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Assinado com login e senha por HUMBERTO JACQUES DE MEDEIROS, em 23/04/2019 21:01. Para verificar a autenticidade acesse
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Art. 53. Constituem sobras de campanha:
I - a diferença positiva entre os recursos financeiros arrecadados e os gastos financeiros
realizados em campanha;
II - os bens e materiais permanentes adquiridos ou recebidos durante a campanha até a data da
entrega das prestações de contas de campanha.
§ 1º As sobras de campanhas eleitorais devem ser transferidas ao órgão partidário, na
circunscrição do pleito, conforme a origem dos recursos, até a data prevista para a
apresentação das contas à Justiça Eleitoral.
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Art. 19. O Fundo Especial de Financiamento de Campanha (FEFC) será disponibilizado pelo
Tesouro Nacional ao Tribunal Superior Eleitoral e distribuído aos diretórios nacionais dos
partidos políticos na forma disciplinada pelo Tribunal Superior Eleitoral (Lei nº 9.504/1997,
art. 16-C, § 2º). § 2º Os recursos provenientes do Fundo Especial de Financiamento de Campanha (FEFC) que
não forem utilizados nas campanhas eleitorais deverão ser devolvidos ao Tesouro
Nacional, integralmente, por meio de Guia de Recolhimento da União (GRU), no momento da
apresentação da respectiva prestação de contas.
§ 3º Os partidos políticos devem destinar no mínimo 30% (trinta por cento) do montante
do Fundo Especial de Financiamento de Campanha (FEFC) para aplicação nas campanhas
de suas candidatas. (Incluído pela Resolução nº 23.575/2018)
§ 5º A verba oriunda da reserva de recursos do Fundo Especial de Financiamento das
Campanhas (FEFC), destinada ao custeio das candidaturas femininas, deve ser aplicada pela
candidata no interesse de sua campanha ou de outras campanhas femininas, sendo ilícito
o seu emprego, no todo ou em parte, exclusivamente para financiar candidaturas
masculinas. (Incluído pela Resolução nº 23.575/2018)
§ 7º O emprego ilícito de recursos do Fundo Especial de Financiamento das Campanhas
(FEFC) nos termos dos §§ 5º e 6º deste artigo sujeitará os responsáveis e beneficiários às
sanções do art. 30-A da Lei nº 9.504/1997, sem prejuízo das demais cominações legais
cabíveis. (Incluído pela Resolução nº 23.575/2018)
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EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. OMISSÃO. AUSÊNCIA. INOVAÇÃO NA TESE
RECURSAL. DESCABIMENTO.
2. O Tribunal analisou a questão no exato limite em que exposta no recurso, assentando a
consonância do acórdão regional com a orientação dessa Corte no sentido de que, no processo
de prestação de contas, ocorre preclusão para a juntada de documentos quando o partido
político foi anteriormente intimado para sanar as falhas e não o fez tempestivamente,
mesmo que isso ocorra ainda antes do julgamento.
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I – o candidato;
II - os órgãos partidários, ainda que constituídos sob forma provisória;
(...)
§ 1º O candidato fará, diretamente ou por intermédio de pessoa por ele designada, a
administração financeira de sua campanha usando recursos repassados pelo partido, inclusive
os relativos à quota do Fundo Partidário ou do Fundo Especial de Financiamento de Campanha
(FEFC), recursos próprios ou doações de pessoas físicas.
§ 2º O candidato é solidariamente responsável com a pessoa indicada no § 1º e com o
profissional de contabilidade de que trata o § 4º deste artigo pela veracidade das informações
financeiras e contábeis de sua campanha.
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Art. 44. Os recursos oriundos do Fundo Partidário serão aplicados:
I - na manutenção das sedes e serviços do partido, permitido o pagamento de pessoal, a
qualquer título, observado, do total recebido, os seguintes limites: (Redação dada pela Lei nº
13.165, de 2015)
a) 50% (cinquenta por cento) para o órgão nacional; (Incluído pela Lei nº 13.165, de 2015)
b) 60% (sessenta por cento) para cada órgão estadual e municipal; (Incluído pela Lei nº
13.165, de 2015) II - na propaganda doutrinária e política;
III - no alistamento e campanhas eleitorais;
IV - na criação e manutenção de instituto ou fundação de pesquisa e de doutrinação e educação
política, sendo esta aplicação de, no mínimo, vinte por cento do total recebido.
V - na criação e manutenção de programas de promoção e difusão da participação política das
mulheres, criados e mantidos pela secretaria da mulher do respectivo partido político ou,
inexistindo a secretaria, pelo instituto ou fundação de pesquisa e de doutrinação e educação
política de que trata o inciso IV, conforme percentual que será fixado pelo órgão nacional de
direção partidária, observado o mínimo de 5% (cinco por cento) do total; (Redação dada pela
Lei nº 13.165, de 2015) VI - no pagamento de mensalidades, anuidades e congêneres devidos a organismos partidários
internacionais que se destinem ao apoio à pesquisa, ao estudo e à doutrinação política, aos
quais seja o partido político regularmente filiado; (Incluído pela Lei nº 13.165, de 2015) VII - no pagamento de despesas com alimentação, incluindo restaurantes e lanchonetes.
(Incluído pela Lei nº 13.165, de 2015) § 1º Na prestação de contas dos órgãos de direção partidária de qualquer nível devem ser
discriminadas as despesas realizadas com recursos do Fundo Partidário, de modo a permitir o
controle da Justiça Eleitoral sobre o cumprimento do disposto nos incisos I e IV deste artigo.
§ 2º A Justiça Eleitoral pode, a qualquer tempo, investigar sobre a aplicação de recursos
oriundos do Fundo Partidário.
§ 3o Os recursos de que trata este artigo não estão sujeitos ao regime da Lei no 8.666, de 21
de junho de 1993, tendo os partidos políticos autonomia para contratar e realizar despesas.
(Redação dada pela Lei nº 12.891, de 2013) § 4o Não se incluem no cômputo do percentual previsto no inciso I deste artigo encargos e
tributos de qualquer natureza. (Incluído pela Lei nº 12.034, de 2009) § 5o O partido político que não cumprir o disposto no inciso V do caput deverá transferir o
saldo para conta específica, sendo vedada sua aplicação para finalidade diversa, de modo que o
saldo remanescente deverá ser aplicado dentro do exercício financeiro subsequente, sob pena
de acréscimo de 12,5% (doze inteiros e cinco décimos por cento) do valor previsto no inciso V
do caput, a ser aplicado na mesma finalidade. (Redação dada pela Lei nº 13.165, de 2015) § 6o No exercício financeiro em que a fundação ou instituto de pesquisa não despender a
totalidade dos recursos que lhe forem assinalados, a eventual sobra poderá ser revertida para
outras atividades partidárias, conforme previstas no caput deste artigo. (Incluído pela Lei nº
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http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13165.htm#art3http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13165.htm#art3http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13165.htm#art3http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13165.htm#art3http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13165.htm#art3http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13165.htm#art3http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13165.htm#art3http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13165.htm#art3http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13165.htm#art3http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8666cons.htmhttp://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8666cons.htmhttp://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2013/Lei/L12891.htm#art2http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2009/Lei/L12034.htm#art2http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13165.htm#art3http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2013/Lei/L12891.htm#art2
12.891, de 2013)
Art. 53. A fundação ou instituto de direito privado, criado por partido político, destinado ao
estudo e pesquisa, à doutrinação e à educação política, rege-se pelas normas da lei civil e tem
autonomia para contratar com instituições públicas e privadas, prestar serviços e manter
estabelecimentos de acordo com suas finalidades, podendo, ainda, manter intercâmbio com
instituições não nacionais.
§ 1º O instituto poderá ser criado sob qualquer das formas admitidas pela lei civil. (Incluído
pela Lei nº 13.487, de 2017)
§ 2º O patrimônio da fundação ou do instituto de direito privado a que se referem o inciso IV
do art. 44 desta Lei e o caput deste artigo será vertido ao ente que vier a sucedê-lo nos casos
de: (Incluído pela Lei nº 13.487, de 2017)
I - extinção da fundação ou do instituto, quando extinto, fundido ou incorporado o partido
político, assim como nas demais hipóteses previstas na legislação; (Incluído pela Lei nº 13.487,
de 2017)
II - conversão ou transformação da fundação em instituto, assim como deste em fundação.
(Incluído pela Lei nº 13.487, de 2017)
§ 3º Para fins do disposto no § 2o deste artigo, a versão do patrimônio implica a sucessão de
todos os direitos, os deveres e as obrigações da fundação ou do instituto extinto, transformado
ou convertido. (Incluído pela Lei nº 13.487, de 2017)
§ 4º A conversão, a transformação ou, quando for o caso, a extinção da fundação ou do instituto
ocorrerá por decisão do órgão de direção nacional do partido político. (Incluído pela Lei nº
13.487, de 2017)
Art. 20. Os órgãos nacionais dos Partidos devem destinar, no mínimo, 20% (vinte por cento)
do total de recursos do Fundo Partidário recebidos no exercício financeiro para criação ou
manutenção de fundação de pesquisa, de doutrinação e educação política.
§ 1º A destinação deve ser feita mediante crédito em conta-corrente da fundação no prazo de
quinze dias a partir da data em que forem recebidas as importâncias do Fundo Partidário.
§ 2º No exercício financeiro em que a fundação não despender a totalidade dos recursos que
lhe forem assinalados, a eventual sobra pode ser revertida para outras atividades partidárias
previstas no caput do art. 44 da Lei nº 9.096, de 1995, observando-se que:
I – as sobras devem ser apuradas até o fim do exercício financeiro e devem ser integralmente
transferidas para a conta bancária destinada à movimentação dos recursos derivados do Fundo
Partidário, no mês de janeiro do exercício seguinte;
II – o valor das sobras transferido não deve ser computado para efeito do cálculo previsto neste
artigo; e
III – o valor das sobras deve ser computado para efeito dos cálculos previstos nos arts. 21 e 22
desta resolução.
§ 3º Inexistindo fundação de pesquisa, de doutrinação e de educação política, o percentual
estabelecido no inciso IV do art. 44 da Lei nº 9.096, de 1995, deve ser levado à conta especial
do diretório nacional do partido político, permanecendo esta bloqueada até que se verifique a
criação da referida entidade.
Art. 28. O partido político, em todas as esferas de direção, deve apresentar a sua
prestação de contas à Justiça Eleitoral anualmente até 30 de abril do ano subsequente,
dirigindo-a ao:
I – Juízo Eleitoral competente, no caso de prestação de contas de órgão municipal ou zonal;
II – Tribunal Regional Eleitoral, no caso de prestação de contas de órgão estadual; e
III – Tribunal Superior Eleitoral, no caso de prestação de contas de órgão nacional.
[...]
§ 2º A prestação de contas é obrigatória mesmo que não haja o recebimento de recursos
financeiros ou estimáveis em dinheiro, devendo o partido apresentar sua posição patrimonial e
financeira apurada no exercício.
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[...]
§ 4º A extinção ou dissolução de comissão provisória ou do diretório partidário não exclui a
obrigação de apresentação das contas relativas ao período de vigência da comissão ou diretório.
§ 5º Na hipótese do § 4º deste artigo, a prestação de contas deve ser apresentada pela esfera
partidária imediatamente superior ou por quem suceder a comissão ou diretório, com a
identificação dos dirigentes partidários de acordo com o período de atuação.
Art. 29. O processo de prestação de contas partidárias tem caráter jurisdicional e se
inicia com a apresentação, ao órgão da Justiça Eleitoral competente, das seguintes peças
elaboradas pelo Sistema de Prestação de Contas Anual da Justiça Eleitoral: I – comprovante de remessa, à Receita Federal do Brasil, da escrituração contábil digital;
II – parecer da Comissão Executiva ou do Conselho Fiscal do partido, se houver, sobre as
respectivas contas;
III – relação das contas bancárias abertas;
IV – conciliação bancária, caso existam débitos ou créditos que não tenham constado dos
respectivos extratos bancários na data de sua emissão;
V – extratos bancários, fornecidos pela instituição financeira, relativos ao período ao qual se
refiram as contas prestadas, demonstrando a movimentação financeira ou a sua ausência, em
sua forma definitiva, contemplando todo o exercício ao qual se referem as contas, vedada a
apresentação de extratos provisórios ou sem validade legal, adulterados, parciais, ou que
omitam qualquer movimentação financeira;
VI – documentos fiscais que comprovem a efetivação dos gastos realizados com recursos
oriundos do Fundo Partidário, sem prejuízo da realização de diligências para
apresentação de comprovantes relacionados aos demais gastos; VII – cópia da GRU, de que trata o art. 14 desta resolução;
VIII – demonstrativo dos acordos de que trata o art. 23 desta resolução;
IX – relação identificando o presidente, o tesoureiro e os responsáveis pela movimentação
financeira do partido, bem como os seus substitutos;
X – Demonstrativo de Recursos Recebidos e Distribuídos do Fundo Partidário;
XI – Demonstrativo de Doações Recebidas;
XII – Demonstrativo de Obrigações a Pagar;
XIII – Demonstrativo de Dívidas de Campanha;
XIV – Demonstrativo de Receitas e Gastos;
XV – Demonstrativo de Transferência de Recursos para Campanhas Eleitorais Efetuados a
Candidatos e Diretórios Partidários, identificando para cada destinatário a origem dos recursos
distribuídos;
XVI – Demonstrativo de Contribuições Recebidas;
XVII – Demonstrativo de Sobras de Campanha, discriminando os valores recebidos e os a
receber;
XVIII – Demonstrativo dos Fluxos de Caixa;
XIX – parecer do Conselho Fiscal ou órgão competente da fundação mantida pelo partido
político;
XX – instrumento de mandato para constituição de advogado para a prestação de contas, com a
indicação do número de fac-símile pelo qual o patrono do órgão partidário receberá as
intimações que não puderem ser publicadas no órgão oficial de imprensa;
XXI – Certidão de Regularidade do Conselho Regional de Contabilidade do profissional de
contabilidade habilitado; e
XXII – notas explicativas.
[...]
§ 2º O Demonstrativo de Doações Recebidas e o Demonstrativo de Contribuições Recebidas
devem conter:
[...]
§ 3º A exigência de apresentação dos comprovantes de gastos arcados com recursos do
Fundo Partidário prevista no inciso VI do caput deste artigo não exclui a possibilidade
de, se for o caso, ser exigida a apresentação da documentação relativa aos gastos
efetivados a partir das contas bancárias previstas nos incisos II e III do art. 6º desta
resolução.
§ 4º A documentação relativa à prestação de contas deve permanecer sob a guarda e
responsabilidade do órgão partidário por prazo não inferior a cinco anos, contado da data da
apresentação das contas.
§ 5º A Justiça Eleitoral pode requisitar a documentação de que trata o § 5º deste artigo no
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prazo nele estabelecido, para os fins previstos no caput do art. 34 da Lei nº 9.096, de 1995.
§ 6º A documentação da prestação de contas deve ser apresentada de forma sequenciada, de
modo que os comprovantes de receitas e gastos mantenham a cronologia da movimentação
financeira, individualizada por conta bancária, acompanhados, quando for o caso, da respectiva
nota explicativa e dos demais meios de prova.
§ 7º A prestação de contas do órgão nacional do partido político deve ser composta com
os seguintes documentos da fundação de pesquisa do partido:
I – balanço patrimonial;
II – demonstração do resultado do exercício;
III – extratos bancários que evidenciem a movimentação de recursos do Fundo
Partidário;
IV – relatório das transferências recebidas do partido político, contendo data, descrição e
valores com a segregação dos recursos em Fundo Partidário e outros recursos;
V – relatório dos pagamentos efetuados com recursos do Fundo Partidário, e
VI – documentos fiscais dos gastos oriundos do Fundo Partidário.
Art. 30. Encerrado o prazo para a apresentação das contas:
I – a Secretaria Judiciária ou o Cartório Eleitoral deve notificar os órgãos partidários e
seus responsáveis que deixaram de apresentar suas contas ou a declaração de que trata o
§ 3º do art. 28 desta resolução, para que supram a omissão no prazo de setenta e duas
horas;
II – findo o prazo previsto no inciso I deste artigo, a Secretaria Judiciária ou o Cartório
Eleitoral deve comunicar ao Presidente do Tribunal ou ao Juiz Eleitoral que o órgão
partidário não prestou contas tempestivamente;
III – o Presidente do Tribunal ou Juiz deve determinar:
a) a imediata suspensão do repasse das quotas do Fundo Partidário; e
b) a autuação da informação, na classe processual de Prestação de Contas em nome do
órgão partidário e de seus responsáveis e, nos tribunais, o seu encaminhamento para
distribuição automática e aleatória.
IV – recebidos os autos da prestação de contas, a autoridade judiciária deve verificar a
regularidade das notificações procedidas e, caso não tenham sido regulares, determinar a
citação do órgão partidário e de seus responsáveis para que apresentem suas justificativas
no prazo de 5 (cinco) dias;
V – na hipótese de o órgão partidário ou de seus responsáveis apresentarem as contas
partidárias no prazo previsto no inciso IV deste artigo, o processo seguirá o rito previsto
nos arts. 31 e seguintes desta resolução, e a extemporaneidade da apresentação das
contas, assim como as justificativas apresentadas, devem ser avaliadas no momento do
julgamento; e
VI – persistindo a não apresentação das contas, apresentadas ou não as justificativas de
que trata o inciso IV deste artigo, a autoridade judiciária deve determinar,
sucessivamente: a) a juntada dos extratos bancários que tenham sido enviados para a Justiça Eleitoral, na forma
do § 2º do art. 6º desta resolução;
b) a colheita e certificação nos autos das informações obtidas nos outros órgãos da Justiça
Eleitoral sobre a eventual emissão de recibos de doação e registros de repasse ou distribuição
de recursos do Fundo Partidário;
c) a oitiva do Ministério Público Eleitoral, no prazo de 5 (cinco) dias, após a juntada das
informações de que tratam as alíneas a e b deste inciso;
d) as demais providências que entender necessárias, de ofício ou por provocação do órgão
técnico ou do Ministério Público Eleitoral;
e) a abertura de vista aos interessados para se manifestar sobre as informações e documentos
apresentados nos autos, no prazo de 3 (três) dias; e
f) a submissão do feito a julgamento, deliberando sobre as sanções cabíveis ao órgão partidário
e seus responsáveis.
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PRESTAÇÃO DE CONTAS. PARTIDO ECOLÓGICO NACIONAL (PEN). EXERCÍCIO
FINANCEIRO DE 2012. IRREGULARIDADE GRAVE. DESAPROVAÇÃO PARCIAL.
1. A não comprovação da correta aplicação do montante de mais de 20% dos recursos
provenientes do Fundo Partidário, na criação e manutenção de instituto ou fundação de
pesquisa e de doutrinação e educação política, nos termos do inciso IV do art. 44 da Lei nº
9.096/95, ensejam a desaprovação da prestação de contas do partido.
2. Não comprovação da aplicação mínima de recursos do Fundo Partidário na criação e
manutenção de programas de promoção e difusão da participação política das mulheres,
nos termos do inciso V do art. 44 da Lei 9.096/95.
3. Desaprovação parcial das contas do partido.
(Prestação de Contas nº 23167, Acórdão, Relator(a) Min. Luciana Lóssio, Publicação: DJE -
Diário de justiça eletrônico, Tomo 188, Data 07/10/2014, Página 51/52)
(Grifos acrescidos)
PRESTAÇÃO DE CONTAS. EXERCÍCIO FINANCEIRO DE 2012. PARTIDO DA CAUSA
OPERÁRIA (PCO). CONSIDERAÇÕES INICIAIS. GASTOS. RECURSOS. FUNDO
PARTIDÁRIO. COMPROVAÇÃO. ART. 9º DA RES.-TSE 21.841/2004 E
JURISPRUDÊNCIA.
1. Trata-se de prestação de contas do exercício financeiro de 2012 do Diretório Nacional do
Partido da Causa Operária (PCO).
2. Pareceres da Assessoria de Exame de Contas Eleitorais e Partidárias (ASEPA) e do
Ministério Público Eleitoral pela desaprovação do ajuste contábil.
3. Nos termos da jurisprudência desta Corte para as contas partidárias dos exercícios de 2012 e
anteriores, a comprovação de correto uso de recursos do Fundo Partidário requer juntada
apenas de notas fiscais ou de recibos que discriminem a natureza dos serviços prestados ou dos
materiais adquiridos, a teor do art. 9º da Res.-TSE 21.841/2004, não se exigindo em regra
documentos complementares.
4. Referidos comprovantes fiscais ou recibos devem ser idôneos, legíveis e conterem descrição
precisa do produto ou do serviço prestado, compatível com o objeto social do fornecedor.
IRREGULARIDADES AFASTADAS. NOTAS FISCAIS. SERVIÇOS GRÁFICOS E DE
VÍDEO. DESCRIÇÃO NA NOTA. IDENTIFICAÇÃO DO CNPJ DO PARTIDO.
COMPATIBILIDADE. ATIVIDADE ECONÔMICA DA EMPRESA. TRÂNSITO.
RECURSOS. CONTA BANCÁRIA. FATURAS. TELEFONIA E ELETRICIDIDADE.
IRREGULARIDADE FORMAL.
[...]
17. O partido descumpriu o percentual mínimo de 5% - previsto no art. 44, V, da Lei
9.096/95 - para programas de incentivo à participação feminina na política, aplicando
apenas R$ 6.200,00 de R$ 31.295,81.
18. Da mesma forma, a legenda não atendeu ao repasse mínimo de 20% de recursos do
Fundo Partidário para a Fundação João Jorge da Costa - 15,29% (R$ 95.696,50 de R$
125.183,23). CONCLUSÃO. IRREGULARIDADES QUE, EM SEU CONJUNTO, COMPROMETEM A
REGULARIDADE DAS CONTAS. DESAPROVAÇÃO. SUSPENSÃO. REPASSE. COTA.
FUNDO PARTIDÁRIO. DEVOLUÇÃO. ERÁRIO.
[...]
20. Na espécie, de R$ 625.916,17 oriundos do Fundo Partidário, a grei deixou de comprovar
de modo satisfatório destinação de R$ 84.459,18, o que equivale a 13,49% do total de recursos,
dos quais R$ 29.876,64 devem ser recolhidos ao erário.
21. Contas do Diretório Nacional do Partido da Causa Operária (PCO), do exercício de 2012,
desaprovadas, determinando-se: a) suspensão de novas cotas do Fundo Partidário por um mês,
parcelada em duas vezes, a ser cumprida a partir de janeiro de 2019; b) recolhimento ao erário
de R$ 29.876,64; e c) aplicação de 2,5% a mais de recursos, no exercício seguinte ao trânsito
em julgado, para promover as mulheres na política (art. 44, V e § 5º, da Lei 9.096/95).
(Prestação de Contas nº 29492, Acórdão, Relator (a) Min. Jorge Mussi, Publicação: DJE -
Diário de justiça eletrônico, Tomo 115, Data 13/06/2018, Página 33-35)
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PRESTAÇÃO DE CONTAS. PARTIDO POPULAR SOCIALISTA. DIRETÓRIO
NACIONAL. EXERCÍCIO FINANCEIRO DE 2012. CONJUNTO DE
IRREGULARIDADES. DESAPROVAÇÃO. SUSPENSÃO DE DUAS COTAS DO FUNDO
PARTIDÁRIO. RAZOABILIDADE E PROPORCIONALIDADE. DETERMINAÇÃO DE
RESSARCIMENTO AO ERÁRIO. RECURSOS PRÓPRIOS.
1. A análise das contas partidárias pela Justiça Eleitoral envolve o exame da aplicação regular
dos recursos do Fundo Partidário, a averiguação do recebimento de recursos de fontes ilícitas e
de doações de recursos de origem não identificada, bem como a vinculação dos gastos à efetiva
atividade partidária. Assim, a escrituração contábil - com documentação que comprove a
entrada e a saída de recursos recebidos e aplicados - é imprescindível para que a Justiça
Eleitoral exerça a fiscalização sobre as contas, nos termos do art. 34, III, da Lei nº 9.096/95.
2. A comprovação de despesas deve se dar com a apresentação de documentos fiscais e/ou
recibos, nos termos do art. 9º da Res.-TSE nº 21.841/2004. Esse é o entendimento desta Corte,
segundo a qual, havendo notas fiscais emitidas com a identificação do CNPJ do partido e a
discriminação da prestação dos serviços, tais informações são suficientes à comprovação das
despesas (PC nº 969-60/DF, Rel. Min. Luiz Fux, DJe de 30.9.2015; PC n° 266-61, Rel. Min.
Rosa Weber, DJe de 2.6.2017; PC nº 267-46/DF, Rel. Min. Luciana Lóssio, DJe de 8.6.2017).
[...]
12. A não comprovação da destinação do percentual mínimo de 5% das verbas do Fundo
Partidário à participação feminina na política, em descumprimento ao art. 44, V, da Lei
nº 9.096/95, enseja a sanção de acréscimo de 2,5% do Fundo ao valor não aplicado,
corrigido monetariamente, devendo essa implementação ocorrer no exercício financeiro
seguinte ao do julgamento das contas, para garantir a efetiva aplicação da norma, sem
prejuízo do valor a ser destinado a esse fim no ano respectivo.
13. A irregularidade no incentivo à participação feminina na política deve ser agrupada
com as demais irregularidades referentes ao Fundo Partidário, de forma que se possa
chegar ao percentual tido por irregular. Igualmente deve se dar no caso de
descumprimento do inciso IV do art. 44 da Lei nº 9.096/95, que determina a aplicação do
percentual mínimo de 20% dos recursos do Fundo na criação e manutenção de fundação.
14. Na espécie, o conjunto das irregularidades comprometeu a confiabilidade das contas, ainda
que não haja falha de natureza gravíssima. O percentual irregular atingiu 16,08% do total dos
recursos recebidos do Fundo Partidário, o que equivale a 2/12 (dois doze avos) da distribuição
anual do Fundo.
15. Contas desaprovadas, com determinação de ressarcimento ao Erário do montante de R$
707.319,61 (setecentos e sete mil, trezentos e dezenove reais e sessenta e um centavos),
devidamente atualizado e com recursos próprios, e suspensão das cotas do Fundo Partidário
por 2 (dois) meses, conforme art. 37, § 3º, da Lei nº 9.096/95, a ser cumprida de forma
parcelada, em 4 (quatro) vezes, com valores iguais e consecutivamente, à luz dos princípios da
proporcionalidade e da razoabilidade. Precedente.
(Prestação de Contas nº 24296, Acórdão, Relator (a) Min. Tarcisio Vieira De Carvalho Neto,
Publicação: DJE - Diário de justiça eletrônico, Tomo 118, Data 18/06/2018, Página 62/63)
(Grifos acrescidos)
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Resolução TSE nº 23.546, de 18 de dezembro de 2017.
Art. 29. O processo de prestação de contas partidárias tem caráter jurisdicional e se inicia com a
apresentação, ao órgão da Justiça Eleitoral competente, das seguintes peças elaboradas pelo Sistema de
Prestação de Contas Anual da Justiça Eleitoral:
§ 7º A prestação de contas do órgão nacional do partido político deve ser composta com os seguintes
documentos do instituto ou fundação de pesquisa do partido:
I - balanço patrimonial;
II - demonstração do resultado do exercício;
III - extratos bancários que evidenciem a movimentação de recursos do Fundo Partidário;
IV - relatório das transferências recebidas do partido político, contendo data, descrição e valores com a
segregação dos recursos em Fundo Partidário e outros recursos;
V - relatório dos pagamentos efetuados com recursos do Fundo Partidário, e
VI - documentos fiscais dos gastos oriundos do Fundo Partidário.
Art. 53. A fundação ou instituto de direito privado, criado por partido político, destinado ao estudo e
pesquisa, à doutrinação e à educação política, rege-se pelas normas da lei civil e tem autonomia para
contratar com instituições públicas e privadas, prestar serviços e manter estabelecimentos de acordo com suas
finalidades, podendo, ainda, manter intercâmbio com instituições não nacionais.
§ 1º O instituto poderá ser criado sob qualquer das formas admitidas pela lei civil. (Incluído pela Lei nº
13.487, de 2017)
§ 2o O patrimônio da fundação ou do instituto de direito privado a que se referem o inciso IV do art. 44
desta Lei e o caput deste artigo será vertido ao ente que vier a sucedê-lo nos casos de: (Incluído pela Lei nº
13.487, de 2017)
I - extinção da fundação ou do instituto, quando extinto, fundido ou incorporado o partido político, assim
como nas demais hipóteses previstas na legislação; (Incluído pela Lei nº 13.487, de 2017)
II - conversão ou transformação da fundação em instituto, assim como deste em fundação. (Incluído pela Lei
nº 13.487, de 2017)
§ 3o Para fins do disposto no § 2o deste artigo, a versão do patrimônio implica a sucessão de todos os
direitos, os deveres e as obrigações da fundação ou do instituto extinto, transformado ou convertido.
(Incluído pela Lei nº 13.487, de 2017)
§ 4o A conversão, a transformação ou, quando for o caso, a extinção da fundação ou do instituto ocorrerá por
decisão do órgão de direção nacional do partido político. (Incluído pela Lei nº 13.487, de 2017)
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Art. 29. O processo de prestação de contas partidárias tem caráter jurisdicional e se inicia com a
apresentação, ao órgão da Justiça Eleitoral competente, das seguintes peças elaboradas pelo Sistema de
Prestação de Contas Anual da Justiça Eleitoral: (.…) § 7º A prestação de contas do órgão nacional do partido
político deve ser composta com os seguintes documentos da fundação de pesquisa do partido: I – balanço
patrimonial; II – demonstração do resultado do exercício; III – extratos bancários que evidenciem a
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movimentação de recursos do Fundo Partidário; IV – relatório das transferências recebidas do partido
político, contendo data, descrição e valores com a segregação dos recursos em Fundo Partidário e outros
recursos; V – relatório dos pagamentos efetuados com recursos do Fundo Partidário; e VI – documentos
fiscais dos gastos oriundos do Fundo Partidário.
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