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Marcos Thadeu Abicalil Assessor Técnico Os impactos do saneamento na vida urbana e suas relações com a sociedade Seminário Internacional de Saneamento e Desenvolvimento São Paulo, 07 de novembro de 2006 Associação das Empresas de Saneamento Básico Estaduais

Associação das Empresas de Saneamento Básico Estaduais

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Marcos Thadeu Abicalil Assessor Técnico Os impactos do saneamento na vida urbana e suas relações com a sociedade Seminário Internacional de Saneamento e Desenvolvimento São Paulo, 07 de novembro de 2006. Associação das Empresas de Saneamento Básico Estaduais. A Associação. - PowerPoint PPT Presentation

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Page 1: Associação das Empresas de Saneamento Básico Estaduais

Marcos Thadeu AbicalilAssessor Técnico

Os impactos do saneamento na vida urbanae suas relações com a sociedade

Seminário Internacional de Saneamento e Desenvolvimento São Paulo, 07 de novembro de 2006

Associação das Empresas de Saneamento Básico Estaduais

Page 2: Associação das Empresas de Saneamento Básico Estaduais

A AssociaçãoAssociadas CORSAN – Rio Grande do SulCASAN – Santa

CatarinaSANEPAR –

ParanáSABESP – São

PauloSANESUL – Mato

Grosso do SulCEDAE – Rio de

JaneiroCESAN – Espírito

SantoCOPASA – Minas

GeraisSANEAGO – GoiásCAESB – Distrito

FederalEMBASA – Bahia

SANEATINS – TocantinsCAERD – Rondônia

DESO – SergipeCASAL – Alagoas

COMPESA – Pernambuco

AGESPISA – PiauíCAGEPA – Paraíba

CAERN – Rio Grande do NorteCAGECE – Ceará

CAEMA – Maranhão

COSANPA – ParáCAESA – AmapáCAER - Roraima

C O M P A N H IA D E Á G UA S E E S G O TO S D O R IO GR A N D E D O N O R TE

• 24 empresas associadas• Em água: 3900 municípios, 103 milhões de pessoas atendidas,

cobertura média de 94,8% (média nacional 92,5%), 75,6% das ligações existentes

• Em esgotamento sanitário: 893 municípios, maiores e médios (onde se concentra o problema), 45 milhões de pessoas atendidas, cobertura média de 55,8% (média nacional 56,1%) em coleta, com índice de tratamento de 72,4% (média nacional 35,6%); 55% das ligações existentes no país.

• Economia (SNIS – 93,2% mercado): 82% das receitas, 84% dos investimentos realizados (18% das receitas operacionais, excluindo subvenções)

• Presta serviços em 92% dos 1.000 municípios mais pobres do país (IDH)

• 6 empresas já com regulador independente– Caern, Caesb, Cagece, Compesa, Saneatins, Saneago

– Outras empresas em processo (Corsan e Sabesp)

– 6 outros estados com estruturas regulatórias aptas a regular saneamento

Page 3: Associação das Empresas de Saneamento Básico Estaduais

O Brasil:

País federado, formado pela União, 26 estados, Distrito Federal e 5.561 municípios, todos entes federados autônomos

Responsabilidades federativas pelo saneamento são divididas:

todos contribuem para melhorar as condições

titulares são municípios, nos serviços locais

e estados, nos serviços comuns (integrados)

Disputas

União define diretrizes gerais

O saneamento:

Serviço público, de caráter essencial e com características de universalidade

Do tipo industrial de utilidade pública

Baseado em economia de rede – infra-estrutura

Fortes externalidades

Presença de custos irrecuperáveis

Monopólio natural permanente

Centralidade do tema e dos instrumentos da regulação

Page 4: Associação das Empresas de Saneamento Básico Estaduais

A história, últimos 30 anos:

forte urbanização e crescimento populacional, com esforço para ampliar cobertura:

• população urbana cresceu 2,6 vezes, ( 76,7 milhões )

• abastecimento de água cresceu 3,9 vezes (92,3 milhões e equivalente ao México)

• rede de esgotamento sanitário cresceu 6,7 vezes (65,7 milhões e equivalente a Turquia)

evolução atendimento urbano saneamento básico

52,1

80,9

111,0

138,0

31,5

64,1

95,8

123,9

11,6

29,9

53,2

77,3

0102030405060708090

100110120130140150

1970 1980 1991 2000

milhões d

e p

essoas

população urbana atendimento urbano água atendimento urbano rede esgoto

Page 5: Associação das Empresas de Saneamento Básico Estaduais

0

20.000.000

40.000.000

60.000.000

80.000.000

100.000.000

120.000.000

140.000.000

160.000.000

1940 1950 1960 1970 1980 1991 2000

Período

Ha

bit

an

tes

População Urbana População Urbana Atendida por Água

População Urbana Atendida por Esgoto

Page 6: Associação das Empresas de Saneamento Básico Estaduais

Na última década, apesar da queda no volume de investimentos, há crescimento pequeno, mas constante, das redes de coletoras de esgotos, crescimento forte do tratamento de esgotos

Volume de esgoto faturado (1.000m3/ano) 1995-2004

0,00

500.000,00

1.000.000,00

1.500.000,00

2.000.000,00

2.500.000,00

3.000.000,00

1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004

ano

volum

e

-

10,00

20,00

30,00

40,00

50,00

60,00

70,00

volume esgoto faturado volume esgoto tratado % esgoto tratado s/coletado

Page 7: Associação das Empresas de Saneamento Básico Estaduais

Efeitos do atendimento da demanda: universalização, no tempo, reduz esforço anual, mas cria problemas sociais (posterga atendimento) e econômicos (reposição, que não gera receita nova):

em 10 anos: R$124 bilhões, média anual de R$12,4 bilhões – 0,88% PIB

reposição 32%

em 15 anos: R$151 bilhões, média anual de R$10,0 bilhões – 0,71% PIB

reposição 35%

em 20 anos: R$178 bilhões, média anual de R$8,9 bilhões – 0,63% PIB

reposição 38%

Investimentos insuficientes (média anual):

2001-03 – 0,18% PIB

1995-2000 – 0,25% PIB

1991-1994 – 0,13% PIB

anos 80 – 0,28% PIB

anos 70 – 0,34% PIB

Recuperação também insuficiente:

projeção 2004-2007 – 0,30% PIB ao ano, realizados 0,20% PIB

0,19%

Page 8: Associação das Empresas de Saneamento Básico Estaduais

Efeitos do atendimento da demanda: custo dos impactos na saúde decorrentes da inadequação do saneamento básico e da higiene:

R$14,2 bi / 1% PIB (Banco Mundial), sendo 58% morbidade e 31% mortalidade infantil (<5) de doenças diarréicas

45% em tratamento médico (R$6,4 bi), 40% perda de tempo e 10% em perda de bem estar

20% da mortalidade infantil seria atribuível a inadequados saneamento básico e higiene

Redução média da mortalidade infantil em 55% (Esrey, OMS, 91).

Boa higiene doméstica pode reduzir mortalidade infantil em 44% (Curtis, 2002)

Se associados a outras políticas públicas:

mães alfabetizadas e acesso a água potável reduzem mortalidade infantil em 40% (Esrey, OMS, 1988)

Ação da Pastoral da Criança (CNBB), mortalidade infantil cai de 52/1000, em 1991, para 13/1000, em 2000

29,6 média nacional

Page 9: Associação das Empresas de Saneamento Básico Estaduais

Evolução Internações e Óbitos em crianças até 9 anos, por doenças ligadas ao saneamento e higiene

internações e óbitos crianças até 9 anos, doenças ligadas ao saneamento e higiene, DATASUS, 1998-2005

3742

,01

3844

,91

3764

,65

3982

,34

4125

,7

4080

,69

3786

,99

3878

,43

2796

2369

1756

1535

1617 18

20

1645

1456

0

500

1000

1500

2000

2500

3000

3500

4000

4500

1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005

0%

5%

10%

15%

20%

25%

total internções/100 total óbitos % internações percentual óbitos

Page 10: Associação das Empresas de Saneamento Básico Estaduais

Cenários das empresas estaduaisRestrições regulatórias crescentes,

graus de liberdade do prestador decrescentes

Anos 70 Anos 80 Anos 90 Anos 2000

$

Reg

ras,

re

striç

ões

Planasa Crise Transição ????????

0,34%PIB 0,28%

PIB 0,20%PIB 0,19%

PIB

Leis:ConcessõesConsumidor

Leis:ConsórciosTributaçãoAgências Reg.Regras Meio amb.Regras Saúde Saneamento?

Fim BNHConstituição

Page 11: Associação das Empresas de Saneamento Básico Estaduais

Onde estamos e o que falta para atingir os objetivos

Como resultado da estagnação dos níveis de cobertura dos serviços urbanos e queda nos serviços rurais de saneamento básico, há um aumento do déficit total (urbano e rural) de acesso aos serviços de abastecimento de água e de esgotamento sanitário.

Page 12: Associação das Empresas de Saneamento Básico Estaduais

Onde estamos e o que falta para atingir os objetivos

Mantendo-se o atual ritmo de expansão dos serviços identificado pelo IBGE, universalização somente será alcançada em 2060, sendo:

• água urbana – 2034• esgoto urbano – 2054• atendimento rural – 2060

Page 13: Associação das Empresas de Saneamento Básico Estaduais

Onde estamos e o que falta para atingir os objetivos

Ainda mais grave, o déficit urbano em esgotamento sanitário deverá crescer até 2018 (só rede) ou 2014 (incluindo fossas sépticas).Em 2024 (meta de universalização do PPA) deverão ainda estar sem serviços urbanos de água 5,3 milhões de pessoas, sem redes coletoras 71,8 milhões, e sem redes coletoras ou fossas sépticas cerca de 30 milhões de pessoas.

projeção déficit urbano saneamento básico

5.333.872

11.538.326

2018

72.579.861 71.793.77265.706.515

44

.31

5.8

18

2009

33.520.077

2024

30.054.432 32.725.972

-

10.000.000

20.000.000

30.000.000

40.000.000

50.000.000

60.000.000

70.000.000

80.000.000

déficit urbano água déficit urbano esgoto - rede déficit urbano esgoto - rede + fossa séptica

Page 14: Associação das Empresas de Saneamento Básico Estaduais

Taxa de Investimentos em Saneamento Básico como % do PIB 1990-2005

0

0,05

0,1

0,15

0,2

0,25

0,3

0,35

0,4

0,45

1990

1991

1992

1993

1994

1995

1996

1997

1998

1999

2000

2001

2002

2003

2004

2005 (

p)

Onde estamos e o que falta para atingir os objetivos

Para cumprir meta de 2024, teríamos que investir 0,63% do PIB ao ano. Temos conseguido fazer apenas 0,20% do PIB, e o melhor resultado da década (1998) foi de 0,37% do PIB.

Page 15: Associação das Empresas de Saneamento Básico Estaduais

Onde estamos e o que falta para atingir os objetivos

Análise e projeções da PNAD reafirmam análise com base em dados de investimentos. Cenários de crescimento exigem mudanças nas políticas setoriais.

Page 16: Associação das Empresas de Saneamento Básico Estaduais

Uma política de saneamento que objetive a expansão e a universalização do acesso aos serviços precisa superar grandes desafios:

Page 17: Associação das Empresas de Saneamento Básico Estaduais

carga tributária federal em saneamento% receita operacional bruta

3,494,11

6,65

13,0011,98 11,85

16,25

17,44

PIS-COFINS 3,48

PIS-COFINS 7,13

-

2,00

4,00

6,00

8,00

10,00

12,00

14,00

16,00

18,00

20,00

2001 2002 2003 2004 2005

Desafios reaisReduzir custos e tributos

O esforço para reduzir custos operacionais tem sido anulado por gastos não controlados.O aumento de tributos federais (média 17,4% das receitas) onerou muito o setor, especialmente o PIS/COFINS (média 7,13% das receitas).

Page 18: Associação das Empresas de Saneamento Básico Estaduais

Desafios reaisReduzir custos e tributos

Como resultado, o valor pago em tributos federais agora supera, em muito, as subvenções federais. Ou seja, o saneamento passou a ser financiador líquido do Governo Federal. Só PIS-COFINS, nos últimos 3 anos, superou investimentos do OGU em R$860 milhões, consumindo ainda o equivalente a 32% dos investimentos das empresas

CESBs - investimentos e PIS-COFINS

348,6 391,0521,7

923,51090

2792,42651,1

3400

3004,8

2437,612,514,7

21,4

32,130,7

0,0

500,0

1000,0

1500,0

2000,0

2500,0

3000,0

3500,0

4000,0

2001 2002 2003 2004 20050,0

5,0

10,0

15,0

20,0

25,0

30,0

35,0

investimentos CESBs PIS-COFINS CESBs %

2.312.058.900,00

898.442.000,00348.604.725,56

1.090.642.411,78

-

500.000.000,00

1.000.000.000,00

1.500.000.000,00

2.000.000.000,00

2.500.000.000,00

2001 2002 2003 2004 2005

OGU

PIS-COFINS

Page 19: Associação das Empresas de Saneamento Básico Estaduais

Desafios reaisReestruturar tarifas

Nos últimos anos, as tarifas médias reais (deflacionadas) têm caído, em consumo e por cliente. Os valores não conseguem acompanhar as taxas de inflação. É preciso reestruturar tarifas, protegendo usuários vulneráveis e evitar saída de grandes consumidores.

Receita mensal por cliente

-15,00

-10,00

-5,00

0,00

5,00

10,00

15,00

20,00

25,00

30,00

35,00

1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004

R$

e %

Receita mensal por cliente R$ Variação sobre ano anterior % IPCA %

Receita por m³ (água e esgotos)

1,20 1,45 1,481,56

1,48 1,501,41

1,44 1,481,5

8

-10,00

-5,00

0,00

5,00

10,00

15,00

20,00

25,00

1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004

Receita por m³ (a+e) R$ Variação sobre ano anterior % IPCA %

Page 20: Associação das Empresas de Saneamento Básico Estaduais

clientes água e esgotos

9,4 9,7 10,3 11,1 12,0 12,2 12,7 13,4 13,8

23,324,6 25,4 26,6 27,5 28,0 28,8 29,8 30,4

0,0

5,0

10,0

15,0

20,0

25,0

30,0

35,0

1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003

clientes esgotos clientes água

Desafios reaisReestruturar tarifas

Apesar do expressivo crescimento do mercado em 10 anos (+ 6,9 mihões clientes em água e + 4,4 milhões em esgotos), o consumo médio mensal por cliente caiu 29%, mostrando importante alteração na estrutura da demanda.

0,00

5,00

10,00

15,00

20,00

25,00

m³ 20,39 18,14 18,86 16,91 15,55 14,14 14,37 14,62 14,48

1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003

Page 21: Associação das Empresas de Saneamento Básico Estaduais

Desafios reaisReestruturar tarifas

As receitas tem subido acompanhando o crescimento do mercado, mas em proporção menor. A arrecadação permanece com problema, em função da elevada inadimplência, maior nas Regiões Norte e Nordeste e no segmento público de usuários.

Receitas e Arrecadação - CESBs - 1995-2005 - R$ de 2004

-

2.000.000.000,00

4.000.000.000,00

6.000.000.000,00

8.000.000.000,00

10.000.000.000,00

12.000.000.000,00

14.000.000.000,00

16.000.000.000,00

1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004

80,00

82,00

84,00

86,00

88,00

90,00

92,00

94,00

96,00

ROT ARC %

EVOLUÇÃO RECEITAS E CLIENTES - CESBs - 1995-2004 - R$ de 2005

-

2.000.000.000,00

4.000.000.000,00

6.000.000.000,00

8.000.000.000,00

10.000.000.000,00

12.000.000.000,00

14.000.000.000,00

16.000.000.000,00

1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004

0

5000000

10000000

15000000

20000000

25000000

30000000

35000000

40000000

45000000

50000000

RO A RO E ROT CL E CL A CL T

Page 22: Associação das Empresas de Saneamento Básico Estaduais

Até 400(1)

Mais de4 000

a6 000

Mais de6 000

Despesa total 100,00 100,00 100,00 100,00 Despesas correntes 93,26 97,15 93,27 88,89 Habitação 29,26 37,15 26,76 22,79 Aluguel 13,54 17,27 11,46 10,08 Serviços e taxas 7,60 8,93 7,63 5,67 Energia elétrica 2,21 3,02 1,84 1,21 Telefone fixo 1,79 0,91 1,86 1,22 Telefone Celular 0,63 0,16 0,95 0,90 Gás doméstico 1,13 3,18 0,52 0,32 Água e esgoto 0,78 1,46 0,51 0,29 Outros 1,06 0,20 1,95 1,73 Transporte 15,19 8,15 18,05 17,26 Urbano 2,38 3,94 1,47 0,87

Despesa total 1 778,03 454,70 4 445,42 8 721,91 Despesas correntes 1 658,27 441,75 4 146,33 7 752,50 Habitação 520,22 168,92 1 189,44 1 987,85 Aluguel 240,83 78,54 509,30 879,38 Serviços e taxas 135,18 40,61 339,25 494,89 Energia elétrica 39,27 13,71 81,95 105,64 Telefone fixo 31,86 4,15 82,51 106,38 Telefone Celular 11,29 0,74 42,42 78,46 Gás doméstico 20,03 14,48 23,25 27,88 Água e esgoto 13,85 6,63 22,46 25,58 Outros 18,88 0,89 86,67 150,96 Transporte 270,16 37,08 802,61 1 505,24 Urbano 42,31 17,90 65,13 76,26Número de famílias 48 534 638 7 949 351 2 236 892 2 467 262Tamanho médio da família 3,62 3,34 3,72 3,63POF - Pesquisa de Orçamento Familiar - IBGE/2003

por classes de rendimento monetário e não-monetário mensal Distribuição da despesa monetária e não-monetária média mensal

Tipos de despesa

Distribuição da despesa monetária e não-monetária média mensal familiar (%)

Total

Classes de rendimento monetário e não-monetário mensal familiar

segundo os tipos de despesa - Brasil

Despesa total 100,00 100,00 100,00 100,00 Despesas correntes 93,26 97,15 93,27 88,89 Habitação 29,26 37,15 26,76 22,79 Aluguel 13,54 17,27 11,46 10,08 Serviços e taxas 7,60 8,93 7,63 5,67 Energia elétrica 2,21 3,02 1,84 1,21 Telefone fixo 1,79 0,91 1,86 1,22 Telefone Celular 0,63 0,16 0,95 0,90 Gás doméstico 1,13 3,18 0,52 0,32 Água e esgoto 0,78 1,46 0,51 0,29 Outros 1,06 0,20 1,95 1,73 Transporte 15,19 8,15 18,05 17,26 Urbano 2,38 3,94 1,47 0,87

Até 400(1)

Mais de4 000

a6 000

Mais de6 000

Despesa total 1 778,03 454,70 4 445,42 8 721,91 Despesas correntes 1 658,27 441,75 4 146,33 7 752,50 Habitação 520,22 168,92 1 189,44 1 987,85 Aluguel 240,83 78,54 509,30 879,38 Serviços e taxas 135,18 40,61 339,25 494,89 Energia elétrica 39,27 13,71 81,95 105,64 Telefone fixo 31,86 4,15 82,51 106,38 Telefone Celular 11,29 0,74 42,42 78,46 Gás doméstico 20,03 14,48 23,25 27,88 Água e esgoto 13,85 6,63 22,46 25,58 Outros 18,88 0,89 86,67 150,96 Transporte 270,16 37,08 802,61 1 505,24 Urbano 42,31 17,90 65,13 76,26Número de famílias 48 534 638 7 949 351 2 236 892 2 467 262Tamanho médio da família 3,62 3,34 3,72 3,63POF - Pesquisa de Orçamento Familiar - IBGE/2003

Tipos de despesae

características das famílias

Despesa monetária e não-monetária média mensal familiar (R$)

Total

Classes de rendimento monetário e não-monetário mensal familiar

Desafios reaisReestruturar tarifas

Dados do IBGE também comprovam a redução no valor real das tarifas, que são as mais baixas entre todos os serviços públicos, como transportes, energia, gás e telefonia.

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Desafios reaisFinanciamento Investimentos

O desafio dos investimentos: nos últimos governos é comum a inconstância nos investimentos federais, com mini-ciclos expansivos e recessivos, em função da gestão fiscal. Mesmos nos mini-ciclos expansivos, os investimentos permaneceram insuficientes e em volume muito abaixo das necessidades do setor.

Investimento Federal em Saneamento (água e esgotos) - FGTS e OGU - 1995/2005 - R$ milhões, preços constantes de 2005 (p/IPCA)

-

500,00

1.000,00

1.500,00

2.000,00

2.500,00

3.000,00

3.500,00

1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005

OGU - empenho liquidado FGTS - desembolso Total Federal

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Desafios reaisFinanciamento Investimentos

Como resultado da queda nos investimentos federais em saneamento básico (de 0,20% do PIB em 1998 para 0,08% do PIB em 2005), cairam também os investimentos totais do setor, de 0,37% do PIB em 1998 para 0,22% do PIB em 2005.

Investimento em Saneamento Básico - % do PIB - 1995-2005

0,13

0,20

0,30

0,220,20 0,20 0,21

0,19 0,190,22

0,37

-

0,05

0,10

0,15

0,20

0,25

0,30

0,35

0,40

FGTS

OGU

Total Federal

Empresas Estaduais

todos prestadores -SNIS

FGTS 0,03 0,02 0,06 0,11 0,05 0,03 0,01 0,02 0,01 0,01 0,03

OGU 0,02 0,08 0,09 0,10 0,06 0,05 0,16 0,07 0,02 0,03 0,05

Total Federal 0,04 0,10 0,14 0,20 0,11 0,07 0,17 0,09 0,03 0,04 0,08

Empresas Estaduais 0,11 0,18 0,29 0,36 0,21 0,19 0,19 0,17 0,16 0,17 0,20

todos prestadores - SNIS 0,13 0,20 0,30 0,37 0,22 0,20 0,20 0,21 0,19 0,19 0,22

1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005

Page 25: Associação das Empresas de Saneamento Básico Estaduais

Desafios reaisMacroeconomia

• Restrições de ordem macroeconômica contingenciam o volume de crédito disponível ao setor público. Os limites de endividamento imposto pela Lei de Responsabilidade Fiscal e por suas regulamentações restringem sua capacidade de investimento.

• Res. C.M.N. nº 2827, com alterações só está permitindo contratações até R$ 2,2 bilhões (desde 2005)

• Exceções para estatais não dependentes para contrapartida de empréstimos internacionais e licitação internacional;• Captação de recursos por meio da emissão de títulos e valores mobiliários, de acordo com normas da C.V.M.

• Portaria 614/2006 da STN – limita garantias em operações de PPP

• É preciso superar esse desafio, uma vez que, embora importante, as PPP não substituirão os serviços estatais, sim os complemantarão.

• Facilitar operações de mercado• Repensar e aprofundar conceito de “estatal não dependente”

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Desafios reaisMacroeconomia

• Projeções otimistas do setor privado (ABCON) indicam que o mercado potencial privado (concessões) no país poderá alcançat 30% do mercado potencial (mercado atual + expansão).

• não indica qual proporção do mercado privado entre o atual e o potencial (mais difícil, esgotos e pobreza)

• Ou seja, no mínimo 70% do mercado total permaneceriam sob responsabilidade de prestadores públicos.

•Resolver o setor passa, necessariamente, por superar todos os desafios colocados, mas depende também de uma saída para as restrições macroeconômicas

• proposta – desenvolver o conceito de empresas estatais não dependentes, com uma nova regulamentação corporativa e impacto nas contas públicas (dívida e superávit).• tipo de empresa, origem das receitas, cobertura dos gastos, governança corporativa, abertura do capital, regulação independente, etc.• há experiências interessantes – OCDE, CE.

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• Definição Titularidade• A dúvida envolveria cerca de 750 municípios do país, 435 no semi-árido

nordestino, sobre os quais pouco se menciona.» O conflito, no entanto, se limita a alguns poucos casos, onde o tema central não

é serviço, e sim o seu valor econômico

» A solução do conflito está em curso, no julgamento do STF que deve ser concluído nos próximos meses.

• No STF, 3 votos proferidos, 11 a proferir» É difícil falar em tendência, se pode analisar os três votos proferidos.

» Esses votos têm vários pontos em comum, e, SMJ, poucas divergências.

» Em comum, todos reconhecem: saneamento básico como água e esgotos, pode ser serviço comum, sendo comum não é de um município isoladamente, o seu centro de poder é indivisível, a decisão deve ser compartilhada.

» As divergências: serviço comum é serviço do Estado (MC), não é do Estado e, embora indivisível, é do conjunto dos municípios (NJ), ou é de ambos

paritariamente (JB).

Desafios reaisRegulação

Page 28: Associação das Empresas de Saneamento Básico Estaduais

Desafios reaisRegulação

As boas notícias e perspectivas: Impasse no Congresso superado,

PLS 219 ou PL 7361 já votado e aprovado por unanimidade no Senado, aguardando liberação da pauta e acordo de líderes para votação na Câmara dos Deputados Possível aprovação final ainda este ano Desafios regulatórios então se dirigem à implementação da lei, especialmente nos Estados e Municípios Alguns detalhamentos importantes sobre planejamento, regulação, serviços e tarifas regionais, proteção de ativos; Apoio de grupo majoritário de entidades do setor: Aesbe, Abes, Abdib, Abcon, Cni, Sinaenco, Cbic, Aprelpe, Sindesama, Selurb; apoio político do Fórum de Secretários Estaduais de Saneamento e dos Presidentes da CD e do SF. Governo finalmente cedeu e participou do acordo

Page 29: Associação das Empresas de Saneamento Básico Estaduais

• O que pode, o que deve e o que vem sendo feito neste tema• Soluções de parceria contratualizadas

» Arranjos público-público, tais como:» Grande Vitória» Curitiba e Sanepar» São Bernardo e Sabesp» Belo Horizonte e Copasa» Goiânia e Saneago» Recife e Compesa» Fortaleza e Cagece

• Estrutura regulatória» Agências Estaduais independentes funcionando, de fato, inclusive para tarifas:» ARCE regulando Cagece, ARPE regulando Compesa, ADHASA regulando Caesb, AGR

regulando Saneago, e agora CORSANPA regulando Sabesp

• Arranjos para financiamento» PPP na Embasa e na Sabesp» Operações Estruturadas com SPE (vários tipos)» Operações no Mercado de Capitais (Copasa a mais recente)

Desafios reaisRegulação

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Muito obrigado!

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