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Assistência de Assistência de Enfermagem ao paciente Enfermagem ao paciente Politraumatizado e Politraumatizado e Queimado Queimado Camila Coelho Camila Coelho

Assistência de enfermagem ao paciente politraumatizado e queimado adulto iii

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Assistência de Enfermagem Assistência de Enfermagem ao paciente Politraumatizado ao paciente Politraumatizado

e Queimado e Queimado

Camila CoelhoCamila Coelho

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Atendimento inicial ao Atendimento inicial ao Politraumatizado Politraumatizado

No Brasil o trauma é a segunda No Brasil o trauma é a segunda causa geral de morte e a primeira abaixo causa geral de morte e a primeira abaixo dos 45 anos, sendo responsável por mais dos 45 anos, sendo responsável por mais de 90 mil mortes anuais, deixa mais de de 90 mil mortes anuais, deixa mais de 200 mil vítimas por ano com sequelas e 200 mil vítimas por ano com sequelas e consome mais anos de vida útil que as consome mais anos de vida útil que as doenças cardiovasculares e câncer.doenças cardiovasculares e câncer.

Page 3: Assistência de enfermagem ao paciente politraumatizado e queimado adulto iii

O atendimento ao O atendimento ao paciente vítima de trauma requer paciente vítima de trauma requer avaliação rápida e sistemática avaliação rápida e sistemática das lesões, com imediata das lesões, com imediata instituição de medidas instituição de medidas terapêuticas de suporte.terapêuticas de suporte.

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A morte decorrente do trauma A morte decorrente do trauma ocorre em três momentosocorre em três momentos

Primeiro pico: primeiros minutos após o trauma ( Primeiro pico: primeiros minutos após o trauma ( imediata) – lesões incompatíveis com a vida. imediata) – lesões incompatíveis com a vida.

Segundo pico: dentro de minutos a várias horas Segundo pico: dentro de minutos a várias horas após o trauma ( golden hour- necessidade após o trauma ( golden hour- necessidade imediata de avaliação e reanimação). As mortes imediata de avaliação e reanimação). As mortes ocorridas neste pico são chamadas mediata.ocorridas neste pico são chamadas mediata.

Terceiro pico: ocorre vários dias a semanas Terceiro pico: ocorre vários dias a semanas após o traumatismo inicial e corresponde após o traumatismo inicial e corresponde geralmente ao desenvolvimento de sepse ou geralmente ao desenvolvimento de sepse ou insuficiência de múltiplos órgãos e sistemas. insuficiência de múltiplos órgãos e sistemas. Consideradas mortes tardia.Consideradas mortes tardia.

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Integração/ equipe Integração/ equipe

Pré hospitalar/ hospitalarPré hospitalar/ hospitalar Comunicação antes da remoçãoComunicação antes da remoção Recursos humanos e materiais Recursos humanos e materiais Proximidade X Estrutura/ Suporte Proximidade X Estrutura/ Suporte

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Avaliação inicial Avaliação inicial

Exame primário/ reanimaçãoExame primário/ reanimaçãoMedidas auxiliares ao exame primário e Medidas auxiliares ao exame primário e

reanimaçãoreanimaçãoExame secundárioExame secundárioReavaliaçãoReavaliaçãoCuidados definitivosCuidados definitivos

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Exame primário/ reanimaçãoExame primário/ reanimação

Priorizar a assistência através da Priorizar a assistência através da sequencia lógica do ABCDE.sequencia lógica do ABCDE.

A – Vias aéreas com proteção da coluna A – Vias aéreas com proteção da coluna cervicalcervical

B- Respiração e ventilaçãoB- Respiração e ventilação

C- Circulação com controle da hemorragiaC- Circulação com controle da hemorragia

D- Avaliação neurológica D- Avaliação neurológica

E- Exposição controle do ambiente E- Exposição controle do ambiente

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A - Vias aéreas com proteção da A - Vias aéreas com proteção da coluna cervicalcoluna cervical

Avaliar Permeabilidade – perguntar o que Avaliar Permeabilidade – perguntar o que aconteceu para avaliar se a voz está normal aconteceu para avaliar se a voz está normal ( via aérea pérvia), se está com rouquidão ou ( via aérea pérvia), se está com rouquidão ou não responde ( via aérea comprometida).não responde ( via aérea comprometida).

Diagnosticar causas de obstrução ( aspiração Diagnosticar causas de obstrução ( aspiração de secreções e sangue, remoção de fragmentos de secreções e sangue, remoção de fragmentos de dentes, próteses dentárias ou outros corpos de dentes, próteses dentárias ou outros corpos estranhos; avaliação de feridas na cavidade oral estranhos; avaliação de feridas na cavidade oral e fraturas faciais, mandibular e traqueolaríngea.e fraturas faciais, mandibular e traqueolaríngea.

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Durante todas as manobras manter colar Durante todas as manobras manter colar cervicalcervical

Primeira medida para otimizar a permeabilidade Primeira medida para otimizar a permeabilidade da via aérea é a hiperextensão da mandíbula.da via aérea é a hiperextensão da mandíbula.

Paciente inconsciente deve ser mantido com Paciente inconsciente deve ser mantido com cânula de Guedel ( orofaríngea).cânula de Guedel ( orofaríngea).

Paciente com trauma neurológico exige o Paciente com trauma neurológico exige o estabelecimento de via aérea definitiva não estabelecimento de via aérea definitiva não cirúrgica ( intubação orotraqueal e nasotraqueal) cirúrgica ( intubação orotraqueal e nasotraqueal) e cirúrgica ( traqueostomia e e cirúrgica ( traqueostomia e cricotireoidostomia).cricotireoidostomia).

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Respiração e ventilação Respiração e ventilação

Após garantir a permeabilidade da via Após garantir a permeabilidade da via aérea, deve – se assegurar ventilação aérea, deve – se assegurar ventilação adequada considerando a participação adequada considerando a participação dos pulmões, parede torácica e diafragma.dos pulmões, parede torácica e diafragma.

Realizar exame de tórax ( inspeção, Realizar exame de tórax ( inspeção, palpação, percussão e ausculta). palpação, percussão e ausculta).

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C- Circulação com controle da C- Circulação com controle da hemorragiahemorragia

Verificar a presença de choque e Verificar a presença de choque e identificaridentificar

Avaliar o estado hemodinâmico:Avaliar o estado hemodinâmico: Nível de consciência ( agitação e Nível de consciência ( agitação e

sonolência)sonolência) Cor da pele ( palidez, pele fria e pegajosa Cor da pele ( palidez, pele fria e pegajosa Pulso ( rápido e filiforme sinais de Pulso ( rápido e filiforme sinais de

hipovolemia)hipovolemia)

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Confirmado o choque: Confirmado o choque: Dois acessos venosos de grosso calibre Dois acessos venosos de grosso calibre Reposição volêmica inicial é com Ringer Reposição volêmica inicial é com Ringer

lactato aquecidolactato aquecido Tipagem sanguínea/ prova cruzada Tipagem sanguínea/ prova cruzada Exames laboratoriais de rotina Exames laboratoriais de rotina Após ter iniciado reposição volêmica Após ter iniciado reposição volêmica

deve-se identificar a origem do deve-se identificar a origem do sangramento. sangramento.

Exames de imagem Exames de imagem

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D- Avaliação neurológicaD- Avaliação neurológica

Escala de glasgow:Escala de glasgow: Abertura ocularAbertura ocular Resposta verbalResposta verbal Resposta motora Resposta motora Varia de 3 a 15 Varia de 3 a 15 Exame pupilar Exame pupilar Midríase ou miose Midríase ou miose

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E- Exposição controle do ambienteE- Exposição controle do ambiente

Despir o pacienteDespir o paciente Avaliação geralAvaliação geral Evitar hipotermia Evitar hipotermia Manter imobilização cervical Manter imobilização cervical

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Medidas auxiliares ao exame Medidas auxiliares ao exame primário e a reanimação primário e a reanimação

ECGECGSondas vesicais ( durante a reanimação Sondas vesicais ( durante a reanimação

para avaliar débito urinário) exceto em para avaliar débito urinário) exceto em casos de lesão do meato uretral.casos de lesão do meato uretral.

Sondas gástricas ( esvaziar o estômago e Sondas gástricas ( esvaziar o estômago e diminuir o risco de aspiração).diminuir o risco de aspiração).

Monitorização ( pulso, PA, FR,TC, Monitorização ( pulso, PA, FR,TC, gasometria arterial e débito urinário)gasometria arterial e débito urinário)

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o Radiografias e procedimentos diagnóstico Radiografias e procedimentos diagnóstico

( raio x de tórax, pelve e coluna cervical ). ( raio x de tórax, pelve e coluna cervical ). o Transferência ( quando necessário e com Transferência ( quando necessário e com

segurança )segurança )

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Exame secundárioExame secundário

o Documentar história do pacienteDocumentar história do pacienteo Exame físico detalhadoExame físico detalhadoo exames complementares adicionaisexames complementares adicionais

Geralmente é realizado após procedimentos Geralmente é realizado após procedimentos cirúrgicocirúrgico

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ReavaliaçãoReavaliação

Atentar para possível agravamento Atentar para possível agravamento do quadro do paciente através do do quadro do paciente através do monitoramento de sinais vitais e exames.monitoramento de sinais vitais e exames.

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Paciente queimadoPaciente queimado

Camila coelho Camila coelho

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Queimaduras Queimaduras

Queimaduras são lesões dos tecidos Queimaduras são lesões dos tecidos orgânicos em decorrência de trauma de orgânicos em decorrência de trauma de origem térmica resultante da exposição a origem térmica resultante da exposição a chamas, líquidos quentes, superfícies chamas, líquidos quentes, superfícies quentes, frio, substâncias químicas, quentes, frio, substâncias químicas, radiação, atrito ou fricção.radiação, atrito ou fricção.

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ETIOLOGIAETIOLOGIA

Queimaduras térmicas;Queimaduras térmicas; Queimaduras químicas;Queimaduras químicas; Queimaduras elétricas;Queimaduras elétricas; Queimaduras por radiação;Queimaduras por radiação; Queimaduras por atrito.Queimaduras por atrito.

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CLASSIFICAÇÃO DAS CLASSIFICAÇÃO DAS QUEIMADURASQUEIMADURAS

As queimaduras podem ser As queimaduras podem ser classificadas quanto ao: classificadas quanto ao:

Agente causador Agente causador Profundidade ou grau Profundidade ou grau Extensão ou severidade Extensão ou severidade Localização e Localização e Período evolutivo.Período evolutivo.

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AGENTES CAUSADORES DE AGENTES CAUSADORES DE QUEIMADURAS QUEIMADURAS

Físicos: Físicos: temperatura: vapor, objetos temperatura: vapor, objetos aquecidos, água quente, chama, etc.aquecidos, água quente, chama, etc.eletricidade : corrente elétrica, raio, etc.eletricidade : corrente elétrica, raio, etc.radiação : sol, aparelhos de raios X, raios radiação : sol, aparelhos de raios X, raios ultra-violetas, nucleares, etc. ultra-violetas, nucleares, etc.

Químicos: Químicos: produtos químicos: ácidos, produtos químicos: ácidos, bases, álcool, gasolina, etc. e bases, álcool, gasolina, etc. e

Biológicos: Biológicos: animais: lagarta-de-fogo, animais: lagarta-de-fogo, água-viva, medusa, etc. e vegetais : o água-viva, medusa, etc. e vegetais : o látex de certas plantas, urtiga, etc. látex de certas plantas, urtiga, etc.

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CLASSIFICAÇÃO DAS LESÕES CLASSIFICAÇÃO DAS LESÕES

Lesão de Primeiro Grau Lesão de Primeiro Grau

Atinge a epiderme (camada mais Atinge a epiderme (camada mais externa) e não provoca alterações na externa) e não provoca alterações na hemodinâmica. Clinicamente caracteriza-hemodinâmica. Clinicamente caracteriza-se por eritema e dor local sem a presença se por eritema e dor local sem a presença de bolhas ou flictenas. Um bom exemplo é de bolhas ou flictenas. Um bom exemplo é a queimadura solar. a queimadura solar.

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Lesão de Segundo Grau Lesão de Segundo Grau Queimadura que atinge tanto a derme Queimadura que atinge tanto a derme

quanto a epiderme. A característica mais quanto a epiderme. A característica mais marcante é a presença de bolhas. marcante é a presença de bolhas.

Lesão de Segundo Grau Superficial: Lesão de Segundo Grau Superficial: Atinge epiderme e superfície da derme Atinge epiderme e superfície da derme apresentando lesões bolhosas eritematosas. apresentando lesões bolhosas eritematosas.

Lesão de Segundo Grau Profunda: Lesão de Segundo Grau Profunda: Acomete também uma porção mais profunda da Acomete também uma porção mais profunda da derme. As bolhas apresentam fundo de derme. As bolhas apresentam fundo de coloração violácea ou esbranquiçada. O coloração violácea ou esbranquiçada. O diagnóstico diferencial principal é com a lesão diagnóstico diferencial principal é com a lesão de terceiro grau ( queimaduras de segundo grau de terceiro grau ( queimaduras de segundo grau são dolorosas e as de terceiro grau não são dolorosas e as de terceiro grau não costumam doer). costumam doer).

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Lesão de Terceiro Grau Lesão de Terceiro Grau

É uma queimadura que acomete É uma queimadura que acomete todas as camadas da pele e pode atingir todas as camadas da pele e pode atingir também outros tecidos (subcutâneos também outros tecidos (subcutâneos músculos e ossos). A lesão característica músculos e ossos). A lesão característica apresenta-se com aspecto duro, apresenta-se com aspecto duro, inelástico, esbranquiçado , perda de inelástico, esbranquiçado , perda de sensibilidade no local e presença de sensibilidade no local e presença de vasos trombosados. Surge a cor preta, vasos trombosados. Surge a cor preta, devido a carbonização dos tecidos. devido a carbonização dos tecidos.

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Queimadura de terceiro grau com Queimadura de terceiro grau com escarotomia realizada em tóraxescarotomia realizada em tórax

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EXTENSÃO OU SEVERIDADE DA EXTENSÃO OU SEVERIDADE DA QUEIMADURAQUEIMADURA

O mais importante na queimadura é a O mais importante na queimadura é a extensão da pele queimada , ou seja, a extensão da pele queimada , ou seja, a área corporal atingida. área corporal atingida.

Baixa Baixa : menos de 15% da superfície : menos de 15% da superfície corporal atingida corporal atingida

Média Média : entre 15 e menos de 40% da pele : entre 15 e menos de 40% da pele coberta e coberta e

Alta Alta : mais de 40% do corpo queimado. : mais de 40% do corpo queimado.

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Regra dos nove Regra dos nove

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COMPLEXIDADE DAS COMPLEXIDADE DAS QUEIMADURASQUEIMADURAS

Pequeno queimadoPequeno queimado Considera-se como queimado de pequena Considera-se como queimado de pequena

gravidade o paciente com:gravidade o paciente com: • • Queimaduras de primeiro grau em qualquer Queimaduras de primeiro grau em qualquer

extensão, e/ouextensão, e/ou • • Queimaduras de segundo grau com área Queimaduras de segundo grau com área

corporal atingida até 5% em crianças menores corporal atingida até 5% em crianças menores de 12 anos e 10% em maiores de 12 anos. de 12 anos e 10% em maiores de 12 anos.

No pequeno queimado as repercussões No pequeno queimado as repercussões da lesão são locais.da lesão são locais.

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Médio queimadoMédio queimado Considera-se como queimado de média Considera-se como queimado de média

gravidade o paciente com:gravidade o paciente com: • • Queimaduras de segundo grau com área Queimaduras de segundo grau com área

corporal atingida entre 5% a 15% em menores corporal atingida entre 5% a 15% em menores de 12 anos e 10% a 20% em maiores de 12 de 12 anos e 10% a 20% em maiores de 12 anos, ouanos, ou

• • Queimaduras de terceiro grau com até 10% da Queimaduras de terceiro grau com até 10% da área corporal atingida em adultos, quando não área corporal atingida em adultos, quando não envolver face ou mão ou períneo ou pé, e envolver face ou mão ou períneo ou pé, e menor que 5% nos menores de 12 anos, oumenor que 5% nos menores de 12 anos, ou

• • Qualquer queimadura de segundo grau Qualquer queimadura de segundo grau envolvendo mão ou pé ou face ou pescoço ou envolvendo mão ou pé ou face ou pescoço ou axila.axila.

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Grande queimadoGrande queimado As repercussões da lesão manifestam-se de maneira As repercussões da lesão manifestam-se de maneira

sistêmica. Considera-se como queimado de grande sistêmica. Considera-se como queimado de grande gravidade o paciente com:gravidade o paciente com:

• • Queimaduras de segundo grau com área corporal Queimaduras de segundo grau com área corporal atingida maior do que 15% em menores de 12 anos ou atingida maior do que 15% em menores de 12 anos ou maior de 20% em maiores de 12 anos, oumaior de 20% em maiores de 12 anos, ou

• • Queimaduras de terceiro grau com mais de 10% da Queimaduras de terceiro grau com mais de 10% da área corporal atingida no adulto e maior que 5% nos área corporal atingida no adulto e maior que 5% nos menores de 12 anos, oumenores de 12 anos, ou

• • Queimaduras de períneo, ouQueimaduras de períneo, ou • • Queimaduras por corrente elétrica, ouQueimaduras por corrente elétrica, ou • • Queimaduras de mão ou pé ou face ou pescoço ou Queimaduras de mão ou pé ou face ou pescoço ou

axila que tenha terceiro grau.axila que tenha terceiro grau. Observação: Observação: É considerado também como grande É considerado também como grande

queimado o paciente que for vítima de queimadura de queimado o paciente que for vítima de queimadura de qualquer extensão que tenha associada a esta lesão qualquer extensão que tenha associada a esta lesão uma condição clínica que possa deteriorar seu estado uma condição clínica que possa deteriorar seu estado geral.geral.

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QUEIMADURAS QUE DEVEM SER QUEIMADURAS QUE DEVEM SER ENCAMINHADAS A UM CENTRO ENCAMINHADAS A UM CENTRO

ESPECIALIZADO DE QUEIMADOSESPECIALIZADO DE QUEIMADOS

• • Queimaduras de espessura parcial superiores a 10% da superfície Queimaduras de espessura parcial superiores a 10% da superfície corporal;corporal;

• • Queimaduras que envolvem a face, mãos, pés, genitália, períneo Queimaduras que envolvem a face, mãos, pés, genitália, períneo e/ou articulações importantes;e/ou articulações importantes;

• • Queimaduras de terceiro grau em grupos de qualquer idade;Queimaduras de terceiro grau em grupos de qualquer idade; • • Queimaduras causadas por eletricidade, inclusive aquelas Queimaduras causadas por eletricidade, inclusive aquelas

causadas por raio;causadas por raio; • • Queimaduras químicas;Queimaduras químicas; • • Lesão por inalação;Lesão por inalação; • • Queimadura em pacientes com problemas médicos preexistentes;Queimadura em pacientes com problemas médicos preexistentes; • • Qualquer paciente com queimaduras e trauma concomitante (tais Qualquer paciente com queimaduras e trauma concomitante (tais

como fraturas, etc.) no qual a queimadura apresenta o maior risco como fraturas, etc.) no qual a queimadura apresenta o maior risco de morbidade ou mortalidade;de morbidade ou mortalidade;

• • Crianças queimadas sendo tratadas em hospital sem pessoal Crianças queimadas sendo tratadas em hospital sem pessoal qualificado ou equipamentos para o cuidado do caso.qualificado ou equipamentos para o cuidado do caso.

Page 37: Assistência de enfermagem ao paciente politraumatizado e queimado adulto iii

TRATAMENTO DAS TRATAMENTO DAS QUEIMADURASQUEIMADURAS

PRIMEIRO ATENDIMENTO DO PRIMEIRO ATENDIMENTO DO PACIENTE QUEIMADOPACIENTE QUEIMADO

A A – Vias – Vias AAéreas éreas B B – – BBoa Respiração oa Respiração C C – – CCirculação irculação D D – – DDano Neurológico ano Neurológico E E – – EExposiçãoxposição

Page 38: Assistência de enfermagem ao paciente politraumatizado e queimado adulto iii

Cuidados imediatosCuidados imediatos Parar o processo da queimadura, retirando objetos que Parar o processo da queimadura, retirando objetos que

possam perpetuar o processo ( relógio, pulseira, anéis, possam perpetuar o processo ( relógio, pulseira, anéis, lentes de contato,etc.)lentes de contato,etc.)

Cuidados iniciaisCuidados iniciais Remoção de roupas queimadas ou intactas nas áreas Remoção de roupas queimadas ou intactas nas áreas

da queimadura;da queimadura; Avaliação clínica completa e registro do agente Avaliação clínica completa e registro do agente

causador da extensão e da profundidade da causador da extensão e da profundidade da queimadura;queimadura;

Analgesia: oral ou intramuscular no pequeno queimado Analgesia: oral ou intramuscular no pequeno queimado e endovenosa no grande queimado.e endovenosa no grande queimado.

Pesquisar história de queda ou trauma associado;Pesquisar história de queda ou trauma associado; Profilaxia de tétano;Profilaxia de tétano; Hidratação oral ou venosa (dependendo da extensão da Hidratação oral ou venosa (dependendo da extensão da

lesão).lesão).

Page 39: Assistência de enfermagem ao paciente politraumatizado e queimado adulto iii

Cuidados locaisCuidados locais ••Aplicação de compressas úmidas com soro fisiológico até alívio da Aplicação de compressas úmidas com soro fisiológico até alívio da

dor.dor. ••Remoção de contaminantesRemoção de contaminantes Verificar queimaduras de vias aéreas superiores, principalmente em Verificar queimaduras de vias aéreas superiores, principalmente em

pacientes com queimaduras de face.pacientes com queimaduras de face. • • Verificar lesões de córnea;Verificar lesões de córnea; • • Resfriar agentes aderentes com água corrente, mas não tentar a Resfriar agentes aderentes com água corrente, mas não tentar a

remoção imediata;remoção imediata; • • Em casos de queimaduras por agentes químicos, irrigar Em casos de queimaduras por agentes químicos, irrigar

abundantemente com água corrente de baixo fluxo (após retirar o abundantemente com água corrente de baixo fluxo (após retirar o excesso do agente químico em pó, se for o caso), por pelo menos excesso do agente químico em pó, se for o caso), por pelo menos 20 a 30 minutos. 20 a 30 minutos.

Após a limpeza das lesões, os curativos deverão ser realizados.Após a limpeza das lesões, os curativos deverão ser realizados.

Page 40: Assistência de enfermagem ao paciente politraumatizado e queimado adulto iii

Reposição hidro-eletrolítica Reposição hidro-eletrolítica (Grande Queimado)(Grande Queimado)

Cateterizar preferencialmente veia Cateterizar preferencialmente veia periférica de grosso calibre e calcular periférica de grosso calibre e calcular reposição inicial com Ringer lactato reposição inicial com Ringer lactato

AntibioticoterapiaAntibioticoterapia

Antibióticos são utilizados no caso de Antibióticos são utilizados no caso de uma suspeita clínica ou laboratorial de uma suspeita clínica ou laboratorial de infecção.Não utilizar antibiótico profilático.infecção.Não utilizar antibiótico profilático.

Page 41: Assistência de enfermagem ao paciente politraumatizado e queimado adulto iii

Cuidados de enfermagem ao Cuidados de enfermagem ao paciente queimadopaciente queimado

Garantir oxigenação e ventilação adequadaGarantir oxigenação e ventilação adequada Manter reposição volêmica adequadaManter reposição volêmica adequada Monitorizar sinais vitais Monitorizar sinais vitais Atentar para sinais de choque hipovolêmicoAtentar para sinais de choque hipovolêmico Avaliar débito urinárioAvaliar débito urinário Administrar vacina antitetânicaAdministrar vacina antitetânica Manter paciente aquecidoManter paciente aquecido

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Estudo de casoEstudo de caso

1- A.S.M. 68 ANOS DEU ENTRADA NO 1- A.S.M. 68 ANOS DEU ENTRADA NO PRONTO SOCORRO COM QUEIMADURAS PRONTO SOCORRO COM QUEIMADURAS DE ASPECTO HIPEREMIADO E BOLHOSO DE ASPECTO HIPEREMIADO E BOLHOSO NOS MMSS E MID. REFERIU TER SE NOS MMSS E MID. REFERIU TER SE ACIDENTADO COM AGUA QUENTE. ACIDENTADO COM AGUA QUENTE. CLASSIFIQUE ESTE CASO QUANTO AO CLASSIFIQUE ESTE CASO QUANTO AO AGENTE CAUSADOR, PROFUNDIDADE, AGENTE CAUSADOR, PROFUNDIDADE, EXTENSAO OU SEVERIDADE E EXTENSAO OU SEVERIDADE E COMPLEXIDADE DA QUEIMADURA:COMPLEXIDADE DA QUEIMADURA:

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CASO 1CASO 1

AGENTE CAUSADOR : FISICOAGENTE CAUSADOR : FISICOPROFUNDIDADE: LESAO DE SEGUNDO PROFUNDIDADE: LESAO DE SEGUNDO

GRAUGRAUEXTENSAO OU SEVERIDADE: MSD- 18%EXTENSAO OU SEVERIDADE: MSD- 18% MSE- 18%MSE- 18% MID- 18%MID- 18% T- 54%T- 54%SEVERIDADE ALTASEVERIDADE ALTAGRANDE QUEIMADO- queimadura de 2 grau GRANDE QUEIMADO- queimadura de 2 grau

mais que 20% mais que 20%

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ESTUDO DE CASOESTUDO DE CASO

2- A.S.C. 25 ANOS, DIABETICO FOI 2- A.S.C. 25 ANOS, DIABETICO FOI ADMITIDO EM CLINICA MEDICA ADMITIDO EM CLINICA MEDICA DEVIDO QUEIMADURA COM ACIDO, DEVIDO QUEIMADURA COM ACIDO, NA MAO DIREITA ASPECTO DA LESAO NA MAO DIREITA ASPECTO DA LESAO HIPEREMIADA COM BOLHAS. HIPEREMIADA COM BOLHAS. CLASSIFIQUE ESTE CASO:CLASSIFIQUE ESTE CASO:

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CASO 2CASO 2

AGENTE CAUSADOR : QUIMICOAGENTE CAUSADOR : QUIMICO

PROFUNDIDADE: LESAO DE SEGUNDO PROFUNDIDADE: LESAO DE SEGUNDO GRAUGRAU

EXTENSAO OU SEVERIDADE: MAO- 4%EXTENSAO OU SEVERIDADE: MAO- 4%

Palma da mao 1%Palma da mao 1%

SEVERIDADE BAIXASEVERIDADE BAIXA

GRANDE QUEIMADO- DIABETICOGRANDE QUEIMADO- DIABETICO

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