relao humani-dade. atravs dela que passamosa conhecer redentivamente a Deus(2 Tm 3.15-17).

    IV. NATUREZAESSENCIAL DE DEUS

    A natureza essencial de Deus um assunto demasiadamente com-plexo (S 139.6). Deparando-secom tal dificuldade, confessa To-ms de Aquino: "O mximo que co-nhecemos de Deus nada em re-lao ao que Ele ". Vejamos, po-rm, o que possvel saber acercade sua nature/a essencial. Entre os

    10 Lies Bblicas

  • seus atributos naturais ou trans-cedentais, podemos mencionar:asseidade, espiritualidade, imensi-dade, imutabilidade e eternidade.

    1. Asseidade. Atributo natu-ral, absoluto e incomunicvel deDeus, segundo o qual Ele existe porsi mesmo. Ele no depende de ne-nhum outro ser para existir oupara continuar existindo; Ele temvida em si mesmo (Jo 5.26).

    2. Espiri tualidade. Deus esprito, afirmou o Senhor Jesus mulher samaritana (Jo 4.24). Nes-ta definio essencial de Deus,aprendemos algo muito importan-te: Deus um esprito puro e sim-ples. Ele o que . Sendo esprito,transcende o mundo material; comeste, porm, mantm um relacio-namento redentivo (Jo 5.37).

    3. Imensidade. Atributo ex-clusivo de Deus, que o faz trans-cender a todos os limites quer domundo fsico, quer do espiritual,ou do celestial (Is 57.15).

    4. Imutabilidade. Qualidadeexclusiva do Supremo Ser, que otorna imune s mudanas quer denatureza qualitativa, quer de na-tureza moral; sua bondade infi-nita (Tg 1.17). H uma ntima re-lao entre a sua bondade e imu-tabilidade. Quando Jesus afirmouque Deus bom, quis deixar bemclaro que Ele no pode ser melhordo que (Mc 10.18).

    5. Eternidade. Como o SerEterno por excelncia, Deus sem-pre existiu- e sempre haver deexistir; no teve incio nem terfim (SI 90.2).

    V. ATRIBUTOS IMANENTESE MORAIS DE DEUS

    No tpico anterior, estudamosos atributos naturais ou transcen-dentes de Deus. A seguir, veremosas qualidades atravs das quais en-tra Ele em contato com o mundocriado: os atributos imanentes e osatributos morais do Supremo Ser.

    1. Atributos imanentes deDeus. Onipotncia, onipresena eoniscincia (J 42.2; SI 139; 44.21).Isto significa que Deus pode todasas coisas, encontra-se em todos oslugares ao mesmo tempo e de tudotem cincia. Que Deus pode todasas coisas, no h dvidas; mas nadafar que contrarie a sua naturezajusta e santa.

    2. A t r i bu to s morais deD e u s . Os atributos morais deDeus podem e devem ser possu-dos por todos os seus servos: San-tidade, justia, misericrdia, sabe-doria e amor.

    Deus santo e exige que todosos seus servos tambm o sejam (Lv19.2). Ele justo e deseja que, deigual modo, o sejamos f l Jo 3.7). Ele misericordioso e reivindica queassim ajamos (Cl 3.12). Deus s-bio e conosco reparte a sua sabedo-ria (Tg 1.5). E se Ele amou-nos comum amor eterno, devemos tambmnos amar uns aos outros (l Jo 4.8).

    CONCLUSO

    No curto espao de que dispo-mos, -nos impossvel explorarexaustivamente um assunto toimensurvel a ns mortais: a reali-

    Lies Bblicas 11

  • dade do Supremo Ser. Acredito, po-rm, que todos j nos conscientiza-mos da grandeza e da infinitude deDeus. Sendo Ele, porm, o que ,no nos despreza: revelou-nos o seugrande amor, enviando o seu FilhoJesus Cristo para morrer em nossolugar. E, assim, passamos a conhec-lo r de nti vmente. No possvelconhecer completamente a Deus;entretanto, possvel conhec-loverdadeiramente (J 42.5).

    GLOSSRIO

    Exaustivo: Que se destina aesgotar; que esgota.

    Imanente: Caracterstica di-vina pela qual Deus torna-se co-nhecido pelo homem mediante osatributos morais.

    Imensurvel: Que no podeser medido; no mensurvel.

    Inerente: Que est insepara-velmente ligado a alguma coisa.

    Transcendente: Caractersti-ca divina mediante a qual o ser deDeus no comunicvel s suascriaturas. Os atributos naturais ouincomunicveis esto relacionados transcendncia.

    Patente: Aberto, franqueado,acessvel.

    QUESTIONRIO

    1. Como podemos definir a Deus?

    2. Qual o significado teolgico da revelao de Deus?

    3. Quais so os atributos naturais de Deus?

    4. Quais so os atributos imanentes de Deus?

    5. Quais so os atributos morais de Deus?

    12 Lies Bblicas

  • Lio 3IESDS CRISTO, VERDADEIROHOMEM E VERDADEIRO DEUS

    15 de outubro de 2OO

    "Lembra-te de que Jesus Cristo,que da descendncia de Davi,

    ressuscitou dos mortos, segundoo meu evangelho" (2 Tm 2.8).

    ERDADE PRATICA

    Verdadeiro homem e verdadei-ro Deus, Jesus Cristo morreu pararedimir-nos do pecado, ressusci-tando gloriosamente como Senhordos senhores e Rei dos reis.

    LEITURA BBLICA EM CLASSE

    JOO 1.1-5, 9-14

    1 - No princpio, era o Verbo, e oVerbo estava com Deus, e o Verboera Deus.2 Ele estava no princpio comDeus.3 - Todas as coisas foram feitas porele, e sem ele nada do que foi feitose fez.4 - Nele, estava a vida e a vida era aluz dos homens;

    LEITURA DIRIA

    Segunda - Io 1.14A encarnao de Cristo.

    Tera - Mt 1.23A concepo virginal de Cristo.

    Quarta - Mt 4.1-10A tentao de Cristo.

    Quinta - Mt 4.23O ministrio de Cristo.

    Sexta - Lc 23.26-48A paixo de Cristo.

    Sbado - Io 20.1-10A ressurreio de Cristo.

    Lies Bblicas 13

  • 5 e a luz resplandece nas trevas, eas trevas no a compreenderam.

    9 - Ali estava a luz verdadeira, quealumia a todo homem que vem aomundo,10 estava no mundo, e o mundofoi feito por ele e o mundo no oconheceu.11 - Veio para o que era seu, e osseus no o receberam.

    12 Mas a todos quantos o recebe-ram deu-lhes o poder de seremfeitos filhos de Deus: aos que cr-em no seu nome,

    13 - os quais no nasceram do san-gue, nem da vontade da carne, nemda vontade do varo, mas de Deus.

    14 - E o Verbo se fez carne e habitouentre ns, e vimos a sua glria,como a glria do Unignito do Pai,cheio de graa e de verdade.

    INTRODUO

    Discorrendo sobre a dupla na-tureza de Nosso Senhor, escreveuadmiravelmente J. Blanchard:"Quando Jesus desceu terra nodeixou de ser Deus; quando voltouao u no deixou de ser homem".

    |j$e no crermos em Jesus comoverdadeiro homem e verdadeiroDeus, como haveremos de receb-lo como o Nosso Suficiente Salva-dor? Ver 2 Tm 2.8; Jo 1.14; Fp 2.7,8.

    Nesta lio, entraremos a estu-dar a Cristologia: o estudo orde-nado e sistemtico de Cristo Jesusna Bblia. Principiando com as pro-

    fecias do Antigo Testamento, vai anossa abordagem at ao triunfofinal do Nazareno. Como no po-deremos apresentar uma cristolo-gia exaustiva, buscaremos exporessa doce e maravilhosa doutrinaem sua essncia.

    I. A ENCARNAODO VERDO DE DEUS

    A encarnao do Verbo de Deusno um mero conceito teolgi-co; um dos maiores mistrios dasSagradas Escrituras, sem a qualseria impossvel a nossa redeno.

    1. O Verbo de Deus. Abrin-do o seu evangelho, escreve Joo:'^EoVerbo se fez carne e habitouentre ns, e vimos a sua glria, comoa glria do Unignito do Pai, cheiode graa e de verdade" (Jo 1.14).Deixa o evangelista bem patente queo Filho de Deus, que se encontravano seio do Pai, foi concebido peloEsprito Santo para habitar entrens. (SI 2.7; Is 7.14; Jo 1.18; 3.16).

    -.Por que Joo denomina-o Verbo de'Deus? Sendo Cristo o executivo doPai, todas as coisas vieram exis-tncia por intermdio dEle; sem Ele,nada do que , existiria.

    2. O esvaziamento de Cris-to. Em sua encarnao, o Cristo tor-nou-se cm tudo semelhante a ns,exccto quanto natureza pecamino-sa e ao pecado (Fp 2.7,8 - ARA).

    Em que consistiu o auto-esvazi-amento de Cristo? Certamente noesvaziara-se Ele de sua divindade;porquanto, em todo o seu minist-rio terreno, mantevc-a inclume.Alis, foi Ele, em seu estado de

    14 Lies Bblicas

  • humilhao, reconhecido comoDeus (Jo 1.49; 20.28). Considere-mos, ainda, a sua orao sacerdo-tal no Getsmane. Ele no reivindi-ca ao Pai a sua divindade, porquan-to esta lhe um atributo intrnse-co; reivindica, sim, aquela imarces-cvel e eterna glria (Jo 17.5).

    3. A concepo virginal doFilho de Deus. Na concepo doVerbo de Deus, no houve o quese convencionou chamar de nas-cimento virginal; o que realmentese deu foi o mistrio da concep-o virginal, conforme profetizouIsaas: "Eis que uma virgem con-ceber, e dar luz um filho, e sero seu nome Emanuel" (Is 7.14; Mt1.25-24; Lc 1.35). Seu nascimentoocorreu em Belm conforme o re-gistro de Lc 2.3-12.

    Maria, como as demais mulhe-res, sentiu as dores de parto ao dar luz a Cristo; e, Jesus, nossa se-melhana, deixou o ventre mater-no, natural e no sobrenatural-mente, ao nascer em Belm deJud. Portanto, se o seu nascimen-to foi natural, a sua concepo, fri-samos, foi um ato miraculoso ope-rado pelo Esprito Santo, confor-me registra Lucas 1.30-35.

    II. OS TRSOFCIOS DE CRISTO

    Escreveu Robert Murray M.Cheyne: "Se eu pudesse ouvirCristo intercedendo por mim noquarto ao lado, no temeria ummilho de inimigos. No entanto,a distncia no faz diferena: ele

    est intercedendo por mim!".Alm de ser o nosso sacerdote oSenhor Jesus o esperado profetae o Rei dos reis. Somente Ele tevecondies de exercer, concomitan-temente, os trs ofcios sagradosdo Antigo Testamento.

    1. O Profeta que havia devir. Como profeta, Jesus no se li-mitou a revelar o futuro. Ele ensi-nou, repreendeu os soberbos e re-alizou sinais e maravilhas, levandoa todos a uma singular admirao(Lc 7.16). Leia Deuteronmio 18.15.

    2. O Sacerdote segundo aordem de Melquisedeque. Ossumos sacerdotes, segundo a or-dem de Aro, quando morriam,eram substitudos por seus filhos.O Senhor Jesus, contudo, porquan-to eterno e Pai da eternidade, temum sacerdcio eterno (SI 110.4; Hb5.6; 7.21). Morrendo em nosso lu-gar e por ns, vencendo a mortepela ressurreio, intercede ininter-ruptamente pelos que o recebemcomo Salvador, garantindo-nos, as-sim, eterna salvao (Hb 5.9). O quedizer da orao sacerdotal de Cris-to? {Jo 17). Sumo sacerdote, segun-do a ordem de Melquisedeque, foio Senhor Jesus, no sacrifcio vicriodo Glgota, o oficiante e a vtimaao oferecer-se, de uma vez por to-das, para resgatar-nos de nossospecados (Hb 7.26-28).

    3. O Rei dos reis. Aps asua ressurreio, e j prestes a su-bir ao Pai, afirmou: "-me dadotodo o poder no cu e na terra"(Mt 28.18). Naquele momento, as-sumia Jesus o governo no sornen-

    Lies Bblicas 15

  • te do mundo, como de Israel e daIgreja. Ele o soberano dos reis daterra (Ap 1.5). o rei de Israel ecabea da Igreja (Jo 1.49; Cl 1.18).Como herdeiro do trono de Davi,assumir o governo do mundodurante o Milnio, levando as na-es remanescentes plena obe-dincia (Is 11.1-10; Ap 19.16).

    III. A MORTE VICRIAE A RESSURREIODE CRISTO

    De forma enftica asseverouThomas Brooks: "O sangue deCristo a chave do cu". Afinal, oque seria o Evangelho sem a mor-te de Nosso Senhor? Nem Evange-lho haveria; ela a garantia denossa vida eterna.

    1. A morte vicria de Cris-t o. Jesus no morreu na cruz comose fora um mrtir; Ele morreuvicariamente como o nico c sufici-ente Salvador da humanidade, a fimde garantir-nos a salvao: "Porqueprimeiramente vos entreguei o quetambm recebi: que Cristo morreupor nossos pecados, segundo as Es-crituras" (l Co 15.3). A morte deCristo assim descrita pelo evan-gelista: "E, clamando Jesus comgrande voz, disse: Pai, nas tuas mosentrego o meu esprito. E, havendodito isso, expirou" (Lc 23.46). Quem,assim, atesta a morte de Nosso Se-nhor o evangelista Lucas, o mdi-co amado. Jesus, portanto, no so-freu um desmaio como salientam osinimigos da f; Ele, de fato, morreue foi sepultado.

    2. A ressurreio de Jesus.A ressurreio de Cristo a prin-cipal doutrina do Novo Testamen-to. Ao expor o seu fato e historici-dade, afirmou Paulo: "E, se Cristono ressuscitou, logo v a nossapregao, e tambm v a vossaf" (l Co 15.14). Diante do expos-to pelo apstolo, ousamos afirmar:A ressurreio de Jesus foi comple-ta e no meramente espiritual. Suaressurreio fsica pode ser ampla-mente demonstrada (Jo 20.24-28).

    Em l Corntios 15, conhecidocomo o grande captulo da ressur-reio, afiana Paulo que o Senhorressurrecto, alm de ser visto pe-los 12 e por mais alguns discpu-los, foi contemplado por mais dequinhentos irmos. E o testemu-nho dos guardas romanos? E acomprovao dos prprios inimi-gos do Senhor que, contrariados,viram-se constrangidos a admitiro fato da ressurreio se bem que,em seguida, urdiram a grandementira? (Mt 28.11-15).

    CONCLUSO

    Soube o apstolo Paulo sinteti-zar, de maneira singular a vida deNosso Senhor em l Tm 3.16. "E,sem dvida alguma, grande omistrio da piedade: Aquele que semanifestou em carne foi justifica-do em esprito, visto dos anjos, pre-gado aos gentios, crido no mundoe recebido acima, na glria".

    Esse o Cristo que pregamos.Verdadeiro homem e verdadeiroDeus. Somente nEle e atravs dEle

    16 Lies Bblicas

  • pode o ser humano obter a vidaeterna. Sem Cristo, ningum che-gar a Deus. Amm.

    GLOSSRIOConcomitante: Que se mani-

    festa simultaneamente com outro.Concepo: O ato ou efeito de

    conceber ou de gerar (no tero);gerao.

    Imarcescvel: Que no mur-cha; incorruptvel, inaltervel.

    Inclume: Livre de perigo;intato, ileso; conservado.

    Intrnseco: Que est dentrode uma coisa ou pessoa e lhe pr-prio; interior, ntimo.

    Vicrio: Aquele que se pe nolugar de outrem.

    Urdir : Enredar, tramar, ma-quinar; imaginar, fantasiar.

    QUESTIONRIO

    1. O que significa Cristologia?

    2. O que a encarnao de Cristo?

    3. O que significa o esvaziamento de Cristo?

    4. Quais os trs ofcios de Cristo?

    5. Quais as provas da ressurreio de Cristo?

    Lies Bblicas 17

  • Lio 4ESPRITO SANTO,

    NOSSO DIVINO CONSOLADOR22 de outubro de 20O

    "Mas quele Consolador, oEsprito Santo, que o Pai enviar

    em meu nome, vos ensinartodas as coisas c vos far lembrarde tudo quanto vos tenho dito"

    (Jo 14.26).

    > i1 l l 1 1 inO Esprito Santo no uma for-

    a impessoal. a Terceira Pessoada Santssima Trindade; sua divin-dade no pode ser, sob hiptesealguma, contestada.

    LEITURA BBLICA EM CLASSE

    IOAO 16.7-15

    7 -Todavia, digo-vos a verdade: quevos convm que eu v, porque, seeu no for, o Consolador no vir avs; mas, se eu for, enviar-vo-lo-ei.8 E, quando ele vier, convencer omundo do pecado, e da justia, e dojuzo:9 - do pecado, porque no cremem mini;10 - da justia, porque vou parameu Pai, e no me vereis mais;

    Segunda - SI 51.11O Esprito Santo habita no crente.

    Tera - Is 63.10O Esprito Santo pode sercontristado.

    Quarta - At 1.8O Esprito Santo reveste os crentespara o trabalho missionrio.

    Quinta - Rm 5.5O Esprito Santo derrama o amorem nosso corao.

    Sexta - I Co 2.13O Esprito Santo nos ensina.

    Sbado - l Ts 1.6O Esprito Santo enche-nos dealegria.

    18 Lies Bblicas

  • 11 e do juzo, porque j o prncipedeste mundo est julgado.12 - Ainda tenho muito que vosdizer, mas vs no o podeis supor-tar agora.13 - Mas, quando vier aquele Espri-to da verdade, ele vos guiar emtoda a verdade, porque no falarde si mesmo, mas dir tudo o quetiver ouvido e vos anunciar o queh de vir.14 - Ele me glorificar, porque hde receber do que meu e vo-lo hde anunciar.15 - Tudo quanto o Pai tem meu;por isso, vos disse que h de rece-ber do que meu e vo-lo h deanunciar.

    INTRODUO

    Joo Wesley explica porque oministrio do Esprito Santo toimportante na vida do crente:"Sem o Esprito de Deus no po-demos fazer nada, a no ser acres-centar pecado sobre pecado". Oevangelista ingls buscou deixarbem claro, com essa afirmao,que o Esprito Santo no umainfluncia como dizem os hereges; a Terceira Pessoa da SantssimaTrindade; acha-se ativo na vida daIgreja, consolando-nos e dirigindo-nos em todas as coisas.

    Nesta lio, veremos o que aBblia ensina acerca de sua perso-nalidade, atuao e obra. Tambmveremos os pecados cometidos

    contra Ele e o seu ministrio nosdias de hoje. Tenho certeza de que,na concluso, todos haveremos deconscientizar-nos: nossa preocupa-o concernente ao Esprito Santono deve ser apossar-nos dEle; e,sim, permitir que Ele se aposse denossa alma, de nosso corao e denosso corpo; somos o seu temploe santurio.

    I. APESSQADO ESPIRITO SANTOA Bblia mostra o Esprito San-

    to atuando como um ser divino doGnesis ao Apocalipse.

    1. A Pessoa do EspritoSanto. No fosse o Esprito Santouma pessoa, teria a Bblia no-loapresentado como tal? O que ,porm, uma pessoa? um ser cns-cio de sua existncia, dotado de au-todeterminao e que possui capa-cidade para agir. No obstante essadefinio ser mais apropriada aoser humano, utilizemo-la a fim decompreendermos a personalidadedo Esprito Santo.

    2. O Esprito Santo agecomo uma pessoa. O EspritoSanto age e interage como uma pes-soa completa e perfeita: fala (At13.2); direciona (At 15.28); revela(At 20.23); ensina (ICo 2.13);testifica (Hb 10.15). Tivssemos es-pao, poderamos citar outrosversculos e passagens da Palavra deDeus, provando que o Esprito San-to , de fato, uma pessoa. E contra aPalavra de Deus de nada valem osargumentos e sofismas humanos.

    Lies Bblicas 19

  • II. A DIVINDADE DO ESPRITOAlm de ser uma pessoa com-

    pleta e perfeita, o Esprito Santotambm divino; assim no-lo apre-senta a Bblia. No sem razo queo identificamos, teologicamente,como a Terceira Pessoa da Sants-sima Trindade. Conforme veremos,a seguir, Ele possui os mesmos atri-butos existentes no Pai e no Filho,segundo as Escrituras. Alm disso,atuou em todos os atos divinos,pois divino Ele .

    1. O Esprito Santo tra-tado como Deus na Bblia. AsSagradas Escrituras no se limitama expor a personalidade do Espri-to Santo; tratam-no igualmentecomo Deus. Observemos esta pas-sagem de Atos: "Disse, ento, Pedro:Ananias, por que encheu Satans oteu corao, para que mentisses aoEsprito Santo?... No mentiste aoshomens, mas a Deus" (At 5.3,4).

    Pode haver alguma dvida so-bre a divindade do Esprito Santo?Detenhamo-nos, pois, nos atributosdivinos que lhe so conferidos.

    2. Atr ibutos na tura i s eimanentes. Os atributos naturaisfazem de Deus o que realmente Ele: o Ser Supremo por excelncia.Sendo o Esprito Santo tambmDeus, possui Ele, alm dos atribu-tos naturais, os imanentes, atravsdos quais pe-se Ele em contatocom a criao. Por conseguinte, oEsprito Santo eterno (Hb 9.14);tem vida e transmite vida (Gl 6.8).Ele onisciente (SI 139.7); onipo-tente (Lc 1.35). O que tais atribu-

    tos revelam? O Esprito Santo Deus: somente Deus quem pos-sui semelhantes qualidades.

    III. A OBRA DO ESPRITO NAVIDA DO CRENTE

    Ao tratar da obra do EspritoSanto na vida do ser humano, J.Blanchard ao mesmo tempoabrangente e sinttico: "O minist-rio do Esprito Santo levar o im-penitente ao Salvador e torn-loparecido com Ele". De fato, a suaprincipal obra levar-nos ao idealdivino: "Porque eu sou o SENHOR,vosso Deus; portanto, vs vossantificareis e sereis santos, por-que eu sou santo" (Lv 11.44). Porisso, Ele denominado EspritoSanto: santifica-nos, tornando-nossemelhantes a Deus. Sua obra temincio, em ns, ao convencer-nosdo pecado.

    1. A convico de pecados.Ignorando o homem natural asdemandas bblicas quanto a umavida piedosa e reta diante de Deus,o Esprito Santo convence-o dopecado, da justia e do juzo, cons-trangendo-o a receber a Cristo Je-sus como Salvador e Redentor (Jo16.8). No entanto, conforme ensi-na a Bblia, possvel resistir aochamamento do Esprito Santo (Mc16.16; At 7.51).

    2. A santificao. Confor-me j ressaltamos, a santificaodo crente a principal obra doEsprito Santo que, neste proces-so, nos constrange a sermos comoa luz da aurora (Pv 4.18). Conhe-

    20 Lies Bblicas

  • eido tambm como o Esprito deSantificao (Rml .4 ) , tem Elecomo propsito santificar-nos edar-nos poder sobre o pecado.

    3. A plenitude de poder.Como pentecostais, cremos na atu-alidade do batismo no EspritoSanto e dos dons espirituais.

    O batismo no Esprito Santo o revestimento que nos concedepoder no apenas sobre o pecado,mas tambm para testemunhar deCristo (At 1.8). O sinal que eviden-cia o batismo no Esprito Santo ofalar novas lnguas (At 2.4; At10.46; At 19.6).

    A funo dos dons espirituais,que o crente recebe no ato do ba-tismo, ou depois deste, dotar aIgreja de poderes sobrenaturais,para que ela seja edificada e cum-pra a sua misso de forma eficaz(At 19.6; l Co 12.7; 14.12).

    IV. PECADOS CONTRA OESPIRITO SANTO

    Alm da blasfmia contra o Es-prito Santo, considerado o maisgrave dos pecados, h outras ofen-sas, igualmente graves e serssimas,que podem condenar-nos perdi-o eterna. Vejamos, em primeirolugar, por que a blasfmia contrao Esprito Santo imperdovel.

    1. A blasfmia contra oEsprito Santo. Os fariseus dizi-am grosseiramente, que Jesus ex-pulsava os demnios com o poderde Belzebu. A advertncia que lhesdirigiu o Senhor foi mais do queenrgica; foi sentenciai: "Portanto,

    eu vos digo: todo pecadp e blasf-mia se perdoar aos homens, masa basfmia contra o Esprito noser perdoada aos homens" (Mt12.31).

    Afinal, em que consiste essepecado? Em palavras ofensivas edesrespeitosas ao Esprito Santo.Mas por que um pecado imper-dovel? Vejamos a explicao dosumo sacerdote, Eli, ao repreenderos seus filhos profanos: "Pecandohomem contra homem, os juizes ojulgaro; pecando, porm, o ho-mem contra o SENHOR, quem ro-gar por ele?" (l Sm 2.25).

    2. Res is tncia contra oEsprito Santo. Este foi o peca-do que caracterizou os filhos deIsrael quer no Antigo, quer noNovo Testamento (At 7.51). O quesignifica resistir ao Esprito Santo?Significa opor-se, consciente e pre-meditadamente, contra a aoregeneradora e santificadora doEsprito. Os que assim procedemcorrem o risco de serem condena-dos ao lago de fogo, a menos quese arrependam.

    3. Entristecer o EspritoSanto. Entristecer o Esprito San-to opor-se a Ele; ignorar-lhe avontade e adotar o mundanismocomo norma de vida. Aos irmosde feso, exorta Paulo: "E no en-tristeais o Esprito Santo de Deus,no qual estais selados para o Diada redeno" (Ef 4.30).

    O selo a que se refere o apsto-lo no o batismo no Esprito San-to; a garantia de vida eterna quetemos nos mritos de Nosso Senhor

    Lies Bblicas 21

  • Jesus Cristo. Caso contrrio, apenasos batizados no Esprito Santo en-trariam no cu. Em Efsios 1.13,ressalta Paulo, que o selo -nos con-cedido no ato de crer e no no atodo batismo no Esprito Santo.

    CONCLUSO

    Nesta lio, no tivemos condi-es de fazer um estudo maisexaustivo sobre a pessoa e a obrado Esprito Santo. Poderamos fa-lar, por exemplo, sobre os seusnomes, acerca de sua atuao noAntigo e no Novo Testamento e arespeito de sua presena na Igre-ja. E os dons ministeriais?

    O Esprito Santo continua aoperar na Igreja de Cristo tantocoletiva como individualmente. Eleatua na regenerao do ser huma-no, na santificao do crente, re-

    vestindo-o de poder, objetivandolev-lo a um trabalho eficiente noReino de Deus. Assim, estaremospreparando-nos para o arrebata-mento da Igreja que, segundo ossinais, em breve acontecer.

    GLOSSRIO

    Cnscio: Que sabe bem o quefaz ou o que deve fazer; ciente,consciente.

    Herege: Que professa doutri-na contrria ao que foi ensinadona Escritura.

    Impenitente: Que persiste noerro; contumaz.

    Sinttico: Resumido; sntese;esboo.

    Sofisma: Argumento contradi-trio, e que supe m f por partede quem o apresenta; erro; engano.

    QUESTIONRIO

    1. Quem o Esprito Santo?

    2. Quais os atributos pessoais do Esprito Santo na Bblia?

    3. Quais os principais atributos naturais do Esprito Santo?

    4. Quais os principais pecados contra o Esprito Santo?

    5. Como podemos definir o batismo no Esprito Santo?

    22 Lies Bblicas

  • Lio 5A SANTSSIMA TRINDADE

    - UMA VERDADE INCONTESTVEL29 de outubro de 2OO6

    TEXTO UREO"A graa do Senhor Jesus Cristo,

    e o amor de Deus,e a comunho do Esprito Santosejam com vs todos. Amm!"

    (2 Co 13.13).

    VERDADE PRATICAA doutrina da Santssima Trin-

    dade uma verdade bblica fun-damental e no pode ser ignoradanem desprezada por aqueles queaceitaram a Cristo como Salvador.

    LEITURA BBLICA EM CLASSE

    MATEUS 3.13-17

    13 - Ento, veio Jesus da Galilia tercom Joo junto do Jordo, para serbatizado por ele.14 Mas Joo opunha-se-lhe, dizen-do: Eu careo de ser batizado por ti,e vens tu a mim?15 - Jesus, porm, respondendo,disse-lhe: Deixa por agora, porqueassim nos convm cumprir toda ajustia. Ento, ele o permitiu.16 - E, sendo Jesus batizado, saiulogo da gua, e eis que se lhe abri-

    Segunda - Gn 1.2A Trindade na criaodo Universo.

    Tera - Gn 1.26A Trindade na criaodo homem.

    Quarta - 2 Co 13.13

    Quinta - Mt 3.13-17A Trindade no batismo de Cristo.

    Sexta - Io 1.32-34A Trindade no testemunho deJoo Batista.

    Sbado - Io 14.16,26A Trindade testemunhada pelo

    A Trindade na bno apostlica prprio Cristo.

    Lies Bblicas 23

  • ram os cus, e viu o Esprito deDeus descendo como pomba e vin-do sobre ele.17 - E eis que uma voz dos cusdizia: Este o meu Filho amado, emquem me comprazo.

    INTRODUO

    Nesta lio, estudaremos umdos captulos mais importantes dateologia. Se para constatar a exis-tncia de Deus, -nos suficiente af e a razo; para compreender aTrindade, carecemos, conjunta-mente, da revelao divina que sencontramos na Bblia Sagrada.No algo que se aprende atravsda luz natural da razo; e, sim, dailuminao espiritual que nos pro-porciona o Esprito Santo na Pala-vra de Deus.

    I. O QUE ASANTSSIMA TRINDADE

    Nossa mente jamais conseguirexplicar adequadamente, o que aSantssima Trindade. Alis, foi oque certa vez confessou Agostinho,um dos maiores telogos do Oci-dente. Todavia, contamos ns coma assistncia do Esprito Santo que,por intermdio das Sagradas Escri-turas, revela-nos o necessrio paraaceitarmos a beleza dessa verdade.

    1. Definio. Doutrina segun-do a qual a Divindade, embora unaem sua essncia, subsiste eterna-mente nas pessoas do Pai, do Fi-lho e do Esprito Santo. As trs Pes-

    soas so iguais na substncia e nosatributos absolutos e morais. Ape-sar de o termo no se encontrarnas Sagradas Escrituras, as evidn-cias que atestam a doutrina so,tanto no Antigo quanto no NovoTestamento, incontestveis.

    2. A origem do termo. Apalavra Trindade foi usada pelaprimeira vez, em sua forma grega,por Tefilo; e, em sua forma lati-na, por Tertuliano.

    3. O Credo A t a n a s i a n o .Com toda a razo, Atansio con-siderado o pai da ortodoxia, emvirtude de seu redobrado zelo emprol da pureza doutrinria dasSagradas Escrituras. No Credo queelaborou, assim professa sobre aTrindade: "Adoramos um Deus emtrindade, e a trindade em unida-de, sem confundir as pessoas, semseparar a substncia".

    II. A SANTSSIMA TRINDADENO ANTIGO TESTAMENTO

    A doutrina da Santssima Trin-dade no exclusiva do Novo Tes-tamento; uma ampliao de umaverdade que se acha desde o G-nesis ao profeta Malaquias. Ento,por que a rejeitam os judeus? Pe-las mesmas razes que os levarama repudiar a messianidade de Je-sus de Nazar: cegueira espirituale dureza de corao (2 Co 3.14-16). A Trindade claramente apre-sentada tanto na criao do Uni-verso, como na expectativa messi-nica da alma hebria e em cadaepisdio da Histria Sagrada.

    24 Lies Bblicas

  • 1. A Trindade na criaodo Universo, Se levarmos emconta que a palavra hebraica'lohim (Gn 1.1) um substantivoplural, concluiremos: a SantssimaTrindade encontrava-se ativa nacriao do Universo. Por conse-guinte, quando a Bblia afirma queno princpio Deus criou os cus ea terra, atesta: no ato da criao,estiveram presentes Deus Pai, DeusFilho e Deus Esprito Santo. O Paicriou o Universo por intermdiodo Filho (Jo l .3), enquanto o Esp-rito Santo transmitia vida a tudoquanto era criado (Gn l .2).

    2. A Trindade na expecta-t iva m e s s i n i c a da a lmahebria. A expectativa messini-ca, que sempre foi um fator deconsolao alma hebria, tam-bm revela a presena da Santssi-ma Trindade no Antigo Testamen-to, Ler SI 110.1,4.

    Em ambas as passagens, o au-tor sagrado, inspirado pelo Espri-to Santo, mostra o Pai referindo-se ao Filho - Jesus Cristo (Mc12.36;Hb 5.6).

    Um trecho que mostra, de ma-neira explcita e clara, a presenada Santssima Trindade no AntigoTestamento Daniel 7.13-14.

    Eis mais algumas passagens quedemonstram a Trindade no Anti-go Testamento: Is 6.8; 7.14; 9.6.

    III. A SANTSSIMA TRINDADENO NOVO TESTAMENTO

    no Novo Testamento que en-contramos as mais claras e expl-citas manifestaes da Santssima

    Trindade: no batismo de Jesus, emseu ministrio e em sua ressurrei-o e ascenso e, de forma abun-dante, na vida da Igreja Primitiva.

    1. No batismo de Jesus (Mt3.16,17). Nessa clssica manifes-tao da Trindade, vemos a Segun-da Pessoa (o Filho) submeter-se aobatismo, a Terceira Pessoa {o Es-prito Santo) descer como pombasobre a Segunda Pessoa e a Primei-ra Pessoa declarar o seu amor Segunda Pessoa.

    2. No minis tr io de Jesus(Lc 4.18,19). Nesta passagem deIsaas (61.1), impossvel no vera manifestao da SantssimaTrindade.

    3. Na ressur re io e naascenso de Jesus. J prestes aser assunto ao cu, o Senhor JesusCristo, ao dar ltimas instruesaos discpulos, declarou: "Portan-to, ide, ensinai todas as naes,batizando-as em nome do Pai, e doFilho, e do Esprito Santo" (Mt28.19). Pode ainda restar mais al-guma dvida acerca da Trindade?

    4. Na vida da Igreja Primi-tiva. Nos Atos dos Apstolos, aSantssima Trindade aparece ope-rando ativamente, desde os primei-ros versculos (At 1.1,2). Nesse li-vro, encontramos a Trindade naproclamao do Evangelho (At5.32; At 10.38); no testemunho efi-caz da f crist (At 7.55); no cha-mamento de obreiros (At 9.17); noConclio de Jerusalm (At 15.1-35).

    Nas epstolas, muitas so aspassagens sobre a Trindade (Rm

    Lies Bblicas 25

  • 14.17; 15.16; 2 Co 13.13; Ef 4.30;Hb 2.3,4; 2 P 1.16-21; l Jo 5.7).No Apocalipse, a Santssima Trin-dade encontra-se do princpio aofim: 1.1,2; 2.8,11, etc.

    CONCLUSO

    A doutrina da Santssima Trin-dade no um mero exerccio in-telectual; uma verdade consola-dora: ensina-nos diversas coisasvitais para a nossa vida crist. Emprimeiro lugar, com a ascenso deNosso Senhor, no fomos deixadosrfos. Ele rogou ao Pai que, amo-rosa e prontamente, enviou-nos oConsolador. E este, com inexpre-rnveis gemidos, intercede por ns

    e testifica que somos filhos de Deusatravs dos mritos de Nosso Se-nhor Jesus Cristo.

    Quo consoladora a doutrinada Santssima Trindade.

    GLOSSRIO

    Alucinado: Iludido, arrebata-do, por efeito de alucinao; louco.

    Incontestvel: Indiscutvelque no admite discusso.

    Mrito: Merecimento.

    Mero: Simples, comum, vulgar.

    Ortodoxo: Absoluta confor-midade com um princpio oudoutrina; conservador; de acordocom a tradio.

    L Defina a doutrina da Santssima Trindade.

    2. Como o Credo Atanasiano define a Trindade?

    3. Cite trs passagens do Antigo Testamento que falam sobre aTrindade.

    4. Cite trs passagens do Novo Testamento que falam sobre aTrindade.

    5. Por que a doutrina da Santssima Trindade um ensinoconsolador?

    26 Lies Bblicas

  • Lio 6ANJOS, MINISTROS

    E ENVIADOS POR DEUSOS de novembro de 2OO6

    TEXTO ADREO

    "No so, porventura, todos elesespritos ministrdores, enviadospara servir a favor daqueles que

    ho de herdar a salvao;"'(Hb 1.14).

    > j - 1 !

    Embora magnficos em poder,os anjos no devem nem podemser adorados. Sua misso exaltara Deus e trabalhar em prol dos queho de herdar a vida eterna.

    LEITURA BBLICA EM CLASSEHEBREUS 1.1-8

    1 Havendo Deus, antigamente,falado, muitas vezes e de muitasmaneiras, aos pais, pelos profetas,a ns falou-nos, nestes ltimos dias,pelo Filho,2 - a quem constituiu herdeiro detudo, por quem fez tambm omundo.3 - O qual, sendo o resplendor da suaglria, e a expressa imagem da suapessoa, e sustentando todas as coi-sas pela palavra do seu poder, ha-vendo feito por si mesmo a purifica-

    Segunda - Lc 9.26 Quinta - Hb 1.14Os anjos so seres gloriosos. Os anjos so enviados para servir

    aos santos.Tera - 51103.20Os anjos so magnficos Sexta - Mt 16.27em poder. Os anjos compem o exrcito de Cristo.

    Quarta - Mt 4.11Os anjos ministram a Cristo

    Sbado - Mt 24.31Os anjos no final dos tempos.

    Lies Bblicas 27

  • co dos nossos pecados, assentou-se destra da Majestade, nas alturas;4 feito tanto mais excelente doque os anjos, quanto herdou maisexcelente nome do que eles.5 Porque a qual dos anjos dissejamais: Tu s meu Filho, hoje tegerei? E outra vez: Eu lhe serei porPai, e ele me ser por Filho?6 E, quando outra vez introduz nomundo o Primognito, diz: E todosos anjos de Deus o adorem.7 - E, quanto aos anjos, diz: O quede seus anjos faz ventos e de seusministros, labareda de fogo.8 - Mas, do Filho, diz: O Deus, o teutrono subsiste pelos sculos dossculos, cetro de equidade o ce-tro do teu reino.

    INTRODUOA angelologia bblica uma

    doutrina que nos leva a uma du-pla reflexo. Se por um lado, so-mos confortados, sabendo que osanjos de Deus acham-se disposi-o dos que ho de herdar a vidaeterna (Hb 1.14); por outro, ape-sar de sua capacidade e poderioque lhes conferiu o Senhor, nodevem nem podem ser adorados(Ap 19.10; 22.9).

    Nesta lio, veremos o que aBblia ensina acerca dos anjos.

    l. QUEM SO OS ANIOS

    1. Os anjos so criaturasmorais. O Senhor Deus criou osanjos no para que fossem meros

    autmatos; criou-os dotados de H-vre-arbtrio, a fim de que o servis-sem amorosa e voluntariamente.Eles so tratados por qualificativosque lhes ressaltam a responsabili-dade moral: ministros e servos deDeus (Hb 1.7; Ap 19.10).

    2. A criao dos anjos.Can-ta o salmista terem sido os seresanglicos criados pela Palavra deDeus: "Mandou, e logo foram cria-dos" (SI 148.5; 33.6; Ne 9.6).

    II. OS ANJOS NA BBLIA

    1. Os anjos no Antigo Tes-tamento. A presena dos anjos,no Antigo Testamento, pode ser fa-cilmente detectada nas seguintespassagens:

    a) Na era patriarcal. Abrao eJac tiveram vrias experinciascom os anjos de Deus. Abrao en-controu-os em, pelo menos, duasocasies (Gn 18.1-33; 22.1-17);Jac, em trs (Gn 28.12; 32.1, 24).

    b) Na peregrinao de Israel aCana. A assistncia dos anjos naperegrinao israelita rumo Ter-ra Prometida claramente obser-vada na chamada de Moiss (x3.2), na proteo de Israel quan-do da travessia do Mar Vermelho(x 14.19) e em sua conduo pelodeserto (x 23.23).

    c) Na vida dos hebreus em Isra-el, Vejamos algumas: na poca dosjuizes (Jz 2.4; 6.11; 13.3); na po-ca dos reis (2 Sm 24.16; Is 37.36);na atividade proftica (Is 6.1-3; Dn6.22). Alis, no profeta Daniel queencontramos a mais desenvolvidaangelologia do Antigo Testamento.Pela primeira vez, na Bblia, so osanjos chamados por seus respecti-

    28 Lies Bblicas

  • vos nomes: Gabriel (Dn 8.16) eMiguel (Dn 10.13; 12.1).

    2. Os anjos no Novo Tes-tamento. Eles podem ser encon-trados tanto no ministrio de Cris-to quanto no avano da Igreja.

    a) No ministrio de Cristo. Noanncio do nascimento de Cristo (Lc1.26). Na proclamao de seu nas-cimento aos pastores (Lc 2.9-11). Natentao do deserto (Mt 4.11). Emsua paixo e morte (Lc 22.43). E emsua ressurreio (Lc 24.1-12).

    b) Na Igreja Primitiva. No confor-to dos discpulos aps a ascenso deCristo (At 1.10,11). No livramentodos apstolos (At 5.19,20; 12.7,8;27.23,24). No auxlio proclama-o do Evangelho (At 8.26; At 10.3).

    III. O CARTER DOS ANJOS1. Os anjos como seres elei-

    tos. Os anjos bons so assim classi-ficados no por que hajam sido cri-ados para serem eleitos (l Tm 5.21);classifica-os dessa maneira a Bbliadevido escolha que fizeram emservir ao Senhor dos Exrcitos. Osque optaram em seguir a Lciferforam chamados de anjos das tre-vas. Demonstra-nos isso que, nos-sa semelhana, so os anjos tambmdotados de livre-arbtrio.

    2. Os anjos so santos. Porque os anjos de Deus so dessa for-ma considerados? Em primeiro lu-gar, por haverem escolhido obede-cer-lhe as ordens. Quanto aos ou-tros, optaram por seguir a Satansem sua rebelio contra o Senhor.Ler Mt 25.31,41 e Ap 14.10.

    3. Os anjos so sbios. Soos anjos tambm considerados s-bios em virtude de seu temor aDeus (Pv 1.7). No Antigo Testamen-to, eles so vistos como sinnimode sabedoria (2 Sm 14.20). E estano meramente intelectual; es-sencialmente amorosa tanto paraservir e adorar a Deus como paraauxiliar os que ho de herdar a vidaeterna. Os anjos so sbios porquesabem fazer o bem e o fazem.

    4. Os anjos so obedien-tes. Na Orao Dominical, o Se-nhor Jesus mostra, de modo im-plcito, serem os anjos piedosamen-te submissos vontade divina (Mt6.10). Como se pode deduzir des-sa passagem, so os anjos eficazesna execuo das ordens que rece-bem do Senhor.

    IV. A CLASSIFICAODOS ANJOS

    1. Anjo do Senhor. Este omais especial dos anjos. Em nomede Deus, aceitava adorao (x 3.1-6; Js 5.13-15), executava juzos(Nm 22.22), intercedia pelo povoescolhido (Zc 1.12). A cincia deDeus encontra-se em seus lbioscomo nos lbios do sacerdote seachava a lei e o conselho (Ml 2.7).

    A expresso "o anjo do Senhor",dependendo da passagem, podereferir-se profeticamente ao SenhorJesus em sua pr-encarnao. EmMl 3.1b, "o anjo do concerto" umaaluso a Ele. O "concerto" certa-mente o de Mt 26.28.

    2. Arcanjo Miguel. nicoarcanjo citado nas Sagradas Es-

    Lies Bblicas 29

  • crituras. Sua misso: conduzir osexrcitos de Deus (Ap 12.7) e lu-tar em prol dos filhos de Israel (Dn12.1). Foi ele quem sepultou o cor-po de Moiss (Jd 1.9). Ele conhe-cido tambm como um dos primei-ros prncipes (Dn 10.13). Arcanjosignifica, literalmente, principalentre os anjos.

    3. Gabriel. Conhecido comovaro, ou heri de Deus, apareceGabriel como intrprete dos arca-nos divinos. ele quem explicou aDaniel o mistrio das setenta se-manas (Dn 9.20-27). Assistindo di-ante do trono de Deus

  • conserves e tambm comprometi-dos com a glria de Deus. Vejamospor que os anjos no devem serobjetos de nosso culto.

    1. Os anjos so criaturas deDeus. Somente o Criador dignode toda a honra e de todo o louvor;sendo os anjos criaturas (SI 33.6),tm como misso louvar a Deus.

    2. Os an jos so nossosconserves. Sendo eles criadospor Deus, consideram-se nossosconservos (Ap 19.10).

    3. Os anjos so comprome-tidos com a glria de Deus.Esta recomendao dos anjos:"Adora a Deus" (Ap 22.9). Erram,portanto, aqueles que, menospre-zando o Criador de todas as coisas,buscam adorar a criatura (Rm1.25). O culto aos anjos uma pe-rigosa idolatria, na qual muitos tmnaufragado. Ler tambm Cl 2.18.

    CONCLUSO reconfortante saber que o

    Senhor nos colocou disposioum exrcito eficiente que nos aju-da em todas as instncias. Emboraseja-lhes proibido anunciar oEvangelho, assistem-nos nesta glo-riosa tarefa. Todavia, no pode-mos, sob hiptese alguma, ador-los. Eles no so deuses; so ser-vos de Deus e conservos nossos;servimos ao mesmo Senhor.

    Devemos todos sempre dar gra-as a Deus pelo ministrio provi-dente e protetor dos seus anjos emnosso favor.

    GLOSSRIO

    Arcano : Segredo, mistrio,oculto.

    A u t m a t o : Pessoa que agecomo mquina, sem raciocnio.

    QUESTIONRIO

    1. Quem so os anjos?

    2. Onde, na Bblia, encontramos a mais desenvolvida angelologia?

    3. Como o car ter dos anjos?

    4. Qual a misso dos anjos?

    5. Por que os anjos no devem ser adorados?

    Lies Bblicas 31

  • Lio?O HOMEM, COROA DA CRIAO

    l 2 de novembro de 2OO6

    "SENHOR, que o homem, paraque o conheas, e o filho do

    homem, para que o estimes?"(SI 144.3)

    Obra-prima de Deus, tem o ho-mem como dever glorificar-lhe onome e voluntariamente honr-loem todas as suas atividades.

    n

    SALMOS 8.1-9

    1 - SENHOR, Senhor nosso, quoadmirvel o teu nome em toda aterra, pois puseste a tua glria so-bre os cus!2 - Da boca das crianas e dos quemamam tu suscitaste fora, porcausa dos teus adversrios, parafazeres calar o inimigo e vingativo.3 Quando vejo os teus cus, obrados teus dedos, a lua e as estrelasque preparaste;

    Segunda - Gn 1.26O homem produto de um atocriativo de Deus.

    Tera - Gn 3.22-24O homem expulso do parasopor causa do pecado.

    Quarta - Gn 6.3A limitao biolgica do homem.

    Quinta - SI 103.15A brevidade da vida humana.

    Sexta - Pv 3.13A verdadeira sabedoria dohomem vem de Deus.

    Sbado - Ec 12.13O dever de todo homem guardar a Palavra de Deus.

    32 Lies Bblicas

  • 4 - que o homem mortal para quete lembres dele? E o filho do ho-mem, para que o visites?5 - Contudo, pouco menor o fizestedo que os anjos e de glria e dehonra o coroaste.6 - Fazes com que ele tenha dom-nio sobre as obras das tuas mos;tudo puseste debaixo de seus ps:7 todas as ovelhas e bois, assimcomo os animais do campo;8 - as aves dos cus, e os peixes domar, e tudo o que passa pelas vere-das dos mares.9 - SENHOR, Senhor nosso, quoadmirvel o teu nome sobre todaa terra!

    INTRODUO

    Com o fervor que lhe era- topeculiar, expressa Agostinho todaa sua esperana na redeno hu-mana: "A essncia mais profundada minha natureza que sou ca-paz de receber Deus em mim".Mostra o telogo africano, de for-ma despretensiosa, mas profunda,por que o nosso esprito anseia porreceber a Deus: fomos por Ele cri-ados, e a nossa alma s descansa-r quando repousar em sua paz.

    Nesta lio, faremos uma abor-dagem do que a Bblia ensina a res-peito do homem: sua criao, que-da, redeno e glorificao. E, as-sim, haveremos de constatar: o serhumano no produto de um pro-cesso evolucionrio; o resultadode um ato criativo do Todo-Pode-

    roso. Eis por que somos conside-rados a coroa de sua criao.

    I. O QUE O HOMEMNeste tpico, entraremos a ver

    alguns fatos a respeito do homemque, feito imagem e semelhan-a do Criador, a principal de suascriaturas.

    1. Cr ia tura de Deus. NaEpstola aos Romanos, o apstoloPaulo censura os gentios por hon-rarem mais a criatura do que oCriador (Hm 1.25). E assim, atola-dos em idolatrias e abominaes,menosprezavam-lhe a glria, a fimde adorar coisas vs. O que istoseno apequenar-lhe o senhorio?Como feituras de Deus, temos porobrigao honr-lo, porque Ele nosfez e dEIe somos (J 4.17; Ec 12.1).

    2. Imagem e semelhanade Deus. O homem foi criado imagem e semelhana de Deus (Gn1.26). Devemos, por conseguinte,agir como Deus age (Ef 5.1). Exor-ta-nos o Mestre: "Assim resplande-a a vossa luz diante dos homens,para que vejam as vossas boasobras e glorifiquem o vosso Pai,que est nos cus" (Mt 5.16).

    3. Coroa da criao divi-na. Criado por Deus, destaca-se ohomem como a coroa da criao(l Co 11.7), pois tem, como mis-so, governar tudo quanto o Se-nhor fizera (Gn 1.28). Mas, devi-do sua queda deliberada noden, transgredindo vontade di-vina (l Tm 2.14), a criao ficousubmissa vaidade (Rm 8.20-22).

    Lies Bblicas 33

  • II. A CRIAO DO HOMEM1. O pacto solene da cria-

    o do homem. No sexto dia dacriao, assim o Senhor Deus esta-beleceu o pacto quanto criaodo ser humano: "Faamos o homem nossa imagem, conforme a nossasemelhana; e domine sobre os pei-xes do mar, e sobre as aves doscus, e sobre o gado, e sobre todaa terra, e sobre todo rptil que semove sobre a terra" (Gn 1.26).

    2. A criao do homem foium ato criativo. Ao contrriodo que imaginam os evolucionis-tas, no o homem o subprodutode um processo evolutivo que, ten-do incio no hipottico big-bang,arrastou-se por milhes de anosat que o ser humano aparecessesobre a terra.

    Apesar de sua linguagem cien-tfica, no passa o evolucionismode uma loucura: ignora a Deus eao seu infinito poder. Trata-se,como diz a Bblia, de uma falsacincia (l Tm 6.20).

    III. OBJETIVOS DA CRIAODO HOMEM

    Vejamos por que o homem foicriado. Sua primeira tarefa glo-rificar o nome do Criador.

    1. Glor i f icar o nome deDeus . Lemos em Primeiro aosCorntios 11.7, que Deus formouo homem do p da terra para queeste lhe refulgisse a glria. Noden, Ado no era um mero ador-no; era o instrumento da majesta-de divina.

    2. Cultivar a terra. No sopoucos os que imaginam seja o tra-balho a maldio que nos adveiopor causa do pecado. Nada maisantibblico. Muito antes de o ho-mem cair em transgresso (Gn 3),Deus j o havia encarregado defazer o plantio da terra e guardaro jardim do den. Alm disso, oprprio Deus "trabalha at agora"(Jo 5.17). O trabalho uma dasmaiores bnos na vida do serhumano.

    3. Re inar , em nome deDeus, sobre a criao. Deuscriou Ado para que reinasse so-bre toda a terra (Gn 1.28). Ele, noentanto, perdeu tal domnio ao sefazer servo do pecado (Rm 8.18-20; 3.9).

    IV. UNIDADE RACIALDO HOMEM

    O monogenismo a doutrinaque ensina serem todos os homensprovenientes de um nico troncogentico. Apesar da variedade dacor de nossa pele, todos somos des-cendentes de Ado e Eva.

    1. O monogenismo bbli-co. Em seu discurso no Arepago,em Atenas, reala o apstolo Pau-lo: "Pois ele mesmo quem d atodos a vida, a respirao e todasas coisas; e de um s fez toda a ge-rao dos homens para habitarsobre toda a face da terra, deter-minando os tempos j dantes or-denados e os limites da sua habi-tao" (At 17.25,26).

    34 Lies Bblicas

  • 2. A variedade lingusticarevela unidade. Se todos pro-viemos de um mesmo tronco ge-ntico, por que falamos tantas ln-guas diferentes? No princpio, todaa humanidade comunicava-se numnico idioma (Gn 11.1). Todavia,por haver se concentrado num slugar para formar um super-imp-rio em rebelio contra Deus, resol-veu o Senhor confundir ali, emSinear, a lngua de nossos ances-trais. No obstante, os linguistasdetectam, atravs de um examenos idiomas atuais, os vestgios deuma lngua comum, ressaltando,uma vez mais, a verdade bblica.

    V. A CONSTITUIODO HOMEMDe acordo com as Sagradas Es-

    crituras, o ser humano desta for-ma composto: esprito, alma e cor-po (l Ts 5.23). Embora no sejafcil explicar a tricotomia huma-na, ela, todavia, uma realidade.

    1. Esprito. Por intermdio doesprito, entramos em contato comDeus. Por isso, deve o nosso espri-to ser quebrantado (SI 51.17), vo-luntrio (SI 51.12) e reto (SI 51.10).Testemunha o apstolo Paulo queservia a Deus em seu esprito (Rm1.9). Quando de nossa morte, en-tregamos a Deus o esprito (Lc23.46; At 7.59). O esprito dosmpios, Deus o lana no inferno (Lc16.19-31; SI 9.17; Mt 13.40-42;25.41,46). No podemos separar aalma do esprito, pois ambos for-mam uma unidade indivisvel.

    2. Alma. Atravs da alma, -nos possvel, utilizando-nos denossos sentidos, entrar em conta-to com o mundo exterior. No po-demos esquecer-nos de que, naBblia, a palavra alma aparececomo sinnimo de esprito (Gn2.19; SI 42.2).

    3. Corpo. Nosso corpo no a realidade final de nosso ser. Oseu movimento proveniente dosopro que do Criador recebemos(Gn 2.7). Atravs dele, cabe-nosglorificar a Deus, pois no ins-trumento de imundcie, mas desantificao (l Co 6.18-20).

    VI. O FUTURO GLORIOSODO HOMEM EM CRISTO

    Dotado de livre-arbtrio, o ho-mem pecou contra o seu Deus {Gn3). A sua transgresso, porm, nopegou a Deus de surpresa (Ap13.8). Atravs de Cristo, prove-noseterna e suficiente redeno, dis-pensando-nos um tratamento toespecial. Somos, portanto, conhe-cidos como:

    1. Filho de Deus. Aceitandoa Cristo, o homem no apenascriatura de Deus, mas filho de Deus(Jo 1.14). Nessa condio, temoslivre acesso ao Pai Celeste a quem,amorosa e intimamente, clamamos"Aba, Pai "(Rm 8.15; Gl 4.6).

    2. Co-herdeiro de Cristo.Sendo o homem filho de Deus,torna-se imediatamente co-her-deiro de Cristo (Gl 4.7; Rm 8.17),com livre acesso a todos os bensespirituais.

    Lies Bblicas 35

  • 3. Templo do Esprito San-to. Nosso corpo o templo e ha-bitao do Esprito Santo (l Co6.19). Conforme j frisamos, uminstrumento de santificao.

    4. A glor i f icao f inal .Como se no bastara todas essasbnos, os que recebemos a Cris-to aguardamos a bem-aventuradaesperana - a vinda de Cristo (Tt2.13). Nossos corpos sero, numabrir e fechar de olhos, gloriosa-mente transformados. Quanto morte, no mais ter poder sobrens. Aleluia!

    CONCLUSOEmbora o pecado tenha-o des-

    titudo da glria divina, o homemno ficou abandonado prpriasorte. O Pai Celeste providenciou-

    lhe eficaz redeno por intermdiode Cristo Jesus. Hoje, somos cha-mados filhos de Deus, apesar deno ter se manifestado ainda a ple-nitude de nosso ser (l Jo 3.2). Masquando Cristo voltar, seremos to-mados por Ele e, assim, estaremospara sempre em sua companhia.

    GLOSSRIOBig-bang: Teoria segundo a

    qual o Universo, formou-se a par-tir de uma grande exploso.

    Despretensioso: Modesto;franco; sem afetao.

    Hipottico: Duvidoso, incerto.

    Monogenismo: Doutrina se-gundo a qual todas as raas huma-nas procedem de um tipo primiti-vo nico.

    QUESTIONRIO

    1. O que o homem?

    2. Como foi a criao do homem?

    3. Quais os objetivos da criao do homem?

    4. De que forma o homem constitudo?

    5. Qual o futuro glorioso do homem em Cristo?

    A A A A A

    36 Lies Bblicas

  • Lio 8O PECADO, A TRANSGRESSO

    DA LEI DIVINA19 de novembro de 2OO6

    TEXTO UREO

    "Qualquer que comete o pecadotambm comete iniquidade,

    porque o pecado iniquidade"d Jo 3.4).

    EROADE PRATICA

    S existe um antdoto eficazcontra o pecado: o sangue de Cris-to Jesus derramado na cruz doCalvrio.

    LEITURA BBLICA EM CLASSE

    l JOO 3.1-7

    1 Vede quo grande caridade nostem concedido o Pai: que fssemoschamados filhos de Deus. Por isso,o mundo no nos conhece, porqueno conhece a ele.

    2 Amados, agora somos filhos deDeus, e ainda no manifesto oque havemos de ser. Mas sabemosque, quando ele se manifestar, se-remos semelhantes a ele; porqueassim como o veremos.

    LEITORA DIRIA

    Segunda - l Io 3.8O Diabo peca desde o princpio.

    Tera - Tg 1.15O pecado gera a morte.

    Quarta - I Co 15.56O aguilho da morte o pecado.

    Quinta - Rm 6.23O salrio do pecado a morte.

    Sexta - Rm 6.14O pecado no ter domniosobre os que esto sob a graa.

    Sbado - Jo 16.8Somente o Esprito Santo podeconvencer-nos do pecado.

    Lies Bblicas 37

  • 3 - E qualquer que nele tem estaesperana purifica-se a si mesmo,como tambm ele puro.

    4 Qualquer que comete o pecadotambm comete iniquidade, por-que o pecado iniquidade.

    5 E bem sabeis que ele se manifes-tou para tirar os nossos pecados; enele no h pecado.

    6 - Qualquer que permanece neleno peca; qualquer que peca no oviu nem o conheceu.

    7 - Filhinhos, ningum vos engane.Quem pratica justia justo, assimcomo ele justo.

    COMENTRIO

    INTRODUO

    "O pecado no um brinque-do - um tirano." A afirmao deJ. Blanchard, alm de explicitar anatureza do pecado, adverte-nosseveramente: embora o pecadoseja considerado um mero folgue-do pelos que zombam de Deus ede sua Palavra, pode lanar-nosno inferno se no o vencermospelo sangue de Cristo.

    Nesta lio, estudaremos a dou-trina do pecado: origem, nature-za, consequncias. Mostraremosainda que, apesar de seu imprio,curva-se ele ante o sacrifcio doCalvrio.

    I. O QUE O PECADO

    1. Definio etimolgica.Tanto em hebraico como no gre-

    go, a palavra pecado traz estaconotao: errar o alvo. Veio oTodo-Poderoso e ordenou ao ho-mem: "Este o caminho; andainele, sem vos desviardes nem paraa direita nem para a esquerda" (Is30.21). Mas o ser humano, ao des-prezar a recomendao divina,ps-se a trilhar a senda da rebe-lio, errando assim o alvo que lhepropusera o Criador: servi-lo nabeleza de sua santidade.

    2. Definio teolgica. Opecado pode ser definido, teologi-camente, como a transgresso de-liberada e voluntria das leisestabelecidas por Deus.

    3. Definio bblica. Em lJoo 3.4, temos uma definio,embora pequena, essencial e com-pleta: "O pecado iniquidade".

    II. A POSSIBILIDADEDO PECADO

    1. O pecado de Satans.Em l Joo 3.8, escreve Joo que oDiabo peca desde o incio; ele ja-mais se firmou na verdade (Jo8.44). Dotado de ivre-arbtrio, omais excelso e maravilhoso dosanjos, conhecido tambm comoquerubim ungido, envaideceu-seat que, em si, foi achada iniqui-dade (Ez 28.15). Seu pecado co-nhecido tambm como a "conde-nao do diabo" (l Tm 3.6).

    2. O livre-arbtrio do ho-mem. Dotado de livre-arbtrio emenosprezando a recomendaodivina, o homem apostatou-se con-tra o seu Criador, pensando que,

    38 Lies Bblicas

  • assim, seria to sbio e perfeitoquando Deus. Todavia, ao invs daoniscincia, veio a adquirir umaconscincia culpada e envergonha-da pelo pecado (Gn 3.9-11).

    3. A tentao. Foram nossosprimeiros genitores tentados pelaconcupiscncia dos olhos, pela con-cupiscncia da carne e pela sober-ba da vida (l Jo 2.16). Eva, vendoque o fruto da rvore era bom parase comer (concupiscncia da car-ne), agradvel aos olhos (concupis-cncia dos olhos) e desejvel paradar entendimento (soberba davida), o tomou, o comeu e aindaofereceu ao seu marido (Gn 3.6). Ociclo da queda estava completo. Oque era tentao torna-se, agora,transgresso da Lei de Deus.

    4. O agente tentador. Porque Satans tentou Ado e Eva? Pordevotar-lhes intenso e implacveldio. Assevera o Senhor Jesus queo Diabo homicida desde o prin-cpio (Jo 8.44). Tivera ele permis-so, mataria o homem ali mesmo,no den. Como no pde faz-lo,induziu Ado a revoltar-se contrao Senhor. Nesta sanha, no mediuesforos para arruinar nossos pais.Usando a serpente para levar Evaao pecado (2 Go 11.3), ato cont-nuo, induziu a esta a instigar o ho-mem rebelio contra o Criador(l Tm 2.14). Leia com ateno G-nesis 3.

    III. A UNIVERSALIDADEDO PECADO1. Os gentios. Paulo enfoca

    a universalidade do pecado no

    mundo greco-romano, garantindoque a mais brilhante civilizao dahistria era, na verdade, uma abo-minao contra o Senhor (Rm1.23-27).

    2. Os judeus. Em seguida, oapstolo trata da apostasia dos ju-deus, mostrando estarem eles tocomprometidos com o pecadoquanto os gentios (Rm 2.17-23).

    3. A un ive r sa l idade dopecado. No captulo trs, o aps-tolo obrigado a concluir: "Porquetodos pecaram e destitudos estoda glria de Deus" (Rm 3.23). Porconseguinte, no h nao, pormais adiantada ou por mais atra-sada, que no possua uma claranoo de pecado.

    IV. AS CONSEQUNCIASDO PECADO

    Vejamos, pois, as consequnci-as do pecado.

    1. No homem. Colocado porDeus no den para que o lavrasse,o homem no pode considerar otrabalho como se fora uma maldi-o. Devido ao pecado, porm, tor-nar-se-lhe-ia o trabalho mui peno-so (Gn 3.17-19).

    2. Na mulher. Por causa desua desobedincia, a mulher mui-to sofreria em sua mais sublimemisso: dar luz filhos (Gn 3.16).

    3. Na natureza. No fora opecado, a natureza seria harmni-ca e benfazeja em todos os senti-dos. Assevera Paulo que a criaogeme em consequncia da trans-gresso admica (Rm 8.20-22).

    Lies Bblicas 39

  • 4. No relacionamento comDeus. Cm consequncia do peca-do, foi o homem expulso do dene perdeu a comunho que desfru-tava com o Senhor (Is 59.2). SemCristo, no passamos de filhos daira (Ef 2.3).

    5. O salrio do pecado amorte. Alm de causar a morteespiritual, o pecado leva mortefsica (Gn 2.17; Rm 6.23); e casopersista o homem em seus delitos,haver de experimentar a segun-da morte: o lago de fogo (Ap 21.8).

    CONCLUSONa Bblia, encontramos no

    poucos exemplos de homens queconheciam a Deus e com Be anda-vam. No entanto, por falta de vigi-lncia, acabaram por pecar contrao Senhor. Haja vista Davi. Tais

    exemplos nulificam o que Joo es-creveu? De forma alguma. O que oapstolo procura mostrar que, navida de quem ama a Deus, o peca-do no um hbito; um lament-vel e triste acidente. O versculo 6poderia ser tambm assim tradu-zido: "O que nEle permanece, novive na prtica do pecado".

    GLOSSRIOAntdoto: Medicamento usado

    para frustrar a ao de um veneno.Asseverar: Afirmar com cer-

    teza, segurana; assegurar; Darcomo certo; certificar; atestar.

    B e n f a z e j o : Que faz o bem;caritativo.

    Nu l i f i ca r : Anular; tornarnulo; invalidar.

    Sanha: ira, dio, rancor, fria.

    QUESTIONRIO

    1. O que o pecado de acordo com l Jo 3.4?

    2. Quais os trs tipos de pecados mencionados em l Jo 2.16?

    3. O que voc entende por universalidade do pecado?

    4. Quais as consequncias do pecado?

    5. Quem foi o agente tentador no den?

    l *

    40 Lies Bblicas

  • Lio 9SALVAO, O PLANO DE DEUSPARA A REDENO HUMANA

    26 de novembro de 2OO6

    "Porque a graa de Deus se hmanifestado, trazendo salvao a

    todos os homens"(Tt2.ll).

    * j 1 [ 1 1

    A salvao oferecida por Deus,atravs de Cristo, amorosamen-te inclusiva: contempla todos osseres humanos e no apenas umgrupo ou nao.

    LEITORA BBLICA EM CLASSE

    JOO 3.14-21

    14 - E, como Moiss levantou aserpente no deserto, assim impor-ta que o Filho do Homem seja le-vantado,

    15 - para que todo aquele que nelecr no perea, mas tenha a vidaeterna.16 - Porque Deus amou o mundo detal maneira que deu o seu Filhounignito, para que todo aqueleque nele cr no perea, mas tenhaa vida eterna.

    Segunda - At 4.12A salvao obtida somenteem nome de Jesus.

    Tera - Rm 1.16O Evangelho poder de Deuspara a salvao.

    Quarta - Rm 13.11A salvao est mais perto de nsdo que quando aceitamos a f.

    Quinta - 2 Co 6.2Eis o tempo aceitvel,eis o tempo de salvao.

    Sexta - l Ts 5.9Deus no nos destinou paraa ira, mas para a salvao.

    Sbado - 2 Tm 3.15Sbios para a salvao.

    Lies Bblicas 41

  • 17 - Porque Deus enviou o seu Filhoao mundo no para que condenas-se o mundo, mas para que o mundofosse salvo por ele.

    18 - Quem cr nele no condena-do; mas quem no cr j est con-denado, porquanto no cr nonome do unignito Filho de Deus.

    19 - E a condenao esta: Que aluz veio ao mundo, e os homensamaram mais as trevas do que a luz,porque as suas obras eram ms.

    20 - Porque todo aquele que faz omal aborrece a luz e no vem paraa luz para que as suas obras nosejam reprovadas.

    21 - Mas quem pratica a verdadevem para a luz, a fim de que as suasobras sejam manifestas, porque sofeitas em Deus.

    INTRODUO

    Afirma Mathew Henry que anossa "salvao to bem proje-tada, to bem harmonizada, queDeus pode ter misericrdia dospobres pecadores e estar em pazcom eles, sem nenhum prejuzo desua verdade e justia". Quem hde contestar o irmo Henry? Cer-to telogo, alis, chegou a decla-rar que o Plano de Salvao toeterno quanto o prprio Deus.

    Neste domingo, veremos o quea Bblia ensina acerca da salvao; um tema que se estende do G-nesis ao Apocalipse.

    I. O QUE A SALVAO1. Definio etimolgica.

    Na lngua original do Novo Testa-mento, a palavra stria, alm desalvao, traz as seguintes signifi-caes: "libertao de um perigoiminente. Livramento do poder eda maldio do pecado. Restitui-o do homem plena comunhocom Deus" (Dicionrio Teolgico).

    2. D e f i n i o t eo lg ica .Doutrina segundo a qual, Deus, emseu insondvel amor, ofereceu oseu Unignito para salvar pela gra-a, por intermdio da f, os que oaceitam como o nico e suficienteSalvador (Ef 2.8-10). A salvao amorosamente inclusiva; contem-pla a humanidade por inteiro, vis-to que todos ns, em Ado, camosno pecado pela transgresso da Leide Deus; logo: todos precisamosser resgatados por Cristo. Ler Rm5.12,17,18; Gl 4.4,5; Is 43.27.

    H. A GRAA DE DEUS NASALVAO DO HOMEM

    Agostinho reala a doutrina dagraa divina: "A graa de Deus noencontra homens aptos para a sal-vao, mas torna-os aptos a rece-b-la". Nesta admirvel definio,temos a essncia do que e do querepresenta a graa de Deus.

    1. Definio etimolgica.Tanto a palavra hebraica hessed,quanto a grega chars, trazem aideia de favor imerecido. Esta amais universal e clssica definiode graa.

    2. Definio teolgica. Agraa, portanto, o favor imereci-

    42 Lies Bblicas

  • do que Deus, gratuitamente, con-cede raa humana, capacitando-nos a compreender, a aceitar e ausufruir, de imediato, das bnosdo Piano de Salvao (Ef 2.8,9).

    3. Objetivos da graa deDeus. A graa tem por objetivos:l) salvar o homem da condenaodo pecado; e 2) restringir a aodeste, levando o ser humano a vi-ver nas regies celestiais em Cris-to Jesus (Rm 5.2; Ef 2.8). A graa operada mediante a f.

    III. ELEIO EPREDESTINAO

    Conforme Efcsios 1.4,5, a elei-o (v.4) precede a predestinao(v.5) que, embora infinita e inson-dvel, no a salvao em si. Apredestinao "para a salvao"(2 Ts 2.13), a fim de sermos filhosde adoo (Ef 1.5)

    1. Eleio (Ef 1.4,5). Antesmesmo de o Universo ter sido cria-do, ns j havamos sido eleitos porDeus para usufruir plenamente dasalvao. Leia tambm l P 1.1,2.

    2. Predestinao. O apsto-lo afirma que fomos no somenteeleitos, mas igualmente predesti-nados vida eterna (Ef 1.5).

    Isto no significa, porm, queDeus tenha amado apenas umaparte da raa humana; amou-apor completo. Pois a promessa doSalvador foi feita em primeiro lu-gar a Ado - o pai de todas as fa-mlias da terra e representante detoda a humanidade (Gn 3.15).Portanto, basta o homem receber

    a Cristo para desfrutar, de imedi-ato, dos benefcios da eleio e dapredestinao. Em sua prescin-cia, Deus elegeu, em seu Filho,aqueles que, aceitando o Evange-lho, experimentam o milagre daregenerao.

    IV. A REGENERAO

    Neste tpico, entraremos a verpor que a regenerao to im-portante unio do ser humanocom Deus. Vejamos, pois, o que a regenerao?

    1. Definio etimolgica.A palavra regenerao significagerar de novo, nascer outra vez.

    2. Definio teolgica. Aregenerao a obra fundamen-tal e instantnea de Deus que con-cede gratuitamente ao pecadoruma nova vida espiritual atravsdos mritos de Cristo. a nature-za divina operando no crente porintermdio da ao do EspritoSanto (2 P 1.1-5)1

    3. A necessidade da rege-nerao. necessria para se en-trar no cu (Jo 3.3); para se resis-tir ao pecado (l Jo 3.9); para seter uma vida de retido (l Jo2.29).

    V. A JUSTIFICAO

    1. Definio etimolgica.A palavra justificao oriunda dohebraico tsdq e do grego dikaios.Significa, declarar justo pelos m-ritos de Cristo.

    2. Definio teolgica. Jus-tificao um termo forense e traz

    Lies Bblicas 43

  • esta rica conotao: declarar al-gum justo, como se este jamaishouvera cometido quaisquer ini-qidades. Logo: mais do que ab-solvio; colocar o pecador arre-pendido no lugar de justo.

    3. Benefcios da justifica-o. Estes so alguns dos benef-cios da justificao: 1) um novo re-lacionamento com a Lei (At 13.39);2) um novo relacionamento comDeus (Rm 5.1,9); uma nova con-cepo sobre a prpria culpa {Rm8.33); uma nova perspectiva quan-to ao futuro (Tt 3.7),

    VI. A ADOCAO

    Antes de aceitarmos a Cristo,ramos apenas criaturas; agora, co-herdeiros de Cristo Jesus com ple-no acesso a todas as bnos que,nEle, reservou-nos o Pai Celeste (Ef1.13; l Co 3.21). Aadoo, portan-to, uma das mais belas e confor-tadoras doutrinas da Bblia.

    1. Definio etimolgica.A palavra adoo, considerada li-teralmente, significa colocar naposio de filho.

    2, Definio teolgica. NoNovo Testamento, o vocbulo des-creve o ato pelo qual Deus recebe,como filho, algum que, legal eespiritualmente, no desfruta dodireito de t-lo como Pai. A partirdesse momento, passa esse al-gum, mediante o sacrifcio deCristo no Calvrio, a desfrutar detodos os privilgios que Deus pre-parou queles que aceitam a Cris-to como nico e suficiente Salva-

    dor. O termo adoo encontra-seapenas nas epstolas paulinas (Rm8.15, 23;9.4;G14.5;Ef 1.5).

    3. Os privilgios da ado-o. Adotado por Deus, o crente considerado como filho do PaiCeleste (l Jo 3.2); como irmo deJesus (Hb 2.11); como herdeiro doscus (Rm 8.17). De igual modo, libertado do medo (Rm 8.15) edesfruta de segurana e certeza devida eterna (Gl 4.5,6).

    VII. A SANTIFICAO

    A doutrina da santificao uma das mais negligenciadas denosso plpito. Ap.esar disso, suavalidade e reivindicaes continu-am to eloquentes hoje como nostempos bblicos. O que , todavia,a santificao?

    1. Definio etimolgica. Apalavra santificao, nos seus doisprincipais termos das Sagradas Es-crituras (qdesh, no .T, e hagiaz,no N.T), significam: separao domundo e consagrao a Deus.

    2. Definio teolgica.Ten-do por base a graa divina, a santi-ficao leva o crente a separar-sedo mundo, de sua filosofia de vidae de suas vis concupiscncias, a fimde consagrar-se totalmente a Deuse ao servio de seu Reino.

    3. A san t i f icao umprocesso. Se a regenerao umato instantneo, a santificao um processo, atravs do qual o ho-mem, continuamente, torna-se,pela ao do Esprito Santo, maisparecido com Deus (Pv 4.18; Fp3.12-14; 2 Co 3.18).

    44 Lies Bblicas

  • 4. Os propsitos da santi-ficao. Levar o homem a identi-ficar-se com o seu Criador (Lv19.2; Gl 2.19) e constranger o ho-mem a dedicar-se ao servio deDeus(x 19.6).

    5. Os meios da santifica-o. Estes so os meios atravs dosquais Deus opera, em ns, a santi-ficao: a Palavra (Jo 17.17); o san-gue de Jesus (Hb 13.12); o Espri-to Santo (2 Ts 2.13); a f em Deus(At 26.18).

    CONCLUSOComo maravilhoso experi-

    mentar a salvao em Cristo Jesus!Todavia, o melhor est por vir.Quando Ele voltar para buscar asua Igreja, haveremos de e*xperi-mentar a salvao em toda a sua

    plenitude. Conforme ensina oapstolo Paulo, os salvos seremostransformados num abrir e fecharde olhos ante o toque da ltimatrombeta. E, assim, estaremos parasempre com o Senhor. Aleluia!Voc j experimentou a salvao?Aceite a Cristo imediatamente.

    GLOSSRIO

    Depositrio: Aquele que re-cebe em depsito.

    Etimologia: Estudo que tratada origem de uma palavra.

    Forense: Respeitante ao forojudicial; judicial.

    Iminente: Que ameaa acon-tecer, breve.

    1. O que a doutrina da salvao?

    2. Qual a definio teolgica do termo graa?

    3. O que a regenerao?

    4. O que a justificao

    5. O que a adoo?

    lies Bblicas 45

  • Lio 10IGREJA, O CORPO

    ESPIRITUAL DE CRISTOO3 de dezembro de 2OO6

    "Mas chegastes ao monte Sio, e cidade do Deus vivo, Jerusa-

    lm celestial, e aos muitosmilhares de anjos, universal

    assembleia e igreja dosprimognitos, que esto inscritos

    nos cus" (Hb 12.22,23).

    VERDADE PRTICAA Igreja de Cristo no uma

    simples organizao; e, sim: umorganismo vivo que, no poder doEsprito Santo, manifesta o Reinode Deus a um mundo que jaz nomaligno.

    MATEUS 16.13-20

    13 - E, chegando Jesus s partes deCesaria de Filipe, interrogou osseus discpulos, dizendo: Quemdizem os homens ser o Filho doHomem?14 - E eles disseram: Uns, JooBatista; outros, Elias, e outros,Jeremias ou um dos profetas.15 - Disse-lhes ele: E vs, quemdizeis que eu sou?16 E Simo Pedro, respondendo,disse: Tu s o Cristo, o Filho doDeus vivo.

    Segunda - Mt 16.18Cristo anuncia a fundaoda Igreja.

    Tera - Ef 1.22Cristo o cabea da Igreja.

    Quarta - Ef 3.10A Igreja revela agora amultiforme sabedoria de Deus.

    Quinta - l Tm 3.15A Igreja a coluna e firmezada verdade.

    Sexta - Hb 12.23A Igreja a universalassembleia dos santos.

    Sbado - Ap 3.20A Igreja o castial de Deus.

    46 Lies Bblicas

  • 17 E Jesus, respondendo, disse-lhe: Bem-aventurado s tu, SimoBarjonas, porque no foi carne esangue quem to revelou, mas meuPai, que est nos cus.18 - Pois tambm eu te digo que tus Pedro e sobre esta pedraedificarei a minha igreja, e as por-tas do inferno no prevalecerocontra ela.19 - E eu te darei as chaves do Reinodos cus, e tudo o que ligares naterra ser ligado nos cus, e tudo oque desligares na terra ser desli-gado nos cus.20 Ento, mandou aos seus disc-pulos que a ningum dissessem queele era o Cristo.

    INTRODUO

    "A Igreja a herdeira da cruz".Esta declarao de Thomas Adams,alm de realar a importncia e anatureza da Igreja de Cristo, deixabem claro: a Igreja no surgiu deum projeto humano, mas do pr-prio Senhor.

    I. O QUE A IGREJA

    Como definir a Igreja? W