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1 ------------------------- ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE LISBOA ---------------------- -------------------------------------- Mandato 2009-2013 --------------------------------------- --------------------------ATA NÚMERO SETENTA E TRÊS ----------------------------- -----SEGUNDA REUNIÃO DA DÉCIMA QUARTA SESSÃO ORDINÁRIA DA ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE LISBOA INICIADA NO DIA VINTE E SEIS DE JUNHO DE DOIS MIL E DOZE ------------------------------------------------------- -----Aos vinte e quatro dias do mês de julho de dois mil e doze, e em cumprimento de convocatória emanada nos termos do disposto na alínea f) do n.º 1 do artigo 20.º do seu Regimento, reuniu a Assembleia Municipal de Lisboa, na sua Sede, sita no Fórum Lisboa, na Avenida de Roma, em sessão ordinária, sob a presidência da sua Presidente efetiva, Excelentíssima Senhora Maria Simonetta Bianchi Aires de Carvalho Luz Afonso, coadjuvada pelo Excelentíssimo Senhor Nelson Pinto Antunes e pela Excelentíssima Senhora Deolinda Carvalho Machado, respectivamente Primeiro Secretário e Segunda Secretária. --------------------------------------------------------------- ------ Assinaram a “Lista de Presenças”, para além dos mencionados, os seguintes Deputados Municipais: ------------------------------------------------------------------------- ------ Alberto Francisco Bento, Aline Gallash Hall, Ana Bela Burt Magro Pires Marques, Ana Maria Gaspar Marques, André Nunes de Almeida Couto, António Manuel, António Manuel Dias Baptista, António Manuel de Freitas Arruda, António Maria Almeida Braga Pinheiro Torres, António Modesto Fernandes Navarro, António Paulo Duarte de Almeida, António Paulo Quadrado Afonso, Cláudia Alexandra de Sousa e Catarino Madeira, Diogo Feijó Leão Campos Rodrigues, Diogo Vasco Gonçalves Nunes de Bastos, Ermelinda Lopes da Rocha Brito, Fernando Manuel Pacheco Ribeiro Rosa, Fernando Pereira Duarte, Filipe Mário Lopes, Francisco Carlos de Jesus Vasconcelos Maia, Francisco David Carvalho da Silva Dias, Gonçalo Matos Correia Castro de Almeida Velho, Hugo Alberto Cordeiro Lobo, Hugo Filipe Xambre Bento Pereira, Inês Lopes Cavalheiro Ponce Dentinho de Albuquerque D’Orey, João Álvaro Bau, João Augusto Martins Taveira, João Diogo Santos Moura, João Manuel Costa de Magalhães Pereira, João Mário Amaral Mourato Grave, João Nuno de Vaissier Neves Ferro, João Paulo Mota da Costa Lopes, João Vaz Lima, Joaquim Emanuel da Silva Guerra de Sousa, Joaquim Lopes Ramos, Joaquim Maria Fernandes Marques, John Law Rosas da Costa Jones Baker, Jorge Telmo Cabral Saraiva Chaves de Matos, José Alberto Ferreira Franco, José António Nunes do Deserto Videira, José Filipe de Mendonça Athayde de Carvalhosa, José Joaquim Vieira Pires, José Manuel Rosa do Egipto, João Manuel Marques Casimiro, José Roque Alexandre, Luís Filipe da Silva Monteiro, Luís Filipe Graça Gonçalves, Manuel Luís de Sousa Silva Medeiros, Maria Albertina de Carvalho Simões Ferreira, Maria Alexandra Dias Figueira, Maria Cândida Rio Freitas Cavaleiro Madeira, Maria Clara Currito Gargalo Ferreira da Silva, Maria da Graça Rezende Pinto Ferreira, Maria de Lurdes de Jesus Pinheiro, Maria Elisa Madureira Carvalho, Maria Filomena Dias Moreira Lobo, Maria João Bernardino Correia, Maria José Pinheiro Cruz, Maria Teresa Cruz de Almeida, Maria Virginia Martins Laranjeiro Estorninho, Mariana Raquel Aguiar Mendes Teixeira, Nuno Roque, Patrocínia da Conceição Alves Rodrigues do Vale César,

ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE LISBOA ...1998-2013.am-lisboa.pt/fileadmin/ASSEMBLEIA_MUNICIPAL/AML/Actas/... · descobrindo-lhes uma vocação, estabelecendo regras de ocupação e uso,

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------------------------- ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE LISBOA ---------------------- -------------------------------------- Mandato 2009-2013 --------------------------------------- --------------------------ATA NÚMERO SETENTA E TRÊS ----------------------------- -----SEGUNDA REUNIÃO DA DÉCIMA QUARTA SESSÃO ORDINÁRIA DA ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE LISBOA INICIADA NO DIA VINTE E SEIS DE JUNHO DE DOIS MIL E DOZE ------------------------------------------------------- -----Aos vinte e quatro dias do mês de julho de dois mil e doze, e em cumprimento de convocatória emanada nos termos do disposto na alínea f) do n.º 1 do artigo 20.º do seu Regimento, reuniu a Assembleia Municipal de Lisboa, na sua Sede, sita no Fórum Lisboa, na Avenida de Roma, em sessão ordinária, sob a presidência da sua Presidente efetiva, Excelentíssima Senhora Maria Simonetta Bianchi Aires de Carvalho Luz Afonso, coadjuvada pelo Excelentíssimo Senhor Nelson Pinto Antunes e pela Excelentíssima Senhora Deolinda Carvalho Machado, respectivamente Primeiro Secretário e Segunda Secretária. --------------------------------------------------------------- ------ Assinaram a “Lista de Presenças”, para além dos mencionados, os seguintes Deputados Municipais: ------------------------------------------------------------------------- ------ Alberto Francisco Bento, Aline Gallash Hall, Ana Bela Burt Magro Pires Marques, Ana Maria Gaspar Marques, André Nunes de Almeida Couto, António Manuel, António Manuel Dias Baptista, António Manuel de Freitas Arruda, António Maria Almeida Braga Pinheiro Torres, António Modesto Fernandes Navarro, António Paulo Duarte de Almeida, António Paulo Quadrado Afonso, Cláudia Alexandra de Sousa e Catarino Madeira, Diogo Feijó Leão Campos Rodrigues, Diogo Vasco Gonçalves Nunes de Bastos, Ermelinda Lopes da Rocha Brito, Fernando Manuel Pacheco Ribeiro Rosa, Fernando Pereira Duarte, Filipe Mário Lopes, Francisco Carlos de Jesus Vasconcelos Maia, Francisco David Carvalho da Silva Dias, Gonçalo Matos Correia Castro de Almeida Velho, Hugo Alberto Cordeiro Lobo, Hugo Filipe Xambre Bento Pereira, Inês Lopes Cavalheiro Ponce Dentinho de Albuquerque D’Orey, João Álvaro Bau, João Augusto Martins Taveira, João Diogo Santos Moura, João Manuel Costa de Magalhães Pereira, João Mário Amaral Mourato Grave, João Nuno de Vaissier Neves Ferro, João Paulo Mota da Costa Lopes, João Vaz Lima, Joaquim Emanuel da Silva Guerra de Sousa, Joaquim Lopes Ramos, Joaquim Maria Fernandes Marques, John Law Rosas da Costa Jones Baker, Jorge Telmo Cabral Saraiva Chaves de Matos, José Alberto Ferreira Franco, José António Nunes do Deserto Videira, José Filipe de Mendonça Athayde de Carvalhosa, José Joaquim Vieira Pires, José Manuel Rosa do Egipto, João Manuel Marques Casimiro, José Roque Alexandre, Luís Filipe da Silva Monteiro, Luís Filipe Graça Gonçalves, Manuel Luís de Sousa Silva Medeiros, Maria Albertina de Carvalho Simões Ferreira, Maria Alexandra Dias Figueira, Maria Cândida Rio Freitas Cavaleiro Madeira, Maria Clara Currito Gargalo Ferreira da Silva, Maria da Graça Rezende Pinto Ferreira, Maria de Lurdes de Jesus Pinheiro, Maria Elisa Madureira Carvalho, Maria Filomena Dias Moreira Lobo, Maria João Bernardino Correia, Maria José Pinheiro Cruz, Maria Teresa Cruz de Almeida, Maria Virginia Martins Laranjeiro Estorninho, Mariana Raquel Aguiar Mendes Teixeira, Nuno Roque, Patrocínia da Conceição Alves Rodrigues do Vale César,

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Paulo Alexandre da Silva Quaresma, Pedro Miguel de Sousa Barrocas Martinho Cegonho, Pedro Miguel Ribeiro Duarte dos Reis, Rita Susana da Silva Guimarães Neves e Sá, Rogério da Silva e Sousa, Rosa Maria Carvalho da Silva, Rui Jorge Gama Cordeiro, Rui Manuel Pessanha da Silva, Valdemar António Fernandes de Abreu Salgado, Vasco André Lopes Alves Veiga Morgado, Maria do Rosário Severino Sobreiro Passos Roberto, João Maria Martins Baioneto, Mafalda Ascenção Cambeta, Ameetkumar Subhascahndra, Guilherme Bérrio, António José Gonçalves, Teresa do Santo Cristo Rodrigues Pereira, Maria Augusta da Conceição Barata Marques de Oliveira, Vitor Manuel Bruno Morais, Maria Margarida Matos Mota, Pedro Manuel Tenreiro Biscaia Pereira, Carla Sofia Lopes de Almeida, Manuel de Jesus Saraiva, Manuel dos Santos Ferreira, Renata Andreia Lajas Custódio, António José Gouveia Duarte, Ana Maria Lopes Páscoa Baptista, Rodolfo Frederico Beja Knapic e João Capelo. -------------------------------------------------------------------------------------------- ------ Faltaram à reunião os seguintes Deputados Municipais: ----------------------------- ------ Adolfo Miguel Baptista Mesquita Nunes, Ana Sofia Pedroso Lopes Antunes, António José do Amaral Ferreira de Lemos, António Manuel Pimenta Prôa, Armando Dias Estácio, Gonçalo Maria Pacheco da Câmara Pereira, Idália Maria Jorge Poucochinho Morgado Aparício, Paula Cristina Coelho Marques Barbosa Correia, Salvador Posser de Andrade, Vitor Manuel Alves Agostinho e Miguel Afonso da Silva Ribeiro Reis. ------------------------------------------------------------------------------- ------ Pediram suspensão do mandato, que foi apreciada e aceite pelo Plenário da Assembleia Municipal nos termos da Lei 169/99, de 18 de Setembro, com a redação dada pela Lei 5-A/2002, de 11 de Janeiro, os seguintes Deputados Municipais: --------- ------ José Albuquerque Almeida Leitão (Partido Socialista), por um dia, tendo sido substituído pela deputada Margarida Mota; --------------------------------------------------- ------ Ismael do Nascimento Fonseca (Partido Socialista), por um dia, tendo sido substituído pelo deputado Pedro Biscaia Pereira; -------------------------------------------- ------ Maria Luísa das Neves Vicente Mendes (Partido Socialista), por um dia, tendo sido substituída pela deputada Carla Almeida; ----------------------------------------------- ------ Miguel Alexandre Oliveira Teixeira (Partido Socialista), por um dia, tendo sido substituído pelo deputado Manuel Saraiva; --------------------------------------------------- ------ Maria do Céu Guerra Oliveira e Silva (Independente), por um dia, tendo sido substituída pela Deputada Renata Lajas; ------------------------------------------------------ ------ Rita Magrinho (Partido Comunista Português), por um dia, tendo sido substituída pela deputada Ana Páscoa; -------------------------------------------------------- ------ Carlos Carvalho (Partido Comunista Português), por um dia, não tendo sido substituído; ---------------------------------------------------------------------------------------- ------ Ricardo Robles (Bloco de Esquerda), por trinta dias, não tendo sido substituído; - ------ Jorge Nascimento Fernandes (Bloco de Esquerda), por noventa dias, não tendo sido substituído; ---------------------------------------------------------------------------------- ------ Isabel Faria (Bloco de Esquerda), por noventa dias; ---------------------------------- ------ Lídia Fernandes Bloco de Esquerda), por noventa dias, não tendo sido substituída; ----------------------------------------------------------------------------------------

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------ Foram justificadas as faltas e admitidas as substituições dos seguintes Deputados Municipais: -------------------------------------------------------------------------- ------ Carlos Lima (Partido Comunista Português), tendo sido substituído pelo deputado João Capelo; --------------------------------------------------------------------------- ------ Joana Mortágua (Bloco de Esquerda), tendo sido substituída pelo deputado Miguel Reis; -------------------------------------------------------------------------------------- ------ António Prôa (Partido Social Democrata), não tendo sido substituído; ------------- ------ Idália Aparício (Partido Socialista), Presidente da junta de freguesia de Santiago, não tendo sido substituída; ---------------------------------------------------------- ------ Adolfo Mesquita Nunes (Centro Democrático Social), não tendo sido substituído; ---------------------------------------------------------------------------------------- ------ António Ferreira de Lemos (Centro Democrático Social), não tendo sido substituído; ---------------------------------------------------------------------------------------- ------ Foram justificadas as faltas e admitidas as substituições dos seguintes Deputados Municipais, Presidentes de Junta de Freguesia: -------------------------------- ------ Ana Bravo de Campos (Partido Social Democrata), Presidente da junta de freguesia de S. Mamede, pelo deputado Paulo Manuel Bernardes Moreira; -------------- ------ Paulo Moreira (Partido Social Democrata), Presidente em exercício da junta de freguesia de S. Mamede, pelo deputado Rodolfo Frederico Knapic; ----------------------- ------ Isabel Lealde Faria (Partido Social Democrata), Presidente da junta de freguesia de Alcântara, pela deputada Maria do Rosário Passos Roberto; ---------------------------- ------ Filipe Pontes (Partido Social Democrata), Presidente da junta de freguesia da Sé, pelo deputado João Martins Baioneto; ---------------------------------------------------- ------ João Serra (Partido Social Democrata), Presidente da Junta de Freguesia de Santa Isabel, pela Deputada Mafalda Ascensão Cambeta; ---------------------------------- ------ Armando Estácio (Partido Social Democrata), Presidente da junta de freguesia de Alvalade, não tendo sido substituído; ------------------------------------------------------ ------ Fernando Braaamcamp (Partido Social Democrata), Presidente da junta de freguesia do Alto do Pina, pelo deputado Ameetkumar Subhascahndra; ------------------ ------ Idalina Flora (Partido Social Democrata), Presidente da Junta de Freguesia de Nossa Senhora de Fátima, pelo Deputado Guilherme Diaz Bérrio; ------------------------ ------ Rodrigo Nuno Elias Silva (Partido Social Democrata), Presidente da junta de freguesia de São Domingos de Benfica, pelo deputado António José Gonçalves;-------- ------ Inês Drummond (Partido Socialista), Presidente da junta de freguesia de Benfica, pela Deputada Teresa Rodrigues Pereira; ------------------------------------------- ------ Maria Irene dos Santos Lopes (Partido Socialista), Presidente da junta de freguesia de Santa Catarina, pela deputada Maria Augusta Marques de Oliveira;-------- ------ Belarmino Silva (Partido Socialista), Presidente da Junta de Freguesia de Marvila, pelo Deputado Vítor Manuel Bruno Morais; --------------------------------------- ------ José Maria Bento de Sousa (Partido Socialista), Presidente da junta de freguesia de S. João, pelo deputado Manuel dos Santos Ferreira; ------------------------------------- ------ Jorge Manuel Ferreira (Partido Comunista Português), Presidente da junta de freguesia da Madalena, pelo deputado António Gouveia Duarte; --------------------------

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------ Idália Aparício (Partido Socialista), Presidente da junta de freguesia de Santiago, não tendo sido substituída; ---------------------------------------------------------- ------ A Câmara esteve representada pelo Senhor Presidente e pela senhora Vereadora, Helena Roseta. ------------------------------------------------------------------------------------ -----Estiveram ainda presentes os Senhores Vereadores da oposição, Carlos Moura, Álvaro Carneiro e António Monteiro.---------------------------------------------------------- ------ Às quinze horas e vinte e cinco minutos, constatada a existência de quórum, a Senhora Presidente declarou aberta a reunião. --------------------------------------------- ------ Informou que por solicitação do Senhor Presidente, que na sequência de um imprevisto iria chegar mais tarde àquela sessão, a informação escrita iria ser apreciada em último. Prosseguiu, dizendo que iriam começar pela votação de três votos de pesar e por aquilo que tinham deixado pendente na sessão anterior, designadamente, a votação do Plano Diretor Municipal, da Proposta nº 530/2011, e a Proposta nº455/2012, com alterações à Proposta nº 530/2011, que tinha ido à Câmara, onde tinham introduzido as sugestões dadas pelas comissões e pelos senhores deputados, voltando àquela Assembleia para ser votada juntamente com a Proposta nº 530/2011. Acrescentou que teriam ainda a Proposta 734/2011 e a Proposta nº 362/2012. ----------- ------ A Senhora Deputada Municipal Inês Ponce Dentinho (Partido Social Democrata) enquadrou aquele voto de pesar na arquitetura paisagística. Sublinhou a feliz coincidência de se encontrarem naquela sessão para votarem e analisarem o Plano Diretor Municipal e, simultaneamente, votarem um tributo à vida de um dos homens que mais tinha contribuído em Portugal para a introdução das preocupações do ordenamento na agenda pública. ------------------------------------------------------------ ------ Destacou o carácter pioneiro do percurso profissional do Arquiteto António Viana Barreto na área da arquitetura paisagística do nosso país. --------------------------- ------ Historiou que naqueles últimos sessenta anos, no cenário e na vida quotidiana daqueles dias, existia um grupo de pessoas que tinham tido a arte de ordenar o espaço exterior em relação ao homem; pessoas que tinham estudado a aptidão dos sítios, descobrindo-lhes uma vocação, estabelecendo regras de ocupação e uso, cumprindo a natureza através da ação humana; que serviam as pessoas e os lugares, os lugares através das pessoas; que tinham projetado as linhas através do espaço verde, conseguindo o impossível, unindo a estética e função, teoria e prática, ideal e terreno, dever e direito, num desenho considerado desígnio; que tinham desenvolvido planos de paisagem, tendo, por vezes, assistido à sua destruição, desvirtuamento ou até mesmo, arquivamento; pessoas que não desistiam, profissionais utópicos e pragmáticos, inconformistas. Esclareceu que se referia ao grupo dos primeiros arquitetos paisagistas que tinham feito intervenções em Portugal, um grupo que começava, aos poucos, a desaparecer. --------------------------------------------------------- ------ Elucidou que aquela equipa tinha nascido pela mão do Professor Caldeira Cabral, que tinha trazido para Portugal o curso de Arquitetura Paisagística agregado ao Instituto Superior de Agronomia, tornando Portugal num dos primeiros países a estudar a matéria. ---------------------------------------------------------------------------------

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------ Aprofundou que o Professor Caldeira Cabral tinha tido uma geração de discípulos exigente e qualificada, que tinha transformado e influenciado, determinante e lentamente a agenda da administração pública, dos políticos e dos partidos. ----------- ------ Transmitiu que tinha sido a partir de mil novecentos e cinquenta e três que a ação de António Barreto, na Direção Geral dos Serviços de Urbanização, tinha contribuído de forma decisiva para a importância da arquitetura paisagística nos empreendimentos públicos e privados, e na preservação do património natural. --------- ------ Referiu que a entrevista dada à RTP, nos finais dos anos sessenta, por Gonçalo Ribeiro Teles sobre as cheias de Loures, que tinham tirado a vida a quinhentas pessoas e desalojado milhares de outras, havia trazido o assunto a público. Destacou que no entanto há muito que aqueles pioneiros do paisagismo em Portugal trabalhavam no intuito de prevenir a catástrofe, numa atitude percursora e visionária. Que tinham previsto que a desorganização do nosso território seria criminosa. ---------- ------ Partilhou que António Barreto estudara com outros paisagistas um plano revolucionário do ordenamento paisagístico do Algarve, que, como se podia constatar, nunca se havia cumprido. ----------------------------------------------------------------------- ------ Prolongou que, em mil novecentos e setenta e quatro, os caminhos de defesa do ambiente, e os conceitos da sustentabilidade do ordenamento e da ecologia, tinham dado novos passos públicos através do programa político do Partido Popular Monárquico. -------------------------------------------------------------------------------------- ------ Alargou que, também naquela altura, “Os Verdes”, do Partido Comunista Português, se tinham organizado e, por contágio, todos os programas eleitorais, se não governativos, acabariam por considerar as questões daquilo a que aquele grupo de paisagistas apelidava de vocação dos sítios. -------------------------------------------------- ------ Relembrou que ficávamos a dever aos primeiros discípulos de Caldeira Cabral o conjunto fundamental de Leis de proteção da paisagem de Portugal, pois haviam percorrido um caminho longo, resistindo a juízos trocistas e provocando juízos mais sérios. ---------------------------------------------------------------------------------------------- ------ Desejou que o tributo prestado naquele dia à vida de António Barreto fosse uma fonte de inspiração para a discussão que a seguir iriam ter, referente ao Plano Diretor Municipal. ----------------------------------------------------------------------------------------- ------ Segue-se a leitura e votação do Voto de Pesar nº1, subscrito pela Senhora Deputada Municipal Inês Ponce Dentinho do Partido Social Democrata, e por todas as forças políticas representadas naquela Assembleia. ------------------------------------------ ------ Voto de Pesar por António Viana Barreto. ------------------------------------------ ------ “António Luís Facco Viana Barreto nasce em Lisboa em 1924. Ingressa no Instituto Superior de Agronomia onde se forma em silvicultura. Adere ao primeiro grupo de alunos de Francisco Caldeira Cabral que, nesse tempo, tinha trazido o curso de Arquitetura Paisagística, de Berlim para Lisboa. Fará, assim, parte da geração pioneira do ordenamento em Portugal baseada numa sólida base científica, numa cultura abrangente e na ecologia. ----------------------------------------------------- ------ Seu Pai, Álvaro Salvação Barreto, era então Presidente da Câmara Municipal de Lisboa pelo que, ao contrário dos outros paisagistas da 1ª geração, António

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Barreto não integrou os quadros da Câmara onde a actividade dos arquitetos paisagistas teve grande impacto nas décadas de 50 e 60, nos espaços públicos, no urbanismo e na gestão dos espaços verdes. -------------------------------------------------- ------ O seu percurso profissional, ao longo de seis décadas, é multifacetado: revela-se do jardim privado ao ordenamento do território, do parque público à implantação de vias rodoviárias. António Viana Barreto deu aulas no Instituto Superior de Agronomia e na Universidade de Évora. Em 1953 ingressa na Direção Geral dos Serviços de Urbanização tornando-se no 1º paisagista a entrar para o Estado. Pôde assim lançar as bases teóricas da arquitetura paisagística nos projetos oficiais. Enquanto responsável pelo Ordenamento, criou o primeiro departamento público de arquitetura paisagística – o Serviço da Paisagem e, em 1960, integra a comissão que irá estabelecer as normas adequadas à proteção do nosso País, dos seus valores paisagísticos, com o objetivo de promover a legislação especial que eficientemente garanta a sua defesa. Um documento que iria estabelecer as chamadas Zonas Sensíveis, percursoras da atual Rede Nacional de Áreas Protegidas assim como a Reservas Agrícola e Ecológica. --------------------------------------------------------------- ------ Um marco histórico seria alcançado em 1969 com a elaboração do Plano de Ordenamento Paisagístico do Algarve – em conjunto com outros paisagistas. Os conceitos e métodos então usados foram considerados pelos especialistas como uma novidade absoluta não só em Portugal como no mundo. Este Plano, apresentado à Direcção-Geral de Serviços de Urbanização em 1972, nunca viria, no entanto, a ser concretizado. Naquela época, sem informática, Barreto construía tabelas, com sistemas de várias entradas para cada índice valorado. Discreto, este homem gostava de trabalhar com os seus colegas paisagistas e com equipas pluridisciplinares que concorriam para o conhecimento integrado do território a manter, ordenando. É deste pensamento que surge a 1ª legislação portuguesa de ordenamento. ------------------------------------------------------------------------------------ ------ Viana Barreto destaca-se ainda pela elaboração de mais de 400 projetos realizados no seu atelier, junto à Duque de Loulé. Só em Lisboa, juntamente com outros paisagistas, desenhou o jardim da Gulbenkian – que recebeu o Prémio Valmor – os jardins da Torre de Belém, da Biblioteca Nacional ou os terraços ajardinados Ritz. Igualmente importante foi a sua intervenção na extensa área verde da Quinta das Conchas e dos Lilases. Outros exemplos podiam ser dados, em todo o País, como o do Parque de Viseu, o Parque do Bonfim, o enquadramento do Castelo de Guimarães e do Mosteiro da Batalha, o resort de Vila Lara ou a quinta da Penha Longa. --------------------------------------------------------------------------------- ------ Em 2009 foi distinguido com o Prémio Quercus tendo recebido também, no passado mês de Março, o Prémio Personalidade da Arquitetura Paisagística 2012, da Associação Portuguesa de Arquitetos Paisagistas. -------------------------------------- ------ António Barreto era um português acima da média por muitas razões pessoais, que não cabe aqui mencionar. Em termos paisagísticos, foi um homem que abriu os caminhos que percorremos no nosso tempo e, também por isso, merece ser homenageado. -------------------------------------------------------------------------------

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------ Proponho que a Assembleia Municipal de Lisboa: --------------------------------- ------ 1.Apresente sentidas condolências à Família ---------------------------------------- ------ 2.E sugira à Câmara Municipal de Lisboa que atribua o nome de um parque ou jardim de Lisboa a António Viana Barreto.” --------------------------------------------------- ------ VOTAÇÃO – O Voto de Pesar por António Viana Barreto foi aprovado por unanimidade. ------------------------------------------------------------------------------------ ------ Segue-se a leitura e votação do Voto de Pesar por Helena Tâmega Cidade Moura, subscrito pelo Senhor Deputado Municipal António Modesto Navarro e por todas as forças políticas presentes naquela Assembleia Municipal. ------------------------ ------ Voto de Pesar por Helena Tâmega Cidade Moura.------------------------------------- ------- “Helena Tâmega Cidade Moura morreu na passada sexta-feira, dia 20 de Julho, em Lisboa, aos 88 anos, depois de uma vida dedicada à luta pela liberdade e democracia e contra o analfabetismo. -------------------------------------------------------- ------ Helena Cidade Moura foi responsável pela maior campanha de alfabetização organizada no pós-25 de Abril. Acompanhou mais de 400 cursos de alfabetização e foi deputada à Assembleia da República na I, II e III legislaturas. ---------------------- ------ Foi dirigente do Movimento Democrático Português - Comissão Democrática Eleitoral (MDP/CDE), uma das mais importantes organizações políticas da oposição democrática ao regime do Estado Novo e que depois do 25 de Abril se constituiu como partido político. -------------------------------------------------------------- ------ Publicou várias obras, entre as quais o “Manual de Alfabetização”, em 1979, e dedicou-se ao estudo da obra de Eça de Queirós. ----------------------------------------- ------ Helena Cidade Moura empenhou-se ativamente no grupo dos "católicos progressistas" e foi presidente do Centro Nacional de Cultura em 1961. -------------- ------ O Grupo Municipal do PCP propõe que a Assembleia Municipal de Lisboa, na sua Sessão de 24 de Julho de 2012, delibere: ------------------------------------------ ------ 1. Manifestar o seu profundo pesar pelo falecimento de Helena Cidade Moura, Mulher de Abril, guardando um minuto de silêncio em sua memória; ------ ------ 2. Remeter o presente voto de pesar à família de Helena Cidade Moura. -------- ------ 3. Atribuir o nome de Helena Cidade Moura a uma Escola Municipal da cidade de Lisboa.“------------------------------------------------------------------------------------------- ------ VOTAÇÃO – o Voto de Pesar por Helena Cidade Moura foi aprovada por unanimidade. ------------------------------------------------------------------------------------ ------ Segue-se a leitura e votação do Voto de Pesar por Pedro Manuel Ramos de Almeida, subscrito pelo Senhor Deputado Municipal António Modesto Navarro e por todas as forças políticas presentes naquela Assembleia Municipal. ------------------------ ------ Voto de Pesar por Pedro Manuel Ramos de Almeida. ---------------------------- ------ “Faleceu no passado dia 22 de Julho, em Lisboa, Pedro Manuel Ramos de Almeida, escritor, professor e lutador antifascista. ----------------------------------------- ------ Nascido em 1932, licenciado em Direito, foi membro do Movimento de Unidade Democrática Juvenil (MUD Juvenil) desde os 18 anos. Foi preso em 1954, torturado e sujeito à tortura do sono, e condenado a quatro anos de prisão. O longo julgamento dos 55 membros da Comissão Central do MUDJuvenil, entre os quais o

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futuro presidente de Angola Agostinho Neto, envolveu dezenas de advogados e decorreu no Tribunal Plenário do Porto entre 1955 e 1957. ------------------------------ ------ Enquanto estudante de Direito foi um dos líderes da luta dos estudantes das três Academias (Lisboa, Porto e Coimbra), em 1960, contra o célebre Decreto-Lei n.º 40900, aprovado pelo Governo em 1956, que visava controlar a atividade das associações de estudantes. Na iminência de nova prisão foi para Paris, como quadro clandestino do Partido Comunista Português. ------------------------------------- ------ Em 1962, como dirigente do PCP esteve em Praga onde representou o partido junto de revistas internacionais dos Partidos Comunistas. -------------------------------- ------ A partir de 1964, viveu cinco anos em Argel, onde, como membro do Comité Central do PCP, tinha assento na Junta Revolucionária Portuguesa, órgão dirigente da Frente Patriótica de Libertação Nacional. Foi responsável pela rádio Voz da Liberdade, que emitia para Lisboa através de Argel. Foi um dos 8 presos políticos que se evadiram da prisão de Caxias em 1961. ----------------------------------- ------ Entre 1969 e 1971 esteve na clandestinidade em Portugal, onde foi responsável pelo sector intelectual da Organização Regional de Lisboa do PCP. Regressou a Portugal, nos finais de 1971 e à data do 25 de Abril de 1974 era um destacado dirigente do MDP/CDE.------------------------------------------------------------ ------ Além de inúmeros artigos para rádio, jornais e revistas, escreveu os seguintes livros: ---------------------------------------------------------------------------------------------- Salazar, Biografia da Ditadura; O Assassínio do General Humberto Delgado. A Armadilha; Portugal e a Escravatura em África. Cronologia dos Séc. XVI-XVIII; História do Colonialismo Português em África. Cronologia do Séc. XIX; A Questão do Vietname; O Processo do Salazarismo (Relatório sobre Portugal); Dicionário Político de Mário Soares; e País da Só Mudança (poesia). Atualmente dedicava-se à escrita e preparava um livro sobre o MUD Juvenil. ---------------------------------------- ------ O Grupo Municipal do PCP propõe que a Assembleia Municipal de Lisboa, na sua Sessão de 24 de Julho de 2012, delibere: ------------------------------------------ ------ 1. Manifestar o seu profundo pesar pelo falecimento de Pedro Ramos de Almeida, histórico combatente, lutador antifascista, antigo dirigente do Partido Comunista Português, guardando um minuto de silêncio em sua memória; ---------- ------ 2. Remeter o presente voto de pesar à família de Pedro Ramos de Almeida.” ---- ------- VOTAÇÃO – O Voto de Pesar por Pedro Ramos de Almeida foi aprovado por unanimidade. ------------------------------------------------------------------------------------ ------ Seguidamente a Assembleia guardou um minuto de silêncio em homenagem àquelas três personalidades da cultura portuguesa. ------------------------------------------- ------ O Senhor Deputado Municipal Modesto Navarro (Partido Comunista Português), numa interpelação à mesa, lamentou o facto de se ter aberto um precedente, permitindo à Senhora Deputada Municipal Inês Dentinho enquadrar o voto por si subscrito, não tendo, a mesa, tido a mesma cortesia para com o Partido Comunista Português.----------------------------------------------------------------------------

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------ Disse que julgava ser do interesse de todos que a apresentação dos Votos de Pesar continuasse a decorrer como até àquele dia, com a leitura dos votos de pesar a ser feita pela mesa. ------------------------------------------------------------------------------- ---------------------------------- ORDEM DO DIA -------------------------------------------- ------ O Senhor Vereador Manuel Salgado disse que iria falar, de forma sintética, daquilo que tinha sido alterado na Proposta 530/2011. -------------------------------------- ------ Introduziu que o plenário da Assembleia Municipal tinha reunido no dia dezanove de junho para debater o projeto de revisão do Plano Diretor Municipal, e que o debate se tinha centrado nos relatórios das Comissões Municipais de Acompanhamento do Plano Diretor Municipal e Permanente do Urbanismo. Acrescentou que os senhores deputados tinham reproduzido os argumentos de crítica e concordância com a Proposta de Revisão do Plano Diretor Municipal constantes nos referidos pareceres.------------------------------------------------------------------------------- ------ Rememorou que o debate tinha englobado os projetos de regulamentos complementares que faziam parte do todo que fazia parte da estratégia territorial e normativa urbanística, que se propunha que viesse a vigorar, nos dez anos seguintes, na cidade de Lisboa. ----------------------------------------------------------------------------- ------ Adiantou que tinha tido a oportunidade, no decorrer do processo, de esclarecer várias das questões suscitadas naquele plenário e nas reuniões das comissões de acompanhamento do Plano Diretor Municipal, Urbanismo e Finanças, nomeadamente, questões processuais e de metodologia, como a constituição da comissão de acompanhamento e articulação do Plano Diretor Municipal com os Planos de Urbanização e Planos de Pormenor, entretanto elaborados e aprovados por aquela Assembleia; questões de conceito, como a superfície de pavimento e o porquê da opção da média das alturas ao invés da moda da cércea; os instrumentos para fomentar a reabilitação urbana, na qual os créditos de construção constituíam uma parte das ferramentas, mas não a mais importante; a coincidência entre o conceito de reabilitação Low Cost e a conservação periódica de imóveis que era, positivamente, discriminada no sistema de incentivos; a questão do impacto do multifuncionalismo no equilíbrio das redes de equipamentos e as limitações impostas às mudanças de uso nos bairros históricos e na cidade consolidada; a questão do comércio local e das grandes superfícies, que englobavam também as Mega Stores. ---------------------------- ------ Reconheceu que, apesar das respostas, tinham ficado em aberto algumas preocupações. Entendeu, aquele executivo, que as questões deveriam de ser respondidas, e propôs àquele plenário o adiamento da votação com o intuito de pesquisarem novas normas que dissipassem as preocupações manifestadas pelos senhores deputados. ------------------------------------------------------------------------------ ------ Informou que tinham concluído que o mais correto seria em primeiro lugar manter o Regulamento do Plano Diretor Municipal tal como tinha sido apresentado, condicionando a entrada em vigor do art.º que enquadra os créditos de construção à aprovação do regulamento de incentivos por aquela Assembleia, e em segundo, integrar no texto de revisão do REMUEL e do Regulamento de incentivos novas

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normas que respondessem às recomendações dos senhores deputados, suscitadas naquele debate. ----------------------------------------------------------------------------------- ------ Participou que naquele sentido tinha sido aprovada em Reunião de Câmara, realizada no dia dezoito de julho, a Proposta nº 455/2012, com a nova redação do art.º 93 do Regulamento do Plano Diretor Municipal e com a correção de “uma gralha” de remissão no art.º 84. Disse que também tinha sido aprovada a Proposta nº 353/2012 que propunha alterações ao REMUEL, bem como a Proposta nº 456/2012 que propunha alterações ao regulamento dos incentivos, ambas sujeitas a consulta pública. ------ Referiu que o REMUEL passaria a integrar no seu articulado no nº 4 art.º 13º, que a Câmara poderia fixar, com base no resultado do estudo hidrogeológico, o número máximo de caves em áreas de vulnerabilidade de inundação; que o art.º 13º nº 6 estabelecia que os Planos de Urbanização, os Planos de Pormenor e as unidades de execução deviam verificar a necessidade de sujeitar as operações urbanísticas à observância de uma permeabilidade superior à resultante da aplicação dos parâmetros da formula de superfície vegetal ponderada, e, quando tal se justificasse, identificar os logradouros verdes permeáveis a preservar; o nº 8 do art.º 13º estabelecia o regime transitório de vistoria patrimonial sujeitando bens patrimoniais que se pretendessem incluir na Carta do Património Edificado e Paisagístico, constantes de uma nova listagem, o anexo IV, resultantes das propostas entretanto apresentadas pelas juntas de freguesia; o nº 8 do art.º 68º estabelecia que as alterações em lojas de referência históricas ficavam condicionadas à salvaguarda das fachadas e dos interiores, incluindo o mobiliário, pelo que o respetivo processo deveria de ser instruído pelo levantamento fotográfico integral dos elementos arquitetónicos e decorativos, assim como do mobiliário pré-existente; que o art.º 17º passava a determinar que no caso da delimitação de unidades de execução, em áreas não abrangidas pelo Plano de Pormenor, a Câmara promoveria, antes da aprovação da delimitação da unidade de execução, um período de consulta pública, enviando uma informação escrita àquela Assembleia com o conteúdo da Proposta. Clarificou que assim a Assembleia Municipal não só teria conhecimento prévio das intenções da Autarquia, como também poderia condicionar a sua aprovação ------------------------------------------------ ------ Relativamente ao Regulamento de incentivos, comunicou que tinha introduzido a possibilidade de o Município adquirir prédios destinados a espaços verdes de uso público, por permuta e avaliando o terreno nos termos do nº 8 e nº 9 do art.º 50 do Regulamento do Plano Diretor Municipal; que se tinha contemplado no art.º 7º a possibilidade de se poderem caçar os títulos, com fundamento nos motivos que permitiam o indeferimento da respetiva emissão. -------------------------------------------- ------ Considerou que tinham ficado dissipadas, com aquelas alterações ao REMUEL e ao Regulamento de incentivos, as preocupações manifestadas pelos senhores deputados. Salvaguardou que caso a Assembleia entendesse que se justificava complementar o Plano Diretor Municipal, densificando-o ou alterando algumas normas daqueles regulamentos, poder-se-ia aproveitar o período de consulta pública a que aqueles dois regulamentos se encontravam submetidos.--------------------------------

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------ Entendeu que o projeto de revisão do Plano Diretor Municipal poderia ser votado, condicionando-se apenas no art.º 93º a entrada em vigor do art.º 44º e das normas para que aquele art.º se remete, os quais entrariam em vigor no dia seguinte ao da publicação do Regulamento Municipal que aprovava o sistema de incentivos. ------- ------ Recordou que o Regulamento de Taxas também deveria de ser votado, proposta 734/2011. ------------------------------------------------------------------------------------------ ------ Referiu que a caminhada de revisão do Plano Diretor Municipal de mil novecentos e noventa e quatro tinha começado no mandato de João Soares, que tinha sido impulsionada nos mandatos de Santana Lopes e Carmona Rodrigues e desejou que terminasse em breve, pois Lisboa necessitava, urgentemente, de novas regras urbanísticas, de estar melhor preparada por forma a poder responder aos bloqueios em que se encontrava, necessitava de atrair mais investimento à cidade dinamizando, simultaneamente, a sua economia. ------------------------------------------------------------- ------ Sublinhou que a elaboração do Plano Diretor Municipal tinha sido uma procura de consenso, que se tinha tratado de construir um instrumento que iria ser, nos dez anos de vigência seguintes, a magna carta do urbanismo da cidade, utilizada por diferentes executivos. Salientou que o futuro era de incertezas, sendo por isso necessário um plano estratégico, com uma perspetiva que enquadrasse e orientasse as transformações que se iriam verificar na cidade. --------------------------------------------- ------ Frisou que com a revisão do Plano Diretor Municipal tinham procurado expurgar tudo aquilo que pudesse ser transferido para regulamentos complementares, nomeadamente, as taxas urbanísticas, urbanização e edificação e os incentivos. Explicou que enquanto os regulamentos podiam ser ajustados a qualquer momento e alterados por decisão exclusiva dos órgãos municipais, a alteração do Plano Diretor Municipal implicava um longo e pesado trabalho, envolvendo a tutela da Administração Central. ------------------------------------------------------------------------- ------ Considerou que aquela era a decisão certa.--------------------------------------------- ------ Distinguiu e louvou a competência e dedicação de todos os técnicos municipais envolvidos na elaboração daquele Plano desde dois mil e um. Destacou a equipa de coordenação que, desde dois mil e oito, tinha concebido e ultimado a versão final do Plano e dos Regulamentos. Destacou também os Vereadores do Executivo pelo seu forte contributo para o Plano, pois não existe urbanismo sem habitação nem mobilidade; a Matriz do território encontrava-se plasmada no Plano Verde; que a sustentabilidade da cidade se orientava pela estratégia energético ambiental; e que era na cultura e na economia que se fomentava a regeneração da cidade como atestava o que se estava a passar na Mouraria. ------------------------------------------------------------ ------ Referiu a importância que tinham tido, na melhoria da proposta final, as críticas e sugestões dos senhores Vereadores, e dos técnicos dos seus gabinetes, incluindo os que tinham votado contra, como os do Partido Comunista Português e os do Centro Democrático Social.------------------------------------------------------------------------------ ------ Relevou a colaboração dos Vereadores do Partido Social Democrata, que tinham apresentado um vasto conjunto de sugestões, plasmadas na solução final,

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nomeadamente, a reabilitação urbana e salvaguarda do património, a resiliência e a sustentabilidade ambiental da cidade. ---------------------------------------------------------- ------ Afirmou que tinham participado com muito gosto em variadíssimas reuniões com as Comissões da Assembleia Municipal, considerando pertinentes as críticas formuladas, tendo por isso sido acolhidas na última versão dos documentos aprovados em Câmara, enriquecendo e melhorando Plano Diretor Municipal. ------ Evidenciou as contribuições dos deputados municipais do Partido Social Democrata, que tinham apresentado propostas concretas para a melhoria dos documentos, que acabaram por ser introduzidas nas alterações feitas ao REMUEL e ao Regulamento dos incentivos. ---------------------------------------------------------------- ------ Focou a sua atenção no deputado Magalhães Pereira, com o qual tinha tido, ao longo daqueles cinco anos, acesas polémicas sobre os mais variadíssimos temas, quase sempre com opiniões divergentes, mas unidos por um denominador comum, o amor por Lisboa. --------------------------------------------------------------------------------- ------ Realçou que Lei tinha vindo a reforçar a autonomia municipal, e que era aquela a “pedra toque” daquele Plano Diretor Municipal, que definiu como sendo um Plano estratégico e enquadrador, com instrumentos de execução que dependiam apenas da competência que Lei atribuíra ao Município. ------------------------------------------------ ------ O Senhor Deputado Municipal Magalhães Pereira (Partido Social Democrata) disse que se encontravam pela enésima vez naquela Assembleia a discutir a proposta de revisão do Plano de Diretor Municipal, naquela fase, sobe a máscara da Proposta nº 445/2012, que era uma alteração, ao projeto de alteração, da proposta de revisão do Plano Diretor Municipal. --------------------------------------------- ------ Adiantou que, apesar da complexidade daquele processo, a resolução era simples. Disse que Lisboa necessitava de um novo Plano Diretor Municipal, mas não de um Plano qualquer e que era exatamente isso que Lisboa tinha tido até àquela altura, uma proposta qualquer. ------------------------------------------------------------------------------- ------ Considerou que aquela Assembleia não deveria aceitar discutir um Plano Diretor Municipal mutilado e carente de todas as suas disposições operativas. ---------- ------ Clarificou que, se a intenção era a de referir que o novo anexo quatro ao REMUEL deixava de fora todos os bens constantes da segunda parte do anexo três do RPDM e, se se pretendia sublinhar que a demolição parcial ou total de edifícios da carta municipal de património e de bens imóveis de interesse municipal e outros bens culturais imóveis, não deveria de ser de forma alguma autorizada, a menos que para operações essenciais de manutenção ou recuperação, que tal não poderia ser feito, pois seria a alteração da alteração ao REMUEL; e se a intenção era esclarecer que não era possível aprovar que a delimitação das unidades de execução fosse feita sobre áreas sem plano de urbanização ou de pormenor, devidamente autorizados por aquela Câmara municipal, por colocar em causa a função fiscalizadora daquela Assembleia, que não podiam, pois também era uma área do REMUEL; se se pretendia insistir em conceder às freguesias a capacidade de uma definição cuidada e exaustiva do seu património edificado, ou mesmo do seu património imaterial, era, também, com o REMUEL; se se pretendia mostrar que a lista de bens de interesse municipal não se

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incluía nos objetivos de reabilitação e que a articulação daqueles objetivos sofria de imensos empastelamentos, era através do Regulamento dos incentivos. ------------------ ------ Aclarou que, daquilo que tinha sobrado do Plano Diretor Municipal, se tinha de verberar o facto de a sua avaliação ambiental estratégica, que pretendia definir o futuro da cidade através da ponderação dos fatores críticos de decisão, com vista à concretização do modelo territorial, que por sua vez integrava as questões justificativas daquela revisão do Plano Diretor Municipal, eram objetivos para os quais não se previa execução. ------------------------------------------------------------------- ------ Salientou que aquele relatório ambiental considerava que o suporte daquela proposta de revisão era a Carta Estratégica de Lisboa 2010/2014, um documento que tinha sido apresentado naquela Assembleia, mas que não tinha sido aprovado, como tal, aquela proposta de revisão não só carecia de suporte ambiental e estratégico, como carecia dos objetivos declarados sobre os quais se produzira a declaração ambiental, sendo eu a declaração ambiental era obrigatória por Lei. ----------------------------------- ------ Considerou por isso necessário recomeçar o processo de avaliação estratégica por forma a conformar o Plano Diretor Municipal com a Lei. Acrescentou que, por outro lado, faltava àquele Plano, tão despido de condicionantes operativos, a listagem dos compromissos que condicionavam a aplicação do próprio Plano Diretor Municipal, referindo-se às operações urbanísticas assumidas pela Câmara. -------------- ------ Relevou três pontos, por forma a clarificar a responsabilidade camarária nas opções que pretendia tomara para a cidade. Entendeu, como ponto número um, que a zona ribeirinha teria de ser classificada com o grau mais exigente de carácter arqueológico, fator desconsiderado pelo art.º 33 do RPDM; apresentou como ponto número dois, a imprevisibilidade inerente aos fatores acidentais, que não se encontrava considerada naquela proposta de revisão. Lembrou que a tecnologia podia prever muito mas que a natureza não permitia prever aquilo que por natureza era imprevisível; disse que aquela proposta de revisão do Plano Diretor Municipal representava uma oportunidade perdida, pois não se encontrava feita à medida das necessidades dos munícipes. -------------------------------------------------------------------- ------ O Senhor Deputado Municipal Modesto Navarro (Partido Comunista Português) disse que aquele Plano Diretor Municipal de Lisboa ficava entre aspas porque estava, e tinha sido, repartido entre vários episódios que iam desde a famosíssima carta estratégica dos comissários convidados, à propaganda feita pela Câmara ao trabalho insano das Comissões Permanentes da Assembleia Municipal. ----- ------ Referiu que a proposta que tinha ido à Assembleia, para elaboração, por parte das Comissões Permanentes do Urbanismo e Plano Diretor Municipal, de pareceres tão completos quanto possível, face às imensas lacunas contidas na proposta. ----------- ------ Elucidou que o Plano Diretor Municipal iria ficar como estava, com as duas propostas que se encontravam naquela Assembleia a serem analisadas. ------------------ ------ Relativamente às unidades de execução, sobre tudo o que ficava, era que as matérias promovidas por aquelas unidades apenas iriam ao conhecimento da Assembleia Municipal, no período de discussão pública, limitando a intervenção da Assembleia às recomendações e nada mais. --------------------------------------------------

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------ Recordou que na discussão da Proposta nº 530/2011 tinham dito que se impunha, por parte da Câmara, uma postura diferente. -------------------------------------- ------ Salvaguardou que o Partido Comunista Português tinha feito a sua parte, influenciando, propondo o que tinham a propor na Câmara, nas Comissões da Assembleia, intervindo de cara limpa e aberta à discussão democrática, com vista a um Plano Diretor Municipal constitucional. -------------------------------------------------- ------ Acrescentou que o Plano Diretor Municipal que a cidade merecia teria de ser construído no futuro, de um outro modo. ------------------------------------------------------ ------ Expôs que aquele Plano Diretor Municipal entre aspas se encontrava disperso em regulamentos que ainda haveriam de ir a discussão. Considerou que votar um Plano Diretor como aquele só poderia ser uma farsa, e que situação até seria caricata se não fosse tão grave. --------------------------------------------------------------------------- ------ Esclareceu que iriam votar contra a proposta insuficiente do Plano Diretor Municipal, por considerarem que não era o documento completo e sério que deveria de ser, e que a cidade e a área metropolitana necessitavam. Que iriam votar contra as duas propostas que se encontravam em discussão naquele dia. ----------------------------- ------ Desejou que a cidade e os eleitos, que assumiam sempre aquilo que propunham nos seus programas e na prática, pudessem alterar o essencial por forma a evitarem os pesadelos que se perspetivavam. --------------------------------------------------------------- ------ O Senhor Deputado Municipal José Casimiro (Bloco de Esquerda) lamentou que o executivo camarário, pese embora tivesse escalpelizado em sessão de Câmara as críticas e opiniões, tecidas e apresentadas pelo Bloco, bem como os pareceres das comissões, cujos conteúdos eram ricos em críticas e propostas, tivesse mantido no essencial a sua proposta de Plano Diretor Municipal, optando por transformar Lisboa num negócio, num espaço de especulação imobiliária. --------------- ------ Adiantou que aquele Plano, contrariamente ao que se tinha sucedido em mil novecentos e noventa e quatro, não tinha sido precedido por consensualização e aprovação de um Plano Estratégico. ----------------------------------------------------------- ------ Notou que o senhor Vereador não explicara porque é que em dois mil e nove havia promovido a elaboração da designada Carta Estratégica dois mil e dez/ dois mil e vinte e quatro, depois de apresentada à Assembleia Municipal, e profundamente discutida, e depois se tivesse decidido pela sua retirada. ------------------------------------ ------ Questionou o porquê de o Partido Socialista ter colocado o seu programa eleitoral na gaveta; de insistir em dar crédito a novas construções, ao invés de reabilitar. Defendeu a possibilidade de ampliação das edificações existentes em altura e volumetria, e a ocupação de espaços tradicionalmente não habitáveis. ------------------ ------ Afirmou que aquela proposta visava a especulação imobiliária, descaracterizando o conceito de reabilitação urbana subjacente à revisão do Plano Diretor Municipal. ------------------------------------------------------------------------------- ------ Expôs que o Bloco de Esquerda continuava a olhar com preocupação para a generalização do recurso à figura das unidades de execução, reforçadas pelo REMUEL e afastando a intervenção da Assembleia numa aprovação dos Planos de Urbanização e de Pormenor. Asseverou que o Bloco de Esquerda recusava o recurso

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sistemático, em diversos artigos da proposta, a unidades de execução, pois entendiam que tal significava a marginalização do escrutínio da Assembleia Municipal na execução do Plano Diretor Municipal. --------------------------------------------------------- ------ Concluiu que se encontravam perante um Plano Diretor Municipal de planeamento casuístico, especulativo, assumidamente liberal, que desumanizava a cidade transformando-a num negócio e que por isso o Bloco de Esquerda iria votar contra. --------------------------------------------------------------------------------------------- ------ A Senhora Deputada Municipal Cláudia Madeira (Partido Ecologista “Os Verdes”) Disse que a proposta nº 455/2012, tinha como objetivo a alteração da proposta nº 530/2011 relativa ao projeto de versão final da Revisão do Plano Diretor Municipal de Lisboa que se assumia como um instrumento de extrema importância para o desenvolvimento e ordenamento da cidade de Lisboa. ------------------------------ ------ Referiu que “Os Verdes”, aquando da discussão da proposta nº 530/2011, tinham sublinhado algumas questões que não podiam deixar de ser mencionadas, nomeadamente o facto daquele processo de revisão se ter iniciado sem a existência de um Documento Estratégico. --------------------------------------------------------------------- ------ Focou que em dois mil e nove se tinha começado a elaborar a Carta Estratégica de Lisboa para 2010-2024. Disse que a proposta tinha sido apresentada, discutida e retirada, tendo-se-lhe, em seguida, perdido o rasto. Entendeu que importava questionar quando é que o Executivo Municipal tencionava apresentar a proposta referente à Carta Estratégica de Lisboa para 2010-2024. ------------------------------------ ------ Considerou importante referir, tendo em conta a importância e complexidade daquele documento, que os trinta e cinco contributos que algumas entidades e munícipes tinham dado, deram entrada fora do prazo estipulado, e que o prazo de discussão pública se tinha restringido a trinta dias úteis, o período mínimo obrigatório estipulado na legislação em vigor. ------------------------------------------------------------- ------ Sublinhou que também o período de tempo disponibilizado às Freguesias para apresentarem propostas de imóveis que poderiam vir a ser contemplados na Carta Municipal de Património tinha sido de apenas cinco dias úteis. ---------------------------- ------ Julgou que seria mais ou menos consensual a importância de Regenerar a Cidade Consolidada e de Promover a Qualificação Urbana, tendo-se, por isso, estabelecido a Reabilitação Urbana como um dos objetivos estratégicos, com vista a um melhor aproveitamento do património edificado e das infraestruturas existentes na cidade de Lisboa. -------------------------------------------------------------------------------- ------ Observou que para se atingir aquele objetivo o Plano Diretor Municipal previa, como principais instrumentos os incentivos fiscais, a diminuição das taxas urbanísticas e do sistema de incentivos a operações urbanísticas de interesse municipal, através da atribuição de créditos de construção, definidos no artigo 84º do regulamento do Plano Diretor Municipal, que era, no fundo, uma forma específica de moeda, naquele caso uma moeda em m2, em que, quando o proprietário ou titular das operações urbanísticas cumprisse determinados pressupostos, lhe eram atribuídos direitos acrescidos de construção em metros quadrados. -----------------------------------

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------ Evidenciou que aqueles créditos de construção podiam ser transacionáveis a terceiros, ou seja num Mercado de Créditos de Construção, favorecendo, assim, a criação de um mercado especulativo que tendia a favorecer os grandes promotores imobiliários. --------------------------------------------------------------------------------------- ------ Realçou que, no entanto, aquele mecanismo de créditos de construção não resolvia os problemas das Áreas Urbanas de Génese Ilegal, não resolvia os problemas da reabilitação urbana nos bairros sociais e em alguns dos bairros históricos mais carenciados, nem iria resolver o problema dos antigos núcleos rurais ou operários que ainda subsistiam na cidade de Lisboa; que daquela forma, o sistema de incentivos a operações urbanísticas de interesse municipal, através da atribuição de créditos de construção, não iria contribuir para fomentar a Reabilitação Urbana de Edifícios na Cidade de Lisboa. -------------------------------------------------------------------------------- ------ Destacou, na proposta nº 530/2011, seis aspetos manifestamente negativos, nomeadamente, a impermeabilização de solos na cidade de Lisboa; a permissão de usos incompatíveis com a Proteção do Parque Florestal de Monsanto; a ausência de uma política de prevenção e mitigação de riscos naturais e antrópicos no PDM, nomeadamente as ilhas de calor, inundações, etc.; a insuficiente abordagem a uma rede funcional e integrada de transporte público coletivo com a criação de parques de estacionamento dissuasores junto aos concelhos limítrofes de Lisboa e de oferta de estacionamento para residentes nalgumas áreas da cidade; a consideração das cartas de equipamentos como condicionantes fortes do PDM e a inexistência de uma Carta de Equipamentos Sociais e de uma Carta de Equipamentos Culturais; e a insuficiente salvaguarda e valorização do património cultural da cidade e do potencial arqueológico da Zona Ribeirinha. ------------------------------------------------------------- ------ Ressaltou que a proposta nº 455/2012, não alterava os pressupostos em que assentava a anterior proposta, alterando apenas a redação do nº 7 do artigo 84.º para corrigir um lapso existente, bem como do artigo 93.º para que as normas relativas ao sistema de incentivos a operações com interesse municipal só entrem em vigor com a publicação no Diário da República do respetivo Regulamento. ---------------------------- ------ Analisou que aquela proposta de revisão representava uma oportunidade perdida e subaproveitada, descurando as necessidades e vivências das pessoas e promovendo a especulação imobiliária. ------------------------------------------------------------------------ ------ Concluiu que aquele Plano Diretor Municipal não resolvia os problemas das pessoas, não colmatava as lacunas do Plano Diretor Municipal de mil novecentos e noventa e quatro, não sendo, seguramente, o instrumento de planeamento e gestão urbana que a cidade precisava.------------------------------------------------------------------ ------ O Senhor Deputado Municipal Graça Gonçalves (Partido Social Democrata) disse que aquele Plano Diretor Municipal era apontado como o “PDM de Betão” ou como o “PDM dos produtores imobiliários”. ------------------------------------- ------ Afirmou que existiam imensas aberrações construídas em Lisboa que chocavam o património, e os lisboetas. Focou uma, que se situava na Calçada dos Barbadinhos. Explicou que se tratava de um imóvel de habitação construído ao lado da igreja de Santa Engrácia, uma igreja centenária, e ao lado do Museu da água. ---------------------

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------ Temeu que aquele Plano Diretor Municipal, que se encontrava naquela Assembleia para apreciação, viesse a permitir mais aberrações daquelas ao longo da cidade. --------------------------------------------------------------------------------------------- ------ Terminadas as intervenções, a Senhora Presidente submeteu as Propostas a votação. -------------------------------------------------------------------------------------------- ------ Segue-se a transcrição e votação da Proposta nº530/2011 ---------------------------- ------ Proposta nº 530/2011 - Aprovação do projeto de versão final da Revisão do Plano Diretor Municipal de Lisboa para efeitos de envio à Assembleia Municipal para aprovação. --------------------------------------------------------------------------------- ------ Pelouro do Planeamento e Política dos Solos, Licenciamento Urbanístico, Reabilitação Urbana e Obras: Vice-Presidente Manuel Salgado ---------------------- ------ Serviços: Unidade de Coordenação Territorial, Direção Municipal de Planeamento, Reabilitação e Gestão Urbanística, Direção Municipal de Projetos e Obras, Direção Municipal de Ambiente Urbano, Direção Municipal de Mobilidade e Transportes e Lisboa Ocidental, SRU – Sociedade de Reabilitação Urbana, E.E.M. ------ -------- “Considerando que: ---------------------------------------------------------------------- ------ O atual Plano Diretor Municipal (PDM) de Lisboa se encontra em vigor há quase dezassete anos. --------------------------------------------------------------------------- ------ Em 2001 foi pela primeira vez deliberado proceder à sua revisão e aprovados os Termos de Referência dessa revisão, que partiam de um diagnóstico resultante das grandes transformações operadas na Cidade e na respetiva Área Metropolitana durante a década de 90 do século XX. -------------------------------------------------------- ------ Em 2003 foi extinto o processo de revisão e iniciado um novo. Entre 2003 e 2007 foram constituídas diversas Equipas de Revisão, constituída a Comissão Mista de Coordenação, cuja composição sofreu reformulação e apresentadas várias versões, das quais nenhuma chegou a estar em condições de ser aprovada. ------------ ------ A partir de Janeiro de 2008 foi reiniciado o processo de Revisão do PDM, tendo sido apresentadas numerosas versões preliminares da proposta a partir de Abril de 2009, realizadas várias conferências e sessões públicas e disponibilizadas a todos os cidadãos, na página da Câmara Municipal na internet, as várias versões que foram sendo elaboradas ao longo do tempo.-------------------------------------------- ------ De salientar que a Revisão do PDM segue, com as devidas adaptações, os procedimentos estabelecidos no Regime Jurídico dos Instrumentos de Gestão Territorial (RJIGT), aprovado pelo Decreto-Lei n.º 380/99, de 22 de Setembro, republicado pelo Decreto-Lei n.º 46/2009, de 20 de Fevereiro, para a elaboração, aprovação, ratificação, quando necessária, e publicação do PDM, conforme o disposto no n.º 7 do artigo 96.º desse regime. ----------------------------------------------- ------ A revisão do PDM implica, nos termos da lei, a reconsideração e reapreciação global, com carácter estrutural ou essencial, das opções estratégicas do plano, dos princípios e objetivos do modelo territorial definido ou dos regimes de salvaguarda e valorização dos recursos e valores territoriais, tendo em conta o tempo que decorreu desde a sua aprovação originária, assim como que a lei prevê a obrigação

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de rever o PDM decorridos 10 anos após a sua entrada em vigor ou após a sua última revisão (n.º 3 do artigo 98.º do RJIGT). ---------------------------------------------- ------ Entretanto, ocorreu a conversão da Comissão Técnica de Acompanhamento em Comissão de Acompanhamento (CA), para adequação ao regime jurídico aplicável, cuja atual composição consta do Aviso (extrato) n.º 5310/2010, publicado no Diário da República, 2.ª série, n.º 51, de 15/03/2010, presidida pela CCDR-LVT - Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional de Lisboa e Vale do Tejo. --- ------ A fase de acompanhamento do processo de revisão do PDM teve início em 21 de Janeiro de 2010 com a realização da 1.ª Reunião Plenária da CA e terminou em 20 de Janeiro de 2011 com a realização da 7.ª e última Reunião Plenária da CA, em que foi apresentado e aprovado o parecer escrito da Comissão relativo à Proposta de Revisão do PDM, que integra os pareceres das entidades que se pronunciaram. -- ------ Importa recordar que a Proposta datada de Setembro de 2010 (versão atualizada), apresentada à CA, já tinha beneficiado da ponderação de sucessivos pareceres daquela Comissão e das entidades que a compunham, emitidos durante a fase de elaboração, bem como da consulta, em simultâneo, a serviços municipais, Juntas de Freguesia, especialistas no domínio do ordenamento do território, organizações profissionais e parceiros sociais e representava, já, o resultado de uma fase de concertação política profícua que decorreu entre 6 de Outubro e 5 de Novembro de 2010 com todas as forças políticas representadas na Câmara Municipal. ---------------------------------------------------------------------------------------- ------ O envio da Proposta à CA foi aprovado através da Deliberação n.º 566/2010, em Reunião de Câmara Municipal de 10 de Novembro de 2010. ------------------------- ------ Das 31 entidades que integraram a CA, 20 emitiram parecer. Todos os pareceres emitidos foram favoráveis, embora 15 fossem favoráveis condicionados e apresentassem objeções aos conteúdos de alguns dos elementos e um, apesar da sua absoluta concordância com a proposta, apresentava sugestões. -------------------------- ------ Neste contexto, a Câmara Municipal deu início à fase de concertação, ao abrigo do artigo 76.º do RJIGT, com o agendamento de reuniões de concertação bilaterais com todas as entidades que emitiram parecer favorável condicionado e reuniões alargadas quando foi necessário encontrar soluções concertadas que envolviam várias entidades, relativamente a matérias comuns.--------------------------- ------ A Câmara Municipal de Lisboa, em reunião pública de 16 de Março de 2011, através da Proposta n.º 118/2011, deliberou submeter a Proposta de Revisão do PDM a um período de discussão pública, com sessões públicas de debate, pelo período previsto na lei de 30 dias úteis, que decorreu de 7 de Abril a 20 de Maio. ----- ------ Para o período de discussão pública foi delineado um programa muito intenso de divulgação e debate, que consistiu na realização de: ----------------------------------- ------ - 9 sessões de formação para os técnicos municipais (entre 28 de Março e 13 de Abril), no Centro de Informação Urbana de Lisboa (CIUL), a que assistiram mais de 300 técnicos; ---------------------------------------------------------------------------- ------ - Disponibilização da Revisão do PDM em papel e cartazes de divulgação nas 53 Freguesias, no CIUL e no Atendimento do Campo Grande; --------------------------

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------ - Folhetos de divulgação das sessões e da exposição; ------------------------------- ------ - Brochura com a proposta de Revisão do PDM; ------------------------------------ ------ - Sítio na Internet com a divulgação de todas as peças que compõem a Revisão, tendo sido desenvolvida uma aplicação informática interativa de visualização das cartas, com pesquisa de moradas e de apoio à elaboração das exposições no âmbito da participação pública (associada a uma caixa de correio eletrónica específica); --------------------------------------------------------------------------- ------ - Exposição da Revisão no átrio do Edifício Central do Município, no Campo Grande; ------------------------------------------------------------------------------------------- ------ - Publicidade em Mupis para divulgação do período de discussão pública, das sessões e da exposição;-------------------------------------------------------------------------- ------ - Publicidade na Rádio; ------------------------------------------------------------------ ------ - 4 Sessões Temáticas de apresentação da Revisão do PDM (entre 11 de Abril e 9 de Maio), no CIUL; ------------------------------------------------------------------------- ------ - 5 Sessões Territoriais de apresentação da Revisão do PDM (entre 14 de Abril e 19 de Maio); ----------------------------------------------------------------------------------- ------ - Mesa Redonda sobre os mecanismos de programação e execução previstos na Revisão do PDM, intitulada “O novo PDM: como executá-lo?”, No MUDE, em 13 de Maio; --------------------------------------------------------------------------------------- ------ - Ateliers dedicados às crianças no Espaço Monsanto e na Quinta Pedagógica;--------------------------------------------------------------------------------------- ------ - Divulgação da Revisão do PDM junto das Escolas da rede pública e privada, com apoio da Direção Regional de Educação; ---------------------------------------------- ------ - Debates e mesas redondas, à margem do programa oficial, em universidades, associações profissionais e de outros parceiros sociais. ------------------------------------ ------ Foram recebidas 306 participações escritas, as quais foram ponderadas, conforme consta do Relatório de Ponderação da Discussão pública. -------------------- ------ Concluídos a ponderação dos resultados da discussão pública e o projeto de versão final da Revisão, foi emitido o parecer da CCDR-LVT para efeitos do disposto no artigo 78.º do RJIGT, em 11/08/2011, que conclui que: “Da análise acima desenvolvida conclui-se que não foram identificadas situações de desconformidade com disposições legais e regulamentares e incompatibilidade ou desconformidade com instrumentos de gestão territorial eficazes, desde que:---------- ------ - A demarcação das Servidões administrativas e Restrições de Utilidade Pública na Planta de Condicionantes seja devidamente confirmada pela Autarquia, nomeadamente junto das entidades competentes. ------------------------------------------- ------ - Se proceda à adaptação dos limites administrativos à CAOP2010, como atestado pela Autarquia, a validar pelo Instituto Geográfico Português.” -------------- ------ Sobre este parecer foi elaborada a Informação n.º INF/375/DPDM/DPRU/DMPRGU/CML/2011, acompanhada de Erratas relativas aos elementos da Revisão, onde estão corrigidas as gralhas, erros materiais e incongruências detetadas entre elementos da versão final da Revisão. ------------------ ------ Fazem parte desta Proposta: ------------------------------------------------------------

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------ - As participações e o Relatório de Ponderação da Discussão Pública, já distribuídos em reunião de Câmara Municipal de 20/07/2011; --------------------------- ------ - O projeto de versão final de Revisão do PDM de Lisboa decorrente da ponderação dos resultados da discussão pública, já distribuído em reunião de Câmara Municipal de 20/07/2011; ------------------------------------------------------------ ------ - O Parecer da CCDR-LVT, de 11/08/2011, recebido a coberto do ofício n.º S09839-201108-0006-03324-DSOT/DOT, distribuído em 2 de Setembro; -------------- ------ - A Informação n.º INF/375/DPDM/DPRU/DMPRGU/CML/2011 e Erratas, distribuídas em 2 de Setembro. ---------------------------------------------------------------- ------ A competência para a aprovação da Revisão do PDM de Lisboa é da Assembleia Municipal, mediante proposta apresentada por esta Câmara Municipal, nos termos do disposto no n.º 1 do artigo 79.º do RJIGT. ---------------------------------- ------ A Revisão do PDM de Lisboa não está sujeita a ratificação pelo Governo porque não se verifica incompatibilidade com planos sectoriais ou com o Plano Regional de Ordenamento do Território da Área Metropolitana de Lisboa, aprovado pela Resolução do Conselho de Ministros n.º 68/2001, de 8 de Abril, conforme se pode comprovar pelos pareceres da CCDR-LVT (Informação n.º DSOT/DOT-000009-IT-2011, de 14/01/2011 e Parecer de 11/08/2011, recebido a acoberto do ofício n.º S09839-201108-0006-03324-DSOT/DOT) (artigos 79.º/2 e 80.º/2 e 4, todos a contrario e 80.º/6 do RJIGT). ---------------------------------------------------------------- ------ Assim, tenho a honra de propor que a Câmara Municipal de Lisboa delibere, ao abrigo do disposto na alínea d) do n.º 7 do artigo 64.º da Lei n.º 169/99, de 18 de Setembro: ----------------------------------------------------------------------------------------- ------ Aprovar o projeto de versão final da Revisão do Plano Diretor Municipal de Lisboa para efeitos de envio à Assembleia Municipal para aprovação, ao abrigo do disposto no n.º 1 do artigo 79.º Decreto-Lei n.º 380/99, de 22 de Setembro.” --------------- ------ VOTAÇÃO – a Proposta nº 530/2011 foi aprovada por maioria com os votos a favor do Partido Socialista e 3 (três) Deputados Independentes, com os votos contra do Partido Comunista Português, do Centro Democrático Social, do Bloco de Esquerda, do Partido Popular Monárquico e do Partido Ecologista “Os Verdes”, e com as abstenções do Partido Social Democrata e do Partido da Terra. ------------------------ ------ Segue-se a transcrição e votação da Proposta nº 455/2012. -------------------------- ------ Proposta nº 455/2012 - Aprovar a alteração à Proposta nº 530/2011, de 21 de setembro de 2011, relativa ao projeto de versão final da Revisão do Plano Diretor Municipal de Lisboa, para efeitos de envio à Assembleia Municipal para aprovação. ---------------------------------------------------------------------------------------- ------ Pelouro: Planeamento e Política dos Solos, Licenciamento Urbanístico, Reabilitação Urbana e Obras. ---------------------------------------------------------------- ------ Vereador Manuel Salgado --------------------------------------------------------------------------- -------- “Considerando que: ---------------------------------------------------------------------- ------ A Câmara Municipal de Lisboa, em reunião pública de 21 de setembro de 2011, através da Proposta n.º 530/2011, deliberou aprovar o projeto de versão final da Revisão do Plano Diretor Municipal de Lisboa para efeitos de envio à

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Assembleia Municipal para aprovação, ao abrigo do disposto no n.º 1 do artigo 79.º Decreto-Lei n.º 380/99, de 22 de setembro. -------------------------------------------------- ------ Em 21 de dezembro de 2011, a Câmara Municipal aprovou propostas para submissão à Assembleia Municipal, de alteração do Regulamento Municipal de Urbanização e de Edificação de Lisboa e do Regulamento Municipal de Taxas Relacionadas com a Atividade Urbanística e Operações Conexas, respetivamente pelas Propostas n.º 732/2011 e 734/2011, no sentido de promover a sua adaptação às normas constantes do projeto de Revisão do Plano Diretor Municipal. -------------- ------ Ainda com o objetivo de regulamentar as normas previstas na Revisão do Plano Diretor Municipal, em 30 de maio de 2012, a Câmara Municipal aprovou para efeitos de submissão à Assembleia Municipal, o projeto de Regulamento Municipal que aprova o Sistema de Incentivos a Operações Urbanísticas com Interesse Municipal, através da Proposta n.º 150/2012. ----------------------------------- ------ No âmbito da discussão do projeto de versão final da Revisão do Plano Diretor Municipal, na Assembleia Municipal, foram suscitadas dúvidas sobre a exequibilidade de algumas normas desta Revisão. ------------------------------------------ ------ As questões suscitadas, pela sua natureza, podem ser devidamente sanadas ou clarificadas mediante a alteração dos regulamentos complementares que ainda não se encontram aprovados, nomeadamente do Regulamento Municipal de Urbanização e do Edificação de Lisboa e do Regulamento Municipal que aprova o Sistema de Incentivos a Operações Urbanísticas com Interesse Municipal. ------------ ------ De facto, em particular no tocante ao Sistema de Incentivos a Operações com Interesse Municipal, a execução da Revisão do Plano Diretor Municipal supõe a entrada em vigor do respetivo regulamento complementar, pelo que se propõe a alteração do prazo de entrada da Revisão constante do artigo 93.º do respetivo Regulamento, passando a prever-se expressamente que as normas relativas ao sistema de incentivos a operações com interesse municipal só entram em vigor no dia seguinte à publicação no Diário da República do respetivo Regulamento, conforme Informação n.º 25720/INF/DPDM/GESTURBE/2012 em anexo. ----------- ------ A alteração da norma relativa à vigência da Revisão do Plano Diretor Municipal permite acautelar, por um lado, que as normas relativas ao Sistema de Incentivos a Operações Urbanísticas com Interesse Municipal só adquirem eficácia com a publicação do respetivo Regulamento, permitindo, do mesmo passo, a entrada em vigor das restantes normas da Revisão do Plano Diretor Municipal, imediatamente com a sua aprovação final e publicação, o que se revela de primordial interesse para a Cidade. ----------------------------------------------------------- ------ Se verificou a existência, ainda, de um lapso de escrita na redação do n.º 7 do artigo 84.º do mesmo Regulamento da Revisão do Plano Diretor Municipal, no que respeita à remissão realizada para o n.º 7 do artigo 50.º, importa proceder à correção dessa imprecisão, conforme Informação n.º 25720/INF/DPDM/GESTURBE/2012 em anexo. ------------------------------------------

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------ Assim, tenho a honra de propor que a Câmara Municipal de Lisboa delibere, ao abrigo do disposto na alínea d) do n.º 7 do artigo 64.º da Lei n.º 169/99, de 18 de setembro: ------------------------------------------------------------------------------------------ ------ Aprovar a alteração à Proposta nº 530/2011, aprovada pela Câmara Municipal em 21 de setembro de 2011, relativamente à redação dos artigos artigo 84.º, n.º 7 e 93.º do Regulamento do projeto de versão final da Revisão do Plano Diretor Municipal de Lisboa, conforme consta no Anexo I a esta Proposta, para efeitos de envio à Assembleia Municipal para aprovação, ao abrigo do disposto no n.º 1 do artigo 79.º Decreto-Lei n.º 380/99, de 22 de setembro.” -------------------------------- -------- VOTAÇÃO – a Proposta nº 455/2012 foi aprovada por maioria com os votos a favor do Partido Socialista e 4 (quatro) Deputados Independentes, com os votos contra do Partido Comunista Português, do Centro Democrático Social, do Bloco de Esquerda, do Partido Popular Monárquico e do Partido Ecologista “Os Verdes”, e com as abstenções do Partido Social Democrata e do Partido da Terra. ------------------------ ------ Segue-se a transcrição da Proposta nº 734/2011. -------------------------------------- ------ Proposta 734/2011 - Aprovação da Alteração ao Regulamento Municipal de Taxas Relacionadas com a Atividade Urbanística e Operações Conexas, de adaptação à Revisão do Plano Diretor Municipal. ---------------------------------------- ------ Pelouro: Presidente e Vereador Manuel Salgado --------------------------------- ------ Serviços: Unidade de Coordenação Territorial, Direção Municipal de Planeamento, Reabilitação e Gestão Urbanística, Direção Municipal de Projetos e Obras e Lisboa Ocidental, SRU – Sociedade de Reabilitação Urbana, E.E.M. ------------- ------- “Considerando que: ---------------------------------------------------------------------- ------ O Regulamento Municipal de Taxas Relacionadas com a Atividade Urbanística e Operações Conexas (RMTRAUOC) aprovado através da Deliberação 15/AM/2009, foi publicado no Diário da República, 2.ª Série, n.º 129, de 7 de Julho de 2009, através do Aviso n.º 11983/2009, tendo entrado em vigor a 6 de Agosto de 2009; ------ Decorrido um ano sobre a data da sua entrada em vigor, se verificou a necessidade de aclarar e corrigir alguns aspetos do Regulamento pelo que, através da Deliberação n.º 574/AM/2010, publicada no Diário da República, 2.ª Série, n.º 32, de 15 de Fevereiro de 2011, foram aprovadas alterações aos Anexos I e IV e ao ponto 4 do Anexo V, respetivamente, não tendo contudo sido alterado o articulado do Regulamento; --------------------------------------------------------------------------------- ------ A partir de Janeiro de 2008 foi reiniciado o processo de Revisão do Plano Diretor Municipal de Lisboa, prevendo a proposta de Revisão do Plano Diretor Municipal que o valor das taxas urbanísticas que incidem nas operações urbanísticas devem ponderar o investimento público e os objetivos de política urbanística propostos no PDM; --------------------------------------------------------------- ------ Se encontra neste momento aprovado o projeto de versão final de Revisão do Plano Diretor Municipal de 1994 (PDM) para efeitos de submissão à Assembleia Municipal e que, o RMTRAUOC como instrumento de politica urbanística deve

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adaptar-se àquele, quanto à estratégia, aos conceitos e às categorias de espaço urbano; -------------------------------------------------------------------------------------------- ------ Em 21 de Setembro de 2011 a Câmara Municipal, através da Proposta n.º 532/2011, deliberou submeter a discussão pública, a proposta de Alteração ao RMTRAUOC, para recolha de sugestões, ao abrigo do n.º 3 do artigo 3.º do Regime Jurídico da Urbanização e Edificação e do artigo 118.º do Código do Procedimento Administrativo (CPA), aprovado pelo Decreto-Lei n.º 442/91, de 15 de Novembro, alterado pelo Decreto-Lei n.º 6/96, de 31 de Janeiro, tendo sido para o efeito publicado no Boletim Municipal, ano XVIII, 1.º Suplemento, n.º 919, de 29/09/2011; --------------------------------------------------------------------------------------- ------ A discussão pública, que decorreu entre 30 de Setembro e 14 de Novembro, consistiu na recolha de observações e sugestões de todos os interessados sobre o projeto, com vista à respetiva ponderação e elaboração da versão final, tendo apenas dado entrada uma participação que não determinou no entanto qualquer modificação ao projeto de alteração ao RMTRAUOC; ------------------------------------ ------ Do mesmo modo e em sede de ponderação das participações recebidas no âmbito do Regulamento Municipal de Urbanização e Edificação de Lisboa, foi necessário efetuar uma adaptação no projeto de Regulamento; -------------------------- ------ Assim, temos a honra de propor ao Plenário da Câmara Municipal de Lisboa que delibere aprovar a proposta de Alteração ao “Regulamento Municipal de Taxas Relacionadas com a Atividade Urbanística e Operações Conexas”, ao abrigo do disposto no n.º 7 do artigo 112.º e no artigo 241.º da Constituição da República Portuguesa e, para efeitos de ulterior aprovação pela Assembleia Municipal, nos termos da alínea a) do n.º 6 do artigo 64.º, conjugada com a alínea a) do n.º 2 do artigo 53.º, ambos da Lei n.º 169/99, de 18 de Setembro, alterada pela Lei n.º 5-A/2002, de 11 de Janeiro, do artigo 3.º do Decreto-Lei n.º 555/99, de 16 de Dezembro, republicado pelo Decreto-Lei n.º 26/2010, de 30 de Março e dos artigos 116.º a 118.º do Código do Procedimento Administrativo, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 442/91, de 15 de Novembro.” ------------------------------------------------------------------------ ------ O Senhor Vereador Manuel Salgado disse que aquele Regulamento de Taxas Urbanísticas tinha como principal objetivo a adaptação às novas classes de espaço definidas no Plano Diretor Municipal. Acrescentou que introduzia uma simplificação na fórmula de cálculo e que previa reduções e isenções, reduções para operações urbanísticas promovidas por associações públicas, pessoas coletivas de utilidade pública, IPSS, ou outras instituições em fins lucrativos, e isenções para operações promovidas em património ou imobiliário municipal. --------------------------------------- ------ Segue-se a leitura do Parecer da Comissão de Finanças à Proposta nº734/2011. -- ------ Parecer da Comissão Permanente de Administração, Finanças, Património, Desenvolvimento Económico e Turismo à Proposta nº 734/2011 - Alteração ao Regulamento Municipal de Taxas relacionadas com a atividade urbanística e operações conexas, de adaptação à revisão do plano diretor municipal. -------------

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------ “A Comissão Permanente de Administração, Finanças, Património, Desenvolvimento Económico e Turismo reuniu em 29 de Fevereiro de 2012, a fim de analisar e emitir parecer sobre a Proposta nº.734/2011. ------------------------------- ------ Em 16 de Fevereiro de 2012, a Comissão reuniu a fim de proceder à audição do Senhor Vereador Manuel Salgado, sobre a proposta em apreço. --------------------- ------ A presente proposta surge no seguimento da necessidade de várias correções ao articulado do regulamento, conforme descrito na mesma, bem como de alterações, tendo em conta o processo de revisão do Plano Diretor Municipal. -------- ------ No âmbito da audição com o Senhor Vereador Manuel Salgado, foi referida a própria discussão pública que decorreu sobre o documento, bem como a adaptação do mesmo em face ao Regulamento Municipal de Urbanização e Edificação de Lisboa. --------------------------------------------------------------------------------------------- ------ Da análise à presente proposta, a Comissão constata a isenção de taxas nas operações urbanísticas de reabilitação urbana. --------------------------------------------- ------ Por outro lado, a alteração proposta consubstancia-se, em sede de Regulamento, em -------------------------------------------------------------------------------- ------ § alteração de 16 artigos e ------------------------------------------------------------- ------ § revogação do artigo 21.º, relativo ao diferimento do pagamento da Taxa pela realização, manutenção e reforço de infraestruturas urbanísticas (adiante designada por TRIU), que tem subjacente, nomeadamente: ------------------------------ ------ a) A adaptação do Regulamento à estratégia, à qualificação de espaço urbano e aos conceitos introduzidos pela primeira Revisão ao Plano Diretor Municipal; ---------------------------------------------------------------------------------------- ------ b) O aperfeiçoamento do Regulamento, designadamente, ao nível da despesa associada à prestação de serviços, do número de processos e sua distribuição por tipologias e das consequências que estas possam trazer às taxas correspondentes à atividade administrativa e sua fundamentação, bem como na evolução da receita municipal e do investimento municipal de natureza urbanístico afeto à TRIU. ------------------------------------------------------------------------------------- ------ A matéria tratada na Proposta n.º 734/2011 tem impacto na atividade das empresas do sector da Construção, nomeadamente: --------------------------------------- ------ a) Ao aumento de taxas administrativas devidas pelo pedido de emissão de alvará de licença em operações de loteamento que constituam menos de 10 lotes; ------ b) À criação da taxa administrativa para certificação de parcela constituída no âmbito de um Plano de Pormenor, para efeitos registais; --------------- ------ c) À possibilidade de agravamento de taxas devidas pela ocupação do domínio público e privado municipal. -------------------------------------------------------- ------ Neste contexto, a Comissão entende que a proposta em apreço está em condições de ser apreciada e votada em plenário. ------------------------------------------ ------ O presente parecer foi aprovado por unanimidade, estando ausentes o PCP, o BE e o Senhor Deputado Independente José Franco.” ------------------------------------ ------ Segue-se a leitura do Parecer da Comissão Permanente de Urbanismo à Proposta nº 734/2011. ---------------------------------------------------------------------------------------

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------ Parecer da Comissão Permanente de Urbanismo e de Acompanhamento da Gestão da Intervenção na Zona Ribeirinha e Baixa de Lisboa à Propostas nº 734/2011 - alteração, de adaptação à revisão do Plano Diretor Municipal, do Regulamento Municipal de Taxas relacionadas com a atividade urbanística e operações conexas. ----------------------------------------------------------------------------------------------- -------- “A Comissão Permanente de Urbanismo e de Acompanhamento da Gestão da Intervenção na Zona Ribeirinha e Baixa de Lisboa reuniu em 16 de Julho de 2012 para apreciar a Proposta nº 734/2011, apresentada pela Câmara Municipal, relativa à alteração, de adaptação à revisão do Plano Diretor Municipal, do Regulamento Municipal de Taxas relacionadas com a atividade urbanística e operações conexas. - ------ Previamente, no dia 2 de Julho de 2012, em reunião conjunta da 1ª, 4ª e 5ª comissões, o Vice-presidente da Câmara Municipal, Arquiteto Manuel Salgado, acompanhado por técnicos municipais, procedeu à apresentação dos aspetos essenciais da alteração regulamentar proposta. --------------------------------------------- ------ Tendo ponderado as opções normativas constantes da Proposta nº 734/2011, a comissão entendeu formular algumas observações. ---------------------------------------- ------ Em primeiro lugar, a comissão secunda, enfatizando, a necessidade de taxar a ocupação do espaço público, tendo em conta que tal ocupação implica sempre uma subtração temporária da cidade aos seus habitantes. No entanto, para além dos aspetos fiscais ou parafiscais, a comissão não pode deixar de transmitir a sua preocupação quanto à fiscalização concreta e efetiva das situações de ocupação do espaço público (tapumes, resguardos, andaimes, depósitos de entulho, etc.), já que a ausência ou a deficiência da fiscalização diminuem o efeito dissuasor da taxa quanto à duração da ocupação. --------------------------------------------------------------- ------ A tal propósito, a comissão sugere a contratualização com as juntas de freguesia do exercício dos poderes de fiscalização relativos a este tipo de ocupação, definindo os pressupostos e atribuindo os meios reputados necessários. Na verdade, apenas o controlo de proximidade permite prevenir e reprimir os comportamentos ilícitos que, a propósito da ocupação do espaço público, se vão multiplicando. Em todo o caso, a comissão chama a atenção para o facto de ser imprescindível garantir a reposição integral do espaço público após a conclusão da obra que lhe deu causa. ------ Em segundo lugar, a comissão recomenda à câmara municipal a ponderação da proporcionalidade do montante das taxas aplicáveis aos pedidos de informação prévia, em especial nos casos em que a resposta camarária de apresenta de parca utilidade para o requerente.” ---------------------------------------------------------------------------------- ------ O Senhor Deputado Municipal Francisco Silva Dias (Partido Comunista Português) disse que o parecer da Comissão de Urbanismo referente à Proposta nº 734/2011 encerrava o conceito de que a cobrança de uma taxa não era um mero ato de tesouraria, mas sim um ato de gestão do qual deveriam de resultar responsabilidades para o executivo e benefícios para os cidadãos. Considerou ser um conceito que não tendo sido olvidado, se apresentava esbatido.------------------------------------------------- ------ Ousou focar a atenção sobre duas situações em que tal se verificava, nomeadamente, nas taxas de ocupação cobradas pelo espaço público, em

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consequência de obras, e nas taxas devidas à prestação de informação prévia que deveria de conduzir ao projeto de obra. Acrescentou que no primeiro caso, muito embora se reconhecesse a eficácia das normas de segurança que tinham sido implementadas relativamente à segurança dos operários e dos utentes do espaço público, a verdade era que ainda, e com frequência, se viam pavimentos mal tratados, buracos mal sinalizados, materiais e entulhos espalhados de forma indisciplinada e o perigoso acesso e estacionamento de veículos pesados. ------------------------------------- ------ Frisou que no segundo caso, a aplicação de taxas a pedidos de informação prévia se afigurava contrária ao direito à informação que cabia a cada cidadão e classificou-a de anacrónica. Explicou que o Plano Diretor Municipal, estando aprovado, ou os Planos de maior escala que o acompanhassem, seriam instrumentos suficientes para fornecer aquele tipo de informação. ---------------------------------------- ------ Falou sobre a ética de planeamento e disse que se impunha o reforço e esclarecimento daquela temática. --------------------------------------------------------------- ------ VOTAÇÃO – a proposta nº 734/2011 foi aprovada por maioria com os votos a favor do Partido Socialista e 4 (quatro) Deputados Independentes, e as abstenções do Partido Comunista Português, do Centro Democrático Social, do Bloco de Esquerda, do Partido Popular Monárquico, do Partido Ecologista “Os Verdes”, do Partido Social Democrata e do Partido da Terra. --------------------------------------------- ------ Segue-se a transcrição e votação da Proposta nº 362/2012. ------------------------- ------ Proposta nº 362/2012 - Assunto: Deliberação de ratificação da decisão sobre as listas de erros e omissões apresentadas na empreitada nº 85/DMPO/DCME/GVMS/11 – “construção de infraestruturas e espaços públicos, do equipamento - campo de jogos informal e do edifício de equipamentos de proximidade (creche, residência sénior, serviço de apoio domiciliário e centro de dia), da fase A0 e A1 - financiamento do QREN - Bairro Padre Cruz” – processo n.º 0030/CP/DEPS/N.D./2011; de adjudicação e de repartição de encargos. --------- ------ Pelouros: Planeamento e Politica dos Solos, Licenciamento Urbanístico, Reabilitação Urbana e Obras. ----------------------------------------------------------------------------- ------- Serviços: DMPO/DEPS --------------------------------------------------------------------------------- -------- “Considerando que: ----------------------------------------------------------------------- ------ A população residente na parte mais antiga do Bairro Padre Cruz, em conjunto com a Junta de Freguesia de Carnide, tem vindo a solicitar a requalificação da parte mais antiga do Bairro face à precariedade destas construções, à debilidade das infraestruturas de abastecimento de água, às más condições de higiene e salubridade dos anexos entretanto construídos; ---------------- ------ A Câmara Municipal de Lisboa iniciou, no ano de 2006, estudos e projetos para a requalificação deste Bairro, tendo incumbido a EPUL, EPM de realizar os estudos urbanísticos, tendo em vista uma operação de loteamento que estabeleça o número de fogos para realojamento e um programa de equipamentos; ----------------- ------ No âmbito do processo de requalificação do Bairro Padre Cruz, o executivo camarário decidiu realizar uma candidatura, apresentada no dia 31 de Maio de 2009, ao Programa Integrado de Requalificação e Inserção de Bairros Críticos do

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QREN – Quadro de Referência Estratégico Nacional, a qual mereceu aprovação em Agosto do mesmo ano; ---------------------------------------------------------------------- ------ A celebração do Protocolo de Financiamento deste Programa de Ação ficou designado como “ Estratégia Integrada para a Qualificação do Bairro Padre Cruz” e que foi assinado entre a Câmara Municipal de Lisboa e o POR de Lisboa, entidade responsável pela Gestão dos Fundos do FEDRE, a 18 de Janeiro de 2010; - ------ Com esse objetivo, foi preparada a Empreitada nº 85/DMPO/DCME/GVMS/11 - “construção de infraestruturas e espaços públicos, do equipamento - campo de jogos informal e do edifício de equipamentos de proximidade (creche, residência sénior, serviço de apoio domiciliário e centro de dia), da fase a0 e a1 - financiamento do QREN - Bairro. Padre Cruz” – Processo n.º 0030/CP/DEPS/N.D./2011 a qual foi decidida contratar através de Deliberação expressa na Proposta n.º 540/2011, datada de 28 de Setembro de 2011; ---------------- ------ No prazo permitido pelo Código dos Contratos Públicos, foram apresentadas listas de erros e omissões, as quais após análise foram validadas e comunicadas aos concorrentes, tendo aquela validação ocorrido conforme despacho do Exma. Senhora Diretora Municipal de Projetos e Obras, Sra. Engª Maria Helena Bicho, exarado na Informação nº 1103/DEPS/12, de 5 de Abril de 2012 e que será agora necessário ratificar esse despacho, nos termos dos nºs 3 e 4 do artigo 137.º do Código do Procedimento Administrativo e do artigo 61º do CCP; ------------------------ ------ O Júri do Procedimento, no seu Relatório Final, datado de 6 de Junho de 2012 e atento o critério de adjudicação definido no Programa de Concurso, se pronunciou pela adjudicação da empreitada à proposta apresentada pela Empresa “UDRA – CONSTRUTORA LDA.”, pelo valor da sua proposta corrigida de € 4.417.319,13, acrescido do IVA, à taxa legal em vigor de 6%, no montante de € 265.039,15, perfazendo o encargo total de € 4.682.358,28; -------------------------------- ------ Nos termos da referida proposta, o prazo contratual de execução dos trabalhos será de 365 dias, acrescido de 365 dias para a manutenção dos espaços verdes; --------------------------------------------------------------------------------------------- ------ A despesa será repartida pelos seguintes anos, de acordo com os seguintes montantes: ---------------------------------------------------------------------------------------- ------ - 2012 - € 418.082,39 -------------------------------------------------------------------- ------ - 2013 – 4.253.546,72 -------------------------------------------------------------------- ------ - 2014 - € 10.729,17 ---------------------------------------------------------------------- ------ A despesa para o presente ano económico foi cabimentada nas rubricas: Código do Plano: C1.04.P006.02; Orgânica: N08.03; Económica: 07.01.03.01.03, conforme documento de cabimento que se anexa à presente Proposta; ----------------- ------ Os valores de 2013 e 2014 resultantes desta repartição impõem um ajustamento nos valores plurianuais previstos no Plano Plurianual de Investimentos, na rubrica orçamental e ação do Plano antes indicadas. ---------------- ------ Por último, que todas estas competências são do Executivo Municipal, nos termos alínea b) do nº 1 do artigo 18º do Decreto-Lei nº 197/99, de 8 de Junho, aplicável aos procedimentos de formação de contratos públicos, por força da norma

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contida na alínea f) do nº 1 do artigo 14º do diploma preambular que aprovou o Código dos Contratos Públicos e da alínea a) do n.º 1 do artigo 16.º do Regulamento do Orçamento, em vigor.------------------------------------------------------------------------ ------ Tenho a honra de propor que a Câmara Municipal delibere: --------------------- ------ 1. Ratificar a decisão que recaiu sobre as listas de erros e omissões Empreitada nº 85/DMPO/DCME/GVMS/11 - “CONSTRUÇÃO DE INFRA-ESTRUTURAS E ESPAÇOS PUBLICOS, DO EQUIPAMENTO - CAMPO DE JOGOS INFORMAL E DO EDIFICIO DE EQUIPAMENTOS DE PROXIMIDADE (CRECHE, RESIDÊNCIA SÉNIOR, SERVIÇO DE APOIO DOMICILIÁRIO E CENTRO DE DIA), DA FASE A0 E A1 - FINANCIAMENTO DO QREN - BR. PADRE CRUZ” – Processo n.º 0030/CP/DEPS/N.D./2011, para cumprimento do disposto no nº 5 do artigo 61º do Código dos Contratos Públicos, em articulação com o regime estabelecido nos n.º 3 e 4 do artigo 137.º do Código do Procedimento Administrativo; ----------------------------------------------------------------- ------ 2. Aprovar submeter à Assembleia Municipal a autorização para a assunção dos compromissos plurianuais constantes da presente Proposta, de que resulta modificação ao Plano Plurianual de Investimentos (PPI). -------------------------------- ------ 3. A adjudicação, com repartição de encargos, da referida empreitada à Empresa “UDRA – CONSTRUTORA LDA.”, pelo valor da sua proposta corrigida de € 4.417.319,13, acrescido do IVA, à taxa legal em vigor de 6%, no montante de € 265.039,15, perfazendo o encargo total de € 4.682.358,28 e com o prazo de execução de 365 dias acrescido de 365 dias para a manutenção dos espaços verdes, condicionada à aprovação pela Assembleia Municipal da correspondente modificação do Plano Plurianual de Investimentos.” ----------------------------------------------- ------ Segue-se a leitura do parecer da Comissão de Finanças referente à Proposta nº 362/2012. ------------------------------------------------------------------------------------------ ------ Parecer da Comissão Permanente de Administração, Finanças, Património, Desenvolvimento Económico e Turismo referente à Proposta nº 362/2012 - Deliberação de ratificação da decisão sobre as listas de erros e omissões apresentadas na empreitada nº. 85/DMPO/DCME/GVMS/11 – “construção de infraestruturas e espaços públicos, do equipamento – campo de jogos informal e do edifício de equipamentos de proximidade (creche, residência sénior, serviço de apoio domiciliário e centro de dia), da fase A0 e A1 – financiamento do QREN – Bairro Padre cruz” – processo nº. 0030/CP/DEPS/N.D./2011; de adjudicação e de repartição de encargos. ------------------------------------------------------------------------ ------ “A Comissão Permanente de Administração, Finanças, Património, Desenvolvimento Económico e Turismo, reunida em 17 de Julho de 2012, deliberou dar o seu parecer relativo à Proposta nº.362/2012, nos seguintes termos. -------------- ------ A requalificação do Bairro Padre Cruz tem sido uma reivindicação da sua população, bem como da Junta de Freguesia de Carnide, em virtude da sua degradação. Para esta requalificação, a CML apresentou uma candidatura ao QREN, a qual foi aprovada em 2009. ---------------------------------------------------------

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------ Neste contexto, para os devidos efeitos, foi celebrado o respetivo protocolo de financiamento do programa de requalificação, com as entidades competentes. ------- ------ Por sua vez foi preparada a respetiva empreitada para equipamentos de proximidade, infraestruturas e espaços públicos, contratada em Setembro de 2011, por Deliberação da CML, bem como adjudicada à empresa referida na proposta, pelos valores mencionados na mesma. ------------------------------------------------------- ------ Para se fazer face aos encargos da respetiva despesa, a mesma terá que ser repartida de 2012 a 2014, conforme descrito na proposta. Cabe portanto à AML autorizar estes compromissos plurianuais, de que resulta modificação ao Plano Plurianual de Investimentos, bem como a respetiva adjudicação à empresa escolhida para a manutenção dos espaços verdes, nos termos do número 3 da parte deliberativa da proposta. ------------------------------------------------------------------------ ------ Assim sendo, a Comissão entende que a proposta está em condições de ser apreciada e votada em plenário. --------------------------------------------------------------- ------ O presente parecer foi aprovado por unanimidade, estando ausentes o BE, o PPM e o Senhor Deputado Independente José Franco.” ---------------------------------- -------- VOTAÇÃO – a proposta nº 362/2012 foi aprovada por maioria, com os votos a favor do Partido Socialista, do Partido Comunista Português, 4 (quatro) Deputados Independentes, do Bloco de Esquerda, do Partido da Terra e do Partido Ecologista “Os Verdes” e as abstenções do Partido Social Democrata, Centro Democrático Social e do Partido Popular Monárquico.------------------------------------------------------ ------ A Senhora Presidente informou que iriam passar à apresentação da Informação Escrita. --------------------------------------------------------------------------------------------- ------ O Senhor Presidente da Câmara referiu que o período a que reportava a informação escrita tinha sido marcado pelas Festas da Cidade, pelo Rock-in-Rio, pelos The Tall Ships, pela Volvo Ocean Race e pelos festejos do dia dez de junho. ------------ ------ Acrescentou que tinha sido uma oportunidade para mostrar um conjunto de trabalhos que tinham desenvolvido com vista à requalificação do espaço público no principal eixo da cidade. Revelou que tinham aberto todas as esplanadas da Ala Nascente do Terreiro do Paço, concluindo o movimento de devolução do Terreiro do Paço à Cidade, e que iriam prosseguir, em setembro, com a abertura do centro de interpretação histórica. --------------------------------------------------------------------------- ------ Realçou também a intervenção realizada no Martim-Moniz, que resgatara ao abandono os quiosques que ali existiam, devolvendo-os à atividade. Disse que aquela intervenção também tinha sido marcada pela assinatura de um acordo com o Ministério da saúde que visava a criação de um Posto de Saúde naquela zona. ---------- ------ Classificou de complexa a intervenção na Mouraria. Alongou que se estendia desde o Largo do Caldas até ao Largo do Intendente. Falou do Programa “Conhecer a Mouraria”, que iria decorrer até ao final de setembro, um programa que visava promover e dar a conhecer a Mouraria, um dos bairros mais bonitos da cidade de Lisboa que importava conhecer. Explicou que em parceria com o Museu do Fado tinham desenvolvido as visitas cantadas à Mouraria. ----------------------------------------

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------ Participou que o projeto de regeneração do Intendente se encontrava concluído na sua fase de intervenção física, que tinha vindo a ser dinamizado através de uma intensa agenda cultural. -------------------------------------------------------------------------- ------ Apontou como um marco importante daquele último mês, a conclusão do conjunto daquelas importantes intervenções ao longo daquele eixo que se estendia desde o Terreiro do Paço até ao Intendente. --------------------------------------------------- ------ Mencionou que existiam outras dimensões relativas à atividade municipal que gostaria de sublinhar, nomeadamente a aprovação do plano de desenvolvimento social de Lisboa, e o conjunto de alterações regulamentares na área do acesso à habitação, que permitiam a viabilização de um conjunto de programas que se encontravam em desenvolvimento. Referia-se aos programas “Reabilita primeiro, Paga depois”, “Renda convencionada” e o de venda faseada aos moradores em bairros municipais. --- ------ Chamou a atenção dos senhores Deputados para a importância de um conjunto de deliberações que tinham sido tomadas em sessão de Câmara, relativamente a um conjunto de áreas urbanas de génese ilegal. --------------------------------------------------- ------ Sublinhou a importância de um debate público que se encontrava a decorrer, que envolvia as juntas de freguesia, os comerciantes e as associações interessadas nas questões referentes à mobilidade. Esclareceu tratar-se do debate público, em curso naquele momento, referente às alterações a introduzir no trânsito na Avenida da Liberdade e na Rotunda do Marquês de Pombal. --------------------------------------------- ------ Referenciou três outros pontos que, por terem marcado aquele último ano de trabalho, denominou de muito importantes, nomeadamente, o Plano Diretor Municipal, e saudou aquela Assembleia pela sua finalização, a Reforma Administrativa e a conclusão de um acordo entre o Município e o Estado que iria permitir uma redução significativa da dívida de médio e longo prazo, pois o Estado iria assumir, através daquele acordo, quarenta e três por cento da dívida bancária da cidade de Lisboa. Adiantou que aquele acordo, para além de encerrar uma discussão que durava há décadas sobre a titularidade dos terrenos do aeroporto, permitia que a Autarquia assumisse, de forma plena, a gestão urbano do Parque das Nações. ----------- ------ O Senhor Deputado Municipal Rui Pessanha (Partido Social Democrata) referiu que, apesar de terem acabado de assistir à apresentação da informação não escrita do senhor Presidente referente aos meses de junho e julho daquele ano, iria centrar a sua intervenção à análise da informação escrita referente ao período compreendido entre o dia dezasseis de abril e o dia trinta e um de maio. ----------------- ------ Mencionou que naquela informação se encontravam destacados dezanove pontos. Evidenciou o novo conceito de circulação para o eixo da Avenida da Liberdade e Marquês de Pombal e a importância da Volvo Ocean Race para a imagem de Lisboa. Classificou positivamente o programa estratégico “Bibliotecas XXI”. ------- ------ Acrescentou que Lisboa, naquele período de análise, tinha conhecido, através de um estudo apresentado pela autarquia, mais a sua realidade. Reforçando a ideia de que ao fim de quase cinco anos na liderança, muito pouco tinha sido feito em termos de reabilitação urbana, e que o designado estudo, de conservação dos edifícios da cidade, apresentava um cenário desastroso de onze mil setecentos e cinquenta e seis edifícios

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a precisarem de obras urgentes, entre os quais sete mil e oitenta e cinco em estado muito mau. Realçou que, não obstante o facto de o PIPARU se encontrar aprovado há mais de dois anos, nada tinha mudado na cidade. Falou da incapacidade da Câmara de gerir e proteger o seu património. Falou do Bairro Alto e da incapacidade revelada pela Câmara em encontrar uma solução para o bem-estar e a segurança dos moradores. Disse que a EMEL continuava a ser notícia pela sua incapacidade de cumprir as funções para as quais havia sido criada. ------------------------------------------ ------ Considerou inadmissível o atraso existente na resposta a requerimentos apresentados por aquela Assembleia, mas que aquilo que se passava com a Comissão de boas práticas era ainda mais que inadmissível, era preocupante e significativo. Explicou que a aquela Comissão tinha terminado o seu mandato em dois mil e onze e que ainda não tinha sido proposta, até àquela data, a sua substituição. -------------------- ------ Expôs que os últimos dados demonstravam uma derrapagem no prazo de pagamento aos fornecedores, que ultrapassava, naquela altura, os três meses, admitindo que seriam aqueles os dados que levavam o Senhor Presidente da Câmara a priorizar o pagamento da dívida. --------------------------------------------------------------- ------ O Senhor Deputado Municipal Miguel Coelho (Partido Socialista) congratulou-se por existir liderança em Lisboa, por Lisboa enfrentar a crise, por Lisboa se ter revelado uma cidade com soluções imaginativas, resistente à crise, ao marasmo, procurando estar à frente do processo de liderança do país. -------------------- ------ Disse que apesar de não existirem recursos para tudo, e não obstante os cortes orçamentais impostos pelo Governo que travavam o crescimento económico e que tinham implicado uma redução substantiva da receita da Autarquia, que não obstante aqueles fatores a cidade tinha conseguido encontrar o essencial nas soluções, tinha demonstrado capacidade em separar o essencial do acessório, tinha sabido imprimir dinâmicas muito concretas. --------------------------------------------------------------------- ------ Felicitou aquele executivo pelo acordo firmado com o Governo, relativamente aos terrenos do aeroporto de Lisboa, pois iria permitir uma redução significativa da dívida e a libertação, para futuros investimentos, da verba que se encontrava cativa para o pagamento dos juros da referida dívida. ---------------------------------------------- ------ Sublinhou a confiança que sentia na liderança que estava a ser impressa na cidade de Lisboa. --------------------------------------------------------------------------------- ------ O Senhor Deputado Municipal Modesto Navarro (Partido Comunista Português) relembrou que o período da informação escrita ia do dia dezasseis de abril ao dia trinta e um de maio e considerou que o facto de a comemoração do dia dez de junho, ou até mesmo a Volvo Ocean Race, constar na informação escrita, era revelador.de alguma ânsia escondida.---------------------------------------------------------- ------ Referiu a aprovação do Regulamento de Incentivos a Operações Urbanísticas de Interesse Municipal, uma peça do processo do Plano Diretor Municipal muito contestada. ---------------------------------------------------------------------------------------- ------ Atribuiu nota positiva às áreas urbanas de génese ilegal. ----------------------------

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------ Mencionou o facto de, apesar de a dotação do Orçamento Participativo ter sido reduzida na sua última edição, passando de cinco para dois milhões e meio de euros, a Câmara não se ter inibido de apresentar seiscentas e cinquenta e nove propostas. ------ ------ Relativamente ao programa “Biblioteca XXI”, um projeto para doze anos, desejou que existissem espaços reservados no Plano Diretor Municipal para as obras que teriam de ser feitas e que os meios financeiros não se esgotassem até ao término do programa. -------------------------------------------------------------------------------------- ------ Referenciou alguns dos problemas existentes na cidade, nomeadamente na área da Higiene Urbana. ------------------------------------------------------------------------------ ------ Falou do Departamento de Reparação e Manutenção Mecânica. Lembrou que tinham levado àquela Assembleia uma Recomendação alicerçada num abaixo-assinado subscrito por mais de cem trabalhadores daquele Departamento. Esclareceu que se tratavam de problemas sérios que careciam de uma decisão eficaz por parte do Vereador Sá Fernandes. ------------------------------------------------------------------------- ------ Enunciou que a Câmara tinha assumido em mil novecentos e oitenta e nove os terrenos do aeroporto que aquele executivo acabara de vender. Acusou o Presidente da Câmara de agir e atuar como se fosse o rei do Município e aconselhou alguma visão democrática e respeito pelos órgãos decisores. ----------------------------------------------- ------ O Senhor Deputado Municipal Diogo Moura (Centro Democrático Social), numa nota prévia àquela Informação Escrita, adiantou que o Centro Democrático Social tinha ouvido as palavras do Senhor Presidente, e que por isso não podiam deixar de abordar o facto de o Senhor Presidente da Câmara ter solicitado ao Senhor Presidente da República o veto do Diploma da Reforma Administrativa da Cidade de Lisboa. --------------------------------------------------------------------------------------------- ------ Considerou irónico que um dos partidos subscritores solicitasse o veto da Lei que tinha, conjuntamente com o Partido Social Democrata, criado e redigido. ----------- ------ Saudou o facto de o Partido Socialista se ter convertido à concordância com a criação da freguesia do Parque das Nações na sua totalidade. ------------------------------ ------ Declarou que o Centro Democrático Social pretendia uma reforma e questionou se aquele executivo estaria em condições de garantir que a Reforma se efetuasse antes das próximas eleições. --------------------------------------------------------------------------- ------ Relativamente à Informação Escrita disse que o Centro Democrático Social gostaria de colocar algumas questões relacionadas com a mobilidade e atividade financeira do Município. ------------------------------------------------------------------------ ------ Lamentou que tivessem anunciando que se iniciavam naquele dia as mudanças no esquema de circulação do Marquês de Pombal e Avenida da Liberdade, considerando que a Proposta para período experimental ainda se encontrava em consulta pública. Indagou o porquê de se implementarem as alterações naquele dia, ao invés de esperar e respeitar a opinião dos lisboetas.------------------------------------------ ------ Salientou que os dados financeiros apresentados naquele documento sinalizavam importantes quebras de receitas, não apenas nos impostos diretos como também nas receitas provenientes da atividade da Câmara, nomeadamente, e entre outras, uma quebra de vinte e quatro vírgula oito por cento nas taxas, multas e outras

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penalidades. Quis saber que tipo de medidas tencionava o executivo adotar por forma a fazer face à escassez de receita. -------------------------------------------------------------- ------ Mencionou que também se verificava uma redução de dezanove, vírgula, treze por cento nos pagamentos, admitindo que pudesse ser uma possível consequência da redução de receita e consequente quebra de tesouraria, tendo sido celebrado para aquele efeito um empréstimo de curto prazo. Indagou se o empréstimo tinha sido utilizado.------------------------------------------------------------------------------------------- ------ Refletiu que, contrariamente ao discurso daquele executivo, a dívida a curto prazo a fornecedores tinha vindo a aumentar, pelo que considerou importante que se esclarecesse que medidas se estavam a implementar para reduzir o prazo médio de pagamento situado, naquela altura, em cento e vinte e quatro dias. ------------------------ ------ Concluiu que todos aqueles dados apontavam para um ano mais difícil e agreste face a dois mil e onze. Revelou que o Centro Democrático Social via com bastante preocupação e bastante incerteza a concretização de um orçamento que considerara na altura irrealista e inexequível. ------------------------------------------------------------------- ------ O Senhor Deputado Municipal João Bau (Bloco de Esquerda) começou por referir que tinham ouvido atentamente a informação do Sr. Presidente relativamente ao acordo firmado com o Governo tendo constatado que o processo de privatização da ANA, que se encontrava em curso naquela altura, exigia ao Governo a regularização da titularidade dos terrenos do maior aeroporto da ANA. ---------------------------------- ------ Admitiu que, do ponto de vista do Município, se encontravam face a uma boa notícia, uma vez que a mencionada regularização iria permitir uma diminuição substantiva do passivo da Câmara, alertando, no entanto, que a tomada de uma posição formal entre a Câmara e o Governo iria exigir, obviamente, um conhecimento mais profundo do dossier em questão. --------------------------------------------------------- ------ Reafirmou que se continuavam a opor à transferência da operação da rede de saneamento de Lisboa para a EPAL, principalmente num momento em que o Governo tinha em curso um processo que visava a privatização da “AdP- Águas de Portugal”. -- ------ Falou do processo da Reforma Administrativa da Cidade de Lisboa. Classificou de insólita a situação que se vivia naquele momento, na qual se verificava que os partidos que tinham aprovado, naquela Assembleia, o Projeto-Lei, Partido Socialista e Partido Social Democrata, ansiavam para que o mesmo fosse vetado pelo Senhor Presidente da República. ------------------------------------------------------------------------ ------ Acrescentou que, por manifesta e inacreditável incompetência política dos seus proponentes, o Decreto aprovado retirava a Lisboa, e entregava ao Município de Loures, uma parcela do território, uma parcela que se situava entre a Avenida Alfredo Bensaúde e os limites do município, e onde se encontravam situados o Laboratório Militar, o Instituto Geográfico do Exército e até a sede de uma empresa Municipal, designadamente, a Gebalis. --------------------------------------------------------------------- ------ Recordou que o Projeto-lei apresentado na Assembleia da República, subscrito pelos deputados do Partido Socialista e do Partido Social Democrata, tinha sido, no essencial, inspirado na proposta aprovada em sessão de Câmara e que posteriormente,

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e sobre a mesma temática, tinham sido apresentados, pelo Centro Democrático Social e pelo Bloco de Esquerda, outros projetos. ---------------------------------------------------- ------ Continuou, relembrando que assim que a legislação, cujo objetivo principal consistia numa significativa redução do número de freguesias, fora aprovada na Assembleia da República, que o Partido Socialista e o Partido Social Democrata haviam submetido a votação na Assembleia da República os Projetos-lei relativos à Reforma Administrativa. Relembrou também que o Grupo Parlamentar do Bloco de Esquerda se opusera a tal procedimento, pois entendiam que após a votação, e no caso de a proposta relativa à criação da freguesia do Parque das Nações viesse a ser aprovada, se impunha a promoção de diálogo entre as Câmaras de Lisboa e Loures. Defenderam, na altura, que o diálogo deveria de definir as condições mais favoráveis, nomeadamente a consideração de compensações para o Município de Loures, relativamente à transferência da Zona de Intervenção da EXPO 98 incluída, no município de Loures, para o município de Lisboa. ------------------------------------------- ------ Rememorou ainda que, face à posição expressa pelo Grupo Parlamentar do Bloco de Esquerda, o projeto do Partido Social Democrata e do Partido Socialista tinha sido alterado por forma a contemplar a criação da freguesia do Parque das Nações, tal como o proposto pelo Bloco de Esquerda. Tendo sido objeto de aprovação. ------ Aditou que aquela pressa em aprovar o projeto do Partido Social Democrata e do Partido Socialista refletia a articulação existente entre o projeto governamental de liquidação de freguesias, liderado pelo Ministro Miguel Relvas, e o projeto de Reforma Administrativa de Lisboa, iniciativa do Partido Socialista e liderado pelo Senhor Presidente António Costa. Aglomerou que a aprovação na Assembleia da República do projeto relativo à cidade de Lisboa, imediatamente após a aprovação da legislação para liquidação de freguesias em todo o país, tinha funcionado como um exemplo para os restantes municípios, tinha demonstrado que a liquidação de freguesias podia ser feita com um consenso político maioritário. -------------------------- ------ Recordou que o processo relativo à cidade de Lisboa, como era do conhecimento de todos os presentes naquela Assembleia, tinha sido tudo menos exemplar. Disse que a iniciativa do Partido Socialista tinha tido início em dois mil e dez, poucos meses depois das eleições, estando em manifesto desacordo com o Programa Eleitoral daquele partido. Avivou que o debate público, referente à reforma administrativa, tinha sido limitado e que não tinha envolvido suficientemente nem os cidadãos de Lisboa, nem os eleitos das freguesias. ------------------------------------------ ------ Mencionou que a delimitação das freguesias que tinha sido proposta tinha resultado de um acordo estabelecido entre as distritais do Partido Social Democrata e o Partido Socialista. Reforçou que o acordo não se tinha caraterizado, como tinham dado a entender os defensores do projeto, por aqueles dois partidos terem colocado as suas diferenças de lado em prol dos interesses da cidade, pelo contrário, o objetivo daquele acordo era o de uma, tanto quanto possível, divisão partidária nas eleições seguintes. ------------------------------------------------------------------------------------------ ------ Relativamente à transparência na gestão autárquica de Lisboa, recordou que o Partido Socialista se tinha comprometido, nas suas duas últimas campanhas eleitorais,

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em assegurar uma gestão pautada pela transparência, pela informação e participação dos cidadãos. Leu um trecho do programa eleitoral “Vão defrontar-se dois modelos de governo da cidade: um modelo de gestão casuística, com uma liderança populista, insensível à especulação imobiliária e à sustentabilidade financeira das decisões; e um modelo baseado no rigor, na transparência das decisões e na participação dos cidadãos” e disse ser aquele o momento certo para reclamar ao Senhor Presidente e ao seu executivo o cumprimento dos compromissos eleitorais. ---- ------ Participou que continuavam à espera de que lhes fosse enviado Relatório “OBRAS PÚBLICAS MUNICIPAIS - O ESTADO DA OBRA”, da autoria do Sr. Vereador Nunes da Silva, solicitado pelo Grupo Municipal do Bloco de Esquerda no dia dezasseis de Abril. -------------------------------------------------------------------------- ------ Informou que no dia trinta e um de maio tinham recebido um ofício da Senhora Presidente da Assembleia Municipal dando conta de que o Senhor Vereador Nunes da Silva tinha informado, sob a forma de ofício que o “referido Relatório tinha sido produzido quando o Sr. Vereador Nunes da Silva era responsável pelo pelouro das obras”. Esclarecendo que era do seu entendimento que “esse Relatório e demais documentos produzidos fazem parte dos serviços da CML e não pertencem a quem os elaborou ou mandou elaborar”, mais, o Senhor. Vereador acrescentava que “como tal, julga-se que caberá ao atual responsável pelo pelouro das obras, Sr. Vereador Manuel Salgado, a autorização para o envio do citado relatório à Assembleia Municipal (...) dado versarem sobre matérias que se encontram sob alçada daquele Vereador”. Partilhou que a Senhora Presidente da Assembleia encaminhara o pedido ao Senhor. Vereador Manuel Salgado no dia vinte e seis de abril,. -------------------------------------- ------ Esclareceu que como continuavam sem receber o referido relatório, que tinham reforçado o pedido no dia cinco de junho.----------------------------------------------------- ------ Sublinhou que uma das principais funções da Assembleia Municipal era “acompanhar e fiscalizar a atividade da câmara municipal” e que tinha o direito a obter “a informação útil da câmara, facultada em tempo oportuno” necessária ao cumprimento das suas funções. Considerou que aquela recusa, por parte da Câmara, no fornecimento de documentos considerados indispensáveis, era um atropelo às mais elementares normas de relacionamento institucional. Declarou que não iriam aceitar aquela situação e classificou-a de “democraticamente insustentável.”. ------------------- ------ Solicitou ao Senhor Presidente que pusesse termo àquela situação, de trespasse de responsabilidade entre vereadores, e assegurasse o cumprimento da legalidade democrática. -------------------------------------------------------------------------------------- ------ Acrescentou que a prestação de contas dos titulares de órgãos políticos de carácter executivo aos membros das assembleias que os fiscalizam, e aos cidadãos em geral, exigia o escrupuloso cumprimento das normas legais que disciplinavam as relações entre os titulares dos órgãos executivos e os titulares das assembleias que os fiscalizavam. Que não aceitava que a política de informação do executivo àquela Assembleia, e aos deputados municipais, passasse pela gestão ilegal do silêncio sempre que isso lhe conviesse. Frisou que a informação solicitada não era informação

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de carácter privado ou pessoal, era informação relativa ao exercício de atividades públicas, relativa ao exercício de funções públicas. ------------------------------------------ ------ Questionou o porquê de não terem recebido, até àquela altura, o supracitado relatório. Indagou sobre o que estaria a obstaculizar a entrega daquele relatório. -------- ------ A Senhora Deputada Municipal Aline Hall (Partido Popular Monárquico) disse que se iria focar em três pontos importantes, nomeadamente, Terreiro do Paço, Bairro Alto e Intendente. ------------------------------------------------------------------------ ------ Falou da inauguração da Ala Nascente. Disse que a traça original da Praça tinha sido desvirtuada e o que património tinha sido desrespeitado através da colocação de uns candeeiros protótipos de “empalamento”. ------------------------------------------------ ------ Lembrou a importância que a UNESCO atribuía à manutenção dos elementos originais e não a modismos e modernismos contemporâneos, e acrescentou que a colocação daqueles candeeiros poderia colocar em causa o reconhecimento daquela Praça como Património Mundial. -------------------------------------------------------------- ------ Relativamente ao Bairro Alto, falou da agressão, e posterior esfaqueamento, ao realizador Fonseca e Costa, à porta da sua casa. Considerou que aquele episódio era ilustrativo da necessidade premente de um maior policiamento naquela zona e a tomada de medidas eficazes dos problemas gravíssimos que assolavam aquela zona, nomeadamente, e entre outros, tráfico de vária ordem, drogas, higiene pública e segurança. Espelhou serem problemas anteriormente focados pelo Partido Popular Monárquico através de uma Moção apresentada, e aprovada, no dia vinte e quatro de abril de dois mil e doze. ------------------------------------------------------------------------- ------ Passou ao Intendente. Citou um artigo publicado no dia dezasseis de junho de dois mil e doze no jornal Correio da Manhã “há uns anos Lisboa tinha quatro hipermercados de droga, o Casal Ventoso, a Curraleira, o Camboja e o Bairro Chinês. Hoje vende-se haxixe, cocaína e heroína em qualquer esquina (…) no Bairro Alto, há segunda tentativa, encontramos a pessoa certa: já não há branca – avisa o vendedor. E o negócio fica adiado para a manhã seguinte. Por €45 compramos um grama. No Intendente, a dois passos do Gabinete do Presidente da Câmara, é um toxicodependente que usamos como guia. Onde é que podemos comprar heroína? – E ele grita: ó Rui há aqui malta para ti. Encostado há porta de um café, de boné na cabeça, Rui vem até nós. O grama é a €40, mas faz a €35. O perigo espreita nos produtos de corte, comprimidos esmagados, vidro moído e até produtos de veterinária”. -------------------------------------------------------------------------------------- ------ Concluiu que festas para agradar ao povo e o maquilhar uma cidade não eram soluções. Lembrou que os problemas continuavam a crescer tornando a cidade perigosa. ------------------------------------------------------------------------------------------- ------ O Senhor Deputado Municipal António Arruda (Partido da Terra) congratulou o executivo pela inauguração, no Parque da Belavista, no dia quinze de Maio, do Novo Centro de Acolhimento para Crianças Refugiadas e relembrou que o Partido da Terra apresentara em dois mil e dez, naquela Assembleia, uma recomendação que visava a Criação da Casa Municipal de Acolhimento aos Doentes provenientes dos PALOPS. Quis saber se seria aquela a altura em que o executivo

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estaria a pensar, finalmente, em dar cumprimento à recomendação que fora aprovada em dois mil e dez. -------------------------------------------------------------------------------- ------ Congratulou também o Senhor Presidente pela implementação, no Parque de Estacionamento do Chão do Loureiro, de medidas ambientalmente corretas, designadamente as referentes à dotação de um piso exclusivo para viaturas elétricas, bem como a instalação da central fotovoltaica de cento e quarenta painéis solares que iriam permitir àquele Parque de Estacionamento consumir energia produzida pelo sol sem recorrer à rede pública de abastecimento de energia. Disse que, às vezes, eram simples ideias como aquela que faziam a grande diferença. -------------------------------- ------ Louvou a iniciativa da realização da 5ª Edição do Orçamento Participativo de Lisboa que tinha obtido uma participação maciça da população, designadamente as referidas cento e sessenta propostas saídas de todas as Assembleias Participativas, reveladoras do interesse dos Lisboetas em se manifestarem relativamente à sua cidade. ------ Criticou, relativamente à informação escrita, algumas das medidas tomadas por aquele executivo. Começou pela inauguração Ala Nascente do Terreiro do Paço, ponto no qual o Senhor Presidente referia que a operação de reconversão da Ala Nascente estava em linha com o estabelecido no Plano Estratégico, relativamente ao renascer de um ponto de encontro numa praça capital, nomeadamente o Terreiro do Paço. ----------------------------------------------------------------------------------------------- ------ Recordou, sem pretender colocar em causa o esforço de reabilitação da Praça, que o Senhor Presidente se tinha comprometido, no início do seu primeiro mandato, em recolocar os “quadros de calçada” existentes naquele local no início da referida obra de reabilitação. ----------------------------------------------------------------------------- ------ Indagou se se deveria considerar aquela promessa, pois tinham preferido que o Senhor Presidente cumprisse com a sua promessa eleitoral, de devolver àquela Praça os quadros de calçada portuguesa, ao invés dos ocasionais porcos e nabos com que o Senhor Presidente ocasionalmente brindava os lisboetas. ----------------------------------- ------ Disse que cumpria referir que ao longo do documento apresentado pelo Senhor Presidente se denotava uma evidente preocupação com o ambiente citadino, quer através dos estudos ambientais que a Câmara dizia ter encomendado, quer através das suas ações no âmbito da promoção dos veículos elétricos, que tinham, aliás, granjeado o Prémio E-Visionary da World Vehicle Association, e congratulou o Senhor Presidente por aquele prémio. ------------------------------------------------------------------ ------ Questionou, considerando as preocupações ambientais manifestadas pela Câmara, o porquê de a Autarquia não ter estado representada na Cimeira da Terra do Rio + 20, uma importantíssima Cimeira que tinha sido organizada por um país lusófono pertencente a uma organização, a CPLP. ------------------------------------------- ------ Adiantou que o argumentou da contenção de custos não se aplicava, uma vez que, e salvaguardando que não pretendia desvalorizar o trabalho desenvolvido pela artista plástica Joana Vasconcelos, o Senhor Presidente tinha estado presente com uma delegação da Câmara, nas datas da cimeira, no Palácio de Versalhes por ocasião da apresentação da exposição daquela artista. ---------------------------------------------------

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------ Indagou os critérios que tinham estado na base daquela decisão, na decisão de escolher representar a Câmara num evento e não no outro; se seria mais importante para a Cidade de Lisboa estar representada na exposição da artista Joana Vasconcelos do que estar representada no acontecimento mundial mais importante de dois mil e doze na área do ambiente; como é que o Senhor Presidente explicava que a cidade de Lisboa, que sempre tinha dado cartas na área do ambiente, não tivesse estado presente num dos eventos internacionais mais importantes naquela área, como tinha sido o caso da referida conferência, por fim, questionou o paradeiro do Senhor Vereador do Ambiente, Sá Fernandes, no decorrer da Cimeira. ------------------------------------------- ------ Recordou que a Câmara tinha sido, no mandato do Dr. Jorge Sampaio e no mandato do Dr. João Soares, uma referência mundial na área do ambiente, uma menção obrigatória nos circuitos intelectuais na área da proteção e defesa do ambiente. Interrogou o Senhor Presidente, e o seu executivo, se futuramente pretendiam ser lembrados como os responsáveis pelo afastamento de Lisboa do debate internacional sobre o ambiente, constatando que Lisboa não tinha qualquer política do ambiente digna de uma cidade capital. -------------------------------------------------------- ------ Mencionou que a Autarquia tinha contratado António Mega Ferreira, para a elaboração de um estudo sobre os museus da cidade, pela módica quantia de dezanove mil euros. Inquiriu se a Câmara não tinha técnicos competentes, com especialização naquela área, capazes de elaborarem tais estudos, e quis saber qual a opinião do Senhor Presidente relativamente àquele assunto. --------------------------------------------- ------ Congratulou a Autarquia pela conclusão das obras do Metropolitano e criticou a falta de obra nas obras da Praça Francisco Sá Carneiro. ------------------------------------- ------ Congratulou também a administração do Metropolitano de Lisboa por ter concluído, na semana anterior, mais três novas estações. Acrescentou que aquelas novas estações iriam permitir que mais pessoas optassem pela utilização do metro em substituição do automóvel o que, necessariamente, não só iria contribuir para a efetiva redução da poluição atmosférica na cidade de Lisboa como, também, para o desenvolvimento do turismo na cidade de Lisboa, colocando-a ao nível das outras capitais europeias, quanto mais não fosse, ao nível das infraestruturas. ------------------- ------ Solicitou explicações relativamente à confusão instalada na Praça do Areeiro cuja obra do Metro parecia estar parada sem que se pudesse vislumbrar a sua conclusão. ----------------------------------------------------------------------------------------- ------ A Senhora Deputada Municipal Cláudia Madeira (Partido Ecologista “Os Verdes”) começou por mencionar a prova da Volvo Ocean Race, dizendo que não se opunham à prova em si, nem àquilo que a mesma pudesse oferecer à cidade, mas que lamentavam o facto de não se terem assegurado as condições necessárias aos pescadores do estuário do Tejo, obrigando-os a desocupar, para efeitos de requalificação do espaço, aquela zona, não tendo a Autarquia assegurado nenhuma alternativa que minimizasse o impacto que aquela desocupação iria ter na vida, e no trabalho, dos pescadores. ------------------------------------------------------------------------ ------ Relembrou que tinha sido aprovada, naquela Assembleia, uma recomendação, proposta pelo Grupo municipal “Os Verdes”, por forma a assegurar que a Câmara iria

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assumir uma posição relativamente àquela situação, diligenciando junto das entidades competentes uma solução que salvaguardasse as condições de trabalho dos pescadores. ---------------------------------------------------------------------------------------- ------ Adiantou que nada daquilo havia sido feito, e que as deliberações daquela Assembleia tinham sido ignoradas. ------------------------------------------------------------ ------ Pediu esclarecimentos sobre uma notícia relacionada com o site da Câmara, onde constava que a Autarquia tinha deixado de disponibilizar on line as atas, propostas e outros documentos do interesse público. Indagou sobre o motivo que teria levado àquela suspensão. ------------------------------------------------------------------------ ------ Relativamente aos espaços verdes disse que tinham sido informados pelo Executivo, em junho do ano anterior, que iria ser feita uma apresentação sobre a Estratégia para a Gestão dos Espaços Verdes. Mencionou que gostariam de saber, considerando que continuavam à espera, qual era a intenção do Município relativamente àquele assunto. ------------------------------------------------------------------- ------ Lamentou, que mais uma vez a Câmara se tivesse decidido pela edição do mega piquenique, não obstante o que fora dito, e condenado, no ano anterior. Lamentou que a Câmara continuasse a insistir na promoção de iniciativas de privatização do espaço público, através de operações de marketing que se escondiam por detrás de uma suposta promoção da produção nacional. Acusou o Grupo Sonae de ser um dos maiores responsáveis pelo estrangulamento dos produtores nacionais, através da imposição de condições inaceitáveis que impossibilitavam os produtores de comercializarem, naquelas superfícies, os seus produtos face ao monopólio e às exigências da grande distribuição. ------------------------------------------------------------- ------ Indagou sobre os recursos e os equipamentos utilizados naquela iniciativa; sobre o valor de taxas de ocupação da via pública e de publicidade isentadas na realização do evento e sobre qual o valor despendido pela Autarquia para a realização daquela iniciativa. ------------------------------------------------------------------------------------------ ------ Solicitou à Câmara que esclarecesse aquela Assembleia relativamente às questões apresentadas. --------------------------------------------------------------------------- ------ Falou da greve que os trabalhadores da limpeza urbana tinham levado a cabo no mês anterior. Esclareceu que o principal objetivo tinha sido o de alertar para um conjunto de problemas que afetavam os trabalhadores da Autarquia, designadamente cantoneiros e motoristas, com sérias, e óbvias, repercussões nas suas condições de vida e de trabalho. -------------------------------------------------------------------------------- ------ Evidenciou o contributo imprescindível, daqueles trabalhadores, para a higiene da cidade e, consequentemente, para a qualidade de vida da população lisboeta. -------- ------ Sublinhou que eram realizados, por toda a cidade, mega eventos, como era o o caso do Rock in Rio ou o do Mega Piquenique, os quais beneficiavam de isenções de taxas, mas que a realidade dos trabalhadores da autarquia, principalmente para os que estavam afetos à limpeza urbana, era bem diferente, pois a falta de recursos humanos e a falta de pagamento a tempo e horas do trabalho extraordinário prejudicava, em muito, a vida daqueles trabalhadores. ----------------------------------------------------------

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------ Referiu que a Câmara, e segundo algumas notícias, havia revelado não ter capacidade para fiscalizar os contratos firmados com duas empresas privadas, para afixação de publicidade nos mupis, paragens de autocarros e outro mobiliário urbano da cidade. ------------------------------------------------------------------------------------------ ------ Deduziu que tal facto se devia à inexistência de um serviço camarário verdadeiramente responsável pela gestão centralizada daqueles contratos, bem como ao facto de a Câmara desconhecer quantos equipamentos publicitários tinham sido instalados por aquelas duas empresas, na cidade de Lisboa. ------------------------------- ------ Esclareceu que a pretensão d’ “Os Verdes” era saber o que é que efetivamente tinha sido feito, se a Câmara conseguia dizer onde residia o problema e se pretendia continuar naquela situação. --------------------------------------------------------------------- ------ Recordou que tinham sido aprovados no final do ano de dois mil e dez, naquela Assembleia, os Mapas Estratégicos de Ruído para a Cidade de Lisboa, e que uma das responsabilidades do município era aprovar planos de acção baseados nos mapas estratégicos de ruído, de modo a prevenir e reduzir o ruído ambiente sempre que necessário e em especial quando os níveis de exposição fossem susceptíveis de provocar efeitos prejudiciais à saúde. ---------------------------------------------------------- ------ Acrescentou que na altura, a proposta apresentada, e aprovada, continha apenas os Mapas de Ruído, não estando incluídos os Planos de Ação legalmente previstos. Lembrou também que, na altura, uma das condições para a aprovação da proposta tinha sido o compromisso da Câmara em entregar, no menor espaço de tempo possível, os Planos de Ação em falta. ---------------------------------------------------------- ------ Quis saber em que fase se encontravam os Planos de Ação e o porquê de ainda não terem sido apresentados, tendo tido a Câmara um ano e meio para o fazer. --------- ------ Relativamente à Reforma Administrativa, e depois do Presidente da República ter devolvido o diploma da reorganização administrativa de Lisboa à Assembleia da República, disse que afinal, e tal como sempre haviam dito, que não era necessário tanto show off, tanta propaganda e tanta pressa, que afinal, o que sempre tinha faltado tinha sido o rigor, a seriedade e a competência. ---------------------------------------------- ------ Concluiu que contrariamente ao relatado pelo Senhor Presidente naquela informação escrita, nem tudo ia bem por Lisboa, acusando o Presidente da Câmara de ter apresentado àquela Assembleia um relatório completamente parcial e tendencioso, que deixava de lado o que realmente se passava em Lisboa e aquilo que realmente afetava as pessoas. ------------------------------------------------------------------------------- ------ O Senhor Deputado Municipal Nuno Roque (Partido Social Democrata) disse que tinha analisado atentamente a Informação escrita e que tinha registado pormenorizadamente tudo aquilo que dizia respeito à sua área geográfica. --------------- ------ Mencionou o Plano de Urbanização do Alto do Lumiar. Disse que era um Plano estratégico para a cidade e para a zona norte da capital. Referiu que naquela altura se encontrava em curso a construção do eixo central e elogiou os Arquitetos que tinham desenvolvido aquele plano, um plano que revelava uma enorme capacidade de planeamento. -------------------------------------------------------------------------------------

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------ Felicitou todos os que haviam contribuído para o desenvolvimento daquele plano. ---------------------------------------------------------------------------------------------- ------ Referiu o Terreiro do Paço e destacou a importância de todas as atividades comerciais, lúdicas e culturais ali desenvolvidas. -------------------------------------------- ------ Alertou para o estudo realizado pela Deco que colocava Lisboa no vigésimo lugar, num universo de vinte e uma cidades, e no âmbito de um estudo que pretendia averiguar as melhores cidades para se viver em Portugal. Afirmou que enquanto autarcas não podiam permitir que Lisboa continuasse com semelhante classificação. --- ------ Sugeriu que, no meio de tantos eventos e comemorações, se começasse a celebrar de forma solene o dia da Cidade. ----------------------------------------------------- ------ Relembrou que como autarcas se tinham de fazer respeitar, que tinham a obrigação de conquistarem o respeito da população, nomeadamente através do cumprimento do programa eleitoral. Chamou, por isso, a atenção para a necessidade das creches e para a recolha seletiva. ---------------------------------------------------------- ------ O Senhor Deputado Municipal André Couto (Partido Socialista) felicitou o executivo pelo conteúdo daquela informação escrita, quer ao nível dos grandes projetos, quer nos pequenos pormenores que faziam, cada vez mais, a diferença na cidade. --------------------------------------------------------------------------------------------- ------ Enalteceu o acordo com o Governo, que iria libertar uma quantia significativa destinada ao investimento na cidade. ---------------------------------------------------------- ------ Destacou que, na freguesia de Campolide, se tinham iniciado os trabalhos na encosta da Rua Inácio Pardelhas Sanches, que na quinta da bela flor já existiam espaços verdes, o alcatroamento de algumas vias muitos importantes. -------------------- ------ Agradeceu ao senhor Presidente pelos, pequenos, pormenores e pelos acordos históricos que tinha conseguido concretizar. Afirmou que era assim que se fazia Lisboa. --------------------------------------------------------------------------------------------- ------ O Senhor Deputado Municipal Luis Graça Gonçalves (Partido Social Democrata) numa interpelação à mesa, considerou que o Deputado Municipal André Couto se excedera na sua intervenção. --------------------------------------------------------- ------ O Senhor Deputado Municipal Magalhães Pereira (Partido Social Democrata) esclareceu, em relação à aprovação do Plano Diretor Municipal, que aquele não era o fim do processo do PDM mas sim o começo do fim daquele processo.------------------------------------------------------------------------------------------- ------ Lamentou que mais uma vez o conteúdo da informação escrita estivesse desatualizado. ------------------------------------------------------------------------------------ ------ Referiu a relação da Câmara com as freguesias de Lisboa representadas pelas suas juntas. Relembrou que as freguesias tinham a mesma legitimidade democrática que a Câmara, que ambas tinham sido eleitas, que ambas respondiam perante as respetivas Assembleias, que ambas eram autoridades civis e que ambas se deveriam respeitar enquanto autoridades de um espaço comum. Constatou que, no entanto, aquilo a que se tinha vindo a assistir era a uma constante tentativa de minimização das juntas de freguesia e da sua área administrativa, tentativa que se refletia nos mais pequenos pormenores, nomeadamente, e entre outros, ao nível das transferências de

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verbas referentes à participação das freguesias nos resultados municipais, ou nas verbas relativas à execução das delegações de competências que as juntas executavam por conta da autarquia, tratando as juntas, em termos contabilísticos e financeiros, como fornecedores e não como parceiros.----------------------------------------------------- ------ Exaltou a pouca consideração que a Autarquia revelava ter pelas freguesias e sublinhou que o respeito tinha dois lados. ----------------------------------------------------- ------ O Senhor Deputado Municipal Nélson Antunes (Partido Social Democrata) rememorou que em abril e dezembro de dois mil e oito, e em outubro de dois mil e onze, naquele lugar, tinha alertado para o estado decrépito do Pavilhão Carlos Lopes. Lamentou que o pavilhão continuasse, até àquela data, moribundo e em asfixia total. Recordou que a recuperação daquele equipamento era uma promessa eleitoral. --------- ------ Revelou que aquela situação o chocava, pois sabia que existiam verbas destinadas àquele efeito e desejou que o clausulado no Decreto-Lei 15/2003 de 30 de Janeiro, não tivesse sido desbaratado para outros projetos. Desenvolveu que na alínea c), do nº 1 do art.º 3º do DL atrás referido, a concessionária da zona de jogo do Estoril prestava uma contrapartida inicial de trinta milhões de euros, e que o nº 2 do art.º citado referia que as prestações seriam atualizadas com recurso à evolução do índice de preços do consumidor. ----------------------------------------------------------------------- ------ Acrescentou que a contrapartida inicial seria depositada no Instituto de Financiamento e Apoio ao Turismo, tal como o explícito no art.º 4º do mesmo DL e teria como destino trinta e três e meio por cento para um teatro no Parque Mayer, quatro milhões novecentos e cinquenta mil euros para um outro equipamento cultural no Parque Mayer, a mesma importância para recuperação do Pavilhão Carlos Lopes e a verba restante seria destinada à criação de um Museu num município de Lisboa. ----- ------ Elucidou que as verbas que não fossem utilizadas nos prazos estabelecidos, pelo despacho do Ministro de Economia, reverteriam a favor do IFT. -------------------------- ------ Considerou urgente o esclarecimento cabal daquela situação. ----------------------- ------ Indagou o porquê de as Propostas nº351/2012 e 73/2012, que tinham sido aprovadas em sessão de Câmara, não terem sido enviadas àquela Assembleia Municipal, a quem cabia a competência de autorizar a Câmara a concessionar por concurso público a exploração de obras e serviços públicos fixando as respetivas condições gerais ao abrigo do art.º 53º, nº 2 alínea q) e o art.º 64º, nº 6 da Lei nº 169/99 de 18 de setembro com a redação produzida pela Lei 5A/2002 de 11 de janeiro. --------------------------------------------------------------------------------------------- ------ Solicitou que à Senhora Presidente da Assembleia que promovesse junto da Câmara Municipal de Lisboa o envio das propostas nº 351/2012 e 73/21012 para agendamento, discussão e deliberação; que promovesse também, solicitando à IGAL que se pronunciasse sobre o destino das contrapartidas que estariam depositadas no Instituto de Financiamento e Apoio ao Turismo referentes ao DL nº 15/2003 de 30 de janeiro relativamente ao art.º 4º alínea c), e que do mesmo modo a IGAL se deveria de pronunciar sobre a aplicação correta dos montantes a que se referia a alínea b) do nº 1 do art.º 5º do DL 15/2003.-----------------------------------------------------------------------

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------ Solicitou ainda à Câmara Municipal de Lisboa a informação referente à proveniência das verbas à empreitada de rega automática e a outras intervenções executadas no Parque Eduardo VII e o Jardim Amália Rodrigues. ------------------------- ------ O Senhor Presidente da Câmara Municipal de Lisboa começou por dizer que gostaria imenso de ter ido à Cimeira do Rio, mas como não tinha sido convidado, pelo Governo, a integrar a delegação portuguesa, não tinha podido representar a Câmara naquele evento. ------------------------------------------------------------------------- ------ Lamentou que o senhor deputado do Centro Democrático Social não estivesse bem informado relativamente à alteração do trânsito na Avenida da Liberdade. Esclarecendo que o que havia sido dito era que iriam começar naquele dia as obras de alteração da rotunda, não se alterando o sentido de trânsito na Avenida da Liberdade, porque como também havia sido dito, só se iniciaria o período experimental em Setembro.------------------------------------------------------------------------------------------ ------ Relativamente às empresas municipais, e dirigindo-se ao Senhor deputado Rui Pessanha, revelou que também se encontravam ansiosos por poderem vir a intervir nas Empresas Municipais, mas como o Governo tinha tomado a iniciativa de apresentar uma Proposta de Lei relativamente às empresas municipais, que iria ser votada no dia seguinte na Assembleia da Republica, tinha de aguardar pela conclusão daquele processo legislativo antes de intervirem nas Empresas Municipais. ----------------------- ------ Informou o senhor deputado Nuno Roque que se encontrava solidário na preocupação manifestada com as creches. Esclareceu que a execução do programa se encontrava atrasada, mas que na última reunião de Câmara tinha sido aberto o concurso público para a empreitada da construção de onze creches, sendo dez delas duplas, o que iria permitir a construção de vinte unidades, e que daquelas vinte unidades, treze iriam ser a norte da segunda circular. ---------------------------------------- ------ Clarificou que existia um equívoco em relação ao Pavilhão Carlos Lopes. Aclarou que o tinha sido assinado com o Governo anterior não tinha nada a ver com aquilo que ali tinha sido descrito. Elucidou que o que tinha sido assinado com o Governo anterior tinha sido a cedência do Pavilhão Carlos Lopes para a instalação do Museu Parque do Desporto, e que o Governo tinha, na altura, lançado um concurso publico para a Arquitetura que tinha ficado deserto. Seguidamente, e assim que aquele Governo tinha tomado posse, a Câmara, representada pelo seu presidente, indagara ao senhor Ministro se pretendia manter aquele projeto, tendo o senhor ministro tido a gentileza de enviar uma carta à Autarquia, onde dizia formalmente que não possuíam condições para a execução daquele projeto e que iriam instalar o Museu do Desporto noutras instalações, devolvendo assim o edifício à Câmara. -------------------------------- ------ Explicou que a Câmara tinha então lançado um concurso, que por não se tratar de uma concessão de obra pública, não necessitava de ir àquela Assembleia. ------------ ------ Assumiu que existia uma divergência de fundo com o senhor deputado Modesto Navarro. Disse que no seu entender as autarquias locais faziam parte da administração pública e que se deveriam de relacionar de uma forma dita normal e institucional com os outros órgãos da administração pública. Adiantou que enquanto cidadão votava, para Presidente da República, no candidato que entendesse que melhor representaria o

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país, e que enquanto Presidente da Câmara, se relacionava institucionalmente de forma cortês correta e afável com qualquer Presidente da República que fosse eleito pelos portugueses e que o mesmo se aplicava aos Governos, entendia que devia de cooperar quando tal se aplicasse, de colocar problemas quando existissem problemas a colocar e distinguir a fronteira daquilo que era matéria em que o Município se deveria de pronunciar e a matéria sobre a qual o Município se deveria remeter ao silêncio. ----- ------ Explicou que, relativamente aos terrenos do aeroporto, era obviamente matéria do interesse municipal saber se os terrenos pertenciam ao Município ou ao Estado e para que fins eram utilizados, mas que as intenções do Governo de privatizar da ANA, já não eram matéria de interesse do município. Acrescentou que enquanto cidadão tinha, obviamente, a sua opinião, mas relembrou que não se encontrava naquela Assembleia como cidadão mas sim como Presidente da Autarquia e que enquanto Presidente da Câmara não tinha de se pronunciar sobre opções que eram da estrita competência de um órgão de soberania. ------------------------------------------------------- ------ Considerou grave a questão colocada pelo senhor deputado João Bau relativamente à Reforma Administrativa da Cidade. Lamentou a posição adotada pelo Partido Comunista Português e pelo Bloco de Esquerda em relação àquela reforma. Acrescentou que acusavam o Governo de impor uma Reforma Administrativa e que defendiam que a reforma deveria de ser por iniciativa e de acordo com a vontade dos órgãos do poder local. --------------------------------------------------------------------------- ------ Afirmou que em Lisboa a Reforma Administrativa era a vontade dos órgãos do poder local. Relembrando em seguida que a proposta tinha sido uma iniciativa da Câmara, que tinha sido aprovada naquela Assembleia, que tinha ido para debate público, tinha voltado à Câmara, voltando a ser aprovada e que voltara àquela Assembleia, tornando a ser aprovada, tendo dali saído para a Assembleia da República. ---------------------------------------------------------------------------------------- ------ Defendeu que aquela Reforma era histórica, e que visava reforçar o poder e as competências das juntas de freguesia. --------------------------------------------------------- ------ O Senhor Deputado Municipal Modesto Navarro (Partido Comunista Português) esclareceu que tinha focado o enlevo com o senhor Presidente da República devido à inclusão do elogio às comemorações do dia dez de junho, num relatório que terminava no dia trinta e um de maio. ------------------------------------------ ------ Lembrou, relativamente ao envolvimento ou tomadas de posição em relação ao poder central, que tinha sido assinado um protocolo entre a Câmara e o antigo Ministro Correia de Campos que visava o encerramento de cinco hospitais na cidade de Lisboa, consignado aqueles territórios à intervenção privada e especulação imobiliária. ---------------------------------------------------------------------------------------- ------ Reforçou, relativamente à Reforma administrativa, que o que sempre tinham defendido desde o início tinha sido a participação das populações, a participação das freguesias. ---------------------------------------------------------------------------------------- ------ Defendeu que na perspetiva do Partido Comunista o encerramento de vinte e nove freguesias não era um ato democrático. -------------------------------------------------

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------ O Senhor Deputado Municipal João Bau (Bloco de Esquerda) disse que pretendia recordar que se o Presidente da República tinha vetado a Proposta referente à Reforma Administrativa da cidade de Lisboa que o tinha feito devido à incompetência dos deputados do Partido Socialista e do Partido Social Democrata. ---- ------ Acrescentou que democracia não era a ditadura da maioria, mas sim o governo da maioria no respeito das minorias, no respeito das relações institucionais, no respeito da legalidade democrática. ------------------------------------------------------------ ------ Explicou que tinham protestado por considerarem que aquele tinha sido um processo muito pouco democrático. ------------------------------------------------------------ ------ Expôs que não tinha como objetivo irritar o Senhor Presidente, que o objetivo era saber quando é que o Senhor Presidente iria entregar o documento solicitado e, sublinhou que mais uma vez tinham ficado sem resposta. ---------------------------------- ------ O Senhor Deputado Municipal Paulo Quaresma lamentou que o senhor Presidente da Câmara procurasse imputar aos deputados do Partido Comunista Português e do Bloco de Esquerda a incompetência dos deputados do Partido Socialista e do Partido Social Democrata. ----------------------------------------------------- ------ Recordou que a Proposta discutida naquela Assembleia não era a mesma que se encontrava na Assembleia da República. ------------------------------------------------------ ------ O Senhor Presidente da Câmara defendeu que Lisboa ficaria a ganhar com um modelo de gestão mais eficaz, nomeadamente, através da transferência de competências da Câmara para as juntas, desde que as referidas juntas tivessem dimensão, escala e capacidade que lhes permitisse a execução das referidas competências. Esclareceu que tinha sido aquela a reforma ali votada, que o que ali tinham votado não implicava apenas a extinção de freguesias. Acrescentou que aquela reforma assentava em três pilares, designadamente, as competências que as freguesias deveriam de ter, quais os meios necessários e que dimensão, escala e capacidade necessitavam de ter para o exercício daquelas funções. ------------------------------------- ------ Clarificou que o veto na Assembleia da República se prendia com um único fator, com o facto de, no debate, se ter sinalizado a existência de um erro, um erro existente no mapa, e que em redação final a correção só poderia ser feita se existisse consenso. Lembrou que os deputados do Partido Comunista Português tinham dito que não davam consenso à correção daquele erro na redação final. Admitiam a existência do erro, mas viam naquela situação uma oportunidade de bloquearem aquele processo, uma oportunidade que não teriam de outra forma. ---------------------- ------ Reconheceu que era efetivamente um direito dos deputados do Partido Comunista Português, mas considerou que aquela atitude era, sob o ponto de vista democrático, uma indignidade. Considerou que um caso exemplar de um abuso de direito, pois perante um erro, corrige-se o erro. ---------------------------------------------- ------ Relativamente aos terrenos do aeroporto, afirmou que não tinha ajustado nenhum texto com o Governo sem primeiro auscultar as forças políticas representadas na Câmara. Acrescentou que ouvira todas e que todos tinham visto o texto. Disse ainda que sabia quem é que tinha ou não concordado. ---------------------------------------

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------ Adiantou que, e contrariamente à acusação que lhe tinha sido dirigida, também não tinha vendido à primeira oportunidade, que aquela negociação durava há muito tempo, que tinham sido feitas muitas avaliações para se apurar o valor daqueles terrenos e que tinham conseguido encontrar um valor considerado justo pelas partes envolvidas naquela negociação. --------------------------------------------------------------- ------ Almejou ver o Partido Comunista Português a defender a urgência, para a cidade de Lisboa, da construção do Hospital de Todos os Santos. Disse que era urgente para a requalificação da zona oriental de Lisboa, que era urgente porque os cuidados de saúde da Cidade iriam melhorar com a criação daquele hospital.------------ ------ O Senhor Deputado Municipal Modesto Navarro disse ouvir opiniões era uma coisa, reunião dos órgãos era outra. Afirmou que não tinha mistificado, na sua anterior intervenção, a democracia ou o processo democrático. ---------------------------- ------ Declarou que admirava muito o progenitor do senhor Presidente da Câmara, que tinha sido um grande camarada, e lamentou a conduta do senhor Presidente. Considerou que o caminho adotado pelo Dr. António Costa envergonharia o seu progenitor se fosse vivo. ------------------------------------------------------------------------- ------ O Senhor Presidente da Câmara pediu que ficasse registado em ata que a intervenção do senhor deputado Modesto Navarro não merecia qualquer resposta.------ ------ A Senhora Presidente congratulou-se, com a cidade de Lisboa, pela aquisição do novo instrumento de gestão. Agradeceu a dedicação das Comissões de Urbanismo do PDM e das Finanças, e aos deputados que com aquelas haviam colaborado. Agradeceu também à equipa da Câmara que se dedicara ao longo daqueles anos à construção daquele novo instrumento de gestão. --------------------------------------------- ------ Informou que a reunião seguinte se iria realizar no dia trinta e um de julho pois tinham muitas propostas das finanças, propostas importantes para o funcionamento da cidade. --------------------------------------------------------------------------------------------- ------ Nota: As propostas aprovadas na presente reunião consideram-se aprovadas em minuta, nos termos da deliberação tomada pela Assembleia, por unanimidade, na reunião realizada no dia vinte e quatro de Novembro de dois mil e nove, inserida na páginas cinco da ata número dois. ------------------------------------------------------------------ A Senhora Presidente deu por encerrada a sessão, às vinte horas. ------------------- ----- E eu, , Primeiro Secretário, fiz lavrar a presente ata que subscrevo juntamente com a Segunda Secretária, . ---- --------------------------------------- A PRESIDENTE ------------------------------------------