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ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE ESPINHO 1 ATA Nº 05/2013 ----- No dia trinta de abril do ano dois mil e treze, teve lugar a primeira reunião da Segunda Sessão Ordinária do ano dois mil e treze, da Assembleia Municipal de Espinho, agendada para as vinte e uma horas e trinta minutos, com a seguinte Ordem de Trabalhos:-------------- 1. Deliberar sobre assuntos agendados no período de antes das Ordem do Dia;------- 2. Apreciar e Votar os Documentos de Prestação de Contas, referentes ao Ano de 2012. --------------------------------------------------------------------------------------------- 3. Deliberar sobre a Proposta de Alteração ao Regulamento Geral das Zonas de Estacionamento de duração limitada e das Zonas de acesso Automóvel condicionado da Cidade de Espinho, aprovada pela Câmara Municipal na reunião de 25/01/2013, após Apreciação Pública.---------------------------------------- 4. Apreciar o Relatório Anual de Atividades da CPCJ de Espinho, referentes ao Ano de 2012. ----------------------------------------------------------------------------------------- 5. Deliberar sobre propostas que visam prosseguir as atribuições da Autarquia;------ 6. Apreciar a informação escrita do Presidente da Câmara acerca da Atividade Municipal;--------------------------------------------------------------------------------------- 7. Aprovação das Atas Nº. 18, 19/2012 e Nº. 1 e 2/2013.----------------------------------- ----- A Sessão foi presidida pelo senhor Primeiro Secretário da Assembleia Municipal, por António Augusto Fonseca Cavacas e secretariada por Rita Figueiredo Rola e José Maria Pereira de Carvalho e Sá.------------------------------------------------------------------------------- ----- PRESENÇAS:------------------------------------------------------------------------------------- ----- Foi verificada a presença dos vogais do PSD: José Manuel Fonseca Pinho, Maria Alexandra Flôr Bastos, João Manuel Passos, Filipe Alexandre Carvalho Pinto, Mário Paulo Sá Domingues, do PS: Gabriela Brígida Resende Cierco, Vitor Manuel do Couto Monteiro, Luís Miguel Santos Neto, da CDU: Jorge Manuel Oliveira Carvalho, do BE:

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ASSEMBLEIA MUNICIP AL DE ESPINHO

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ATA Nº 05/2013

----- No dia trinta de abril do ano dois mil e treze, teve lugar a primeira reunião da Segunda

Sessão Ordinária do ano dois mil e treze, da Assembleia Municipal de Espinho, agendada

para as vinte e uma horas e trinta minutos, com a seguinte Ordem de Trabalhos:--------------

1. Deliberar sobre assuntos agendados no período de antes das Ordem do Dia;-------

2. Apreciar e Votar os Documentos de Prestação de Contas, referentes ao Ano de

2012. ---------------------------------------------------------------------------------------------

3. Deliberar sobre a Proposta de Alteração ao Regulamento Geral das Zonas de

Estacionamento de duração limitada e das Zonas de acesso Automóvel

condicionado da Cidade de Espinho, aprovada pela Câmara Municipal na

reunião de 25/01/2013, após Apreciação Pública.----------------------------------------

4. Apreciar o Relatório Anual de Atividades da CPCJ de Espinho, referentes ao Ano

de 2012. -----------------------------------------------------------------------------------------

5. Deliberar sobre propostas que visam prosseguir as atribuições da Autarquia;------

6. Apreciar a informação escrita do Presidente da Câmara acerca da Atividade

Municipal;---------------------------------------------------------------------------------------

7. Aprovação das Atas Nº. 18, 19/2012 e Nº. 1 e 2/2013.-----------------------------------

----- A Sessão foi presidida pelo senhor Primeiro Secretário da Assembleia Municipal, por

António Augusto Fonseca Cavacas e secretariada por Rita Figueiredo Rola e José Maria

Pereira de Carvalho e Sá.-------------------------------------------------------------------------------

----- PRESENÇAS:-------------------------------------------------------------------------------------

----- Foi verificada a presença dos vogais do PSD: José Manuel Fonseca Pinho, Maria

Alexandra Flôr Bastos, João Manuel Passos, Filipe Alexandre Carvalho Pinto, Mário Paulo

Sá Domingues, do PS: Gabriela Brígida Resende Cierco, Vitor Manuel do Couto

Monteiro, Luís Miguel Santos Neto, da CDU: Jorge Manuel Oliveira Carvalho, do BE:

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José Dinis Moreira Pinto, e dos PJF: Manuel Vieira da Rocha (Anta), Rui Manuel Martins

Torres (Espinho), Alfredo Domingues da Rocha (Guetim).---------------------------------------

----- PEDIDOS DE SUBSTITUIÇÃO:-------------------------------------------------------------

----- O Senhor Presidente da Mesa iniciou a reunião com os pedidos de substituição dos

vogais do PSD – Luís Filipe Montenegro Cardoso Esteves e Ricardo Nuno de Almeida

Prata pelos vogais Vitor Ruivo e Teresa Carvalho Magalhães, dos vogais do PS - Graça

Guedes, José Luís Peralta, Jorge Pina e Liliana Seixas pelos vogais Rosa Duarte, Manuel

Salvador, António Camilo e Domingos Santos, do vogal do CDS-PP – Filomena Maia

Gomes pelo vogal André Levi, respetivamente. A Assembleia aprovou as respetivas

substituições.---------------------------------------------------------------------------------------------

-----FALTAS:--------------------------------------------------------------------------------------------

----- Foi justificada a falta e admitida a substituição dos vogais, Presidente da Junta de

Freguesia de Paramos, Américo Castro Pinto dos Santos pelo Senhor Manuel de Oliveira

Dias e do Presidente de Junta de Freguesia Silvalde, José Marco Cunha Rodrigues pelo

Senhor António José Pereira da Costa.---------------------------------------------------------------

-----Faltou justificadamente o vogal do CDS-PP, Guy Alberto Correia da Costa Viseu.------

----------PRESENÇAS DA CÂMARA MUNICIPAL--------------------------------------------

----- Por parte da Câmara Municipal estavam presentes, o Presidente da Câmara, Joaquim

José Pinto Moreira, o Vice-Presidente da Câmara, António Vicente de Amorim Alves

Pinto e os Vereadores Quirino Manuel Mesquita de Jesus, Leonor Cristina Costa Matos

Lêdo da Fonseca, Virgínia Maria da Mota Cordeiro e Manuel Francisco Ferreira da Rocha.

-----Verificado o quórum o Senhor Presidente da Mesa declarou aberta a reunião,

começando por informar de que no público há um munícipe que deseja intervir. Disse que

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em virtude do Regimento da Assembleia Municipal consagrar que essa intervenção possa

ser efetuada no início da Sessão, o mesmo deu a palavra de imediato ao público.------------

-----PERÍODO DESTINADO AO PÚBLICO----------------------------------------------------

-----António José Teixeira Lopes, residente na Avenida 24, número trezentos e vinte cinco,

terceiro direito, em Espinho. Começou por agradecer ao Senhor Presidente da Mesa por lhe

ter concedido a palavra. Disse que a razão da sua intervençãp é no sentido de convidar em

primeiro lugar a Câmara Municipal, que desde já agradeceu à Senhora Vereadora Leonor

Fonseca, pela forma como tratou da questão que é o objeto da sua comunicação. Disse ter

distribuído pelos diversos grupos ali representados um convite para que no dia onze de

maio pelas dezasseis horas, na Biblioteca Municipal “José Marmelo e Silva”, assistirem, se

bem entenderem e se tiverem disponibilidade, ao lançamento de uma obra, que tem todo o

cabimento no ano em que se comemoram quarenta anos da Cidade de Espinho. Disse

ainda, que a obra não foi feita nem elaborada com esta intenção, a obra já tem quinze anos,

no entanto e de certa forma corresponderá a alguma espectativa quanto à forma como é que

Espinho se desenvolveu e tem hoje as características que possuí e pelo que acabou de

referir, disse ser a razão pela qual está a fazer o convite.------------------------------------------

-----O Presidente da Mesa em exercício, disse que se entraria de imediato na Ordem de

Trabalhos.-------------------------------------------------------------------------------------------------

-----PERIODO DE ANTES DA ORDEM DO DIA----------------------------------------------

-----Deram entrada na Mesa quatro documentos, duas Saudações, uma apresentada pelo

PS e outra pela CDU e duas Moções uma apresentada pelo BE e outra apresentada pelo

PS.---------------------------------------------------------------------------------------------------------

-----O Presidente da Mesa em exercício colocou as duas Saudações à apreciação

informando que a votação seria cada uma “per si”..------------------------------------------------

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-----GABRIELA CIERCO (PS): “Comemoração do 1.º de Maio. Festejar o 1.º de Maio

é celebrar as conquistas dos trabalhadores ao longo da história. Reforçar esta identidade é

um alerta sobre as sociedades, pois não se deve ignorar o papel socializador do trabalho,

estruturador de rotinas, mobilizador de sociabilidades, fonte de estatuto e dignidades

sociais. A questão que suscita maior preocupação e à qual não devemos ficar indiferentes é

que vivemos em sociedades produtoras de exclusão em larga escala. Esta realidade faz com

que, de forma recorrente, surjam avanços e retrocessos nas condições de trabalho. No

contexto de crise económica em que se vive um pouco por todo o mundo, parece estar-se a

erigir o trabalho e a diminuição do seu valor como a única forma de superação das

dificuldades da economia. Fazer-se crer que é pelo desemprego, pela diminuição dos

salários em termos reais e nominais, pela precariedade no emprego, que se resolvem os

problemas da competitividade e da economia é um erro com consequências trágicas. A

Assembleia Municipal de Espinho reunida na sua 2ª sessão ordinária do Ano de 2013,

delibera prestar homenagem a todos os trabalhadores e formular votos para que as políticas

atuais em Portugal e na Europa sejam alteradas e se valorize como é de justiça o papel do

trabalho nas sociedades. --------------------------------------------------------------------------------

-----JORGE CARVALHO (CDU): “SAUDAÇÃO 1º DE MAIO. A Assembleia

Municipal de Espinho, reconhecendo que os trabalhadores portugueses, estão muito

preocupados com a regressão social, com o aumento do desemprego, com os baixos

salários, com a precariedade do emprego, com os sucessivos aumentos dos preços dos bens

essenciais, com o agravamento da carga fiscal, com o agravamento do acesso à justiça,

com a agiotagem sobre Portugal e reconhecendo também que é importante um emprego

com direitos, um salário digno e um horário que assegure a conciliação da vida profissional

com a familiar saúda todos os trabalhadores por mais um aniversário do Primeiro de Maio,

data muito querida ao movimento internacional dos trabalhadores que, ao longo dos anos,

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têm tido uma luta pertinente por melhores condições de vida, trabalho e bem-estar social e

manifesta-lhes a sua fraternidade e confiança no futuro onde uma nova e diferente política

permitirá a construção de uma sociedade justa, sem exploração do homem pelo homem.”---

-----INTERVENÇÕES--------------------------------------------------------------------------------

-----JORGE CARVALHO (CDU): Disse que a CDU traz esta saudação num ano em que

se sente mais o problema dos trabalhores, num ano em que o desemprego tem vindo a

aumentar de uma forma avassaladora e o que o futuro não se avizinha fácil. Disse que este

desemprego foi fomentado pelo governo e pelas políticas do governo. Que fala muito em

competitividade, e disse dever ser aquela que resulta no Bangladesh, onde uma fábrica

têxtil ruiu e que se constatou que os trabalhores têxteis no Bangladesh trabalham aquelas

marcas da moda que são cá compradas, incluindo Portugal, que trabalham onze horas por

dia e seis dias por semana, a ganharem quarenta euros por mês. Perguntou como é possível

competir desta forma e se é esta a sociedade que queremos. Hoje disse que trouxe um livro

pensando nos vogais do CDS, que acabou de verificar não estarem presentes, que é a

Encíclica Papal sobre o trabalho, Doutrina Oficial da Igreja Católica, que diz: “ a Igreja

está convencida que o trabalho constitui uma dimensão fundamental da existência do

Homem sobre a Terra”; “ É um principio ensinado sempre pela Igreja, que é o principio da

prioridade do trabalho em confronto com o capital”; disse ser isto o que a Igreja

oficialmente ensina, citando: “O trabalho humano não diz simplesmente respeito à

economia mas implica também e sobretudo valores pessoais”. Aconselhou aquelas pessoas

que se dizem católicas, que se dizem muito democratas cristãs, que se dizem defensores

destes valores, a lerem a Doutrina Oficial da Igreja sobre o Trabalho Humano e que

verifiquem a importância que é necessário dar ao trabalhador. Que o Estado devia

promover e apoiar as empresas que criam trabalho, sendo algo que disse ser importante.

Que as pessoas não vivem de ar e vento, as pessoas necessitam de um trabalho, sendo o

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trabalho o elemento essencial do ser humano, sendo este o centro de toda a Vida da

Humanidade e que não é possível continuar a fechar os olhos a isto. Entender que o

trabalhador é como uma qualquer peça descartável como quase uma fralda suja dum bebé

que usa e depois deita fora, porque a insensibilidade das pessoas é enorme. Disse ainda

desafiar as pessoas a ler um livro que já possui há muitos anos sobre a doutrina. Confessou

que hoje não é religioso, que já foi no passado, mas que também lhe interessam as questões

religiosas. Disse verificar que muita gente que se diz religiosa não pratica a religião. Que

costuma dizer que quem for Cristão só tem um partido para poder votar que é o Partido

Comunista, por ser o único que tem uma prática que está de acordo com a Doutrina Oficial

da Igreja, contudo que existe uma divergência grande, que a religião parte do pressuposto

que Deus criou o Homem e o Partido Comunista diz que o Homem é que criou Deus. Que

é importante o homem reconhecer a capacidade humana, os seus direitos e deveres. Que o

ano de 2013 é importante para que haja uma mexida rápida e a nível internacional, pois o

caminho da humanidade segue triste e de muito sacrifício. ---------------------------------------

----- JOÃO PASSOS (PSD): Disse concordar com muito do que ali foi exposto e

naturalmente todos querem melhorar a vida e as condições dos trabalhadores portugueses.

Disse querer fazer uns reparos, como lembrar que quando se fala em desemprego,

diminuição de salários em termos reais, precaridade de emprego, disse se lembrar que os

primeiros cortes salariais constam do Orçamento de Estado de dois mil e dez. Fez questão

ainda de recordar que o desemprego vem crescendo desde dois mil e seis e lembrar ainda

que em junho de dois mil e onze o desemprego em Portugal era de 13% e que na altura

não via ninguém preocupado com essa taxa que já era bastante alta. Lembrou que a

progressão as carreiras na função pública está congelada há vários anos, que os acréscimos

remuneratórios foram proibidos nos OE de dois mil e dez e que muito mais poderia aqui

referir, contudo disse que vai votar favoravelmente a Saudação do PS, pese embora não

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perceber o que quer dizer: “para que as politicas atuais em Portugal e na Europa têm de ser

alteradas”. Perguntou alteradas para quê, para o que os senhores mencionam nos

considerandos. Sobre a Saudação da CDU disse ter um pedido de esclarecimento. Embora

diga para “uma nova e diferente política”, que esta coisa “nova” e “diferente”, que

ninguém sabe dizer o que é em concreto, serve de real alternativa às políticas que têm

vindo a ser seguidas e de certo modo impostas. Perguntou qual é a parte deliberativa nesta

Saudação ou se pura e simplesmente não tem parte deliberativa. Assim como está a

Saudação e por muito que lhe custe vai votar contra. ----------------------------------------------

-----GABRIELA CIERCO (PS): Respondendo ao vogal João Passos disse que o País já

tinha ido a votos e que escolheu um Primeiro-Ministro. Que apostou numa mudança de

políticas numa contradição com o número da taxa de desemprego que tinha então e que

neste momento e segundo dados do Eurostat Portugal está com uma taxa de desemprego de

17,6%, ou seja que as políticas do atual governo são para muito pior e que vão no sentido

ascendente o que é muito grave. Disse que os dados do Eurostat são atualizados todos os

meses enquanto do Instituto de Emprego são de três em três meses, ou seja há uma quebra.

Que a mudança de politicas que se quer para Portugal e para a Europa é uma mudança das

politicas neoliberais em curso.-------------------------------------------------------------------------

-----JORGE CARVALHO (CDU): Disse, dirigindo-se ao vogal João Passos, que ano a

ano, o mesmo vai refinando a observação, porque se repararem, eu apresento esta

Saudação há trinta anos, ou mais, nesta Assembleia, com pequenas alterações,

infelizmente. Alterações essas que em tempos antigos não têm sofrido contestação por

parte das pessoas. Disse que nunca conseguiu com isto mudar a situação de um único

trabalhador, mas entende que a sua função é levar a água mole e apertá-la em pedra dura,

na tentativa que vá ficando alguma coisa. Que este ano a Saudação é lida de outra maneira

e que até parece que estamos a ler a Constituição que de ano para ano diz menos coisas e

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até diz coisas diferentes. O que se vota aqui é o que está a negrito nos dois últimos

parágrafos do documento: “Saúda todos os trabalhadores por mais um aniversário do

Primeiro de Maio” ; “e manifesta-lhes a sua fraternidade e confiança no futuro”,

sendo esta a parte deliberativa da Saudação. Relativamente ao dizer o que são novas

politicas, costuma dizer que este País seria um Paraíso se o Partido Socialista fosse

socialista. Infelizmente o Partido Socialista tem sido não um partido de alternativa mas de

alternância, que é um partido que faz parte da mesma equipa do PSD, sentado no banco

dos suplentes à espera de ser chamado para jogar e que quando é chamado para jogar,

poderia jogar mais à esquerda, mas que a diferença é pouca, pelo que, a politica é sempre a

mesma e que costuma dizer que o último socialista foi o Salvador Allende. Quis

transformar o Chile numa República de Defesa do Socialismo, teve a situação que teve e

acabou na morte, isto depois do apoio que os EUA e a Inglaterra, dessa senhora Margaret

Tacther que elogiava e apoiava o Pinochet e criticava o Mandela. Dizia que o Mandela era

um terrorista que tinha estado sempre em África e que o Pinochet era um democrata. Que

são os valores económicos na sociedade que dominam. Se na Europa as indústrias se

mantivessem cá a produzir para os europeus e não saíssem para explorar o Indiano, o

Bangladesh e o Chinês, a preços miseráveis para colocar cá os produtos que provocam

depois o desemprego dos trabalhadores portugueses e europeus. Que a lógica é que o bom

gestor é aquele que consegue, topo dos topos, trabalhar sem nenhum empregado. Que se

gastam milhares para despedir as pessoas, mas que se houvesse por cada dez trabalhadores

despedidos um gestor também despedido e ficar a receber o subsídio de desemprego como

o outro, tem a certeza que as novas politicas iriam aparecer. Disse que as pessoas sabem

quais são as novas políticas que a questão é que não as querem praticar e que em vez de

termos uma economia ao serviço das pessoas temos uma economia ao serviço dos

financeiros e pouco das pessoas. Disse que a estatística demonstra que a Alemanha é o País

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mais rico da Europa no entanto toda a fortuna alemã está concentrada em 20% dos alemães

e que 60% dos alemães têm um rendimento inferior à média dos portuguese, em termos

estatísticos, e que estes dados são de antes da desvalorização dos 30% da Função Pública

e dos 10% dos privados em Portugal. ----------------------------------------------------------------

-----JOSÉ PINHO (PSD): Disse achar muito bem que os protagonistas das duas

Saudações se limitassem a ler as Saudações, como fez a vogal Gabriela e muito bem.

Agora não só leem a Saudação como chamam para aqui “religiões”, “pinochets”, “partido

socialista”, “PSDs”, que acha não ser o fórum próprio para discutir estes assuntos. O que

lhe interessa a si é discutir assuntos sobre a sua cidade e por isso vai votar contra estas

Saudações. -----------------------------------------------------------------------------------------------

-----VOTAÇÃO DAS SAUDAÇÕES --------------------------------------------------------------

-----Colocada à votação a Saudação do PS: “A Assembleia Municipal de Espinho

reunida na sua 2ª sessão ordinária do Ano de 2013, delibera prestar homenagem a

todos os trabalhadores e formular votos para que as políticas atuais em Portugal e na

Europa sejam alteradas e se valorize como é de justiça o papel do trabalho nas

sociedades.”, a mesma foi aprovada com vinte e um votos a favor e duas abstenções.-------

----- Colocada à votação a primeira deliberação da Saudação da CDU: “saúda todos os

trabalhadores por mais um aniversário do Primeiro de Maio”, este ponto foi aprovado

com vinte e três votos a favor e uma abstenção.-----------------------------------------------------

----- Colocada à votação a segunda deliberação da Saudação da CDU: “e manifesta-lhes a

sua fraternidade e confiança no futuro”, este ponto foi aprovado com treze votos a

favor, dois contra e nove abstenções.-----------------------------------------------------------------

-----De seguida o Senhor Presidente da Mesa disse que passavam à apreciação da Moção

“Pela Democracia Local”, do BE. --------------------------------------------------------------------

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-----JOSÉ DINIS (BE): “Pela Democracia Local - A Proposta de Lei n.º 104/XII vem

propor um novo regime jurídico para as autarquias locais e estabelecer o estatuto das

entidades intermunicipais, agora promovidas a “entes integradores dos diversos

municípios”. Pela proximidade e pelo importante serviço prestado às populações, as

autarquias deviam ter as suas competências alargadas e passar a ter mais recursos

financeiros. As populações deviam ver melhoradas as possibilidades de participação nos

órgãos autárquicos, a democracia local devia ser reforçada, a instituição das Regiões

Administrativas devia ser entendida como um instrumento decisivo na racionalização do

Estado e no combate ao desperdício de recursos públicos. Mas a Proposta de Lei n.º

104/XII não vai nesse sentido, vai num outro caminho, de desqualificação das autarquias e

do poder local. O núcleo essencial das funções dos órgãos deliberativos será afetado, os

princípios da independência e da especialidade das autarquias serão postos em causa se

forem aprovadas normas como a que prevê que a fixação de taxas e impostos (como a do

IMI) pelas assembleias municipais – artº 25º b) c) e d), passe a ser condicionada por

pareceres prévios dos novos órgãos das áreas metropolitanas e comunidades

intermunicipais. Também sobre as novas entidades intermunicipais e as suas Comissões

Executivas (não eleitas diretamente, mas com remuneração superior à dos deputados da

República), não foram tidas em conta pelo governo as sugestões apresentados pelas Juntas

Metropolitanas do Porto e de Lisboa sobre as experiências positivas de áreas

metropolitanas noutros países europeus. Com a proposta de lei nº 104/XII elimina-se a

figura da “moção de censura”, há mais centralização do poder, mais reforço do

presidencialismo, menos fiscalização dos eleitos, menos participação popular e menos

democracia local. O tão anunciado alargamento das competências das freguesias traduz-se

afinal numa mão cheia de nada: a emissão de parecer sobre o nome das ruas -artº 16º nº1

w), a conservação de abrigos de passageiros – artº 16º nº 1 z) –, o licenciamento de

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arrumadores de automóveis –artº 16º nº 3 – ou a limpeza de balneários, lavadouros e

sanitários -artº 16º nº 1 aa) … .Assim, a Assembleia Municipal de Espinho, reunida em 30

de abril de 2013, delibera: 1) Manifestar a sua vontade em que sejam reforçadas as

competências e os recursos das autarquias locais; 2) Exprimir o seu desacordo com a

supressão prevista na Proposta de Lei nº 104/XII da possibilidade de apresentação de

moções de censura aos executivos autárquicos; 3) Manifestar a sua discordância pela

diminuição da responsabilização política e do poder de fiscalização democrática dos

órgãos deliberativos das autarquias.”-----------------------------------------------------------------

-----INTERVENÇÕES--------------------------------------------------------------------------------

-----JORGE CARVALHO (CDU): Disse querer manifestar o seu apoio a esta moção. O

Poder Local não está a caminhar bem, porque continua a desrespeitar cada vez mais a

democraticidade dos Órgãos, concentra-se cada vez mais o poder local numa só pessoa, o

presidente, que tem cada vez mais poderes reforçados e que em vez de ser uma atividade

do poder coletivo e exercido num conjunto, como o povo diz, várias cabeças pensam

melhor do que uma só, mas que a tendência legislativa é um que manda e os outros é para

obedecer, pelo que se vai afunilando. Por outro lado acabaram-se com os Governos Civis,

mas que se pretende criar umas entidades intermédias, intermunicipais, que há pouco

quando falava de que era preciso criar emprego não é este, porque os ex-autarcas que já

não podem concorrer colocam-nos nuns “tachos” que se ganha mais do que um deputado, a

presidir e a pertencer às entidades intermunicipais, sem serem eleitos, por nomeação

politica, portanto uns jovens ou velhos “boys”, que vêm dar ordens ao Poder Local. As

freguesias com a campanha da junção do Agrupamento das Freguesias que iam dar mais

dinheiro, vêm-se que as competências continuam miseráveis. As freguesias são um parente

muito pobre do Poder Local e pior do que isso, é que os Agrupamentos vão passar para as

Câmaras e Municípios e vai, vai, vai até onde os deixarmos, isto é, ao antes do vinte e

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cinco de abril, em que o Governo nomeava o presidente da Câmara, o vice-presidente, e

depois os locais chamadas “entidades vivas”, nomeavam um conselho municipal para de

vez enquando serem ouvidos sobre a situação. Que em termos económicos por exemplo em

Espinho não tem que se pagar a sete vereadores, paga-se a dois, a um presidente e a um

vice-presidente e os outros exercerão gratuitamente quando forem chamados. Que isto vai-

se vai aproximando, caso não defendamos a Democracia do Poder Local, e que para lá

caminha, mas se se for mantendo um combate permanente e lutando contra essas

tentativas, disse ser oportuna a moção do BE pelo que vai votar favoravelmente.-------------

-----VITOR MONTEIRO (PS): Disse que estava ali para exprimir a posição de

concordância com a moção do BE. Que se verifica cada vez mais retiradas algumas

atribuições ao Poder Local e que a proposta do governo é mais um ataque às Câmaras

Municipais e Assembleias Municipais. Disse se lembrar que esta é a segunda lei do PSD

que vai dar brado. Que esta ainda não começou, mas a das freguesias sim, tem dado brado,

que veio acabar com freguesias e em que não há a mínima razão de ser, por servirem as

populações. Relembrou que no concelho de Espinho é a freguesia de Guetim e que tão bem

tem trabalhado para a população e com a certeza de que muitas vezes com custos e

sacrifícios da própria família. Que leu na comunicação social que esta lei ia tirar poderes às

Câmaras e Assembleias Municipais e às CCDRs, para entregar às tal entidades que vão

regular e nortear isto tudo, que são as Áreas Metropolitanas que têm um presidente e

quatro membros no conselho de administração e depois as comunidades intermunicipais,

com mais um presidente e mais dois membros do conselho de administração. Somando a

isto, motoristas, secretárias, adjuntos, etc., isto, disse que vai ficar caro e que tal não era

esperado depois de dizerem que acabavam com as freguesias para pouparem dinheiro.

Criar um órgão acima, que ainda por cima é por nomeação governamental e que vai custar

uma pipa de massa. Que não se consegue entender tal argumentação. Mais, vêm retirar

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poder às CCDRs, que por sinal trabalham muito bem, para entregarem a gestores

nomeados pelo governo que são da confiança politica. Que relativamente às competências

das Câmaras que vão perder poder. Disse ser difícil fazer fiscalização numa Assembleia

Municipal, que é muito complicado. Disse esperar que o PS seja contra esta lei proposta

pelo governo. Disse ainda que esta Lei é um claro atropelo ao regime democrático e mais

um grave atropelo à Democracia Local. -------------------------------------------------------------

-----JOÃO PASSOS (PSD): Disse que é sua impressão mas que a maioria dos vogais

presentes nesta Assembleia não sabe do que consta a Proposta de Lei nº. 104/XII, que não

fazem a mínima ideia. Referiu que eram dados alguns exemplos e que na parte deliberativa

diz-se: “Manifestar a sua vontade em que sejam reforçadas as competências e os

recursos das autarquias locais”, mas isto é o que acontece com a nova Proposta de Lei,

poderá é não ser como os senhores gostavam que fosse, mas que isso é outra conversa.

Também é um facto mas não sabemos que propostas é que queriam ver nesta Proposta de

Lei. Perguntou se querem entregar o licenciamento urbano às Juntas de Freguesia e criar o

caos. Perguntou, afinal o que é que querem. No ponto dois: “Exprimir o seu desacordo

com a supressão prevista na Proposta de Lei nº 104/XII da possibilidade de

apresentação de moções de censura aos executivos autárquicos”, começou por pedir ao

vogal que lhe perdoe mas que isto é truncar a informação, isto porque como não temos a

Proposta de Lei, não são capazes de aferir se esta medida é ou não correta. Por exemplo na

proposta anterior previam-se que os executivos eram constantemente fiscalizados pela

Assembleia desde a sua aceitação até à substituição dos seus membros. Que o executivo a

qualquer momento poderia cair bastando que para tal a Assembleia o quisesse. Quanto ao:

“Manifestar a sua discordância pela diminuição da responsabilização política e do

poder de fiscalização democrática dos órgãos deliberativos das autarquias”, que

perdoar-lhe-á mas que é falso. O que sai de facto reforçado é o poder das Assembleias,

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mormente pela fiscalização dos executivos. Disse que ao trazer-se esta moção que deveria

ter-se trazido também uma cópia da Proposta de Lei para as pessoas saberem exatamente o

que estão a discutir. Voltou a dizer que 90% dos vogais não sabem o que estão a discutir.

Disse que não compreendeu a atitude do vogal Vitor Monteiro. Que isto é uma Proposta de

Lei que há-de ser um Projeto, e que isto anda há décadas a ser conversado na Assembleia

da República. Disse que em dois mil e sete o PS tinha um pré-acordo para esta Lei e que já

incluía grande parte das medidas da atual Proposta de Lei. Disse conhecer bem e não

compreender essas posições intermédias que já vêm há muitos anos. Perguntou se será pelo

facto do líder do PS estar convencido vir a ser Primeiro-Ministro, muito em breve. Disse

não perceber a preocupação do vogal Vitor Monteiro, pois será o PS a nomeá-los. -----------

-----LUÍS NETO (PS): Começou por dizer que a Proposta de Lei PS/PSD em dois mil e

sete nada tem que ver com isto, nem sequer existia este órgão. Este é um Órgão de faz de

Conta que vai fazer com que não só as Câmaras Municipais tenham muito menos

competências, aliás há dúvidas sobre os atropelos das competências entre ambos, mas que

é o Órgão Politico que vai dirigir a CCDRs e mais, deixa de haver um Órgão Deliberativo

que fiscalize esses senhores, o que para si se torna muito mais grave esta situação.

Dirigindo-se ao vogal Passos disse, que como deve saber, nesse pré-acordo, as

Assembleias Municipais eram eleitos para a Câmara Municipal do partido ou partidos

vencedores se tivesse maioria absoluta na referida Assembleia, expurgava os Presidentes

de Junta e que este foi um grande problema para o PSD, e que não haja ilusão, o PSD tem

uma tropa extensíssima pelo País, pelo que terá pesado sobre a cabeça de quem estava a

liderar este processo. Disse estar convencido que se esta Proposta de Lei tiver que ter 2/3

da Assembleia da República não vai passar, mas que é um alerta para mais uma proposta

do Ministro da Presidência, Miguel Relvas, que de facto e desde dois mil e três tentou

matar a Regionalização e isto é mais uma tentativa de acabar com ela. -------------------------

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-----RUI TORRES (PJFE): Disse não ter recebido este documento e que não se encontra

preparado para o discutir. Mas disse que no fórum da ANAFRE que já foi discutido um

documento semelhante de um outro município que pensa que tenha também sido

apresentado pelo BE, que lhe preocupa claramente o futuro das freguesias e disse sentar

que há uma força central que quer tratar centralmente, e que somos um País pouco

municipalista, que somos um País de centralização claramente, que se queixa enquanto

Presidente de Junta e que o Senhor Presidente da Câmara também se queixa, porque

estamos todos dependentes do governo e da centralização que é feita continuamente nas

decisões de grande diversidade nomeadamente locais. Que o Órgão Freguesia e Câmara

cada vez menos conseguem interferir nos destinos da freguesia/município, quando está

comprovado que a nível local se resolvem diversas situações de uma forma mais célere e

mesmo de uma forma mais barata. Que a fiscalização da população também é importante

nas obras levadas a curso pelos Órgãos Locais, enquanto se é a nível nacional não há um

rosto que o cidadão possa reclamar, por serem obra de um qualquer ministério. Que

devemos fazer uma reforma a nível nacional e que este País deve ser adaptado aquilo em

que vivemos. Disse que em fóruns em que esteve da Associação Nacional de Freguesias,

em que o tema foi “as novas atribuições às Juntas de Freguesia”, disse haver por parte das

freguesias duas posições, sendo uma de regozijo por clarificar algumas competências,

porque as atuais competências não dignificam as próprias juntas de freguesia.

Relativamente à concessão do estacionamento automóvel concessionado na freguesia de

Espinho, disse que apresentou oito propostas na altura e que as mesmas foram todas

rejeitadas. Que na altura se sentiu pequenino e desvalorizado como presidente de junta.

Que relativamente às verbas do IMI as juntas de freguesia nunca tiveram qualquer

comparticipação, disse saber que querem dar 0,1% , mas que querem tirar 20% das atuais

verbas das destinadas às freguesias. Pensa que esta participação nas verbas do IMI talvez

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seja uma pequena vitória para as juntas de freguesia. Contudo disse saber que os

municípios não querem esta partilha do bolo do IMI. Confessou ser um acérrimo defensor

das freguesias. Voltou a reiterar o seu apoio ao Presidente da Junta de Guetim quer

enquanto pessoa quer como Presidente de Junta. Que hoje não tem dúvidas e que irá

defender até ao fim da sua vida a existência das freguesias. --------------------------------------

-----JORGE CARVALHO (CDU): Disse que a defesa do documento não é a si que

compete, contudo disse ter ficado surpreendido com a posição do vogal Passos, por estar

desconsolado com as freguesias e perguntou se não será com os presidentes das juntas de

freguesias do PSD que Espinho tem. Lembrou e mostrou uma fotografia em que o próprio

vogal Passos aparecia no tempo em que defendiam a descentralização e a proximidade, e

que, nessa altura acreditavam que era necessário delegar mais competências nas juntas de

freguesia como elemento de desenvolvimento, atribuindo-lhe mais competências e mais

financiamento, e que agora o governo vem propor o contrário e o BE apresenta um

documento defendendo aquilo que antes também defendiam. Vocês agora já acham que

isso é uma desgraça, porque para vocês as juntas acabam por fazer estragos. Que para o

vogal Passos hoje é que as juntas não podem ter muitas competências porque depois nãos e

entendem. Que neste novos Órgãos propostos e pela mesma linha de pensamento, também

acham que não devem dar muitas competências às câmaras porque elas depois estragam

tudo. Até há exemplos de algumas câmaras que realmente tiveram competências a mais,

mas que o problema não é da competência mas sim no uso que fazem dela. Que o

problema está no controlo e fiscalização dessas competências. Porque dizerem que as

assembleias municipais têm capacidade e conseguem fiscalizar os executivos, só por

brincadeira, pois as assembleias municipais só sabem apenas e só aquilo que a câmara quer

que se saiba, que não há direito a tudo, que só acedem às fatias daquilo que entendem que

devem saber e depois têm um guarda costas, que são o bloco de deputados da maioria,

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mais os presidentes das juntas que não têm liberdade plena de se expressar e votar, como

deveriam poder acreditando que gostariam de poder, e depois esse bloco apoia todas as

decisões da câmara sem porem em causa que a câmara se possa enganar e que enquanto se

agir assim não vai ser fácil. Entende contudo ser necessário haver mais competências, mais

burocracia e mais financiamento. ---------------------------------------------------------------------

-----VOTAÇÃO DA MOÇÃO: “Pela Democracia Local”, apresentado pelo BE. ---------

-----O documento foi aprovado com 13 votos a favor, 7 votos contra e 5 abstenções.---------

-----De seguida passou-se à apreciação da Moção apresentada pelo PS: “Pagamento de

Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI) por parte dos Concessionários de Bares de

Praia”-----------------------------------------------------------------------------------------------------

-----LUÍS NETO (PS): “Os concessionários de bares de praia pagam impostos e taxas aos

mais diversos ministérios desde o ambiente e ordenamento do território, passando pela

defesa nacional, finanças, economia e cultura. Estes concessionários de bares de praia

estão instalados no domínio público marítimo e não em terrenos privados. Foi divulgado na

imprensa nacional que alguns chefes de finanças locais mais zelosos e menos informados

enviaram, de forma precipitada e errónea, para alguns concessionários de bares de praia o

respectivo pagamento de IMI em alguns concelhos deste país, incluíndo o de Espinho. O

director-geral da autoridade tributária e aduaneira descartou qualquer tipo de

responsabilidade no envio, para alguns concessionários de bares de praia, da colecta do

Imposto Municipal sobre Imóveis sobre os equipamentos e apoios de praia, atribuindo a

responsabilidade a algumas repartições de finanças deste país. Para os menos atentos, a

concessão da utilização do Domínio Público Hídrico constitui um contrato de direito

publico do qual não resulta para o concessionário, nem a propriedade dos bens que tem por

objecto, nem qualquer figura parcelar menor do direito de propriedade, designadamente

direito de superfície ou usufruto, não estando consequentemente abrangido pela base de

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incidência do IMI. Perante esta nota introdutória, o Grupo Parlamentar na Assembleia

Municipal de Espinho considera que: 1. As concessões do domínio hídrico, entre as quais

se incluem as do domínio público marítimo, são reguladas pela Lei n.º 58/2005, (Lei da

Água), de 29 de Dezembro, pelo Decreto-Lei n.º 226-A/2007, (Regime da utilização dos

recursos hídricos), de 31 de Maio, e pelo Código dos Contratos Públicos; 2. Estas

concessões são tituladas por contratos sujeitos ao direito público nos termos previstos no

artigo 408.º do Código dos Contratos Públicos; 3. No caso dos Equipamentos e Apoios de

Praia a sua submissão a contrato de concessão encontra-se prevista na alínea c do artigo

61.º da Lei n.º 58/2005 e na alínea c) do n.º 1 do artigo 23.º do Decreto-Lei n.º 226-

A/2007; 4. Estas concessões do Domínio Hídrico têm como contrapartida financeira o

pagamento de uma taxa de Recursos Hídricos nos termos estabelecidos no n.º 2 do artigo

77 na alínea a) do n.º 1 do artigo 78 do Decreto-Lei n.º 226-A/2007; 5. Os concessionários

são apenas titulares dos direitos que lhes são conferidos pelo contrato de concessão e pelo

prazo aí previsto; 6. No termo do contrato os concessionários têm de entregar ao Estado as

obras e infraestruturas objecto da concessão gratuitamente e em perfeito estado de

conservação para este, subsequentemente, lançar concurso publico para a sua consequente

adjudicação a novos concessionários; 7. O Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI), incide

sobre bens imóveis privados e o seu pagamento é responsabilidade do respectivo

proprietário; 8. No caso das concessões do domínio público hídrico o proprietário dos

terrenos, obras e infra–estruturas afectas à concessão é o próprio Estado, limitando-se o

concessionário a instalar e explorar Equipamentos e Apoios de Praia ao abrigo de um

contrato de direito público, pagando para o efeito a taxa de recursos hídricos; 9. O

concessionário instala e explora durante o prazo da concessão Equipamentos e Apoios de

Praia em terrenos públicos, pagando em contrapartida uma taxa de utilização de recursos

hídricos, nos termos legalmente previstos; 10. A imposição ao concessionário do

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pagamento de IMI sobre as instalações de Equipamentos e Apoios de Praia, constitui uma

dupla tributação pois o concessionário já paga uma taxa ao Estado para utilizar bens

públicos, para além de suportar os custos com a execução e manutenção das obras e infra-

estruturas objecto do contrato de concessão, que revertem gratuitamente para o Estado no

termo do contrato. A Assembleia Municipal de Espinho, reunida na sua 1ª reunião da 2ª

sessão ordinária de 30 de Abril de 2013, exige à Câmara Municipal de Espinho que cruze

os dados disponíveis, informe e esclareça o Chefe das Finanças de Espinho que os

concessionários de bares de praia deste concelho estão abrangidos por um regime de

tributação especial, a taxa de Recursos Hídricos.” -------------------------------------------------

-----INTERVENÇÕES--------------------------------------------------------------------------------

-----PRESIDENTE DA CÂMARA: Disse que segundo o que sabe os Órgãos do

Município limitam-se no que diz respeito ao IMI a estabelecer as respetivas taxas. Que a

fixação da incidência do próprio imposto não é da competência dos Órgãos do Município,

que é da competência da Administração Fiscal. No que diz respeito a este caso concreto,

lhe parecer completamente abstruso estar a exigir que a Câmara Municipal informe e

esclareça o Serviço de Finanças sobre a forma como a Administração Fiscal há-de ou não

cobrar os respetivos impostos. Que isto não diz respeito à Autarquia Local, disse contudo

compreender eventualmente a preocupação do senhor vogal, mas que em Espinho serão

um ou dois casos que terão sido, devida ou indevidamente, notificados pelas Finanças para

procederem ao pagamento do IMI. Aconselhou o vogal Luís Neto que se dirigisse ao seu

cliente/reclamante, dizendo-lhe que o mesmo se deve dirigir ao Serviço de Finanças e se

for esse o entendimento que reclame. E caso tenha justiça a sua posição, a pessoa em causa

ou devedor fiscal, sujeito passivo de uma eventual obrigação fiscal e que apresente a

reclamação junto dos Serviço de Finanças Locais. Disse ainda que caso a reclamação não

seja atendida pelo Serviço Local ainda tem outros meios de oposição que estão previstos

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no respetivo código processual. Voltando ao inicio voltou a dizer que não é competência

da Câmara Municipal de Espinho dar conselhos à Administração Fiscal, de como e em que

circunstâncias deve tributar os impostos. Que relativamente às competências dos Órgãos

do Município é fixar as respetivas taxas.-------------------------------------------------------------

-----JOÃO PASSOS (PSD): De tudo o que foi dito pelo senhor Presidente da Câmara

disse querer chamar a atenção para o documento no seu ponto cinco que diz: “Os

concessionários são apenas titulares dos direitos que lhes são conferidos pelo contrato de

concessão e pelo prazo aí previsto”, e depois diz que “O Imposto Municipal sobre Imóveis

(IMI), incide sobre bens imóveis privados…”. Antes de mais disse que estas são

conclusões do vogal Luís Neto, porque enquanto licenciado em direito disse ter muitas

dúvidas que possa ser assim como está dito e que mais tarde irá perceber porquê. Que a

Câmara não pode exigir nem dar conselhos aos Serviços das Finanças. Que sendo este um

ponto de discórdia entre eles, pois há uma tendência para confundir democracia com total

anarquia. Que já aqui foi dito e bem, que se o senhor Chefe do Serviço de Finanças decidiu

notificar um qualquer contribuinte, indevidamente, o contribuinte tem meios ao seu dispor

para reclamar e até impugnar essa decisão, e se essa ação do Chefe das Finanças for em

desconformidade com a Lei, que é a isso a que está obrigado. Disse ter muitas dúvidas

quanto a se devem ou não estarem isentos. Deu como exemplo que o regime é similar ao

Jogo e perguntou se o vogal está de acordo que o Casino de Espinho não pague IMI e

perguntar porque não faz um documento para as Concessões de Jogo. Pensa que está bem

expressa que a competência da Câmara não é dar conselhos e que não é competência desta

Assembleia exigir à Câmara, que quanto muito recomendar. Faria todo o sentido que o

senhor vogal retirasse este documento. --------------------------------------------------------------

-----JORGE CARVALHO (CDU): Começou por dizer que se sente um pouco

incomodado por ser colocado num papel de lóbi, em que este é um documento para aplicar

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a quatro pessoas. Que se está aqui a discutir um documento que não abrange a população

de Espinho mas quatro empreendedores de Espinho. Disse que os Casinos não pagam IMI

nem a publicidade que têm afixado no seu espaço. Pode-se preguntar se é justo. Que um

casino que tem de lucro quatro milhões por mês. Não é justo. Que estas são as regras que

foram postas aos Casinos, às Igrejas, Fundações, ou seja uma série de entidades que têm

palácios e palacetes que não pagam IMI. Que como são cada vez menos a pagar há a

necessidade de aumentar o preço. Que não há dúvida nenhuma e que neste assunto disse

acompanhar o senhor Presidente da Câmara, pois que seria de muito mau tom esta

Assembleia estar a ensinar o Chefe de Finanças aquilo que deve fazer. Que se estivéssemos

perante um número de cidadãos maior e sem grande capacidade económica ou mesmo

cultural, isto é, que necessitassem de alguém que os defendessem, mas que não é o caso.

No caso estamos perante uma atividade económica, de pessoas relativamente mais capazes

do que o comum, que têm uma contabilidade organizada, que organizaram um processo de

candidatura aos Bares de Praia. Mais, que não tem dúvidas que se lhes tivessem dito que

para ter direito a um bar de praia teriam de pagar IMI que e a resposta seria “pagámos dois

IMIs”, se eu for contemplado. Que não é o IMI que impede o exercício. Que podem

argumentar que não havia essa regra, que nunca pagaram e agora porque que é que têm de

pagar. Que a toda a gente quando chega a altura de pagar lhe custa e nos tempos que

correm cada vez custa mais. Disse não votar favoravelmente por lhe parecer que não se

devem meter nesta posição, salvo se visasse todas as concessões e regimes de como

deviam funcionar. Que lhe parece que esta moção é especifica, para ajudar poucos e que

não necessitam dessa ajuda e que muito menos a Assembleia se deve meter nestes

assuntos.---------------------------------------------------------------------------------------------------

-----LUÍS NETO (PS): Começou dizendo, que o senhor Presidente da Câmara foi

deselegante como sempre e pouco inteligente. Porque este cruzamento de dados ou a

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exigência que a Assembleia devia de dar relativamente a este caso, que estamos a falar são

de setecentos Apoios de Praia, em Portugal, e que foram indevidamente notificados. Houve

cruzamento de dados entre as Câmaras, que no passado não existia. Que no passado era

uma entidade regional quem licenciava estes Apoios de Praia e que nunca houve este

problema. Que o ano passado em Espinho de dois houve um, em Gaia um, em Vila do

Conde vários ou todos e na Póvoa do Varzim nenhum. Perguntou se há algum problema na

interpretação da Lei ou as licenças de construção foram cruzadas entre o proprietário que é

o Estado, mas o que as pessoas interpretam que não é o Estado, sendo isto que aqui está em

causa. Que pode ter havido um lapso, por acharem que o proprietário é a empresa XPTO,

mas não é. O proprietário do imóvel, dos equipamentos é o Estado, e o Estado, como toda

a gente já percebeu não paga IMI. Que isto é um alteração e não é para fazer favor a

ninguém e que noutras Assembleias Municipais este conteúdo vai ou já foi apresentado e

apreciado. As pessoas por vezes cometem erros e neste caso pelo cruzamento de dados,

erróneo, que a propriedade da licença de construção é uma, mas o proprietário não é ele, é

o Estado. Que nada mais o move que não o de deixar aqui o alerta. Que o Presidente da

Câmara não se enganou, em primeiro lugar não é advogado e em segundo lugar não presta

favores a ninguém e que daqui a uns meses vai-se verificar que o senhor Presidente da

Câmara prestou favores a alguém ilegalmente. Disse que não retira o documento por aquilo

que o Presidente da Câmara disse, mostrando pouca inteligência na argumentação e que

não percebeu o que quis dizer quando falou do cruzamento de dados, que era exatamente

por causa da licença de construção. Que tudo o que está neste documento está no

Ministério do Ambiente que é onde deve estar. Disse achar estranho que não só os

membros da Assembleia mas incluindo o Presidente da Câmara não defender nada do que

consta no documento. Que não foi ele quem prometeu Apoios de Praia, nem equipamentos,

mas que o PSD sim, e perguntou se já fez alguma coisa. ------------------------------------------

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-----PRESIDENTE DA CÂMARA: Apenas duas curtas e breves notas, porque a grosseria

da intervenção do senhor vogal não merece outra resposta. Que quanto a deselegância disse

ter um metro e oitenta e quatro e pesa setenta e cinco quilos, pelo que pensa que a figura do

senhor vogal no que diz respeito a deselegância, está tudo dito. Relativamente à pouca

inteligência, disse que pouco inteligente foi o senhor vogal, ao ter vindo para aqui defender

interesses particulares e que mais valia ao senhor vogal ter dito quem é o interesse

particular que aqui está a defender. Podia ter dito o nome e o número de telefone que

naturalmente lhe telefonaria, como jurista, embora não sendo especialista em direito fiscal,

dar-lhe-ia “probo no” o seu conselho. E caso a pessoa em causa tivesse algum dinheiro,

encaminhá-lo-ia para o escritório do Dr. Jorge Carvalho, que comunga da sua opinião a

quem naturalmente o vogal Luís Neto também lhe chamou pouco inteligente. ----------------

-----LUÍS NETO (PS): Senhor Presidente Vossa Excelência devia dizer quem é que que

pensa ser, porque sobre esta matéria há muita gente. Parece que não lê os jornais, e que o

presidente dos concessionário não se chama Luís Carvalho nem Pedro Pacha, chama-se

João Carreira. Que o problema do Presidente da Câmara é outro, e cometeu um erro

tremendo, desde o inicio do seu mandato, que para resolver um problema, que não é

problema, porque vossa excelência nem é tido nem achado, que acha que pode fazer tudo

mas não consegue. Que até achava que ia fazer Apoios de Praia, e sobre esta, Vossa

Excelência vai ter de prestar contas na altura do Verão, por haver um Apoio de Praia em

Espinho ilegalmente constituído e que Vossa Excelência é o principal responsável. ---------

----JOÃO PASSOS (PSD): Que assim ninguém se entende, vêm para aqui falar por

enigmas. Perguntou ao vogal se ele estava ali a fazer promessas eleitorais, disse não

perceber do que estava a falar. Disse que Áreas Concessionadas e Construção à Superfície,

que são coisas diferentes. Que um dos problemas deste documento é precisamente meter

tudo no mesmo saco, isto é, fazer depender o pagamento de uma taxa de IMI do pagamento

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de uma taxa Hídrica, porque não são nem têm que deixar de ser cumulativas. Mas como o

vogal que é um iminente jurista, muito inteligente, e, muito elegante, sabe mais que todos

os outros, mas que Áreas Concessionadas e Direito de Superfície, são coisas

completamente diferentes. Como jurista, disse ainda ter sérias dúvidas no documento que

apresentou se é ou não aplicável. Porque aqui ainda se poderia falar de acessão imobiliária,

e que o senhor não faz a mínima ideia do que é. Disse estar correto, que não é a Câmara

Municipal quem faz os equipamentos de Apoios que são os privados que fazem os

investimentos. Disse ainda que os municípios fizeram cruzamento de dados, sendo essa

talvez a razão pela qual os contribuintes nunca foram notificados, porque as finanças não

sabiam que eles tinham Apoios de Praia. De facto não se está a discutir o documento, que o

vogal veio para ali com uma ideia fixa lançar umas bacoradas para o ar sobre as pessoas.

Disse já não ter paciência.------------------------------------------------------------------------------

-----LUÍS NETO (PS): Que a coisa é muito clara e não foi ele quem fez essa promessa.

Que Vossa Excelência não percebeu, que confundiu com estacionamentos pagos e não tem

nada que ver com isso. O que está aqui em causa é como as barragens, quem constrói é o

privado em nome do público e paga as suas respetivas taxas. Que o PSD prometeu doze

Apoios de Praia em Espinho e fizeram zero porque não é permitido, e insistiu que hoje há

um Apoio de Praia constituído em Espinho que está ilegal. --------------------------------------

-----RUI TORRES (PJFE): O processo das Praias em Espinho é miserável e por uma

razão, a Câmara Municipal anterior recusou-se a estar presente nas discussões do Plano de

Ordenamento da Orla Costeira (POOC), nem uma vontade politica de alterar. Deu exemplo

do que foi feito pela Câmara de Gaia e que em Espinho nasceram cogumelos. Em Espinho

temos dez Concessões de Praia e que representam os maiores dez problemas que existem

em Portugal sobre Concessões de Praia. Que a Praia da 37 tem direito a um Apoio de

Praia. Sendo a Junta de Freguesia a entidade autorizada a gerir, que pediu autorização à

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Autoridade Regional Hidrográfica do Norte (ARHN), que fez o requerimento e não obteve

resposta e que aproveitou o Parecer do Presidente dos Concessionários Luís Carvalho, que

lhe disse “se não houver resposta está intrinsecamente aceite”. Mas que este ano não vai

fazer porque aquela Praia merece muito mais. Que por questões politicas disse querer o

licenciamento para poder avançar. Que as concessões novas e futuras deviam ser entregues

à autarquia e que os negócios que as concessões podem potenciar devem ser em Hastas

Públicas ou Concursos Públicos para o Setor Privado as dinamizar. Acha que não deve ser

uma Junta de Freguesia a gerir uma Praia. Mas que a Junta de Freguesia deve ter

estrategicamente uma orientação sobre definir as regras e como há-de manter a Praia limpa

e vigiada. Que a Praia, quer aos seus olhos, quer aos olhos da Câmara Municipal, é a

imagem de força de Espinho. Que se perguntar ao Luís Carvalho disse, lhe garanto que

responderá que sim, que nestes três últimos anos houve mais gente a afluir às Praias de

Espinho. O que achava correto e que gostava de ver aqui a ser defendido pelo vogal Luís

Neto, era que os concessionários deviam cumprir com as suas obrigações, porque não é só

terem direitos também têm obrigações e que muitas vezes não cumprem, como por

exemplo com os Sanitários Públicos. As Praias não são nem das Câmaras nem das Juntas,

têm concessionários e que estes são obrigados a darem contrapartidas. São servidores

públicos, e por achar que eles são pouco servidores públicos, pois colocam proibições de

acesso aos banhistas e que tal não pode acontecer. Que os sanitários são para todos

inclusive para os sem abrigo. Temos quatro concessionários com direito a concessão de bar

e que ainda não os implementaram, tiveram dois anos para montar os seus bares. Que

gozam do título e que metem barracos para fazerem exploração comercial e não cumprem

com as suas obrigações, isto é, sanitários, balneários e posto de socorros. Que se

cumprissem com as suas obrigações entre o Marbelo e a Baía existiam dez casas de banho

e que não há uma e que essa responsabilidade é sempre pedida à Câmara pelas pessoas,

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indevidamente. Que eram hábitos do passado, e disse que ouviu dizer que haviam

concessionários de praia a usar a luz e água pública para os seus bares e que hoje estão

chateados com o atual presidente da Câmara, porque lhes cortou esses fornecimentos.

Disse que os concessionários devem ser acarinhados mas que devem também cumprir com

as suas obrigações. --------------------------------------------------------------------------------------

-----VOTAÇÃO DA MOÇÃO: “Pagamento de Imposto Municipal sobre Imóveis

(IMI) por parte dos Concessionários de Bares de Praia”apresentado pelo PS. ------------

-----O documento foi reprovado com 13 votos contra, 7 votos a favor e 5 abstenções.--------

-----DECLARAÇÃO DE VOTO:--------------------------------------------------------------------

-----ANTÓNIO CAVACAS (PS): “Abstive-me neste documento. Concordei com os

fundamentos essenciais que há uma razão para ser levantado este problema do IMI de

Praia. Pensa que não é mais e apenas uma expressão num certo fundamentalismo na

obtenção de receitas. Não podia votar a favor por duas razões: primeiro porque acho que a

Câmara não tem nada a haver com isso e segundo porque há aqui uma questão de

principio que prezo muito, estamos dois Órgãos que têm idêntica legitimidade,

legitimidade democrática direta e não pode haver aqui entre estes dois Órgãos exigências

entre elas, há recomendações. Que a palavra exigência não legitima num documento

apresentado nesta Assembleia. Somos Órgão com idêntica legitimidade, a Câmara não

depende politicamente de nós, a legitimidade democrática é idêntica e que não pode ser

usada esta expressão. Sendo esta a razão de ser da minha abstenção.”--------------------------

-----JOÃO PASSOS (PSD): “Votamos contra esta deliberação pelo simples facto de que

ela exorbita as competências da Assembleia Municipal.”-----------------------------------------

----De seguida o senhor Presidente da Mesa em exercício propôs encerrar os trabalhos

neste momento, pelo facto do ponto dois da Ordem de Trabalhos, ser segundo o próprio

muito demorado e pelo facto de numa hora não lhe parecer terem tempo de o discutirem.

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ASSEMBLEIA MUNICIP AL DE ESPINHO

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Pediu a opinião aos representantes de cada grupo parlamentar, para que o Plenário

decidisse.--------------------------------------------------------------------------------------------------

-----PRESIDENTE DA CÂMARA: Interveio para dizer que não andam aqui a brincar à

democracia. Foi convocada uma Assembleia Municipal que começou às dez horas da noite,

são onze e quarenta da noite, estamos a falar de uma e meia hora de trabalhos em que se

esteve aqui a discutir assuntos de lana-caprina. Temos aqui um documento de suprema

importância que tem de ser aprovado hoje e que o senhor Presidente em exercício está a

pôr à consideração dos senhores vogais interromper os trabalhos. Que isto não lhe faz

sentido. Que o senhor Presidente em exercício não deveria ter colocado essa questão. Não

se andam aqui a pagar senhas de presença aos senhores vogais da Assembleia para não

discutirem.------------------------------------------------------------------------------------------------

----Os trabalhos foram interrompidos por cinco minutos.------------------------------------------

-----Retomados os trabalhos, o Presidente da Mesa em exercício, disse que entravam na

Ordem de Trabalhos.------------------------------------------------------------------------------------

-----PERIODO DA ORDEM DO DIA--------------------------------------------------------------

----- Entrou-se na discussão do ponto dois da Ordem de Trabalhos: “Apreciar e Votar os

Documentos de Prestação de Contas, referentes ao Ano de 2012.”----------------------------

-----INTERVENÇÕES--------------------------------------------------------------------------------

-----VICE-PRESIDENTE: Disse que o documento de Prestação de Contas de 2012,

confirma aquilo que tem sido o trabalho que este executivo tem feito ao nível do equilíbrio

financeiro e daquilo que é um trajeto de recuperação que o município tem a fazer. É uma

Prestação de Contas que apresenta um Cash-Flow positivo de 5,9 milhões de euros e ainda

que faz um evolução em dois anos em termos de resultado liquido de 4,5 milhões de euros.

O Município consegue desta forma iniciar o processo de regularizar e de liquidação e

abatimento da divida, que de certa forma se concluí aqui a fase de reestruturação e

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adaptação do Município. Que se inicia uma nova fase que é a liquidação da mesma divida.

Disse ainda que do limite do endividamento municipal, o Município de Espinho tinha um

endividamento na casa dos 2,5 milhões de euros e com a ação do executivo passou a ter

uma margem positiva de 1,6 milhões de euros, para novo endividamento. Que é

contrariada por uma ação que não é da responsabilidade deste executivo, que é a Ação dos

terrenos da Escola Domingos Capela, sendo uma Ação intentada pelo Ministério de

Educação que tem origem em 2005, mas que provém de um Protocolo que provém de

1995 e o Município foi condenado a pagar cerca de 3,1 milhões de euros mais cerca de um

milhão de juros, que veio de certa forma anular aquilo que foi a recuperação que o

Município fez daquilo que era o excesso de endividamento. Disse que se o Município

quiser deixar de estar nesta situação terá de obter por parte do Ministério da Educação um

acordo que possa vir a fazer a anulação desta divida ou a mitigação da mesma ao longo do

tempo, para que o Município possa dizer que está numa situação regular no que toca ao

limite de endividamento. -------------------------------------------------------------------------------

-----PEDIDOS DE ESCLARECIMENTO:--------------------------------------------------------

-----VITOR MONTEIRO (PS): Em virtude de este ser o último ano deste mandato e em

que sendo o último em que apresenta a Prestação de Contas, disse ter decidido fazer uma

avaliação global daquilo que tem sido esta gestão. Chamou a atenção para esta avaliação

que é feita com os números que a própria Câmara fornece. Disse que vai mostrar por

comparação os números da gestão socialista e os números da gestão social-democrata.

Disse ainda que teve cuidado de ler as atas da discussão deste tema desde 2005 até à

presente data, ou seja abrange o último mandato de José Mota e o mandato atual de Pinto

Moreira. Que as perguntas que agora vai fazer são as que o PSD fez quando estava na

oposição. Perguntou que esforços fez este executivo no sentido de contrariar os números,

como a taxa de execução de receita de 44,04% (em 2005 era de 51%), assim como o

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ASSEMBLEIA MUNICIP AL DE ESPINHO

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agravamento do endividamento Médio/Longo Prazo que é de 8,58% (em 2005 era 9%), a

mesma pergunta colocada pelo então vogal Vicente Pinto. Outra questão que foi colocada

nessa mesma reunião pelo vogal António Regedor, relativamente à gestão das energias

alternativas como forma de diminuir os gastos, disse querer saber hoje o que é que a

Câmara já fez quanto à utilização de energias alternativas como forma de diminuir os

gastos nas energias tradicionais. Uma terceira pergunta que também foi colocada pelo

senhor António Regedor, e que hoje volta a colocar, querendo saber o que é que já foi feito

para a diminuição dos custos. Disse ainda querer saber a que se devem as baixas taxas de

execução das receitas de capital. Fez a comparação entre as taxas de execução das receitas

de capital do último mandato 2005-2009 com o atual e que o último ano de mandato de

José Mota, e segundo o mesmo o pior ano deste, dizendo que a taxa de execução das

receitas de capital foram de 26% por comparação com o atual executivo que apresenta uma

taxa de execução de 15%. Disse querer uma explicação para tão baixo valor, pois se a

gestão PS se ficava nos 50% a gestão PSD não passa dos 30%. ---------------------------------

-----LUÍS NETO (PS): Disse ter várias questões por ter várias dúvidas sobre algumas

matérias. A primeira tem que ver com os acordos de pagamento, existentes ou em vigor e

que são de facto acordados um pouco à revelia desta Assembleia Municipal e estando

previstos no PAEL e são também referidos no Relatório de Contas. Disse que gostava de

saber se foi realizado algum acordo de pagamento com a LIPOR, EDP, ÁGUAS DE

DOURO E PAIVA e com a SIMRIA, uma vez que estes são referidos no Relatório de

Gestão por quem o fez. Que se existem acordos de pagamento com estas entidades, são e

de certeza absoluta plurianuais, e que estes deveriam ter passado por aqui e não passaram,

pelo menos para já. Segunda, gostaria de saber se a Câmara Municipal de Espinho já

efetuou algum acordo de pagamento do dito terreno com a Direção de Educação do Norte.

Terceiro, gostaria de saber e para finalizar, se há documentos de 2012 por introduzir, com

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divida assumida, isto é, se há documentos ou não em falta no sistema. Perguntou se em

outubro de 2012 havia divida assumida no valor de 6 milhões de euros que não estavam

devidamente introduzidos no sistema informático.-------------------------------------------------

-----VICE-PRESIDENTE: Começou por agradecer a intervenção do vogal Vitor

Monteiro, porque pela primeira vez vê o PS a fazer perguntas pertinentes à discussão da

Prestação de Contas, independentemente de ter lido as atas das intervenções do PSD, por

ajudarem toda a gente a perceber e a ficar mais esclarecido quanto à Prestação de Contas.

Disse também que quanto à questão da comparação da Prestação de Contas de 2005 com

Prestação de Contas de 2012, que houve uma série de alterações que vai tentar sintetizar,

não se querendo alongar muito. À data de 2005 as taxas de IMI tiveram taxas de

crescimento anuais na casa dos 10%, ou seja nesse ano e anos anteriores, o município teve

receitas crescentes de IMT, como teve acesso ao Quadro Comunitário de Apoio, não teve

qualquer restrição ao nível da constituição da despesa, desde que a mesma estivesse

prevista no orçamento. Que não precisava de pareceres prévios nem da Câmara nem da

Assembleia, nada disso e que portanto os Municípios nessa altura podiam ter uma taxa de

execução superior à que têm hoje. No Município de Espinho em concreto e em primeiro

lugar. Em 2005 já era preciso orçamentar a divida a curto prazo, divida aos fornecedores e

empréstimos que se venciam no respetivo ano. O município tinha um orçamento na casa

dos 40 milhões de euros e tinha uma divida de curto prazo na ordem dos 5 milhões, ou

seja, a divida de curto prazo era um valor perfeitamente normal para aquilo que era o valor

do orçamento, e que estaremos a falar num prazo médio de 60 a 90 dias eventualmente. O

que reparamos quando chegamos à Câmara é que a Câmara estava com um orçamento de

execução na casa dos 30 milhões de euros e com uma dívida de 9 milhões. Que depois não

era nove milhões e foi bastante mais e que este ano até subiu mais 4,2 milhões, de uma

divida que tiveram de registar. Na altura tiveram que registar outras dividas como

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Mobijovem, mas que agora, disse não querer falar sobre isso. Que sendo divida do anterior

executivo foi registada neste. Que não sabe onde o vogal Luís Neto foi tirar os dados mas

que seguramente não é da informação escrita que fornecem, não lhe parece que falte lá 6

milhões de euros de divida. Pede que lhe indique onde consultou esses elementos para

poder verificar o que é que se passa. Dizer que quando se compara a execução orçamental

de 2005 com 2012 tem que se ter em conta o montante da divida de curto prazo que onera

o orçamento da despesa mesmo que o Município não tenha capacidade de o pagar que é o

caso, ainda que tivéssemos previsto o PAEL entrar no ano de 2012 ou tivesse havido um

financiamento para resolver esse problema, o certo é que não entrou, não se realizando essa

execução e portanto baixa a execução. Quanto às despesas de capital, tinham uma baixa

execução à data porque todos os municípios na altura estavam a executar obras de QREN

de grande envergadura, dando como exemplo de Vila Nova de Gaia e como em 10 anos

mudou a sua face, quer do litoral, quer do interior, quer a nível de projetos. Que foi

obviamente com candidaturas comunitárias e com execução de despesa de capital, neste

caso com financiamento consignado, e que na altura foi importante fazer a pergunta, tanto

mais que vieram a descobrir, quando tomaramm posse que haviam onze milhões de euros

de fundos comunitários que o Município tinha tido ao seu dispor e não tinha utilizado. Ou

seja com uns anos de antecedência estavam a fazer as perguntas corretas e é algo que não

se passa agora porque as candidaturas que têm estão a acompanhar os Programas

estabelecidos, quer na frente Litoral quer nos Centros Escolares. Quanto ao Endividamento

de Médio/Longo Prazo, a problemática do Município, é sobretudo a divida à EDP que é

muito antiga e com aquilo que foi o endividamento a médio/longo prazo contraído pelo

Município, em 2009. Disse que o Município nessa altura contraiu empréstimos, não para a

construção social, mas para resolver dividas de fornecedores. Ao compararmos o

Endividamento Médio/Longo Prazo do Município de 2005 com 2009, disse que é tudo o

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que o Município abateu à Divida menos o que o PS contraiu em 2009. Que o PS aumentou

a divida de Médio/longo Prazo, ao substituir divida de Curto Prazo por Divida de

Médio/Longo Prazo, por não ter sido capaz de pagar aos fornecedores. Na altura a pergunta

estava relacionada com a capacidade orçamental do Município de olhar para a sua divida

de Médio/Longo Prazo e se o Município se estava a caminhar na sustentabilidade ou não, e

não estava. Fizeram as correções necessárias ao longo de três anos, por ser a única forma

do Município poder cumprir os seus compromissos mas também manter o seu Serviço

Público. Disse ainda que se continuassem no registo que vinha o Município iria falhar no

tocante ao Serviço Público também nos compromissos básicos com o Pessoal. Que no

tocante à poupança de energia, disse ser a área em que mais trabalho têm feito, referiu

como exemplo a substituição do Sistema de Gaz das Piscinas, alterações do Sistema de

Aquecimento no edifício dos Paços do Concelho, alteração no regime contratual da tarifa

em todos os PTs de ligação, por estes se encontrarem desadequados à potência necessária

como a Iluminação Pública, foi reapresentado o Projeto para refazer e reestruturar toda a

Iluminação Pública e que estão à espera há 2anos de aprovação por não terem capital para

o fazer e que já estão há mais 2 anos à espera porque este já tinha sido feito e não tinha

sido aprovado pelo PS. Dizer ainda que foram feitos Estudos de Certificação Energética de

todos os edifícios municipais e que deram origem a propostas de investimento, que

também não se encontram aprovadas mas que aguardamos o sejam, que trazem muitos

poupanças ao Município, sendo aliás a única forma de evitar que a fatura energética

continue a aumentar. Esse aumento deveu-se ao aumento da tarifa mas também ao aumento

do IVA. Que quanto a energia alternativa, quando foi feita a pergunta e pelo que foi

demonstrado, ser uma área em que sempre tiveram consciência que deveriam apostar

fortemente. Quanto à questão de redução de custos, está tudo explicado. Encontraram uma

autarquia que tinha 700 funcionários e hoje tem 560, que se endividava 4,5 milhões de

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euros ao ano e hoje tem um equilíbrio estrutural. Num momento em que as Receitas têm

vindo a cair em todas as áreas, em que o Estado corta nas transferências para os

municípios, em que as taxas de IVA na aquisição de Serviços aumentaram, perguntou ao

vogal como é que ele acha que se podem equilibrar as contas. Não é seguramente a falar de

utopias mas sim de redução de custos muito concreta em todas as áreas e com muito rigor

orçamental. Pensa que não são avaliados por propostas pontuais mas sim pelos resultados.

Que o resultado está à vista e que pode orgulhar os Serviços Municipais, a Câmara e a

Assembleia, por ser um resultado positivo que atinge todos os objetivos que estavam

previstos para 2012, nomeadamente a redução das faturas em atraso, a redução da taxa de

endividamento, foi criado até uma margem para novo endividamento, onde tinham que

reduzir apenas 10% do total mas que a força das circunstâncias obrigou a ir mais além.

Quanto à redução da divida, algo que já tinha sido assumido em 2011, quando nesta

Assembleia apresentaram uma proposta para endividamento de 11 milhões de euros para

resolver os problemas aos fornecedores e na altura disseram aqui que não era coerente. A

solução acabou por surgir, não pelos 11 milhões, sendo que o PAEL apoiaria até 12

milhões, mas que o atraso no processo legislativo reduziu para 9 milhões e que entretanto o

entendimento do TdC reduziu para 8 milhões. Como o tempo é dinheiro, vamos ter a

mesma solução, dois anos mais tarde, mas com muitos mais juros a pagar, com muito mais

trabalho e ainda a desvantagem nos preços a pagar por não termos os pagamentos em dia

com os fornecedores. Informou de que esta semana o município receberá a primeira

tranche do PAEL, o que permitirá sanar uma parte das suas dividas aos fornecedores.

Acordos de pagamento LIPOR, SIMRIA e EDP, existem e que foram feitos na altura em

que tomaram posse. As dividas já eram antigas e obviamente estas entidades não podem

fornecer os serviços sem que lhes paguem. Fizeram logo um acordo de pagamento que na

altura não era obrigatório vir à Assembleia Municipal, à semelhança do que o PS fez,

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acordos de pagamento com outros fornecedores. Referiu ainda que herdaram alguns

acordos que tiveram um período de carência, começando-se a pagar em 2010, para azar

deste executivo. Quanto à Direção Regional de Educação que agora se chama Direção de

Serviços de Educação não foi feito qualquer acordo, ainda estão a tentar chegar a uma

posição, reconhecendo contudo que a Direção de Serviços de Educação tem uma posição

dominante nesta negociação. --------------------------------------------------------------------------

-----INTERVENÇÃO POLITICA:-----------------------------------------------------------------

-----VITOR MONTEIRO (PS): Informou que ia distribuir um conjunto de documentos à

Mesa e aos Grupos Parlamentares, no sentido de elucidar a sua intervenção. Disse que iria

fazer poucas observações pessoais e que se iria cingir aos números, números esses que

espelhem o que foi a gestão da Câmara nos últimos anos, com os quadros principais:

Receita, Despesa, Endividamento, Receitas de Capital, Receitas Correntes, Despesas de

Capital, Despesas Correntes, Plano Plurianual de Investimentos, Grandes Opções do

Plano, Balancete, Plano de Atividades e Endividamento Municipal. Disse que o PSD fez

muito pior do que José Mota no último mandato, e que o vai provar. Começando pelas

Receitas Correntes – a taxa de execução foi cerca de 90% no último ano de José Mota e

passou no atual mandato para 68% em 2010 e 69% em 2011, voltando este ano de 2012 a

92%; Receitas de Capital - as taxas de execução começaram 51,35% e no último ano de

José Mota baixou para 26%, em 2012 é de 15,78%. Aqui perguntou ao Vice-Presidente o

que é que correu mal, pois para esta taxa de execução, só pode ter corrido muita coisa mal.

Disse que a taxa de Receita se cifrava em 60% e 58%, baixando na atual gestão PSD para

56%, 54% e 44%. Disse ainda que é de realçar que a arrecadação efetiva de receita não

variou muito o que variou foram as previsões da mesma no orçamento e que nesta gestão

PSD, são bastante empoladas. Disse que as previsões atuais são exageradas, como podem

ver. Quanto às Despesas Correntes variavam na casa dos 80% previstos na gestão

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ASSEMBLEIA MUNICIP AL DE ESPINHO

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camarária anterior e cerca de 70% na atual gestão. As Despesas de Capital variavam na

casa dos 40% a 50% exceção do último ano da gestão anterior baixou para 30% com a

atual gestão passou para 32% , 27% e atualmente está com 23%. Disse que antes de ter

feito este trabalho não tinha a noção do quanto é que esta Câmara tinha falhado. Pelos

vistos só pode estar tudo atrasado, pagamentos, recebimentos. Perguntou qual a taxa de

execução dos pedidos de Pagamento e das Obras. Que esta Câmara ainda está pior do que

aquilo que pensava estar. Relativamente às Grandes Opções do Plano, disse que criticava

com frontalidade a taxa de execução de 30%, 28% e 24% , e disse mais, que tinha

vergonha se fosse ele a estar no executivo e apresentar taxas desta natureza. Na gestão

anterior andava nos 50% , isto é, a Câmara anterior prometia uma coisa e dava metade,

mas o senhores nem metade. Disse nunca lhe ter passado pela cabeça que este executivo

estivesse a fazer tão má gestão sendo esta uma realidade que espera que a comunicação

social dê relevo. Em relação ao Plano Plurianual de Investimentos, pressupõe que também

estas obras estejam atrasadas até porque estas obras têm a duração de vários anos, dizendo

que a taxa atual é de 17,88% e que foi de 17%, em 2010, 13% em 2011 e 17% em 2012.

Aqui percebe-se, disse a titulo de exemplo, que previam construir uma escola mas que

realizaram cerca de 20% dessa escola. Quanto ao Balancete do Plano de Atividades as

taxas de execução obviamente são maiores, porque aqui o Plano é físico, que como sabem,

a parte física é o que efetivamente se faz, que a obra avança e que não está a ser paga, o

que significa que anda aqui alguém que também que não recebe, visto que as obras têm

avançado e depois faltam os pagamentos. Na gestão anterior cifravam-se nos 80% aos 62%

e nesta gestão está na ordem dos 50%. O último quadro diz respeito ao Endividamento

Municipal, que andou a ver desde 2005 até à data, para saber o que é que efetivamente

esses senhores devem. Pelos números do PSD, a gestão PS deixou uma divida de

40,721904,74€ pelos números atuais em 2012 esta Câmara deve 46.771,711,75€, ou seja

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são mais 6 milhões de euros, segundo o senhor Vice-Presidente da Câmara que há uma

divida de Médio/longo Prazo que pode vir de uma decisão judicial transitada em julgado

no valor de cerca de 4,2 milhões de euros mas mesmo assim e números são números e o

que os senhores deixam é mais 1,8 milhões de euros para pagar. Os números dizem que há

mais 6 milhões para pagar desde o tempo de José Mota para esta gestão e dizem que 1,8

milhões são da vossa responsabilidade. Que ainda haviam outros quadros que gostaria de

ter feito, mas sendo estes os apresentados que norteiam a gestão autárquica. Disse lamentar

ter que falar de uma taxa de execução da gestão PSD na ordem dos 30%. Prometeu que a

seguir falaria das atas.-----------------------------------------------------------------------------------

-----JORGE CARVALJO (CDU): Começou por informar de que vai votar contra o

documento de Prestação de Contas. Que estava à espera, como o vogal Guy Viseu costuma

dizer que dá o beneficio da dúvida à Câmara quando apresenta o Orçamento mas que

depois com a Conta já não lhe dá o beneficio da dúvida, pois tinha de provar a forma como

atuou. Disse ter vindo expectante quanto à posição do Guy Viseu, isto é, se continuava

com o beneficio da dúvida ou não, mas como não está presente fica sem saber. Disse que

existe um livrinho que explica como utilizando as estatísticas oficiais se consegue enganar

e mentir à população, isto é, partindo de dados verdadeiros estatísticos, se consegue uma

conclusão que falsa. Pelo que é fácil manipular a opinião pública e que aqui se está a

assistir a isso mesmo. Quem ouviu o Vice-Presidente diz que esta Câmara é maravilhosa,

que funcionou e trabalhou bem, reduzindo divida, produziu, mas que quem ouve o vogal

Vitor Monteiro diz que esta Câmara é desastrosa, que nada fez em condições, isto para

dizer que lendo os mesmo números se consegue tirar conclusões opostas. O certo é que há

um Relatório da firma Palm e Cambão que curiosamente jogam à defensiva. Disse que

nesse Relatório consta:“ a responsabilidade dos documentos é da Câmara Municipal, o

resultado que apresentou nos documentos, que adotou as politicas e os critérios que

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ASSEMBLEIA MUNICIP AL DE ESPINHO

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entendeu e nós só temos que nos pronunciar sobre as demonstrações financeiras que nos

põe na mão” e portanto e à primeira vista os próprios auditores não põe a mão no fogo por

esta Câmara. Fazem uma reserva quanto ao inventário da Câmara que dizem não saberem

se o Património que a Câmara tem é aquele que diz ter, dizem ainda não saber se está tudo

devidamente avaliado ou não e portanto acabam por aprovar o Relatório dando-lhe uma

enfâse geral, e dizem que: “chama-se a atenção para o facto das demonstrações financeiras

para o exercício findo em 2011, apresentado para efeitos comparativos, não terem sido

sujeitos a revisão legal das contas”. Isto significa que dão um Parecer Favorável salvando a

própria pele. Viram o que lhes mostraram, quem definiu as amostragens foi a Câmara,

quem estabeleceu os critérios foi a Câmara, têm dúvidas sérias quanto ao Património e não

procedem à Revisão das Contas por que não lhes compete. Como este é o último mandato,

disse não saber se estão à espera que a Câmara mude de mãos e depois venha uma

auditoria e que depois apareça a Comissão a dizer que afinal havia para aí uns não sei

quantos nas gavetas e perguntou se será essa a preocupação. Mas o que é certo e vendo a

Conta constata-se que a Câmara tem mais olhos do que barriga. Promessas no Orçamento

muitas, execução muito pouco, que depois dá aqueles gráficos que o vogal Vitor Monteiro

apresentou, porque compara aquilo que prometeu com a aquilo que cumpriu e no resulta

todas estas dificuldades. É verdade que o Município está mais pobre, mais encravado, nos

próximos anos a começar já pelo próximo mandato vai-se revelar difícil para quem ganhar

as eleições. Hoje já me apercebi aqui, que já começou a campanha eleitoral e portanto

temos aqui dois candidatos, o Neto e o Pinto Moreira, que há pouco estiveram aqui a

esgrimir as promessas futuras. Mas mesmo com este cheiro a Campanha Eleitoral acho que

esta Conta é bem demonstrativa que as coisas correram mal, e estão a correr mal. O Vice-

Presidente aponta muito para a crise internacional mas que a si não lhe parece que seja

diretamente o fator de influência da atividade local, de Espinho, que indiretamente sim,

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porque o governo tem vindo a esmagar a atividade municipal. Ao longo de vários anos já

aqui tivemos a dificuldade de ter o governo da mesma cor politica e a ditar o contrário da

Câmara. Que várias vezes o Presidente da Assembleia votou aqui de uma maneira e na

Assembleia da República teve de votar de maneira contrária, ou seja diferente daquilo que

tinha aprovado aqui, o que significa que uma das duas votações não foi em liberdade.

Disse presumir que foi lá. Pelo que reafirmou que vai votar contra.-----------------------------

-----JOSÉ PINHO (PSD): Disse estar com uma dúvida pelo que foi aqui dito e que

consiste que em 2009 o senhor José Mota deixou uma divida de cerca de 40 milhões de

euros. Mas que aqui já foi falado de que a divida que lhes foi deixada foi de 49 milhões de

euros. Pediu ao senhor Vice-Presidente que esclarecesse se foi 40 ou 49 milhões o valor da

divida deixado, por estar convencido de que foi 49 milhões de euros, mas se foi de 40

milhões faz-lhe sentido a existência deste documento, pelo que pede o esclarecimento.------

----ANTÓNIO JOSÉ (JFS): Disse que a sua intervenção tem como propósito

desmistificar algumas ideias. Disse que o vogal Vitor Monteiro na sua intervenção fixou-se

na execução e disse pretender falar dos números de outra forma, porque para si a questão

da execução orçamental que é secundária, porque este executivo e pela primeira vez teve

resultados líquidos positivos em 2012. Se o senhor José Mota nos mandato que cá esteve

tivesse tido sempre resultados positivos não existia 50 milhões de divida e isto é bom que

se entenda. Foi um excelente trabalho feito por este executivo ao fazer o ajustamento e que

neste momento a Câmara é auto sustentável. Este ano aconteceu um problema grave, que

foi a divida que apareceu de 4,2 milhões e que afinal a divida era supostamente de 40

milhões mas que já não é de 40 milhões, mas sim de 44,2 milhões. Disse que foi dito pelo

senhor Vice-Presidente e bem que as dificuldades são muitas não só para a Câmara, para as

Juntas, para as Empresas bem como para as pessoas. Disse ainda que há um facto muito

positivo, apesar das pessoas estarem no desemprego, que é a Câmara ter reduzido o

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ASSEMBLEIA MUNICIP AL DE ESPINHO

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número de funcionários de 700 para 560, ou seja há uma redução de despesas com pessoal

e hoje o valor com essas despesas representa um valor de 33% dos custos totais. Que isto

contribuiu também para que o resultado fosse positivo, lógico que o desemprego ninguém

o quer mas o facto é que isto aconteceu. Depois falou-se em execução orçamental, julga

que a receita do executivo para este ano foi na ordem dos 26 milhões julga ter sido antes à

volta de 40 milhões, ou seja havia muito mais receita para fazer despesa, agora não há tanta

porque este executivo apanhou com o PEC1, PEC2, PEC3 e as transferências da

Administração Central reduziram substancialmente. Não pode haver obra se não há

dinheiro. Outro facto muito importante que foi o aumento da taxa de IVA . A taxa de IVA

só na eletricidade passou de 6% para 23%. Desde novembro de 2011 aumentou 17% até

agora. Em final de 2011 aumentou 8% e este ano aumentou mais 5%, a receita está a

baixar mas os custos estão a aumentar. Quanto à questão da divida, segundo o relatório em

2009 foi contraído um empréstimo pelo anterior Presidente da Câmara, à semelhança do

que foi feito nas PPPs ou seja fazemos a divida mas só pagamos os juros passados uns

anos. Que lhe parece que foi contraído um empréstimo em 2009, pelo anterior Presidente,

teve um período de carência de um ou dois anos mas que a despesa veio daí para a frente,

isto é, foi este executivo que levou com essa despesa, o que agrava o valor da divida. Em

2010 pagaram-se horas extras de 2009 foi o valor é bastante elevado. Há ainda um

agravamento por parte da Mobijovem, cerca de 700 mil euros, e que parece que ainda

havia cerca de 600 mil euros de despesa por lançar. Ora se somarmos tudo isto o valor da

divida reduziu e não aumentou como dizem. Este executivo herdou dividas que não

estavam registadas mas que existiam. Disse ainda querer alertar esta Assembleia e todos os

espinhenses deviam perceber isto, este executivo com os parcos recursos que tem está a

fazer obra e obra de proximidade que lhe parece não onerar os espinhenses no futuro.

Sendo obras que de facto interessam aos espinhenses porque lhes são úteis. Para si o

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problema de Espinho é um problema de base, por ter alguns monumentos, que agora são

úteis e têm de ser rentabilizados como: o FACE, o Multimeios, a Biblioteca e a Nave

Desportiva. Têm custos fixos mensais e acumulados em doze meses é um problema, que

estão a pôr em causa esta Câmara a nível financeiro sendo importante que as pessoas

tenham noção disso. Tiveram uma herança muito pesada, mas que agora está a ser mudada.

Disse ainda que se esta Câmara continuar a ter resultados positivos como teve este ano, a

tendência é reduzir a divida. Uma coisa é a divida outra coisa é o deficit. Se o deficit for

positivo vai fazer com que a divida reduza se for o deficit for negativo vai fazer com que a

divida aumente. Estando aqui em representação da Junta de Freguesia de Silvalde, vai

votar favoravelmente e disse ter de dar um voto de louvor a esta Câmara porque há muitos

anos não se via uma Câmara a dar resultados positivos. ------------------------------------------

-----JOÃO PASSOS (PSD): Foi aqui dito que a crise não é apenas internacional e que

disse estar de acordo, ela é portuguesa e também espinhense. Disse ser sua convicção que o

primeiro passo para resolver um problema é primeiro reconhecer o problema. É também

sua convicção que este executivo reconheceu que tinha um problema, dando o primeiro

passo para o resolver. Foi ainda aqui dito e disse não achar politicamente honesto, que esta

Câmara tinha resultados piores que o mandato anterior, mandato do PS. Porque não se

pode comparar o incomparável, 2005 foi um ano de crescimento atingindo o expoente

máximo em 2007, este foi o ano na década em que Portugal mais cresceu, tendo começado

a cair exatamente em 2007, com o ano de 2012 que é tão só o segundo ano de crise

financeira em Portugal porque um ano antes tinha sido posto à porta da bancarrota. Que tal

se reflete em todos os setores, do Estado e da Atividade Económica. Técnicas Socialistas

para fundamentar aquilo que aqui foi argumentado, falar muito de previsões e esquecer os

resultados. Previsões são isso mesmo previsões, mas hoje estamos aqui a discutir a Conta,

ou seja os resultados e estes são positivos. Técnica Socialista para esconder o mal que fez

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durante dezasseis anos, falar das finanças da Câmara Municipal de Espinho como se não

tivesse deixado o município de Espinho falido em novembro de 2009. Técnica Socialista

dizer que não há obra de execução esquecendo que a que fizeram no mandato anterior a

este, toda a obra, não pagaram. Técnica Socialista dizer que em 2009 tinham 40 milhões de

divida, curioso porque ainda há pouco tempo um senhor num jornal dizia que não tinha

deixado divida nenhuma, afinal admite-se aqui que eram 40 milhões, mas esquece-se que

as auditorias apuraram mais 7,5 milhões de divida não contabilizada e pior que isso, divida

que não tinha qualquer suporte físico na contabilidade do município. Foi ainda dito que

outros quadros que poderiam ser feitos, mas o senhor vogal, pese embora o grande esforço

que fez, também não poderia fazer tudo e obviamente não fez esses quadros. A dúvida que

diz ter é se esses quadros não foram feitos porque iriam refletir a verdade, que os quadros

que foram apresentados não correspondem à realidade e que há de facto um resultado

positivo, pela primeira vez de há muitos anos neste município. Permita-me discordar de si

senhor representante da Junta de Freguesia de Silvalde, porque toda a gente percebeu que o

resultado foi positivo e tanto assim é que mesmo aqueles que não têm interesse em que se

saiba que o resultado é positivo, fizeram um tremendo esforço em tentar demonstrar o

contrário, mas que não foi bem sucedido. Para finalizar, quer dar os parabéns a todo o

executivo, é obvio que é um trabalho conjunto, mas especialmente ao senhor Vice-

Presidente, que é quem detém o pelouro, que encarando o problema deu o primeiro passo

para se inverter este sentido de endividamento este ano. Bem hajam.---------------------------

-----ANDRÉ LEVI (CDS-PP): Disse querer começar por lembrar que por ocasião da

apresentação do orçamento de 2012, o CDS ter dito que aquele não eram um bom

orçamento. Disse que quando uma bananeira dá bananas já não é mau e facto assim é. Se

uma bananeira desse peras era pior mas se desse maçãs era fantástico. De todo modo quer

dizer que este Relatório de Contas não traça uma boa paisagem, alguma coisa terá corrido

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mal, alguma coisa não está correta, sendo de facto clamoroso, mas enfim, quando uma

bananeira dá bananas já não é mau. Não subestimamos o contributo que disse ter sido

inigualável que o PS deu para as contas do município e que aliás continua a dar. A

apreciação que poderiam fazer já a fizeram, relembrando que falta fazer muito, falta fazer

aquilo que não precisa de dinheiro, por exemplo, disse compreender que não seja muita,

mas que falta fazer o que não precisa de dinheiro. Perguntemos ao António Costa como é

que ele faz reabilitação urbana, perguntemos ao Rui Rio como é que ele promove a cultura

na cidade do Porto, perguntemos aos autarcas do PCP no Alentejo como é que eles

promovem a planificação urbana. Disse que votarão favoravelmente este relatório de

Contas, e este balanço. Enfim não ficam contentes ao lê-lo, teríam feito um orçamento

diferente. Tem uma intima confiança de que um Relatório de Contas de uma Câmara CDS

seria diferente. Enfim, as coisas são o que são e estão à vista.------------------------------------

-----VITOR MONTEIRO (PS): Que agora vem a parte das atas. Vai explicar como é a

politica neste concelho através das atas. Que estas questões não são fáceis, que as pessoas

deviam debater era os números, mas o que se constata é que as pessoas chegam aqui e

empaleiam. Disse que por parte de alguns ficou triste, como é o caso do senhor António

José, que disse já conhecer há muitos anos. Que sendo alguém que percebe de contas,

disse saber muito bem ler estas contas e que sendo estes os principais quadros da gestão

municipal e que o senhor sabe e que isto é ruinoso. Se no caso fosse alguém que não

percebesse tinha desculpa, mas não é o caso. Como o Vice-Presidente diz, os vogais desta

Assembleia não percebem nada disto, se não percebe não sabe analisar, mas o senhor

António José percebe e sabe que o que aqui está é ruinoso, disse infelizmente. O desejável

é que a gestão desta Câmara fosse o melhor possível e que tal o deixaria contente se

verifcasse, como de outro partido que aqui estivesse. Que infelizmente ainda faz menos do

que a gestão de José Mota. Disse que ao ouvir falar o Vice-Presidente a dizer que estava

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tudo bem, mas depois da sua intervenção que o discurso do mesmo Vice-Presidente já

passou a ter crises, PECs, enfim uma quantidade de dificuldades enorme para se justificar

isto. Que os números que apresentou foram fornecidos pela Câmara ou seja os mesmos que

o Vice-Presidente tem. Que simplesmente utilizou os números que o PSD facultou e nada

mais. Quarenta milhões setecentos e quarenta e um mil, que devia e que agora a Câmara

deve quarenta e seis milhões setecentos e setenta e um euros, não auditados, mas os

fornecidos pelo PSD. Com mais 4 milhões esta Câmara PSD deve mais um milhão e

setecentos mil euros. Que na politica se deve ter cuidado com o que se diz reconhecendo

que é mais fácil estar na oposição do que estar no poder. Que os membros do PSD que hoje

estão no poder já estiveram na oposição e enquanto na oposição diziam outras coisas. Da

ata de sete de abril de dois mil seis, referente à prestação e Contas de dois mil e cinco,

primeira folha, os vereadores são: o atual presidente da Câmara, Joaquim José Pinto

Moreira, era vereador da oposição (PSD) e o senhor José Pinho (CDS-PP), que agora faz

parte desta Assembleia. “Os vereadores da Câmara do PSD votaram contra”, as Contas do

PS e disseram “Cumpre-lhes dizer assim que os documentos de prestação de contas

relativos a 2005 expressam a realidade de uma gestão municipal ineficiente, ineficaz e

incapaz de cumprir minimamente os objetivos previsionais que ela própria traçou, pelo que

não podem merecer aprovação, antes uma clara reprovação dos vereadores do PSD e do

CDS-PP” e, “A Conta de Gerência evidencia taxas de execução muito baixas quer do lado

das receitas de capital (51,4%)”, isto em 2005, em 2012 a vossa taxa de execução das

receitas de capital é de 15%, ou seja passou de 51% em 2005 para 15% em 2012, “quer do

lado das despesas de capital (56,37%)”, atualmente é 23%. Que “em termos de

comportamento orçamental é aqui, na capacidade de arrecadar receitas de investimento e

na sua consequente aplicação que deve julgar-se politicamente o exercício, negativo

certamente”, que “O endividamento municipal agrava-se em 5,6%,”, agora está 5,79%,

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ascendo ao montante de 37 milhões e agora é de 46 milhões de euros, “O plano plurianual

de investimentos revela uma taxa de execução de 49%”, agora é de 17%, e “o que é

deveras demonstrador da (in)capacidade de concretização dos objetivos desta gestão

municipal”, agora não cumprem nem metade. Esta Câmara não consegue alcançar metade

dos resultados operacionais que a Câmara socialista fez. No ano seguinte, voltam a dizer o

mesmo. Que se bateram estes anos todos pelos resultados Receitas de Capital /Despesas de

Capital; Receitas Correntes/Despesas Correntes, e que hoje aqui vos demonstrei, que vos

correu mal. Pensavam que era fácil quando estavam na oposição e que iriam ser capazes de

fazer muito, mas depois não foram e não são capazes de fazer aquilo que dizem pretender

fazer. Disse ser o primeiro a dar de barato a crise, o iva, mas também é o primeiro a dar de

barato que as pessoas deviam ser honestas politicamente e ser honesto politicamente é

reconhecer o fracasso. Quando se tem taxas de execução de 20% ou 30% é preciso

reconhecer, que não se conseguiu arrecadar as receitas que se pretendia, não se conseguiu

fazer as obras. As candidaturas estão com uma taxa de pagamento muito baixa, cerca de

10%. Que não conseguiram fazer metade daquilo que pretendiam e se estivesse no vosso

lugar o que faria era reconhecê-lo. Disse lamentar que as Contas da Câmara sejam estas e

até por ser o último ano de mandato. Sendo que as datas mais importantes para inaugurar

obras serão o 25 de abril e o dia da cidade (16 de junho). Já passamos o 25 de abril sem

qualquer inauguração, as obras estão atrasadas, as contas estão atrasadas, sinceramente não

esperava encontrar um Relatório de Contas tão mau, como este. --------------------------------

-----ANTÓNIO JOSÉ (JFS): Quanto ao que o vogal falou de resultados operacionais e no

que diz respeito ao mandato de José Mota terem sido melhores do que este executivo.

Possivelmente, porque disse não ter a certeza,mas os resultados operacionais são antes de

aplicar os impostos, mas do que lhe parece que a única vez que esta Câmara apresentou

resultados operacionais positivos foi esta Câmara. Que há dezenas de anos que não há

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resultados operacionais positivos. Fez questão de exemplificar: partindo de um crédito

bancário de 100 mil euros, fazendo um orçamento familiar anual em que tem uma previsão

de receitas de 20 mil euros e uma previsão de despesas de 20 mil euros. O seu objetivo no

orçamento familiar é que pelo menos as receitas cheguem para as despesas. Se no final do

ano conseguir gastar menos 5 mil, quer dizer que poupou. Se for inteligente pego nos 5 mil

e vai abater aos 100 mil que deve no banco, ficando com uma divida de 95 mil. Ou seja foi

o que a Câmara este ano fez. A poupança que foi conseguida este ano no resultado liquido

positivo vai-se fazer refletir na redução da divida. Quanto à questão da execução que o

vogal Vitor Monteiro fala, dá-lhe a entender que 99,9% das pessoas aqui presentes não

entenderam o que disse. Temos de ser mais práticos e objetivos, que a realidade da Câmara

é muito complicada sem dúvida. A divida atual não é superior à que herdaram. Pelas

contas que fez a divida diminuiu, 4,2 milhões (Terrenos Domingos Capela), mais a

Movijovem, mais uns 600 mil que não foram lançados. Disse que quando este executivo

tomou posse as dividas não estavam todas refletidas e deviam estar. Que estes 4,2 milhões

que a Câmara tem de assumir que foram negligencia, porque eram uns terrenos que a

Câmara assumiu que devia pagar e não os pagou. Que eram uns terrenos que não valiam

mais de 300 a 400 mil euros e agora a Câmara vai pagar 4,2 milhões. Disse estar revoltado

com esta situação enquanto contribuinte. E que esta divida devia estar refletida quando esta

Câmara entrou.-------------------------------------------------------------------------------------------

-----JOÃO PASSOS (PSD):- Protesto: Disse que fazia um protesto ao representante da

Junta de Freguesia de Silvalde, pela sua intervenção e por não ter trazido uns desenhos

para percebermos melhor as contas que ele aqui trouxe. ------------------------------------------

------ VITOR MONTEIRO (PS):- Protesto: Disse que o mal dos órgãos autárquicos é

terem demasiados advogados. O que ouviu agora da parte do vogal João Passos é

vergonhoso e que sabe que é perito em fazer isto. Que se esforçou, que trabalhou para

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apresentar os números desta Câmara e mostrar a sua gestão e o que o senhor fez foi

enxovalhar-me agora, com a sua lábia, essa arte com que o senhor ganha a vida. Veio aqui

trazendo o seu trabalho feito, mostrando os principais quadros da gestão municipal e disse

não estar a tempo inteiro. Disse respeitar toda a gente e lamentar que o vogal tenha tiradas

destas e disse já ter visto que essas tiradas o prejudicam não só na sua atividade politica

mas também que o devem prejudicar na sua vida pessoal. Disse ainda que agradecia que

não lhe volte a fazer isso. Que está aqui em trabalho por Espinho. ------------------------------

-----JOÃO PASSOS (PSD):- Protesto: Começou dizendo que vem de uma terra em que

só enfia a carapuça se ela lhe servir. Aquilo que disse aqui é que tinha pena que o senhor

representante da Junta de Freguesia de Silvalde não tivesse trazido também uns desenhos e

depois acrescentou, uns quadros, para que todos nós percebêssemos melhor aquilo que ele

explicou. Se o senhor se sente ofendido, e isso é como se diz na minha terra, diz-se, enfia a

carapuça a quem a serve. Disse agradecer no entanto todas as considerações que o senhor

fez a meu respeito e os conselhos que me deu e recordo que em momento algum disse que

o seu trabalho ilegítimo ou que não devesse ter feito. É o seu trabalho enquanto opositor, o

trabalho que o senhor entende fazer, mas essa, também me permitirá a mim fazer algumas

considerações. Como é obvio não é obrigado a concordar com a sua opinião e ainda mais

quando o senhor vogal disse que existem outros quadros mas que não os fez. O senhor

vogal não os fez porque eles refletem a verdade das contas, escondendo nas suas

intervenções o que é realmente importante. O resultado operacional desta Câmara pela

primeira vez e se calhar em todo o período democrático é positivo e isto os senhores não

conseguem apagar. Façam o que fizerem não conseguirão apagar. ------------------------------

-----VICE-PRESIDENTE: Dirigiu-se à Mesa e dizendo não querer fazer uma critica aos

trabalhos desta, mas que a condução dos trabalhos segundo pensa que está previsto, é uma

fase de esclarecimento e uma fase de intervenção e não duas fases de intervenção. Que

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estava preparado para responder às primeiras intervenções, e os vogais acabaram por fazer

duas intervenções, nomeadamente o senhor vogal Vitor Monteiro ao colocar questões no

período que não é das questões. Disse compreender que eram questões com alguma ironia,

no fundo era a sua declaração de intenção, mas não deixaram de ser questões e que vai

esclarecer. Quanto à questão da execução, disse já ter explicado que a divida de curto

prazo tem de ser orçamentada, as obras do QREN, desde 2010 e ainda com o governo do

PS num acordo com ANMP, obrigou a que todos os concursos e candidaturas

comunitárias têm que ter não uma dotação orçamental, mas mais que isso, os projetos

aprovados pela Câmara, o que obriga que a Câmara tenha uma dotação para aquilo que

estima vir a fazer e não apenas quilo que acha que pode fazer. Que aumentaram

substancialmente o orçamento com várias probabilidades de investimento que poderiam

surgir no âmbito de candidaturas comunitárias e só íamos executar caso essas candidaturas

viessem a ser aprovadas. Algumas felizmente vieram, mas se não as tivéssemos

orçamentado provavelmente teriam perdido essa possibilidade. O que foi feito, foi

adaptarem-se a um memorando de entendimento que tinha o objetivo de acelerar o QREN

e que tem um efeito inverso. Que a regulamentação sobre esse memorando de

entendimento demorou cerca de um ano a ser produzida. Disse que só começaram a sair

aprovações de candidaturas já na fase de entrada do novo governo. Isto é os municípios

para se candidatarem tinham que ter o programa de concurso aprovado em Câmara para

lançamento do concurso público. No caso de obra tem de ter projeto, projeto de

especialidade, aprovação desses projetos, aprovação de programa de concurso, caderno de

encargos, aprovado em Câmara e pronto a lançar em Diário da República – Concurso

Público. Se os passos não são dados no sentido de podermos concorrer teríamos ficado

fora. O que fizeram foi porem-se espertos e tomaram as diligências necessárias e desde

logo no orçamento de 2011, o que permitiu ao município sempre que abriu uma

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candidatura em qualquer área poder concorrer. Disse, e foi isso que fizemos e fizemos com

sucesso. As obras que estão em curso, quer os Centros Escolares, quer a Requalificação do

Litoral, usufruíram exatamente desta vantagem, vantagem essa que os diferenciou de

outros municípios e naturalmente saíram a ganhar. Que o orçamento foi executado para o

qual tínham dinheiro para executar. Só avançaram com as obras que tinham financiamento,

sendo esta a questão que distingue esta gestão da gestão do executivo anterior. Disse que o

trabalho que o senhor vogal Vitor Monteiro fez tem de o elogiar, porque muitas vezes

sabemos que se fazem intervenções sem fazerem o trabalho de casa e dentro daquilo que é

o seu entendimento ou a visão dos documentos o fez e apresentou. Disse contudo que ao

ter ignorado este argumento e o argumento da divida, centrando-se sobre tudo na taxa de

execução e que cometeu ainda outro erro, que é um erro que diz ser histórico do PS ,e não

só nas autarquias mas também no governo, que é confundir a taxa de execução com a

aquilo que o município gasta. Ou seja a taxa de execução na Prestação de Contas, é aquilo

que o município paga e não aquilo que o município gasta nem é aquilo que o município

faz. Considera-se executado nas Contas Públicas quando é pago. A divida vai ser paga com

o empréstimo do PAEL, vão pagar dividas de 2008 e 2009 e que vão aparecer 1,5 milhões

de execução da Biblioteca para pagamento à empresa Patrícios, e que provavelmente irão

dizer “vocês gastaram um milhão e meio na Biblioteca”. Nós responderemos que não

gastamos, mas nós pagamos, mas que foram vocês quem gastaram em 2008 e 2009. A

questão é nós gastamos e o que nós produzimos no na, sendo a questão importante vocês

aprenderem esses conceitos que vocês dizem ter uns nomes complicados. Resultados

operacionais é um conceito interessante e que vocês deveriam discuti-lo também. A taxa de

execução é aquilo que é pago e á aquilo que é recebido. Por exemplo uma das situações

que ocorreu no final de 2012, é que iniciaram empreitadas que são financiadas, que têm um

valor a pagar e têm um valor a receber, se me perguntarem se tenho algum problema com

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esta divida, digo não, não tenho, porque disse ter a receita para ela, aliás a grande fatia de

execução dessa divida ocorreu em janeiro, as obras iniciaram em setembro, os pedidos de

pagamento ocorreram em novembro e dezembro e estão a ser pagas desde janeiro,

fevereiro e março. Que no inicio do ano têm o registo da divida como também o registo

IEFDR que nos está a dever destas candidaturas comunitárias. Apesar do governo estar a

fazer algumas coisas que os prejudicam mas que neste aspeto eles estão a cumprir

rigorosamente com os pagamentos do QREN e que não tem havido atrasos para já. É

importante olhar para o montante da divida mas também é importante olhar para o

montante das faturas em atraso e as faturas estando dentro dos prazos, logo não são faturas

em atraso. Que a análise que fez, partindo desta premissa, disse que desde logo a análise do

vogal estar viciada, que foi recuar uns anos atrás. Concluiu que o município está muito

mal, especialmente quando fala da questão do endividamento. Disse-lhe ter dizer isto, Se

calhar quando lê as declarações de voto de PSD, ou as minhas quando as tinha aí desse

lado, ia alertando para o aumento sucessivo do endividamento, nessa altura, não porque

estivesse em execução o QREN, mas por outras razões, que já expliquei, a questão

fundamental é que nessa análise do endividamento o senhor conclui que nós estamos numa

situação difícil e eu tenho que concordar consigo. Uma coisa não conseguiu dizer mas que

lhe ficava bem dizer, é que tem sido este executivo, ainda por cima um executivo novo,

que chega de novo, que vem de fora da vida pública, que tem de aprender a lidar com

funcionários públicos, com a vida pública, tem que se adaptar a isso, encontra uma

Câmara, não por culpa dos funcionários mas por culpa da própria organização global, e de

certa forma por culpa das lideranças, as lideranças é que provocam as mudanças e não

houve essas mudanças. A organização diria, não estava oleada, era uma organização muito

fechada em si, não tinha muita elasticidade e portanto nós tivemos não só de corrigir o

processo das contas, mas tentar resolver o problema do endividamento, tentar resolver o

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problema do deficit, gerir o cash flow. Não há redução de divida sem superavits, se existir

um deficit significa que a divida aumentou. Era importante que o PS tivesse feito este

trabalho mais cedo, especialmente quando estava no governo e no poder e tivesse feito

essas correções, especialmente numa altura em que as condições quer de financiamento

para a autarquia quer as receitas o permitiam fazer com muito menor custo. É verdade que

os funcionários que foram embora foram reformados, eram contratados e reformados,

sobretudo reformados e que também se reformaram, funcionários nos mandatos anteriores.

Ficava bem ao senhor vogal, apesar de não estar a ver os dados pela perspetiva correta, isto

no seu entender, reconhecer que este executivo tem feito um esforço no sentido de

resolver. Disse que o vogal ao olhar para as contas e diz que são dados do PSD eu digo

que não, não são, são dados do PS. Não vamos por na Conta em 2012 valores diferentes do

que estava em 2009. Tivemos que registar valores em 2010 e agora em 2012, não os

podemos por em 20009, mas que é vossa Esta ultima intervenção do senhor vogal fez-lhe

lembrar a intervenção do António José Seguro quando disse que queria investir doze mil

milhões no crescimento económico, fazendo-lhe lembrar a ideia de que se se gastar muito

dinheiro isto vai crescer, sendo uma coisa do género, não tenho dinheiro para pagar a renda

da casa nem para comprar comida, mas se fizer um empréstimo ao banco e chegar ao

supermercado e tem lá ma caixa que diz “Emprego”, compre o seu emprego por doze mil

euros. Compro a caixa, compro o “Emprego” e está resolvido o problema e quando acabar

a caixa do “Emprego” estou outra vez no desemprego e com uma divida de mais doze mil

euros. Se eu quero ter um salário não posso ir ao supermercado comprar “Emprego”, eu

vou à procura de “Emprego”, vou produzir algo para poder melhorar o meu rendimento

mensal. Nas autarquias não é diferente, quando fazemos investimento certo, como está a

acontecer em Espinho, a taxa de desemprego parou de crescer. Os números que disse

utilizar são os fornecidos pelo Sindicato, e assumiu que esta Câmara travou o crescimento

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da taxa de desemprego em Espinho. Disse que resolveram as contas do município e ainda

souberam pôr o pouco que têm, no sítio em que ele pode gerar mais riqueza. Sem

capacidade de endividamento, sem financiamento bancário, conseguiram avançar com uma

das obras talvez mais estruturantes do Concelho que é a Valorização do Litoral e

conseguiram ter em curso a construção de 3 Centros Escolares, que vão substituir 9 escolas

que não têm condições para lecionar no Concelho de Espinho. Nesta conjuntura toda fazer

isto, deve no mínimo esta Câmara, ter uma palavra de reconhecimento por parte dos

senhores vogais desta Assembleia. Não podia deixar de dizer isto, quando depois de uma

apresentação de Contas deste tipo, querer se vender uma ideia que isto foi um desastre, não

fica bem e também não ficaria de bem consigo próprio se não fizesse o devido

esclarecimento. ------------------------------------------------------------------------------------------

-----De seguida o Presidente da Mesa em exercício disse que se passava à votação deste

ponto “Apreciar e Votar os Documentos de Prestação de Contas, referentes ao Ano de

2012”.-----------------------------------------------------------------------------------------------------

-----VOTAÇÃO-----------------------------------------------------------------------------------------

-----Este ponto foi aprovado por maioria com 14 votos a favor e 10 votos contra.-------------

-----A minuta de deliberação relativa ao ponto 2 da Ordem de Trabalhos foi aprovada por

unanimidade.---------------------------------------------------------------------------------------------

-----DECLARAÇÃO DE VOTO--------------------------------------------------------------------

-----LUÍS NETO (PS): “O Grupo Parlamentar do Partido Socialista na Assembleia

Municipal de Espinho votou contra a prestação de contas do município de Espinho pelas

seguintes razões: 1 - Queda acentuada do activo líquido dos bens de domínio público em

cerca de 20% nos últimos 5 anos; 2 - O Activo Líquido total caiu mais de 7 Milhões de

euros em 5 anos, mais de 5%; 3 - O total dos fundos próprios tiveram uma queda muito

acentuada em cerca de 0%, 22 Milhões de euros, sendo que actualmente se cifra em 64,47

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Milhões de euros; 4 - O passivo cresceu quase 30% em 5 anos e tem vindo a acentuar-se

desde 2010; 5 - Custos e perdas financeiras superior aos ganhos financeiros; 6 - O

endividamento total do município cresceu 20,5% nos últimos 5 anos, principalmente desde

2010; 7 - Taxa de utilização do limite de endividamento líquido em excesso, tal como 2010

e 2011; 8 - As taxas de execução das receitas e das despesas correntes foram sempre

bastante elevadas, sendo de referir que em 2010 e 2011 ficaram abaixo dos 70%,

contrastando com valores a rondar dos 90%, tal como neste relatório de contas; 9 - A taxa

de execução das receitas de capital bastante deficiente e a roçar o ridículo com 15,78%; 10

- A taxa de execução das despesas de capital de 23,61%; 11 - Estas taxas de execução são

as mais baixas de sempre na história dos relatórios de contas do município de Espinho; 12 -

A taxa de execução orçamental de 44,04%, sendo a cifra mais baixa de execução de um

orçamento municipal; 13 - A taxa média de execução orçamental deste mandato cifra-se

nos 51, 94% contrastando com a média do anterior mandato de 67,92%; 14 - A taxa de

execução do Plano Plurianual de Investimentos (PPI) de 17,88%; 15 - A taxa de execução

das Grandes Opções do Plano (GOP) de 24,53%; 16 - A taxa de execução média do PPI

neste mandato é de 16,20%, contrastando com os 39,23% do mandato anterior; 17 - A taxa

de execução média das GOP neste mandato é de 27,65%, contrastando com os 49,71% do

mandato anterior; 18 - As 11 alterações orçamentais efectuadas ao longo de 2012 tiveram

um impacto em mais de 4,4 Milhões de euros, o que no nosso entender revela a falta de

objectividade e transparência no orçamento anteriormente executado; 19 - Existência de

acordos de pagamento plurianuais com a LIPOR, SIMRIA e Águas de Douro e Paiva sem

o onhecimento desta Assembleia Municipal, assim como do montante total e do prazo de

pagamento acordado. Esta situação suscita uma obscuridade inaceitável; 20 - A introdução

da Lei dos Compromissos veio refrear a veia despesista que este executivo demonstrou,

com resultados operacionais negativos em mais de 15 Milhões de euros em apenas 2 anos;

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ASSEMBLEIA MUNICIP AL DE ESPINHO

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21 - Decréscimo de 79% nos apoios sociais; 22 - Aumento de 129% nas refeições

escolares; 23 - Aumento de 21,22% em assessorias; 24 - Decréscimo na promoção turística

em mais de 40%; 25 - Diferenças abismais nas transferências de capital para as instituições

sem fins lucrativos de carácter desportivo, recreio e de lazer em mais de 125% para baixo;

Nota: Recebimento da parte do Instituto de Turismo de Portugal (ITP), em 2011, de verbas

para efectuar investimentos em determinados equipamentos e que foram utilizados para

fins que não estavam consignados e que não constam nos relatórios de contas de 2011 e

2012”.-----------------------------------------------------------------------------------------------------

-----ALFREDO ROCHA (PJFG): “Votei contra a Conta de Gerência que foi apresentada

referente ao ano de 2012, não porque entende que há algo mal executado, mal elaborado ou

que algo contabilístico esteja errado, mas apenas porque em termos de execução, no caso

concreto da Freguesia de Guetim ela foi zero. Entendo que houve falta de equidade e

entendo que houve uma desconsideração em relação à Freguesia de Guetim.”-----------------

-----JOÃO PASSOS (PSD): “Votamos favoravelmente as Contas do Município, porque

votamos ou melhor, apreciamos e votamos as Contas do ano de 2012. Não estivemos a

apreciar as Contas nem de 2005, nem de 2006 e por aí fora, essas foram feitas no seu

devido tempo. Votamos ainda favoravelmente estas Contas e o ponto mais importante que

elas nos apresentam, porque pela primeira vez, talvez na história da Democracia

Portuguesa, o Município de Espinho apresenta um superavit, isto é pela primeira vez se

inverteu a tendência de endividamento gastando menos do que aquilo que se produz.”------

-----MANUEL DIAS (SJFP): “A Junta de Freguesia de Paramos votou favoravelmente

estas Contas, não obstante apesar de tudo reconhecer que também houve um decréscimo

nas transferências da Câmara Municipal para a Junta de Freguesia, mas entendemos que

elas tinham sido durante o ano de 2012 negociadas e acordadas e daí a nossa coerência.

Apesar da Junta de Freguesia de Paramos não ter sido eleita nas listas do PSD,

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reconhecemos que por coerência devíamos votar estas Contas e não fazer aquilo que

normalmente fazem os vogais eleitos do PSD na Assembleia de Freguesia de Paramos que

nunca aprovam as Contas, porque dizem que não são as Contas deles. As Contas da

Câmara também não são as Contas da Junta de Freguesia de Paramos, contudo com

conversas que vão existindo ao longo do ano vamos cumprindo no fundo com a nossa

obrigação e sendo coerentes votamos favoravelmente.”-------------------------------------------

-----Seguidamente e nos termos regimentais, o Presidente da Mesa em exercício abriu o

período para intervenção do público presente.-------------------------------------------------------

----- Não tendo havido qualquer intervenção, o Presidente da Mesa em exercício

deliberou encerrar a reunião.---------------------------------------------------------------------------

-----O Presidente da Mesa em exercício deu por encerrados os trabalhos e decidiu marcar

nova reunião para a próxima segunda-feira, dia seis de maio, às 21.30 horas, para

continuação dos trabalhos da Segunda Sessão Ordinária de dois mil e treze.-------------------

----- Para constar e devidos efeitos se lavrou a presente ata, que tem como suporte gravação

digital de tudo quanto ocorreu na respetiva reunião, nos termos do disposto no n.º 2 do

artigo 50º do Regimento, e vai ser assinada pelo Presidente da Assembleia e por mim, Rosa

Maria Tomás Ferreira de Sá, funcionária municipal, da Divisão de Gestão Administrativa e

Financeira, que a elaborei nos termos legais.--------------------------------------------------------

O Presidente da Mesa da Assembleia Municipal em exercicio,

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A Secretária da Assembleia Municipal,

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