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ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE MATO GROSSO ATA DA VIGÉSIMA QUARTA SESSÃO EXTRAORDINÁRIA DO DIA 10 DE SETEMBRO DE 1997, ÀS 08:55 HORAS. Pag.1 - Secretaria de Serviços Legislativos ATA N 112 - “ A ” PRESIDENTE - DEPUTADO RENE BARBOUR (EM EXERCÍCIO) 1ª SECRETÁRIA - DEPUTADA SERYS SLHESSARENKO (AD HOC) 2 SECRETÁRIO - DEPUTADO ELIENE (EM EXERCÍCIO) O SR. PRESIDENTE - Havendo número regimental, declaro aberta a presente Sessão. Convido a Srª Deputada Serys Slhessarenko e o Sr. Deputado Eliene para assumirem, respectivamente, as 1ª e 2ª Secretarias. (A SRª DEPUTADA SERYS SLHESSARENKO E O SR. DEPUTADO ELIENE ASSUMEM, RESPECTIVAMENTE, AS 1ª E 2ª SECRETARIAS). O SR. PRESIDENTE - Solicito ao Sr. 2 Secretário para que proceda à leitura da Ata. (O SR. 2 SECRETÁRIO PROCEDE À LEITURA DA ATA DA SESSÃO ORDINÁRIA DO DIA 03 DE SETEMBRO DE 1997, ÀS 20:00 HORAS). O SR. 2 SECRETÁRIO - Lida a Ata, Sr. Presidente. O SR. PRESIDENTE - Em discussão a Ata que acaba de ser lida (PAUSA). Não havendo impugnação, dou-a por aprovada. Solicito a Srª 1ª Secretária para que proceda à leitura do Expediente. A SRª 1ª SECRETÁRIA (LÊ) - “Ofício Circular da Procuradoria da República em Mato Grosso, encaminhando cópia da Representação do Sindicato dos Servidores do Poder Judiciário de Mato Grosso - SINJUSMAT, solicitando Ação Direta de Inconstitucionalidade contra as leis estaduais e os provimentos da Corregedoria Geral de Justiça do Tribunal de Justiça de Mato Grosso; Ofício nº 171/97, do INSS, em resposta ao Requerimento datado de 17/10/96; Ofício nº 56/97, do Sindidato dos Trabalhadores do Tribunal de Contas - SINTTCONTAS, apresentando agradecimentos a esta Casa pela colaboração para o I Seminário de Controle Externo da Federação Nacional das Entidades dos Servidores dos Tribunais de Contas do Brasil; Ofício nº 172/97, do Gabinete do Governador; e Ofícios nºs 1100, 1101, 1107, 1141, 1142, 1144, 1146, 1147, 1148, 1149, 1150, 1151, 1152 e 1155/97, da Casa Civil, todos reportando a Indicacões dos Deputados.” Lido o Expediente, Sr. Presidente. O SR. PRESIDENTE - Encerrada a primeira parte, passemos à segunda parte do Pequeno Expediente (PAUSA). Com a palavra, o nobre Deputado Humberto Bosaipo. O SR. HUMBERTO BOSAIPO - Sr. Presidente, Srs. Deputados, Srª Deputada, quero comunicar que no dia 22 deste mês iremos dar prosseguimento ao Seminário que realizamos aqui, na Casa, sobre Segurança Pública e as questões das Polícias Estaduais, através da realização de uma Audiência Pública, dando continuidade a esse importante assunto que é

ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE MATO GROSSO ATA … · Exm Sr. Ministro Extraordinário de Esportes, a urgente necessidade de uma quadra de esportes coberta, na cidade de Araguaiana

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Page 1: ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE MATO GROSSO ATA … · Exm Sr. Ministro Extraordinário de Esportes, a urgente necessidade de uma quadra de esportes coberta, na cidade de Araguaiana

ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE MATO GROSSO ATA DA VIGÉSIMA QUARTA SESSÃO EXTRAORDINÁRIA DO DIA 10 DE SETEMBRO DE 1997, ÀS 08:55 HORAS.

Pag.1 - Secretaria de Serviços Legislativos

ATA N 112 - “ A ” PRESIDENTE - DEPUTADO RENE BARBOUR (EM EXERCÍCIO) 1ª SECRETÁRIA - DEPUTADA SERYS SLHESSARENKO (AD HOC)

2 SECRETÁRIO - DEPUTADO ELIENE (EM EXERCÍCIO)

O SR. PRESIDENTE - Havendo número regimental, declaro aberta a presente Sessão.

Convido a Srª Deputada Serys Slhessarenko e o Sr. Deputado Eliene para assumirem, respectivamente, as 1ª e 2ª Secretarias. (A SRª DEPUTADA SERYS SLHESSARENKO E O SR. DEPUTADO ELIENE ASSUMEM, RESPECTIVAMENTE, AS 1ª E 2ª SECRETARIAS).

O SR. PRESIDENTE - Solicito ao Sr. 2 Secretário para que proceda à leitura da Ata.

(O SR. 2 SECRETÁRIO PROCEDE À LEITURA DA ATA DA SESSÃO ORDINÁRIA DO DIA 03 DE SETEMBRO DE 1997, ÀS 20:00 HORAS).

O SR. 2 SECRETÁRIO - Lida a Ata, Sr. Presidente. O SR. PRESIDENTE - Em discussão a Ata que acaba de ser lida (PAUSA). Não

havendo impugnação, dou-a por aprovada. Solicito a Srª 1ª Secretária para que proceda à leitura do Expediente. A SRª 1ª SECRETÁRIA (LÊ) - “Ofício Circular da Procuradoria da República

em Mato Grosso, encaminhando cópia da Representação do Sindicato dos Servidores do Poder Judiciário de Mato Grosso - SINJUSMAT, solicitando Ação Direta de Inconstitucionalidade contra as leis estaduais e os provimentos da Corregedoria Geral de Justiça do Tribunal de Justiça de Mato Grosso; Ofício nº 171/97, do INSS, em resposta ao Requerimento datado de 17/10/96; Ofício nº 56/97, do Sindidato dos Trabalhadores do Tribunal de Contas - SINTTCONTAS, apresentando agradecimentos a esta Casa pela colaboração para o I Seminário de Controle Externo da Federação Nacional das Entidades dos Servidores dos Tribunais de Contas do Brasil; Ofício nº 172/97, do Gabinete do Governador; e Ofícios nºs 1100, 1101, 1107, 1141, 1142, 1144, 1146, 1147, 1148, 1149, 1150, 1151, 1152 e 1155/97, da Casa Civil, todos reportando a Indicacões dos Deputados.”

Lido o Expediente, Sr. Presidente. O SR. PRESIDENTE - Encerrada a primeira parte, passemos à segunda parte do

Pequeno Expediente (PAUSA). Com a palavra, o nobre Deputado Humberto Bosaipo. O SR. HUMBERTO BOSAIPO - Sr. Presidente, Srs. Deputados, Srª Deputada,

quero comunicar que no dia 22 deste mês iremos dar prosseguimento ao Seminário que realizamos aqui, na Casa, sobre Segurança Pública e as questões das Polícias Estaduais, através da realização de uma Audiência Pública, dando continuidade a esse importante assunto que é

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a tentativa de se unificar as Polícias Estaduais numa Polícia Única e, consequentemente, a municipalização dessas Polícias, passando a responsabilidade das Polícias Estaduais para os municípios, que é um assunto extremamente grave e temos que discutir isso, aqui, no dia-a-dia, Sr. Presidente.

Então, no próximo dia 22 estaremos realizando essa Audiência. Desde já, eu quero deixar, aqui, o convite aos Parlamentares interessados no assunto, mas lembrando que iremos mandar o convite aos gabinetes. Muito obrigado.

O SR. PRESIDENTE - Com a palavra, o nobre Deputado Eliene. O SR. ELIENE - Sr. Presidente, Srs. Deputados, Srª Deputada, para apresentar

três Indicações de nossa autoria:

1ª) Indica ao Exm Sr. Governador do Estado de Mato Grosso, com cópia ao

Exm Sr. Secretário de Estado de Educação, a urgente necessidade de promover a reforma da quadra da EEPG “Mariana Luiza Barreto”, em Cuiabá.

Com fulcro na Resolução 18/91, requeiro à Mesa Diretora, ouvido o egrégio

Plenário, seja encaminhado expediente indicatório ao Exm Sr. Governador do Estado de Mato

Grosso, com cópia ao Exm Sr. Secretário de Estado de Educação, expondo a urgente necessidade de promover a reforma da quadra da EEPG “Mariana Luiza Barreto”, em Cuiabá.

JUSTIFICATIVA A EEPG “Mariana Luiza Barreto”, situada no setor IV, Bairro Tijucal, em

Cuiabá, está enfrentando problemas, a princípio de ordem administrativa, mas que afetam diretamente o pedagógico.

Acontece que o único espaço que a escola dispunha para as aulas de educação física e reuniões ampliadas está danificado, pois no local onde havia uma quadra há apenas destroços dela.

Dessa forma, Direção e comunidade escolar em geral estão reivindicando a sua reforma urgente para, inclusive, não terem que se deslocar até a Escola “Manoel Cavalcante Proença”.

Sala das Sessões, em 10 de setembro de 1997. Deputado ELIENE - PSB

2ª) Indica ao Exm Sr. Governador do Estado de Mato Grosso, com cópia ao

Exm Sr. Secretário de Estado de Esporte e Lazer, Exm Sr. Secretário de Estado de Educação,

Exm Sr. Ministro Extraordinário de Esportes, a urgente necessidade de uma quadra de esportes coberta, na cidade de Araguaiana.

Com fulcro na Resolução 18/91, requeiro à Mesa Diretora, ouvido o egrégio

Plenário, seja encaminhado expediente indicatório ao Exm Sr. Governador do Estado de Mato

Grosso, com cópia ao Exm Sr. Secretário de Estado de Esporte e Lazer, Exm Sr. Secretário de

Estado de Educação, Exm Sr. Ministro Extraordinário de Esportes, expondo a urgente necessidade de uma quadra de esportes coberta, na cidade de Araguaiana.

JUSTIFICATIVA

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O Prefeito de Araguaiana, impossibilitado de atender essa reivindicação da população - quadra de esportes coberta, faz um apelo às demais autoridades competentes para que a cidade não venha ficar mais por tanto tempo sem esse espaço fundamental para o esporte e a cultura local.

O Prefeito justifica que há “necessidade premente em oferecer aos nossos jovens uma melhor condição para a prática esportiva”.

Sabemos ser o esporte instrumento que não só beneficia a saúde, mas a integração, a solidariedade, contribuindo, inclusive, no combate à marginalidade.

Com base no exposto, justifico esta indicação, aguardando a aprovação pelas e pelos nobres Pares e o atendimento por parte do Executivo.

Sala das Sessões, em 10 de setembro de 1997. Deputado ELIENE - PSB

3ª) Indica ao Exm Sr. Governador do Estado de Mato Grosso, com cópia ao

Exm Sr. Secretário de Estado de Educação, a urgente necessidade em atender a EEPG “Francisco Araújo Barreto”, em Jaciara.

Com fulcro na Resolução 18/91, requeiro à Mesa Diretora, ouvido o egrégio

Plenário, seja encaminhado expediente indicatório ao Exm Sr. Governador do Estado de Mato

Grosso, com cópia ao Exm Sr. Secretário de Estado de Educação, expondo a urgente necessidade em atender a EEPG “Francisco Araújo Barreto”, em Jaciara.

JUSTIFICATIVA A fossa séptica e o muro da EEPG “Francisco Araújo Barreto”, no Município

de Jaciara, desmoronaram, provocando problemas de diversas ordens. Para que o processo ensino-aprendizagem não fosse prejudicado, a Direção

da Escola tomou medida, em função da emergência, no sentido de resolver os problemas, comprando material a prazo, para 30 dias, no comércio, e contratando mão-de-obra da comunidade para fazer os serviços necessários.

Além disso, houve a necessidade da colocação de 02 portões, tendo em vista que até então os vãos estavam abertos.

Todo o material e serviços realizados ficaram na ordem de R$ 2.615,00 (dois mil seiscentos e quinze reais), discriminados da seguinte forma:

- Fossa séptica - R$ 350,00 - Dois portões - R$ 765,00 - Mão-de-obra - R$ 1.500,00 Total a pagar - R$ 2.615,00 Sendo assim, a Câmara de Vereadores, por intermédio do Vereador Milton F.

Júnior, popular Miltinho, e comunidade escolar em geral, aguardam o apoio, no sentido do Governo do Estado, através da Secretaria de Estado de Educação, repassar esse montante para que a Direção da Escola possa arcar com esse compromisso e não venha a ser desmoralizada na cidade.

Sala das Sessões, em 10 de setembro de 1997. Deputado ELIENE - PSB

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Pag.4 - Secretaria de Serviços Legislativos

Eu gostaria também, ainda no Pequeno Expediente, de convidar os colegas Deputados a participarem hoje, às 15:00 horas, da Audiência Pública por nós requerida, que vai discutir o tema: “A verdadeira história da ferrovia”. Essa é uma Audiência que vai trazer um fato histórico e colocar as autoridades também discutindo, para que nós possamos ter realmente as ligações necessárias, colocando em destaque a questão da MT-100, que seria um elo de ligação da Região do Médio Araguaia.

Então, nós queremos convidar todos os Deputados a participarem conosco, hoje às 15:00 horas, dessa Audiência Pública.

Muito obrigado, Sr. Presidente. O SR. PRESIDENTE - Com a palavra, a ilustre Deputada Serys Slhessarenko. A SRª SERYS SLHESSARENKO - Sr. Presidente, Srs. Deputados, hoje já é dia 10

de setembro e eu gostaria, mais uma vez, de cobrar uma postura com relação à questão salarial desta Casa. Nós já passamos pelo mês de julho, agosto e a metade do mês de setembro e, infelizmente, não temos uma posição oficial da Casa com relação ao pagamento dos salários.

Eu insisto em saber como foi feita a distribuição, em termos de pagamento, do último duodécimo encaminhado para esta Casa. Eu gostaria de ver colocada, oficialmente, nesta tribuna, a previsão do próximo duodécimo. Ele será repassado na sexta ou na segunda-feira? Mas, principalmente, eu gostaria de saber o que será pago com este repasse. Serão pagas duas folhas ou uma folha? O que será pago, real por real, com o próximo repasse? Como também continuo esperando uma posição em termos do que foi pago, não só com o repasse dos duodécimos passados durante o ano de 97, mas, especialmente, nos últimos três meses, não só dos duodécimos, como outros recursos que vêm sendo repassados.

Afinal, fica muito ruim para nós, como Deputados, ficar ouvindo que foi repassado tanto de Restos a Pagar, que foi repassado mais tanto de Restos a Pagar e nós não temos a certeza disso. Nós não temos conhecimento disso e precisamos saber. Houve repasse de Restos a Pagar? Houve! Se houve, quanto foi? E para que foi? Com o que se gastou? Eu continuo aguardando. Cobrei, há dias atrás, e estou esperando essa resposta. Preciso da transparência, porque nós temos que dar explicações à população. Não dá mais para nós continuarmos dizendo: “Eu não sou da Mesa Diretora. Eu não sei...”

Eu, Deputada Serys Slhessarenko, não sei, mesmo! Então, eu não posso explicar. Mas, eu preciso, exijo que a Mesa Diretora se posicione...

(O SR. PRESIDENTE FAZ SOAR A CAMPAINHA, COMUNICANDO QUE SE ESGOTOU O PERÍODO RESERVADO À ORADORA, NO PEQUENO EXPEDIENTE)

A SRª SERYS SLHESSARENKO - ... realmente, dizendo principalmente dos três últimos meses o que foi feito em termos de repasse, além do repasse do Duodécimo, de Restos a Pagar, e o que foi pago. Muito obrigada.

O SR. PRESIDENTE - Sobre a mesa, Indicação de autoria do Deputado Rene Barbour:

Indica ao Exm Sr. Governador do Estado, Dante Martins de Oliveira, com cópia ao Presidente do DVOP, Vítor Cândia, a necessidade de melhorar as condições de trafegabilidade no Morro do Capóia, na Rodovia Juína/Castanheira.

Com fulcro no que preceitua o Art. 239, alínea “g”, do Regimento Interno desta augusta Casa, requeiro à Mesa Diretora deste Poder o encaminhamento do presente

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Pag.5 - Secretaria de Serviços Legislativos

expediente ao Exm Sr. Governador do Estado, Dante Martins de Oliveira, com cópia ao Presidente do DVOP, Vítor Cândia, indicando o que menciona.

JUSTIFICATIVA A Rodovia Juína/Castanheira é o tronco viário mais importante que demanda

ao extremo Norte, na divisa com o Estado do Amazonas. A cerca de 10 quilômetros de Castanheira, ocorre um ponto de

estrangulamento, que vem causando grandes dificuldades para o transporte de cargas pesadas no local do morro do Capóia. Além de desastres constantes no período de chuvas, é difícil a passagem de caminhões, devido à subida íngreme do referido acidente geográfico. Há necessidade de se proceder cortes e aterros numa distância não superior a 500 metros. Trata-se de trabalho relativamente fácil e que demanda poucos recursos.

Vale destacar a importância econômica da região, com inúmeras indústrias madeireiras e outras fabricadoras de laminados, de madeiras nobres para exportação, geradoras de grande volume de ICMS, empregos e divisas para o País.

Esta providência será de grande benefício para toda a região, principalmente para os Municípios de Juína, Castanheira, Juruena, Cotriguaçu e Aripuanã. É obrigação do Estado apoiar esta população pioneira, tendo em vista que uma Rodovia como esta se torne vital para o desenvolvimento.

Sala das Sessões, 10 de setembro de 1997 Deputado RENE BARBOUR Com a palavra, o nobre Deputado Humberto Bosaipo. O SR. HUMBERTO BOSAIPO - Sr. Presidente, Srs. Deputados, nós estamos com

o Ato n° 15/97, da Mesa Diretora, aqui em nossas mãos, com o seguinte teor: “O Presidente da Assembléia Legislativa do Estado, no uso de suas atribuições

legais, que lhe confere o Artigo 30, § 1°, Inciso IV, do Regimento Interno, nomeia os Srs. Deputados Humberto Bosaipo, Amador Tut, Nico Baracat, André Bringsken e Rene Barbour como membros do Conselho dos Direitos Humanos, instituído pela Resolução 115/92, de 13/11/92.”

Sr. Presidente, este Conselho dos Direitos Humanos não foi instalado ainda, e há uma necessidade muito grande de instalá-lo, uma vez que os problemas relativos à agressão aos Direitos Humanos neste Estado é cada vez maior.

E, sendo assim, eu tomo a iniciativa, como membro, de marcar para amanhã, às 15:00 horas - uma vez que não foi definido quem vai ser o Presidente desta Comissão - uma reunião, na Sala de Reuniões das Comissões, para que possamos definitivamente instalar esse Conselho, que é uma necessidade ímpar nesta Casa.

Nós temos sido procurado por todos os segmentos da sociedade, alguns com reclamações seríssimas sobre violações dos Direitos Humanos do Estado de Mato Grosso e esta Assembléia Legislativa não pode deixar de instalar tão importante Conselho.

Portanto, eu gostaria de comunicar os Deputados Amador Tut, Nico Baracat, André Bringsken e Rene Barbour que amanhã nós realizaremos essa importante reunião. Muito obrigado.

O Sr. Gilmar Fabris - Peço a palavra, pela Liderança, Sr. Presidente.

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Pag.6 - Secretaria de Serviços Legislativos

O SR. PRESIDENTE - Com a palavra, pela Liderança, o Deputado Gilmar Fabris.

O SR. GILMAR FABRIS - Sr. Presidente, além de fazer uso da palavra, gostaria de apresentar um Projeto de Lei e uma Moção de Congratulações de minha autoria:

1ª) PROJETO DE LEI: Institui a Escola de Promoção Popular e dá outras providências.

A ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE MATO GROSSO, tendo em

vista o que dispõe o Artigo 42 da Constituição Estadual, aprova e o Governador do Estado sanciona a seguinte lei:

Art. 1° É instituída, no âmbito do sistema estadual de ensino público, a Escola de Promoção Popular a fim de propiciar educação escolar nos níveis fundamental e médio a educandos superdotados, sob regime de aprendizagem especial.

Parágrafo único Os educandos de que trata o caput do artigo serão recrutados, preferencialmente, nas camadas mais pobres da população.

Art. 2° O Chefe do Poder Executivo regulamentará esta lei no prazo de noventa dias da data de sua publicação.

Art. 3° Esta lei entra em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições em contrário.

JUSTIFICATIVA O objetivo primordial do presente Projeto de Lei é dotar Mato Grosso de um

instrumento legal para o desenvolvimento e aproveitamento de recursos humanos privilegiados, na pessoa de crianças superdotadas. Ao priorizar o seu recrutamento nas camadas mais pobres da população, visa o alcance de uma forma extremamente importante de renovação e diversificação dos quadros de elite.

Com efeito, ao propiciar às crianças de elevado Quociente de Inteligência (QI) condições especiais de aprendizagem condizentes com suas exigências intelectuais extraordinárias e procedentes, preferencialmente, dos mais pobres extratos da população, não há dúvida de que essas crianças serão cidadãos capacitados à transformação social de seu meio de origem, e a nível mais elevados de atividade profissional e pública.

E não podemos, por essa razão, abandonar ao desperdício raros recursos de inteligência tão necessários ao desenvolvimento de nosso país. Essas crianças, ao que se espera, terão acesso a uma educação escolar de boa qualidade, escalonada, por regime de mérito do nível fundamental ao médio, e encaminhamento à educação universitária.

Pelo exposto, não há de faltar o apoio de meus nobres Pares à aprovação desse Projeto de Lei.

Sala das Sessões, em 10 de setembro de 1997 Deputado GILMAR FABRIS 2ª) MOÇÃO DE CONGRATULAÇÕES: Com fundamento no Artigo 268, letra

“c”, do Regimento Interno deste Poder Legislativo, requeiro à Mesa, ouvido o soberano Plenário, seja registrado nos Anais da Assembléia Legislativa, voto de congratulação ao Ten.

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Cel. PM Frederico Carlos Lepesteur, pela sua oportuna investidura nas funções de Chefe do Comando de Policiamento de Área I, com Jurisdição na mesorregião Sudeste de Mato Grosso.

Oficial PM dos mais capazes na honrosa corporação Policial Militar do Estado de Mato Grosso, há de levar a sua experiência e a sua humanidade, o seu denodo e o seu espírito de liderança aos bravos oficiais, subtenentes e sargentos, cabos e soldados que dedicam, mesmo sob sacrifícios de toda ordem, suas vidas e o labor de suas energias à segurança, à tranqüilidade e à dignidade das populações que habitam e edificam a grandeza do Estado de Mato Grosso na vasta região mato-grossense, hoje sob o seu comando policial-Militar.

Há também de emprestar a sua inestimável colaboração à atuação não menos brilhante da Polícia Judiciária Civil; há ainda, e disso temos certeza, de buscar o estreitamento de relacionamento com a Polícia Federal para, numa ação de propósitos convergentes, respeitadas as específicas competências - Polícia Militar, Polícia Judiciária Civil e Polícia Federal - assegurar aos cidadãos princípios de cidadania a que todos nós fazemos jus.

Requeiro, afinal, que este Voto de Congratulação seja comunicado ao Ten. Cel. PM Frederico Carlos Lepesteur no Comando Geral da Polícia Militar.

Sala das Sessões, 10 de setembro de 1997. Hoje, Sr. Presidente, em todas as cidades do Estado de Mato Grosso, quando se

faz uma pesquisa das necessidades, nós vamos encontrar a questão do desemprego e saúde em primeiro lugar. Na cidade de Rondonópolis, 80% da população, de acordo com pesquisa feita pelo Instituto Vox Popoli, indica que o seu desejo é segurança.

Eu sempre bati nessa questão aqui e entendo que a cidade de Rondonópolis é uma das cidades mais violentas do País. Lá acontece de tudo e a todo instante.

Hoje, o Cel. Lepesteur tem a missão de ser o Comandante do CPA 1, para que possa comandar a mesorregião sudeste do Estado de Mato Grosso. E sob o seu Comando, lá na Polícia, está lá o Comandante Sales.

Realmente, há de se dizer também que o Governador mandou algumas viaturas, alguns empresários ajudaram a Polícia, com motor, e vai ser implantada, também, uma cavalaria. Portanto, eu acho que a cidade de Rondonópolis, muito breve, será até um exemplo às demais cidades do Estado. Pelo menos é esse o desejo da população, o nosso desejo, que estamos empenhados nesse sentido, e o desejo dos demais pais de família que ali vivem.

Por isso, eu faço esta Moção de Congratulação, e quero também mencionar aqui o desejo e a vontade do atual Secretário de Segurança, quanto ao desejo de que essa situação de Rondonópolis seja definida. Ele sabe dos acontecimentos, está preocupado. Aqui, nós somos Oposição, mas no momento em que somos atendidos, no momento em que vemos o desejo de um Secretário ou de um Governador para solucionar um problema, tem que ser mencionado que fomos atendidos.

O Sr. Luiz Soares - V. Exª me concede um aparte? O SR. GILMAR FABRIS - Concedo, nobre Deputado Luiz Soares. O Sr. Luiz Soares - Deputado Gilmar Fabris, apenas... O SR. PRESIDENTE (FAZENDO SOAR A CAMPAINHA) - Informo ao nobre

Deputado Luiz Soares que o Deputado Gilmar Fabris está usando o tempo que dispõe no Pequeno Expediente.

O Sr. Luiz Soares - V. Exª não havia anunciado o Grande Expediente? O SR. PRESIDENTE - A Presidência retificou, nobre Deputado Luiz Soares.

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Pag.8 - Secretaria de Serviços Legislativos

O Sr. Luiz Soares - Desculpe-me, Sr. Presidente. O SR. PRESIDENTE - Continua com a palavra, o nobre Deputado Gilmar

Fabris. O SR. GILMAR FABRIS - Era só, Sr. Presidente. O SR. PRESIDENTE - Sobre a mesa, dois Projetos de Lei, de autoria do nobre

Deputado Jorge Abreu:

1) PROJETO DE LEI: “Declara de utilidade pública a Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais do Município de Itaúba.

A ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE MATO GROSSO, tendo em

vista o que dispõe o Art. 42 da Constituição Estadual, aprova e o Governador do Estado sanciona a seguinte lei:

Art. 1° Fica declarada de utilidade pública a APAE - Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais, com sede no Município de Itaúba.

Art. 2° Esta lei entra em vigor na data de sua publicação. JUSTIFICATIVA A APAE - Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais de Itaúba é uma

sociedade civil de caráter assistencial, sem fins lucrativos, tendo duração indeterminada, com o objetivo de promover medidas no âmbito municipal e regional, que visem assegurar o ajustamento e o bem-estar dos excepcionais, onde quer que se encontrem, na medida de suas potencialidades, além de angariar e recolher fundos e organizar promoções para realização dos propósitos da Associação, bem como estimular os estudos e pesquisas relativas ao problema dos excepcionais.

A APAE de Itaúba está em plena atividade desde a sua fundação até a presente data, conforme comprova documentação anexa.

Por tratar-se de uma entidade que preenche todos os preceitos legais, é justa e merecida a presente matéria, pois irá auxiliar a referida instituição na busca de recursos públicos que consequentemente melhorarão o cumprimento de suas finalidades estatutárias.

Diante do exposto, apelo, pois, pelo apoio dos meus nobres Pares para aprovação da presente propositura.

Sala das Sessões, em 10 de setembro de 1997. Deputado JORGE ABREU - PMN

2) PROJETO DE LEI: Dispõe sobre a obrigatoriedade de todas as farmácias e drogarias estabelecidas no Estado de Mato Grosso venderem medicamento de uso contínuo a preço de custo, a idosos com mais de sessenta (60) anos e/ou aposentado.

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Pag.9 - Secretaria de Serviços Legislativos

A ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE MATO GROSSO, tendo em

vista o que dispõe o Art. 42 da Constituição Estadual, aprova e o Governador sanciona a seguinte lei:

Art. 1° Ficam as farmácias e drogarias estabelecidas no Estado de Mato Grosso obrigadas a vender, a preço de custo, os medicamentos de uso contínuo utilizados por idosos com mais de sessenta (60) anos e/ou aposentados.

Parágrafo único Para serem beneficiados pela presente lei, os interessados deverão apresentar comprovante de idade e/ou aposentadoria e receituário médico no ato da aquisição dos medicamentos.

Art. 2° O Poder Executivo encaminhará Projeto de Lei isentando as farmácias e drogarias dos impostos incidentes sobre vendas dos medicamentos citados na presente Lei.

Art. 3° Para regulamentar a presente lei no prazo de noventa (90) dias, o Poder Executivo criará uma comissão com representantes da Associação Mato-grossense de Aposentados e Pensionistas - AMAP, Conselho Regional de Farmácias, Conselho de Medicina - CRM, Conselho Estadual de Saúde, Assembléia Legislativa e Secretaria de Fazenda, cada órgão com um (1) representante.

Art. 4° Esta lei entra em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições em contrário.

JUSTIFICATIVA A proposição que ora encaminhamos parte do princípio básico de que é

obrigação de todo homem público exercer o mandato para o qual foi escolhido democraticamente pelo voto, buscando soluções para os graves problemas sociais que afetam a população, principalmente os mais carentes, não numa ação provisória, mas sim com o princípio primordial e inarredável de uma ação que traga benefícios concretos e duradouros.

Os medicamentos de uso contínuo deveriam ser fornecidos a toda a população a custo zero, porém as crises financeiras que se sucedem inviabilizam tal procedimento, cabe a cada um dos governantes procurar fórmulas que minimizem as agruras da população carente, principalmente os idosos, que com o avanço da idade, aliado à enfermidade, têm reduzida sua capacidade de trabalho, tornando-os sem recursos financeiros para aquisição de medicamentos que lhes garantirão uma sobrevida mais digna.

Temos que demonstrar a nós mesmos e à sociedade que o idoso não é como peça descartável atirada ao relento pelo excesso de uso, e os comerciantes do ramo de medicamentos precisam também dar sua parcela de colaboração, pois sobrevivem do sofrimento humano.

Apelo, pois, para a sapiência dos nobres Pares na aprovação da presente lei, dando mais saúde e dignidade aos nossos idosos que muito têm ainda a nos ensinar.

Sala das Sessões, em 10 de setembro de 1997. Deputado JORGE ABREU - PMN” Encerrado o Pequeno Expediente, passemos à Ordem do Dia. Indicação... O Sr. Eliene - Sr. Presidente, solicito a palavra, pela Ordem. O SR. PRESIDENTE - Com a palavra, pela Ordem, o nobre Deputado Eliene.

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ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE MATO GROSSO ATA DA VIGÉSIMA QUARTA SESSÃO EXTRAORDINÁRIA DO DIA 10 DE SETEMBRO DE 1997, ÀS 08:55 HORAS.

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O SR. ELIENE - Sr. Presidente, tendo em vista que todas as Indicações apresentadas no Pequeno Expediente já são do conhecimento dos Srs. Deputados, solicito a V. Exª que seja feita votação englobada.

O SR. PRESIDENTE - Em votação o Requerimento oral de autoria do Deputado Eliene. Os Srs. Deputados que o aprovam, permaneçam como se encontram (PAUSA). Aprovado.

Em discussão todas as Indicações. Encerrada a discussão. Em votação. Os Srs. Deputados que as aprovam, permaneçam como se encontram (PAUSA). Aprovadas. Vão ao Expediente.

Moção de Congratulações, de autoria do Deputado Gilmar Fabris, ao Tenente-Coronel Frederico Carlos Lepesteur, pela sua oportuna investidura nas funções de Chefe do Comando de Policiamento da Área 1, na Mesorregião Sudeste do Estado.

Em discussão a Moção. Encerrada a discussão. Em votação. Os Srs. Deputados que o aprovam, permaneçam como se encontram (PAUSA). Aprovada. Vai ao Expediente.

Em discussão única, Parecer favorável da Comissão de Fiscalização e Acompanhamento da Execução Orçamentária, que concluiu pelo seguinte Projeto de Resolução:

“Aprova o Balancete Financeiro do Tribunal de Contas do Estado de Mato Grosso, relativo ao mês de outubro de 1996.

Art. 1° Fica aprovado o Balancete Financeiro do Tribunal de Contas de Mato Grosso, relativo ao mês de outubro de 1996.

Art. 2° Esta resolução entra em vigor na data de sua aprovação.” Em discussão o Projeto de Resolução. Encerrada a discussão. Em votação. Os

Srs. Deputados que o aprovam, permaneçam como se encontram (PAUSA). Aprovado. Vai ao Expediente.

Em discussão única, Parecer favorável da Comissão de Fiscalização e Acompanhamento da Execução Orçamentária, que concluiu pelo seguinte Projeto de Resolução:

“Aprova o Balancete Financeiro do Tribunal de Contas do Estado de Mato Grosso, relativo ao mês de novembro de 1996.

Art. 1° Fica aprovado o Balancete Financeiro do Tribunal de Contas de Mato Grosso, relativo ao mês de novembro de 1996.

Art. 2° Esta resolução entra em vigor na data de sua aprovação.” Em discussão o Projeto de Resolução. Encerrada a discussão. Em votação. Os

Srs. Deputados que o aprovam, permaneçam como se encontram (PAUSA). Aprovado. Vai ao Expediente.

Em discussão única, Parecer favorável da Comissão de Fiscalização e Acompanhamento da Execução Orçamentária, que concluiu pelo seguinte Projeto de Resolução:

“Aprova o Balancete Financeiro do Tribunal de Contas do Estado de Mato

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Grosso, relativo ao mês de dezembro de 1996.

Art. 1 Fica aprovado o Balancete financeiro do Tribunal de Contas do Estado de Mato Grosso, referente ao mês de dezembro de 1996.

Art. 2 Esta resolução entra em vigor na data de sua aprovação.” Em discussão o Projeto de Resolução. Encerrada a discussão. Em votação. Os

Srs. Deputados que o aprovam, permaneçam como se encontram (PAUSA). Aprovado. Vai ao Expediente.

A pedido do Deputado Moisés Feltrin, a Presidência anuncia, com satisfação, a presença, nesta Casa, dos Vereadores Fulô e Tião Lima, do Município de Rondonópolis.

Sejam bem-vindos a esta Casa. Em discussão única, Parecer favorável da Comissão de Fiscalização e

Acompanhamento da Execução Orçamentária, que concluiu pelo seguinte Projeto de Resolução:

“Aprova o Balancete financeiro do Tribunal de Contas do Estado de Mato Grosso relativo ao mês de janeiro de 1997.

Art. 1 Fica aprovado o Balancete financeiro do Tribunal de Contas do Estado de Mato Grosso, referente ao mês de janeiro de 1997.

Art. 2 Esta resolução entra em vigor na data de sua aprovação.” Em discussão o Projeto de Resolução. Encerrada a discussão. Em votação. Os

Srs. Deputados que o aprovam, permaneçam como se encontram (PAUSA). Aprovado. Vai ao Expediente.

Em discussão única, Parecer favorável da Comissão de Fiscalização e Acompanhamento da Execução Orçamentária, que concluiu pelo seguinte Projeto de Resolução:

“Aprova o Balancete financeiro do Tribunal de Contas do Estado de Mato Grosso relativo ao mês de fevereiro de 1997.

Art. 1 Fica aprovado o Balancete financeiro do Tribunal de Contas do Estado de Mato Grosso, referente ao mês de fevereiro de 1997.

Art. 2 Esta resolução entra em vigor na data de sua aprovação.” Em discussão o Projeto de Resolução. Encerrada a discussão. Em votação. Os

Srs. Deputados que o aprovam, permaneçam como se encontram (PAUSA). Aprovado. Vai ao Expediente.

Em discussão única, Parecer favorável da Comissão de Fiscalização e Acompanhamento da Execução Orçamentária, que concluiu pelo seguinte Projeto de Resolução:

“Aprova o Balancete financeiro do Tribunal de Contas do Estado de Mato Grosso relativo ao mês de março de 1997.

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Art. 1 Fica aprovado o Balancete financeiro do Tribunal de Contas do Estado de Mato Grosso, referente ao mês de março de 1997.

Art. 2 Esta resolução entra em vigor na data de sua aprovação.” Em discussão o Projeto de Resolução. Encerrada a discussão. Em votação. Os

Srs. Deputados que o aprovam, permaneçam como se encontram (PAUSA). Aprovado. Vai ao Expediente.

Em discussão única, Parecer favorável da Comissão de Fiscalização e Acompanhamento da Execução Orçamentária, que concluiu pelo seguinte Projeto de Resolução:

“Aprova o Balancete financeiro do Tribunal de Contas do Estado de Mato Grosso relativo ao mês de abril de 1997.

Art. 1 Fica aprovado o Balancete financeiro do Tribunal de Contas do Estado de Mato Grosso, referente ao mês de abril de 1997.

Art. 2 Esta resolução entra em vigor na data de sua aprovação.” Em discussão o Projeto de Resolução. Encerrada a discussão. Em votação. Os

Srs. Deputados que o aprovam, permaneçam como se encontram (PAUSA). Aprovado. Vai ao Expediente.

Encerrada a Pauta da Ordem do Dia, passemos às Explicações Pessoais (PAUSA). Com a palavra, o nobre Deputado Moisés Feltrin.

O SR. MOISÉS FELTRIN - Sr. Presidente, Srs. Deputados, gostaríamos de usar a tribuna desta Casa para protestar contra a propaganda, a publicidade - de forma publicitária ou como queiram batizar - que está sendo exibida em todos os canais de televisão, em todas as emissoras de rádio do Estado de Mato Grosso.

Uma é o programa do PMDB, que está passando para o povo mato-grossense um festival de mentiras, Sr. Presidente, que nós não podemos, de forma nenhuma, nos calar e assistir essa exibição que tem sido feita ao povo mato-grossense, com tanta mentira, de um Governo que nós, temos a certeza, foi o pior Governo do Estado de Mato Grosso, até o presente momento que está aí, que foi o Governo do PMDB.

V. Exªs sabem que para o Sr. Jayme Campos assumir o Governo, ele teve que assumir fora do local apropriado, que seria o Plenário desta Casa, pelo fato desta Casa estar, na época, invadida por funcionários do Estado, que estavam com cinco meses de salários atrasados. Isso é um dos problemas. O Estado ficou abandonado e desgovernado durante todos os quatro anos...

O Sr. José Lacerda - Permita-me um aparte, nobre Deputado? O SR. MOISÉS FELTRIN - ... por um Governador que nada fez por este Estado,

Sr. Presidente. Um Governador que deixou o Estado de Mato Grosso em verdadeiro caos. E, hoje, aparece nas redes de televisão do Estado de Mato Grosso mostrando que tudo que tem no Estado de Mato Grosso - só o que é de bom - foi ele quem fez.

Nós tentamos, Sr. Presidente, e eu desta tribuna, reclamar àquela época, por causa do salário miserável que os nossos professores tinham. E, além disso, ainda não recebiam em dia, eram quatro meses de atraso! Hoje, ele aparece na televisão, num programa do PMDB, dizendo que ele foi o salvador da educação no Estado de Mato Grosso....

O SR. JOSÉ LACERDA - Permita-me um aparte, nobre Deputado?

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O SR. MOISÉS FELTRIN - Estarei lhe concedendo o aparte, nobre Deputado, dentro de alguns minutos.

Então, nós não podemos, Sr. Presidente, deixar, como mato-grossense, que o povo seja enganado por esses falsos profetas, por esses falsos realizadores, por esses inventores de publicidade! Nós temos a certeza de que esse homem é competente, pelo menos nisso aí: para mentir para o povo mato-grossense. Nós passamos por uma campanha com ele e vimos a competência dele para mentir para o povo, para enganar. E está novamente fazendo isso para o Estado. Nós admitimos que isso seja um crime para com a população e aqueles mais antigos, que vivem no Estado há mais tempo, que presenciaram o Governo, ou seja, o desgoverno do PMDB, à época, sabem da realidade. Agora, o cidadão que chegou em Mato Grosso depois dessa época e vê uma publicidade dessa, acha realmente que há veracidade naquilo.

Sr. Presidente, Srs. Deputados, como representantes do povo, nós que participamos de um Partido e que queremos levar a coisa nesse Estado com seriedade, não podemos nos calar e aceitar, Sr. Presidente, que essa publicidade continue a ser feita como está sendo feita.

O Partido da Frente Liberal entrou com uma representação contra esse informe do PMDB, mas eles têm uma Liminar, que os autoriza a colocar no ar novamente. Agora, diante da situação que é a Justiça no nosso País, quando vierem julgar o mérito, quando vier a proibir a divulgação da propaganda, ele já terá mentido, já terá iludido grande parte do povo mato-grossense que pensam realmente que ele foi o salvador deste Estado.

Ora, para quem não sabe que este Estado não tinha estrada, que este Estado não tinha segurança, que este Estado não teve saúde, que não teve educação à altura do nosso povo, quando este homem esteve à frente do Paiaguás, inclusive os próprios funcionários do Paiaguás falavam, à época, que nunca viu um Governador tão preguiçoso como esse cidadão que está falando esse besteiral do Estado de Mato Grosso, através da imprensa.

Nós temos que passar isso para a população e eu, aqui na Tribuna desta Casa, Sr. Presidente, Deputado José Lacerda - que é o seguidor desse cidadão, que é um peemedebista e eu o considero um peemedebista responsável e acredito no seu trabalho. Eu sou um admirador do seu trabalho como Deputado Estadual e também o fora como jurista do nosso Estado, porque realmente respeita o cidadão.

Então, nobre Deputado José Lacerda, eu acho que V.Exª devia ser um dos membros do PMDB a não aceitar que o povo vivesse assistindo esse festival de mentiras para enganar ou driblar mais uma vez o povo mato-grossense. Agora, nós temos obrigação, como Deputado Estadual, como representante do povo neste Parlamento, de nos pronunciar e é o que nós estamos fazendo aqui.

Eu não tenho condição de impedir que essa matéria seja colocada no ar como está sendo colocada, diariamente, já há vários meses, e ficar calado. Parar, eu não tenho condições de parar com essa mentira colocada para o povo mato-grossense.

Agora, eu tenho a obrigação, eu tenho o dever, nobre Deputado, de me pronunciar e protestar contra esse absurdo que é a propaganda mentirosa do Partido de V.Exª, Deputado José Lacerda...

O Sr. José Lacerda - V. Exª me permite um aparte? O SR. MOISÉS FELTRIN - Concedo a V. Exª o aparte. O Sr. José Lacerda - Deputado Moisés Feltrin, como é bonita a democracia! Agora, Deputado Moisés Feltrin, esses fatos que estão sendo mostrados pela

televisão, são fatos contra os quais não existem contestações. A União por Mato Grosso tentou

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tirar o programa do ar, entrou na Justiça, desconhecendo totalmente o processo democrático, da democracia do País, do direito de liberdade e tentou tirar o programa do PMDB do ar. Conseguiram tirar, mas o Supremo entendeu serem verdadeiras todas as afirmações feitas pelo nosso Partido, pelo PMDB, e entendeu ser juridicamente legal aquilo que o PMDB estava fazendo. Causou aquele incômodo que a União estava sentindo, porque eles estão se sentindo incomodados nesse processo e, de fato, alguns fatos incomodam, e esse incômodo é o que V. Exªs estão tentando inibir, para que o PMDB não mostre a realidade à sociedade mato-grossense.

Não existem mentiras, Deputado, e V. Exª sabe disso! V. Exª era Deputado na época, aqui neste Parlamento, e sabe perfeitamente o trabalho que foi desenvolvido pelo Estado, inclusive grande parte dos projetos com a aprovação pessoal de V. Exª na tribuna, porque entendia serem projetos importantes para Mato Grosso.

Então, na realidade, o que existe é que estamos nos aproximando de um processo eleitoral e, quando se chega mais próximo do processo eleitoral, entra no período do jus sperneandis.

Eu acho que este é o momento exatamente da amostragem que o PMDB está fazendo de fatos que aconteceram em Mato Grosso. Nós não estamos criticando outros governantes, e sim mostrando fatos que aconteceram na administração do PMDB, e isso acaba incomodando adversários que não querem que o Partido mostre o que fez, o que está fazendo e o que vai fazer. Isso aconteceu muito no período autoritário da ditadura, por exemplo, quando nós queríamos restabelecer a democracia desse País e o rolo compressor queria impedir o processo democrático.

Então, Deputado Moisés Feltrin... (O SR. PRESIDENTE FAZ SOAR A CAMPAINHA, INFORMANDO AO APARTEANTE QUE O SEU TEMPO ENCONTRA-SE ESGOTADO)

O Sr. José Lacerda - ... Eu acho que V. Exª está correto em protestar contra isso. Eu acho que isso é correto! Nós respeitamos o processo democrático do protesto. Eu acho que isso faz parte da democracia. Agora, há de se entender - e eu tenho certeza que no fundo do seu consciente V. Exª concorda com isso - de que todos esses trabalhos foram realizados e as pesquisas mostram isso.

O SR. MOISÉS FELTRIN - Nobre Deputado, eu quero começar pelas mentiras: a Miguel Sutil foi feita por quem: por Dante ou por Bezerra? Os dois colocam dentro da programação deles como se fosse uma obra deles! E qual dos dois vai pagar? Porque até hoje não pagaram essa obra.

Então... O Sr. José Lacerda - ...Foi feito, Deputado, um convênio... O SR. MOISÉS FELTRIN - ...Então, são dois enganadores... O Sr. José Lacerda - ... Foi feito, Deputado, um convênio entre município,

administrado por Dante de Oliveria, e Governo do Estado... O SR. MOISÉS FELTRIN - ...Porque a obra aparece na programação do PMDB.. O Sr. José Lacerda - ... Foi feito um convênio, V. Exª conhece os contratos e

sabe como foram feitos... O SR. PRESIDENTE (FAZENDO SOAR A CAMPAINHA) - O Deputado Moisés

Feltrin está com a palavra, Deputado José Lacerda. O SR. MOISÉS FELTRIN - Então, começa por aí. Sem dificuldade alguma eu já

soltei uma mentira para V. Exª responder.

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Pag.15 - Secretaria de Serviços Legislativos

E assim, se formos pegar, Sr. Presidente, é mentira de baixo até em cima. O outro aí, que é farinha do mesmo saco, que é dessa tal de “Frente e

Cidadania conversa fiada”, “frente de mentira”, teve tanta vergonha que começou com o slogan “Governo de verdade” e, dentro de mais ou menos um mês, o pessoal falou: “O senhor não mantém isso num mês lá, não! O senhor não mantém nem três meses isso aí. É bom o senhor mudar logo”. E ele mudou! Porque “governo de mentira” não pode ser “governo de verdade”. E as mentiras estão uma atrás da outra.

Olha o informe publicitário do Governo do Estado: é outra vergonha, Sr. Presidente! Todo o mundo sabe que esse aí só ganhou do Bezerra em ruindade. Dois governadores que estão atrasando o Estado em, no mínimo, quarenta anos. Enquanto o Júlio Campos chegou e fez um progresso de quarenta anos em quatro, chegaram dois para atrasar o Estado quarenta anos em dois governos.

Ora, o Governo do Estado, hoje, põe um informe publicitário onde se vê a máquina derramando, a esparramadora de asfalto já esparramando asfalto para o asfaltamento de Barão de Melgaço, através do “BID Pantanal”, que nem sequer passou no Senado Federal, nobre Deputado.

V. Exª sabe disso! É um programa que não é de agora. Não é fácil acertar um programa desse e ele já está com informe publicitário. Ele já está com informe publicitário de autorização para construção de pontes que nós até ajudamos aqui - nós, a Bancada de Oposição, demos quorum aqui, senão não teria sido aprovado, nobre Deputado. Até hoje não passou no Senado e ele já está com informe publicitário, fazendo propaganda das pontes. Todo discurso dele é que vai fazer ponte.

Olha, é mentira! É um festival de mentiras para o nosso povo. Só, Sr. Presidente, que essa mentirada, nobre Deputado José Lacerda, que está sendo colocada na televisão, não é de graça... Falta dinheiro para conservar as estradas, falta dinheiro para a Polícia Militar, os salários estão atrasados, falta dinheiro para pagar o funcionalismo público do Estado, falta dinheiro para dar aumento, que é de direito, para o servidor público do Estado...

O Sr. José Lacerda - Conceda-me um aparte, nobre Deputado? O SR. MOISÉS FELTRIN - ... mas dinheiro para fazer a propaganda mentirosa

no Estado, enganando o querido povo mato-grossense, não falta, Sr. Presidente... O Sr. José Lacerda - Conceda-me um aparte, nobre Deputado? O SR. MOISÉS FELTRIN - Faltam 100 mil reais para pôr gasolina nos carros da

Secretaria de Segurança, falta dinheiro para a Saúde Pública, porque o nosso povo está morrendo nos corredores dos Prontos-socorros, Sr. Deputado...

O Sr. José Lacerda - Conceda-me um aparte, nobre Deputado? O SR. MOISÉS FELTRIN - ... está faltando dinheiro para isso. Está faltando

estrada, está faltando progresso neste Estado, e olhe que tem vindo dinheiro. É arrecadação, é mais de um bilhão de empréstimos...

O Sr. José Lacerda - Conceda-me um aparte, nobre Deputado? O SR. MOISÉS FELTRIN - Nós aprovamos, nobre Deputado - V. Exª votou e

com quorum da Bancada de Oposição - 923 milhões, quase um bilhão de reais. É muito dinheiro, Deputado...

O Sr. José Lacerda - Conceda-me um aparte, nobre Deputado? O SR. MOISÉS FELTRIN - Mais de um bilhão, com mais três bilhões que o

Estado arrecadou nesses três anos, chegam a quase cinco bilhões de reais...

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Pag.16 - Secretaria de Serviços Legislativos

O Sr. José Lacerda - Conceda-me um aparte, nobre Deputado? O SR. MOISÉS FELTRIN - Brincadeira! Não deu um aumento sequer para os

funcionários, este Governo que defendia o funcionário público, que defendia o trabalhador, ele foi o homem que sempre protegeu o trabalhador, mas só na conversa, só daqui para fora, nobre Deputado.

O Sr. José Lacerda - Conceda-me um aparte, nobre Deputado? O SR. MOISÉS FELTRIN - Eu vou lhe conceder o aparte, espere só um

minutinho. Mas nós temos... O Sr. José Lacerda - Mas é que depois acaba o seu tempo e V.Exª não vai

poder me conceder o aparte. O SR. MOISÉS FELTRIN - Nós conseguiremos outra maneira com o Presidente,

nobre Deputado. Isso é o que há de mais fácil. V. Exª pedirá a palavra, pela Liderança, e me passará parte do seu tempo, para compensar o que V. Exª me tomou...

Mas, nobre Deputado, a verdade é a seguinte: as mentiras são demais... O Sr. José Lacerda - Deputado, eu não tomei... O SR. MOISÉS FELTRIN - É cara-de-pau desses Líderes... O Sr. José Lacerda - Deputado, eu não tomei o seu tempo, V. Exª não quer

nem que eu discuta o assunto! O SR. MOISÉS FELTRIN - É claro, nobre Deputado, que nós respeitamos as

pessoas sérias dentro do grupo. V. Exª mesmo, eu defendo como um Deputado sério. Mas é muita cara-de-pau alguém pegar o dinheiro do povo e jogar numa propaganda mentirosa, é muito dinheiro. Inclusive, o nobre Deputado Humberto Bosaipo fez um Requerimento para saber quanto que está sendo gasto com imprensa no Estado de Mato Grosso, mas como eu sei que esses Requerimentos da Assembléia normalmente vêm uma informação que não se tem o que fazer... Então, eu já estou falando aqui, pelo menos para V. Exª saber, Deputado José Lacerda, que o seu Governador da Frente e o seu ex-Governador, que também é da Frente, é tudo “farinha do mesmo saco”! É só desmando neste Estado, falta de progresso...

(O DEPUTADO JOSÉ LACERDA FALA FORA DO MICROFONE: “São competentes os dois!”) O SR. MOISÉS FELTRIN - ... é só desesperança do povo mato-grossense. Eu

quero que V. Exª saiba que ninguém é besta, não tem nenhum besta aqui. Todos nós, Deputados da Bancada de Oposição, estamos vendo, estamos

irritados, estamos com vergonha pelo povo mato-grossense, da mentirada colocada na imprensa do nosso Estado, paga pelo dinheiro do povo. Ao invés de dar saúde para a população, ao invés de pelo menos pagar os salários em dia, hoje, ouvi um informe aí de que vai começar a pagar o salário do mês de julho na sexta-feira - e já passou agosto, já estamos em setembro.

Esse Governo pediu para nós, aqui, os Senhores da Bancada do Governo imploraram para que nós, da Bancada de Oposição, déssemos quorum para aprovar os empréstimos e, depois, a rolagem dos empréstimos, que nós autorizamos, que era para pagar em dia os funcionários.

O Sr. José Lacerda - V. Exª me permite um aparte? O SR. MOISÉS FELTRIN - E estão aí dois meses de salários atrasados. Cadê o

aumento que prometeram ao servidor público, ao trabalhador do Estado de Mato Grosso. Cadê? Cadê o BEMAT, que ele vestiu a camisa? Cadê?

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O SR. PRESIDENTE (FAZENDO SOAR A CAMPAINHA) - Esta Presidência informa ao Deputado Moisés Feltrin que dispõe de três minutos para encerrar o seu pronunciamento.

O SR. MOISÉS FELTRIN - Cadê o BEMAT? Acabou com o BEMAT, vendeu a CASEMAT, está vendendo a CEMAT, está vendendo a SANEMAT e onde está o dinheiro, Deputado José Lacerda? Para onde foi o dinheiro?

O Sr. José Lacerda - Pela Ordem, Sr. Presidente. O SR. PRESIDENTE - Com a palavra, pela Ordem, o nobre Deputado José

Lacerda. O SR. JOSÉ LACERDA - Peço a palavra, pela Liderança do PMDB, Sr.

Presidente, no encerramento da fala do Deputado Moisés Feltrin. O SR. MOISÉS FELTRIN - Eu só quero uma informação: quantos minutos

V.Exª estaria transferindo a nós, do tempo de V. Exª... O Sr. José Lacerda - Democraticamente, Deputado, eu vou conceder a V.Exª

quantos apartes quiser, diferente do que V. Exª fez comigo. O SR. MOISÉS FELTRIN - Muito bem, Deputado. Então, eu acho que nós temos que ouvir e ver, porque nós não temos o poder

para chegar e proibir essa mentirada aí, nobre Deputado. Agora, o povo mato-grossense está vendo e é por isso que o povo mato-

grossense está clamando por Júlio Campos, que vai ser o Governador que vai dar esperança ao povo mato-grossense novamente, que vai fazer voltar o intuito de trabalhar, vai fazer voltar a esperança, a vontade de progredir, de trabalhar, vai acabar com o processo que está no nosso Estado, hoje, do pessoal estar voltando, Deputado José Lacerda, para os Estados de origem.

Eu acho que V. Exª tem conhecimento de que na sua região o povo que veio de fora está desesperançoso e, agora, está voltando para o seu Estado de origem. Com relação a isso nós temos pesquisa e sabemos que o pessoal não acredita no Estado de Mato Grosso com o Governo que está aí, ou seja, com o desgoverno que aí está. Só que aos olhos de quem vê pela televisão, de quem ouve os rádios, quem lê os jornais acha que existe um Governador trabalhando, que para nós não é Governo, é um desgoverno que está aí, que nada faz por Mato Grosso, que nada fez pelo servidor público que tanto prometeu e que foi a maior decepção para quem trabalha neste Estado. E está aí colocando para o povo, através da mídia, uma irrealidade.

E nós, como representante do povo, Deputado Humberto Bosaipo, V. Exª que tem condições de discursar, não é uma pessoa que tem a capacidade de falar, como o meu caso em relação a V. Exª. Eu queria que V. Exª também se pronunciasse com relação a esse festival de mentiras, essa cara-de-pau desses dois elementos que estão enganando o povo mato-grossense. Nós não podemos concordar com isso e eu peço a V.Exª que também use da palavra para falar sobre esse acontecimento que está havendo dentro do Estado de Mato Grosso, que são essas notícias mentirosas, e que esse Governo tenha vergonha na cara, Deputado José Lacerda...

O SR. PRESIDENTE - (FAZENDO SOAR A CAMPAINHA) - Esta Presidência informa ao Deputado Moisés Feltrin que o seu tempo está esgotado.

O SR. MOISÉS FELTRIN - Estou terminando. Que V. Exª cobre, eu sei que V. Exª é Deputado da Bancada de Situação, mas

tem a obrigação de cobrar também do atual Governo a responsabilidade dele para com o

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Pag.18 - Secretaria de Serviços Legislativos

Estado de Mato Grosso, e não deixar ir à bancarrota como está indo aí, Deputado José Lacerda. V. Exª também é responsável e eu cobro de V. Exª que vá até ele e exija que ele pegue 80%, ou seja, 20% do que está gastando com essa publicidade mentirosa e passe a gastar com a saúde, com a educação e com o transporte do nosso Estado. Muito obrigado.

O SR. PRESIDENTE - Com a palavra, pela Liderança, o Deputado José Lacerda.

O SR. JOSÉ LACERDA - Sr. Presidente, Srs. Deputados, eu acho que o Deputado Moisés Feltrin toca num assunto importante, que deve ser debatido e ser discutido.

O problema de Mato Grosso é muito mais grave do que se apresenta e da forma como foi colocado nesta Tribuna, agora há pouco.

O Estado de Mato Grosso, em 1° de janeiro de 1995, de tudo que recebia, 46% já eram destinados a pagamento de dívidas! Depois de dois anos e meio, o Governo do Estado de Mato Grosso, o Governador Dante de Oliveira, consegue fazer a rolagem da dívida do Estado em 30 anos! Comprometendo apenas 15% de toda Receita que o Estado arrecada com o pagamento da dívida.

O Sr. Moisés Feltrin - V. Exª me concede um aparte? O SR. JOSÉ LACERDA - Permito, perfeitamente. Isso significa, Deputado Moisés Feltrin, que vão entrar mais de oito

governadores. Oito governadores! São mais 30 anos e vão entrar ainda mais oito

governadores pela frente e para pagar 15% da dívida do Estado e que existia em 1 de janeiro de 1995!

Então, o problema é muito maior do que aparentemente se apresenta. Nós temos um comprometimento da nossa Receita no percentual de 15% durante os 30 anos pela frente!

Com a palavra, o nobre Deputado Moisés Feltrin. O Sr. Moisés Feltrin - Nobre Deputado José Lacerda, eu acho que V. Exª pode

falar isso para quem não entende da situação. Deputado, quanto nós aprovamos de empréstimo desde que esse Governador

entrou? Que ele pegou, pegou!... O SR. JOSÉ LACERDA - Eu vou lhe informar, Deputado Moisés Feltrin. O Sr. Moisés Feltrin - Mais de 900 milhões, nobre Deputado José Lacerda! Desses 929 milhões, a metade desse dinheiro foi o Governador Dante de

Oliveira quem pegou! E onde é que está esse dinheiro? Nós vimos governadores aqui, até o seu chefe, que é aquele que esteve aqui, ele pegou algum dinheiro, não se sabe onde colocou, em alguma ponte ou em qualquer coisa!

Ele pegou quatrocentos e tantos milhões, que sumiram no Estado. Ouviu, nobre Deputado? Sumiu no Estado! Sumiu o dinheiro no Estado e ele ainda rolou a dívida depois! Até essa dívida da ponte está sendo rolada, assim como a dívida do BEMAT, ele rolou tudo! Nada foi pago. Os salários continuam atrasados, não houve aumento de salários, vendendo os órgãos, onde é que está o dinheiro, Deputado?

V. Exª tem que ajudar a mostrar para o povo mato-grossense onde é que está o dinheiro. Vamos dizer que desses 929 milhões, 500 milhões eram dívidas dos ex-governadores: dele, de Júlio, de Jaime e de Frederico. Mas e os outros quatrocentos e tantos milhões que ele pegou, que ele tomou, onde é que estão? Porque nunca pagou a folha em dia! Não deu um aumento sequer para o funcionário. Rolar a dívida que ele fez e consumir com o dinheiro? Isso é um crime contra a economia deste Estado! E nós não podemos nos calar e

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muito menos V. Exª, que faz parte do Governo! Chame esse homem à responsabilidade, nobre Deputado! Ele não pode ficar enganando o povo. Que mérito ele tem por rolar 929 milhões de dívidas, sendo que de mais de 400 milhões que ele tomou nós não vimos uma obra sequer! Para onde foi esse dinheiro? Foi para pagar sabonete, sabão, café, limpeza e folha de pagamento, sendo que a renda do Estado, também, ninguém sabe para onde foi! São dois meses atrasados, hoje, Deputado!

Então, nós não podemos aceitar essas enganações e eu confio em V. Exª, como Deputado...

O SR. PRESIDENTE (FAZENDO SOAR A CAMPAINHA) - Esta Presidência informa ao ilustre aparteante que o seu tempo se encontra esgotado.

O SR. JOSÉ LACERDA - Deputado Moisés Feltrin, é verdade que nós não podemos mais continuar acreditando nas enganações. Isso é uma realidade. V. Exª sabe,

perfeitamente, que em 1 de janeiro de 1995, quando o Governador Dante de Oliveira assumiu o Governo, tinha três folhas de salários atrasados e mais a metade do décimo terceiro. O Governo anterior deu um reajuste que não pagou em dezembro e deixou para o próximo Governador pagar em janeiro. V. Exª sabe perfeitamente disso.

Uma coisa que me chama bastante a atenção, Deputado, é quando V. Exª coloca que Mato Grosso teve dois Governadores que foram da Oposição: Carlos Bezerra e Dante de Oliveira. Interessante é que o Estado não tem só oito anos, Srs. Deputados. Pela idade do Estado de Mato Grosso, passaram-se muitos governadores. Ou seja, tanto quanto outros governadores passaram, que não pertenciam à Oposição, e não foram quatro anos ou oito anos de governo, foram oito, dez, doze, quinze governos e os problemas não estão resolvidos, Deputado! E, com toda certeza, os próximos dois governadores terão dificuldades sérias, Srs. Deputados, por uma razão muito simples! Mato Grosso é um Estado diferente dos outros estados da Federação! Mato Grosso, quando se criou a cidade de Porto Alegre do Norte, a 1.200 quilômetros de Cuiabá, com uma população de cinco, seis ou de oito mil habitantes, para se chegar lá, Sr. Presidente, teve que se fazer 1.200 quilômetros de estrada, para levar energia é a mesma coisa. Quando se criou outras cidades como Comodoro, Nova Lacerda, Campos de Júlio, Porto Alegre do Norte, Luciara, Araguainha, aconteceu a mesma coisa.

Mato Groso é um Estado que é um continente. Quando o Brasil, Deputado Quinca dos Santos, na década - perdida - de 80, em que o Brasil decresceu, em que entre as cidades brasileiras foram criadas 1.380 cidades fantasmas, em Mato Grosso, nesse período, passamos de 36 municípios para 126 municípios. Isso significa que novos problemas foram criados, exigiu-se do Estado uma demanda financeira maior.

Então, eu acho que a questão maior, Srs. Deputados, é levantar como é que vamos resolver esse processo econômico desse Estado. E uma coisa eu sei que incomoda muito é que o Governo Carlos Bezerra foi um Governo que trabalhou duramente no social. Foi o Governo que apoiou o municipalismo. Foi o Governo que trabalhou nos projetos estratégicos de desenvolvimento. E é claro que isso incomoda, quando ele começa a ser mostrado e as pessoas tentam, de qualquer forma, impedir.

Mas eu não vi, Deputado Moisés Feltrin - eu vou nominá-lo para lhe dar oportunidade de um novo aparte - eu não vi V. Exª dirigir-se ao Governo do Jayme Campos, quando ele era governador, para dizer a ele: “Governador, por que o Senhor está cancelando o asfalto de Barra do Bugres a Cáceres, que é obra licitada e contratada com dinheiro do PRODEAGRO? Governador Jayme, por que o senhor está impedindo a construção do porto de Vila Bela da Santíssima Trindade, obra aprovada pelo relatório do Banco Mundial?

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Governador, por que o senhor não está permitindo que se faça o asfalto de Pontes e Lacerda a Vila Bela, que também estava incluído no PRODEAGRO?”

Então, Deputado Moisés Feltrin, eu acho que V. Exª levantou um tema interessante, nesta Tribuna, e que façamos alguns debates aqui, sobre a questão de Mato Grosso. Mas não vai adiantar, Deputado, nós ficarmos aqui remoendo questões que não foram feitas, questões que deixaram de ser feitas. Eu acho que o problema é mais profundo, é muito maior do que a tentativa de se impedir que um Partido estruturado, como é o PMDB, mostre o que fez, o que está fazendo, que já restabeleceu este País à democracia e agora está buscando um salto de qualidade para o desenvolvimento. Nós reconhecemos que todos os partidos, independentemente de sigla partidária, têm a sua fatia de colaboração e de contribuição.

Agora, a questão de Mato Grosso, Deputado, é muito mais profunda, porque só com uma amostragem aparente da rolagem da dívida, Srs. Deputados, vão entrar mais oito governadores e 15% da Receita já está comprometida, com antecedência de 30 anos. Com antecedência de 30 anos!...

O Sr. Moisés Feltrin - Permita-me um aparte, nobre Deputado? O SR. JOSÉ LACERDA - Perfeitamente. E uma dívida desta monta, que absorve 15% da Receita durante 30 anos, não

foi um Governador que entrou num dia e no outro dia fez este comprometimento. Acontece que a demanda financeira para resolver os problemas estruturais do Estado, a infra-estrutura que o Estado tanto necessita, porque nós passamos de uma população de pouco mais de oitocentos mil habitantes para quase três milhões de habitantes, hoje. Passamos de 36 municípios para 126 municípios! Nós tivemos um crescimento populacional, mas a economia do Estado não acompanhou, porque é um Estado que trabalha basicamente com a agricultura, pecuária e a transformação industrial, que ainda não está muito forte no nosso Estado. Mas uma coisa é certa: a transformação industrial do nosso Estado começa, tem um marco de referência, que se chama Governo Carlos Bezerra, com o PRODEI, o FUNDEI e tantos outros projetos estruturais de incentivos fiscais que foram concedidos naquela época e que estão tendo reflexos até hoje. E que os Governos subsequentes contribuíram. Agora, o que nós não podemos é querer tapar o sol com a peneira e não compreender esse novo processo, essa nova realidade do Estado de Mato Grosso.

Concedo a palavra ao nobre Deputado Moisés Feltrin. O Sr. Moisés Feltrin - Nobre Deputado, são três pontos que eu quero abordar

e quero ver se em um minuto falo de cada um. Primeiro, o PRODEAGRO. V. Exª falou que o ex-Governador Jayme Campos

impediu a estrada de Barra do Bugres, Pontes e Lacerda, Vila Bela e outros projetos. V. Exª tem conhecimento que o PRODEAGRO é um programa que não vai terminar nem no Governo Dante de Oliveira e foi feito dentro do Governo dele, o que pode ser feito dentro do programa do PRODEAGRO. E hoje, o atual Governador, o Governador que está aí não está dando conta, também, de implantar o programa. Vai passar os quatro anos e vai fazer muito menos do que Jayme Campos fez em dois anos de PRODEAGRO, que é um programa em que está vindo dinheiro internacional e que V. Exª sabe.

Então, não é verdade que o ex-Governador Jayme Campos impediu isso aí. É que é um programa que está sendo feito e que está sendo aplicado dentro de um espaço de tempo, há vários anos, e nem o Governador Dante de Oliveira vai terminar e quem vai terminar é Júlio Campos, no próximo governo que vem aí, com o PRODEAGRO...

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O SR. JOSÉ LACERDA - Com toda certeza, será o Carlos Bezerra. O Sr. Moisés Feltrin - Só V. Exª é que pensa isso. Segundo, com relação ao Carlos Bezerra, sobre a industrialização, eu quero

dizer que em Rondonópolis foi totalmente diferente. Na cidade dele, ele impediu que a Nestlé se instalasse lá, e está lá a nossa bacia leiteira totalmente arrasada, falida...

O SR. JOSÉ LACERDA - Deputado, V.Exª conhece perfeitamente que as grandes empresas brasileiras trabalham com pesquisas científicas. Então, não é este ou aquele governante que vai impedir alguma indústria de se instalar neste ou naquele município. As empresas de grande porte têm economistas, têm bons advogados, têm bons produtores de marketing, tem bons financistas, eles trabalham dentro de uma pesquisa científica e somente após a pesquisa científica é que uma grande empresa se instala neste e naquele município ou neste e naquele Estado.

O Sr. Moisés Feltrin - Gostaria que a Presidência me informasse se o meu aparte está começando agora.

O SR. JOSÉ LACERDA - Eu informo ao Presidente que concederei quantos apartes o Deputado Moisés tiver necessidade.

O SR. PRESIDENTE - Deputado Moisés Feltrin, V. Exª estava com pedido de aparte e o seu tempo já está sendo vencido.

O Sr. Moisés Feltrin - Concede-me mais um aparte, nobre Deputado? O SR. JOSÉ LACERDA - Perfeitamente, Deputado. Se a Mesa conceder, da

minha parte V. Exª tem total liberdade de expressar o seu sentimento, a sua vontade de expressão.

Afinal, o PMDB, o meu Partido, é um Partido extremamente democrático. Agora, infelizmente, o seu Partido não quer nos deixar ir à Tribuna para expor o que nós fizemos, o que estamos pensando, mas para V.Exª dou total liberdade de apartear-me e V.Exª sabe disso.

O Sr. Moisés Feltrin - É uma democracia relativa, Deputado, porque o patrolamento nesta Casa, por três anos, tem sido total, passa-se em cima da Oposição e não se deixa nem rastro.

A questão do PRODEAGRO está esclarecida. Quanto à questão de quem promoveu a industrialização do Estado, também

não concordo com V.Exª, porque Rondonópolis, que é a cidade dele, e ele não fez nada para o distrito industrial, não fez nada para levar nenhuma indústria para lá e impediu que a Antarctica, que a Nestlé se instalassem em Rondonópolis e todo o mundo tem conhecimento disso.

Com relação aos empréstimos, nobre Deputado, que V.Exª está falando, eu sou um homem que entende de administração um pouquinho e acho que todo governante tem que buscar recursos fora, sim! Onde tiver, tem que trazer recursos para o Estado e nós mesmo nunca deixamos de fazê-lo. Esta Casa, indistintamente de cor partidária, nunca deixou de aprovar uma Mensagem de qualquer Governador que estivesse por aí e mandasse para cá, para buscar recurso a nível federal, a nível de exterior para trazer para o Estado de Mato Grosso.

Eu lamento, Deputado... Eu lamento que o atual Governo, essa coisa que está aí, tenha que buscar dinheiro para pagar folha de pagamento, Deputado! Isso é que eu quero ver... Aonde é que está o dinheiro que foi pego? Quatrocentos e tantos milhões e não tem um prego fincado no Estado? É diferente das outras dívidas. Júlio Campos fez dívidas, trezentos e

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poucos milhões de dólares, mas fez dois mil quilômetros de estradas asfaltadas no Estado, e mais cinco mil de estradas implantadas nesse Estado. Não tinha estrada quando Júlio Campos foi Governador. Todo mundo sabe disso! E, daí para cá, muito pouco se fez.

Então, está aí o resultado de um dinheiro captado fora, para aplicar no Estado...

O SR. PRESIDENTE (FAZENDO SOAR A CAMPAINHA) - Informo ao nobre Deputado José Lacerda que dispõe de três minutos para encerrar o seu pronunciamento, e nesse período não é permito apartes.

O SR. JOSÉ LACERDA - Será o suficiente, Sr. Presidente. Eu quero, para encerrar, dizer que o Projeto Carga Pesada, de construção

desses asfaltos de Mato Grosso, construção essa que deveria ser de responsabilidade do Governo Federal, está pesando sobre as costas do Estado, hoje, na sua capacidade de endividamento e, infelizmente, o Governo Federal não está devolvendo esse dinheiro ao Estado. Mas era dívida da União, daquela época, que o Estado assumiu, e isso está pesando profundamente.

O Deputado Moisés Feltrin sabe perfeitamente, até porque já foi Governador também, por um período curto, mas sabe perfeitamente o quanto é duro administrar esse Estado, e reconhece perfeitamente que o Governo Dante de Oliveira está resolvendo todas as questões estratégicas do Estado, e que o ex-Governador Carlos Bezerra fez um bom Governo para Mato Grosso, as pesquisas estão mostrando isso. A divulgação do trabalho que foi feito, na época, está incomodando os adversários, até porque já estão assustados, porque sabem que Bezerra voltará a ser Governador de Mato Grosso. Muito obrigado, Sr. Presidente.

O Sr. Humberto Bosaipo - Sr. Presidente, solicito a palavra, pela Ordem. O SR. PRESIDENTE - Com a palavra, pela Ordem, o nobre Deputado

Humberto Bosaipo. O SR. HUMBERTO BOSAIPO - Sr. Presidente, apenas para registar e ressaltar

que, hoje, é o dia da Imprensa. Imprensa que tem feito um trabalho valoroso em todas as áreas: política, econômica e social do Estado de Mato Grosso.

Eu chamei a atenção de um repórter, ao dar entrevista para uma emissora de rádio conceituada desta cidade, para destacar, além da importância do jornalista, do jornalismo, da imprensa, fazer um alerta para que os profissionais dessa área fiquem extremamente atentos para a diminuição, cada vez mais constante, no quadro de redações de jornais e da própria locução.

Hoje, por exemplo, nós recebemos, com a globalização, com a Internet, um jornal quase que completo, por computador, através dos realises nacionais e internacionais, fotos, telefotos. Com isso, está diminuindo cada vez mais nas edições dos jornais o número de jornalistas e o achatamento salarial está cada vez maior.

Vejam só o que ocorre com as emissoras de rádio: agora estão fazendo as emissoras digitais. Não precisa mais de locutor. Aqueles grandes programas de rádio, Srs. Deputados, aquela comunicação verbal, tão bonita, tão necessária, está diminuindo gradativamente, porque nós temos as emissoras digitais.

Basta apenas um funcionário administrativo - não precisa ser um profissional da área - para que essas emissoras de rádio possam, Sr. Presidente, trabalhar vinte e quatro horas. E a máquina, que é digital, não precisa dormir, não precisa comer, não precisa tomar água, não precisa ir ao banheiro. Assim, está cada vez mais diminuindo o número de profissionais dessa área.

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E a imprensa brasileira, a imprensa mato-grossense, notadamente a nossa imprensa, que diuturnamente, Sr. Presidente, cobre este Plenário e os Srs. Deputados Estaduais, porque nós só podemos externar o nosso trabalho de uma forma global e mais abrangente através da mídia...

O Sr. José Lacerda - V. Exª me permite um aparte, nobre Deputado? O SR. HUMBERTO BOSAIPO - Como se trata do uso da palavra pela Ordem,

eu vou encerrar para que V. Exª possa também, da mesma forma, entrar no assunto. Ontem nós discutimos com a Mesa Diretora desta Casa, Sr. Presidente, sobre a

necessidade de cada Parlamentar ter um assessor de imprensa que cuide dos interesses de cada Deputado.

Eu, por exemplo, que dou assistência a 52 municípios, tenho que ter comigo, constantemente, um assessor de imprensa, até nas minhas viagens, para que ele também possa conhecer a realidade estadual.

Então, eu quero aqui, ao encerrar o uso da palavra, Sr. Presidente, registrar o meu apreço e a minha admiração pela imprensa. Algumas vezes essa imprensa é criticada aqui até por mim, neste Plenário, porque também sou afeto da boa imprensa, do jornalismo, e esses rumos, às vezes, essas tomadas de posição têm que ser discutidas com a própria imprensa. É por isso que eu venho aqui enaltecer, hoje, o Dia da Imprensa. Muito obrigado.

O Sr. José Lacerda - Pela Ordem, Sr. Presidente. O SR. PRESIDENTE - Com a palavra, pela Ordem, o nobre Deputado José

Lacerda. O SR. JOSÉ LACERDA - Sr. Presidente, eu quero parabenizar todo o setor de

comunicação pelo dia da Imprensa, por este dia. E chamar atenção também - eu acho que é um momento oportuno para que estejamos atentos à comunicação de Holywood - é interessante que toda a sociedade brasileira esteja atenta também a comunicação de Hollywood. E é um momento oportuno para que nós façamos uma grande reflexão nesse sentido e desejar a todos os profissionais da área que tenham muito sucesso e que Deus ilumine o caminho de todos.

O SR. PRESIDENTE - Não havendo mais oradores inscritos, antes de encerrar a presente Sessão, a Presidência convoca Sessão Ordinária para hoje à noite, no horário regimental.

Compareceram à Sessão os seguintes Srs. Deputados: da Bancada do Partido da Frente Liberal - Emanuel Pinheiro, Humberto Bosaipo, Moisés Feltrin e Romoaldo Júnior; da Bancada do Partido da Social Democracia Brasileira - Roberto Nunes, Luiz Soares, Rene Barbour e Ricarte de Freitas; da Bancada do Partido do Movimento Democrático Brasileiro - Nico Baracat, José Lacerda e Pedro Pedro Satélite; da Bancada do Partido Liberal - Gilmar Fabris; da Bancada do Partido da Mobilização Nacional - Jorge Abreu e Riva; da Bancada do Partido Progressista Brasileiro - Quinca dos Santos e Paulo Moura; da Bancada do Partido Socialista Brasileiro - Eliene; da Bancada do Partido Social Cristão - Benedito Pinto; da Bancada dos Trabalhadores - Serys Slhessarenko; Sem Filiação Partidária- André Bringsken e Manoel do Presidente.

Deixaram de comparecer os seguintes Srs. Deputados: Wilson Santos, do PMDB; Amador Tut, do PL; e Zilda, do PDT.

Nada mais havendo a tratar. Está encerrada a presente Sessão (LEVANTA-SE A SESSÃO)

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Revisada por Regina Céli