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----------------------- ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE LISBOA ------------------------ ----- SESSÃO EXTRAORDINÁRIA DA ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE LISBOA, INICIADA NO DIA 18 NOVEMBRO E CONTINUADA NO DIA 25 DE NOVEMBRO DE 2008. ------------------------------------------------------------------- -------------------------- ACTA NÚMERO SESSENTA E TRÊS -------------------------- ----- No dia 25 de Novembro de 2008, reuniu na sua Sede, sita no Fórum Lisboa, na Avenida de Roma, a Assembleia Municipal de Lisboa, sob a presidência da sua Presidente efectiva, Excelentíssima Senhora Dra. Paula Maria Von Hafe Teixeira da Cruz, coadjuvada pelos Excelentíssimos Senhores Eng.º Jorge Manuel Mendes Antas e Nelson Pinto Antunes, respectivamente Primeiro e Segundo Secretários. -------------- ----- Assinaram a “lista de presenças”, para além dos mencionados, os seguintes Deputados Municipais: --------------------------------------------------------------------------- ----- Afonso Miguel Silveira Machado Pereira da Costa, Alberto Francisco Bento, Álvaro da Silva Amorim de Sousa Carneiro, Ana Belo Burt Magro Pires Marques, Ana Maria Bravo Martins de Campos, Ana Maria Lopes Figueiredo Páscoa Baptista, Ana Patrícia Lamy Barreiros, Ana Sofia Soares Ribeiro de Oliveira Dias, António Alfredo Delgado Silva Preto, António Manuel, António Manuel de Sousa Ferreira Pereira, António Paulo Quadrado Afonso, Armando Dias Estácio, Artur Miguel Claro da Fonseca Mora Coelho, Belarmino Ferreira Fernandes Silva, Carlos Manuel de Melo Barroso, Carlos Manuel Marques da Silva, Domingos Alves Pires, Fausto Jorge Gonçalves Teixeira dos Santos, Fernando Manuel Moreno D’Eça Braamcamp, Fernando Manuel Pacheco Ribeiro Rosa, Fernando Pereira Duarte, Filipe António Osório de Almeida Pontes, Francisco Carlos de Jesus Vasconcelos Maia, Francisco David Carvalho da Silva Dias, Francisco José da Silva Oliveira, Heitor Nuno Patrício de Sousa e Castro, Hugo Filipe Xambre Bento Pereira, Ismael do Nascimento Fonseca, João Augusto Martins Taveira, João Carlos Durão Lopes Saraiva, João Carlos Santos Pessoa e Costa, João Manuel Costa Magalhães Pereira, João Mário Amaral Mourato Grave, João Nuno Vaissier Neves Ferro, João Paulo Mota da Costa Lopes, Joaquim António Canelhas Granadeiro, Joaquim Emanuel da Silva Guerra de Sousa, Joaquim Lopes Ramos, Joaquim Maria Fernandes Marques, Jorge Manuel da Rocha Ferreira, Jorge Manuel Nascimento Fernandes, Jorge Manuel Virtudes dos Santos Penedo, José das Neves Godinho, José Filipe de Mendonça Athayde de Carvalhosa, José Guilherme Figueiredo Nobre Gusmão, José Joaquim Vieira Pires, José Luís Sobreda Antunes, José Maximiano de Albuquerque Almeida Leitão, José Roque Alexandre, José Rui Roque, Lídia Marta Canha Fernandes, Luís Ângelo da Silva Campos, Luís Filipe da Silva Monteiro, Luís Filipe Graça Gonçalves, Luís Pedro Alves Caetano Newton Parreira, Manuel Luís de Sousa Silva Medeiros, Marcelino António Figueiredo, Maria Albertina de Carvalho Simões Ferreira, Maria Alexandra Dias Figueira, Maria Cândida Rio de Freitas Cavaleiro Madeira, Maria da Graça Resende Pinto Ferreira, Maria de Lurdes de Jesus Pinheiro, Maria Irene dos Santos Lopes, Maria Luísa Rodrigues Neves Vicente Mendes, Maria Teresa Cruz de Almeida, Maria Virgínia Martins Laranjeiro Estorninho, Nelson Miguel Rodrigues Coelho, Nuno Roque, Paulo Alexandre da Silva Quaresma, Pedro Alexandre Valente

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----------------------- ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE LISBOA ------------------------ ----- SESSÃO EXTRAORDINÁRIA DA ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE LISBOA, INICIADA NO DIA 18 NOVEMBRO E CONTINUADA NO DIA 25 DE NOVEMBRO DE 2008. ------------------------------------------------------------------- -------------------------- ACTA NÚMERO SESSENTA E TRÊS -------------------------- ----- No dia 25 de Novembro de 2008, reuniu na sua Sede, sita no Fórum Lisboa, na Avenida de Roma, a Assembleia Municipal de Lisboa, sob a presidência da sua Presidente efectiva, Excelentíssima Senhora Dra. Paula Maria Von Hafe Teixeira da Cruz, coadjuvada pelos Excelentíssimos Senhores Eng.º Jorge Manuel Mendes Antas e Nelson Pinto Antunes, respectivamente Primeiro e Segundo Secretários. -------------- ----- Assinaram a “lista de presenças”, para além dos mencionados, os seguintes Deputados Municipais: --------------------------------------------------------------------------- ----- Afonso Miguel Silveira Machado Pereira da Costa, Alberto Francisco Bento, Álvaro da Silva Amorim de Sousa Carneiro, Ana Belo Burt Magro Pires Marques, Ana Maria Bravo Martins de Campos, Ana Maria Lopes Figueiredo Páscoa Baptista, Ana Patrícia Lamy Barreiros, Ana Sofia Soares Ribeiro de Oliveira Dias, António Alfredo Delgado Silva Preto, António Manuel, António Manuel de Sousa Ferreira Pereira, António Paulo Quadrado Afonso, Armando Dias Estácio, Artur Miguel Claro da Fonseca Mora Coelho, Belarmino Ferreira Fernandes Silva, Carlos Manuel de Melo Barroso, Carlos Manuel Marques da Silva, Domingos Alves Pires, Fausto Jorge Gonçalves Teixeira dos Santos, Fernando Manuel Moreno D’Eça Braamcamp, Fernando Manuel Pacheco Ribeiro Rosa, Fernando Pereira Duarte, Filipe António Osório de Almeida Pontes, Francisco Carlos de Jesus Vasconcelos Maia, Francisco David Carvalho da Silva Dias, Francisco José da Silva Oliveira, Heitor Nuno Patrício de Sousa e Castro, Hugo Filipe Xambre Bento Pereira, Ismael do Nascimento Fonseca, João Augusto Martins Taveira, João Carlos Durão Lopes Saraiva, João Carlos Santos Pessoa e Costa, João Manuel Costa Magalhães Pereira, João Mário Amaral Mourato Grave, João Nuno Vaissier Neves Ferro, João Paulo Mota da Costa Lopes, Joaquim António Canelhas Granadeiro, Joaquim Emanuel da Silva Guerra de Sousa, Joaquim Lopes Ramos, Joaquim Maria Fernandes Marques, Jorge Manuel da Rocha Ferreira, Jorge Manuel Nascimento Fernandes, Jorge Manuel Virtudes dos Santos Penedo, José das Neves Godinho, José Filipe de Mendonça Athayde de Carvalhosa, José Guilherme Figueiredo Nobre Gusmão, José Joaquim Vieira Pires, José Luís Sobreda Antunes, José Maximiano de Albuquerque Almeida Leitão, José Roque Alexandre, José Rui Roque, Lídia Marta Canha Fernandes, Luís Ângelo da Silva Campos, Luís Filipe da Silva Monteiro, Luís Filipe Graça Gonçalves, Luís Pedro Alves Caetano Newton Parreira, Manuel Luís de Sousa Silva Medeiros, Marcelino António Figueiredo, Maria Albertina de Carvalho Simões Ferreira, Maria Alexandra Dias Figueira, Maria Cândida Rio de Freitas Cavaleiro Madeira, Maria da Graça Resende Pinto Ferreira, Maria de Lurdes de Jesus Pinheiro, Maria Irene dos Santos Lopes, Maria Luísa Rodrigues Neves Vicente Mendes, Maria Teresa Cruz de Almeida, Maria Virgínia Martins Laranjeiro Estorninho, Nelson Miguel Rodrigues Coelho, Nuno Roque, Paulo Alexandre da Silva Quaresma, Pedro Alexandre Valente

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de Assunção, Pedro Manuel Portugal Natário Botelho Gaspar, Pedro Pinto de Jesus, Rodrigo Jorge de Moctezuma Seabra Pinto Leite, Rodrigo Manuel Neiva de Oliveira Leal Lopes, Rogério da Silva e Sousa, Rogério Gomes dos Santos, Rui António Francisco Coelho, Rui José Silva Marques, Rui Manuel Pessanha da Silva, Valdemar António Fernandes de Abreu Salgado, Vasco Jorge Valdez Ferreira Matias, Victor Manuel Dias Pereira Gonçalves, Vítor Manuel Alves Agostinho, José Manuel Cal Gonçalves, Rosa Maria Carvalho da Silva, Manuel Fernando Dias de Almeida, José Luís Português Borges da Silva, João Martins Vieira, Pedro Miguel Gamito Cruz Santos, José Carlos Gonçalves Alegre, Luís José Morales de Los Rios Coelho, João Pedro Gonçalves Pereira, Feliciano Marques Martins da Cruz David, Cecília da Conceição Simões Sales, João Gordo Martins, Maria João Bernardino Correia, Pedro Manuel Tenreiro Biscaia Pereira, Luís Jorge Teixeira Mendes Silva. --------------------- ----- Faltaram à reunião os seguintes Deputados Municipais: ------------------------------- ----- Carlos Filipe Marques Lima, Ermelinda Lopes da Rocha Brito, João Miguel Martins Ferreira, João Miguel Narciso Candeias Mesquita Gonçalves, Rodrigo Nuno Elias Gonçalves da Silva. ------------------------------------------------------------------------ ----- Pediram suspensão do mandato, que foi apreciado e aceite pelo Plenário da Assembleia Municipal nos termos da Lei 169/99, de 18 de Setembro, com a redacção dada pela Lei 5-A/2002, de 11 de Janeiro, os seguintes Deputados Municipais: --------- ----- David Valente (PSD), por um dia, tendo sido substituído pelo Deputado Municipal Dias de Almeida. --------------------------------------------------------------------- ----- Saldanha Serra (PSD), por um dia, tendo sido substituído pela Deputada Municipal Rosa Maria Carvalho da Silva. ----------------------------------------------------- . ----- Henrique Freitas (PSD), por um dia, tendo sido substituído pelo Deputado Municipal José Manuel Cal Gonçalves. -------------------------------------------------------- ----- Rodrigo Mello Gonçalves (PSD), por um dia, tendo sido substituído pelo Deputado Municipal José Luís Borges da Silva. ---------------------------------------------- ----- Luís Brito Correia (PSD), por um dia, tendo sido substituído pelo Deputado Municipal João Martins Vieira.------------------------------------------------------------------ ----- Maria de Belém Roseira (PS), por um dia, tendo sido substituída pelo Deputado José Carlos Alegre. ------------------------------------------------------------------------------- ----- Marta Rebelo (PS), por um dia, tendo sido substituída pelo Deputado Municipal Luís Coelho. --------------------------------------------------------------------------------------- ----- Hugo Lobo (PS), por um dia, tendo sido substituído pela Deputada Municipal Maria João Bernardino Correia. ---------------------------------------------------------------- ----- Sérgio Cintra, Sousa Nascimento, João Pinheiro, Maria João Faria, Nuno Pintão, Maria José Falcão, André Garcia, Maria da Piedade Mestre, Helena Ribeiro, Patrícia Mourão, Maria Teresa Val de Matos, Maria Vitória de Melo, Carlos Poiares, Branca das Neves, Inês Drumond, Fátima Fonseca, Anabela Valente Pires, Fernando Gameiro, Pedro Lopes, América Coelho, Carlos Machado, António Amaral da Silva, Carlos Faria, Maria de Fátima Dias, Margarida Mota, Alexandra Bandeira, Margarida Velho, Carlos Castro, Maria Teresa Pires, José Oliveira Costa, Januário Costa, Diogo Leão, Alfredo Alves, Filipe Costa, Guilherme de Oliveira Martins, Carolina Tito de

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Morais, António Rebelo, Joaquim Capucho, Emílio Rincon Peres, Luís Cavaco, Odete Ferrajota, Manuel Poças, Manuel Jeffree, Mário Paiva, João Valente Pires, Fátima Cavaco, Luís Novaes Tito, Pedro Costa, Teresa Estrela, Eurico Dias, António Rêgo, Deolinda Santos, Alberto Seguro Dias, António Lopes, Maria Antonina, David Amado, Alexandre Mateus, Anabela Pilar, Bruno Inglês, Pereira da Costa, Catarina Martins, Alberto Pereira, Rute Florêncio, Osvaldo Sousa, Fernando Gonçalves, Ena Bonfim, Lurdes Menor, Artur Oliveira, Luís Silva, Susana Martins e Vítor Formiga, todos Deputados Municipais suplentes do PS, pediram a suspensão do mandato por um dia. --------------------------------------------------------------------------------------------- ----- Modesto Navarro (PCP), por um dia, tendo sido substituído pela Deputada Municipal Cecília Simões Sales. ---------------------------------------------------------------- ----- Deolinda Machado (PCP), por um dia, tendo sido substituída pelo Deputado Municipal Feliciano David. --------------------------------------------------------------------- ----- Carlos Silva Santos e Romão Lavadinho, Deputados Municipais suplentes do PCP, pediram a suspensão do mandato por um dia (25 de Novembro de 2008). --------- ----- Telmo Correia (CDS-PP), por um dia, tendo sido substituído pelo Deputado Municipal João Pedro Gonçalves Pereira. ----------------------------------------------------- ----- Carlos Andrade, Deputado Municipal suplente do CDS-PP, pediu a suspensão do mandato por um dia (25 de Novembro de 2008). --------------------------------------------- ----- José Luís Ferreira (PEV), por dois dias, referentes a 24 e 25 de Novembro, sendo substituído pelo Deputado Municipal João Gordo Martins. --------------------------------- ----- Foram justificadas as faltas e admitidas as substituições dos seguintes Deputados Municipais, Presidentes de Junta de Freguesia: ----------------------------------------------- ----- Idalina Flora (PSD), Presidente da Junta de Freguesia de Nossa Senhora de Fátima, por Pedro Gamito. ---------------------------------------------------------------------- ----- Rosa do Egipto (PS), Presidente da Junta de Freguesia de Santa Maria dos Olivais, por Luís Jorge Teixeira Mendes Silva. ----------------------------------------------- ----- Justificou a falta à reunião realizada no passado dia 18 de Novembro, o Deputado Municipal João Miguel Martins Ferreira, do PSD. ------------------------------------------- ----- Às 15 horas e 20 minutos, constatada a existência de quorum, a Senhora Presidente declarou aberta a reunião, segunda da Sessão Extraordinária iniciada no passado dia 18 de Novembro. ------------------------------------------------------------------- ----- Depois, antes de abrir o período da Ordem do Dia, disse que desejava agradecer, em seu nome e em nome da sua família, o Voto que tiveram a gentileza de lhe dirigir. ----- Agradecia também à Câmara Municipal de Lisboa o Voto que lhe dirigira a si e à sua família. ---------------------------------------------------------------------------------------- ----- Agradecia ainda a cada um dos Srs. Deputados Municipais o conforto e, porque não dizer, o sentimento de emoção que tivera pelo seu acompanhamento. --------------- ----- Ficava-lhes grata, não eram precisas muitas palavras, era só preciso dizer-lhes que não esqueceria, nem ela nem aqueles que lhe eram mais próximos. ------------------ ------------------------- CONTINUAÇÃO DA ORDEM DO DIA ------------------------- ----- PONTO 3 – PROPOSTA 885/2008 – APROVAR A DESAFECTAÇÃO DO DOMÍNIO PÚBLICO PARA O DOMÍNIO PRIVADO MUNICIPAL DA

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PARCELA DE TERRENO SITA NA AMEIXOEIRA, DESIGNADA POR AZINHAGA DAS GALINHEIRAS, E APROVAR A DESAFECTAÇÃO DO DOMÍNIO PÚBLICO PARA O DOMÍNIO PRIVADO DAS PARCELAS 1 E 2, SITAS NA AMEIXOEIRA, E DESIGNADAS POR AZINHAGA DO RIO, (P.º P.º N.º 13/DPI/2008), NOS TERMOS DA PROPOSTA, AO ABRIGO DO DISPOSTO NA ALÍNEA B) DO N.º 4 DO ART.º 53.º DA LEI N.º 169/99, DE 18 DE SETEMBRO, COM A REDACÇÃO DADA PELA LEI N.º 5-A/2002, DE 11 DE JANEIRO. ----------------------------------------------------------------------------------- ------------------------------------- PROPOSTA 885/2008 -------------------------------------- ----- “Pelouro: Vereador Cardoso da Silva ---------------------------------------------------- ----- Serviço: DPI --------------------------------------------------------------------------------- ----- Considerando: ------------------------------------------------------------------------------- ----- A necessidade de ceder, em Regime de Direito de Superfície, uma parcela de terreno para a instalação de um Posto de Combustível do Sport Lisboa e Benfica, sita no Eixo Viário Fundamental Norte Sul, no troço e sentido de trânsito da 2ª Circular à Av. Padre Cruz (Sul-Norte), na sequência do previsto no Contrato de Desenvolvimento da Cláusula Quinta do Contrato – Programa, celebrado entre o Município de Lisboa e o SLB em 14 de Maio de 2003; ------------------------------------- ----- Que foi detectado na descrição do prédio da Conservatória do Registo Predial não existir a área, dado ter sido indevidamente utilizada no Loteamento da Ameixoeira; --------------------------------------------------------------------------------------- ----- Que foi efectuado um levantamento de todas as questões existentes, dentro dos limites do Loteamento 2/2003, a saber, parcelas não municipais, azinhagas por desafectar e eventual acerto de cadastro; ------------------------------------------------------ ----- Que o motivo e objectivo da presente desafectação do domínio público das Azinhagas do Rio e das Galinheiras, se deve à necessidade da correcção do Alvará de Loteamento Municipal 2/2003, de modo a permitir a cedência, em direito de superfície de uma parcela de terreno ao Sport Lisboa e Benfica; -------------------------- ----- Que foram consideradas, na área afecta ao loteamento, parcelas de terreno identificadas como Azinhaga das Galinheiras e Azinhaga do Rio, respectivamente nos desenhos 08/020/02 e 08/021/02, sem previamente ter sido efectuada a sua desafectação do domínio público; -------------------------------------------------------------- ----- Que o Loteamento da Ameixoeira foi aprovado através do processo nº 4965/PGU/2001, por despacho da Ex.ma Senhora Vereadora de 28.08.2003 e respeita as disposições do Plano Director Municipal inserido nas Unidades UOP 26 e UOP 17, com as características constantes da Planta nº 2/GAD/TRIU/03; -------------------------- ----- Que o Alvará de Loteamento Municipal nº 2/2003 foi rectificado em 20.02.2004 (Rectificação nº 1) e em 06.05.2004 (Rectificação nº 2) por despacho da Ex.ma Senhora Vereadora; ------------------------------------------------------------------------------- ----- Que a desafectação do domínio público para o domínio privado da Câmara, das parcelas de terreno relativas aos antigos leitos de via pública – Azinhaga das Galinheiras e Azinhaga do Rio – resulta da Planta de Cadastro da Divisão de

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Inventário e Cadastro – desenho nº 208/AG/DIC/06.08, datado de 02.06.2008, que se anexa à presente proposta, fazendo dela parte integrante; ----------------------------------- ----- Que se torna necessário desafectar aquelas azinhagas do domínio público para integração no domínio privado Municipal, não resultando do facto qualquer prejuízo para a circulação local; --------------------------------------------------------------------------- ----- Tenho a honra de propor que a Câmara Municipal delibere, ao abrigo das disposições dos artigos nºs 64.º, nº 6, alínea a) e do artigo 53.º, nº 4, alínea b), ambos da Lei nº 169/99 de 18 de Setembro, na redacção conferida pela Lei nº 5-A/2002 de 11 de Janeiro, submeter à Assembleia Municipal: ------------------------------------------- ----- 1. A desafectação do domínio público para o domínio privado municipal da parcela de terreno com a área de 1.456,00 m2, sita na Ameixoeira, designada por Azinhaga das Galinheiras, representada à cor rosa na cópia da planta n.º 08/020/02 do Departamento de Património Imobiliário, à qual se atribui, apenas para efeitos de registo, o valor de 7.280,00 € (sete mil, duzentos e oitenta euros), resultante de um valor simbólico de 5,00 €/m2 de terreno; ------------------------------------------------------ ----- 2. A desafectação do domínio público para o domínio privado municipal das parcelas de terreno 1 e 2, respectivamente com as áreas de 570,00 m2 e 120,00 m2, sitas na Ameixoeira, e designadas por Azinhaga do Rio, representadas à cor rosa na cópia da planta n.º 08/021/02 do Departamento de Património Imobiliário, às quais se atribui, apenas para efeitos de registo, os valores de 2.850,00 € (dois mil, oitocentos e cinquenta euros) para a Parcela 1 e de 600,00 € (seiscentos euros) para a Parcela 2, resultante de um valor simbólico de 5,00 €/m2 de terreno; --------------------------------- ----- Confrontações das parcelas a desafectar: ------------------------------------------------ ----- Azinhaga das Galinheiras ---------------------------------------------------------------- ----- Norte – C.M.L.; ----------------------------------------------------------------------------- ----- Sul – C.M.L.; -------------------------------------------------------------------------------- ----- Nascente – C.M.L.; ------------------------------------------------------------------------- ----- Poente – C.M.L. ----------------------------------------------------------------------------- ----- Azinhaga do Rio --------------------------------------------------------------------------- ----- Norte – C.M.L.; ----------------------------------------------------------------------------- ----- Sul – C.M.L.; -------------------------------------------------------------------------------- ----- Nascente – C.M.L.; ------------------------------------------------------------------------- ----- Poente – C.M.L. ----------------------------------------------------------------------------- ----- Anexos: --------------------------------------------------------------------------------------- ----- - Cópia do Contrato de Desenvolvimento da Cláusula Quinta do Contrato-Programa; ------------------------------------------------------------------------------------------ ----- - Cópia da INF. 0989/DPI-DIC/08 de 01.07.2008; ------------------------------------- ----- - Cópia da INF. 0262/DPI-DAJ/08 de 11.07.2008; ------------------------------------- ----- - Cópia da INF. 0233/DPI-DEVPI/08 de 28.07.2008 com os seguintes documentos anexos: ------------------------------------------------------------------------------ ----- a) Cópia do Alvará de Loteamento Municipal n.º 2/2003; ----------------------------- ----- b) Cópia da Rectificação nº 1 ao Alvará de Loteamento nº 2/2003; ------------------

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----- c) Cópia da Rectificação nº 2 ao Alvará de Loteamento n.º 2/2003 e Cópia do Aviso n.º 24/2004 --------------------------------------------------------------------------------- ----- - Cópia da Planta de Cadastro da DIC – desenho n.º 208/AG/DIC/06.08 de 02.06.2008. ---------------------------------------------------------------------------------------- ----- (Processo Privativo n.º 13/DPI/2008).” -------------------------------------------------- ----- O Deputado Municipal Heitor de Sousa (BE), no uso da palavra na qualidade de relator, apresentou, em nome da Comissão Permanente de Urbanismo e Mobilidade, o Relatório que a seguir se transcreve: ------------------------------------------ ----------------------------------------- RELATÓRIO ------------------------------------------- ------------------- Propostas n.º 885/2008, n.º 936/2008 e n.º 937/2008 --------------------- ----- “A Comissão Permanente de Urbanismo e Mobilidade reuniu com o Sr. Dr. Cardoso da Silva para que o mesmo prestasse esclarecimentos relativamente às propostas em epígrafe. Na sequência dessa reunião a CPUM emite o seguinte parecer: ----- Proposta n.º 885/2008 – nada a opor à sua discussão já que a mesma representa apenas a rectificação/correcção de loteamento já aprovado, no entanto deverá ser retirado da mesma o primeiro considerando por nada ter a ver com a proposta. --------- ----- Proposta n.º 936/2008 – tal como a anterior a CPUM considera estar em condições de ser discutida e votada pois limita-se a corrigir/rectificar áreas de loteamento anteriormente estabelecidas. ------------------------------------------------------- ----- Proposta n.º 937/2008 – a CPUM nada tem a opor à sua discussão porque também esta representa a rectificação/correcção do direito de superfície não havendo benefícios no aumento de lugares de estacionamento.” -------------------------------------- ----- O Senhor Vereador Cardoso da Silva, no uso da palavra, disse que a Câmara aceitava retirar o considerando que a Comissão, no seu Relatório, recomendava que fosse retirado. ------------------------------------------------------------------------------------- ----- Esse considerando fazia referência a uma atribuição que já foi feita em Câmara, mas seria uma decisão desligada desta em relação a uma bomba a atribuir ao Benfica. Portanto, esse considerando seria retirado da proposta. ------------------------------------- ----- A Senhora Presidente disse que esta era matéria sobre a qual a Assembleia tinha competência para aceitar esta recomendação sem a proposta ter que regressar à Câmara para votação. ---------------------------------------------------------------------------- ----- O Deputado Municipal Carlos Marques (BE), no uso da palavra, depois de referir que ia falar sobre esta proposta e também sobre a proposta 936/2008, ponto seguinte da Ordem de Trabalhos, disse que o BE achava que a Câmara Municipal de Lisboa tinha que ser uma pessoa de bem, ela assumira um compromisso com duas entidades jurídicas, num caso o Benfica e no outro o Sporting, não cumprira os compromisso que devia e, portanto, devia cumpri-los regularizando a situação. -------- ----- No entanto, o BE não iria votar favoravelmente as propostas. Não porque não achasse que a Câmara devia ser uma pessoa de bem e que quando assinava um contrato com alguém deveria cumpri-lo, mas porque, desde o início, estiveram contra. ----- Aliás, recordar-se-iam com certeza quando, no início do mandado do Dr. Pedro Santana Lopes, uma proposta veio à Assembleia para o Município apoiar a construção dos estádios do Benfica e do Sporting, e o Dr. Pedro Santana Lopes, num programa de

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televisão onde era comentador desportivo nessa altura, disse que nunca ele, como Presidente da Câmara, e tinha acabado de ser eleito, daria um euro para a construção desses estádios. ------------------------------------------------------------------------------------ ----- Na altura, em nome do BE, disse ali ao Dr. Pedro Santana Lopes que estava de acordo com o que ele tinha dito, e que se isso fosse verdade teria sempre o voto do BE nessa matéria. ------------------------------------------------------------------------------------- ----- Mas, lamentavelmente, isso não foi verdade, porque a Câmara Municipal de Lisboa gastara, em bens, quarenta milhões de euros nos dois estádios, isto num País que vivia pobremente e que estava em crise, e uma Câmara que tinha a crise financeira que tinha. De facto não foi eu euros, mas foi em terrenos, em compras de terrenos, em cedência de bombas de combustíveis, em libertação de impostos, etc. ---- ----- Não estiveram de acordo, votaram contra esse processo todo. Agora, porém, estavam de acordo que a Câmara, como pessoa de bem, rectificasse aquilo que tinha que rectificar porque assinara e não estava bem feito, mas não votariam a favor porque isso seria pôr em causa a posição de fundo que sempre tiveram quanto a essa matéria. --------------------------------------------------------------------------------------------- ----- O Deputado Municipal Sobreda Antunes (PEV), no uso da palavra, disse que a Câmara apresentava à Assembleia uma proposta conducente à desafectação do domínio público para o domínio privado da Câmara, de antigos leitos de via pública, designadamente, a Azinhaga das Galinheiras e a Azinhaga do Rio, sitas na Freguesia da Ameixoeira, com uma área total de 2.146 m2, estimado num valor simbólico de cinco euros por metro quadrado. ---------------------------------------------------------------- ----- Referiu que essas duas Azinhagas garantiam a circulação rodoviária e a acessibilidade pedonal dos munícipes, no primeiro caso, entre os quarteirões do núcleo histórico da Ameixoeira e a Casa da Cultura Cigana, bem como de acesso aos PER’s números dois e quatro, e, no segundo caso, entre um pequeno núcleo habitacional na Quinta da Castelhana e a Piscina Municipal, atravessando a Estrada Militar, vulgo Rua Adelino Palma Carlos. ---------------------------------------------------- ----- O Executivo justificava tal medida, primeiro, com o objectivo de corrigir o Alvará de Loteamento Municipal n.º 2/2003, e, segundo, com a necessidade de ceder, em regime de direito de superfície, uma outra parcela de terreno para a instalação de um posto de combustível do Sport Lisboa e Benfica, (hoje retirado da proposta) na sequência de um contrato-programa celebrado em 2003 e corrigido em Maio de 2004.- ----- A proposta localizava a parcela a ceder junto ao Eixo Norte-Sul, no troço e sentido de trânsito da Segunda Circular à Av. Padre Cruz, o que não era, nem de perto, nem de longe, correcto, pois, assim sendo, esse troço ficaria compreendido, não na Ameixoeira, mas sim na Freguesia do Lumiar! ------------------------------------------- ----- Depois, acrescentava-se que todas as confrontações geográficas eram feitas com outros terrenos da Câmara, mas quem olhava para as plantas anexas à proposta 885/2008 apenas via um par de traços longitudinais, sem qualquer identificação nominal, localização geográfica ou designação viária! -------------------------------------- ----- Quem, procurando obter uma informação mais concisa, manuseava os documentos processuais complementares disponíveis para consulta, deparava-se ainda

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com localizações dispares e afastadas, sem qualquer relação entre si, nem com o eventual terreno previsto para a instalação do posto de abastecimento de combustível, sem justificação para a sua desafectação para eventual acerto cadastral, pois nem sequer eram contíguas, entre si ou com o terreno previsto para a referida gasolineira. -- ----- Mas existiam ainda outras situações inexplicáveis. Por exemplo, como era possível desafectar uma língua de terreno público, da Azinhaga das Galinheiras, que atravessava, literalmente, o edifício da Casa da Cultura Cigana!? ------------------------- ----- Mas considerando também que o terreno escolhido para a edificação do posto de abastecimento de combustíveis ficava num acentuado declive, entre o Eixo Norte-Sul e os PER’s, a pergunta que faziam era onde estava a Avaliação de Impacto Ambiental. ----- E quanto ao local previsto para a referida gasolineira, saberia o Governo que se localizaria bem em frente ao ex-Forte da Ameixoeira, hoje ocupado pelo S.I.S. – Serviço de Informações e Segurança? --------------------------------------------------------- ----- Mas convinha também recordar que há cerca de quatro/cinco anos, foram previstas quatro localizações alternativas para gasolineiras no Eixo Norte-Sul, tendo-se construído uma no Alto da Faia, em Telheiras, e dos restantes três locais possíveis nada mais se soube, pelo que perguntavam qual foi então o critério para a localização dessa futura gasolineira. ------------------------------------------------------------------------- ----- E embora estivesse dito que o objectivo era corrigir um alvará de loteamento, nunca era estabelecida qualquer relação entre aquelas duas parcelas a desafectar e outros terrenos a permutar ou onde pudesse vir a ser construída qualquer bomba de gasolina. -------------------------------------------------------------------------------------------- ----- Esta desafectação surgia, por isso, como totalmente independente dos terrenos da gasolineira, motivo porque foi agora retirado o primeiro parágrafo da proposta, ou de qualquer outra função. Então, qual o seu destino, o que lhes ia acontecer? Iriam ser permutadas? Iriam ser cedidas livres de ónus? Nada se dizia. Ou seria que algo se pretendia ocultar? Ou seria que a Câmara intentava acrescentar-lhe, num futuro próximo, uma nova proposta que a complementasse ou a cedesse a qualquer outra instituição, hoje ainda encapotada? ------------------------------------------------------------- ----- Por todos esses motivos, “Os Verdes” consideravam que não ficaram claras as razões para a desafectação das duas parcelas e, menos ainda, qual a sua eventual relação com o terreno da futura bomba, bem como sobre as futuras consequências ou desenvolvimentos da proposta 885/2008. ----------------------------------------------------- ----- A Senhora Presidente, dado que mais ninguém desejara intervir, encerrou o debate e de seguida submeteu a votação a proposta 885/2008, tendo a Assembleia deliberado aprová-la, por maioria, com votos favoráveis do PSD, PS e CDS-PP, votos contra do PCP e PEV, e a abstenção do BE. -------------------------------------------------- ----- PONTO 8 – PROPOSTA 936/2008 – APROVAR A DESAFECTAÇÃO DO DOMÍNIO PÚBLICO PARA O DOMÍNIO PRIVADO MUNICIPAL DAS PARCELAS REFERENCIADAS COM AS LETRAS A) E C) DESTINADAS A SER CEDIDAS EM DIREITO DE SUPERFÍCIE AO SPORTING CLUBE DE PORTUGAL, (P.º P.º 52/DPI/2003), NOS TERMOS DA PROPOSTA, AO ABRIGO DO DISPOSTO NA ALÍNEA B) DO N.º 4 DO ART.º 53.º DA LEI N.º

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169/99, DE 18 DE SETEMBRO, COM A REDACÇÃO DADA PELA LEI N.º 5-A/2002, DE 11 DE JANEIRO. ---------------------------------------------------------------- ------------------------------------- PROPOSTA 936/2008 -------------------------------------- ----- “Desafectação de domínio público de duas parcelas de terreno ---------------------- ----- Pelouro: Vereador José Cardoso da Silva ------------------------------------------------ ----- Serviço: DPI/DAJ --------------------------------------------------------------------------- ----- Considerando que: -------------------------------------------------------------------------- ----- Através da deliberação tomada a coberto da Proposta n.º 457/2007, foi aprovada a constituição a favor do Sporting Clube de Portugal (SCP) do direito de superfície sobre duas parcelas de terreno necessárias para complementar uma outra, que havia sido cedida àquele Clube, nos termos da Deliberação n.º 5/AM/2003 (Proposta n.º 10/2003); ------------------------------------------------------------------------------------------- ----- Esta deliberação foi tomada após aprovação dos projectos que fixaram a implantação e usos do terreno antes cedido ao SCP e determinaram a necessidade destes complementos, constituídos por áreas provenientes de acertos do projecto provisório anterior, enquanto tal cedidas ao Município pelo SCP; ------------------------- ----- A escritura de cedência destes terrenos, datada de 2005-04-05, indicou como seu destino o domínio público, uso que os projectos referidos, designadamente os Proc. nºs 1412/OB/02 e 1414/OB/02, alteraram; --------------------------------------------------- ----- Integrando-se as parcelas ora em causa nestas áreas, torna-se necessário a sua desafectação de domínio público, para permitir a respectiva constituição em direito de superfície, de acordo com o uso que os projectos aprovados determinaram; ------------- ----- Tenho a honra de propor que a Câmara delibere ao abrigo das disposições conjugadas dos artigos 64º, n.º 6, alínea a) e 53º, n.º 4, alínea b), ambos da Lei n.º 169/99 de 18 de Setembro, aprovar e submeter à Assembleia Municipal, para que este Órgão delibere: ------------------------------------------------------------------------------------ ----- A desafectação do domínio público para o domínio privado do Município, das parcelas abaixo discriminadas, referenciadas com as letras a) e c) na cópia da Planta n.º 03/020C/02 do Departamento de Património Imobiliário, destinadas a ser cedidas em direito de superfície ao Sporting Clube de Portugal - de quem as mesmas provieram, através de escritura celebrada em 2005-04-05 - com fundamento na alteração do uso consignado na escritura de aquisição, pela aprovação dos projectos correspondentes aos Processos nºs 1412 e 1414/OB/02. ------------------------------------ ----- A cedência das parcelas ao Sporting Clube de Portugal foi deliberada através da Proposta n.º 457/2007, cujos termos se mantêm. --------------------------------------------- ----- PARCELAS A DESAFECTAR DO DOMÍNIO PÚBLICO -------------------------- ----- PARCELA a) – Integrante da parcela n.º 5 da Proposta n.º 457/2007 --------------- Área: 473,00 m2 ---------------------------------------------------------------------------------- ----- Valor (Proporcional ao atribuído na P. 457/2007) – € 2365,00 (dois mil trezentos e sessenta e cinco euros) ------------------------------------------------------------------------- ----- Confrontações: Norte – CML ------------------------------------------------------------- ----- Sul – CML (terreno cedido em direito de superfície ao SCP) ------------------------- ----- Nascente – CML ----------------------------------------------------------------------------

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----- Poente – CML ------------------------------------------------------------------------------- ----- PARCELA c) - Correspondente à parcela n.º 6 da Proposta n.º 457/2007 ---------- ----- Área: 69,00 m2 ------------------------------------------------------------------------------ ----- Valor (Idêntico ao atribuído na Prop. 457/2007) - € 400,00 (quatrocentos euros) - ----- Confrontações: Norte – CML ------------------------------------------------------------- ----- Sul – CML (terreno cedido em direito de superfície ao SCP) ------------------------- ----- Nascente - CML ----------------------------------------------------------------------------- ------ Poente – CML ------------------------------------------------------------------------------ ----- (Processo Privativo n.º 52/DPI/03)” ------------------------------------------------------ ----- A Comissão Permanente de Urbanismo e Mobilidade, apresentou um Relatório relativamente a esta e outras propostas, o qual se encontra integralmente transcrito no início da discussão da proposta 885/2008. ------------------------------------- ----- O Deputado Municipal Sobreda Antunes (PEV), no uso da palavra, disse que com esta proposta estavam perante mais uma desafectação de parcelas de terreno, do domínio público para o domínio privado, destinadas a serem cedidas a mais um clube de futebol, desta vez ao Sporting Clube de Portugal, na área circundante da interface do Campo Grande. -------------------------------------------------------------------------------- ----- Não era a primeira vez que eram feitas concessões aos grandes clubes de Lisboa e suspeitava-se que nunca saberiam quando terminariam. Tratava-se de novas compensações concedidas aos clubes, neste caso ao Sporting, o que era a prova provada de que o financiamento indirecto aos clubes, e não só, veio para ficar. --------- ----- Primeiro cedia-se um direito de superfície, depois complementa-se um lote, de seguida alterava-se o domínio de público para privado, depois solicitava-se a concordância da Assembleia Municipal, e não saíam deste círculo vicioso, o que, para os cidadãos, era lamentável. --------------------------------------------------------------------- ----- Disse que no caso das relações entre a Câmara e o Sporting, esta era uma boa ocasião para se constatar que as cedências viajavam apenas em sentido único, Câmara-Sporting. E exemplo do que não funcionava na direcção contrária, Sporting-Câmara, era o caso da reposição da pista ciclável Entrecampos-Telheiras, a qual foi destruída pelo clube aquando da construção do novo estádio, mas estava a ser a Câmara, através dos impostos dos contribuintes, a arcar com os custos. O que, para os cidadãos, era também lamentável. -------------------------------------------------------------- ----- Referiu que já na apresentação da proposta n.º 457/2007, o Grupo Municipal de “Os Verdes” discordara das suas deliberações, votando contra, pelo que não havendo qualquer inversão de rumo por parte da Câmara, hoje, e por coerência com os seus princípios, voltava também a repetir o mesmo sentido de voto. ---------------------------- ----- A Senhora Presidente, visto que mais ninguém desejara intervir, encerrou o debate e de seguida submeteu a votação a proposta 936/2008, tendo a Assembleia deliberado aprová-la, por maioria, com votos favoráveis do PSD, PS e CDS-PP, votos contra do PCP e PEV, e a abstenção do BE. -------------------------------------------------- ----- PONTO 9 – PROPOSTA 937/2008 – APROVAR A REVERSÃO DO DIREITO DE SUPERFÍCIE, CONSTITUÍDO A FAVOR DA SOCIEDADE JARDIM ZOOLÓGICO E DE ACLIMAÇÃO EM PORTUGAL, SA,

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APROVAR A DESAFECTAÇÃO DO DOMÍNIO PÚBLICO PARA O DOMÍNIO PRIVADO DO MUNICÍPIO DAS PARCELAS C, D E E, E CONSTITUIR A FAVOR DA MESMA SOCIEDADE O DIREITO DE SUPERFÍCIE EM SUBSOLO DESTINADO À CONSTRUÇÃO E EXPLORAÇÃO DE UM PARQUE DE ESTACIONAMENTO PÚBLICO SUBTERRÂNEO, (P.º P.º 20/DPI/2008), NOS TERMOS DA PROPOSTA, AO ABRIGO DO DISPOSTO NA ALÍNEA I) DO N.º 2 E NA ALÍNEA B) DO N.º 4, AMBOS DO ART.º 53.º DA LEI N.º 169/99, DE 18 DE SETEMBRO, COM A REDACÇÃO DADA PELA LEI N.º 5-A/2002, DE 11 DE JANEIRO. --------------- ------------------------------------- PROPOSTA 937/2008 -------------------------------------- ----- “Pelouro: Vereador José Cardoso da Silva ---------------------------------------------- ----- Serviço: Departamento de Património Imobiliário/Divisão de Aquisição e Alienação ------------------------------------------------------------------------------------------ ----- Considerando que: -------------------------------------------------------------------------- ----- De harmonia com as deliberações da Câmara Municipal de Lisboa e da Assembleia Municipal de Lisboa, respectivamente, de 21.05.2004 e 22.06.2004 a coberto da Proposta n.º 245/2004, que introduziu algumas alterações às deliberações que aprovaram as Propostas n.º 540/1997, n.º 660/1995, e n.º 302/1995, e com a deliberação relativa às condições de construção e exploração de parques de estacionamento (Proposta n.º 171/1992), foi constituído por escritura de 09.12.2004 o direito de superfície em subsolo, por valor simbólico (5,00€/ano/parque) e por um período de 99 anos, a favor da Sociedade Jardim Zoológico e de Aclimação em Portugal, SA, sobre quatro parcelas de terreno municipal sitas sob a Praça Marechal Humberto Delgado, a Rua Alves Redol / Av. João Crisóstomo, a Praça D. Luís I e a Av. Duque de Loulé / Praça José Fontana, com as áreas, respectivamente, de 8.025 m2, 3.750 m2, 3.000 m2 e 1.500 m2 (anexo I); ------------------------------------------------- ----- O direito de superfície constituído têm por objecto a construção e exploração de um parque de estacionamento público subterrâneo para viaturas ligeiras, em cada uma das parcelas supra referidas, com o ónus de uso público à superfície; --------------------- ----- Para cada um dos parques de estacionamento foram definidos o número de pisos subterrâneos e o número de lugares de estacionamento, bem como a percentagem de lugares cativos que poderá ser explorada – vide 5ª cláusula da escritura de 09.12.2004; ----- Nos termos da Proposta n.º 666/2004 (anexo I), aprovada pela Câmara Municipal de Lisboa em 15.09.2004, foi dada autorização à Superficiária a ceder à SERPARQUE – Serviços de Estacionamento, Lda. os direitos e obrigações respeitantes à construção e exploração dos parques de estacionamento objecto do direito de superfície; ------------------------------------------------------------------------------ ----- A SERPARQUE apresentou, apenas, os projectos de arquitectura para os parques de estacionamento sob a Rua Alves Redol / Av. João Crisóstomo, a Praça D. Luís I e a Av. Duque de Loulé / Praça José Fontana, não tendo apresentado o projecto relativo ao parque de estacionamento sob a Praça Marechal Humberto Delgado, uma vez que o mesmo encontra-se pendente da concretização do Plano de Pormenor de Sete Rios;--

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----- Os projectos de arquitectura apresentados não estão conforme o previsto na escritura de 09.12.2004, nomeadamente no que respeita aos limites/ áreas das parcelas cedidas, número de pisos e número de lugares de estacionamento, em face dos constrangimentos existentes nos mencionados locais; --------------------------------------- ----- Em virtude das discrepâncias detectadas, o Gabinete da então Vereadora Marina Ferreira, doravante designado por GVMF, analisou os projectos de arquitectura apresentados, face às “características próprias” de cada um, à localização, à oferta e à procura de estacionamento “(…)enquadrando estas questões na actual politica de mobilidade para Lisboa(…)” (anexo II); ------------------------------------------------------- ----- Atento a essa análise, o GVMF propôs algumas alterações às características dos parques em causa, no que respeita ao número de pisos e capacidade destes, justificando a viabilidade das mesmas; -------------------------------------------------------- ----- Essa análise justificativa, juntamente com os projectos/ documentos apresentados pela SERPARQUE foram objecto de pareceres jurídicos que apontam para a necessidade de rectificação do direito de superfície constituído e que mereceram o despacho favorável da então Exma. Sra. Vice-Presidente Marina Ferreira em 30.04.2007 e 07.05.2007 (anexo II); ----------------------------------------------------------- ----- A DMGU/DPE/DEPLE, também, analisou os projectos de arquitectura em causa e os documentos, apresentados pela SERPARQUE, justificando o não cumprimento do previsto na escritura de constituição do Direito de Superfície, e emitiu um parecer técnico-urbanistico (anexo III e IV); ----------------------------------------------------------- ----- As justificações apresentadas e validadas pela DMGU/DPE/DEPLE prendem-se com constrangimentos provocados pelas infra-estruturas enterradas existentes, o cumprimento das dimensões regulamentares de construção de parques de estacionamento e a alterações introduzidas ao projecto na sequência dos pareceres dos serviços da CML (anexo IV); ------------------------------------------------------------------- ----- O parecer técnico-urbanistico da DMGU/DPE/DEPLE mereceu o despacho favorável do Exmo. Sr. Vereador do Pelouro do Urbanismo em 21.05.2008 (anexo IV); ------------------------------------------------------------------------------------------------- ----- Face ao acima exposto e em termos patrimoniais, mostra-se conveniente, regularizar esta situação e consequentemente promover e formalizar a reversão do direito de superfície constituído pela escritura de 09.12.2004, sobre as três parcelas de terreno municipal em apreço, constituindo novo direito de superfície, sobre três novas parcelas de terreno, definidas pelos respectivos processos de licenciamento (anexo V); ----- A Sociedade Jardim Zoológico e de Aclimação em Portugal, SA e a SERPARQUE – Serviços de Estacionamento, SA, manifestaram a sua concordância no sentido de a Câmara promover e formalizar a reversão desse direito de superfície, na condição de constituir novo direito de superfície (anexo VI); --------------------------- ----- Tenho a honra de propor que a Câmara Municipal delibere, ao abrigo das disposições conjugadas dos artigos n.ºs 64º, n.º 6, alínea a) e do artigo 53º, n.º 2, alínea i) e n.º 4 alínea b), ambos da Lei n.º 169/99, de 18 de Setembro, na redacção conferida pela Lei n.º 5-A/2002, de 11 de Janeiro, aprovar e submeter à Assembleia Municipal para que este órgão delibere: -------------------------------------------------------

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----- 1. Reversão do direito de superfície, constituído a favor da Sociedade Jardim Zoológico e de Aclimação em Portugal, SA, por escritura celebrada em 09.12.2004, sob as parcelas de terreno abaixo descriminadas, bem como a sua afectação ao domínio público: ---------------------------------------------------------------------------------- ----- 1.1. Sob a Rua Alves Redol/ Av. João Crisóstomo, parcela com a área de 3.750,00 m2, identificada a tracejado à cor amarela na cópia da Planta n.º 08/029/02 do Departamento do Património Imobiliário, descrita na 1ª Conservatória de Registro Predial de Lisboa sob o n.º 2121 da freguesia de S. Jorge de Arroios; -------------------- ----- 1.2. Sob a Praça D. Luís I, parcela com a área de 1.500,00 m2, identificada a tracejado à cor amarela na cópia da Planta n.º 08/027/02 do Departamento do Património Imobiliário, descrita na 6ª Conservatória de Registro Predial de Lisboa sob o n.º 198 da freguesia de S. Paulo; ------------------------------------------------------------- ----- 1.3. Sob a Av. Duque de Loulé/ Praça José Fontana, parcela com a área de 3.000,00 m2, identificada a tracejado à cor amarela na cópia da Planta n.º 08/025/02 do Departamento do Património Imobiliário, descrita na 9ª Conservatória de Registro Predial de Lisboa sob o n.º 3365 da freguesia de S. Sebastião da Pedreira. --------------- ----- 2. A desafectação do domínio público para o domínio privado do Município das parcelas de terreno abaixo identificadas: ------------------------------------------------------ ----- 2.1. Da Rua Alves Redol/ Av. João Crisóstomo, três parcelas identificadas com as letras C, D e E, com as áreas, respectivamente, de 30,00 m2, 46,30 m2 e 7,90 m2 na cópia da Planta n.º 08/030/02 do Departamento do Património Imobiliário, elaborada conforme Planta de Proveniências nº 214/AG/DIC/07.08 A (anexo VI) com as seguintes confrontações: ------------------------------------------------------------------------- ----- Parcela C – Norte, Sul e Poente com Domínio Público e Nascente com CML; ---- ----- Parcela D – Norte e Poente com Domínio Público e Sul e Nascente com CML; --- ----- Parcela E – Norte com CML e Sul, Nascente e Poente com Domínio Público; ---- ----- 2.2. Da Praça D. Luís I, uma parcela identificada com a letra A, com a área, de 1.868,00 m2 na cópia da Planta n.º 08/028/02 do Departamento do Património Imobiliário, elaborada conforme Planta de Proveniências nº 212/AG/DIC/07.08 B (anexo VI), que confronta a Norte e Nascente com CML e Domínio Público, e a Sul e Poente com Domínio Público; ------------------------------------------------------------------ ----- 2.3 Da Av. Duque de Loulé/ Praça José Fontana, uma parcela identificada com a letra A, com a área, de 2.656,89 m2 na cópia da Planta n.º 08/026/02 do Departamento do Património Imobiliário, elaborada conforme Planta de Proveniências nº 213/AG/DIC/07.08 B (anexo VI), que confronta a Norte com CML e Domínio Público, e a Sul, Nascente e Poente com Domínio Público. -------------------------------- ----- 3. Autorizar a constituição, a favor da Sociedade Jardim Zoológico e de Aclimação em Portugal, SA, do direito de superfície em subsolo destinado à construção e exploração de um parque de estacionamento público subterrâneo, para viaturas ligeiras, com o ónus de uso público à superfície, sob cada uma das parcelas de terreno municipal abaixo identificadas: ----------------------------------------------------

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----- 3.1. Parcela de terreno sob a Rua Alves Redol/ Av. João Crisóstomo, com a área de 1.978,02 m2 identificada à cor azul na cópia da Planta n.º 08/030/02 do Departamento do Património Imobiliário; ----------------------------------------------------- ----- 3.2. Parcela de terreno sob a Praça D. Luís I, com a área de 1.866,66 m2 identificada à cor azul na cópia da Planta n.º 08/028/02 do Departamento do Património Imobiliário; -------------------------------------------------------------------------- ----- 3.3. Parcela de terreno sob a Av. Duque de Loulé/ Praça José Fontana com a área de 2.693,89 m2 identificada à cor azul na cópia da Planta n.º 08/026/02 do Departamento do Património Imobiliário. ----------------------------------------------------- ----- CONDIÇÕES DE ACORDO -------------------------------------------------------------- ----- 1ª Em conformidade com informado pela DMGU/DPE/DEPLE – anexo IV – os parques de estacionamento terão as seguintes características: ------------------------------ ----- a. Parque sob a Rua Alves Redol/ Av. João Crisóstomo desenvolver-se-á em 3 pisos subterrâneos com uma capacidade total de 184 lugares; ------------------------------ ----- b. Parque sob a Praça Dom Luís I desenvolver-se-á em 4 pisos subterrâneos com uma capacidade total de 207 lugares; ---------------------------------------------------------- ----- c. Parque sob a Av. Duque de Loulé/ Praça José Fontana desenvolver-se-á em 4 pisos subterrâneos com uma capacidade total de 272 lugares. ------------------------------ ----- 2ª Em tudo o mais, mantêm-se as deliberações tomadas e condições estabelecidas sobre este assunto, objecto da escritura de 09.12.2004. ------------------------------------- ----- (Processo Privativo n.º 20/DPI/2008) ---------------------------------------------------- ----- ANEXOS: ------------------------------------------------------------------------------------ ----- I. Cópia das Propostas e cópia da Escritura: --------------------------------------------- ----- - Proposta n.º 245/2004; -------------------------------------------------------------------- ----- - Proposta n.º 540/1997; -------------------------------------------------------------------- ----- - Proposta n.º 660/1995; -------------------------------------------------------------------- ----- - Proposta n.º 302/1995; -------------------------------------------------------------------- ----- - Proposta n.º 666/2004; -------------------------------------------------------------------- ----- - Escritura de 09.12.2004. ------------------------------------------------------------------ ----- II. Cópia das Informações GVMF: ------------------------------------------------------- ----- - INF/113/GVMF/07 de 27.04.2007; ----------------------------------------------------- ----- - INF 114/GVMF/07 de 30.04.2007; ----------------------------------------------------- ----- - INF 126/GVMF/07 de 07.05.2007. ----------------------------------------------------- ----- III. Cópia dos documentos apresentados pela SERPARQUE: ------------------------ ----- - DOC. 02/70-AMD/07 de 10.01.2007; -------------------------------------------------- ----- - DOC 4/DPC/07 de 07.02.2007; --------------------------------------------------------- ----- - DOC 3/DPC/07 de 09.02.2007. --------------------------------------------------------- ----- IV. Cópia das Informações do Urbanismo: ---------------------------------------------- ----- - INF 9790/INF/DEPLE/GESTURBE/2008 de 11.04.2008; -------------------------- ----- - INF 5234/INF/DEPLE/2008 de 22.02.2008; ------------------------------------------ ----- - INF 1313/INF/2008 de 03.04.2008; ---------------------------------------------------- ----- - INF 7153/INF/GESTURBE/2008 de 18.03.2008; ------------------------------------ ----- - INF 1313/INT/2008 de 30.04.2008. ----------------------------------------------------

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----- V. Cópia das Informações do DPI: ------------------------------------------------------- ----- - INF 0357/DPI-DAJ/08 de 09.09.2008; ------------------------------------------------- ----- - INF 0366/DPI-DAJ/08 de 15.09.2008; ------------------------------------------------- ----- - INF 1416/DPI-DIC/08 de 02.10.2008 c/ as Plantas de Proveniências (Des. n.º 214/AG/DIC/07.08 A, n.º 212/AG/DIC/07.08 B e n.º 213/AG/DIC/07.08 B); ----------- ----- - INF 0377/DPI-DAJ/08 de 24.09.2008. ------------------------------------------------- Declaração da Sociedade Jardim Zoológico e de Aclimação em Portugal, SA.” --------- ----- A Comissão Permanente de Urbanismo e Mobilidade, apresentou um Relatório relativamente a esta e outras propostas, o qual se encontra integralmente transcrito no início da discussão da proposta 885/2008. ------------------------------------- ----- O Senhor Vereador Cardoso da Silva, no uso da palavra para apresentação da proposta, disse que a única coisa que desejava acrescentar ao que ontem esclareceram na reunião da Comissão Permanente de Urbanismo e Mobilidade, era que nesta reformulação em que havia uma reversão do direito de superfície do Jardim Zoológico e depois havia uma constituição de um novo direito de superfície nos três casos, havia uma diminuição de 50 lugares no número de lugares de estacionamento. ---------------- ----- Esta, disse, era basicamente a informação que queria relevar, porquanto tudo o resto eram considerações que tinham a ver com ajustamentos para que fossem capazes de legalizar uma situação que era complicada. ----------------------------------------------- ----- O Deputado Municipal Heitor de Sousa (BE), no uso da palavra, disse que o BE ia votar contra esta proposta, não porque não estivesse de acordo com as correcções que a Comissão Permanente de Urbanismo e Mobilidade decidira considerar como estando conformes às normas regulamentares para serem votadas nesta reunião, mas porque entendiam que a proposta, na sua substância, configurava uma política de estacionamento com a qual estavam absolutamente contra que se desenvolvesse e se acentuasse na Cidade de Lisboa. ----------------------------------------- ----- Disse que com o argumento de apoio à melhoria da gestão e exploração do Jardim Zoológico, não deviam, na opinião do BE, serem sucessivamente cometidos atentados urbanísticos. A construção de três novos parques de estacionamento subterrâneos, um deles quase colado a um que já lá existia, iria aumentar, de forma inusitada, a impermeabilização do solo na cidade, e não iria resolver os problemas de financiamento que se colocavam a este tipo de instituições. Não queria dizer que não resolvesse o problema do Jardim Zoológico, mas era um tipo de precedente que se abrira no passado e se continuava a abrir, que obrigaria, no futuro, a Câmara a ter que tomar o mesmo tipo de decisões para apoiar outro tipo de instituições com estas características. ------------------------------------------------------------------------------------- ----- Portanto, o BE considerava que isso era um ciclo infernal, um beco sem saída. Não seria com essa política que iriam resolver os problemas de subfinanciamento com que as organizações não lucrativas se debatiam, mas teria que ser com outro tipo de política que a Câmara não queria aprovar, optando por esta solução da cedência em direito de superfície, uns a seguir aos outros, para a construção de estacionamentos. --- ----- Mas particularmente preocupante, do ponto de vista do BE, era o parque que ia ser construído na Praça José Fontana, um parque com uma capacidade perfeitamente

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inusitada. Mais uma zona que iria ficar esburacada, ainda por cima com o risco de ele ter que ser construído por debaixo do jardim, o que constituiria um risco ambiental grave que deveria levar a Câmara a exigir, pelo menos, da parte do promotor um estudo de impacte ambiental, para se saber se o jardim iria ou não ser afectado pelas obras que lá iam ser feitas. ----------------------------------------------------------------------- ----- Lembrou que eram quatro pisos subterrâneos que iam ser construídos no subsolo da Praça José Fontana, o que era um volume de obra absolutamente invulgar. Pelo menos entendia que o princípio da precaução obrigava a que a Câmara tivesse um bocado de cuidado com esta obra. -------------------------------------------------------------- ----- O Deputado Municipal Rui Roque (CDS-PP), no uso da palavra, disse que esta proposta visava, como muitas outras, regularizar situações, porque a Câmara Municipal, como pessoa de bem, teria que dar seguimento a decisões do passado. ----- ----- Não sabia se seriam decisões absolutamente irreversíveis, presumia que a irreversibilidade deste tipo de decisões seria particularmente complicada e onerosa para a Câmara Municipal, e era nesse pressuposto que ia falar. ---------------------------- ----- De qualquer forma, o CDS-PP não ficaria de bem consigo próprio se não referisse vários erros, vários problemas que esta proposta fazia ressaltar em relação àquilo que vinha sendo a prática corrente no âmbito do estacionamento, e num âmbito mais alargado que era a própria gestão do património municipal, o património dos lisboetas. ------------------------------------------------------------------------------------------- ----- E no estacionamento isso vinha sendo bastante evidente com as recorrentes cedências de espaços em direito de superfície por valores absolutamente simbólicos. Aliás, chamar valor aos cinco euros que constavam desta proposta e a muitos outros que foram acompanhando outras propostas, era simbólico, ou mais do que simbólico era ridículo. ---------------------------------------------------------------------------------------- ----- Mas no fundamental havia vários erros que estavam subjacentes ao processo e que eram recorrentes do passado, que nunca deveriam deixar esquecer porque seria de toda a conveniência conseguir que o Executivo actual e Executivos futuros da Câmara Municipal pudessem vir a evitar esse tipo de procedimentos. ------------------------------ ----- Efectivamente, um dos problemas sistemáticos na cedência dos espaços e criação desses parques de estacionamento era a ausência de qualquer estudo de procura para a localização desses mesmos espaços. Muitas vezes eles eram decididos por interesses particulares, por interesses de quem ia ficar com o direito de superfície do terreno, ou pura e simplesmente pela disponibilidade do espaço, e, portanto, não havia muitas vezes associada a essa decisão de localização, qualquer estudo de procura, não havia verdadeiramente a sensibilidade para a necessidade de implantação desses parques. --- ----- Obviamente, havia também outras questões relevantes que já ali foram colocadas por outras pessoas, até muito mais competentes para esta matéria que ele próprio, que tinham que ver com o impacte ambiental e todas as outras questões que eram também relevantes e que nunca estavam aparentemente subjacentes à decisão de localização desses espaços. ------------------------------------------------------------------------------------ ----- E depois havia a questão fundamental, para a qual o CDS-PP recorrentemente vinha chamando a atenção, que era aquilo que designavam como falta de respeito a

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que os Executivos sucessivamente votavam o património de Lisboa, cedendo espaços, de forma gratuita, para mais tarde alguém tirar rendimento deles. ------------------------- ----- Como deviam calcular não eram, longe disso, apologistas daquele ódio, daquele receio ou daquele terror pelo lucro. O lucro era para o CDS-PP algo de fundamental porque a iniciativa privada conduzia à imaginação, conduzia, de facto, à vontade de empreender, e a compensação dessa vontade de empreender era obviamente o lucro. Quando justo, quando baseado numa ética empresarial correcta, ele era inevitável, ele era o motor da inovação, o motor do desenvolvimento económico. ----------------------- ----- Mas não podiam concordar com decisões que alienavam de forma dramática e incorrecta o património dos cidadãos de Lisboa, permitindo depois um total descontrolo nessa matéria. Portanto permitir que os operadores dos parques de estacionamento tivessem depois rentabilidades que claramente eram excessivas, aí sim garantindo graves perturbações no mercado porque muitas vezes iam entrar em concorrência com outro tipo de iniciativas em relação às quais acabavam por ter benefícios e vantagens que não deveriam ter. ------------------------------------------------- ----- Saíam prejudicados os cidadãos de Lisboa e saí prejudicado até o próprio mercado em relação ao qual essas empresas, que acabavam por ter benefícios excessivos, iam concorrer. ----------------------------------------------------------------------- ----- Nessa perspectiva, o CDS-PP iria votar a favor porque tinham que validar aquilo que era o comportamento da Câmara Municipal no sentido de respeitar os compromissos que já foram assumidos, e o facto de se ter decidido de forma errada, sendo essa decisão irreversível como presumia que era, obviamente a Câmara, como pessoa de bem, teria de cumprir aquilo que eram as decisões camarárias. ---------------- ----- No entanto, ficava o alerta de que decisões deste tipo teriam sempre a oposição clara do CDS-PP. Ou seja, da parte do CDS-PP este tipo de cedência seria sempre votada desfavoravelmente, em qualquer momento e em quaisquer circunstância. ------- ----- O Deputado Municipal Victor Gonçalves (PSD), no uso da palavra, disse que em Comissão foi entendido que esta proposta estava em condições de ser votada, porque, como era dito no Relatório, ela referia-se apenas a uma rectificação quase que patrimonial, quase que de registo de conservatória, relativamente às áreas que foram atribuídas para esses parques de estacionamento, na medida muitas vezes quando se começavam as escavações para os parques nunca se sabia o que se ia encontrar e consequentemente havia muitas vezes necessidade de fazer correcções a posteriori. --- ----- Portanto, a esta correcção não havia nada a opor, tanto mais que a proposta se referia a uma concessão atribuída anteriormente. -------------------------------------------- ----- Disse que aquilo que o Deputado Municipal Heitor de Sousa ali referira foi também falado na reunião, e entenderam que não devia fazer parte do Relatório porque entenderam que não tinha a ver com ele. --------------------------------------------- ----- Agora, o que entendiam, e pensava que o Deputado Municipal Heitor de Sousa também subscrevia isso, era que deviam chamar a atenção da Câmara para ter muito cuidado não só relativamente ao parque que ele referira na Praça José Fontana, mas também ao parque da Praça de D. Luís I, pois quer em relação ao coberto vegetal, quer em relação ao subsolo, teria que haver cuidados muito especiais. -------------------

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----- E essa recomendação teria que ser tomada a sério pela Câmara, não através do Sr. Vereador Cardoso da Silva, mas pelo Sr. Vice-Presidente no sentido de que houvesse estudos e o cuidado necessário para preservar o coberto vegetal nas duas praças, e no caso da Praça D. Luís I ter cuidado com o que se ia encontrar nas escavações, na medida em que era uma zona muito susceptível em termos hidro-geológicos. ----------- ----- Essa era a recomendação que deixava, em nome do PSD, mas pensava que seria uma recomendação de toda a Assembleia com o pedido de absoluta necessidade de isso ser feito. --------------------------------------------------------------------------------------- ----- Rematou dizendo que o PSD iria votar a favor da proposta. -------------------------- ----- O Deputado Municipal Sobreda Antunes (PEV), no uso da palavra, disse que na proposta 937/2008, o caso da reversão para constituição de um direito de superfície para a Sociedade Jardim Zoológico e de Aclimação em Portugal, SA, tinha uma justificação diferente: um apoio indirecto ao Jardim Zoológico. Mas seria que era suficiente? ----------------------------------------------------------------------------------------- ----- Tratava-se de quatro parcelas de terreno municipal destinadas à construção e exploração de quatro novos parques de estacionamento subterrâneo. Um, na Praça Marechal Humberto Delgado, na zona de Sete Rios, junto ao Zoo, mas, dos restantes, dois ficavam para lá das Avenidas Novas e um outro em São Paulo, junto ao Mercado da Ribeira. E destes quatro, o primeiro, em frente ao Zoo, ficava suspenso aguardando pelo Plano de Pormenor de Campolide/Sete Rios. ------------------------------------------- ----- Ora, a pergunta que se lhes colocava era se os parques não deveriam servir prioritariamente os visitantes do Zoo. Então para quê essa descentralização espacial pela cidade, aparentemente sem critério? Apenas para procurar beneficiar ou mesmo financiar essa filantrópica Sociedade Anónima? Não seria, com certeza, motivo suficiente. E porque não se optava antes pela construção desses novos parques na periferia da cidade, junto a interfaces de transportes públicos? ----------------------------- ----- Mas havia mais e não vinha expresso na proposta. Para uma melhor compreensão era necessário regredir à proposta 388/2004, de Junho desse ano. ------------------------- ----- Nela a entidade gestora do Jardim Zoológico de Lisboa solicitara autorização para ceder à Emparque, S. A., os direitos e obrigações respeitantes à construção e exploração dos quatro parques de estacionamentos. Mas não só: a Câmara cedera os direitos por 99 anos, e, desse período, a Serparque ficava com os direitos de exploração pelo período de 45 anos! Tudo à custa das cedências do Município. -------- ----- Disse que um Parecer do Departamento Municipal de Gestão Urbanística ainda argumentara que os projectos apresentados pela Serparque não cumpriam o previsto na escritura e que detectara constrangimentos nas dimensões regulamentares de construção dos parques. Com efeito, só agora a Câmara se apercebeu que os projectos apresentados não correspondiam aos limites das áreas das parcelas cedidas, nem ao número de lugares de estacionamento, nem ao número de pisos. -------------------------- ----- E o que decidira a Câmara? Achara por conveniente regularizar a situação, reduzindo o número de lugares de estacionamento, mesmo que os parques crescessem encostados às fundações dos edifícios contíguos. E nem sequer se falava em qualquer estudo de avaliação ambiental, designadamente para a Praça D. Luís I. Eram

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colecções de erros atrás de erros, procurando agora o Executivo corrigi-los antes do desastre final. -------------------------------------------------------------------------------------- ----- Finalmente, disse que para “Os Verdes” havia cedência ao transporte individual, em detrimento de parques dissuasores e da segurança dos munícipes dos edifícios vizinhos, pelo que, sem remissão, o sentido de voto só poderia ser o da rejeição. ------- ----- A Senhora Presidente, visto que mais ninguém desejara intervir, encerrou o debate e de seguida submeteu à votação a proposta 937/2008, tendo a Assembleia deliberado aprová-la, por maioria, com votos favoráveis do PSD, PS, PCP e CDS-PP, votos contra do BE, PEV e um Deputado Municipal do PSD. ------------------------------ ----- PONTO 13 – PROPOSTA 857/2008 – APROVAR A FIXAÇÃO DAS TAXAS DO IMPOSTO MUNICIPAL SOBRE IMÓVEIS (IMI) A VIGORAR EM 2009, MENCIONADAS NA PROPOSTA, AO ABRIGO DO DISPOSTO NA ALÍNEA F) DO N.º 2 DO ART.º 53.º DA LEI N.º 169/99, DE 18 DE SETEMBRO, COM A REDACÇÃO DADA PELA LEI N.º 5-A/2002, DE 11 DE JANEIRO. ---------------------------------------------------------------------------------------- ------------------------------------- PROPOSTA 857/2008 -------------------------------------- ------------------------------- Imposto Municipal sobre Imóveis ------------------------------ ----- “Considerando que: ------------------------------------------------------------------------- ----- De acordo com a alínea a) do art. 10º da Lei n.º 2/2007, de 15 de Janeiro e o artigo 1º do Código do Imposto Municipal sobre Imóveis, aprovado pelo Decreto-lei n.º 287/2003, de 12 de Novembro, o Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI) incide sobre o valor tributável dos prédios rústicos e urbanos situados no território português, constituindo receita dos municípios onde os mesmos se encontram situados; ------------ ----- Nos termos das alíneas b) e c) do n.º 1 e do n.º 5 do art. 112º do CIMI, os municípios, por deliberação da Assembleia Municipal, definem as taxas aplicáveis aos prédios urbanos para vigorarem no ano seguinte entre os limites de 0,4% a 0,8% e 0,2% a 0,5%, consoante se trate, respectivamente, de prédios não avaliados, ou já avaliados nos termos do CIMI; ----------------------------------------------------------------- ----- De acordo com o n.º 6 do art. 112º do CIMI, por deliberação da Assembleia Municipal, podem os municípios majorar ou minorar até 30% a taxa que vigorar para o ano a que respeita o imposto, definindo, para o efeito, as áreas territoriais correspondentes a freguesias ou zonas delimitadas de freguesias, que sejam objecto de operações de reabilitação urbana ou de combate à desertificação; ------------------------- ----- Ao abrigo do n.º 7 do art. 112º do CIMI, podem os municípios, mediante deliberação da Assembleia Municipal, no que respeita a prédios urbanos arrendados, fixar uma redução até 20% da taxa que vigorar para o ano a que respeita o imposto a aplicar, a qual pode ser cumulativa com a definida no n.º 6 do mesmo dispositivo legal, definindo para o efeito as áreas territoriais correspondentes a freguesias ou zonas delimitadas de freguesias, que sejam objecto de operações de reabilitação urbana ou combate à desertificação; ----------------------------------------------------------- ----- Nos termos do disposto no n.º 8 do art. 112º do CIMI, os municípios, mediante deliberação da Assembleia Municipal, podem majorar até 30% da taxa aplicável a prédios urbanos degradados, considerando-se como tais, de acordo com o n.º 2 do art.

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89º do Decreto-Lei n.º 555/99, de 16 de Dezembro, na redacção dada pelo Decreto-Lei n.º 177/2001, de 4 de Junho, os que, tenham sido objecto de intimação para execução de obras de conservação, necessárias à correcção de más condições de segurança ou de salubridade; -------------------------------------------------------------------- ----- De acordo com o n.º 12 do art. 112º do CIMI, os municípios, mediante deliberação da Assembleia Municipal, podem fixar uma redução, até 50%, da taxa que vigorar no ano a que respeita o imposto, a aplicar aos prédios classificados, de interesse público, de valor municipal ou património cultural, nos termos da legislação em vigor, desde que estes prédios não se encontrem abrangidos pela alínea n) do n.º 1 do art. 44º do Estatuto dos Benefícios Fiscais. ------------------------------------------------ ----- Ao abrigo do n.º 3 do art. 112º do CIMI, nos casos de prédios urbanos que se encontrem devolutos, como tal definidos no Decreto-Lei n.º 159/2006, de 8 de Agosto, são elevadas ao dobro as taxas previstas nas alíneas b) e c) do n.º 1 do mesmo artigo; ----------------------------------------------------------------------------------------------- ----- Nos termos do n.º 13 do art. 112º do CIMI, as deliberações da Assembleia Municipal referidas no mesmo devem ser comunicadas à Direcção-Geral dos Impostos até 30 de Novembro, para vigorarem no ano seguinte. --------------------------- ----- Considerando, ainda, que não obstante a grave situação financeira do Município, a crescente desertificação do Concelho e a necessidade de contrariar tal tendência constituem motivos que justificam a fixação de taxas inferiores às taxas máximas previstas no diploma supra referido, ----------------------------------------------------------- ----- TENHO A HONRA DE PROPÔR QUE A CÂMARA DELIBERE: ---------------- ----- Aprovar e submeter à Assembleia Municipal, de acordo com a alínea a) do art. 10º da Lei n.º 2/2007, de 15 de Janeiro, a alínea a) do nº. 6 do artigo 64º e a alínea f) do nº. 2 do artigo 53º da Lei n°. 169/99, de 18 de Setembro, com a redacção da Lei n.º 5-A/2002, de 11 de Janeiro, para aprovação por este órgão deliberativo, a fixação das seguintes taxas do Imposto Municipal sobre Imóveis, para vigorar no ano de 2009: ---- ----- 1. Ao abrigo do nº 5 do artº 112º do Decreto-Lei nº 287/2003 de 12 de Novembro (Código do Imposto Municipal sobre Imóveis): ---------------------------------------------- ----- a) 0,7% para os prédios urbanos contemplados na alínea b) do nº 1 do artº 112º do Código do Imposto Municipal sobre Imóveis; -------------------------------------------- ----- b) 0,4% para os prédios urbanos contemplados na alínea c) do nº 1 do artº 112º do mesmo código. -------------------------------------------------------------------------------- ----- 2. Nos termos e para os efeitos dos nos 6 a 8 e 12 do artº 112º do mesmo diploma fixar: ------------------------------------------------------------------------------------------------ ----- a) A isenção de taxa a aplicar nos prédios abrangidos pelo Regime Extraordinário de Apoio à Reabilitação (REARU); ------------------------------------------------------------ ----- b) A minoração de 20% do valor da taxa a aplicar em todas as freguesias nos prédios reabilitados ou em reabilitação; ------------------------------------------------------- ----- c) A redução de 10% da mesma taxa para prédios arrendados para habitação localizados nas freguesias referidas na alínea anterior; -------------------------------------- ----- d) A majoração de 30% sobre a taxa aplicável a prédios urbanos degradados para os quais a Câmara Municipal de Lisboa tenha determinado a execução de obras de

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conservação necessárias à correcção de más condições de segurança ou de salubridade, ao abrigo do disposto no n.º 2 do artigo 89º do Regime Jurídico da Urbanização e da Edificação aprovado pelo DL n.º 555/99 de 16 de Dezembro, na redacção conferida pelo DL n.º 177/2001 de 4 de Junho, enquanto não forem iniciadas as obras intimadas por motivos alheios ao Município de Lisboa; -------------------------- ----- e) A redução de 30% da taxa aplicável a prédios urbanos classificados de interesse público, de valor municipal ou património cultural, nos termos da legislação em vigor. ------------------------------------------------------------------------------------------- ----- 3. Nos termos do nº. 3 do artº 112º. do Código do Imposto Municipal sobre Imóveis, alterado pelo artº 7º da Lei nº. 6/2006, de 27 de Fevereiro, as taxas previstas nas alíneas b) e c) do nº. 1 daquele artigo são elevadas ao dobro nos casos de prédios urbanos que se encontrem devolutos há mais de um ano, considerando-se devolutos os prédios como tal definidos no Decreto-Lei nº 159/2006 de 8 de Agosto. ----------------- ----- 4. Os serviços elaborarão listagens das situações previstas em 2 e 3, para que se torne possível efectuar a liquidação do imposto em tempo oportuno.” -------------------- ----- Nota: A redacção da alínea b) do ponto 2 já se encontra na proposta devidamente corrigida, depois de ratificada em reunião de Câmara, mas a sua redacção inicial era a seguinte: -------------------------------------------------------------------------------------------- ----- “b) A minoração de 20% do valor da taxa a aplicar nos prédios reabilitados ou em reabilitação que não estejam localizados na área de aplicação de REARU.” --------- ----- O Senhor Vereador Cardoso da Silva, no uso da palavra para apresentação da proposta, disse que ela apresentava-se como uma unidade para efeitos operativos, mas desejava descrever o essencial sobre como chegaram a esta proposta. -------------------- ----- Referindo-se ao primeiro ponto, relativo às taxas, disse que apresentara à Câmara uma proposta que tinha como taxas 0,4 para os prédios avaliados, e 0,7 para os prédios não avaliados. Havia uma proposta, do PCP, para 0,3 e 0,6 que foi derrotada, e havia também uma proposta de 0,35 e 0,7 que foi aprovada contra a proposta que ele próprio apresentara, proposta essa que, considerando tudo constante, dava uma diminuição das receitas de cerca de dois milhões de euros. --------------------------------- ----- Seria demagógico se dissesse que esses dois milhões de euros eram essenciais para a Câmara, embora considerasse que seria melhor ficar com eles, mas efectivamente não poderia considerar que era uma questão muito relevante nesta matéria. Enfim, números são números, era uma questão de apreciação. ------------------ ----- No entanto, desejava transmitir à Assembleia que na Área Metropolitana de Lisboa apenas Oeiras tinha 0,375, pois todas as outras Câmaras tinham 0,4 e 0,7. Aliás, substituíra o Sr. Presidente da Câmara na última reunião da Junta Metropolitana e chegaram todos à conclusão que as oposições votavam de maneira diferente. --------- ----- Portanto, subscrevera a proposta por uma questão operativa, a sua proposta nesta matéria não era esta, mas não se sentia desconfortável com a proposta aprovada. ------- ----- Disse que o Sr. Deputado Municipal Vasco Valdez lhe levantara uma questão, para a qual ainda não tinha solução, em relação ao ponto dois, onde, aparentemente, havia o problema de estarem a utilizar uma Lei que ainda não estava aprovada. Essa questão só lhe foi presente há pouco, estava a reflectir sobre ela. --------------------------

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----- Quanto à questão da Câmara começar a fazer os trabalhos para ser ela própria a fazer a cobrança do IMI, disse que gostava que notassem que a redacção era extremamente prudente. Os serviços da Câmara não tinham condições para, no próximo ano, fazer isso, tinham condições para começar a preparar mas não tinham condições para o fazer. Aliás, se reparassem, viam que a redacção era extremamente cuidadosa nessa matéria. ------------------------------------------------------------------------- ----- Em relação ao ponto dois, disse que, se a Sra. Presidente estivesse de acordo, suspenderiam o debate para o retomar depois, para se tentar encontrar uma solução. --- ----- O Deputado Municipal Carlos Marques (BE), em interpelação à Mesa, disse que a sua bancada ouviu com atenção a intervenção do Sr. Vereador, que dissera que precisava de ponderar umas alterações na proposta, pelo que sugeriam que a reunião fosse interrompida, ou que fosse suspensa, ou que fosse retirada a proposta, agora o que não podiam era debater uma coisa que não sabiam o que era que o Sr. Vereador ia propor. ---------------------------------------------------------------------------------------------- ----- A Senhora Presidente respondeu que era evidente que a Mesa se dera conta disso, se fosse necessário submeteria a Plenário a troca dos pontos da Ordem de Trabalhos, ouviriam depois quais eram as propostas de alteração e se eram susceptíveis de serem feitas pela Assembleia Municipal neste momento. ---------------- ----- Mas antes daria a palavra ao Sr. Deputado Municipal Feliciano David, relator do Parecer da Comissão. ----------------------------------------------------------------------------- ----- O Deputado Municipal Feliciano David (PCP), na qualidade de relator, apresentou o Parecer da Comissão Permanente de Administração, Finanças e Desenvolvimento Económico, que a seguir se transcreve: --------------------------------- ------------------------------------------- PARECER -------------------------------------------- ----- “A Comissão de Administração, Finanças e Desenvolvimento Económico, reuniu, pelas 18h00 do dia 21 de Novembro de 2008, para apreciação das Propostas Nos 857/2008 e 1056/2008, e, após audição do Senhor Vereador Cardoso da Silva, deliberou: ----- 1 - Proposta N° 857/2008 ----------------------------------------------------------------------- ----- Que se encontra apta a ser apreciada e votada em Sessão Plenária da Assembleia Municipal, nos termos legais e regimentais aplicáveis. ------------------------------------------ ----- 2 - Proposta N°1056/2008 ---------------------------------------------------------------------- ----- Que se encontra apta a ser apreciada e votada em Sessão Plenária da Assembleia Municipal, nos termos legais e regimentais aplicáveis. ------------------------------------------ ----- 3 - Este Parecer foi aprovado por unanimidade. -------------------------------------------- ----- NOTA: Na reunião não estiveram presentes a Presidente e o Secretário da Comissão, os representantes do CDS/PP, do Bloco de Esquerda e, ainda, um representante do PSD. Apesar disso a Comissão decidiu, por unanimidade, reunir e emitir Parecer, dada a urgência em ser tomar uma decisão e em virtude de estar garantido o quórum. Presidiu à reunião o representante do PCP Feliciano David, por decisão unânime da Comissão.” ------------------------------------------------------------------------------ ----- O Deputado Municipal Vasco Valdez (PSD), no uso da palavra, disse que em relação a esta proposta o PSD, e ele particularmente, não tinha nenhuma divergência de fundo. Aliás, quanto ao n.º 1 da proposta, pessoalmente pensava que poderia não ser

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muito recomendável dar esse sinal de baixar a taxa de 0,4 para 0,35, mas o Sr. Vereador também se encontrava disponível para o efeito e, na realidade, não era nada de especialmente grave porque no fundo eram dois milhões de euros que se perdiam, mas eventualmente também poderia haver aí algum incremento da receita por virtude de haver uma baixa da taxa do imposto. --------------------------------------------------------------- ----- Portanto, em relação ao n.º 1 estavam todos em condições de o aprovar, tal como estava proposto pela Câmara Municipal. ---------------------------------------------------------- ----- A questão colocava-se em relação ao n.º 2, que era pena que estivesse numa sarilhada técnica, era uma questão de estruturação que efectivamente estava mal feita. ---- ----- Na realidade, a fundamentação que se ia buscar, por exemplo para a alínea a), era os números 6 a 8 e 12 do artigo 112º do Código do IMI, e não era! Era o Regime Extraordinário de Apoio à Reabilitação Urbana, que se encontrava aprovado pela Lei do Orçamento de Estado do ano passado, Lei 67-A/2007, que aprovara complementarmente esse regime. Portanto, não era o Código do IMI. ------------------------------------------------- ----- Aliás, até podiam dar aprovação à alínea a) do n.º 2, não tinha problema de maior porque até estava previsto nesse diploma legal, só que o fundamento não era nenhum desses artigos, era um outro diploma legal. -------------------------------------------------------- ----- E a partir daí havia mais sarilhadas porque a alínea b) depois não tinha sustentáculo no Código do IMI. Para que muitos desses normativos tivessem exequibilidade prática, tornava-se indispensável que a Assembleia delibera-se, nos termos do Código do IMI, que passava a citar: ------------------------------------------------------------------------------------ ----- “No caso das deliberações compreenderem zonas delimitadas de freguesias, ou prédios individualmente considerados, das comunicações referidas no número anterior – portanto as comunicações que a Assembleia Municipal, através dos serviços competentes, produzisse até 30 de Novembro para a DGCI – deve constar a indicação dos artigos matriciais dos prédios abrangidos, bem como o número de identificação dos respectivos titulares.” Isto é o n.º 14 do artigo 112º do Código do IMI. ----------------------- ----- E o n.º 13 diz: “As deliberações da Assembleia Municipal referidas no presente artigo, devem ser comunicadas à Direcção Geral das Contribuições e Impostos, por transmissão electrónica de dados, para vigorarem no ano seguinte, aplicando-se as taxas mínimas referidas no n.º 1, caso as comunicações não sejam recebidas até 30 de Novembro.” -------------------------------------------------------------------------------------------- ----- Ou seja, tinham que efectivamente fazer a comunicação até 30 de Novembro, pela tal comunicação electrónica de dados, em relação ao n.º 1, sob pena de serem as taxas mínimas. ------------------------------------------------------------------------------------------------ ----- Por outro lado, na sua deliberação, a Assembleia também deveria identificar, porque nos termos da Lei, quer pelos normativos que acabara de citar, quer por outros, por exemplo o n.º 6 que diz: “Os municípios, mediante deliberação da Assembleia Municipal, podem definir áreas territoriais correspondentes a freguesia ou zonas delimitadas de freguesias, que sejam objecto de operações de reabilitação urbana ou combate à desertificação, etc., etc., etc.,” portanto podendo majorar ou minorar a tributação em sede de IMI. ---------------------------------------------------------------------------

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----- Simplesmente, o que a Câmara propunha era que se fizesse uma majoração ou minoração das taxas, mas em abstracto e não acompanhado justamente da identificação de quais eram as freguesias em relação às quais a Câmara Municipal pretendia seguir as suas políticas de urbanismo – achava, aliás, muito bem que o fizesse –, e, por outro lado, se fosse o caso, por exemplo em relação aos prédios devolutos que teriam que estar identificados e saber quais eram as pessoas que eram detentoras de prédios devolutos que iriam ter uma majoração de imposto nos termos propostos. ------------------------------- ----- Isso nos termos do n.º 3 em que as taxas eram atiradas para o dobro, mas para isso era preciso que houvesse uma identificação feita pelos serviços camarários de quem eram as pessoas que tinham prédios devolutos, que na realidade iriam ter agora essa sobrecarga fiscal para o dobro. ---------------------------------------------------------------------- ----- Disse que não estava, e pensava que o PSD também não, contra nenhuma dessas propostas. O problema ali era unicamente um problema de operacionalização das mesmas, porque, tal como a proposta era apresentada, o n.º 1 podiam aprovar sem quaisquer problemas, mas relativamente ao n.º 2 de facto estavam a fazer uma aprovação absolutamente no ar, em abstracto. ----------------------------------------------------------------- ----- E tinha as maiores dúvidas que a DGCI pudesse operacionalizar, o que certamente a levaria a devolver a proposta à Assembleia com a argumentação que não tinham identificado as freguesias nem os destinatários das majorações ou minorações das taxas dos impostos, e portanto não sabiam a quem iam aplicar isso. --------------------------------- ----- Portanto, esse n.º 2 era um bocado fogo de vista. Com excepção feita à alínea a), que lhe parecia que podia ser aprovada desde já com a correcção no sentido da remissão para a legislação correcta, assim como também a alínea e) não lhe parecia haver mal nenhum em aprová-la, em relação às outras alíneas tinham esses problemas sérios que era a falta de identificação das freguesias e dos destinatários das medidas fiscais. ---------- ----- Depois de lamentar que a Câmara não tivesse feito o trabalho de casa quanto a essa matéria, disse que a cobrança dos impostos, questão também referida pelo Sr. Vereador, era algo que já estava há muito tempo na Lei como sabiam. Entretanto, de acordo com a Lei das Finanças Locais, estava neste momento previsto que houvesse um Decreto do Governo e seria de acordo com ele que se iriam fazer as operações de liquidação e cobrança, pela Autarquia de Lisboa, das receitas municipais. ---------------------------------- ----- Portanto, a Câmara Municipal de Lisboa poderia passar a desencadear esse mecanismo para a cobrança dos impostos próprios. Simplesmente, teria que ver se isso não lhe iria sair mais caro que a taxa que neste momento se encontrava prevista para pagamento à DGCI. Esse era um assunto que acompanhara enquanto Secretário de Estado, e com toda a franqueza dizia que para a DGCI seria um enorme alívio se as autarquias assumissem essa responsabilidade, mas não sabia se de facto, hoje, com a eficiência de cobrança da própria DGCI, seria mais benéfico para as autarquias assumirem esse papel. -------------------------------------------------------------------------------- ----- A Senhora Presidente pôs em votação a alteração da Ordem de Trabalhos para passarem ao ponto seguinte, proposta 1056/2008, tendo a Assembleia deliberado aprovar a alteração, por unanimidade. ---------------------------------------------------------

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----- Depois, passou a condução dos trabalhos ao Sr. Primeiro Secretário, para ir reunir com o Sr. Vereador Cardoso da Silva e com o Sr. Deputado Municipal Vasco Valdez, reunião que, segundo disse, seria muito rápida porque também não havia muito a esclarecer e do ponto de vista jurídico as soluções também não eram muitas. -- ----- PONTO 15 – PROPOSTA 1056/2008 – APROVAR A ALTERAÇÃO DO MAPA DE PESSOAL, NOS TERMOS DA PROPOSTA, AO ABRIGO DO DISPOSTO NA ALÍNEA O) DO N.º 2 DO ART.º 53.º DA LEI N.º 169/99, DE 18 DE SETEMBRO, COM A REDACÇÃO DADA PELA LEI N.º 5-A/2002, DE 11 DE JANEIRO. ----------------------------------------------------------------------------------- ------------------------------------- PROPOSTA 1056/2008 ------------------------------------ --------------------------------- Alteração do Mapa de Pessoal --------------------------------- ----- Pelouro: Recursos Humanos --------------------------------------------------------------- ----- Serviço: Direcção Municipal dos Recursos Humanos --------------------------------- ----- “Considerando que: ------------------------------------------------------------------------- ----- Foi aprovada pela Câmara Municipal de Lisboa a Deliberação n.º 960/CM/2008, de 22/10/2008, pela qual foi determinada a elaboração de uma proposta, a submeter à aprovação da Assembleia Municipal, de alteração do Mapa de Pessoal de Direito Público, no sentido de contemplar vagas em número que permitisse abranger os pedidos de reclassificação profissional; -------------------------------------------------------- ----- A principal missão do Município de Lisboa é responder de forma eficaz e competente às necessidades dos munícipes da cidade, sendo os trabalhadores os seus principais agentes na concretização desse objectivo; ---------------------------------------- ----- A actual política de recursos humanos tem assentado em medidas de racionalização e optimização dos meios envolvidos; ---------------------------------------- ----- A promoção e o desenvolvimento profissional assumem um papel fulcral na dinamização e motivação dos recursos humanos e consequente melhoria nos serviços prestados aos munícipes; ------------------------------------------------------------------------- ----- Actualmente é aceite, de forma generalizada, a crucial importância de uma gestão eficiente dos Recursos Humanos para o desenvolvimento organizacional e, consequentemente para o crescimento e ampliação da organização; ---------------------- ----- A reclassificação profissional constitui um instrumento fundamental para colmatar as carências existentes nos serviços ao nível de qualificação profissional, promovendo-se o interesse do Município no incremento da qualificação e das condições de produtividade do pessoal ao seu serviço e a satisfação das expectativas dos funcionários interessados. ------------------------------------------------------------------- ----- Assim, em cumprimento do disposto no ponto 1.1 da referida deliberação e considerando a alínea a) do n.º 6 do artigo 64.º da Lei n.º 169/99, de 18 de Setembro, alterada pela Lei n.º 5-A/2002, de 11 de Janeiro, tenho a honra de propor ao plenário da Câmara Municipal de Lisboa que delibere submeter à aprovação da Assembleia Municipal de Lisboa, ao abrigo da alínea o) do n.º 2 do artigo 53.º da referida legislação: ------------------------------------------------------------------------------------------ ----- 1. A Aprovação do Mapa de Pessoal de Direito Público, com as seguintes variações de dotação, nos termos dos Anexos I e II, ambos juntos à presente proposta:-

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----- i) A criação de 9 novos lugares no Mapa de Pessoal de Direito Público, no grupo de pessoal Técnico Superior; -------------------------------------------------------------------- ----- ii) A transferência de vagas entre carreiras (111 no grupo de pessoal Técnico Superior, 7 no grupo de pessoal Operário Altamente Qualificado e 2 no grupo de pessoal Auxiliar), não alterando, contudo, a dotação do respectivo grupo de pessoal. -- ----- iii) Definidas como a extinguir com a vacatura, no Quadro de Pessoal de Direito Público aprovado em 2006.” -------------------------------------------------------------------- ----- A Comissão Permanente de Administração, Finanças e Desenvolvimento Económico, apresentou um Parecer, comum a esta e a outra proposta, o qual se encontra integralmente transcrito no início da discussão da proposta 857/2008. --------- ----- O Senhor Vereador Cardoso da Silva, no uso da palavra para apresentação da proposta, disse que a reclassificação, como sabiam, era um instrumento que deveria compatibilizar os interesses da organização Câmara e os interesses dos trabalhadores. Este problema precipitara-se por causa da alteração à Lei. ---------------------------------- ----- Disse que na fundamentação da proposta fazia-se uma referência lógica, que, no seu entender, não respondia ao essencial do problema, que era comparar com o Quadro da Câmara. O elemento relevante na análise económica da proposta, era comparar o que era que acontecia se tudo permanecesse na mesma. Ou seja, se não houvesse reclassificações ou se houvesse reclassificações. --------------------------------- ----- Também estava na proposta que havendo reclassificações havia um custo para a Câmara de um milhão de euros por ano, custo esse que considerava que era suportável. ----------------------------------------------------------------------------------------- ----- Referiu que a política da Câmara tem sido extremamente cuidadosa nas admissões, estavam a fazer um concurso, que estava já na fase final, para entrarem mais 50 cantoneiros de limpeza, entraram também mais uns quantos apanhadores de cães e mais uns auxiliares da acção social, e com a entrada no Quadro Privativo dos prestadores de serviços, ficariam com um Quadro que pensava que satisfazia as necessidades da Câmara. ------------------------------------------------------------------------- ----- Movimentações ou análises que tomassem em consideração as necessidades da Câmara a longo prazo, pensava que teriam que ser feitas com mais ponderação e com mais tempo. Isto é, as profissões teriam que estar associadas a uma reanálise das funções fundamentais da Câmara, que com toda a franqueza não havia condições técnicas e políticas para ser feita neste momento. -------------------------------------------- ----- O Deputado Municipal Feliciano David (PCP), no uso da palavra, depois de referir que subscrevia inteiramente a intervenção do Sr. Vereador, disse que estavam a discutir uma proposta que não era uma proposta global, porque realmente havia necessidade de muito rapidamente – e aqui uma pequena discordância com o Sr. Vereador –, se proceder a uma reavaliação do Quadro de Pessoal. Não era uma tarefa fácil, como ele disse, mas impunha-se que se fizesse em termos das funções próprias da Câmara. ----------------------------------------------------------------------------------------- ----- A título de exemplo, referiu que havia quase tantos engenheiros civis na Câmara como licenciados em história. Não queria depreciar o curso de história, mas era preciso adequar as competências às funções próprias da Câmara. Portanto, era um

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trabalho que se teria de começar a fazer para alterar realmente e não provocar ainda maiores distorções ao longo do tempo. -------------------------------------------------------- ----- Disse que esta proposta que hoje estavam a discutir nascera de uma proposta do PCP para um caso pontual que urgia resolver. Era uma questão de justiça para com os funcionários que melhoraram a sua qualificação profissional, portanto era do interesse dos funcionários mas era também do interesse da Câmara. --------------------------------- ----- Referiu que era uma proposta que reunira unanimidade, era uma proposta que, embora parcelar, era importante para que a Câmara melhorasse e os seus funcionários fossem mais competentes. ----------------------------------------------------------------------- ----- Concluiu dizendo que, da parte da Câmara, era justo salientar a aceitação dessa proposta. ------------------------------------------------------------------------------------------- ----- Nesta altura, a Sra. Presidente reassumiu a Presidência da Mesa. -------------------- ----- O Deputado Municipal Rui Roque (CDS-PP), no uso da palavra, disse que a explicação que o Sr. Vereador dera em relação a esta proposta, foi uma explicação clara e de bom-senso. Era de facto uma prioridade da gestão da Câmara Municipal a revisão profunda, diria quase revolucionária, no sentido de criar roturas e alterar toda a lógica e o paradigma da gestão dos seus recursos humanos, de que, aliás, o Deputado Municipal Feliciano David dera ali alguns exemplos. --------------------------- ----- Disse que o CDS-PP tem vindo a discutir sistematicamente, quer em sede de discussão do Orçamento, quer em sede da discussão do Plano de Actividades, quer em muitos outros assuntos que se iam discutindo na Assembleia Municipal, a questão da desadequação dos meios da Câmara às suas funções. Fossem os meios humanos, fossem os meios técnicos, fossem as próprias instalações, etc. ----------------------------- ----- Ou seja, a Câmara Municipal tinha de facto um grave problema de desadequação dos seus meios de produção àquilo que eram as necessidades que devia suprir aos munícipes de Lisboa. ----------------------------------------------------------------------------- ----- E a revisão do Quadro de Pessoal e a sua adequação aos tempos e às necessidades actuais, era uma tarefa fundamental. O Sr. Vereador argumentava que era uma tarefa difícil, e era com certeza uma tarefa da maior dificuldade; que era uma tarefa que demoraria tempo, era com certeza; que consumiria recursos, com certeza que sim; mas era de facto uma tarefa de tão grande relevância, diria mesmo que era a tarefa fundamental na reorganização dos serviços e na funcionalidade e eficiência da Câmara Municipal, que julgava que era uma tarefa prioritária. ---------------------------- ----- E estando convicto que era uma tarefa prioritária, estranhava que se deixasse ultrapassar essa tarefa no sentido de alocar meios a outro tipo de tarefas que, no seu humilde entender, eram claramente menos importantes do que esta. ---------------------- ----- A Câmara Municipal tinha com certeza recursos, podia até em determinadas situações contratá-los fora porque acreditava que não houvesse na Câmara todas as competências necessárias a um adequado trabalho de levantamento e definição das políticas a seguir nessa matéria. Agora, era entendimento do CDS-PP, hoje como no passado, que esta era uma tarefa prioritária. --------------------------------------------------- ----- Rever o modo de funcionamento da Câmara, rever o modo como a Câmara utilizava os seus recursos, era a tarefa fundamental do actual Executivo camarário e

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dos Executivos futuros, porquanto acreditava que esta não seria uma tarefa para resolver em dois anos. Era uma tarefa que já devia ter começado, já deveria estar muito adiantada, mas que, não estando sequer começada como parecia ser o caso, iria comprometer a eficiência da Câmara e aquilo que os lisboetas poderiam esperar dela iria ficar comprometido por muitos e longos anos. E isso era algo que devia deixar os cidadãos de Lisboa fortemente preocupados. ------------------------------------------------- ----- Terminou dizendo que também nesse ponto o actual Executivo estava claramente distraído e com as opções e as prioridades claramente trocadas. --------------------------- ----- A Senhora Presidente, dado que mais ninguém desejara intervir, encerrou o debate e de seguida submeteu à votação a proposta 1056/2008, tendo a Assembleia deliberado aprová-la, por maioria, com votos favoráveis do PSD, PS, PCP, BE e PEV, e a abstenção do CDS-PP. ----------------------------------------------------------------------- ----- SEGUIDAMENTE, A ASSEMBLEIA REINICIOU O DEBATE SOBRE A PROPOSTA 857/2008 -------------------------------------------------------------------------- ----- A Senhora Presidente, respondendo agora, por só agora estar em condições de o fazer, à interpelação do Deputado Municipal Carlos Marques, disse que a questão era exclusivamente a alínea b) do n.º 2, porque só ela neste momento oferecia dúvidas. --- ----- Dúvidas de quê? De se lá estavam incluídas todas freguesias que deviam estar, tal como no ano passado. ---------------------------------------------------------------------------- ----- Portanto, a metodologia que propunha era que se votasse primeiro a proposta no que ela não oferecia de dúvidas, e depois votariam em separado a alínea b) do n.º 2, que ficaria sujeita a ratificação da Câmara Municipal. -------------------------------------- ----- Nessa alínea não estavam todas as freguesias mencionadas que deveriam estar e, portanto, pedira-se agora a listagem das freguesias da mesma proposta do ano passado. -------------------------------------------------------------------------------------------- ----- Para se pronunciarem sobre a metodologia, deu dois minutos a cada bancada para o efeito, tendo o PSD, o PS, o PCP, o CDS-PP e o PEV prescindido do uso da palavra. --------------------------------------------------------------------------------------------- ----- O Deputado Municipal Carlos Marques (BE) disse que, no geral, estavam de acordo com a metodologia, mas também pretendiam que fosse votada em separado a alínea e) do n.º 2. ---------------------------------------------------------------------------------- ----- A Senhora Presidente disse que o Plenário aprovara, por unanimidade, a metodologia proposta, votariam então em separado as alíneas b) e e) do n.º 2, esta última por solicitação do BE, e de seguida abriu o debate da proposta. ------------------- ----- O Deputado Municipal Feliciano David (PCP), no uso da palavra, disse que o IMI era um instrumento de política financeira mas deveria também ser um instrumento de política demográfica e de políticas sociais. E esta proposta que a Câmara apresentava visava, fundamentalmente, objectivos financeiros em completo detrimento do aspecto demográfico e social. -------------------------------------------------- ----- A Câmara queria trazer, e muito bem, mais população para Lisboa, em particular os jovens, mas não acreditava que, com esta proposta, isso fosse possível. Antes pelo contrário. -------------------------------------------------------------------------------------------

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----- Mas, para melhor análise da proposta, passava a referir-se ao histórico da evolução da receita do IMI nos últimos anos. ------------------------------------------------- ----- Assim, referiu que entre 1997 e 2003 o IMI quase duplicara apesar da taxa ter baixado. Nesse tempo ainda era a Contribuição Autárquica, que em 1999 teve uma taxa de 1,2%, em 2000 foi 1,1%, e em 2001, 1%. Entre 2004, primeiro ano em que se alterara para o CIMI, e 2007, a receita crescera 64% e não foram aplicadas as taxas máximas. ------------------------------------------------------------------------------------------- ----- Mas em relação a 2008, de acordo com o documento que o Sr. Vereador Cardoso da Silva gentilmente entregara na Comissão de Finanças, o IMI continuava a crescer. Até Outubro já crescera 8,5 milhões de euros, ou seja, mais de 10%. --------------------- ----- Sobre as previsões para 2009, que era o que estava em causa nesta proposta, disse que se socorria do documento de execução financeira que o Sr. Vereador considerara na Sessão de Câmara, dizendo que se mantinham realistas. Em 2007 estimava que a receita fosse de 82 milhões de euros e foi de 87,6 milhões; em 2008 calculara que o montante seria de 99 milhões e, de facto, não estava longe da realidade como ele próprio afirmara. E quanto calculara o Sr. Vereador para 2009? Quase 113 milhões de euros! ----------------------------------------------------------------------------------------------- ----- Como os Srs. Deputados Municipais sabiam, os impostos e taxas que incidiam directamente sobre as famílias eram o IMI, a taxa de saneamento que era um quarto do IMI e que lhe estava indexada, e a tarifa de saneamento. -------------------------------- ----- Mas socorrendo-se do documento de execução financeira, a que já se referira, disse que até ao fim de Outubro a soma dessas três receitas, já liquidadas, atingia 142 milhões de euros, e a dotação prevista era de 149 milhões, sendo evidente que esse montante iria crescer, como crescera, aliás, todos os anos. Em conclusão, cada família iria pagar em 2008, em média, mais de 600 euros. Era obra, e grave! --------------------- ----- Portanto, o IMI subia apesar das taxas se manterem, e para isso havia várias razões. Nos prédios cujo valor patrimonial estivesse actualizado era natural que subisse porque estavam com valores próximos do valor real, mas também nos prédios que ainda não foram avaliados porquanto eles já sofreram todos uma primeira actualização das matrizes. Aliás, como tem referido em anteriores reuniões em que estas matérias foram discutidas, eles foram bastante aumentados. Não foram ainda reavaliados mas realmente foram aumentados. ----------------------------------------------- ----- Depois havia outras razões, como a cessação das isenções, que inicialmente eram de dez anos e passaram para seis, pelo que havia muitos imóveis que antes não pagavam e agora passaram a pagar IMI. E se o IMI não subira ainda mais foi porque as Finanças se atrasaram na avaliação dos imóveis, já que, como todos se recordavam, em 2009, na previsão das Finanças, deveriam estar todos reavaliados. Então era a bomba atómica, como então falava, porque o IMI subiria exponencialmente. ----------- ----- Felizmente os serviços atrasaram-se e isso estava bem longe da realidade, parecia que só 30% é que estavam reavaliados. Tanto mais que havia cláusulas de salvaguarda para que não subisse tanto. Aliás, o IMI, de um modo geral, a nível nacional tem aumentado muito. Parecia que já aumentara 20%, segundo diziam as Finanças, em muitos Municípios. -------------------------------------------------------------------------------

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----- Disse que a Câmara vinha propor, pela primeira vez, que para os prédios não reavaliados fosse fixada a taxa máxima de 0,7% e 0,35 para os reavaliados, o que era, neste momento, a taxa máxima. ----------------------------------------------------------------- ----- Mas era preciso esclarecer que com essas taxas cada família lisboeta pagaria mais que qualquer outra família portuguesa que vivesse noutro concelho, mesmo nos concelhos limítrofes, em que tivesse sido fixada a mesma taxa. Isto porque, na forma de cálculo para a actualização do IMI, o factor de localização era o que tinha maior peso e amplitude na avaliação, e para Lisboa foi fixado o índice mais alto, ou seja, 2,7%, que era muito gravoso. Portanto, quando se falava que era o máximo era o máximo em relação a qualquer dos concelhos devido a esse factor. ----------------------- ----- E o facto curioso, que lhe causava até alguma perplexidade, era que todos os Vereadores, com excepção dos do PCP, aprovaram a proposta. Como justificação referia-se a crise financeira e a queda da derrama. E pronto, as famílias portuguesas é que pagavam as favas, como já viram. Isso é que era grave! ------------------------------- ----- Mas o mais surpreendente, ou talvez não, era a posição do BE. No ano passado, certamente lembravam-se, o Sr. Vereador Sá Fernandes defendera que o IMI deveria aumentar, quando no ano imediatamente anterior tinha defendido exactamente o contrário, o que até dera origem a que o Sr. Vereador Pedro Feist glosasse o tema dizendo que havia dois Vereadores do BE, um num ano e outro noutro, porque um ano era preto outro ano era branco. ------------------------------------------------------------- ----- Aliás, na Assembleia Municipal o BE apresentara uma Moção, em Junho deste ano, na qual mostrara preocupação com a intenção do Governo em reduzir os tectos para as taxas do IMI com medo que a receita cobrada baixasse. Certamente os Deputados Municipais do BE fizeram isso com boa intenção, mas aconselhava-os a que não tivessem esse receio porque o IMI continuaria a subir sempre, mesmo baixando as taxas. Mas isso significava que algo mudara no BE! Seria porque quando estavam na oposição tinham uma posição e agora tinham outra? Só o BE poderia responder a isso! ---------------------------------------------------------------------------------- ----- O PCP fizera uma proposta em que as taxas baixavam 0,1% em relação à proposta da Câmara, e o Sr. Vereador Cardoso da Silva referira que se essa proposta fosse aprovada haveria uma quebra de receita de 15.267.857 euros. Bom, o Sr. Vereador era uma pessoa simpática, de trato fácil, transparente e competente, qualidades que pessoalmente apreciava muito, mas que tivesse tanta competência ao ponto de levar o cálculo da quebra até ao euro era obra, sobretudo quando estavam tantos factores em causa e o Sr. Vereador sabia muito bem isso. -------------------------- ----- Como foi possível chegar a esse resultado? Era um espanto, tinham que concordar! Dizia o Sr. Vereador que partira da previsão de 85 milhões de euros, mas a previsão que fizera para 2007, no Plano de Saneamento Financeiro, foi de 113 milhões de euros e disse, no Executivo, que esses números estariam próximos da realidade. ------------------------------------------------------------------------------------------- ----- Referiu que não queria entrar em polémica com o Sr. Vereador e compreendia que ele, como Vereador das Finanças, entendesse que aumentar as receitas era muito

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importante. Mas estavam em causa outras questões, nomeadamente questões de ordem social que não podiam deixar de ser tidas em consideração. ----------------------- ----- Portanto, o Sr. Vereador poderia explicar-lhe como foi que chegara a esses números, ele poderia responder-lhe que chegara a outros, mas nem sequer os ia referir porque era tão difícil, tão difícil fazer essa previsão de descida da receita que não valia a pena entrarem em discussão. ----------------------------------------------------------- ----- O que lhe podia afirmar era que havia outras alternativas para a redução das receitas, as quais, aliás, foram apontadas pelo PCP aquando da apreciação do Plano de Saneamento Financeiro. -------------------------------------------------------------------------- ----- Por exemplo, o recurso à venda de bens de investimento. Os Executivos anteriores apresentavam uma previsão de receitas extraordinárias que chegava à volta de 300 milhões de euros, o que era uma barbaridade e consequentemente a execução era ridícula, nalguns casos não chegara a 5% ou 10%. Neste caso, porém, a actual Câmara foi mais previdente, orçamentara 45 milhões de euros, que nem sequer era muito, mas falhara por completo, porquanto até ao final de Outubro, portanto dez meses, só tinha cobrado 7 milhões de euros, o que era grave. ------------------------------ ----- O PCP defendia que podia ser vendido património, se tal fosse feito com critério, exactamente para não sobrecarregar as famílias lisboetas que já estavam muito sobrecarregadas, eram mesmo as mais sobrecarregadas do País. --------------------------- ----- Mas dava um caso, que se relacionava com o ponto 5 da proposta do IMI, com o qual estavam em total desacordo. O Sr. Vereador sabia que com uma boa gestão seria possível melhorar a cobrança das receitas estruturais e, ao mesmo tempo, encontrar novas formas de financiamento. Disseram-lhe isso aquando da discussão do Plano de Saneamento Financeiro. -------------------------------------------------------------------------- ----- Com efeito, em 2005, – citava apenas esse ano porque não tinha outros dados – a Câmara deixara de receber 143 milhões de euros de receita liquidada e não cobrada, dos quais 81,1 milhões de euros relativos a taxas e multas. Portanto, com uma melhor eficácia na cobrança, certamente que muitos milhões de euros seriam recuperados, e, assim, não seria preciso aumentar o IMI. ------------------------------------------------------ ----- Mas, face a esse descalabro e ineficácia, a Câmara vinha agora propor que a liquidação e cobrança do IMI passasse a ser feita pela Câmara, sendo certo que a cobrança de impostos deveria competir ao Estado porque essa era uma das suas responsabilidades. Era verdade que o Estado era um cobrador caro, e não se compreendia pois, segundo informações que tinha, eram 2% do cobrado, o que equivalia, talvez, a 1,6 milhões de euros. ------------------------------------------------------ ----- Portanto, essa não era a boa solução. A boa solução seria negociar com o Governo, o que teria de passar pela Associação Nacional de Municípios porque era um processo que envolvia todos os Municípios do País, para que o Estado não estivesse a explorá-los. --------------------------------------------------------------------------- ----- Disse, ainda, que o PCP fizera uma proposta que, embora reduzisse o aumento do IMI em 2007, não provocaria a queda da receita em 2008, porque ela aumentava sempre pelos motivos que já explicara. --------------------------------------------------------

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----- O PCP apresentara agora uma proposta para evitar sobrecarregar os lisboetas, que de ano para ano pagavam mais impostos e taxas. A Câmara chumbara essa proposta e aprovara a proposta 857/2008 que iria agravar ainda mais, de forma socialmente intolerável, a factura que as famílias lisboetas já pagavam à Câmara. --------------------- ----- Por essa razão, o PCP, mantendo a sua coerência, iria votar contra a proposta em apreciação. ----------------------------------------------------------------------------------------- ----- O Deputado Municipal José Gusmão (BE), no uso da palavra, disse que o BE apoiava as duas taxas propostas, tanto a taxa que iria ser aplicada a imóveis cujo valor não estivesse actualizado, como a redução da taxa sobre imóveis actualizados. --------- ----- Os argumentos que apresentaram em favor dessa diferenciação, e até do aumento dessa diferenciação, eram conhecidos. Os valores em causa eram bastante diferentes, e era ideia do BE, embora não houvesse informação que permitisse quantificar tudo isso, que mesmo assim continuavam a ter uma discriminação em benefício dos imóveis cujo valor não tivesse sido actualizado. Por isso, reiteravam o que disseram na última discussão sobre esta matéria, quanto à urgência da actualização dos valores de todos os imóveis dentro do concelho. ------------------------------------------------------ ----- Em relação à redução dos tectos máximos sobre o IMI, disse que desejava recordar ao Deputado Municipal Feliciano David que a proposta que o BE ali apresentara ia no sentido de que esta questão teria que ser discutida no quadro da atribuição de contrapartidas às autarquias, e não como uma forma de o Governo lidar com o problema da habitação, pelo qual era responsável, e o problema da política financeira a nível nacional, sem recorrer a uma penalização das autarquias sem qualquer tipo de compensações. ---------------------------------------------------------------- ----- Essa posição, aliás, era acompanhada pelo PCP, mas agora viam-se na situação caricata de terem que se defender das críticas de um partido por uma posição com a qual esse mesmo partido concordava. ---------------------------------------------------------- ----- De qualquer forma, não viam nenhuma contradição em defender reduções das taxas do IMI e oporem-se a essa medida do Governo. Aliás, o PCP fazia rigorosamente a mesma coisa. ------------------------------------------------------------------ ----- O que se tratava, em relação à medida do Governo, é que ela era uma intromissão na autonomia da política financeira das autarquias, ou seja, pôr as autarquias a pagar a crise, falando curto e grosso. E depois existia a política financeira das próprias autarquias que tinha em conta as situações financeiras de cada uma delas tomadas especificamente e as suas políticas de habitação. Aliás, o BE sempre pensara que essa questão devia ser vista caso a caso, de acordo com as condições financeiras de cada autarquia, de acordo com a sua política de habitação, etc., etc. ----------------------------- ----- E o PCP pensava rigorosamente o mesmo! Era por isso que em muitos dos seus Municípios praticava taxas máximas de IMI, tanto para imóveis não actualizados como para imóveis actualizados. --------------------------------------------------------------- ----- Portanto, esta questão era necessariamente uma discussão de conjuntura, sobre a qual nenhum partido teria que ter posições eternas ao longo do tempo. ------------------- ----- Seguidamente, disse que queriam apenas requerer dois esclarecimentos ao Sr. Vereador das Finanças: --------------------------------------------------------------------------

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----- O primeiro, sobre a questão da elaboração das listas. A proposta dizia que os serviços iriam elaborar as listas em tempo oportuno, e gostariam de saber o que significava “em tempo oportuno”. Se significava que a duplicação das taxas a aplicar sobre os prédios devolutos deveria ser já praticada no próximo ano, ou se não era disso que estavam a falar, porque já no ano passado falharam esse prazo e seria desagradável que tal se repetisse. --------------------------------------------------------------- ----- O segundo, tinha a ver com a minoração da taxação sobre imóveis classificados, em relação ao que gostariam de saber se essa minoração se aplicava também a imóveis que estando classificados pelos motivos que eram referidos nesse ponto, estivessem devolutos. Pensavam que a minoração se justificava se esses imóveis classificados estivessem a ser habitados ou utilizados de alguma outra forma, mas que não se deveria aplicar quando estivessem devolutos. ---------------------------------------- ----- Pela redacção do documento parecia-lhes que a minoração era indiscriminada, e gostariam de saber se era isso que efectivamente acontecia ou era outra coisa. E condicionavam o sentido de voto sobre essas duas questões em particular, aos esclarecimentos que fossem dados sobre essa matéria. -------------------------------------- ----- O Deputado Municipal Rui Roque (CDS-PP), no uso da palavra, disse que neste proposta o CDS-PP começava por reiterar aquilo que já ali foi vastamente referido, que era a necessidade urgente de se proceder à reavaliação dos imóveis da cidade de Lisboa. Era um problema urgente em Lisboa e em muitos outros pontos do País, mas em Lisboa, como nas cidades mais tradicionais do País, com maior premência uma vez que tinham prédios com idades bastante vetustas e, como tal, a diferença entre o valor actual, não reavaliado, e o valor após reavaliação era de tal maneira dramático que a diferença de taxas acabava por criar injustiças evidentes. ----- ----- Portanto, isso era algo de fundamental. Já no ano passado foi reiterada essa necessidade, diria que praticamente por todas as forças políticas incluindo o CDS-PP, e o que era facto é que não se verificara um esforço significativo nessa matéria, ou, se esse esforço foi feito, foi de uma enorme deficiência uma vez que continuavam por reavaliar a grande maioria dos imóveis de Lisboa, com todas as implicações que isso trazia, em termos de justiça, para os munícipes de Lisboa e, provavelmente, até para as receitas da Câmara Municipal. --------------------------------------------------------------- ----- Nessa perspectiva, seria interessante alargar a diferença entre as duas taxas, diminuindo essa injustiça. Era verdade que a Câmara Municipal estava aí limitada pelo erro de base que a Lei contemplava, porque tinha limites para além dos quais a Câmara Municipal não poderia funcionar. ---------------------------------------------------- ----- Aliás, no ano passado o limite máximo era de 0,8 para os prédios não avaliados, e este ano, segundo o Orçamento de Estado, o limite máximo baixara para 7,0%, o que vinha mais apertar a fasquia e consequentemente agravar essa potencial injustiça. ----- ----- De qualquer forma, era um alerta que deixavam. A solução, como ali já foi dito, era reavaliar, em força e rapidamente, para que a taxa de 0,7 ou 0,8 deixasse de ser relevante, deixasse de ter que existir até, e, a partir daí, deixasse de se encontrar nestas propostas este factor de injustiça para os cidadãos de Lisboa. ------------------------------

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----- Em relação ao ponto 2, disse que o CDS-PP, de uma maneira geral, tinha uma posição muito critica. A posição que tinham era que o IMI, fundamentalmente, era uma taxa que se devia destinar aos cidadãos que moravam em Lisboa e que por esse facto beneficiavam, ou deviam beneficiar, de toda uma série de serviços da Câmara Municipal. ----------------------------------------------------------------------------------------- ----- Qualquer outra política que se pretendesse implementar pela Câmara Municipal, deveria resultar para além desta taxa. Com isto pretendia dizer que isenções da taxa do IMI não eram, a seu ver, justas, e não eram essencialmente eficientes, porque, de facto, não acreditava em mudanças de atitude, em grandes promoções da política de reabilitação urbana, com uma redução de 20% do IMI. Como sabiam a reabilitação de um imóvel era extremamente cara, e claramente uma análise económica de custo/benefício não seria com certeza esta redução do IMI que iria fazer qualquer diferença na decisão do proprietário em reabilitar ou não. ---------------------------------- ----- E a demonstração disso era que o panorama em Lisboa não se alterava significativamente, desde há muitos anos, apesar de todas as isenções que sistematicamente se iam promovendo. --------------------------------------------------------- ----- Outro aspecto relevante tinha a ver com o ponto 3, sobre o qual nem sequer se iria alargar muito porque já no ano passado fizera uma explanação dos motivos que levaram o CDS-PP a votar contra, ponto esse que tinha a ver com a questão dos imóveis devolutos. -------------------------------------------------------------------------------- ----- Como sabiam, o CDS-PP era indefectível defensor do direito à propriedade privada e do livre arbítrio dos cidadãos a disporem dos seus imóveis, desde que, obviamente, não prejudicassem terceiros. E foi até esse aspecto que justificara a posição diferente que tiveram no ano passado, em relação à majoração sobre os imóveis que estavam degradados e em relação aos imóveis devolutos, porque eram situações diferentes. ------------------------------------------------------------------------------ ----- O imóvel devoluto poderia estar conservado, poderia não ter condições de insegurança, mas era um imóvel ao qual o seu proprietário dava um uso, que pessoalmente considerava irracional, mas que estava no seu direito. Na altura disseram, e reiteravam essa questão, de que muito mais do que majorar o IMI seria se calhar mais importante dar condições de informação e até de dinamização do mercado de arrendamento, no sentido de fazer sentir a esses proprietários que estavam a tomar medidas economicamente irracionais. --------------------------------------------------------- ----- Essa seria, já disseram o ano passado e insistiam, a medida mais eficiente. De facto, informar as pessoas e melhorar o funcionamento do mercado de arrendamento, ou mesmo do mercado imobiliário em geral. E, nessa perspectiva, fazer sentir às pessoas que um imóvel devoluto, em condições normais de mercado, não era nunca um bom negócio. Enquanto não conseguissem “vender” essa ideia às pessoas continuaria a haver imóveis devolutos, por mais majoração que fizessem, a menos que fosse de 300% ou 400%, só que aí começavam a entrar no campo não da majoração mas da usurpação. -------------------------------------------------------------------------------- ----- Portanto, este era um ponto com o qual não concordavam, porque o consideravam também ele ineficiente. Aliás, uma pergunta que desejava deixar em

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relação a este ponto, era quantas foram a situações de prédios devolutos em 2008 aos quais foi aplicada essa majoração, e qual o verdadeiro impacto que essa medida tivera, se é que tivera algum. ---------------------------------------------------------------------------- ----- Por fim, disse que o CDS-PP, muito provavelmente, iria votar contra a proposta, porquanto ela encerrava princípios com os quais claramente não concordavam. -------- ----- A Senhora Presidente, terminadas as intervenções, explicou a metodologia para a votação, dizendo que votariam primeiro a proposta e depois, em separado, as alíneas b) e e) do ponto 2, e ainda, a pedido do BE, o ponto 4, sendo que a alínea b) seria votada condicionada à ratificação em reunião de Câmara, sob pena, naturalmente, de invalidade. ----------------------------------------------------------------------------------------- ----- Depois, leu a nova formulação da alínea b), que passara a ter a seguinte redacção: ----- “b) Fixar a minoração de 20% do valor da taxa a aplicar em todas as freguesias nos prédios reabilitados ou em reabilitação.” -------------------------------- ----- Passou-se então à votação, pelo método referido, tendo a Assembleia deliberado:- ----- Proposta 857/2008 sem as alíneas b), e) e ponto 4 – aprovada, por maioria, com votos favoráveis do PSD, PS e BE, e votos contra do PCP, CDS-PP e PEV. ------------- ----- Alínea b) – aprovada, por maioria, com votos favoráveis do PSD, PS e BE, e votos contra do PCP, CDS-PP e PEV. --------------------------------------------------------- ----- Alínea e) – aprovada, por maioria, com votos favoráveis do PSD e PS, votos contra do PCP, CDS-PP e PEV, e a abstenção do BE. --------------------------------------- ----- Ponto 4 – aprovado, por maioria, com votos favoráveis do PSD e PS, votos contra do PCP, CDS-PP e PEV, e a abstenção do BE. --------------------------------------- ----- O Deputado Municipal José Gusmão (BE), fez a seguinte declaração de voto: - ----- “O BE absteve-se na alínea e) do ponto 2 e no ponto 4, porque tendo pedido esclarecimentos ao Sr. Vereador não os recebeu, o que começa a ser uma prática muito habitual e pouco louvável.” -------------------------------------------------------------- ----- Nota: As propostas votadas na presente reunião foram aprovadas, em minuta, nos termos da deliberação tomada pela Assembleia, por unanimidade, na reunião realizada no dia 2 de Março de 2006, inserida a páginas 40 da respectiva acta (acta n.º 6). ------- ----- Seguidamente, a Senhora Presidente deu por encerrada a reunião e com ela a Sessão Extraordinária iniciada no passado dia 18 de Novembro. -------------------------- ----- Eram 17 horas e 30. ------------------------------------------------------------------------- ----- E eu, , Primeiro Secretário fiz lavrar a presente acta que subscrevo juntamente com o Segundo Secretário, . ----------------------------------------- A PRESIDENTE-----------------------------------------