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II ANNO DOMINGO, 18 DE MAIO DS 1903 N.° 44 SEM AN ARI O NOTICIOSO, LITTERARIO E AGRÍCOLA •ASsigóatísra Anno. iSooo reis; sèmestre; .'>oo réis. Pagamento adeantado. para o Bra/il, anno, 2$5qq. réis,(moeda fortej. Avulso, no dia da' publicação ,'20 réis. EDITOR — José Augusto Saloio Q .111 GE, Annuncios- cações i.a publicação, 40 réis a linha, nas seguintes, ii 16— LARGO DA MISERICÓRDIA- ALDEGALLEGA Q 20 réis. Annuncios na 4.=' pagina, contracto espjcial. Os auto- íJ «ra raphos não se restituem quer sejam ou não publicados. PROPRIETÁRIO —-José Augusto Saloio e x p e d ie n t e Acceitam-se com grati dão qnnestjHér noticias (jsae sejam «le interesse Hco. Anda a sciencia estudan do, cada vez cora mais afinco, os meios de com bater esse terrível mal, e effectivamente muito tem feito em benefício cia humanidade. Pena é que se prenda ás vezes com puerilidades, em vez de ir buscar onde deve a verda deira origem do mal. , Nunca se deve prestar ao ridiculo a missão da medicina. Tudo o que é santo e nobre tem obriga ção de ser respeitado, mas tambem, para que assim seja, tem obrigação de fa- zer-se respeitar. A Causa verdadeira da tuberculose' está provado que, pelo menos entre nós, é a miséria! Se as classes abastadas, sofirem por ve zes essa cruel enfermidade, deve attribuir-se isso ao desregramento em que vi vem tantos ociosos que por ahi abundam. Os senhores, que gozam todos os confortos do luxo e da riqueza, nunca entra ram numa daquelias casas miseráveis, do bairro de Al fama, por exemplo, onde se accumulam as pessoas como sardinhas em pilha? Casas sem ar, sem luz, sem condições hygienicas. E en tretanto alli vive-se, isto é, vegeta-se, e o senhorio co bra por aquelle misero al bergue uma renda muito rasoavel. A mãe, pobre, doente, sem recursos alimentícios, transmitte lògo aos filhos a tuberculose no leite que lhes dá. Respirando um ar mephitico, os pulmões não podem dilatar-se, aspirar a longos haustos uma atmos- phera vivificante, e por consequencia, desde que nasce, a creança está fatal mente predisposta para a tuberculose. E systema muito velho eni Portugal pôr enormes trancas na porta depois da casa roubada; systema con sagrado pela rotina, mas que deve acabar para hon ra e dignidade de todos nós. Que grandes lucros ti raria e que: bello serviço viria prestar aos pobres uma empreza que empre gasse o seu capital em construir casas baratas, éorn boas condições hygie nicas, onde houvesse ar e luz, onde não se respiras sem unicamente miasmas deleterios! Que-bella ap- piicação dada ao dinheiro que ahi se emprega na usura e em tirar a pelle ao similhante! Eram dois pro veitos: o dinheiro empre gado teria necessariamente o seu lucro e as classes po bres vêr-se-hiam livres de esse fatal algoz — a renda da casa — que as obriga a ir empenhar o pouco que possuem, para pagar o exaggeradissimo .aluguer do miserável pardieiro em que habitam. E’ tãq íacii aos ricos pra ticar o bem ! Mas o dinhei ro nos bancos dá mais, ga rantia, calculam elles. Se até ha individuos que não pagam as suas dividas, pa ra terem esse dinheiro a render, explorando assim bs pobres crédores! Fundando-se uma em preza de tal ordem, os seus beneméritos iniciadores ve riam cahir-lhes sobre as cabeças as bênçãos dos po bres, e seriam uns bemfei- tores da humanidade des valida. JOAQUIM DOS ANJOS. Estiveram -em exposição em casa do nosso amigo Antonio da Silva Bataha, duas valiosas prendas, des tinadas ao bazar na festa do Senhor dos Afflictos, que aqui tem logar hoje e ámanhã. São uma jarra, trabalho primoroso, feito na fabrica de lòuça do sr. Jacintho Antonio Gouveia, e um quadro, obra do nos so amigo Antonio Rodri gues Calleii'0 Junior, digno professor de ensino livre, em que revela alli toda a sua perseverança própria d’um bomconselheirodecriancas €& jdejmrativo ®ias Ama do e os jórnacs de íLss- Sioa. AS DOENÇAS DOUTERO E OYARIOS Destruição completa da syplulis em todas as suas manifestações, rheumatis- mo, erupção de pelle, fe ri das antigas ou recentes, es- crop/rulas, olhos e nevral gias. Pelos innumeros factos apresentados, factos duma soberba admiração, teem os nossos, estimáveis leito res ajuizado dã poderosa energia que o «Depurativo Dias Amado» exerce sobre ■grande variedade de doen- ças. E’ certo, porém, que não raras vezes, em enfermida des de somenos importan- cia, temos encontrado queixumes, em consequen cia da negativa, queixas e negativas que poucos dias depois desapparecem com uma simples observação. Ha, dias com o sr. Manu el dos Santos, proprietário residente em Paço d Arcos, deu-se um destes casos. Elle soííria de uma in flam mação na. vista e eru pção de pelle. Havia já to mado oito frascos deste depurativo e a enfermidade com quanto menos intensa, persistia. A muitíssima confiança que temos neste preparado especialmente para doen-. ças como as que, estamos alludindo, poz-nos em des confiança de que o sr. Santos não "cumpria a rigor a dieta, e sobre tal ponto fomos interrogal-o. Se é facto que elle tentava en cobrir esta falta de obser vância, não é menos ver dade que depois de um tanto instado, elle nos dis se que realmente, algumas vezes, durante o tratamen to, havia abusado, comen do coisas que atrazavam o desenvolvimento das • me lhoras,taes como sardinhas, azeitonas, pimentos, vinho, etc. Depois de lhe fazermos vêr os grandes inconveni entes que dalli surgiam pois que não só desacredi tava um preparado que tão éxtraordinarias curas tem feito, como arruinava cada vez mais a sua saude, re- commendamos-lhe, a titu lo de experiência, o mais rigoroso respeito pela die ta’ Este; poderoso depurati vo do sangue, composto apenas de vegetaes inof- fensivos, não contém mer cúrio como por mais duma Vez temos provado com a publicação da analy.se feita em Coimbra por dois pro fessores da Universidade. Preço de cada frasco, i:>ooo réis. Para fóra de Lisboa não se romettem encommen- das inferiores a dois fras cos, sendo o porte do cor reio de dois até seis frascos 200 réis. Deposito geral: Phar macia Ultramarina, rua de S. Paulo, ()'.) e 101, Lisboa, e no Porto pharmacia Bo- lhão. As tres íísSíSioálaeeas Recebemos os primeiros fascículos do romance 0 Filho do Mosqueteiro, com o qual iniciou as suas publi cações a Empreza dVLs' tres bibliothecas propriedade de os srs. Urbano de Castro e Alvaro Pinheiro Chagas. Transcrevemos em se guida o que, a respeito de esta nova Empreza, escreve o nosso collega de Lisboa, o Diario de Noticias: «Entre as casas editoras de Lisboa, conta-se agora mais uma, para a qual cha mamos a attenção dós nos sos leitores. Referimo-nos á que tem por titulo As tres bibliothecas. Os seus proprietários são: Urbano de Castro e Alvaro Pinhei ro Chagas. O primeiro, jornalista brilhante, poeta de raça e escriptor esperi- tuosissimo, que descende, intellectualmente, de Riva- rol e de Tolentino, é per feitamente conhecido de todos aquelles que teem jornaes e se interessam pe la politica. O segundo, filho do sau doso escriptor, jornalista e parlamentar Pinheiro Cha gas, é um rapaz intelligen- tissimo, escriptor de talen to, e que dispõe de uma energia no trabalho, que po demos classificar de verda deiramente americanas. Pois muito bem. Estes dois cavalheiros, em quem sobram aptidões e faculda des de trabalho, fundaram a casa editora a que nos re ferimos e principiaram por editorar um romance ver dadeiramente sensacional - 0 filho do mosqueteiro. Nesta obra curiosa não falta um só dos requesitos exigidos num romance de bom cunho — a acção pal pitante e profunda, o en redo bem conduzido, a nar rativa recheada de peripe- cias interessantes, os typos soberbamente desenhados. Ao ler este romance, o lei tor sente-se empolgado, como se estivesse lendo um conto do tempo dos califas, dos mágicos e das fadas. Não erramos, affirmando que no genero é uma obra prima. Chamando a attenção dos nossos leitores para a nova casa editora As tres bibliothecas e para o roman ce O filho do mosqueteiro, cujas primeiras cadernetas estão em distribuição, cre mos prestar-lhe um bom serviço.» E’ agente da Empreza, em Aldegallega, o sr. Alber to Brito Yalentim a quem devem ser feitos os pedidos de assignatura. O escriptorio da Empre za em Lisboa, é na rua da Barroca, 72. Foi feito aviso aos candi datos aos logares de dele gados do procurador ré gio, entrando entre estes o nosso excellente amigo sr. dr. Luciano Tavares Móra, para apresentarem dentro do praso de 15 dias.os docu mentos que lhes faltam, afim de poderem ser admit- tidos a prestar provas no respectivo concurso. Ao nosso amigo appetece- mos-lhe as maiores, felicida des.

•ASsigóatísra - mun-montijo.pt · ferimos e principiaram por editorar um romance ver dadeiramente sensacional -0 filho do mosqueteiro. Nesta obra curiosa não falta um só dos

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II ANNO DOMINGO, 18 DE MAIO DS 1903 N.° 44

SEM AN A R I O N O T IC IO S O , L IT T E R A R IO E A G R ÍC O L A

•ASsigóatísraAnno. iSooo reis; sèmestre; .'>oo réis. Pagamento adeantado. para o B ra/il, anno, 2$ 5 q q . réis,(moeda fortej.Avulso, no dia da' publicação , ' 2 0 réis.

EDITOR— José Augusto SaloioQ

.111 GE, Annuncios-caçõ es

i . a publicação, 40 réis a linha, nas seguintes,

ii 16— LARGO DA MISERICÓRDIA-ALDEGALLEGA

Q 20 réis. Annuncios na 4.=' pagina, contracto espjcial. Os auto-íJ l í «raraphos não se restituem quer sejam ou não publicados.

PROPRIETÁRIO—-José Augusto Saloio

e x p e d i e n t e

A cce ita m -se co m g r a t i­dão q n n e stjH é r n o t ic ia s (jsae se jam «le in te r e s s e

Hco.

Anda a sciencia estudan­do, cada vez cora mais afinco, os meios de com­bater esse terrível mal, e effectivamente muito já tem feito em benefício cia humanidade. Pena é que se prenda ás vezes com puerilidades, em vez de ir buscar onde deve a verda­deira origem do mal.

, Nunca se deve prestar ao ridiculo a missão da medicina. Tudo o que é santo e nobre tem obriga­ção de ser respeitado, mas tambem, para que assim seja, tem obrigação de fa- zer-se respeitar.

A Causa verdadeira da tuberculose' está provado que, pelo menos entre nós, é a miséria! Se as classes abastadas, sofirem por ve­zes essa cruel enfermidade, deve attribuir-se isso ao desregramento em que vi­vem tantos ociosos que por ahi abundam.

Os senhores, que gozam todos os confortos do luxo e da riqueza, nunca entra­ram numa daquelias casas miseráveis, do bairro de Al fama, por exemplo, onde se accumulam as pessoas como sardinhas em pilha? Casas sem ar, sem luz, sem condições hygienicas. E en­tretanto alli vive-se, isto é, vegeta-se, e o senhorio co­bra por aquelle misero al­bergue uma renda muito rasoavel.

A mãe, pobre, doente, sem recursos alimentícios, transmitte lògo aos filhos a tuberculose no leite que lhes dá. Respirando um ar mephitico, os pulmões não podem dilatar-se, aspirar a longos haustos uma atmos- phera vivificante, e por consequencia, desde que nasce, a creança está fatal­mente predisposta para a tuberculose.

E systema muito velho eni Portugal pôr enormes

trancas na porta depois da casa roubada; systema con­sagrado pela rotina, mas que deve acabar para hon­ra e dignidade de todos nós.

Que grandes lucros ti­raria e que: bello serviço viria prestar aos pobres uma empreza que empre­gasse o seu capital em construir casas baratas, éorn boas condições hygie­nicas, onde houvesse ar e luz, onde não se respiras­sem unicamente miasmas deleterios! Que-bella ap- piicação dada ao dinheiro que ahi se emprega na usura e em tirar a pelle ao similhante! Eram dois pro­veitos: o dinheiro empre­gado teria necessariamente o seu lucro e as classes po­bres vêr-se-hiam livres de esse fatal algoz — a renda da casa — que as obriga a ir empenhar o pouco que possuem, para pagar o exaggeradissimo . aluguer do miserável pardieiro em que habitam.

E’ tãq íacii aos ricos pra­ticar o bem ! Mas o dinhei­ro nos bancos dá mais, ga­rantia, calculam elles. Se até ha individuos que não pagam as suas dividas, pa­ra terem esse dinheiro a render, explorando assim bs pobres crédores!

Fundando-se uma em­preza de tal ordem, os seus beneméritos iniciadores ve­riam cahir-lhes sobre as cabeças as bênçãos dos po­bres, e seriam uns bemfei- tores da humanidade des­valida.

JOAQUIM DOS ANJOS.

Estiveram -em exposição em casa do nosso amigo Antonio da Silva Bataha, duas valiosas prendas, des­tinadas ao bazar na festa do Senhor dos Afflictos, que aqui tem logar hoje e ámanhã. São uma jarra, trabalho primoroso, feito na fabrica de lòuça do sr. Jacintho Antonio Gouveia, e um quadro, obra do nos­so amigo Antonio Rodri­gues Calleii'0 Junior, digno professor de ensino livre, em que revela alli toda a sua perseverança própria d’um bomconselheirodecriancas

€& jdejmrativo ®ias Ama­do e os jórnacs de íLss- Sioa.

AS DOENÇAS DO UTERO E OYARIOS

Destruição completa da syplulis em todas as suas manifestações, rheumatis- mo, erupção de pelle, fe r i­das antigas ou recentes, es- crop/rulas, olhos e nevral­gias.

Pelos innumeros factos apresentados, factos duma soberba admiração, teem os nossos, estimáveis leito­res ajuizado dã poderosa energia que o «Depurativo Dias Amado» exerce sobre ■grande variedade de doen- ças.

E’ certo, porém, que não raras vezes, em enfermida­des de somenos importan- cia, temos encontrado queixumes, em consequen­cia da negativa, queixas e negativas que poucos dias depois desapparecem com uma simples observação.

Ha, dias com o sr. Manu­el dos Santos, proprietário residente em Paço d Arcos, deu-se um destes casos.

Elle soííria de uma in­flam mação na. vista e eru­pção de pelle. Havia já to­mado oito frascos deste depurativo e a enfermidade com quanto menos intensa, persistia.

A muitíssima confiança que temos neste preparado especialmente para doen-. ças como as que, estamos alludindo, poz-nos em des­confiança de que o sr. Santos não "cumpria a rigor a dieta, e sobre tal ponto fomos interrogal-o. Se é facto que elle tentava en­cobrir esta falta de obser­vância, não é menos ver­dade que depois de um tanto instado, elle nos dis­se que realmente, algumas vezes, durante o tratamen­to, havia abusado, comen­do coisas que atrazavam o desenvolvimento das • me­lhoras,taes como sardinhas, azeitonas, pimentos, vinho, etc.

Depois de lhe fazermos vêr os grandes inconveni­entes que dalli surgiam

pois que não só desacredi­tava um preparado que tão éxtraordinarias curas tem feito, como arruinava cada vez mais a sua saude, re- commendamos-lhe, a titu­lo de experiência, o mais rigoroso respeito pela die­ta’

Este; poderoso depurati­vo do sangue, composto apenas de vegetaes inof- fensivos, não contém mer­cúrio como por mais duma Vez temos provado com a publicação da analy.se feita em Coimbra por dois pro­fessores da Universidade.

Preço de cada frasco, i:>ooo réis.

Para fóra de Lisboa não se romettem encommen- das inferiores a dois fras­cos, sendo o porte do cor­reio de dois até seis frascos 200 réis.

Deposito geral: Phar­macia Ultramarina, rua de S. Paulo, ()'.) e 101, Lisboa, e no Porto pharmacia Bo- lhão.

As tres íísSíSioálaeeas

Recebemos os primeiros fascículos do romance 0 Filho do Mosqueteiro, com o qual iniciou as suas publi­cações a Empreza dVLs' tres bibliothecas propriedade de os srs. Urbano de Castro e Alvaro Pinheiro Chagas.

Transcrevemos em se­guida o que, a respeito de esta nova Empreza, escreve o nosso collega de Lisboa, o D iario de Noticias:

«Entre as casas editoras de Lisboa, conta-se agora mais uma, para a qual cha­mamos a attenção dós nos­sos leitores. Referimo-nos á que tem por titulo As tres bibliothecas. Os seus proprietários são: Urbano de Castro e Alvaro Pinhei­ro Chagas. O primeiro, jornalista brilhante, poeta de raça e escriptor esperi- tuosissimo, que descende, intellectualmente, de Riva- rol e de Tolentino, é per­feitamente conhecido de todos aquelles que teem jornaes e se interessam pe­la politica.

O segundo, filho do sau­doso escriptor, jornalista e parlamentar Pinheiro Cha­gas, é um rapaz intelligen- tissimo, escriptor de talen­to, e que dispõe de uma energia no trabalho, que po­demos classificar de verda­deiramente americanas.

Pois muito bem. Estes dois cavalheiros, em quem sobram aptidões e faculda­des de trabalho, fundaram a casa editora a que nos re­ferimos e principiaram por editorar um romance ver­dadeiramente sensacional

- 0 filho do mosqueteiro. Nesta obra curiosa não falta um só dos requesitos exigidos num romance de bom cunho — a acção pal­pitante e profunda, o en­redo bem conduzido, a nar­rativa recheada de peripe- cias interessantes, os typos soberbamente desenhados. Ao ler este romance, o lei­tor sente-se empolgado, como se estivesse lendo um conto do tempo dos califas, dos mágicos e das fadas. Não erramos, affirmando que no genero é uma obra prima.

Chamando a attenção dos nossos leitores para a nova casa editora As tres bibliothecas e para o roman­ce O filho do mosqueteiro, cujas primeiras cadernetas estão em distribuição, cre­mos prestar-lhe um bom serviço.»

E’ agente da Empreza, em Aldegallega, o sr. Alber­to Brito Yalentim a quem devem ser feitos os pedidos de assignatura.

O escriptorio da Empre­za em Lisboa, é na rua da Barroca, 72.

Foi feito aviso aos candi­datos aos logares de dele­gados do procurador ré­gio, entrando entre estes o nosso excellente amigo sr. dr. Luciano Tavares Móra, para apresentarem dentro do praso de 15 dias.os docu­mentos que lhes faltam, afim de poderem ser admit- tidos a prestar provas no respectivo concurso. Ao nosso amigo appetece- mos-lhe as maiores, felicida­des.

2 O D O M I N G O

IS&ciirsãio a Tliírnsai*Como já temos noticia­

do, uma commissão de so- cios da sociedade phylar- monica i.° de Dezembro, d’esta villa, promove para o dia 22 do proximo mez de junho uma excursão á formosa cidade de Thomar. Esta commissão tem envi­dado todos os esforços pa­ra que este passeio reuna o maior numero de attracti- vos e de imponência quan­to em suas forças couber. A procura de bilhetes vae- se manifestando cada vez mais pela sua excepcional barateza. Thomar, ida e volta 2$400 réis. A'lém d isso a commissão promo­tora porporciona a todos aquelles que não possam pagar de prompto, fazereni­no por meio de prestações semanaes de Soo réis. As pessoas que ainda não pu­deram admirar as bellezas da rica Thomar não devem deixar de o fazer em tão excellente occasião.

Na. segunda-feira 12 do corrente, uma filha de Anto­nio Fernandes O Gallinho, de nome Alice, cahiu a um poço que este tem no quin­tal pertencente á casa onde reside. Felizmente foi salva.

ivea^araosCompleta ámanhã mais

um anniversario natalicio a ex."'a sr.1 D. Estephania Au­gusta da Veiga Sargedas Coelho, respeitável esposa do nosso amigo Arthur Au­gusto Affonso. Coelho.

— Tambem faz annos ámanhã a gentil menina Helena Quaresma Ventura, filha do sr. Antonio Maxi- 1110 Ventura.

— No dia 20 completa mais um anniversario nata­licio a intelligente menina Lucilia Tavares Móra, filha do extincto medico, dr. Manuel Justiniano Móra.

Enviamos-lhes os nossos parabéns.

Esteve 110 domingo e se­gunda-feira de visita nesta villa o nosso amigo Padre Manuel dos Santos Louren- ço.

F c s ía ao scjilio r dos

Tem logar, conforme no­ticiámos, hoje e ámanhã a festividade ao Senhor dos Aífiictos. E’ de esperar que seja muito concorrida, pois que este anno é feita com pompa superior á dos an­nos anteriores.' A’lém d'isso há já decorridos seis an­nos que esta festa se não fazia, o que nos leva a crer por este motivo que seja enorme o numero de devo­tos alli attrahido.

Hoje, pelas 10 horas da manhã, sahe a commissão deste festejo em peditorio acompanhada peladistincta phylarmonica «União e Trabalho», de Sarilhos Grandes, percorrendo al­gumas ruas da villa. O ar raiai começa ás 5 horas da tarde havendo kermesse, ladainha, etc., até ás 7 ho­ras da tarde. A’s 8 horas da noite será o local do fes­tejo gostosamente illumi- nado, kermesse, tocando no coreto a phylarmonica «União e Trabalho» das 8 horas até á meia noite.

Amanhã, pelas 11 horas da manhã, haverá missa, sermão pelo prior do Sa- mouco e kermesse. A’ noi­te: kermesse e musica no coreto pela phylarmonica «i.° de Dezembro», desta villa.

★No local cio festejo acha-

se um bem montado res- taurante-barraca, onde o- devotos dò senhor dos Affli- ctos poderão deliciar-se com os saborosos acepipes, preparados pelo habil cosi- nheiro-amador, sr. Antonio Victorino Mirra. Ha mais barracas de comes e bebes, pim-pam-pum, exposição de figuras de cera, vistas, etc. Devem ser dois dias bem passados.

Estão affixados editaes nas freguezias deste con­celho, para se proceder no proximo mez de junho ao afilamento de pesos e me­didas neste concelho, na respectiva repartição, na rua do Poco n.° 2.

CO FRE B E PÉ R O LA S

DEVOÇÃO...(Do hespanhol)

Não te quero enganar, doce Maria ;Se o Christo redemptorTu me viste beijar, no outro dia,Com mystico fervor,Não f o i por devoção, como pensaste; F o i uma idéa, a ardência do desejo De aspirar, nesse sitio que beijaste,A êssencia enebriante do teu beijo.

JOAQ UIM DOS ANJOS.

PENSAMENTOSSê bella, se podes; sabia se quiseres; mas o que épre­

ciso é que sejas ajuizada.— Beauníarchais.— O bom senso é o guarda-portão do espirito: o seu

mister é de não deixar entrar nem sahir as idéas sus­peitas.— Daniel Stern.

— Não ha, nem pode haver, cousa mais aborrecivel e mais detestável aos olhos da boa ra~ão, que a entonada soberba de um malévolo ignorante.— José Joaquim de Macedo.

— As leis f aiem-se na Camara; mas os ministros nos corredores.— Edm. Gondinet.

(Do hespanhol).

N o mundo, falso e traidor,Sente o peito e mente o labio;F o que se julga mais sabio E quem se engana melhor.

JOAQUIM DOS ANJOS.

A N E C D O T A S

— 0 amigo, você bebe muito vinho? perguntava um reitor ao padre cura.

— Não, senhor; bebo só em duas occasiões: quando como e quando não como.

Foi preso no dia 11 do corrente, pelas 8 horas da noite, Francisco da Silva, trabalhador, morador acci- dentalmente nesta villa, por aggredir com pauladas, seu compadre Manuel Jorge, re­sidente nesta villa, que re­sultou ficar bastante ferido na cabeca.

Duas crianças, depois do almoço, vão brincar para o jardim. Junto da casa de campo pasta uma manada dei vaccas. A mais velha das crianças di~ d outra:

— Vês aquella vacca branca, que está ao pé da preta? foi a branca que deu o leite do nosso almoço.

--B em sei, respondeu a outra; e a preta deu o café!

Lui~ esconde um boneco atra? do baliú:— Que estás ahi a fazer? pergunta a mãe.— Estou a perder o boneco, que é para fica r muito

contente quando o tornar a encontrar.

Na junta d inspecção militar:— Tem algum defeito?— Sim. senhor. Sou muito curto de vista.— Como prova isso?— Facilmente. O senhor doutor vê aquella mosca

acolá, na parede?— Vejo.— P o i á eu não a vejo.

E’ hoje que se começa a tirar as licenças de contri­buição sumptuaria, na re­partição de fazenda desteconcelho.--------«i». . . ....------------

Tentou suicidar-se na manhã do dia 14 do cor­rente, o empregado da im­portante fabrica de gazozas dos srs. Silva & Silva, de nome Manuel Rodrigues. Foram-lhe prestados os pri­meiros soccorros médicos pelo sr. dr. Manuel Fernan­des da Costa Moura, sendo em seguida conduzido pa­ra o hospital de S. José, en­fermaria de S. Lázaro, Lis­boa. Consta que se salva.

Queixaram-se no dia 12 do corrente na administra­ção deste concelho, José da Silva Russo, d’Aldegallega, e Amelia dos Santos, d’Ata- laya, contra Antonio da Cunha Lage, Manuel Lou- renço, José cTAmieira, An­tonio Cambão e Joaquim da Sophia, todos d’Atalaya, por terem sido aggredidos á paulada no domingo ultimo na estrada do referido lo­gar d'Ata!aya.

A Camara mandou an- nunciar para o dia 8 do proximo mez de junho, pe­la uma hora da tarde os impostos municipaes indi­rectos, no trigo, milho, cen­teio, pão cosido, farinha es­poada e rolão, e no touci­nho salgado, fresco e car­ne de porço para consumo n esta villa e nas freguezias deste concelho.

Sí3íi'erB88íjTem passado bastante

incommodada de saude a respeitável esposa do sr. Francisco Rodrigues Pinto, honrado commerciante de esta villa. Estimamos-lhe rapidas melhoras.

FOLHETIM

Traducção de J. DOS AN.IOS

UMA HISTORIADO

OUTRO MUNDORomance de aventuras

vie>!È4Íe está e lla?

O dia foi comprido e atroz. Debaixo das vistas do sargento, não se atre­viam a deixar transparecer no rosto os mii pensamentos q\;e lhes remoi­nhavam no cerebro e lhes tortura­vam 0 coração. Trabalhavam de ca­

beça baixa, com as mãos encrespadas e o espirito perturbado.

Todas as desgraças lhes cahirsm em cima ao mesmo tempo. Perdiam a Joanna, aquella Joanna que era o unico reflexo da Paris adorada que náo tornavam a vêr, aquella Joanna a quem amavam porque n'ella revivirá todo o seu passado e floresciam to­das as esperanças do seu futuro. K ao mesmo tempo perdiam a pequena parte da liberdade, comprada tão es pinhosamente por um anno de sub­missão cruel e de trabalho fatigante. Ah! toda a força do pae náo era bas tante para supportar aquelle pe.so, e a própria alegria do Mario, soffrendo tal golpe, via quebrarem-se-lheasazas.

Chegada a noite sentiram o cora­ção quasi a estalar quanJo se encon­traram pela ultima vez a ) pé do ban­co pequeno onde tinham passado

noites tão deliciosas com a Joanna.— Pobre Joanna! soluçou o Mário.

Onde estará ella?—-Oh! respondeu o João, se eu o

soubesse, já lá estava. E até dentro de uma hora; porque sei onde ella está! está morta.

—-Quem te disse isso? eu creio an­tes que fosse aprisionada pelos selva­gens.

O Jo 'o ’ encolheu os hombros com ar incrédulo e deixou-se cahir pesa­damente no banco, comoanniquilado. Um quarto de hora depois, foi acor­dado do seu abatimento por e.sta phr.-se pequena que o Mario lhe dis­se sorrindo ao ouvido:

— E ' forçoso que vamos procurar a Joanna!

V II

JVazuclard paizagistfa

Antes de dizer ao João estas pala­vras decisivas, Mazuclard tinha fica­do p o r muito tempo imraovel, direi­to como uma estatua no limiar da porta, contemplando com olhar fixo a paizagem crepuscula.

Deante d'elle, quasi aos seus pés, desdobrava se um paul, orlado de juncos e coberto de nenuphares de fo­lhas largas e lisas.

Do lado das terras erguia-se uma massa escura, espessa matta em for­ma de cupula. de onde sahia um r i­beiro. A corrente vinha m orrer na superfície > as plantas. Aquelle rqido, sahindo da noite, fazia pensar numa canção extranha, balbuciada por uma g-ela completamente negra.

A cupula era formada de moitas en­laçadas, de plantas trepadeiras e de arvores copadas. Havia alli uma espe­cie de montão de verdura, de onde sobresahia uma faixa comprida e larga de bosques sombrios subindo para o interior da ilha. Parecia um rio de arvores, cujas ondas se accumulassem no fundo de um declive. Seguindo até o horisonte o desenvolvimento d'aquella floresta, o olhar fitava-se no fundo do quadro, onde vagamente se esfumava, no azul cinzento do céo, a contorno recortado das montanhas.

Tudo isto apparecia n'aquella luz clara-escura da noite, através do véo transparente do crepusculo, que táz realçar com tons vigorosos as massas sombrias e que envolve os contornos ■ num a especie de nevoa tremente.

(Continuai

litteratura

o J05IEÍ 003 BOLOS D'OURO

Era uma vez um homem que tinha miolos douro; sim, meus senhores, miolos todos douro. _

Quando veio ao mundo, os médicos pensavam que esta criança não podia vi­ver; tal era o peso da sua cabeça e a deformidade do seu craneo.

Mas a verdade é que foi vivendo sempre e sempre crescendo á luz do sol, co­mo um bello ramo dolivei- ra; somente a sua pesada cabeça lhe fazia perder o equilíbrio, e causava pena vêl-o ir de encontro a to­dos os moveis, quando an­dava ...

Andava sempre a dar quedas. Um dia, cahiu do alto d’um patamar e veio bater com a testa contra um degrau de mármore, onde o craneo soou como fosse uma barra de metal...

Pensaram que elle tivesse morrido; mas quando o ergueram, só lhe encontra­ram uma pequena ferida, com duas outrezgottasitas dcuro, coalhadas nos seus cabelios louros. Foi assim que os paes vieram a sa­ber que o filho tinha mio­los douro.

A coisa foi guardada em segredo; nem de nada o pobre rapazito desconfiava. De tempos, perguntava por que razão o não deixavam brincar á porta da rua com os outros rapazitos da visi- nhança:

— «Podem-te roubar, meu querido thesouro»— respondia-lhe a mãe...

E então o pequeno tinha muito medo de ser rouba­do. Fi c ava a b ri nc ar sósin ho, sem dizer palavra, arras­tando-se tristemente duma para outra sala...

Foi só aos dezoito annos que os paes lhe revelaram que monstruosa riqueza o destino lhe havia dado. E como o tivessem educado e sustentado até áquella edade, pediram-lhe em tro­ca um bocado do seu ou ro.

O rapaz não hesitou; e naquelle mesmo instante— como? de que maneira? a lenda não o diz,— arran­cou do craneo um bocado de ouro massiço, um boca­do pouco maior do que uma noz, que atirou com altivez para o regaço da sua mãe...

Depois, todo maravilha­do com as riquezas que ti­nha na cabeça, doido de desejos, embriagado com 0 seu poder, deixou a casa paterna e foi correndo pelo mundo, gastando o seu the­souro.

Pelo modo como vivia, como se fosse uma realeza, semeando o ouro sem o contar, dir-se-hia que os seus miolos eram inexgot- taveis... Mas gastaram-se por fim, e á proporção que se lhe via os olhos extin­guirem-se, as faces iam-se tambem cavando.

Finalmente um dia, de­pois cíum louco deboche, o desgraçado que iicára só entre os restos do festim e os lustres que empallide- ciam, horrorisou-se ao vêr a enorme brecha que tinha feito no seu thesouro... Era chegado o momento de parar.

Desde então mudou com­pletamente d’existencia. O homem dos miolos douro foi viver, escondido, do tra­balho das suas próprias mãos, desconfiado e me­droso como um avarento, fugindo a todas as tenta­ções, tratando mesmo d es­quecer essas fataes riquezas em que não queria mais to­car... Infelizmente, um amigo séguira-o na solidão,

este amigo conhecia o seu segredo.

Uma noite, o pobre ho­mem acordou em sobresal- to com uma forte dôr de cabeça, uma dôr de cabeça horrorosa. Ergueu-se allu- cinado, e viu num raio de luar o amigo que fugia, es­condendo alguma coisa sob a capa...

Ainda alguns miolos que lhe roubavam!...

Passado algum tempo, o homem dos miolos douro deixou-se dominar por uma paixão, e d’esta vez tudo foi pela agua abaixo!...

Amava com todas as for­ças da sua alma uma rapa- riguinha loura, que o ama­va tambem muito, mas que preferia ainda ao amor, as bonecas de pó darroz, as plumas brancas e as bonitas saias de renda batendo nas botinas.

Nas mãos desta delicada creatura,— meia ave, meia boneca,— as pecinhas d’ou- ro derretiam-se que era uma delicia! Ella tinha to­dos os caprichos, e ell nunca sabia dizer-lhe — não; e mesmo, com receio de a magoar, occultou-lhe até ao fim o triste segredo da sua fortuna.

— «Somos então muito ricos?» perguntava a rapa­riga.

★Na próxima semana da­

remos a conclusão deste interessante conto O ho­mem dos miolos douro esperando que os nossos estimados leitores nos des­culparão mais esta falta.

O D O M IN G O

ANNUNCIOS

A IN T U N T U N C IO

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moveis. Tem para vender duas commodas e dois guarda-louças acabados agora de fazer. Preços mui­to em conta.

Trabalhar barato para ter sempre que fazer!

Póde ser procurado na rua Fernandinho á entrada da rua do Vau, nesta villa.

No dia i.° do proximo mez de junho, pelo meio dia, á porta do tribunal ju­dicial d esta villa de Aldeia Galiega do Ribatejo, nos autos de inventario orpha- nologico a que se procede Dor obito de Alexandrina -ienriqueta, viuva, mora­dora que foi na Quinta dos "undilhões, freguezia da Vloita, se hão de vender e arrematar em hasta publi­ca a quem maior lanço offerecer sobre os valores abaixo designados os pré­dios seguintes: i.° Uma ma­rinha denominada AS NA­VES, no sitio da Quinta dos Fundilhões, avaliada em 2:000,^000 réis. 2.°— Outra marinha denomina­da A COSINHEIRA, no mesmo sitio da Quinta dos Fundilhões, avaliada em i:ioo$ooo réis. 3.°— Ou­tra marinha denominada O JOSE' CAETANO, no mesmo sitio da Quinta dos Fundilhões, avaliada em i:3oo$ooo réis. 4.0 — Outra marinha denomina­da A NOVA, e uma casa que serve de abegoaria, no mesmo sitio da Quinta dos Fundilhões, avaliada em i:6ooSooo réis. As ma­rinhas NAVES e NOVA, estão sujeitas ao arrenda­mento feito pela inventa­riada ao cabeça de casal Manuel Rollo dos Santos, pela quantia de 200$000 réis, por 19 annos que ter­minam em 3 i de dezem­bro de 1913.

Pelo presente são cita­dos quaesquer crédores in certos para assistirem á dita arrematação e usarem dos seus direitos.

Aldegallega do Ribatejo, 10 de maio de 1902.

O E S C R IV Á O

Antonio Augusto da SilvaCoelho.

Verifiquei a exactidão.

O JUIZ D E D IR E IT O

Antonio Augusto Noguei­ra Souto.

0 FILHO DOr

RO M AN CE H IS T O R IC O POR

P A U L M A H A L I N

Cadafasciculo por sema­na, 24 paginas e muitas gt'avuras 40 réis. Cada to­mo 200 réis.

Urbano de C astro e 4!v;u*o P i achei ro Cha­

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72, Rua da Barroca, 72 L1KBOA

. A r c j s r u i s r c i o

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.João Maria da Luz, mar­ceneiro, encarrega-se de todos os trabalhos perten­centes ao seu oíficio. Tam­bem restaura moveis anti­gos, concerta vãos de ta- boínhas e encarrega-se de polir toda a qualidade de

Pelo Juizo de Direito de esta comarca, no inventa­rio por obito de Margarida Rosa Pio, residente que foi nesta villa, e no qual é in­ventariante Elvira da Con­ceição, hão de ser postos em praça á porta do Tri­bunal deste Juizo no dia25 do corrente pelo meio dia e arrematados a quem maior lanço offerecer so­bre o valor abaixo desi­gnado, os seguintes domi nios uteis:— O dominio util de uma courella de terra situada no Páu Queimado, limites desta villa, compos­ta de casa darrecadacão,> 7vinha, arvores e terra de semeadura, foreira em réis 3$qoo e uma gallinha e um frangão sem laudemio ao Visconde da Lançada, no valor de 322,^000 réis. O dominio util doutra cou­rella, situada no mesmo sitio, composta de vinha e terra de semeadura, arvo res de fructo, foreira em 38335 réis sem laudemio ao Visconde da Lançada no valor de 183$3oo réis.

E para constar se pas­sou o presente e outros de igual digo no valor de i 83:j>3oo réis.

Aldegallega do Ribatejo,3 de abril de 1902,Verifiquei a exactidão. |

O JUIZ DE D lR t iT -

N. Souto.O E S C R IV Á O

José Maria ie Mendonça.

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M A P P A S D E P O R T U ­G A L

Ha para vender mappas de Portugal, não coloridos, ao preço de 60 réis cada um.

Ha para vender collec- ções de jornaes, taes como; Seculo, Pimpão, Parodia, Supplemento ao Seculo, e outros; assim como livros antigos de diversos idio­mas.

Nesta redaccão se trata.

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PEDIDOS A LUCAS & C,A — ALDEGALLEGA

R E L O J O A R I A G A R A N T I D AD E

AVELINO MARQUES CONTRAMESTRE

Relogios de õuro. de p-ata. de aço. de nickél, de plaquet, de phanta- . sia, anr. r iia io s '., suisso; dc parede, maritimos, despertadores am ericanos.: des- . perta loj-cs ,de phantasia, despertadores com musica, suissos de algibeira com corda ff.ra oito dias.

Reonm nenJa-se o reiogio dc A V E L IN O M ARQ U ES C 0 N T R A M E S 1 RE, um bom escape danco.ra muito forte por 5Sooo réis.

Oxidam-se caixas d’hço corri a maximv p/rieição. Garanteni-se todos os concertos.O proprietário d’est-:i relojoaria compra ouro c prata pelo preço mass elevado.

1 — R U A D O P O Ç O — 1 — ALDEGALLEGA DO RIBATEJO