Asbestose - P1

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Apresentação sobre Asbestose, uma doença pulmonar causada pelo amianto.

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ASBESTOSEDisciplina: Sade do Trabalhador Professor: Damsio Macedo Trindade

Nomes: Diego Dullius; Diego Frana; Fabrcio N. Mattei; Frederico B. Klein; Guilherme Barreiro

INTRODUO a pneumoconiose causada pela inalao das fibras de asbesto. Fibrose pulmonar difusa Espectro de leses benignas at doena pulmonar maligna

SOBRE O ASBESTO Termo genrico para um grupo de fibras naturaiscompostas de silicatos de magnsio hidratado Amplamente utilizados na construo civil Dois tipos de fibras Fibras em serpentina (espiraladas) 90% do amianto comercial Fibras anfiblios (lineares) Foi totalmente proibida em 48 pases em todas as suas formas qumicas e estruturais e teve sua utilizao restrita em inmeros outros.

ATIVIDADES RELACIONADAS EXPOSIO Moagem das fibras Aplicao industrial do material (trabalho com txteis, isolamento, indstria naval, cimento); Exposio no-ocupacional (exposio roupa suja do trabalhador, demolio de edifcios). A exposio ambiental ao amianto em baixos nveis de fontes naturais pode aumentar o risco de mesotelioma, mas no de asbestose.

SITUAO BRASILEIRA Terceiro produtor mundial de amianto 12 mil trabalhadores em 40 fbricas 300.000 pessoas diretamente exposta (estimativa) A inexistncia de dados epidemiolgicos oficiais sobre os agravos relacionados ao amianto limita o conhecimento dos danos causados por este mineral aos trabalhadoresProibido nos estados de So Paulo, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e Mato Grosso do Sul e no municpio de Belo Horizonte/MG.

MANIFESTAES CLNICAS A maior parte dos pacientes que desenvolve asbestose permanece assintomtica por pelo menos 20 a 30 anos aps o incio da exposio O perodo de latncia inversamente proporcional intensidade de exposio Sintomas: incio insidioso de dispnia ao esforo fsico. Tosse, catarro e sibilncia no so usuais. Exame fsico: Crepitantes finos bilaterais em bases ao final da inspirao. Hipertenso pulmonar com turgncia jugular e edema so sinais tardios da doena.

MANIFESTAES CLNICASTestes de funo pulmonar Reduo dos volumes pulmonares, especialmente a capacidade vital e a capacidade pulmonar total; Diminuio da capacidade de difuso pulmonar; Diminuio na complacncia pulmonar; Ausncia de obstruo ao fluxo areo na espirometria ndice de Tiffeneau normal.

EXAMES DE IMAGEMRX de trax: Pequenas opacidades parenquimatosas bilaterais com padro reticular ou multinodular O processo intersticial inicia nas regies basais e associado a placas pleurais na regio mdia pulmonar. Nos estgios inicias, os envolvimentos pleural e intersticial combinados podem levar ao padro de vidro despolido, podendo borrar os contornos cardacos e do diafragma. Faveolamento e acometimento de lobos superiores sugerem estgio avanado de doena

Fig 1. Asbestose precoce

Fig 2. Asbestose tardia

ACOMETIMENTO PLEURAL marca da exposio ao asbesto, sendo incomum em outras doenas intersticiais pulmonares. Metade das pessoas expostas ao amianto desenvolvem placas pleurais. Adeses pleurais podem causar atelectasia perifrica do pulmo Podem ocorrer em qualquer doena inflamatria pleural, sendo mais comuns na exposio ao asbesto.

Fig 3. Placas pleurais

Tomografia computadorizada: Pode ser solicitada na suspeita de uma radiografia de trax falsamente normal. Densidades subpleurais lineares; Fibrose parenquimatosa em bases, com fibrose septal peribronquiolar, intralobular e interlobular. Faveolamento em estgios avanados; Placas pleurais.

Fig. 4: TC com opacidades bilaterais e faveolamento em bases de pulmo esquerdo

PATOLOGIA Microscopia raramente necessria Pulmes pequenos com fibrose no espao subpleural nos lobos inferiores Diagnstico histopatolgico: corpos de asbesto + fibrose pulmonar intersticial Corpos de asbesto: fibras transparentes de asbesto rodeadas por um revestimento de ferro e protena Lavado broncoalveolar: presena de > 1 corpo de asbesto no escarro est relacionada a exposio significativa

DIAGNSTICO 3 achados: Histria de exposio, com tempo de latncia at apresentao dos sintomas Evidncia definitiva de fibrose intersticial: crepitaes inspiratrias finais ao exame torcico; volume pulmonar reduzido; RX ou TC com achados tpicos; evidncia histolgica Ausncia de outras possveis causas

MANEJO No existe tratamento especfico Sem estudos prospectivos em pacientes utilizando AINES ou imunossupressores Foco em medidas preventivas:Cessao do tabagismo Deteco precoce Preveno de novas exposies Suplementao com O2 se existir hipxia em repouso ou dessaturao com esforo Tratamento de infeces respiratrias Vacinao para influenza e pneumococo

COMPLICAES Insuficincia respiratria aguda: minoria dos pacientes. Fatores de risco: Exposio prolongada e/ou cumulativa Tipo de fibra Sintomas de dispnia Tabagismo Espessamento pleural difuso Faveolamento na TC Alta concentrao de clulas inflamatrias no LBA

COMPLICAES Malignidade:

Clara associao: asbestose e carcinoma broncognico RR: 3,5 (95% IC 1,7 7,2), mesmo aps ajustes Magnificado pelo tabagismo (9 a 20x mais risco) RR Tabag. =11; RR Asbes. = 6; RR Tabag.+Asbes. = 59; Tipo de fibra tambm altera o risco (anfiblio > crisotila) Outras neoplasias associadas: laringe, orofaringe, rim, esfago e trato biliar nico fator de risco conhecido para mesotelioma maligno