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Aspectos Regulatórios para acesso e importação de produtos vegetais e modelo preditivo para prognóstico de pragas Marcus Vinícius Segurado Coelho Departamento de Sanidade Vegetal - DSV

Aspectos Regulatórios para acesso e importação de produtos …181.65.241.233/senasa-services/descargas/TallerInternac... · 2017-10-24 · ... amendoim, arroz, aveia, canola, centeio,

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Aspectos Regulatórios para acesso e importação de

produtos vegetais e modelo preditivo para prognóstico de

pragas

Marcus Vinícius Segurado CoelhoDepartamento de Sanidade Vegetal - DSV

MISSÃO DO MAPA

Promover o desenvolvimento

sustentável e a

competitividade do

agronegócio em benefício da

sociedade brasileira

Evolução da Area Plantada

(Grãos)

37.938.5 35.6 39.1 38.5 37.0 36.6 35.0 36.9 37.8 37.8 40.2 43.9 47.4

49.1 47.9 46.2 47.4 47.7 47.4 49.9 50.9 53.6 56.3

57.9

68.4 68.376.0

81.173.6

78.4 76.682.4 83.0

100.396.8

123.2119.1

114.7122.5

131.8

144.1

135.1

149.3

162.8166.2 188.6

191.2

91 92 93 94 95 96 97 98 99 00 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 13** 14***

Fonte: CONAB e LSPA/IBGE. Elaboração: AGE/Mapa. Posição: maio/2014. *Refere-se a algodão, amendoim, arroz, aveia, canola, centeio, cevada,

feijão, girassol, mamona, milho, soja, sorgo, trigo, triticale. **preliminares. ***estimativa

PRODUÇÃO (milhões de t)

+230,3% = 5,0% aa

Área Plantada (milhões de ha) Crescimento: 48,6% = 1,9% aa

AM

AC

RRAP

RO

CE

RJ

ES

SP

60’s

70’s

80’s90’s

RN

PBPE

ALSE

PR

MSMG

SC

GO

BAMT

PA

TO

MA

PI

Produção Agropecuária

RS

Participação no Comércio Agrícola Mundial (2016)

Principais Produtos

Produção ExportaçãoNº de destinos

do Brasil

Açúcar 1 1º 1º 80

Café 2 1º 1º 90

Suco de laranja 1º 1º 76

Soja em grão 2º 1º 41

Carne de frango3 2º 1º 135

Carne bovina3 2º 2º 87

Milho 3º 2º 73

Farelo de soja 4º 2º 67

Óleo de soja 4 4º 2º 23

Carne suína 3 4º 4º 62

Algodão 5 5º 3º 37

Fonte: USDA, 2015/16; FAO (Celulose); AgroStat, 2015. Elaboração: SRI/MAPA. Dados extraídos em Abril/2017. Sujeitos a alteração.

1. Açúcar em bruto2. Café Verde3. In natura

4. Óleo de soja em bruto5. Algodão não cardado nem

penteado

Fruticultura

3ºprodutor mundial

> 2 milhões de

hectares

> 5 milhões de empregos

Principais Polos

Principais Polos Exportadores

Cítricos

Uva, manga, frutas tropicais

Manga, cítricos

Cítricos

Maçã

Brasil – consumo doméstico e exportação

86%

85%

68%

63%

31%

29%

24%

5%

14%

15%

32%

37%

69%

71%

76%

95%

0% 20% 40% 60% 80% 100%

Carne Bovina

Carne Suína

Carne de Frango

Milho

Açúcar

Café

Soja em Grão

Suco de Laranja

Consumo Doméstico Exportação

Fonte: USDA, 2015/16 e AgroStat a partir dos dados da Secex/MDIC. Elaboração: SRI/MAPA. Dados extraídos em Junho/2016. Sujeitos a alteração.

ParticipaçãoAgronegócio

(%)

Agropecuária

(%)

População Rural 16

PIB 23,6 4,7

Emprego 26,2 14,1

Exportações 45,9 38,6

Importações 9,9 8,1

Indicadores do Setor Agropecuário

Características relevantes para a questão fitossanitária

• Extensa fronteira seca

• Distintos ecossistemas

• Grandes áreas e cultivos intensivos e suscessivos (disponibilidade hospedeiros)

• Sistema de gestão governamental baseadoem responsabilidades de autoridadesfederal, estadual e local

• Regulamentação de agrotóxicos complexa e restritiva

• Grande mercado interno para consumo de produtos agrícolas

Pragas Quarentenárias em países transfronteiriços

Características relevantes para a questão fitossanitária

• Extensa fronteira seca

• Distintos ecossistemas

• Grandes áreas e cultivos intensivos e suscessivos (disponibilidade hospedeiros)

• Sistema de gestão governamental baseadoem responsabilidades de autoridadesfederal, estadual e local

• Regulamentação de agrotóxicos complexa e restritiva

• Grande mercado interno para consumo de produtos agrícolas e grande fluxo de pessoas

ONPF Brasileira

Departamento de Sanidade

Vegetal

Coordenação de Quarentena

Vegetal

Análise de Risco de Pragas

Requisitos de Importação

Quarentena pós-entrada

Coordenação de Proteção de

Plantas

Levantamentos (surveillance)

Controle do transito interno de vegetais

Programas de Controle e Erradicação

Certification andInspection

Coordination

Controles de Importação

Tratamentos Quarentenários

Programas de Exportação

Suporte Administrativo

14

110 Unidades de Vigilância Internacional

PORTOS - 30

AEROPORTOS - 27

ADUANAS

INTERIORES - 27

FRONTEIRAS - 26

REQUISITOS FITOSSANITÁRIOS

DE IMPORTAÇÃO

Legislação

Estabelece a lista de pragas quarentenárias

ausentes e de pragas quarentenárias presentes

para o Brasil e aprova os procedimentos para as

suas atualizações

Instrução Normativa no 41/2008

alterada pela IN no 59/2013)

CATEGORIAS DE RISCO FITOSSANITÁRIO

INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 23,

DE 2 DE AGOSTO DE 2004

Adota o Standard 3.7 Requisitos

Fitossanitários Harmonizados por

Categoria de Risco para o Ingresso de

Produtos Vegetais, 2ª revisão, anexo a

esta Instrução Normativa.

IN 23/2004

Categoria 0: processados não veiculam pragas

de cultivos, nem de armazenamento

Categoria 1: processados não veiculam pragas

de cultivo, mas podem transportar

pragas de armazenamento

Categorias 2, 3, 4 e 5: incluem produtos semi-

processados e in natura, seja para consumo

direto, transformação e propagação, e outros

podem veicular pragas

INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 6, DE 16 DE MAIO DE 2005

Análise de Risco de PragasARP

Condiciona a importação de espécies

vegetais, suas partes, produtos e subprodutos

à publicação dos requisitos fitossanitários

específicos estabelecidos por meio de Análise

de Risco de Pragas - ARP

Dispensa de ARP e do acompanhamento do

Certificado Fitossanitário as importações de

espécies de origem vegetal, suas partes,

produtos e subprodutos normatizados como

categoria de risco 0 (zero) e categoria de

risco 1 (um)

INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 6, DE 16 DE MAIO DE 2005

Análise de Risco de PragasARP

Instrução Normativa 6/2005

Categorias 0 e 1: dispensado de ARP e de CF NÃO HÁ

RESTRIÇÕES FITOSSANITÁRIAS PARA A IMPORTAÇÃO

Categorias 2, 3, 4 e 5: necessário ARP para produtos que

(uma ou mais opções abaixo):

nunca foram importados pelo Brasil;

já foram importados, porém nunca daquela origem (ou seja,

nova origem);

já foram importados, porém com outro uso proposto (ou

seja, novo uso proposto);

não têm registros de importação entre 12/08/1997 e

16/07/2005.

Produtos Vegetais de Importação Autorizada - PVIA

Como saber se pode ou não

exportar...

Categorias 2, 3, 4 e 5 o produto consta

na Lista de Produtos Vegetais com

Importação Autorizada (PVIA) ?

SIM, o produto consta na Lista de PVIA e tem importação

autorizada

NÃO, o produto não consta na Lista de PVIA e, portanto,

não tem importação autorizada

DUAS RESPOSTAS POSSÍVEIS

Consulta à Lista de PVIA – www.agricultura.gov.br

PVIA

Produto com norma específica (IN ou Portaria) submetido a ARP

Produto sem norma específica (só Certificado Fitossanitário - CF)

Comprovação de importação anterior

(entre 12/08/1997 e 16/07/2005)

SIM, o produto consta na Lista de PVIA e

tem importação autorizada

NÃO, o produto não consta na Lista de PVIA

e, portanto, não tem importação autorizada

A R P

Identificação de Pragas de Importância Potencial

Avaliação do Risco Fitossanitário

Manejo do Risco Fitossanitário

Quem pode solicitar a

abertura de Processo de

ARP?

- Embaixadas e ONPFs estrangeiras (encaminham

a solicitação diretamente ao DSV)

- Empresas, Instituições e Pessoas Físicas(apresentam a solicitação a um dos escritórios locais do MAPA nos

estados)

DSV realiza

Fases 1, 2 e 3

da ARP

Centro Colaborado

realiza

Fases 1 e 2 da ARP

DSV revisa

relatório

DSV realiza

Fase 3 da ARP

Requerente

DSV formaliza o

Processo de ARP Interessado solicita

DSV elabora

Proposta de

Requisitos

Continua...

NDSV analisa e retorno

à ONPF

S DSV encaminha a

proposta de norma ao

Dep. Jurídico

Análise Jurídica positiva?

Publicação dos Requisitos

e Inclusão no PVIA

ONPF do País Exportador

analisa os Requisitos

Proposta

aceita?

Instruções Normativas específicas por Produto e Origem

IN nº 25, de 9 dez 2015

PORTUGAL

Vitis vinifera

IN nº 29, de 11 dez 2015

Citrus reticulataCitrus

unshiu

Citrus x tangelo

PERU COREIA DO SUL

Pyrus pyrifolia

IN nº 4, de 10 fev 2017

Instruções Normativas por Praga (ex.: Cydia pomonella)

(9 produtos x 12 países)

Cereja

Marmelo

Pera

Ameixa

Damasco

Nectariana

Nozes

Argentina

Chile

Espanha

EUA

França

Irã

Israel

Itália

Portugal

Turquia

China

Bulgaria

Damasco:Espanha, EUA, Irã, Turquia

Cereja: Argent., Chile, Espanha, EUA, Portugal

Marmelo: Argentina, Uruguai

Pera: Chile, Peru, Portugal, Itália, França, Espanha,

Pêssego:

Espanha, EUA, Itália, Portugal,

Nectarina:

Espanha, EUA, Israel, Itália,

Maça: Espanha, França, Itália, Peru, Portugal

Ameixa:

Espanha, EUA, Itália, Portugal

Nozes:

Argentina, Bulgária, China, EUA,

Projeto de Priorização de

Riscos de Pragas

Quarentenárias

Por que priorizar pragas?

Grande nº de pragas quarentenárias

> 600 espécies e gêneros

Nem toda a praga quarentenária representa o mesmo

risco

→Ações de defesa diferenciadas para cada ameaça

Dimensionar esforços para busca de soluções

→Pessoal técnico e recursos financeiros limitados

Minimizar a subjetividade na tomada de decisão

Uso da priorização

• Planos de contingência

• Vigilância fitossanitária

• Projetos de Pesquisa e Desenvolvimento

métodos diagnósticos

mapeamento de áreas de risco

melhoramento preventivo

manejo de pragas

Quais pragas seriam objeto do

estudo?

Pragas Quarentenárias Ausentes

Indicações prévias → especialistas em diferentes fóruns

Programa Vigilância de Defesa Agropecuária na faixa de

fronteira - MAPA

Workshop e simpósio específico sobre ameaças fitossanitárias

Indicações das unidades da Embrapa

Pragas incluídas em projetos de pesquisa

Sociedades científicas

Pragas pré-priorizadas

Etapa 1: Redução de 69 para 20 pragas – julgamento de especialistas -

DoodleAfrican Cassava Mosaic Virus (virus)

Anastrepha suspensa (Diptera: Tephritidae) (inseto)

Bactrocera dorsalis (Diptera: Tephritidae) (inseto)Brevipalpus chilensis (ácaro)Candidatus Phytoplasma palmae (fitoplasma)Cirsium arvense (planta daninha)Cydia pomonella (inseto)Ditylenchus destructor (nematoide)Fusarium oxysporum f.sp. cubense Raça Tropical 4 (TR4) (fungo)Globodera rostochiensis (nematoide)

Lobesia botrana (inseto)

Moniliophthora roreri (fungo)

Pantoea stewartii (bactéria)

Phoma exigua var. foveata (fungo)

Plum Pox Virus (vírus)

Striga spp. (planta daninha)

Tomato ringspot virus (vírus)

Toxotrypana curvicauda (inseto)

Xanthomonas oryzae pv. oryzae (bactéria)

Xylella fastidiosa subsp. fastidiosa (bactéria)

Etapa 2: 20 pragas → priorização (Médio, Alta e Muito Alta)

AHP – Analytic Hierarchy

Process

Permite decisões efetivas a respeito de questões

complexas ao simplificar e acelerar o processo

natural de tomada de decisão.

Subjetividade

Inconsistência

Viés no julgamento

AHP – aplicação na

priorização de pragas

Etapas

• Formulação dos critérios

• Formação da hierarquia

• Comparações entre os critérios

Reunião de especialistas para

a realização de AHP

Definição e hierarquização

dos critérios

Dimensionamento das

escalas

Comparações

Seleção das pragas (20)

Formação da hierarquia – 1° nível

Priorização de pragas

quarentenárias

ausentes

EntradaEstabelecimento

e dispersãoImpacto estimado

Formação da hierarquia – 2° nível

Entrada

Entrada

Número de países

fronteiriços em

que ocorre

Distância entre

localização mais

próxima e a

fronteira brasileira

Volume de

importação de

material

hospedeiro

Número de países

em que ocorre

Número de

importações de

material

hospedeiro

Número de

continentes onde

a praga ocorre

Formação da hierarquia – 2° nível

Estabelecimento/Dispersão

Estabelecimento

e dispersão

Número de

hospedeiros

Adaptação

climática no Brasil

Percentual de

microrregiões

com cultivos de

hospedeiros

Área total das

culturas

hospedeiras

Probabilidade de

dispersão

antrópica

Eficiência de

métodos de

controle

(erradicação)

Estimativa de

distância de

dispersão natural

anual

Formação da hierarquia – 2° nível

Impactos estimados

Impactos

estimados

Valor da produção anual da cultura

hospedeira

Expectativa de

percentual de

dano

Número de estabelecimentos

com a cultura hospedeira

Número de países que regulamentam a

praga

Número de empregos na cadeia

produtiva dos cultivos hospedeiros

Potencial de contaminação por

agrotóxicos

Comparações

Utilização dos recursos disponíveis no “Business Performance

Management” BPMSG

Análise feita online

Comparações de critérios

Comparações de critérios

Comparações de critérios

Critérios x escala de avaliação

Número de

países que

regulamentam

a praga

A priorização da praga

será tanto maior quanto

maior for o número de

países que a

regulamentam. É uma

medida da possibilidade

de ocorrência de

barreiras ao comércio

exterior. A praga não é regulamentada por

nenhum país

A praga é regulamentada em até

dois países

A praga é regulamentada em até

10 países

A praga é regulamentada em até

20 países

A praga é regulamentada por mais de 20 países

Muito

baixa

Baixa

Média

Alta

Muito

alta

CRITÉRIO DEFINIÇÃO ESCALA PRIORIZAÇÃO

Priorização da

Entrada

Priorização do

estabelecimento e

dispersão

Priorização Global dos riscos de pragas

Priorização de

impactos

Hierarquia final da priorização de pragas

PRIORIDADE

MUITO ALTA(750 -1000)

Resultados da priorização

Bactrocera dorsalis (inseto) - frutíferas

Cirsium arvense (planta) – trigo, milho, aveia,

soja

Dytilenchus destructor (nematoide)- milho,

batata

Globodera rostochiensis (nematoide)- batata

Pantoea stewarti (bactéria) - milho

Striga spp. (planta) – milho, caupi

Tomato ringspot vírus (vírus)

frutíferas e tomate

Resultados da priorização

PRIORIDADE

ALTA(500 – 750)

Moniliophthora roreri (fungo) - cacau

Phoma exigua var. foveata (fungo) -

batata

Plum Pox Virus (vírus) – pessegueiro,

ameixeira

Toxotrypana curvicauda (inseto)-

mamão

Xanthomonas oryzae pv. oryzae

(bactéria)- arroz

Xylella fastidiosa subsp. fastidiosa

(bactéria)-videira

African Cassava Mosaic Virus (Virus) -

mandioca

Anastrepha suspensa (Inseto) - goiaba

Brevipalpus chilensis (ácaro) – kiwi,

videira

Candidatus Phytoplasma palmae

(fitoplasma)-coqueiro

Cydia pomonella (inseto) -maçã

Fusarium oxysporum f.sp. cubense (TR4)

(fungo)-banana

PRIORIDADE

MÉDIA (250-500)

Resultados da priorização

Lobesia botrana (inseto) -

videira

Uso da priorização

• Planos de contingência

• Vigilância fitossanitária

• Projetos de Pesquisa e Desenvolvimento

métodos diagnósticos

mapeamento de áreas de risco

melhoramento preventivo

manejo de pragas

www.agricultura.gov.br

Obrigado

Marcus Vinícius Segurado Coelho

Departamento de Sanidade Vegetal

Secretaria de Defesa Agropecuária

[email protected]