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ASSOCIAÇÃO NACIONAL DOS ADVOGADOS - Duarte, Estanislau Luciano de Oliveira, Fernando Abs da Cruz, ... (Londrina) |Dioclécio ... lançamentos editoriais e revelações na abertura

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Conselho Editorial: Álvaro Sérgio Weiler Junior, Anna Claudia de Vasconcellos, Carlos Castro, DaviDuarte, Estanislau Luciano de Oliveira, Fernando Abs da Cruz, Isabella Gomes Machado, Jair Men-des, Júlio Greve, Luciano Caixeta Amâncio, Marcelo Dutra Victor e Roberto Maia|Jornalista res-ponsável: Mário Goulart Duarte (Reg. Prof. 4662) - E-mail: [email protected].|Projetográfico: Eduardo Furasté|Editoração eletrônica: José Roberto Vazquez Elmo|Capa e contracapa:Eduardo Furasté|Ilustrações: Ronaldo Selistre|Tiragem: 1.000 exemplares| Impressão: Gráfi-ca Pallotti|Periodicidade: Mensal.A ADVOCEF em Revista é distribuída aos advogados da CAIXA, a entidades associativas e a instituiçõesde ensino e jurídicas.

Junho | 20112

www.advocef.org.br – Discagem gratuita 0800.601.3020

ASSOCIAÇÃO NACIONAL DOS ADVOGADOSDA CAIXA ECONÔMICA FEDERAL

DIRETORIA EXECUTIVA 2011-2012Presidente: Carlos Alberto Regueira de Castro e Silva (Recife)Vice-Presidente: Anna Claudia de Vasconcellos (Florianópolis)1º Secretário: Luciano Caixeta Amâncio (Brasília)2º Secretário: Jair Oliveira Figueiredo Mendes (Salvador)1º Tesoureiro: Isabella Gomes Machado(Brasília)2º Tesoureiro: Estanislau Luciano de Oliveira (Brasília)Diretor de Articulação e Relacionamento Institucional:Júlio Vitor Greve (Brasília)|[email protected] de Comunicação, Relacionamento Interno e Eventos:Roberto Maia (Porto Alegre)|[email protected] de Honorários Advocatícios:Álvaro Sérgio Weiler Junior (Porto Alegre)|[email protected] de Negociação Coletiva:Marcelo Dutra Victor (Belo Horizonte)|[email protected] de Prerrogativas:Pedro Jorge Santana Pereira (Recife)|[email protected] Jurídico:Fernando da Silva Abs da Cruz (Porto Alegre)|[email protected] Social:Elenise Peruzzo dos Santos (Porto Alegre)|[email protected] REGIONAISBianco Souza Morelli (Aracaju)|Tânia Maria Trevisan (Bauru)|Patrick Ruiz Lima(Belém)|Leandro Clementoni da Cunha (Belo Horizonte)|Júlio Vitor Greve(Brasília)|Ricardo Tavares Baraviera (Brasília)|Lya Rachel Basseto Vieira(Campinas)|Alfredo de Souza Briltes (Campo Grande)| Daniele Cristina das Neves(Cascavel)|Juel Prudêncio Borges (Cuiabá)| Susan Emily Iancoski Soeiro(Curitiba)|Edson Maciel Monteiro (Florianópolis)|Maria Rosa de Carvalho Leite Neta(Fortaleza)|Ivan Sergio Porto Vaz (Goiânia)|Isaac Marques Catão (JoãoPessoa)|Rodrigo Trezza Borges (Juiz de Fora)|Altair Rodrigues de Paula(Londrina)|Dioclécio Cavalcante Neto (Maceió)|Raimundo Anastácio Carvalho DutraFilho (Manaus)|José Irajá de Almeida (Maringá)|Carlos Roberto de Araujo(Natal)|Daniel Burkle Ward (Niterói)|João Batista Gabbardo (Novo Hamburgo)|PabloDrum (Porto Alegre)|Bruno Ricardo Carvalho de Souza (Porto Velho)|Justiniano Diasda Silva Júnior (Recife)|Sandro Endrigo Chiarotti (Ribeirão Preto)|Carlos Eduardo LeiteSaboya (Rio de Janeiro)|Jair Oliveira Figueiredo Mendes (Salvador)|Fabio Radin(Santa Maria)|Antonio Carlos Origa Júnior (São José do Rio Preto)|Flávia ElisabeteKarrer (São José dos Campos)|Virginia Neusa Lima Cardoso (São Luís)|RolandGomes Pinheiro da Silva (São Paulo)|Edvaldo Martins Viana Júnior (Teresina)|TiagoNeder Barroca (Uberaba)|Luciola Pereira Vaconcelos (Uberlândia)|Angelo RicardoAlves da Rocha (Vitória)|Aldir Gomes Selles (Volta Redonda)CONSELHO DELIBERATIVOMembros efetivos:Davi Duarte (Porto Alegre), Renato Luiz Harmi Hino (Curitiba),Alfredo Ambrósio Neto (Goiânia), Juliana Varella Barca de Miranda Porto (Brasília) eElton Nobre de Oliveira (Rio de Janeiro).Membros suplentes: Antônio Xavier de Moraes Primo (Recife), Fábio Romero de SouzaRangel (João Pessoa) e Jayme de Azevedo Lima (Curitiba).CONSELHO FISCALMembros efetivos: Daniele Cristina Alaniz Macedo (São Paulo), Rogério Rubim deMiranda Magalhães (Belo Horizonte) e Adonias Melo de Cordeiro (Fortaleza).Membro suplente: Melissa Santos Pinheiro Vassoler Silva (Porto Velho).Endereço em Brasília/DF:SBS, Quadra 2, Bloco Q, Lote 3, Sala 1410 | Edifício João Carlos SaadCEP 70070-120 | Fone (61) 3224-3020E-mail: [email protected] | Gerente financeira: Ana Nietja Mendes NunesAssistentes administrativas: Gleici Kelly e Priscila Christiane da Silva.

As opiniões publicadas são de responsabilidade de seus autores,não refletindo necessariamente o pensamento da ADVOCEF.

Expe

dien

te

Edito

rial

A qualquer um que olhe o passado é dado espelharo que de mais positivo tenha impregnado a memória,o corpo ou o espírito.

A todos que vislumbrem o futuro é típico traçaralguma espécie de comparação com o que já tenhaexperimentado. Destas rememorações surgem porvezes novos e maiores desafios, eventualmente acom-panhados pelo desejo de acertar mais ou errar menosdo que até então.

A edição centésima da ADVOCEF em Revista, porum capricho do tempo e do contexto, tem a oportuni-dade de processar, com idêntico esmero, estes doistempos. O tempo passado, trazendo relatos e depoi-mentos acerca da história destes onze anos deininterrupta circulação de seu veículo de informação.E, simultaneamente, o tempo futuro, ao noticiar emsuas páginas mais um Congresso realizado pela enti-dade, com forte componente de consolidação da his-tória e sua evolução. Igualmente, incitando os associ-ados a criarem suas manchetes ideais, futuras e pos-síveis de conquistar.

Com olhos voltados para o futuro, pés no chão ememória profundamente ligada ao passado, os advo-gados da CAIXA puderam expressar no seu encontroanual de 2011, por diversos meios e formas, seu ape-go à história da Empresa que defendem e represen-tam. O lançamento de um livro, produzido e editadopela ADVOCEF, demonstra o valor dos profissionais doDireito que ajudaram a construir um século e meio dehistória da CAIXA.

Uma homenagem sincera e carregada de regozijopelo ineditismo foi prestada ao ex-diretor jurídico eassociado, agora ministro do Superior Tribunal de Jus-tiça. Na visão de um passado construído com labor elouvor, a perspectiva de um futuro repleto de novosdesafios a serem superados na nova missão.

Os advogados da CAIXA, congregados e unidos emtorno de sua Associação, vão assim se firmando comocategoria que tem sabido valorizar seu passado deforma digna e permanente. E desse passado,alicerçado em lutas e superação, têm sido criativos einsistentes, para a execução de construções múltiplas,carregadas de um simbolismo que só não é maior doque a concretude de seus atos e vitórias.

Sobre um futurovisto do passado

Diretoria Executiva da ADVOCEFDiretoria Executiva da ADVOCEFDiretoria Executiva da ADVOCEFDiretoria Executiva da ADVOCEFDiretoria Executiva da ADVOCEF

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Advogados criam as notícias que desejam ver publicadas

As manchetes dos sonhos

Para comemorar a chegada da ADVOCEF em Revista aonúmero 100, foi perguntado a vários advogados que notíci-as eles gostariam de ver aqui publicadas. As respostas es-tão logo abaixo. A partir da página 17, outras matérias se-guem o espírito comemorativo pela marca alcançada de 100edições, percurso iniciado em dezembro de 2001, quandoo Boletim da ADVOCEF (primeiro nome da Revista) sucedeuo Jornal da ADVOCEF, que estava fora de circulação.

Segundo João Batista Gabbardo, daExtensão Jurídica Novo Hamburgo/RS,a manchete do sonho de todo advoga-do da Empresa deve expressar que ascondições de trabalho são compatíveiscom o acervo imposto a eles. Seu cole-ga de unidade, Rogério Spanhe da Sil-va, gostaria de ver em des-taque na Revista que "a atu-ação preventiva dos advo-gados está tornando oci-osa a estrutura do Judi-ciário".

Na matéria imagina-da pelo presidente doConselho Deliberativoda Associação, DaviDuarte, "CAIXA eADVOCEF selam parce-

Com

emora

ção

"A CAIXA finalmente reconhecea grandeza da ADVOCEF e o inesti-mável apoio prestado à Administra-ção da Empresa." (Arcinélio Caldas)

"Universidade CAIXA abre inscri-ções para especialização em DireitoBancário." (Éder Maurício Pezzi López)

"Advogados da CAIXA têm salári-os equiparados aos advogados daUnião." (Liana Cunha Mousinho Coe-lho)

"Advogados da CAIXA são reco-nhecidos como procuradores fede-rais." (André Falcão de Melo)

"Advogados da CAIXA passam aintegrar a advocacia da União." (AltairRodrigues de Paula)

ria pela defesa da Em-presa, patrimônio públi-co, e de seus emprega-dos, patrimônio intelectual, com vistas a realizar metas depolíticas públicas que levarão o Brasil, em três anos, ao ní-vel de país sem problemas nas áreas de saúde, habitação,segurança, educação, caridade e solidariedade".

Francisco Spisla, da Extensão Jurídica Lon-drina/PR, bolou a manchete "Advogados da CAI-XA são equiparados aos juízes e procuradoresfederais" e deu a "notícia" toda:

"A presidenta Dilma Rousseff sancionou aLei nº 12.039, de 30/02/2012, equiparan-

do, para efeitos de salários e férias, osprocuradores da Caixa Econômi-

ca Federal com os juízes fe-derais e procuradores fe-derais, em atendimentoao art. 133 da Constitui-ção Federal, que diz que'o advogado é indispen-sável à administraçãoda justiça'."

Confira, a seguir,outras chamadas de-sejadas pelos advoga-

dos da CAIXA.

No ar, o noticiário"CAIXA reconhece e paga os ho-

norários referentes aos acordos doFGTS." (Carlos Castro)

"CAIXA cria novo Plano de Cargose Salários para advogados, acaban-do distorções." (Carlos Castro)

"Advogados recebem os lendá-rios honorários do Parque do Povoda cidade de São Paulo." (CarlosCastro)

"Presidente da República sancio-na Lei que cria a Procuradoria dasEmpresas Públicas Federais." (CarlosCastro)

"FGTS: CAIXA e ADVOCEF confir-mam acordo; bom para os dois lados."(Daniel Burckle Ward)

"CAIXA reconhece o valor de seusadvogados e implanta PCS com remu-neração equiparada às demais carrei-ras jurídicas federais." (Dioclécio Ca-valcante de Melo Neto)

"Advogados da CAIXA são valori-zados dignamente pela Empresa."(Edson Maciel Monteiro)

"O crescimento da arrecadaçãodos honorários da ADVOCEF somen-te pode ser comparado ao crescimen-to do PIB chinês." (Sylvio RicardoLopes Francelino Gonçalves)

"Advogados da CAIXA, unidos emtorno da sua Associação, comemo-ram a edição nº 1000 de sua Revis-ta." (Roberto Maia)

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Junho | 20114

Homenagem ao ministroC

ongr

esso

A homenagem daADVOCEF ao primeiro as-sociado nomeado minis-tro do Superior Tribunalde Justiça, AntonioCarlos Ferreira, foi oponto alto da cerimôniade abertura do XVII Con-gresso dos advogadosda CAIXA, realizado emPoconé/MT, nos dias 9a 12 de junho de 2011.O evento iniciou comuma apresentação domaestro Abel Santos,que, cantando e execu-tando uma viola-de-cocho, contou, com ta-lento e bom humor, a his-tória do instrumento tra-dicional da região mato-grossense.

Em seu discurso, o presidenteCarlos Castro fez um breve balanço dagestão, que busca a valorização do Jurí-dico da CAIXA, "já que em nossas mãosa União deposita algumas das mais im-portantes defesas da Advocacia Públi-ca". Destacou a busca de conciliaçãocom a CAIXA na questão de honorários,fechando acordos e corrigindodistorções, conforme deseja a catego-ria. Referiu a aproximação da ADVOCEFcom as entidades Contec e Contraf, sin-dicatos, Fenadv, associações de pesso-al e Fenae.

Fez um agradecimento especial aosadvogados Antonio Carlos e JailtonZanon, extensivo à equipe de ambos naDijur, "que não têm medido esforços parasolucionar muitas das nossas pendênci-as e em atender muitos dos nossos plei-tos". Disse que a nomeação do ex-dire-tor como ministro do Superior Tribunalde Justiça se deve à competência de suagestão e ao trabalho dos advogados daCAIXA. Castro cumprimentou os advoga-dos Jorge Amádio, Juel Prudêncio eMarina Silva de Souza, do JurídicoCuiabá, "pelo incansável trabalho e pelocarinho com que tem nos recebido".

Momento artístico, lançamentos editoriais e revelações na abertura do XVII Congresso da ADVOCEF

Palavra do ministroAntonio Carlos agradeceu o apoio dos

colegas da CAIXA na campanha por suaindicação ao STJ. "Acho que é uma vitóriade toda a nossa categoria e um reconhe-cimento à qualidade do advogado da CAI-XA." Recomendou aos colegas que mili-tem na OAB, instituição que defende nãosó as prerrogativas dos advogados, mastambém o estado democrático de direi-to.

Disse que nos oito anos à frente daDijur teve o privilégio de conviver com ospresidentes da ADVOCEF, sendo possívelconstruir um diálogo franco e ético, derespeito profissional pelos interesses re-cíprocos. "Tenho a convicção de que cons-truímos juntos uma advocacia da CAIXAmais forte e respeitada, valorizando oquadro de profissionais."

Discursando a seguir, Jailton lembrouque teve a honra e o orgulho de ter sidodiretor da ADVOCEF, durante a presidên-cia de Alberto Braga, hoje superintenden-te nacional do Contencioso. Garantiu quecontinuará o diálogo referido pelo ex-di-retor, aproveitando o ensinamento de oitoanos em que esteve ao seu lado.

O vice-governador deMato Grosso, Chico Daltro,destacou a parceria da CAI-XA no desenvolvimento doEstado, que, segundo ele,cresce ao ano mais que amédia nacional, produzin-do 20% da safra nacionalde grãos. Daltro disse quese firmou no governo a pri-oridade pela industrializa-ção, para gerar empregosno Estado e receitas para opaís, projeto que a CAIXAajuda a enfrentar.

"Estou vice-governador,mas, antes de tudo soubancário da CAIXA, umaempresa que, sob o precei-to da competência e éticana prática do saber jurídi-

co, faz com que seus advogados sejamexemplos em todo o Brasil", afirmou. Ci-tou como referências os advogados daCAIXA em Cuiabá e fez uma saudaçãoespecial a Augusto Frederico Müller, anti-go chefe do Jurídico de Mato Grosso.

Lançamentos de obrasO presidente do Conselho

Deliberativo da ADVOCEF, Davi Duarte,comunicou o lançamento do livro "Advo-cacia na Caixa Econômica Federal - Traje-tória de 150 Anos", da historiadoraElizabeth Torresini. Disse que a obra, ho-menageando os advogados e a própriaCAIXA, é um manancial de onde se pode-rá buscar inspiração para muitos outrosestudos.

Outro lançamento, do 12º volume daRevista de Direito da ADVOCEF, foi anun-ciado pelo advogado Bruno Queiroz Oli-veira. Membro do Conselho Editorial daRevista, Bruno lembrou que a publicaçãosurgiu em 2005 para difundir os traba-lhos científicos dos advogados da CAIXAe hoje funciona, também, como um me-canismo de valorização do papel desem-penhado pelos profissionais, na Empre-sa e no país. "É inegável a relevância doadvogado da CAIXA, que atua nos mais

|||||Antonio Carlos (no centro), com Carlos Castro e Anna Claudia: os Congressos queentusiasmam e rejuvenescem

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importantes temas nacionais, como SFH,FGTS, FCVS e Loterias", afirmou.

Bruno disse que os advogados sãoresponsáveis pelas análises dos projetosdo PAC (Programa de Aceleração do Cres-cimento), que permitirão a construção dasobras para as Olimpíadas e Copa do Mun-do e poderão colocar o país pela primeiravez na esteira dos países desenvolvidos.

O sucesso da Revista, segundo Bru-no, se deve à qualidade dos autores e àpontualidade da circulação semestral,com distribuição nas Faculdades de Di-reito e tribunais superiores. Comentousobre o espaço dedicado na Revista àsjurisprudências. "Quem sabe para os pró-ximos números possamos trazer algumjulgado do ministro Antonio Carlos, narelatoria de alguns dos acórdãos."

Nove autores participam da edição12: Aldo Lins e Silva Pires, Ciro de Lopese Barbuda, Gryecos Attom Valente Lou-reiro, Lenymara Carvalho, Lucas VenturaCarvalho Dias, Rayner d'AlmeidaRodrigues, Rogério Spanhe da Silva,Vinicius Cardona Franca e NadialiceFrancischini de Souza.

A capa da revistaAo final da cerimônia, a

vice-presidente da ADVOCEF,Anna Claudia deVasconcellos, entregou a An-tonio Carlos uma placa coma capa da edição de maiodesta Revista, que traz a fotodo ex-diretor com a inscrição"Desejamos que a vivênciacomo advogado e administra-dor competente inspire a tra-jetória do magistrado, impul-sionando a perma-nente busca da Justi-ça". Carlos Castro pas-sou ao agora ministro

uma miniatura da bandeira daADVOCEF, "para Sua Excelênciausar no gabinete e nunca esque-cer que um dia fez parte da nossacorporação".

Comovido, Antonio Carloscomparou a alegria do momentocom a situação diversa vivida re-centemente, quando sua foto foipublicada em uma revista sema-nal. Lembrou da expressão da fi-lha ao olhar, sem compreender, amatéria que continha insinuaçõessobre sua vida profissional. "Umaimagem que nunca vou esquecer."Repetiu os versos do poetaCassiano Ricardo, declamados noSenado: "Não foram os anos, não,que me envelheceram - longos,lentos, sem frutos. Foram algunsminutos."

Por outro lado, Antonio Carlosrecordou os momentos "que en-tusiasmam e rejuvenescem",como os dos Congressos da Asso-ciação de que participou. "De to-dos saí cheio de ideias, com von-tade de realizar mais, em favor daEmpresa e dos advogados."

Sobre sua administração, dis-se que hoje se pode ver o resultado dasações, que antes estavam perdidas e fo-ram completamente revertidas nos tribu-nais superiores. Destacou o trabalho naárea consultiva, hoje reconhecido. "O in-vestimento feito no Jurídico e no advoga-do volta rapidamente para a Empresa."

"Vou confessar alguns pecadinhosaqui", anunciou. Ele entrava seguidamen-te no Fórum do site da ADVOCEF, parasaber como suas estratégias chegavamaos advogados, e muitas vezes mudou o

|||||Bruno: julgado do novo ministro na Revista de Direito

|||||Abel: pesquisa, talento e bom humor

|||||Davi: livro sobre a advocacia da CAIXA inspira outros estudos

posicionamento da Dijur com base nascríticas que recebeu.

Afirmou que sua chegada ao STJ éuma das demonstrações da força daADVOCEF. "Estamos atingindo a maturi-dade, estamos sabendo como nosposicionar. Crescemos muito no emba-te." E manifestou gratidão a Carlos Cas-tro, que o apoiou na campanha para oSTJ desde o primeiro dia, como amigo ecomo presidente da ADVOCEF.

Participaram do XVII Congresso odesembargador federal do Trabalho da 4ª

|||||Chico Daltro: advogados da CAIXA são exemplos no país

Região e ex-advogado da CAIXA, JoãoPedro Silvestrin; o presidente do TribunalRegional do Trabalho da 23ª Região,desembargador Osmair Couto; o diretordo Foro da Seção Judiciária de Mato Gros-so, juiz federal José Pires da Cunha; e ospresidentes da Anpepf (Associação Naci-onal dos Procuradores de Empresas Pú-blicas Federais), Otávio Rocha Santos; daEmgea, Josemir Mangueira Assis; daFenadv, Valter Vettore; e da OAB/MT, Cláu-dio Stábile.

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Intenso e produtivoC

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esso

A participação da Diretoria Jurídica daCAIXA deu um tom diferente ao XVII Con-gresso da ADVOCEF, realizado emPoconé, em Mato Grosso, nos dias 9 a12 de junho de 2011. A volta da Dijur,ausente nos últimos eventos, foi saudadapelos congressistas, que aprovaram igual-mente o resultado obtido em intensos de-bates e palestras ao longo de três dias,no auditório do Hotel Sesc Pantanal. Nes-se período, aprovaram o Estatuto daADVOCEF e a pauta de reivindicações dacategoria.

"Sem dúvida algu-ma, foi o Congressomais produtivo de quejá participei", comen-tou o advogado Marce-lo Quevedo do Amaral,do Jurídico Porto Ale-gre/RS. Segundo Mar-celo, a participação daDijur e da Emgea adici-onou um salto de qua-lidade aos trabalhosdo Congresso, permi-tindo discutir e pensara CAIXA como um todo,com unidade e visãoestratégica. "Acreditoque estamos constru-indo um novo momen-to, de aposta na parce-ria e colaboração que pode produzirconquistas e benefícios para todos."

Para o advogado Jairdes CarvalhoGarcia, da Extensão Jurídica Ipatinga/MG, foi "uma grata satisfação" contarnovamente com a presença do diretorjurídico no Congresso, contribuindocom uma "explanação transparente"sobre as metas da área. Jairdes desta-cou também a presença do ex-diretorjurídico Antonio Carlos Ferreira, gratoaos colegas por sua indicação ao Su-perior Tribunal de Justiça. "Tais mani-festações deram-nos a exata dimen-são da importância do Jurídico da CAI-XA", disse Jairdes.

Participação da Dijur contribuiu com o sucesso do evento

Visão mais positivaDe volta de seu primeiro Congresso,

o advogado Sérgio Cosmo, do JurídicoRecife/PE, ficou "com uma visão maispositiva que antes". Considerou impor-tante a palestra do diretor jurídico, "so-bretudo no tocante aos pontos em queexiste divergência de pensamento coma categoria", para o necessário e perma-nente debate construtivo.

A advogada Tânia Trevisan, do Jurí-dico Bauru/SP, diz que a participação da

lho, da Extensão Jurídica Novo Hambur-go/RS, elege outros pontos altos do even-to: a congregação entre os participantese a convergência em torno da pauta dereivindicações.

Impressionou à advogada TâniaTrevisan o entusiasmo demonstradopela Diretoria da Associação e membrosdo Jurídico Cuiabá/MT. "É muito bomsentir a acolhida carinhosa dosorganizadores e a disposição para o tra-balho que os membros da ADVOCEF

deixaram evidente."No Fórum do site da

ADVOCEF, o advogadoLúcio André Paiva, da Ex-tensão Jurídica Blume-nau/SC, enviou um agra-decimento aos colegasque estão ou estiveramà frente da ADVOCEF. "Écomovente perceber-seo empenho e dedica-ção desses colegaspara tocar à frente a As-sociação, cuidando dosnossos interesses." Par-ticipando pela primeiravez do Congresso, Lúcioconclamou aos colegasque ainda não são sóci-os: "Associem-se, vale apena!"

Nó em pingo d'águaLúcio não conhecia o presidente

Carlos Castro: "É um sujeito muito espe-cial, dá nó em pingo d'água de olhos fe-chados e de cabeça para baixo. Julgo queestamos em muito boas mãos". Elogioutambém a vice-presidente, Anna Claudiade Vasconcellos. "Gente muito séria ecomprometida nos representando."

Agradou especialmente ao advoga-do Jairdes Carvalho Garcia o painel so-bre honorários, em que os diretores Ál-varo Weiler e Fernando Abs, "de formahábil e transparente", atualizaram asquestões referentes aos honorários e

|||||XVII Congresso: participação intensa e aprovação de pautas importantes

Diretoria Jurídica foi demonstração derespeito e de disposição para o diálogo.

O advogado Everaldo Ashlay, do Jurí-dico São Paulo/SP, acha que a condiçãode associado do diretor Jailton Zanonpossibilita o bom relacionamento com aADVOCEF e que isso vem sendo bemaproveitado pelo presidente Carlos Cas-tro. "Espero que esse relacionamentoharmonioso continue, obviamente semprejuízo das reivindicações de ambos oslados."

Além da oportunidade de contato in-formal com o diretor jurídico, "que semostrou uma pessoa acessível e muitopreparada", o advogado Ismael Solé Fi-

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ações judiciais. Jairdes sentiu falta ape-nas de orientações mais pragmáticas so-bre os casos de incidência de honoráriosnão contemplados pelo Normativo, paraunificar os procedimentos e evitar açõesfuturas.

A apresentação da Diretoria de Ho-norários, segundo Tânia, disponibilizouaos representantes das unidades jurídi-cas informações pelas quais são cons-tantemente cobrados.

Após ouvir as discussões sobre o pro-cesso da Emgea, a respeito de honorári-os, o advogado Lúcio Paiva anotou: "Achoque vai dar!".

Jairdes percebe evolução no conjun-to de reivindicações, que busca, "alémdos direitos históricos integrantes dapauta permanente e que são tradicio-nalmente negados aos advogadoseconomiários, uma unificação de fato ede direito da categoria, visando corrigiras enormes distorções vigentes".

Jairdes tem a festejar também a re-forma do Estatuto, eliminando incompa-tibilidades, inconsistências e ilegalida-

"Foi, sem dúvida, um marco na his-tória da ADVOCEF. Tenho participadode muitos Congressos e posso garan-tir que este foi um dos mais produti-vos, onde imperaram os debates emclima de concórdia e o respeito de opi-niões. Foramtrês dias demuito trabalho,de plenárialotada, prevale-cendo sempreo consenso.

Visível areaproximaçãodos gestoresda Empresacom a nossaAssociação. Es-pero que agorajuntos possamos construir soluçõespara acabar com as diferenças hojeexistentes entre advogados do quadroda nossa instituição.

O envolvimento e o apoio dos co-legas do Jurídico Cuiabá foram alguns

Congresso do consensoCarlos Castro, presidente da ADVOCEF

dos pontos fortes para o sucesso donosso evento.

Aproveito a oportunidade paraagradecer a cada um dos advogadose advogadas da nossa Caixa Econô-mica Federal, que de uma forma ou

de outra con-tribuíram parao brilhantismodesse primei-ro Congressoo r g a n i z a d opela atual Dire-toria Executi-va.

Que venhaagora o XVIIICongresso noEstado do Ce-ará, que os co-

legas do Jurídico Fortaleza já estãoorganizando. Da maneira como foiapresentada a sua candidatura, apro-vada por unanimidade, por certo con-correrá entre os nossos melhoreseventos."

|||||Carlos Castro, com o diretor jurídico Jailton: construirjuntos a solução para as diferenças

des. "Hoje temos uma Constituição quecondiz com nossa importância. Impor-tância esta demonstrada no irreparávele histórico livro sobre os 150 anos daAdvocacia da CAIXA".

Para Tânia, a aprovação do novoEstatuto foi o fato mais importante doCongresso.

Sugestões para o próximoO advogado Eve-

raldo Ashlay destacou ocompromisso assumi-do pelo presidente daEmgea de orientar seusrepresentantes paraapresentar propostasfechadas, sem discri-minação de honorários,nas mesas de negocia-ção do Judiciário. E con-ta com a disposição daADVOCEF de auxiliar oJurídico São Paulo emrelação ao descumpri-mento dos normativosinternos nos acordos

que envolvem contratos habitacionais pró-prios. Segundo Everaldo, a áreaoperacional vem descontando os 5% ape-nas da entrada das renegociações e nãodo valor total do contrato.

Everaldo sugere que no próximo Con-gresso seja conferido o cumprimento decada compromisso assumido neste anopela ADVOCEF e Emgea e se foram aten-didas as críticas dos congressistas.

|||||Everaldo: tomara que a harmonia continue

|||||Jairdes: a exata dimensão do Jurídico

|||||Josemir Assis (presidente) e Carlos Brandão (diretor jurídico),da Emgea: presenças ressaltadas

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Con

gres

so

Na gestão da nova Diretoria Jurí-dica da CAIXA serão instituídas ferra-mentas de avaliação permanentedos gestores e advogados, visando àqualidade do trabalho e uma políticade promoções baseada essencial-mente na meritocracia.A informação foi dadapelo próprio titular daárea, Jailton Zanon daSilveira, em palestrano XVII Congresso daADVOCEF. Participaramdo encontro o superin-tendente nacional doContencioso, AlbertoBraga, e os gerentesnacionais LeonardoPatzlaff, GiselaMorone, LeonardoGroba Mendes eAlessandro Maciel.

Jailton quer desco-brir e formar especia-listas em áreas do Di-reito Ambiental, Em-presarial e Societário.Observou que na CAI-XA, hoje, é preciso re-correr à terceirização para avaliar acompra de uma empresa, por exem-plo. Sustentou que a capacidade téc-nica dos integrantes do quadro é equi-valente ou até superior quando com-parados aos profissionais contrata-dos no mercado. Entende que os pro-cessos relevantes devem ficar sob aresponsabilidade dos advogados daCAIXA.

Política do méritoO diretor deixou claro que há necessi-

dade de extinção de processos judiciais,através da conciliação e da utilização dassúmulas de dispensa de recursos. Preten-de reduzir o acervo, hoje estabilizado emcerca de 1,1 milhão, para 600 mil. Segun-

do ele, existem quatro mil ações relevan-tes, que correspondem a 60% dos valoresaprovisionados.

Jailton informou aos advogados que aPresidência da CAIXA aprovou a atuaçãodo Jurídico em projetos importantes, comoo "Minha Casa Minha Vida", e ressaltou ocrescimento da Empresa e da demandapor serviços jurídicos de qualidade etempestivos.

Processos da Emgea

Mais tarde, os representantes daEmgea, Josemir Mangueira Assis (presi-dente) e Carlos Alberto Brandão (diretorjurídico), palestrando sobre as relações

da empresa com aCAIXA e ADVOCEF, in-formaram sobre apossibilidade de aqui-sição de outros crédi-tos, cujos processoseles preferem ver nasmãos dos advogadosda CAIXA.

Na agenda dasexta-feira, 10/6,houve ainda a pales-tra do gerente daárea de Recupera-ção de Créditos dePorto Alegre, Alexan-dre Schuler, que tra-tou da importânciada integração para arecuperação de cré-ditos.

Schuler menci-onou os projetos da

CAIXA e da Emgea, no setor, obser-vando que há expectativa de aumen-to da inadimplência, porque há maisempréstimos, o que provocará maisajuizamentos. Alertou sobre a Reso-lução 125/2010 do Conselho Nacio-nal de Justiça, que estimula as conci-liações e, inclusive, as pré-processu-ais, já implantadas no TRF da 4ª Re-gião.

"A cada encontro devemos progredir. O progresso não sefaz apenas com palavras, mas essencialmente com atos.Se identificarmos metas a serem alcançadas a cada Con-gresso e as alcançarmos nos próximos, aí sim faremosuma marcha eficaz ao crescimento da nossa categoria."

Ismael Solé Filho acha que a localização do Con-gresso deve proporcionar a participação de mais colegascom recursos próprios, considerando o número limitadode participantes custeados pela ADVOCEF. Pensa quedevem ser preferidas regiões centrais, com infraestrutura,como hotéis e aeroportos.

Tânia sabe que, pelas próprias características da ati-vidade, o advogado tende a defender suas posições comentusiasmo. No entanto, acha necessária a introduçãode algum mecanismo que limite o tempo concedido aosparticipantes para expor suas opiniões.

|||||Lúcio, com as colegas Ana Carla, Ana Machado, Luciana (estagiárias) eSara (Apoio): "Associem-se à ADVOCEF"

|||||Carlos Castro e equipe da Dijur, destaque no Congresso

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Junho | 2011 9

O novo Estatuto da ADVOCEFDurante o XVII Congresso da ADVOCEF,

seguindo a pauta estabelecida, na tardedo dia 11 de junho, foi destinado um es-paço para instalar-se a AGE (AssembleiaGeral Extraordinária), cuja pauta específi-ca era a apreciação e votação da propos-ta de alteração da redação do Estatuto daEntidade, elaborada pelo Grupo de Traba-lho Revisor criado no Congresso de Gra-mado, além das diversas propostas deemendas, apresentadas pelos associados.

A Assembleia já vinha funcionando,de maneira virtual e permanente, desde odia 27 de abril, quando os associados quepreferiram votar de forma direta puderamdepositar seu voto diretamente no site daADVOCEF. Encerradas as votações pelosite e computados os votos virtuais, segui-ram-se as votações pela plenária, naassembleia presencial.

Na assembleia presencial, o compa-recimento dos delegados foi bastante ex-pressivo, garantindo quórum qualificadoe conferindo a necessária legitimidadepara as deliberações. O encaminhamen-to das votações seguiu a mesma siste-mática adotada para a votaçãovirtual.

Por maioria absoluta de vo-tos, superando com folga a exi-gência estatutária inscrita no art.11, h, foi aprovada a alteraçãodo Estatuto então vigente, ado-tando-se a proposta elaboradapelo GT Revisor e também asemendas nºs 01, 14 e 18. Asdemais emendas não alcança-ram votação suficiente paraaprovação.

Por deliberação unânimeda plenária, também foi exclu-ído o parágrafo único do art.19, como forma de manter co-erência com deliberação ante-riormente tomada pela plená-ria, em outro momento do Con-gresso, quando havia sido apro-vado o fim dos empréstimosaos associados e o fim da pre-visão de verba de representa-ção para o presidente da Dire-toria. A motivação foi de ordemestritamente técnica, visando

Fernando da SilvaAbs da Cruz (*)

preservar os direitos e interesses da As-sociação.

Ao final das votações, a plenária e amesa diretora aplaudiram o dedicado, ár-duo e bem sucedido trabalho dos colegasdo GT Revisor, que se dedicaram intensa-mente à difícil tarefa de revisar integral-mente o texto do Estatuto. Foram diver-sas reuniões, presenciais e virtuais, ondetiveram de dedicar tempo e raciocínio. Foium grupo marcado pelo pluralismo, cada

qual trazendo ao debate suas convicções,mas sempre imbuídos de muito idealis-mo, comprometidos apenas com a me-lhor técnica e a busca pela redação maisperfeita e completa possível. Com esteespírito, construíram um texto equilibra-do, coerente e isonômico, dotado de me-canismos de freios e contrapesos, alémde simetria entre direitos e deveres.

Enfim, ao final dos trabalhos, maisdo que adequar o Estatuto às exigênciasdo Novo Código Civil, o GT Revisor produ-ziu um texto que depurava uma série deinconsistências de ordem técnica existen-tes no Estatuto vigente, melhorando suasistematização e dotando-o de maiorcompletude, prevendo e regulando umasérie de situações onde o texto antigo eralacunoso, pois não previra nem regulara.

Neste contexto, os associados queapresentaram sugestões na forma deemendas também merecem nosso re-

conhecimento, pois colabora-ram muito para ampliar aindamais os debates, aumentandoo leque de possibilidades e con-vidando todos nós a pensar-mos e meditarmos sobre o queimaginamos ser o melhor paraa Associação. Foram bastanteproveitosas e bem-vindas asemendas, denotando ativa par-ticipação dos colegas. A apro-vação de três delas demonstraque foi válida a participação detodos.

Considerando que a novaredação do Estatuto, aprovadae em vias de ir a registro, trazdiversas alterações em relaçãoao Estatuto antigo, sugerimosa leitura atenta do novo textopor todos, no site da ADVOCEF,a fim de se atualizarem sobreas novas regras que discipli-nam nossa querida ADVOCEF.Boa Leitura!

(*) Diretor jurídico da(*) Diretor jurídico da(*) Diretor jurídico da(*) Diretor jurídico da(*) Diretor jurídico daADADADADADVVVVVOCEFOCEFOCEFOCEFOCEF.....

Texto equilibradoAo final das votações que aprovaram o novo Estatuto

da ADVOCEF, no XVII Congresso, os advogados aplaudiramo trabalho do GT Revisor, alterado pelas emendas nºs 01,14 e 18. "Foi um grupo marcado pelo pluralismo, cadaqual trazendo ao debate suas convicções, mas sempreimbuído de muito idealismo", avalizou o diretor jurídico daADVOCEF, Fernando Abs da Cruz. "Com este espírito, cons-truíram um texto equilibrado, coerente e isonômico, dota-do de mecanismos de freios e contrapesos, além de sime-tria entre direitos e deveres."

Os integrantes do GT são: Marcelo Dutra Victor (MG),Henrique Chagas (SP, relator), Juliana Porto (DF), Justinianoda Silva Júnior (PE), Bernardo Cruz (MG), Lya Rachel Vieira(SP), José Nicodemos Varela (DF) e Renato Lobato deMoraes (PA). Suplentes: João Batista Gabbardo (RS), PedroJorge S. Pereira (PE) e João Carlos Matas Luz (RS). Tam-bém compõem o GT Revisor o presidente da ADVOCEF,Carlos Castro, o diretor jurídico, Fernando Abs da Cruz (pre-sidente do GT, substituindo o ex-diretor jurídico BrunoVanuzzi), e os representantes dos Conselhos Fiscal(Adonias Cordeiro) e Deliberativo (Renato Hino). Leia maisno artigo desta página.

| Artigo

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Junho | 201110

O advogado Mar-cos de Borba Kafruni,do Jurídico Porto Ale-gre/RS, recebeu a so-lidariedade da OAB,Seccional do Rio Gran-de do Sul, em ato dedesagravo público pro-movido na sede daSubseção de Rio Gran-de/RS, em 27/05/2011. Estavam pre-sentes os presidentesda ADVOCEF, CarlosCastro, e do ConselhoDeliberativo da entida-de, Davi Duarte, quecompuseram a mesade trabalho com os presidentes da OAB/RS, Claudio Lamachia, da Seção Rio Gran-de, Francisco José de Mattos, e da Comis-são de Defesa, Assistência e Prerrogativas,Marcelo Bertoluci. Também fez parte damesa o advogado Marcos Kafruni, associ-ado da ADVOCEF e gerente do Jurídico daCAIXA, que foi coagido no exercício de suaprofissão por um delegado da Polícia Fe-deral.

Pela Diretoria daADVOCEF participaramainda do ato a vice-presi-dente, Anna Claudia deVasconcellos, e os direto-res Fernando Abs daCruz, Roberto Maia,Pedro Jorge Pereira,Elenise Peruzzo dos San-tos e Álvaro Weiler Junior.O ex-advogado da CAIXAÉder López, que trabalhaem Rio Grande, tambémcompareceu à cerimônia.Estavam no evento, pelaOAB/RS, a secretária-ge-ral, Sulamita SantosCabral; o coordenadordas subseções, LuizEduardo Amaro Pellizzer;os conselheiros seccio-nais Miguel Ramos e Darci

| Prerrogativas

OAB/RS promove ato de desagravo público a advogado da CAIXA

Solidariedade profissional

Rebelo Jr (relator); o secretário-geral daCaixa de Assistência dos Advogados do RS,Daniel Barreto; e o presidente da subseçãode São José do Norte, José GregórioBotozzelli.

De acordo com a Nota de DesagravoPúblico, Marcos Kafruni teve suas prerro-gativas desrespeitadas por um delegadoda Polícia Federal em Rio Grande, que,

após pedido de docu-mentação, sob penade multa, instaurouinquérito policial,promovendo a iden-tificação criminal doadvogado. Mais tar-de, a multa foi recon-siderada, devido àimpossibilidade dejuntada dos docu-mentos, conformeesclarecimentos dosadvogados da CAIXA.

Relata a Nota:"Ora, ainda que hou-vesse desobediênciada ordem judicial, ela

só poderia ser atribuída aos administra-dores da CAIXA e nunca aos seus advoga-dos. O crime de desobediência, inclusive,é do particular contra a administração eos advogados detêm uma situação dife-renciada, pois, embora seu ministério sejaprivado, 'o advogado presta serviço públi-co e exerce função social' (Lei nº 8.906/94, art. 2º, § 1º), considerado indispensá-

vel à administração daJustiça (CF/88, art.133)".

Com a almalavada

O presidente daADVOCEF chama a aten-ção para a importânciado ato, que apontou odesrespeito imposto aoadvogado, cometido "porquem deveria manter aordem e não, de formainconsequente, ofenderas prerrogativas daqueleque sempre exerceu aadvocacia com retidão,competência e de manei-ra exemplar". Carlos Cas-tro garante que aADVOCEF continuará vi-gilante para eventuais

Vigilância permanenteCarlos Castro, presidente da ADVOCEFCarlos Castro, presidente da ADVOCEFCarlos Castro, presidente da ADVOCEFCarlos Castro, presidente da ADVOCEFCarlos Castro, presidente da ADVOCEF

"Tive o prazer em participar da solenidade onde o Dr. Marcos Kafruniteve restaurada publicamente a sua dignidade por um ato de abuso deautoridade.

Ressalto a importância do desagravo público realizado pela OAB/RS, que reconheceu ter o companheiro sido ofendido e desrespeitadopor quem deveria manter a ordem e não de forma inconsequente ofen-der as prerrogativas daquele que sempre exerceu a advocacia com reti-dão, competência e de maneira exemplar.

Não poderia esperar outra atitude dos que fazem a OAB do Estadodo Rio Grande do Sul, em especial do seu presidente, Dr. ClaudioLamachia, que vem com profissionalismo e correção se firmando cadavez mais no mundo jurídico nacional, credenciando-se a ser um fortenome para a sucessão do não menos destemido advogado OphirCavalvante, presidente do Conselho Federal da OAB, que tem sido in-transigente nas nossas defesas.

Quero aqui reafirmar que a ADVOCEF continuará vigilante e não securvará diante de ofensas às prerrogativas dos nossos companheirosadvogados da CAIXA, sejam ou não associados."

|||||Com a palavra, o advogado Marcos Kafruni. Compõem também a mesa (da esq. para a dir.): MarceloBertoluci, Carlos Castro, Francisco José de Mattos, Claudio Lamachia e Davi Duarte

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Junho | 2011 11

ofensas às prerrogativas dos advogadosda CAIXA.

Segundo o presidente do ConselhoDeliberativo da ADVOCEF, Davi Duarte,quando alguém ofende o artigo 5º daConstituição também ofende o princípioposto no artigo 1º, que trata da dignida-de da pessoa, e os objetivos da Repúbli-ca, no artigo 3º, que visam a uma socie-dade livre, justa e solidária. Por isso, afir-ma Davi, o ato político da OAB pretendedefender não só o advogado ofendido,mas também a lei, a Advocacia e a Cons-tituição, "porque atos que atinjam essespreceitos atingem a cidadania".

"Não podemos nos omitir em denun-ciar aos órgãos competentes e exigir otratamento digno que nos é devido",conclama o diretor de Prerrogativas daADVOCEF, Pedro Jorge Pereira, que no

A defesa da leiDavi Duarte, advogado do Jurídico Porto Alegre/RSDavi Duarte, advogado do Jurídico Porto Alegre/RSDavi Duarte, advogado do Jurídico Porto Alegre/RSDavi Duarte, advogado do Jurídico Porto Alegre/RSDavi Duarte, advogado do Jurídico Porto Alegre/RS

"O Art. 5º, LVIII da Constituição Federal, prevê que o civilmen-te identificado não o será criminalmente, salvo em exceções,não aplicável ao caso.

A propósito, a Lei nº 12.037, de 1º/10/2009, em seu art. 3º,dispõe sobre as hipóteses de identificação criminal de quem jáestá civilmente identificado.

Então, quando alguém ofende o art. 5º, LVIII da CF/88, tam-bém ofende o princípio fundamental posto no art. 1º, da CF, quetrata da dignidade da pessoa, e os objetivos da República, pos-tos no art. 3º, I, da CF/88, que pretende instalar uma sociedadelivre, justa e solidária.

Com efeito, se há ofensa ao exercício da profissão, houveofensa à dignidade da pessoa e não se cumprem os preceitosde respeito ao estabelecimento de uma sociedade livre, justa esolidária.

Por causa de tanto é que o Desagravo, ato político da OAB,tem por destinatário o Advogado ou a Advogada ofendidos, mastambém a defesa da lei (civil ou processual, inclusive o Estatutoda Ordem), o exercício da Advocacia e a Constituição Federal,porque atos que atinjam esses preceitos atingem a cidadania."

Resgate da dignidadePedro Jorge S. Pereira, diretor de Prerrogati-Pedro Jorge S. Pereira, diretor de Prerrogati-Pedro Jorge S. Pereira, diretor de Prerrogati-Pedro Jorge S. Pereira, diretor de Prerrogati-Pedro Jorge S. Pereira, diretor de Prerrogati-

vas da ADVOCEFvas da ADVOCEFvas da ADVOCEFvas da ADVOCEFvas da ADVOCEF

"Ao longo dos quase dez anos de advocacia, tenhoobservado cada vez mais constantes violações às prer-rogativas dos advogados por parte de magistrados,membros do Ministério Público e autoridades policiais.

É importante que todos os advogados entendamque são indispensáveis à administração da justiça eque prestam serviço público e exercem função social,conforme previsto no art. 133 da Constituição Federale no art. 2º da Lei 8.906/1994 (Estatuto da Advocaciae da OAB). Ainda, é imperioso observar que não existehierarquia nem subordinação entre advogados, magis-trados e membros do Ministério Público, de acordo como art. 6º do referido diploma legal.

No início da carreira profissional tive minhas prer-rogativas violadas por uma magistrada da comarca dePalmares-PE, tendo sido tomado por grande sentimen-to de indignação que me impulsionou a fazer uma re-presentação perante a Corregedoria do Tribunal de Jus-tiça de Pernambuco, o que, juntamente com outras re-presentações que existiam, resultou na aposentadoriacompulsória da juíza.

Precisamos resgatar o prestígio e a dignidade daadvocacia que têm sido violados por atos de abuso dasautoridades, que insistem em desrespeitar as prerro-gativas dos advogados no exercício do seu mister. Nãopodemos nos omitir em denunciar aos órgãos compe-tentes, como o Conselho Nacional de Justiça e Conse-lho Nacional do Ministério Público, entre outros, e exigiro tratamento digno que nos é devido, além da necessá-ria punição pelas faltas perpetradas por magistrados edemais autoridades.

Assim, entendo louvável iniciativas como a realiza-da pela OAB do Rio Grande do Sul, com a participaçãoda ADVOCEF, em repúdio à violação das prerrogativasprofissionais do advogado da CAIXA Dr. Kafruni, a quemmanifestamos solidariedade e apoio em tão árdua ba-talha pela defesa da dignidade da advocacia."

início da carreira foi obrigado a tomaratitude parecida, nadefesa de sua dignida-de profissional.

O presidente daOAB/RS ressaltou a ne-cessidade dos desagra-vos públicos, pois refor-çam a importância da va-lorização da advocacia.Não se pode aceitar vio-lação às prerrogativas doadvogado, disse ClaudioLamachia, "pois quandoeste é afrontado, é o ci-dadão quem está sendodesrespeitado".

Agradecido peloapoio da OAB e daADVOCEF no "lamentá-

vel episódio", o advogado MarcosKafruni alerta as entidades para que ado-tem as medidas necessárias junto àscorregedorias e ao Conselho Nacionalde Justiça contra quem comete abusode autoridade e viola as prerrogativasprofissionais dos advogados.

Emocionado, o advogado lembrouque passou por momentos difíceis, pois"para quem é honesto um inquérito éuma ofensa". Mas estava satisfeito, afi-nal, por ver que a OAB não se omite di-ante das afrontas. "Saio daqui com aalma lavada."

(Com informações do(Com informações do(Com informações do(Com informações do(Com informações dosite da OAB/RS.)site da OAB/RS.)site da OAB/RS.)site da OAB/RS.)site da OAB/RS.)

|||||A ADVOCEF em peso no ato de desagravo em Rio Grande (da esq. para a dir.): Rafael Ramos Gonçalves, DaviDuarte, Claudio Lamachia, Pedro Jorge Pereira, Anna Claudia de Vasconcellos, Roberto Maia, Álvaro Weiler,

Marcos Kafruni, Carlos Castro, Fernando Abs da Cruz, Elenise dos Santos e Éder López (ex-advogado da CAIXA)

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Junho | 201112

Cen

a Ju

rídi

ca

Revista de DireitoEspecialSerão recebidos até 12/09/2011os artigos para compor a 13ªRevista de Direito da ADVOCEF, queserá lançada em novembro desteano, em Curitiba/PR. Será umaedição especial, exclusivamentesobre temas ligados ao Estatuto daCidade, que completa 10 anos, e àproposta da XXI ConferênciaNacional da OAB, que vai discutirliberdade, democracia e meioambiente.

Fenae, 40 anosA Fenae comemorou 40 anos de existência em cerimônia realizada em 31 de

maio, na sede social da Apcef/DF, em Brasília. Presente no evento, o presidenteda ADVOCEF, Carlos Castro,disse que foi "um momento

único e emocionante", em quereencontrou "valorosos e

combativos companheiros detantas lutas, de diversas

partes do país".Representaram também a

ADVOCEF o diretor deArticulação Júlio Greve, a

tesoureira Isabella Machado eo secretário Luciano Caixeta.

Foto

: TRF

da

4ª R

egiã

o

Posse no TRF da4ª Região

Tomaram posse, em 20 de junho, osnovos dirigentes do Tribunal Regional

Federal da 4ª Região, sediado em PortoAlegre/RS. Na Presidência do Tribunal,para o biênio 2011-2013, assumiu adesembargadora federal Marga IngeBarth Tessler. A Vice-Presidência e a

Corregedoria Regional da Justiça Federalda 4ª Região serão exercidas,

respectivamente, pelos desembargadoresfederais Luiz Carlos de Castro Lugon e

Tadaaqui Hirose. A ADVOCEF foirepresentada no evento pelo presidentedo Conselho Deliberativo, Davi Duarte.

Ação pelo ATSEm reunião ocorrida em 24 de maio, o presidente da

ADVOCEF, Carlos Castro, recebeu do presidente daContec, Lourenço Ferreira do Prado, a procuraçãoque outorga poderes ao advogado da Associação

Wilson Leite de Morais, para ajuizar ação trabalhista,em substituição processual, pleiteando o direito do

Adicional por Tempo de Serviço (ATS) para osadvogados da CAIXA admitidos até maio de 2002,

que não foram beneficiados com a troca donormativo

naquele mês. Aação deverá serprotocolada em

seguida, quando odiretor jurídico da

ADVOCEF,Fernando Abs,

concluir o rol dossubstituídos.

Ideias sem dono"Piratas do mundo, uni-vos e pirateiem tudoque escrevi!", proclamou Paulo Coelho emartigo publicado na Folha de S. Paulo, em29/5. "A época jurássica, em que uma ideiatinha dono, desapareceu para sempre", diz o

escritor, que liberaseus livros nainternet. Segundo ele,quem gostar docomeço da leitura irácomprar o livro no diaseguinte, já que écansativo ler longostextos nocomputador.

|||||Na festa da Fenae: Luciano Caixeta, presidentePedro Eugenio Leite e esposa Isabel Gomes, Carlos Castro,

Isabella Machado e Júlio Greve

|||||Na sede da Contec: Carlos Castro, entreRumiko Tanaka e Lourenço do Prado

|||||Paulo Coelho

Número do REspUma jurisprudência referente ao

Sistema Financeiro daHabitação, incluída no volume

12 da Revista de Direito daADVOCEF (página 259), não

contém o número do recursocorrespondente. Trata-se do REsp

nº 1.110.903, publicado no DJede 15/02/2011. Os editorespedem desculpas pela falha.

Crimes sem castigoDos cerca de 50 mil homicídios ocorridos no país por ano, apenas quatromil (8%) são elucidados e punidos, segundo a pesquisa Mapas daViolência 2011, divulgada pelo Ministério da Justiça. Especialistasouvidos pelo jornal O Globo destacam estas causas: sucateamento dasdelegacias; falta de infraestrutura das polícias técnicas para obtenção deprovas; carência de investigadores; burocracia; falta de integração entredelegados, promotores e a Justiça no andamento dos inquéritos.

|||||Desembargadora Marga Tessler

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Junho | 2011

| Cena Jurídica

13

Procurador de Empresa Pública FederalEm 14/06/2011, foi entregue ao presidente nacional da OAB, Ophir

Cavalcante, o anteprojeto que prevê a criação e estruturação da carreira deProcurador de Empresa Pública Federal. Foi repassada também ao dirigentea composição da Coordenação Nacional da Advocacia em Estatais, que será

integrada por advogados de noveempresas públicas. Representam a

CAIXA os advogados LucianoCaixeta e Felipe Mattos. Segundo opresidente da Anpepf, Otávio Rocha

dos Santos, o presidente da OABdeixou claro "que irá abraçar esta

importante e justa causa dosadvogados de empresas públicas

federais".

Direito AmbientalO advogado Alaim Stefanello, do Jurídico Curitiba/PR, participou do

16º Congresso Brasileiro de Direito Ambiental, inserido no maior eventono país nessa área, promovido pelo Instituto Por um Planeta Verde, de

São Paulo, em 29/05/2011. Alaim dividiu sua palestra em duas partes,tendo como eixo principal os artigos 170 e 225 da Constituição Federal:

1) Meio Ambiente e atividade econômica - enfoque instituiçõesfinanceiras; 2) O conhecimento socioambiental como um "ativo"

econômico. Fez parte da mesa oficial de abertura o diretor jurídicoda CAIXA, Jailton Zanon.

O trabalho nas AméricasNos dias 22 a 25 de agosto de 2011 serão

realizados, no Centro de Convenções daFecomércio, em São Paulo, o 7º Congresso

Regional das Américas de Relações deEmprego e Trabalho e a 5ª ConferênciaBrasileira de Relações de Emprego e

Trabalho. No programa, a participação deespecialistas de alto nível de todos oscontinentes, tratando de temas comoInformalidade e trabalho não regular;

Fronteiras tecnológicas da economia e asrelações de trabalho; Comércio

internacional e as relações de trabalho;Diálogo social, negociação coletiva e a

regulamentação do mercado de trabalho.Mais informações e inscrições:

www.irca2011.com.br.

O presidente da OAB/RS, Claudio Lamachia, visitouo juiz substituto da 2ª Vara Federal de Passo Fundo,

Rodrigo Becker, atendendo reclamações deadvogados pelo aviltamento dos honorários em

decisões proferidas pelo magistrado.Lamachia pediu ao magistrado maior reflexão

nas decisões sobre o trabalhodesempenhado pelos advogados ao longo dotrâmite processual. O presidente da OAB/RSreforçou que os honorários, assim como os

proventos do magistrado, têm caráteralimentar, não são compensáveis e são

fundamentais para a vida do profissional.

Respeito aos honoráriosRodrigo Becker disse que as sentenças com honorários

inferiores foram promulgadas em ações padronizadas, emque os advogados desenvolvem os mesmos procedimentosem diversos processos. Lamachia considerou equivocada a

análise do juiz. "Se não defendemos que os juízestenham seus vencimentos reduzidos por teremproferido sentenças padronizadas ao longo domês, também não podemos aceitar tal postura emrelação ao trabalho desenvolvido pelosadvogados, pois a responsabilidade de ambosestá expressa quando assinam uma peçaprocessual, seja repetitiva ou não", argumentouLamachia. (Fonte: Jornal da Ordem.)

1. 2.

Colaborador para a Revista de DireitoO Jurídico Curitiba/PR recebeu, em 15 de junho, a visitado juiz federal Anderson Furlan, diretor do Foro daSeção Judiciária da Justiça Federal de Maringá,presidente da Apajufe (Associação Paranaense deJuízes Federais) e diretor da Esmafe (Escola daMagistratura Federal). Autor de várias obras jurídicas, ojuiz prometeu enviar um artigo para ser publicado na

Revista de Direitoda ADVOCEF nº 13,edição especialsobre os dez anosdo Estatuto dasCidades. O gerentejurídico AlaimStefanello entregoua Anderson Furlanum dos volumes daRevista de Direito.

|||||Otávio Santos, Carlos Castro e Luciano Caixeta

|||||Claudio Lamachia

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: OAB

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|||||Alaim Stefanello e Anderson Furlan

Ação consignatóriaLevantamento pelo credor de valores consignados pelo devedor nãoextingue o processo, se o credor discorda da importância depositada,decidiu a Segunda Turma do STJ. Segundo o ministro Mauro CampbellMarques, a própria natureza da ação consignatória pressupõe que osvalores depositados são incontroversos, ao menos do ponto de vista dodevedor. O artigo 899, parágrafo 1º, do Código de Processo Civil, aindapermitiria exatamente que o réu na ação de consignação levante, desdeo início, a quantia depositada, mas determina o seguimento do processoquanto aos valores controvertidos. (REsp 1.132.662. Fonte: site do STJ.)

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Junho | 201114

Vale

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sabe

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RápidasTrabalhista. Atraso em audiência. Tolerância. TRT 3

"Muito embora constitua dever das partes chegar com antece-dência para as audiências, o atraso de apenas cinco minutosdo representante legal da reclamada, estando presente à au-diência o seu procurador, não pode ser interpretado com rigorabsoluto de modo a caracterizar a revelia. Em que pese a OJ245 SDI-1 do TST dispor que não existe previsão legal toleran-do o atraso da parte na audiência, tal interpretaçãojurisprudencial não pode ser aplicada com rigidez excessiva,pois ao magistrado incumbe analisar as peculiaridades de cadacaso em concreto. Assim, manifesto o interesse da parte de sedefender, estando o seu procurador presente a sala de audiên-cias e o preposto nas proximidades do prédio, tendo adentradona sala de audiências apenas cinco minutos após o início daaudiência, e antes mesmo de haver a impressão da ata, nãohá como considerar a empresa revel, sujeita aos efeitos daficta confessio." (TRT 3, RO 0000707-14.2010.5.03.0032,Terceira Turma, Rel. Des. Irapuan Lyra, DJe 14/mar/2011.)

Danos morais. Débito em conta. Relação deconfiança entre correntista e gerente. TRF 1

"1. Em havendo uma relação de confiança informal entre otitular da conta corrente e o gerente da agência bancária,responsável por ela, que lhe permite realizar movimentaçõesfinanceiras sem autorização por escrito do mesmo, não sepode querer imputar a instituição bancária, no caso a CaixaEconômica Federal, qualquer tipo de responsabilidade porpossíveis prejuízos daí decorrentes, os quais, ademais, nãorestarem comprovados. 2. Não se configurou na hipótese aexistência de dano indenizável, seja material ou moral, poisnão restou comprovada a relação de nexo entre os fatosrelatados pelo autor e a conduta da instituição bancária ré. 3.Conjunto probatório frágil e que revela a existência de movi-mentação de conta pelo gerente por largo período, sem quehouvesse o autor contra ela se insurgido, valor após a saídado gerente da agência à qual pertence sua conta-corrente."(TRF 1, AC 2008.33.00.014481-7 BA, Sexta Turma, Rel. JuizConv. Antonio Claudio Macedo da Silva, DJe 09/maio/2011.)

PAR. Atraso no pagamento configura esbulho. TRF 3"1. A Lei nº 10.188/07, que institui o Programa de Arrenda-mento Residencial, prevê no artigo 9º que, diante doinadimplemento no arrendamento, findo o prazo da notifica-ção ou interpelação, sem pagamento dos encargos em atra-so, fica configurado o esbulho possessório que autoriza oarrendador a propor a competente ação de reintegração deposse. 2. No caso dos autos, a CEF efetuou notificaçãoextrajudicial válida, mas, não foram realizados os pagamen-tos das prestações em atraso e dos encargos, tornando-seinjusta a posse. 3. Agravo de instrumento improvido". (TRF 3,AI 2009.03.00.034818-2 SP, Primeira Turma, Rel. Des. JuizJohonsom Di Salvo, DJe 10/maio/2011.)

Execução. Juntada posterior do título.Possibilidade. STJ

"2. Os artigos 283 e 614, I, do Código de Processo Civil de-vem ser interpretados de forma sistemática, sem que hajadescuido quanto à observância das demais regras e princípi-os processuais, de modo que o magistrado, antes de extin-guir o processo de execução, deve possibilitar, nos moldesdo disposto no artigo 616 do Código de Processo Civil, que aparte apresente o original do título executivo. 3. Não haven-do má-fé do exequente, conforme apurado pelo Tribunal deorigem, a alegação, sem demonstração de prejuízo, de nãohaver oportunidade para manifestação sobre o original dotítulo exequendo, por ocasião da oposição dos embargos àexecução, não tem o condão de impedir a sua posterior jun-tada." (STJ, REsp 924.989 RJ, Quarta Turma, Rel. Min. LuisFelipe Salomão, DJe 15/maio/2011.)

SFH. Obrigações da incorporadora não podemser atribuídas ao comprador. TRF 3

"Não são imputadas ao comprador do imóvel as obrigaçõesassumidas pela incorporadora junto a CEF (Súmula 308 doSTJ)" (TRF 3, AC 2005.61.00.029337-3 SP, Primeira Turma,Rel. Des. José Lunardelli, DJe 17/maio/2011.)

Justiça gratuita. Multa do § 1º do art. 1° daLei nº 1.060/50. STJ

""3. Por ter natureza punitiva, decorrente da violação dos prin-cípios da lealdade e boa-fé processual, a multa prevista noart. 4º, § 1º, da Lei nº 1.060/50 independe da iniciativa daparte contrária, podendo ser imposta de ofício e a qualquertempo pelo próprio Juiz. 4. O cabimento da multa do art. 4º, §1º, da Lei nº 1.060/50 deve ser apurado no próprio incidenteprocessual instaurado para impugnação do pedido de con-cessão da assistência judiciária. 5. A simples negativa naconcessão da assistência não conduz automaticamente àincidência da multa do art. 4º, § 1º, da Lei nº 1.060/50, de-vendo ser cabalmente demonstrada a intenção da parte deinduzir o Poder Judiciário a erro, se aproveitandoindevidamente do benefício. 6. O não conhecimento da ape-lação não implica, necessariamente, o não conhecimento doagravo retido. Haverá situações em que o Tribunal, antevendoo não conhecimento da apelação, poderá considerar prejudi-cado o julgamento do agravo retido, mas isso dependerá daquestão neste ventilada ter relação direta com o objeto da-quela, o que nem sempre ocorre. Há ocasiões em que o temacontido no agravo retido é absolutamente autônomo em re-lação ao recurso principal, hipótese em que aquele deveráser apreciado independentemente do conhecimento deste,desde que preenchidos os requisitos legais." (STJ, REsp1.125.169 SP, Terceira Turma, Rel. Min. Nancy Andrighi, DJe23/maio/2011.)

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Junho | 2011

| Vale a pena saber

15

Elaboração

Jefferson Douglas Soares e Giuliano D'Andrea.

Sugestões e comentários dos colegas podem ser encaminhadospara os endereços: [email protected] [email protected].

"ADMINISTRATIVO E RESPONSABILIDADE CIVIL OBJETIVA. CDC. IN-CIDÊNCIA. FURTO DE APARELHO CELULAR EM AGÊNCIA BANCÁ-RIA. DANOS MORAIS E MATERIAIS CONFIGURADOS. 1.- A responsa-bilidade civil no processo em tela é objetiva, por força do dispostono CDC. 2.- Considerando que a instalação de porta giratória comdetector magnético implica a instalação de um 'passa-objetos', émais do que legítima a expectativa do consumidor de encontrarem tal recipiente o objeto que ali depositou; quanto tal expectativaresta frustrada, tem-se serviço defeituoso já que "não fornece asegurança que o consumidor dele pode esperar" (art. 14, §1º,caput, CDC). 3.- O furto do aparelho celular da autora, que o utiliza-va como meio profissional e de contato com os parentes, inclusivecom a filha gestante à época dos fatos, justifica o arbitramento daindenização pelo dano moral no valor de R$ 6.000,00 (seis milreais), proporcional às circunstâncias do caso concreto e que nãoacarreta o enriquecimento sem causa, vedado no ordenamentojurídico. (TRF 4, AC 5001407-70.2011.404.7000 PR, TerceiraTurma, Rel. Juiz Conv. João Pedro Gebran Neto, DJe 25/maio/2011.)

Decisão desfavorável Leitura

FGTS. Juros progressivos. Opção após a saída daempresa. Inexistência de direito. TRF 3

"2. Analisando o caso em tela, podemos observar que o autoroptou pelo regime do Fundo de Garantia por Tempo do Servi-ço na vigência da Lei n.º 5.958/73, que conferiu aos empre-gados que não tinham optado pelo regime instituído pela Lein. 5.107/66 e também àqueles empregados que já tinhamexercido a opção em data posterior à do início da vigênciadaquela lei, o direito de fazê-lo retroativamente a 01 de ja-neiro de 1967 ou à data de ingresso no trabalho, se posterioràquela data. 3. Tendo a opção ocorrida posteriormente à datada saída da empresa, não gera direito à incidência dos jurosprogressivos." (TRF 3, AC 2001.61.05.001505-3 SP, Primei-ra Turma, Rel. Juiz Conv. Wilson Zauhy, DJe 26/maio/2011.)

Contrato de renegociação de dívida. Manuseio deexecução possível. TRF 3

"1. O Superior Tribunal de Justiça, após intensa discussão arespeito de qual seria a via processual adequada para cobran-ça dos valores disponibilizados por meio de contratos de aber-tura de crédito, sedimentou o entendimento de que tais instru-mentos, por não reunirem todos os elementos de um títuloexecutivo, não poderiam ser exigidos por meio de execução(Súmula 233). 2. O contrato de confissão e renegociação dedívida não é um contrato de abertura de crédito, reunindo to-dos os requisitos de um título executivo, inclusive a liquidez,de sorte que a ele não se aplica a orientação sumulada doSuperior Tribunal de Justiça. 3. Correta, portanto, a propositurade execução para cobrança da dívida decorrente desse con-trato." (TRF 3, AC 2003.03.99.003566-8 SP, Primeira Turma,Rel. Juiz Conv. Wilson Zauhy, DJe 24/maio/2011.)

Monitória. Embargos. Pedido de liminar.Impossibilidade. TRF 1

"2. Os embargos à ação monitória, porque constituem meiode defesa do réu, não são a via adequada para que estepostule providência acautelatória em seu benefício (retira-da do seu nome de cadastros de inadimplentes), uma vezque, não ostentando ele a titularidade da pretensãodeduzida em juízo, só poderia fazê-lo por meio de açãoreconvencional, o que não ocorreu na espécie." (TRF 1, AC2009.01.00.048667-7 GO, Quinta Turma, Rel. Des.Fagundes de Deus, DJe 06/maio/2011.)

Danos. Morte do permissionário. Inexistência. TRF 1"1. Não prevalece o argumento de que a permissionária deserviços lotéricos, vítima de assalto seguido de morte, esta-va obrigada a depositar os valores arrecadados em decorrên-cia de sua atividade, apenas em agências vinculadas à CEF,visto que inexiste, no Contrato de Adesão paraComercialização das Loterias Federais, cláusula que impo-nha dita obrigação. 2. A redação do Parágrafo Segundo daCláusula Décima Quarta diz respeito, tão somente, à neces-sidade de manutenção de conta-corrente em agência da de-mandada, não havendo nenhum óbice ao depósito dos refe-ridos valores em agências de outras instituições bancárias.3. A Resolução n. 2.707/2000 do Banco Central do Brasilnão obriga a instituição financeira demandada a garantir asegurança dos permissionários lotéricos contra sinistros,como o de que se cuida." (TRF 1, AC 0021083-80.2005.4.01.3800 MG, Sexta Turma, Rel. Des. Daniel PaesRibeiro, DJe 09/maio/2011.)

Juros no Direito BrasileiroAutor: Luiz Antonio Scavone Junior. 4ª Ed. 2011. Ed. RT. 512

páginas.O autor apresenta a evolução histórica dos juros, sua natu-

reza e aplicação no Direito brasileiro. Discorre sobre os temasafetos ao instituto, tais como anatocismo, usura e sistemas deamortização. Dedica um capítulo à relação entre os juros e asinstituições financeiras, de modo a facilitar a compreensão dotema.

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Junho | 201116

| Judiciário

Jurídico da CAIXA participa de evento do Conselho Nacional de Justiça

Litigância reduzidaA CAIXA mostrou,

no seminário "Os 100Maiores Litigantes",promovido pelo Con-selho Nacional deJustiça nos dias 2 e 3de maio de 2011, emSão Paulo, que estácom o número deações estabilizado,com tendência de re-dução das deman-das, graças às açõesa d m i n i s t r a t i v a sadotadas. Apontadapelo CNJ em segun-do lugar entre os principais litigantes dopaís, a CAIXA esclareceu no evento quea maioria das demandas contra a Em-presa decorre do cumprimento de lei,como as relativas aos expurgos inflacio-nários dos planos Bresser, Verão, CollorI e II nas contas do FGTS e nas caderne-tas de poupança.

"Outras, em menor escala, se expli-cam pela forte atuação da CAIXA comoprincipal agente financeiro do SFH e porsua crescente atuação como concessorade crédito nas mais diversas carteiras",explica o advogado Clóvis Konflanz, querepresentou o Jurídico Porto Alegre noevento.

Participaram do seminário, além dopresidente do CNJ, Cezar Peluso, o pre-sidente da OAB, Ophir Cavalcante, mi-nistros dos tribunais superiores,desembargadores, juízes, membros doMinistério Público, representantes dosórgãos de defesa do consumidor, do Mi-nistério da Justiça, Banco Central, AGU,INSS, Concessionárias de Telecomunica-ções, Energia Elétrica, entre outros.

A posição realKonflanz destacou a exposição fei-

ta pelo diretor jurídico Jailton Zanon, queapresentou a "posição mais real possí-vel" da CAIXA, banco múltiplo com maisde 50 milhões de clientes e agente deatendimento de programas sociais. O di-

retor distinguiu as situações em que aEmpresa está no polo passivo e no poloativo das ações.

Entre os projetos já implementados,o diretor informou que a CAIXA adota apolítica de acordos, participando demutirões da Justiça Federal. Jailton fa-lou também da autorização, com a apro-vação de súmulas administrativas, de

Medidas contra a litigiosidadeO diretor jurídico da CAIXA, Jailton Zanon Silveira, comunicou ao presidente do

Supremo Tribunal Federal, Cezar Peluso, a desistência de cerca de 500 processosque tramitam no Tribunal. "É como se o ano de trabalho no STF fosse reduzido emdois meses", comentou Peluso, no encontro realizado em 3 de junho.

Jailton informou a Peluso que cerca de 600 recursos da CAIXA tramitam atual-mente no STF e que a intenção é ficar com menos de 100, relativos a casos sobrecaderneta de poupança. "A CAIXA está se dispondo a deixar no Supremo apenasas questões relevantes para a instituição e que efetivamente mereçam a doutaapreciação dos ministros do Supremo", afirmou Zanon, conforme matéria publicadano site do STF.

Além da desistência de processos, Jailton informou que o advogado da CAIXAagora terá de pedir autorizaçãoà Dijur para recorrer ao Supre-mo. "Com essas duas medidasesperamos que a CAIXA possacolaborar com a luta que é doSupremo, que é de Vossa Exce-lência, que é do Estado, e que éda sociedade, de diminuição dalitigiosidade", afirmou Jailton aopresidente do STF.

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-STF

|||||Jailton, com Peluso: a CAIXA está com a sociedade

dispensas de deverrecursal aos seusadvogados, nãoajuizamento deações de pequenovalor, pagamentosespontâneos emalguns tipos de con-denações e atua-ção na advocaciapreventiva.

Para o advoga-do Clóvis Konflanz,ficaram totalmentedemonstradas asrazões da coloca-

ção da CAIXA no levantamento do CNJ ea intenção da Empresa de diminuir aquantidade de demandas de que faz par-te. "Pena que essas informações aca-bam não chegando ao grande público,que ficou apenas com a informação am-plamente divulgada pela imprensa deque a CAIXA é a segunda maior litigantedo país", conclui Clóvis.

|||||Seminário: estratégias para reduzir a quantidade de ações

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O papel da RevistaC

om

emora

ção

"Fazer a ligação entre osassociados de norte a sul dopaís, trazendo informações, ju-risprudência, doutrina, curiosi-dades, literatura, etc, tudo nointeresse da categoria." Este éo papel proposto e desempe-nhado pela publicação mensalda ADVOCEF, na definição doadvogado Sylvio Gonçalves, doJurídico Belo Horizonte/MG.

Lançada em dezembro de2001, com o nome de Bole-tim da ADVOCEF, a publicaçãopassou a se chamar ADVOCEFem Revista em 2008, chegan-do ao número 100 nesta edi-ção de junho de 2011.

"Em última análise, é a for-ma de nos darmos a conhecerentre os advogados da CAIXA,bem como ao mundo exterior,pelas distâncias continentaisexistentes entre as unidadesjurídicas, eis que os profissio-nais podem ingressar e sair doJurídico de forma completamente anôni-ma", esmiúça o advogado João BatistaGabbardo, da Extensão Jurídica NovoHamburgo/RS.

Daniel Ward, da Extensão JurídicaNiterói/RJ, diz que, antes até da análisedo conteúdo, "sempre muito bom", a edi-ção mensal da Revista confirma a capa-cidade de realização da Associação.Dioclécio Cavalcante, do Jurídico Maceió/AL, acredita que o maior mérito do veícu-

Informativo mensal da ADVOCEF completa 100 edições

lo seja levar informação sobre a catego-ria, uniformemente, a todos.

O presidente da ADVOCEF, CarlosCastro, diz que, entre outras funçõesinstitucionais, o veículo colabora com aprestação mensal das ações da Diretoriae acessa informações e esclarecimentosaos associados, auxiliando nas tomadasde decisões. Dá os exemplos da campa-nha que levou o associado Antonio Carlosao Superior Tribunal de Justiça, do proje-

to que ampliou a arrecada-ção de honorários e o movi-mento grevista dos profissi-onais da CAIXA.

Para o presidente doConselho Deliberativo daADVOCEF, Davi Duarte, a Re-vista mensal, assim como aRevista de Direito e o Con-gresso anual, resiste ao tem-po porque há um grupo tra-balhando em sua manuten-ção e porque recebe o apoiode muitos associados. "Éuma vitrine ao mundo jurídi-co e uma grande oportunida-de de a ADVOCEF realizar umtrabalho institucional, divul-gando a existência, pujançae força de nossa Associação."

Segundo o diretor de Co-municação, Roberto Maia, aRevista quer ser espelho per-manente do pensar da Asso-ciação e de seus membros."Temos a segura sensação de

que a ADVOCEF e seus associados, a cadamês, mais e melhor se identificam comocategoria, com uma unidade de agir e depensar-se como um mesmo corpo."

A marca 100O advogado Sylvio Gonçalves afirma

que 100 edições coroam o trabalho sé-rio desenvolvido na Revista, que de meroinformativo se tornou um veículo eficien-te, "com um padrão de impressão mo-

"No lançamento da Revista de Direito,Alaim Stefanello referiu-se a uma passagemdo escritor Eduardo Galeano:

- Dizia ele que, certa vez, olhou para ohorizonte e viu a utopia. Então ele deu doispassos para tentar alcançá-la e viu que a uto-pia se distanciou dois passos. Ele andou maisdez passos em sua direção, e ela se afastoumais dez passos. Ele correu mais vinte pas-sos para chegar até a utopia, e ela correu dele |||||Eduardo Galeano: uma descoberta vital

Para que serve a utopiaoutros vinte passos. 'Mas para que serve, en-tão, esta tal utopia?', questionou-se o autor.'Para isso, para nos fazer andar!'

Concluiu Alaim:- Com esta Revista de Direito da ADVOCEF

nós estamos fazendo isso, iniciando o primei-ro passo em busca da nossa utopia, que é avalorização profissional da nossa classe."

(Matéria "O primeiro passo", publicada noBoletim da ADVOCEF de setembro/2005.)

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Junho | 201118

Com

emora

ção

derno, enxuto e de agradável leitura". Oprojeto se consolidou, constata o advo-gado Edson Monteiro. Significa que é fru-to de um trabalho sério e competente,endossa Raimundo Dutra Filho.

João Gabbardo entende que símbo-los como o número 100 possuem umcaráter místico, difundido pelaNumerologia, próprios para serem come-morados. Mas o que realmente impor-ta, para ele, é que a publicação se reno-ve a cada edição, mantendo aatratividade.

Daniel Ward diz que a conquistadeve ser celebrada, como demonstraçãodo ânimo dos advogados. "Unidos, bemmais fortes."

Dioclécio Cavalcante afirma que acentésima edição mostra o amadureci-mento da ADVOCEF e a confirmação deuma política de comunicação que deucerto.

O ex-presidente da ADVOCEF, AltairRodrigues de Paula, elogia na Revista acomunicação que estabelece entre osassociados e a divulgação da atuaçãodeles às outras áreas da CAIXA e órgãosgovernamentais. Nesse sentido, acha

que a tiragem deveria ser aumentada,para possibilitar o envio de um exem-plar, no mínimo, a cada unidade da Em-presa.

Altair diz que a marca de 100 edi-ções, alcançada por poucos periódicos,justifica a comemoração. Ele distingueas três últimas edições, que, a seu ver,trataram "de forma brilhante" os temassobre o Dia da Mulher, os preparativospara o XVII Congresso, a indicação doadvogado Paulo Roberto dos Santos paraa Vice-Presidência de Logística e a no-meação de Antonio Carlos. Nesta últi-ma edição, ressalta também "a respos-ta tempestiva do nosso presidente à re-vista Época".

As preferênciasRoberto Maia inclui entre os desta-

ques da trajetória da Revista a criaçãodo encarte técnico Juris Tantum, cami-nho escolhido para divulgar material desuporte profissional. "Nessa mesma li-nha, a introdução da coluna Vale a PenaSaber, mosaico permanente e atualiza-do de notícias jurídicas, editada por doiscompetentes e dedicados profissionais."Maia se refere aos advogados JeffersonSoares, do Jurídico Campinas/SP, eGiuliano D'Andrea, ex-CAIXA, atualmen-te na Defensoria Pública.

De tudo que já leu, o advogadoRaimundo Dutra Filho gostou especial-mente da reportagem sobre a indicaçãode Antonio Carlos.

Sylvio Gonçalves gosta de ler na Re-vista as crônicas e o suplemento JurisTantum, que divulga assuntos atuais efrequentes nos debates jurídicos. Alémdas matérias de interesse da categoria,Daniel Ward destaca a "sempre diverti-

|||||Gabbardo: é a forma de nos conhecermos

O número um"Dentre todos os problemas

que temos enfrentado, um dos quemais preocupavam esta Diretoria eos associados era a ausência de uminstrumento de comunicação efeti-vo, para atuar como elo deestreitamento entre todos os inte-grantes desta nossa comunidadeprofissional."

O parágrafo acima abre o edi-torial do primeiro número do Bole-tim da ADVOCEF de novembro e de-zembro de 2001, antecessor des-ta ADVOCEF em Revista. "Um pro-blema a menos", indicava o título.O então presidente da ADVOCEF,Luis Fernando Miguel, apresentavaa reedição do projeto de comuni-cação, que havia iniciado em 1993com o Jornal da ADVOCEF, na ges-tão do primeiro presidente, JoséGomes de Matos Filho.

"Esperamos dessa forma repro-duzir, ao longo do ano, o sentimen-to de força e unidade que experi-mentamos nos congressos", anun-ciava o presidente Luis Miguel, con-tando com o veículo para a supera-ção dos problemas que enfrenta-vam.

Como se sabe, as dificuldadesforam vencidas, e vieram outras,que também foram superadas, etodas foram incluídas na galeria deconquistas da categoria, devida-mente retratadas pela publicaçãomensal.

"Após sete anos de circulação ininterrupta,o Boletim da ADVOCEF assume oficialmente adesignação de 'revista', troca a logomarca einstitui outras mudanças no aspecto gráfico eeditorial. Sucessor do Jornal da ADVOCEF, cria-do em 1993, o Boletim, que foi lançado em2001, há tempo cumpria funções característi-cas de revista, em conteúdo e forma. Tantoque assim era tratado, na correspondência en-viada para a redação."

(Matéria "Mudança de Conceito",publicada na Revista de

setembro/2008.)

O Boletim vira Revista

|||||A capa do primeiro Boletim da ADVOCEF

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A advocacia da CAIXAO primeiro Juris Tantum, encartado na edição 2 do Boletim da ADVOCEF,

trazia o texto "O exercício da advocacia na CAIXA", extraído de palestra de Francis-co Xavier da Silva Guimarães, proferida no VII Congresso da ADVOCEF, em outubrode 2001. O autor, advogado aposentado da CAIXA, releu a obra e autorizou, semalterações, a republicação no Juris Tantum des-ta edição.

Na verdade, o assunto continua na agendade prioridades dos advogados da CAIXA. Vejacomo o autor analisa o artigo hoje:

"Sua abordagem parte de conceito publicistaconferido à empresa pública, conceito esse aque se filia o autor e que se fundamenta na in-tervenção estatal no domínio econômico, visan-do coibir abusos na concentração de lucros fa-bulosos em poucas mãos, em detrimento da co-letividade, ora para evitar que se reduza a pro-dução de bens consumíveis ou utilizáveis, emvirtude da pouca rentabilidade que desestimulaa atividade pelo particular, privando a popula-ção de bens e serviços necessários ao desenvol-vimento social e melhoria na qualidade de vida."

|||||Francisco Guimarães: escreveu oprimeiro texto do Juris Tantum

|||||Daniel: capacidade de realização confirmada

"Ser ou não ser, questionava o mestre Shakespeare,nos idos dos 1600. Não imaginava o grande teatrólogo queadentrando nos tempos do terceiro milênio a per-gunta se manteria atual, não mais no campo dasaltas indagações existenciais, mas no prosaicouniverso de um grupo de advogados de umagrande corporação financeira, eventualmen-te brasileira.

Pois a crise de identidade permeia os co-rações e mentes dos advogados da CAIXAnestes idos dos 2000.

A cada dia a pergunta se apresenta: ser ounão ser advogado da CAIXA, da Emgea, da União,do Estado do Rio Grande do Sul, do Meridional, da

A dúvida de ShakespeareHabitasul, da Caixa Estadual RS, e por aí vai a longa lista.

A dúvida emerge arrasadora a cada nota de expe-diente lida, a cada peça elaborada e, mais, em cada

audiência realizada.Neste último caso, a dúvida se faz acompa-

nhar de um sentimento de constrangimentoinenarrável. É necessário, antes de qualquerprocedimento, elaborarmos uma pequena bi-ografia pessoal para que o MM Juiz entenda opapel que interpretaremos na audiência."

(Trecho do artigo "Ser ou não ser",da advogada Maria Elizabeth da Silva Borges,

do Jurídico Porto Alegre/RS, publicado noBoletim da ADVOCEF de junho/2007.)

da" leitura dos textos do cronista ÉderLópez. João Gabbardo lembra da cober-tura da greve histórica realizada pelosadvogados da CAIXA em 2009, "cujamagnitude e alcance é inesgotável".

Davi lembra a importância da divul-gação das medidas tomadas no período,já que, aderindo à paralisação, a maioriados profissionais ficou sem acesso àsmensagens eletrônicas no ambiente daCAIXA. "Foi um dos pontos-chave de umaatuação nova e até então desconhecidado veículo", comenta Roberto Maia.

A matéria que ficou na lembrançade Carlos Castro foi veiculada no exatomomento em que ele tomou posse noXVI Congresso, em Gramado. Foi quan-do soube de uma matéria com críticasao diretor jurídico Antonio Carlos. "Ape-sar de se tratar de opinião pessoal deum colega, tive ali já a certeza de queenfrentaríamos problemas. Costumo atébrincar afirmando que assumi a presi-dência da ADVOCEF em guerra com aequipe da Dijur, mas nada que tenha meimpedido de buscar o diálogo, e ao finalprevaleceu a paz, como de costume nacultura da nossa Empresa."

Uma sugestãoPara aperfeiçoar a edição da Revis-

ta, Sylvio Gonçalves sugere a criação deuma seção permanente que trate daquestão dos honorários com práticas quederam certo e jurisprudências favoráveis.Ele gostaria também que se publicasse oranking das unidades no processo de ar-recadação.

O mesmo caminho é apontado porDaniel Ward, que gostaria de ver no espa-ço um advogado da CAIXA apresentando

a estratégia de defesa e as tesesque utilizou em determinada de-manda. "Seria ainda mais provei-toso se tivéssemos maiordetalhamento dos casos,notadamente aqueles que ver-sam sobre a cobrança dos nos-sos honorários." Embora o Fórumdo site da ADVOCEF já publiquematerial desta natureza, Danielacha que a Revista garantiriamaior divulgação, com a vanta-gem de uma exposição mais sis-tematizada dos casos.

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O lugar da crônicaC

om

emora

ção

Imprescindível em qualquer veículojornalístico, a crônica ocupa lugar de des-taque também na publicação mensal daADVOCEF. Um grupo de escritorestalentosos, com a mesma competênciaque dedica à rotina jurídica da CAIXA, fazdo espaço editorial leitura obrigatória,desde os primeiros números.

Em artigo publicado na revista do Tri-bunal Regional do Trabalho da 3ª Região,a juíza Mônica Sette Lopes afirma que oDireito faz, ele próprio, a crônica de suaexistência. Professora e doutora em Filo-sofia do Direito, Mônica detecta que a crô-nica "está na narrativa que cabe nos ar-gumentos dos advogados e nas decisõesdos juízes e também no modo como ateoria se afasta ou se aproxima dos da-dos concretos".

A tese é parecida com a do advogadocronista Arcinélio Caldas, da ExtensãoJurídica Campos dos Goytacazes/RJ. Paraele, o trabalho desenvolvido pelos cole-gas escritores "denota que o advogadoescriba e o escriba advogado se fundemnuma só pessoa, ao realçar o talento e oregistro de atos e fatos constatados nocurso da vida".

Um dos pioneiros na seção de crô-nicas, Éder Maurício Pezzi López, ex-ad-vogado da CAIXA e hoje vinculado à

O curso da vida relatado pelos advogados cronistas

União em Rio Grande/RS, diz que umadas melhores coisas de escrever naRevista é receber o retorno dos leito-res. "Os textos que mais geraram co-mentários foram os que escrevi sobreas relações jurídicas que travava com omeu cachorro. Engraçado, mas ele mor-reu justamente anteontem, e não vaipoder ver o número 100 da Revista.Esse retorno é uma das coisas de que

mais sinto falta depois que saí dos qua-dros da CAIXA."

O retorno dos leitoresÉ natural que os textos publicados

acabem atraindo opiniões para seus au-tores, comenta Rogério Spanhe da Silva,do Jurídico Porto Alegre. Ele já recebeucumprimentos por crônicas consideradasinteressantes, curiosas ou divertidas oupor causa de afinidade com a ideialançada em algum artigo.

Logo após a publicação do conto "OValor do Voto", do advogado ArcinélioCaldas, na edição de julho de 2010, ojornalista Joca Muylaert pediu para postá-lo no seu blog Carraspana Campista. Al-gumas semanas depois, Arcinélio rece-beu e-mail do escritor João Carlos Fon-tes, de Governador Valadares/MG, elogi-ando o trabalho publicado e pedindo umexemplar da Revista. O colega JudsonCamata, da Gilie/VT, folheou o periódicona unidade jurídica do Espírito Santo etambém mandou consideraçõeselogiosas sobre o conto "Agência Espaci-al na Ursa Menor", dedicado aos 150 anosda CAIXA.

Várias crônicas do advogado FranciscoSpisla, da Extensão Jurídica Londrina/PR,

|||||Éder López: as relações jurídicas mantidas com o cão

O voto"O mesário separou uma cédula com o meu

nome e disse que era voto nulo, pois o eleitortinha acrescentado na cédula, à frente domeu nome, a palavra veado. Eu protesteialegando que o reduto da votação erameu, eu era o mais votado em todas asurnas e não poderia ter o voto anulado,uma vez que a intenção do eleitor foi ade votar em mim e a obrigação domesário é aproveitar ao máximo a inten-ção do eleitor. Ele então perguntou: 'Você éveado?' Respondi com todas as minhas for-ças: 'Para não perder o voto, hoje eu sou!'"

("O Valor do Voto", de Arcinélio Caldas, naRevista nº 89, de julho/2010.)

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receberam comentários elogiosos decolegas, alguns também colaboradoresda Revista. A crônica "Natal Pagão" cir-culou entre os juízes federais e "Que Pres-sa é Essa?" mereceu "uma carta bastan-te simpática de um juiz, que, na verdadeera uma outra crônica". Por ter valoriza-do, nesse texto, a fila de banco comoum bom lugar para pôr a leitura em dia,Spisla recebeu também algumas críti-cas.

Mas a crônica mais comentada deSpisla foi "A Religião Futebol", por veremnela uma "saborosa e intrigante" mistu-ra dos temas com a História. "Minha fi-lha achou que era verdade que eu tinhaencontrado aquele diário e um colegame censurou porque eu teria me apro-priado indevidamente de um documen-to histórico."

O fato mais curioso, segundo Spisla,foi uma leitora do texto ter entrado emcontato para discutir problemas de fé,"e, de uma forma velada, pedindo orien-tação, coisa que eu jamais esperava quepudesse acontecer". Spisla até se ani-mou a continuar a história, projeto queaguarda tempo de dedicação exclusiva.

Os autores leemApaixonados pelo gênero, os advoga-

dos são também leitores de seus cole-gas autores. André Falcão de Melo, doJurídico Maceió/AL, começa a leitura daRevista pela seção literária. Gosta parti-cularmente dos textos de Leopoldo Viana(João Pessoa/PB) e guarda na memória

"Em sua vida pregressa, o cachor-ro tinha livre trânsito no quarto da mi-nha esposa, direito esse que lhe foi su-mariamente tolhido na primeira noiteem sua casa nova. Em suaslamentações do outro lado da porta,eu podia até ouvir: 'a lei não prejudica-rá o direito adquirido, o ato jurídico per-feito...' Pensei em gritar pra ele que ocasamento era uma espécie de poderconstituinte originário, mas acabei ati-rando o chinelo na porta e resolvendoo problema na base do 'fato do prínci-pe'".

("Meu Cachorro e o Direito", deÉder Maurício Pezzi López, na Revista

nº 72, de fevereiro/2009.)

"Você que agora está lendo esta crô-nica, eu que a escrevi e oBoletim em que será elapublicada talvez nuncatenham existido, sequerexistam neste instan-te. Por mais incrívelque seja para alguns,há um númerosignificante de pensa-dores que acreditamque, depois desta, nãohá outra, nem melhornem pior. Simples-mente, não há. Ora, seassim for considerado,certamente que após a

A fénossa morte simplesmente não sabe-remos que existimos. Não existindonada, porque nunca saberemos que

existimos, estas notas não foram es-critas, não foram lidas, muito

menos publicadas, ape-sar de, por algumespaço de tempo,quem as leu até asconsidere comoexistentes, até sua

própria morte."("Feneceu", de

Leopoldo Viana BatistaJúnior, no Boletim da

ADVOCEF nº 60,de fev/2008.)

um outro, que destaca a utilidade da filapara a leitura, mas não lembra o nomedo autor.

O texto é de Francisco Spisla, que,por coicindência, sem saber da citação,elogia uma crônica do colega que tratado uso excessivo de termos em inglês.Mesmo não sendo um radical no assun-to, Spisla se incomoda com o uso de pa-lavras estrangeiras sem critério criativo elógico. "Algumas vezes o negócio é tãoabsurdo que fico irritado, como outro diaem que vi em um anúncio numa loja,'30% off de desconto'".

Dois textos ficaram na lembrança deArcinélio Caldas: "A Gazeta de Jerusalém"(do cronista externo Antônio Prata) e "AEstranha Mania da CAIXA", de Éder López.O primeiro, pela percepção do autor so-bre mudanças realizadas ao longo dosséculos; e o segundo, pela constataçãode mudanças permanentes numa empre-sa do porte da CAIXA.

Vários outros cronistas advogados jáforam publicados nos dez anos de exis-tência desta Revista. Entre eles, Jaymede Azevedo Lima, Leandro Cabral Moraese Wilson Malcher.

O cachorro

|||||Arcinélio: o advogado e o escriba são um só

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| CrônicaC

om

emora

ção

A nossa ADVOCEF em Revista chegaao número 100. Sem dúvida, e desculpemo trocadilho infame, esta é uma marca quenão se pode desprezar. Afinal de contas,são mais de dez anos cumprindo a mis-são de expressar as ideias, os sentimen-tos e anseios de toda uma categoria.

Além disso, missão de trazer informa-ção técnica, ensejando a necessária atua-lização, provocando debates e um poucode entretenimento, como, por exemplo,nos convenientes relatos de viagens e di-vertidas crônicas.

É possível afirmar, sem qualquer ris-co de erro, que o número cem, através detodos os tempos, foi e sempre continua-rá sendo uma marca singular, como umdivisor de águas entre o que é efêmero eo que veio para ficar, ao menos ficar mui-to tempo.

Os egípcios, no seu sistema de conta-gem, a cada marca de cem trocavam osímbolo, sendo representado por uma es-pécie de corda enrolada, como um pontode interrogação sem o pontinho embaixo,certamente o sinal de uma grandeza fe-chada, firme e resistente. Todos sabemosa importância da corda como utensílio detrabalho nas civilizações antigas.

A palavra a cem por umRogério Spanhe da Silva (*)

No Reino Unido, assim como em vári-os outros países, a salva real era de cemtiros, ou de cem mais um, como margemde segurança. Com o passar do tempo, onúmero de tiros disparados pelos canhõese mosquetes passou a caracterizar a consi-deração que merecia o visitante estrangei-ro que chegasse a uma instalação militar.

O número cem, considerado como par-te de um todo, sob qualquer ótica se desta-ca dentro de uma grandeza maior.Microcosmo inserido no macrocosmo. Por-ção individualizada, que possui função es-pecífica dentro do contexto mais amplo.Atribui uma qualidade específica ao que éenumerado.

Também vamos encontrar referênciaao número cem na Bíblia, como no Evange-lho Segundo São Mateus, 13,23: "E o querecebeu a semente em boa terra, este é oque ouve a Palavra e a entende, e dá fruto,e assim um dá a cento, e outro a sessenta,e outro a trinta por um". Fácil observar comoo escritor bíblico ressalta aquele que comoboa semente dá fruto a cem por um.

Efetivamente, cem não é um núme-ro qualquer. Parafraseando o evangelista,

é possível afir-mar que aque-la sementelançada no jálongínquo anode 2001 ren-deu bons fru-tos, de congra-çamento, devalorização ede reconheci-mento, de fixação da identidade de todauma categoria, que se avaliou e se reco-nheceu como parte importantíssima evital deste gigantesco e vibrante organis-mo chamado Caixa Econômica Federal.

Por fim, não poderia deixar de ex-pressar minha alegria e uma ponta deorgulho em ter podido colaborar, embo-ra com modestíssimas contribuições,com esse trajeto de sucesso de nossaADVOCEF em Revista. Que essa primei-ra centena, a par de toda a sua força esimbolismo, seja apenas a primeira deoutras tantas.

(*) Advogado da CAIXA(*) Advogado da CAIXA(*) Advogado da CAIXA(*) Advogado da CAIXA(*) Advogado da CAIXAem Porto Alegre/RS.em Porto Alegre/RS.em Porto Alegre/RS.em Porto Alegre/RS.em Porto Alegre/RS.

A matemática é uma ciência exata.Assim é que dizem principalmente osmatemáticos e todos aqueles que ausam como argumento. E eu confirmoque é exata mesmo. Um mais um maisum será sempre três, aqui, na China, naLua, no Céu, no Inferno, em qualquer lu-gar. E mesmo que alguém venha com o"depende", com certeza não quer discu-tir certeza, e sim adentrar nos meandrosda metafísica, ou das metáforas, da po-esia, da filosofia, e até da religião. Istomesmo, da religião. Pois não é a ideia daSantíssima Trindade dos cristãos? Um sóDeus em três Pessoas? Então, nesse casoa soma seria relativa.

| Crônica

As cem sensacionaisFrancisco Spisla (*)

Fiquem calmos, não estou querendo dis-cutir filosofia, ou mesmo teologia. Isso é ape-nas um mote para chamar a atenção de quequando falamos em quantidades, pela mate-mática, elas são concretas, e podem ser so-madas, subtraídas, multiplicadas e divididas.Mas, são inalteráveis e constantes. Um é sem-pre um, dois são sempre dois, três são sem-pre três, quatro... (está parecendo a brincadei-ra do "um elefante incomoda muita gente, doiselefantes incomodam, incomodam muitomais..."). Continuem calmos, também não voudar aula de matemática. O que quero dizer,finalmente, é que quantidade é sempre igual.

Assim, cempombinhas sãocem pombinhas. Eos cem cocôs daspombinhas são os cem cocôs, independen-temente do estrago que provoquem e dascarecas que atinjam.

No entanto, os resultados das quanti-dades podem sofrer avaliações diferen-tes. Vejam bem, avaliações, mas as quan-tidades são sempre as mesmas. Assim,cem segundos pode ser muito pouco tem-po (não dá dois minutos) para o namora-do que se despede de sua amada, mas é

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| Crônica

Nunca duvidem da ADVOCEFAndré Falcão de Melo (*)

muito tempo para quem está apertado eesperando sua vez de ir ao banheiro. Cempassos não dão cem metros, na média, éclaro. No entanto, cem passos até a fron-teira de um país, para alguém que buscaa liberdade e está com perseguidores noseu encalço, é uma distância muito, mui-to longa.

Cem dias não dão quatro meses, epassam rápido. Cem anos, no entanto, é

um século. Mas esses cem anos, depen-dendo da ótica, podem passar rápido ouvagarosamente. Quem vive cem anos vivemuito (exceto a tartaruga, para quem estaidade é o início da adolescência). Ah, e vejao cachorro. Com 26 anos tem uma idadecorrespondente ao de um ser humano (sebem que o Rogério Magri, o ex-ministro doCollor, considera-os na mesma condição)de 138 anos, se não me engano.

E o número 100 pode representar tam-bém coisas importantes, como a Revista daADVOCEF. E também é uma festa, podendoconvidar o primo do "C", o "S". Assim, a revistaCEM demonstra que todo esse tempo foiuma oferta sem limites, sem medo, sem cen-sura de informações e entretenimento. Foi,é, e continuará sendo sensacional.

(*) Advogado da CAIXA(*) Advogado da CAIXA(*) Advogado da CAIXA(*) Advogado da CAIXA(*) Advogado da CAIXAem Londrina/PR.em Londrina/PR.em Londrina/PR.em Londrina/PR.em Londrina/PR.

Feito o convite, e prontamente aceito -como doravante narrarei melhor -, vi-menuma autêntica sinuca de bico, num quaseinexpugnável mato sem cachorro. Aliás, nãoimagino no que a Kika, a cadelinha-irritada-azuretada-poodle que mora conosco des-de o ano 2000 (velhinha, já, acho), iria aju-dar-me se me deparasse no mato com ela,mais desorientada do que eu, como o é.Mas alguma serventia deveria ter, cachorra(desculpem, cadela) que é, caso contrário afrase não viraria chavão (nome horrível, porsinal). Falar nisso, havia me prometido con-tribuir empenhadamente pela extirpaçãodefinitiva de clichês e chavões. Mas comofazê-lo, sem criatividade, sem disposição in-telectual, sem brilho como me encontro?Ainda mais, ironia das ironias, para escre-ver no fascículo de número sem, ops!, cem,da revista!...

Sinceramente! Não, sinceramente,não. Porque é claro que é sinceramente.Se sinceramente não tem por que não ser,desnecessária a ênfase. Mantê-la, aliás,pode, por isto mesmo, até depor contra.Assim, refaço o início, para simplesmenteafirmar: senti-me honrado. Isto, isto mes-mo: honrado. Senti-me. Feliz, diria mais. Esinto-me, porque também estou, deveras(!)aperreado, uma vez atrasado no cumpri-mento do compromisso que me honrou.

A honra se deve ao convite para fazeruma singela homenagem em forma de crô-nica ao fascículo de nº 100 desta ADVOCEFem Revista. O que poderia responder? Acei-to (como lá atrás ventilei)! Nessas coisasnão costumo titubear. É sim. Depois a gen-te vê... Mesmo sabendo que seria umaenorme furada, afinal também tinha aindisfarçável consciência de que nem delonge atenderia ao tanto de que eram

merecedores a homenageada, o seu cen-tésimo fascículo e a sua brilhante equipe -desde os notáveis colaboradores, colegasde profissão e de crônicas e contos, pas-sando pelos responsáveis pelas belíssimasilustrações, capa, contracapa e projeto grá-fico, pela editoração eletrônica, pelas óti-mas matérias jornalísticas e Conselho Edi-torial de escol.

Eu dizia que são 100 fascículos, com-pletados agora, mas a bela história da re-vista começou lá atrás, antes até dela mes-ma, com o então Jornal da ADVOCEF (nosanos 1990). Somente em 2001 surgiu oBoletim da ADVOCEF, agora já a revista,até ter o nome e a formatação atual.

Interessante destacar que a ADVOCEFsempre enxergou a necessidade premen-te de criar uma mídia que lhe conferissemaior visibilidade, que se tornasse um efi-ciente canal de voz, seja em face da admi-nistração da CAIXA, seja em face dos pró-prios advogados da Empresa. Tanto assimo é que, criada a Associação em agosto de1992, já no ano seguinte circulava o pri-meiro fascículo do Jornal.

Em pouquíssimo tempo, portanto, des-de o surgimento da nossa Associação, osadvogados da CAIXA ganharam um perió-dico corporativo que dignifica e orgulha asua profissão, a sua luta, a sua história, oseu conhecimento técnico-jurídico, a suaexcelência. Um excelente periódico parauma excelente corporação.

Não vou negar, porém, que é para aspáginas da crônica ou do conto que pri-meiro parto assim que recebo meu exem-plar mensal. Por razões decerto óbvias.Aqui tenho lido belos exemplos de litera-tura. Daquela literatura dos que não têmtempo para ela, mas a trazem amarra-

das a si, comoum fardo tãosolitário quan-to prazeroso,para afinal en-contrar, aqui, oespaço para oalento do desa-guar.

Falando nostextos literários eno espaço quelhes abre a Revista, não espanta tenha pa-rido uma filha bela, a Revista de Literaturada ADVOCEF (2010), trabalho gráfico ex-celente, de conteúdo primoroso, perfilan-do, em síntese sugestiva, o talento do pes-soal que trabalha na área jurídica da CAI-XA. Tive a alegria de ver dois contos meusincluídos entre as obras da antologia. Nãoé difícil entender por que me seria impos-sível negar a escrita dessas mal traçadaslinhas (ah!, os clichês...).

Quanto às matérias técnico-jurídicas ejornalísticas, estrelas maiores da Revista,nada ficam a dever a qualquer periódicocorporativo publicado. Antes, é um orgu-lho, como o é ser advogado da CAIXA.

Falando na querida cliente e patroa,cuja defesa diuturna realizamos com tan-to denodo, dedicação e competência, en-cerro a crônica, parafraseando o presiden-te da Empresa, para dizer aos que eventu-almente possam não ter acreditado na nos-sa Associação e em sua força, da qual estaRevista é um dos mais caros emblemas:nunca mais duvidem(os) da ADVOCEF.

(*) Advogado da CAIXA(*) Advogado da CAIXA(*) Advogado da CAIXA(*) Advogado da CAIXA(*) Advogado da CAIXAem Maceió/AL.em Maceió/AL.em Maceió/AL.em Maceió/AL.em Maceió/AL.

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Junho | 2011 I

Suplemento integrante da ADVOCEF em Revista | Ano X | Nº 100 | Junho | 2011

O exercício da advocaciana CAIXA

Os subsídios oferecidos condu-zem-me a admitir que os itens a se-rem enfrentados são desdobramen-tos ou consequências lógicas deuma grande indagação que buscasaber: Quem é o advogado da CAIXA– advogado público ou privado?

A indagação que, nos dias dehoje, continua atual e pertinentesempre frequentou os debates en-tre os advogados da CAIXA, desdeque se operou a extinção das anti-gas autarquias e a criação da em-presa pública num processo, muitopeculiar e complexo, que seconvencionou chamar de unificaçãodas Caixas Econômicas Federais.

Penso que a resposta só poderáser encontrada na definição de em-presa pública, nos métodos de suaatuação e nos fins públicos que ob-jetiva atingir e preservar.

Quem se detiver no estudo dasleis as quais autorizam a criação econstituição das empresas públicas,no Brasil, principalmente sobre asprimeiras que surgiram entre nós,verif icará, desencantado, queestamos gravitando, até hoje, em tor-no da antinomia existente entre seusprincípios essenciais.

Paradoxalmente, as proposi -ções tendentes a disciplinar a em-presa pública, embora se apresen-tem fundadas em princípios verda-deiros, são formuladas por posi-ções antagônicas, exc ludentesumas das outras, acolhidas não porcritérios técnico-jurídicos, mas ao

Francisco Xavier da Silva GuimarãesAdvogado da CAIXA, aposentado.Foi membro do primeiro Conselho deContribuintes do Ministério da Fazenda.Exerceu no Ministério da Justiça, dentreoutros, os cargos de Diretor doDepartamento de Estrangeiros e deSecretário Nacional dos Direitos daCidadania e Justiça. Ocupou o cargo deCorregedor da Advocacia Geral da União.Foi Consultor Jurídico do Ministério doEsporte. É membro efetivo do Instituto dosAdvogados do Distrito Federal, do qual foiseu Presidente.Escreveu as obras: “Medidas Compulsórias,a Deportação, a Expulsão e a Extradição”(Forense, 2ª edição, 2002), “Nacionalidade– Aquisição, Perda e Reaquisição (Forense,2ª edição, 2002), “Regime Disciplinar doServidor Público Civil da União (Forense,2ª edição, 2006), “Direito ProcessualAdministrativo” (Editora Fórum, 2008).

sabor das conveniências políticasde momento.

É o que se dá, por exemplo, emrelação:

- à personalidade jurídica priva-da fixada em razão da exacerbadaficção ou excessivo pragmatismo quemais parece indicar os meios a se-rem empregados, em contraste comos fins de interesse público que bus-ca atender;

- o objetivo empresarial, emer-gente de sua nominação, que visa olucro e a competição com a iniciati-va privada, a configurar o Estado em-presa, em oposição à mera atuaçãointervencionista para suprir a carên-cia da iniciativa privada em determi-nado setor;

- a natureza de seu patrimônio,a vinculação ministerial, o controlepúblico e sua inclusão como entida-de integrante da administração pú-blica indireta, em confronto com aatuação própria da iniciativa privada;

- o exercício de atividades típi-cas do Estado que é o de intervirno domínio econômico, suprindocarências da iniciativa privada, emvirtude dos imperativos da seguran-ça nacional e de relevante interes-se coletivo, a tornar presente aindisponibil idade dos interessespúblicos confiados às empresas pú-blicas.

As extremadas posições (orapublicista, ora privatista) deram en-sejo, então, a que surgisse, como al-ternativa válida, corrente de pensa-

mento jurídico tendente a harmoni-zar as posições em conflito.

Pessoalmente, sempre acheimais coerente a posição publicistana consideração de que, sendo, naCAIXA, tudo estatal – origem, fim, or-ganização, função, fiscalização, tu-tela e capital exclusivo da União –,seria aberração jurídica considerá-la de direito privado.

Inclinei-me, também, pela cor-rente publicista, forte no argumentode que a pessoa jurídica tem sua gê-nese contaminada pelo comporta-mento de seu criador e a moral quelhe emprestam seus dirigentes, no-meados pelo poder público, sujeitos

Palestra proferida no VII Congresso Nacional da ADVOCEF, em outubro de 2001 (*)

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Junho | 2011II

às regras ditadas para a administra-ção pública, que tais entidades inte-gram.

Lembro-me que, em determinadomomento, o insigne administrativista,Professor PAULINO JACQUES, referin-do-se à empresa pública, indagouperplexo: “Que bicho é esse que temcorpo de leão, rabo de leão, pata deleão, cara, focinho e juba de leão enão é leão?”

Esse entendimento, todavia, nãome impediu de buscar meios que di-rimissem as dúvidas, por intermédiode uma lei orgânica como soluçãopara os conflitos em torno da empre-sa pública, que se utilizaria de meiosprivados para atingir os fins públicosidealizados em lei.

Bem retrata a posição dos advo-gados da CAIXA o trabalho resultan-te de cuidadosa investigação cientí-fica, que apresentaram e foi aprova-do no II CONGRESSO BRASILEIRO DEDIREITO ADMINISTRATIVO, realizadonos idos de 1976, no Rio de Janeiro,cujo título demonstra a via escolhidacomo sede dirimente dos conflitosinstitucionais: “A edição de lei orgâ-nica como solução adequada eimpositiva para sistematizar odisciplinamento jurídico-legal da em-presa pública federal”.

De lá para cá, 25 anos se passa-ram e nada de novo parece ter surgi-do que contribuísse, de forma deci-siva, em favor de uma definição cla-ra sobre a empresa pública, que, naforma do art. 37 da Constituição Fe-deral, continuou participando da ad-ministração pública indireta, sujeita,portanto, à obediência, dentre outros,dos princípios da:

- legalidade: significando que oadministrador público só pode fazero que está expressamente autoriza-do em lei. O governo é de Lei e nãode homens. O princípio, assim, vedaa liberdade da ação e o predomínioda vontade pessoal do administrador;

- eficácia: de toda a atividade ad-ministrativa está condicionada aoatendimento da lei, erigida em prin-cípio autônomo pela EC nº 19, impon-do ao servidor o dever de atuar comeficiência no sentido de atingir os finspúblicos objetivados em lei;

- impessoalidade: no sentido deque o administrador público não podeagir tendo por objetivo beneficiar pes-soa determinada. Também chamadode princípio da finalidade administra-tiva, impõe que toda atividade se di-rija ao interesse público, não se po-dendo substituir o fim previsto em leipor outro, seja público ou privado, lí-cito ou ilícito. Vedado, então, ao ad-ministrador da empresa pública a prá-tica de ato sem interesse público ouconveniência para a administração,a coibir o desvio de finalidade e o abu-so do poder;

- moralidade: também conhecidocomo princípio da probidade adminis-trativa, impõe ao administrador e aoseu corpo funcional atentar para oque é honesto e desonesto, comopressuposto do ato. Refere-se à mo-ral jurídica, além da comum de inte-

resse coletivo expressa no conjuntode regras de conduta da disciplinainterna da administração.

- publicidade: que atende à trans-parência dos atos administrativos,propiciadora do controle exercitávelpelo povo em geral.

Aos princípios aqui elencados que,desenganadamente, se aplicam à em-presa pública devo acrescer o da su-premacia do interesse público sobreo privado e o da indisponibilidade dointeresse público tão presentes nascogitações dos advogados de empre-sa pública quando ingressam emjuízo ou prestam assistência jurídicainterna.

Além do mais, submete-se, a em-presa pública (como qualquer ente es-tatal), às disposições da Lei 9.781/99que disciplina o devido processo legal

no âmbito administrativo que exigedecisão necessariamente motivada.

Seus servidores submetem-se aoregime de cumulação de cargos (art.37 – inciso XVII da CF/88) e ainvestidura se dá mediante concur-so público (art. 37 – inciso II da CF/88).

A verificação de atos contra o seupatrimônio é atribuição da Polícia Fe-deral (art. 144, § 1º - inciso I da CF/88), dada sua natureza pública.

Sujeita-se, como qualquer entida-de estatal, ao foro privilegiado da Jus-tiça Federal (art. 109 – inciso I daCF/88), ante a indisponibilidade deseu interesse.

Só por lei, como qualquer entepúblico, pode ser criada (inciso XIXdo art. 37 da CF/88).

Outros dispositivos comuns aosentes públicos que norteiam o com-portamento da empresa pública po-derão ser elencados, dentre os quaisos princípios que informam a licita-ção e as regras orçamentárias e fi-nanceiras. Todavia, neste ponto, valedestacar a alteração constante da ECnº 19 de 1998, que deu ao art. 173da CF e seu § 1º nova redação:

“Art. 173. Ressalvados os casosprevistos nesta Constituição, a explo-ração direta de atividade econômicapelo Estado só será permitida quan-do necessária aos imperativos da se-gurança nacional ou a relevante in-teresse coletivo, conforme definidosem lei.

§ 1º. A lei estabelecerá o estatu-to jurídico da empresa pública, dasociedade de economia mista e desuas subsidiárias que explorem ati-vidade econômica de produção oucomercialização de bens ou de pres-tação de serviços, dispondo sobre:

I. sua função social e formas defiscalização pelo Estado e pela socie-dade;

II. a sujeição ao regime jurídicodas empresas privadas, inclusivequanto aos direitos e obrigações ci-vis, comerciais, trabalhistas e tribu-tárias;

III . l icitação e contratação deobras, serviços, compras e aliena-ções observados os princípios da ad-ministração pública;

O professor Paulino Jacquesindagou perplexo: “Que

bicho é esse que tem corpode leão, rabo de leão, pata

de leão, cara, focinho e jubade leão e não é leão?”

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Junho | 2011 III

IV. a constituição e o funciona-mento dos conselhos de administra-ção e fiscal, com a participação deacionistas minoritários;

V. os mandatos, a avaliação dodesempenho e a responsabilidadedos administradores.”

Assim, com esperança renovadapelo novo comando constitucional, vis-lumbro a perspectiva de se definir,como propuseram os advogados daCEF, em 1976, em texto legal próprio,rumos certos para a empresa pública,dirimindo, por via de consequência, asdúvidas e dissipando as preocupaçõesora colocadas neste painel.

Os conflitos de posição que atéhoje subsistem não poderão deixar,assim, de refletir na atuação, emjuízo, da empresa pública ditada, orapor princípios peculiares ao exercícioda advocacia pública, ora em razãode métodos da advocacia privada.

Sendo assim, no curto tempo queme resta, penso ser oportuno lembraralguns pontos merecedores de abor-dagem necessária à unificação deposições que irão certamente influ-enciar no conteúdo normativo do Es-tatuto da empresa pública.

Função InstitucionalO profissional que pretenda in-

gressar nas carreiras jurídicas daAGU (Procurador da Fazenda Nacio-nal, Assistente Jurídico e Advogadoda União), nas de Autarquia ou Fun-dação instituída pelo Poder Público(Procurador Federal) ou ser Advoga-do de Empresa Pública deve, por im-perativo da Lei Maior, submeter-se aigual concurso público de provas etítulos, aqui se manifestando o prin-cípio da impessoalidade, que virá ase refletir por toda a vida funcionalde advogado público que não deverácreditar seu ingresso na carreira, aquem quer que seja, senão aos seuspróprios méritos.

Assim, o desempenho das ativi-dades jurídicas (consultivas oucontenciosas) no âmbito do poderestatal deve traduzir prerrogativa deíndole constitucional inderrogável,exercitável por investidura no cargo,cuja representação judicial estaria adispensar outorga de procuração.

Admitido ao serviço de empresapública, na forma da lei, o advogadoserá, a partir de sua investidura,agente administrativo público deten-tor de cargo da administração indi-reta.

Cargo, no conceito de HELYLOPES MEIRELLES, “é o lugar insti-tuído na organização do serviço pú-blico, com denominação própria, atri-buições e responsabilidades especí-ficas e estipêndio correspondente,para ser provido e exercido por umtitular, na forma estabelecida em lei”.

É a lei, portanto, que estabeleceas atribuições do cargo delimitandoa competência do agente público quenele for investido. Sendo assim é porforça de suas disposições que a de-terminado cargo são conferidas atri-buições de representação judicial e

extrajudicial, e é nela que vão ser en-contrados os limites desses poderes.

Sendo a representação atributodo cargo, duas conclusões se suce-dem: a primeira é a de que a legitimi-dade para a prática de atos de repre-sentação decorre da investidura,mediante a qual a Administração re-conhece que a situação concreta dedeterminada pessoa se subsume àsexigências legais para exercício decargo público; e a segunda, de queo ato praticado por pessoa investidaem cargo de advogado público, e emseu exercício, será, sempre, ato ad-ministrativo.

A primeira premissa tornainexigível a apresentação de manda-to pelo advogado público. Seus po-

deres de representação não resultamde ato negocial ou de ajustecontratual, mas de disposição de lei.

A segunda subordina os atos quepratica às formalidades específicasde ato administrativo, revestindo-osde todos os atributos desta espéciede ato jurídico. Portanto, os atos queo advogado público praticará nosautos judiciais serão, também, atosde administração pública, trazendopara a relação processual institutospróprios do Direito Administrativo,que não podem ser olvidados.

Em reforço dessa posição convémlembrar a síntese das consideraçõesque o saudoso Administrativista HELYLOPES MEIRELLES dirigiu à naturezada atividade administrativa:

“...os termos Administração e ad-ministrador importam sempre a ideiade zelo e conservação de bens e inte-resses, ao passo que as expressõespropriedade e proprietário trazemínsita a ideia de disponibilidade e ali-enação. Por aí se vê que os poderesnormais do administrador são sim-plesmente de conservação e utiliza-ção dos bens confiados à sua gestão,necessitando sempre de consenti-mento especial do titular de tais bense interesses para os atos de aliena-ção, oneração e renúncia. Esse con-sentimento, na Administração Públi-ca, deve vir expresso em lei”.

É, portanto, o princípio da legali-dade, como antes lembrado, esteio dequalquer ato da administração públi-ca, de observância rigorosa por partedos advogados públicos, exatamentepor defenderem direitos e interessestimbrados pela indisponibilidade.

Não teria, portanto, o administra-dor poderes para conferir represen-tação judicial da empresa pública aterceiros, já que tais poderes sãoconferidos por lei e passam a serexercitáveis, com a investidura nocargo.

A observância desses princípiosseria, então, meio hábil para coibir oesvaziamento do quadro técnico, ga-rantir a independência técnica e evi-tar a terceirização das atividades ju-rídicas, situações que, pelo visto, con-tinuam a preocupar os advogados daCaixa.

O ideal seria que a leiorgânica deixe claro tratar-

se de advocaciainstitucional, em virtude demandato ex-legis, privativodos que foram investidos no

cargo mediante concursopúblico

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Junho | 2011IV As matérias publicadas neste suplemento são de responsabilidade exclusiva de seus autores.O encarte pode ser acessado, na íntegra, no site da ADVOCEF (menu Publicações).

Ano X | Nº 100 I Junho I 2011

O ideal, assim, seria que a lei or-gânica, que a Constituição impõe sejaeditada, deixe claro tratar-se, comoefetivamente se trata, de advocaciainstitucional, em virtude de mandatoex-legis, privativo dos que foram inves-tidos no cargo, mediante aprovaçãoem concurso público.

Atividades jurídicas sujeitasà correição da AGU

Em relação à Advocacia-Geral daUnião, os órgãos jurídicos das empre-sas públicas não guardam elo de su-bordinação hierárquica, ou mesmo devinculação imediata. No entanto, su-jeitam-se a mecanismos de supervi-são a serem exercidos pelasConsultorias Jurídicas dos Ministéri-os a que se acham vinculados, via pelaqual a AGU pode, de certa forma, exer-cer controle mediato e indireto desuas atividades.

Os demais entes que com ela (em-presa pública) integram a administra-ção pública indireta (autarquias e fun-dações públicas), embora mantendo,também, representação judicial pró-pria, vinculam-se à AGU para efeitoscorrecionais de verificação da regula-ridade e eficácia.

Não vejo razão para que as ativi-dades jurídicas confiadas às empre-sas públicas se afastem das regrasde fiscalização e controle estatalexercidas pela AGU. Ora, se tais enti-dades se submetem ao controle ex-terno e interno contábil, fiscal, eco-nômico e financeiro da União, pelamesma razão as atividades técnico-ju-rídicas devem obedecer aos mesmosprincípios de verificação da regulari-dade e eficácia dos serviços.

Assim penso, porque não vejocomo distinguir da Advocacia Públicaa atuação do advogado de empresapública, que privilegia e resguarda osfins públicos. A meu sentir, o advoga-do de empresa pública exerce espé-

cie do gênero advocacia estatal.

Adoção de regras comuns àadvocacia pública

As regras que disciplinam a atua-ção e o comportamento dos advoga-dos de empresa pública cada vez maisos aproximam e os integram à Advo-cacia-Geral da União que, assim, exer-ce suas atribuições de defesa daUnião, pessoalmente ou por intermé-dio não só das autarquias e funda-ções, mas também, por meio das em-presas públicas. É uma realidade in-contestável, inexorável.

Não vejo como distinguir daAdvocacia Pública a

atuação do advogado deempresa pública, que

privilegia e resguarda os finspúblicos. Espécie do gênero

advocacia estatal

confissão relativa a direitos indispo-níveis.

A meu sentir, o Estatuto da Em-presa Pública deve definir a adoçãodos meios procedimentais comunsque a exclui de benefícios e privilégi-os, por exemplo, da intimação pesso-al, da contagem em quádruplo e emdobro dos prazos processuais preser-vando, no entanto, o comportamentoda administração pública que asse-gure a supremacia do interesse pú-blico indisponível sobre o privado.

Respalda a presente proposiçãode privilegiar os fins públicos, o fatode que o Estado, quando travestidode empresa, submete-se às regraspeculiares à iniciativa privada, apenas,para evitar que sua presença dege-nere na supressão ou no desestímuloda iniciativa particular em atuar nosetor de produção ou de serviço quenecessita ser ajudado, que é defici-ente, carente.

É natural, portanto, que o Estadoabdique de seus privilégios e prerro-gativas, submetendo-se à forma e aosmeios utilizados pela iniciativa priva-da, tão só para que o exercício do le-gítimo poder intervencionista – ativi-dade fim do Estado – seja equilibra-do e em igualdade de condições coma empresa privada, sem estabelecerconcorrência.

Certo, no entanto, é que ao utili-zar-se de meios iguais ao da iniciati-va privada, não se afaste dos fins pú-blicos que, aliás, justificam seu com-portamento em igualdade de condi-ções com a iniciativa privada que de-seja estimular. Neste caso, os fins jus-tificam os meios.

(*) T(*) T(*) T(*) T(*) Teeeeextxtxtxtxto publicado no primeiro publicado no primeiro publicado no primeiro publicado no primeiro publicado no primeirooooo“Juris T“Juris T“Juris T“Juris T“Juris Tantum”, encarantum”, encarantum”, encarantum”, encarantum”, encar tado natado natado natado natado na

edição 2, de dezembredição 2, de dezembredição 2, de dezembredição 2, de dezembredição 2, de dezembro/200o/200o/200o/200o/2001 e1 e1 e1 e1 ejaneiro/2002, do Boletim dajaneiro/2002, do Boletim dajaneiro/2002, do Boletim dajaneiro/2002, do Boletim dajaneiro/2002, do Boletim da

A DA DA DA DA DVVVVVO C E FO C E FO C E FO C E FO C E F.....

Regras que privilegiemos fins públicos

Se o fim almejado por essas enti-dades é público, não obstante sejamprivados os meios empregados, lícitome parece que a nova lei, ao fazer re-ferência aos instrumentosprocedimentais adotados pelas empre-sas públicas, em juízo, privilegie asregras que preservem os objetivos pú-blicos, quais sejam:

- As do art. 320 do CPC que impe-dem sejam, na hipótese de revelia,considerados verdadeiros fatos afir-mados em juízo, se o litígio versar di-reitos indisponíveis;

- As do art. 351 do mesmo diplo-ma processual, que nega validade à