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ASSOCIAÇÃO GUIAS DE PORTUGAL 2012 | 12ª SÉRIE | 1,50

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assoCIaÇÃo GUIas De PorTUGal2012 | 12ª SÉRIE | 1,50€

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EDUCAÇÃOEducação formal e não-formal

Caminhos complementares para uma formação integral

Why girls? / Raparigas porquê?

Educação não formal

“A educação é a arma mais poderosa Que podes usar para mudar o mundo.”

Humanismo e voluntariado

Uma experiência gratificante

A menina que queria ser..., Agora desperta o ser

Guias de ontem, hoje e de amanhã

AlvORADA 03

04

FICHA TÉCNICA

Proprietário: Associação Guias de Portugal

Conceção Gráfica: White_Brand Services

Impressão e acabamento: Ondagrafe, Artes Gráficas lda.

Tiragem: 4.000 exemplares

Depósito legal nº239055/06

vIDA DA ASSOCIAÇÃO“Ter Mãos Grandes” - visita á Padaria Comunitária em Timor

vIII Acampamento Nacional

União sem fronteiras

Aventura durante 8 dias

Acampamento inesquecível

Aprender vivendo

Emoções no Porto

Hospitalidade portuguesa

Um raid marcante

Convívio e troca de experiências

Coração de Pai a falar

Em Serviço no vIII Acampamento Nacional – visita ao lar

Abertura do Ano Guidista 2012/21013

Um regresso em força

10

INTERNACIONAlEspecialidade Internacional

Jamboree Região de lisboa

visita da Região Europa da WAGGGS

Clean up the world 2012

Região Europa da WAGGGS - visita AGP

Girls World Forum, Chicago

16

NesTe JorNal

INTerNaCIoNal

De 12 a 16 de Julho teve lugar o Girls World Fórum, em Chicago. Foi o terceiro Fórum das Guias com o grande objetivo de encerrar as comemorações dos 100 anos do Guidismo no Mundo, abordar os Objetivos do Desenvolvimento do Milénio (ODM’s) e criar as bases para a implementação de um plano de ação em cada país. Estiveram presentes 500 Guias e Dirigentes oriundas de 79 países. Portugal contou com a participação de três elementos: a Delegada para a Expansão da Região de lisboa, Inês Abrantes, e as Guias Caravela Mariana Gomes (1ª Companhia de São Domingos de Rana, Região de lisboa) e Adriana Silva (1ª Companhia de Santa leocádia de Briteiros, Região de Braga).

Ao longo de quatro dias as participantes trabalharam em sessões nas quais foram abordados os ODM’s entre outros temas: saber avaliar e comunicar, estabelecer parcerias em comunidade, liderança e autoestima. O objetivo para as Guias foi a criação de um projeto de ação a desenvolver no seu próprio país. Para tal, ao longo dos dias as sessões e as partilhas eram feitas entre patrulhas e no último dia houve a possibilidade de conversar com membros de algumas instituições para ajudar na finalização dos projetos.

E claro, não faltaram atividades lúdicas! A visita à cidade, ao Jardim Zoológico e a caça ao tesouro foram momentos de alegria, espontaneidade e partilha que permitiram grande interação entre as participantes.

Com a participação neste Fórum houve naturalmente a oportunidade de conhecer melhor a cultura e tradições dos outros países através de um serão internacional em que cada país mostrou o seu artesanato, danças e trajes típicos.

A última noite foi o culminar das comemorações do centenário do Guidismo, momento em que houve uma festa que contou com muita animação! As celebrações foram também alturas em que usufruímos do excelente ambiente que se viveu durante todo o fórum!

Todas gostámos muito de participar no Fórum do Centenário. Conhecemos Guias e Dirigentes dos quatro cantos do mundo

REGIÃO EUROPA DA WAGGGS vISITA AGPEntre os dias 28 e 30 de setembro recebemos a visita da Região Europa da WAGGGS. Este encontro, que decorreu na Sede Nacional, contou com a presença de vários membros da Comissão Executiva e duas representantes da Região Europa: Paola Cervo e Eri Papadopoulou.

Durante a visita tomámos conhecimento de vários seminários e iniciativas que estão a ser desenvolvidas a nível mundial e europeu, partilhámos os desafios e objetivos da Associação, e recebemos comentários sobre algumas áreas e projetos em curso em Portugal.Esta visita foi muito importante para a nossa Associação pois permitiu estreitar relações, dar a conhecer a atividade da AGP e reforçar o alinhamento com a WAGGGS.

a região europa

A WAGGGS está dividida em cinco regiões: Árabe, Europa, África, Hemisfério Ocidental e Ásia Pacífico, que visam promover o Guidismo e responder às necessidades das associações nelas inseridas de acordo com as directrizes mundiais. Têm também como funções ajudar a formação e crescimento das suas associadas, ter um plano claro de desenvolvimento, criar parcerias com outras instituições europeias e cooperar com outras associações de índole escutista.

A Região Europa, aquela em que a Associação Guias de Portugal está inserida, foi fundada em 1971 e tem a sua sede em Bruxelas.

e estávamos constantemente a conversar com outras Guias e a tirar fotografias pela grande curiosidade despertada pelas diferentes fardas. Desta forma conseguimos fazer muitos conhecimentos e trocar muitos contactos. Ficámos impressionadas em saber que as Guias estão presentes em tantos países tão diferentes tais como o Belize ou Trinidad e Tobago. Com a participação no Fórum apercebemo-nos da dimensão do Guidismo no mundo e de como o mesmo é vivido nas diferentes culturas. Foi sem dúvida um excelente momento para nos tornarmos Guias ainda melhores.

Inês abrantes, Região de lisboaMariana Gomes, Região de lisboaadriana silva, Região de Braga

Guidismo, um movimento de educação integral!

GIRlS WORlD FóRUM, EM CHICAGO

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ALVORADA

12ª série 2012 03

ALVORADAGUiDisMO, UM MOViMeNTO De eDUCAÇÃO iNTeGrAL!O Guidismo é um espaço de crescimento em que cada guia, na sua individualidade, descobre as melhores ferramentas para desenvolver o seu potencial. Para isso, é convidada a realizar a sua progressão, a aprender a viver em grupo e a descobrir a sua importância no seio do mesmo. e são tantos os talentos, tantas as capacidades, tantos os caminhos que se descobrem no Guidismo e que são ferramentas, alicerces e mais-valias, no mundo de hoje, no mundo de todos os dias. Acreditamos que o Guidismo forma a rapariga integralmente, atuando em todas as áreas do seu desenvolvimento.

A Lei da Guia é um grande suporte para que nenhuma das áreas fique esquecida, a progressão garante que saibamos operacionalizar e atuar nestas mesmas áreas, e os programas adotados refletem a preocupação em desenvolvê-las em pleno, num espaço de criatividade infinita, de tolerância imensurável, de oportunidades ilimitadas.

Cada reunião semanal é um momento educativo fundamental para cada Guia, e é com base no trabalho de sede, que a guia adquire conhecimentos que sustentam a sua conduta, rumo a uma educação completa e integral. Mas já dizia BP, é nos acampamentos que a magia cresce e torna realidade aquela que é a nossa verdadeira missão, o espaço único para crescer e desenvolver plenamente o nosso potencial enquanto jovens e mulheres do amanhã.

A responsabilidade e sentido de dever para com o próximo, e para com os que nos rodeiam, é algo que nos é incutido desde cedo, em cada atividade de serviço. Ao colaborar com outras instituições, nas visitas a lares, nos peditórios em prol dos que mais precisam, e principalmente na boa ação de cada dia, mudamos vidas. O Guidismo promove um ciclo virtuoso em que a Guia contribui para o mundo melhor (família, grupo de amigos, escola, trabalho, cidade, país, sociedade em geral) e ao fazê-lo está a tornar-se, ela mesma, uma pessoa melhor (mais responsável, mais tolerante, mais flexível, com mais conhecimentos e capacidades, com mais objetivos, etc.).

Mas o Guidismo desafia-nos a ver para além do nosso pequeno mundo, convida-nos a desenvolver de forma mais ampla e abrangente o sentido do outro e a responsabilidade pelo mundo através da educação internacional. Promovemos, nesse sentido, o conhecimento das realidades de todo o mundo, dos problemas sociais e ambientais que não nos afetam diretamente, mas que conhecemos e trabalhamos, através de ações que realizamos com a nossa comunidade que visam contribuir para o alcance dos Objetivos de Desenvolvimento do Milénio.

O Guidismo é também um exercício de cidadania. Cada guia cresce e prepara-se para ser, desde cedo, uma cidadã universal responsável. O desenvolvimento da capacidade integradora na vida pública, a preconização do bem-estar da comunidade envolvente, a defesa da solidariedade, a promoção da igualdade de oportunidades e das relações humanas são sinais de que estamos a cumprir a nossa missão.

O desenvolvimento e educação de cada guia dependem do empenho individual de cada uma, uma vez que se integram num processo de autodesenvolvimento individual progressivo. Contudo, a vivência em grupo permite a criação de uma rede de cooperação, responsabilização e educação não-formal. A participação ativa, democrática e cívica de cada guia na escola, no grupo de amigos, na catequese, na família permite demonstrar as capacidades, atitudes, conhecimentos e valores adquiridos e sobretudo demonstrar que o Guidismo promove a educação da rapariga de forma estruturada, responsável e sustentada, contribuindo para um mundo melhor.

COMissÃO eXeCUTiVA

Presidente: inês DominguesComissária Nacional: Mafalda GonçalvesC. Financeira: Ana Luísa FernandesC. Financeira Adjunta: Mafalda AlmeidaC. Publicações: Cristina NunesC. N. Ramo Avezinha: Cecília OliveiraC. N. Ramo Aventura: Joana QueirozC. N. Ramo Caravela: Maria CochichoC. N. Ramo Moinho: Catarina rebeloC. Internacional: sara NobreC. Internacional Adjunta: sara MarquesC. N. Expansão: Joana Alves Comissárias Regionais

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EDUCAÇÃO

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EDUCAÇÃOeDUCAÇÃO FOrMAL e NÃO-FOrMAL: CAMiNHOs COMPLeMeNTAres PArA UMA FOrMAÇÃO iNTeGrAL

Neste breve contributo procurarei, em primeiro lugar, estabelecer uma breve distinção entre educação formal e educação não-formal. Procurarei igualmente destacar alguns aspetos do Guidismo característicos da educação não-formal, para finalizar com uma breve consideração sobre a importância da articulação entre a educação formal e não-formal como forma de procurar responder aos desafios colocados aos jovens de hoje.

é consensual que a formação ao longo da vida constitui, nos nossos dias, uma exigência e necessidade evidentes como forma de responder aos desafios da sociedade moderna.

esta formação permanente inclui não somente uma aprendizagem formal, adquirida no sistema regular de ensino através da aquisição de graus académicos e formações específicas geralmente inerentes à especificidade das funções que desempenhamos, mas resulta igualmente de aprendizagens em contextos não formais, isto é, adquiridas em atividades organizadas fora do sistema formal de ensino.

A educação não formal tem vindo a ser cada vez mais reconhecida como uma dimensão fundamental de aprendizagem ao longo da vida. reflexos desta realidade são as recomendações e orientações emanadas por organismos europeus e mundiais como a Comissão europeia ou a UNesCO e que gostaria de partilhar:

– em 2004, a Comissão europeia reconhece que “no contexto do princípio da aprendizagem ao longo da vida, a identificação e a validação da aprendizagem não-formal e informal têm por finalidade tornar visível e valorizar todo o leque de conhecimento e competências detidos por uma pessoa, independentemente do local ou da forma como foram adquiridos. A identificação e a validação da aprendizagem não-formal e informal têm lugar dentro e fora do ensino e formação formais, no local de trabalho e na sociedade civil”. (COM(2004), 9600/04, p.2)

A Comissão europeia incentiva os estados-membros a estabelecer sistemas nacionais de validação de aprendizagens não formais e informais até 2015. esta proposta estava já prevista nas iniciativas da estratégia europa 2020 «Agenda para Novas Competências e empregos» e «Juventude em Movimento».

– A UNesCO, em 1996, define que “experiência vivida no quotidiano, e assinalada por momentos de intenso esforço de compreensão de dados e de factos complexos, a educação durante toda a vida é o produto de uma dialéctica com várias dimensões. se, por um lado, implica a repetição ou a imitação de gestos e de práticas, por outro é, também um processo de apropriação singular e de criação pessoal.

Junta o conhecimento não-formal ao conhecimento formal, o desenvolvimento de aptidões inatas à aquisição de novas competências. implica esforço, mas traz também a alegria da descoberta. experiência singular de cada pessoa ela é, também, a mais complexa

das relações sociais, posto que se inscreve, ao mesmo tempo, no campo cultural, no laboral e no da cidadania”. (UNesCO, 1996 p.92).

é neste contexto de experiências educativas ligadas à educação não-formal que se inserem as associações da sociedade civil, na qual a Associação Guias de Portugal (AGP) assume um papel de destaque por constituir uma das maiores associações de juventude do país.

A minha experiência como professora e, portanto, inserida profissionalmente no contexto da educação formal, associada à minha experiência como guia e dirigente da AGP durante largos anos faz-me afirmar, sem qualquer dúvida, que o espaço de aprendizagem fora da escola constitui uma experiência única e verdadeiramente enriquecedora, proporcionando experiências únicas de desenvolvimento de competências e conhecimentos essenciais à vida pessoal e profissional de cada um de nós.

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EDUCAÇÃO

12ª série 2012 05

Apesar de nos nossos dias a escola, no seu sentido tradicional, já promover experiências de aprendizagem e princípios pedagógicos promovidos em espaços considerados de educação não-formal, a verdade é que o professor se encontra amplamente condicionado por vários factores e agentes. estes condicionamentos prendem-se não só com o espaço de aprendizagem (sala de aula, centro de recursos, laboratórios, espaços museológicos,...), como também com a estrutura organizativa dos estabelecimentos de ensino e por quem os dirige. Por outro lado, a ação do professor encontra-se também regulada pelos programas curriculares e documentos normativos e orientadores emanados do Ministério da educação. Mais recentemente, e sem querer fazer qualquer juízo de valor quanto à validade e importância da avaliação externa (exames nacionais, testes intermédios, provas de aferição,…), a verdade é que esta também tem vindo a condicionar as experiências de aprendizagem promovidas nas escolas, assim como a abordagem dos conteúdos desenvolvida pelos professores.

é neste contexto, cada vez mais condicionado, que considero que a educação não-formal, entendida como um processo de aprendizagem centrado no educando fora do sistema de ensino formal, é cada vez mais relevante.

Na educação não-formal todo o processo educativo se baseia na motivação intrínseca do educando e assume aspetos bem diferenciados, quer quanto ao espaço e tempo em que decorrem, quer quanto às dimensões da aprendizagem. Contudo, o facto de assentar em aspetos tão díspares não significa que não exista um processo de aprendizagem estruturado.

Na AGP, a Promessa e a Lei constituem esses elementos estruturantes da vida guidista, assumidos voluntariamente

por cada guia, sendo interiorizados e vividos de forma mais consciente e significativa à medida que a jovem rapariga vai crescendo.

As quatro constantes (vida em grupo, vida ao ar livre, compromisso e progressão), assim como a existência de um método próprio assente no auto-desenvolvimento progressivo e no “aprender-fazendo” são também marcas dessa aprendizagem estruturada, embora adequada aos interesses e motivações de cada uma das jovens raparigas. são também exemplo de elementos estruturados do guidismo, as orientações pedagógicas de cada ramo (Avezinhas, ramo Aventura/Caravela e Moinho), nas quais se incluem as progressões e especialidades. O percurso das dirigentes é também ele definido por diferentes níveis de progressão.

A educação não-formal valoriza o desenvolvimento e a experiência pessoal de forma global, procurando responder às necessidades e aspirações particulares de cada educando. esta dimensão está bem presente no movimento guidista ao propiciar às jovens espaços onde estas possam tomar as suas decisões, descobrir as suas aptidões, assumindo a dirigente apenas um papel orientador e de acompanhamento.

A educação não formal é também um processo de aprendizagem social, promovida na AGP no pequeno grupo que é a patrulha e na cooperação ativa entre gerações. O Guidismo permite que cada guia progrida individualmente, desenvolvendo competências várias, sempre em interação com o grupo.

Os valores éticos da tolerância, paz, solidariedade, justiça, igualdade, cidadania participativa, preservação ambiental, entre outros, são amplamente vividos em atividades promovidas pelas diferentes Companhias nas comunidades em que estas se inserem (trabalho em centros para

idosos ou em ATL com crianças, ações em bairros degradados e carenciados, ações de limpeza de praias e florestas), assim como nas ações de parceria com instituições a nível local e nacional (Campanhas do Banco Alimentar, colaboração com associações como a Caritas ou a Liga Portuguesa contra o Cancro, entre outras).

Ao propiciar o desenvolvimento das potencialidades e competências de cada jovem rapariga, através de múltiplas experiências, muitas vezes de dimensão internacional, nas quais intervêm e cooperam várias gerações e culturas, o Guidismo permite ir ao encontro do que são atualmente as necessidades, as exigências e as expetativas do mercado de trabalho e das entidades empregadoras.

A vida profissional, num contexto de globalização, requer indivíduos capazes de trabalhar em contextos multiculturais e linguísticos diversos, onde a capacidade de escutar, refletir e posicionar-se criticamente são cada vez mais valorizados. A capacidade de coordenação de diferentes atividades e pessoas, assim como a liderança em contextos de permanente mudança e adaptabilidade são exigências presentes no mundo do trabalho.

este conjunto de exigências dificilmente obterá resposta unicamente na formação obtida em contextos formais. Neste sentido, a articulação entre este modelo educativo e as experiências vividas em espaços de educação não-formal constituem, a meu ver, uma resposta aos desafios da sociedade moderna. indivíduos que experienciaram múltiplas situações em diferentes contextos contribuem de forma distinta e enriquecedora nas organizações em que se inserem.

Apesar de estar a comemorar o seu primeiro centenário, considero que o Guidismo constitui, ainda hoje, um espaço educativo atual que consegue contribuir de forma significativa para o desenvolvimento pessoal e social das jovens raparigas, tornando-as mais aptas a responder aos desafios das sociedades modernas.

Rita Calçado CarvalhoANTiGO MeMBrO DA COMissÃO eXeCUTiVA DA AGPPrOFessOrA DO eNsiNO BásiCO e seCUNDáriO

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EDUCAÇÃO

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WHY GirLs? / rAPAriGAs POrQUÊ?

é apenas um exemplo, muito mais poderia falar, mas é um facto concreto, que vos poderá fazer refletir. Centrando as raparigas na economia global, o relatório adverte que não fornecer nenhuma educação às raparigas significa estas limitarem-se ao trabalho perigoso e não qualificado – negligenciando o seu potencial de ganho e retardando a recuperação de um país da atual crise financeira.

“Os países estão, neste momento, a perder oportunidades de significativo crescimento económico local. Dados da OCDe demonstram que os países com o menor número de meninas na educação encontram-se no fim das tabelas de desenvolvimento humano. Um ano extra de investimento em educação aumenta o rendimento das raparigas entre 10% a 20% e este é um passo significativo no caminho para quebrar o ciclo da pobreza. Promover a educação das raparigas significa a oportunidade de uma vida melhor para elas e para os seus filhos, uma comunidade mais próspera, um mercado de trabalho melhor e uma nação mais rica. Assim, assegurando que as mulheres trabalham e são parte integrante do mercado de trabalho, as famílias são mantidas fora do ciclo da pobreza e as crianças são educadas o que, por sua vez, leva ao crescimento económico.”

e ainda...

“Um estudo realizado pela Fundação Nike estima para a economia do Quénia que o custo da gravidez na adolescência é de cerca de 500 milhões de dólares por ano, enquanto investir na educação das raparigas adicionaria potencialmente 3,2 bilhões de dólares para a economia”

Perante factos e dados como estes, é-nos fácil entender a importância da Associação Mundial das Guias, a maior associação de raparigas e jovens mulheres do mundo, na promoção da educação de raparigas em todo o mundo.

e por cá? Devem estar a perguntar-se... “Por cá nada disto se passa. esse é um fenómeno que ocorre do outro lado do mundo...” Mas será mesmo assim? Poderemos mesmo dividir o mundo em páises desenvolvidos, menos desenvolvidos e em vias de desenvolvimento no que toca, pelo menos, às questões das mulheres? Posso, por exemplo, apresentar-vos uma notícia do semanário expresso, de 2 de Novembro de 2011, e que espelha um pouco a realidade no nosso país

e na europa e que refere dados em que Portugal se situa acima de alguns países como a França e abaixo de Moçambique. “A saúde e os salários são os fatores mais penalizadores para as mulheres em Portugal, que registou no ano passado um recuo na igualdade de género a nível internacional, segundo o Fórum económico Mundial. No relatório anual do Fórum sobre igualdade de género, divulgado terça-feira, Portugal surge na 35ª posição entre 135 países, três posições abaixo de 2010, atrás de espanha (12º) ou Moçambique (26º), mas à frente de outras nações europeias como a França (48º). A descida de Portugal, refere o relatório, deve-se a “pequenas deteriorações nas categorias de rendimento estimado, igualdade salarial e representação feminina no parlamento”.

e, continuam a perguntar-se, o que é que isto tem a ver com as Guias? Tudo! respondo-vos prontamente:

– Porque é necessário assumir que a desigualdade entre homens e mulheres existe e nada traz de bom para um mundo que se quer justo e equilibrado

– Porque além de assumir que o problema existe e é um problema, com todas as consequências inerentes, é necessário sensibilizar e educar, para provocar mudança

– Porque o movimento guidista nasceu do sonho de um homem que quis deixar o mundo melhor do que aquele que encontrou

– Porque através da promoção da educação integral das raparigas estas crescem mais seguras, mais decididas, mais confiantes e mais capazes

– Porque mulheres mais capazes são aquelas que irão conseguir gerir famílias, empresas, partidos políticos e influenciar o mundo à sua volta

Por último, atrevo-me a dizer, porque o mundo não pode continuar a ser gerido apenas por homens, mas com homens e mulheres, em conjunto, criando um novo paradigma, melhor para todos e todas.

No âmbito do tema desta edição de “O Trevo”, não sei se este artigo elucidou ou informou sobre o assunto, mas se ficaram com questões, então penso que cumpri o objetivo.

Joana HenriquesANTiGO MeMBrO DA COMissÃO eXeCUTiVA DA AGP

Porque através da promoção da educação integral

das raparigas estas

crescem mais seguras,

mais decididas, mais

confiantes e mais

capazes.

este foi o título de um documento que a AGP redigiu em 2001 endereçado à Associação Mundial das Guias / região europa, e que já na altura refletia o pensamento da Associação Nacional sobre a importância e a necessidade do movimento guidista promover um contexto de raparigas para raparigas e a relevância desse mesmo contexto para a educação para a promoção da igualdade de género.

Foi-me pedido que escrevesse um artigo no Trevo sobre o tema e confesso que, passados onze anos foi essa a primeira ideia que me veio à cabeça! Toda a discussão que envolveu a produção do documento... Porque já na altura nos preocupávamos com este assunto e porque a decisão de a AGP ser uma associação exclusivamente de raparigas sempre foi pensada, refletida e com um propósito que vai para além da tradição e das suas origens.

E porquê, perguntam-me? E porquê ainda agora?

Começo por vos falar da importância desta questão a nível mundial/global e trago-vos um exemplo que retirei de um relatório produzido em 2009, “Because i am a Girl” produzido pela PLAN, uma das maiores e mais antigas organizações que atua na promoção do desenvolvimento de crianças a nível mundial.

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EDUCAÇÃO

12ª série 2012 07

eDUCAÇÃO NÃO FOrMAL

Nos tempos que correm, cada vez mais, os pais depositam na escola as responsabilidades de educar. educar para os valores, para o respeito, para a globalização, para a poupança…Participei como antiga guia, no Viii Acampamento Nacional e uma das frases que me ficou, foi mais ou menos isto:

“Durante 100 anos, as Guias tentaram adaptar-se ao mundo. Nos próximos 100, o mundo deverá adaptar-se aos valores guidistas”.

e só posso concordar na íntegra. Quando penso em valores, penso imediatamente nas leis. Quando vemos os telejornais, quando lemos as notícias, de facto o mundo está a precisar de ser mudado, e adaptado ao movimento guidista. Precisamos de políticos

“A eDUCAÇÃO é A ArMA MAis PODerOsA QUe PODes UsAr PArA MUDAr O MUNDO.” NeLsON MANDeLA

mais sérios (A guia é leal), de pessoas mais humanas (A Guia é amiga de todas e irmã de todas as Guias), de seres mais capazes de “deixar o mundo melhor do que o encontrámos” (A Guia é útil e pratica diariamente uma boa ação).

Uma amiga disse em tempos “Por ser Guia, sou uma pessoa diferente”. Não posso estar mais de acordo. Apesar dos meus pais me educarem para os valores da honestidade, lealdade, respeito pelos outros… houve algo que, de certo também por ser filha única, só aprendi nas guias e que me ajudou a ser uma pessoa diferente: o trabalho em equipa.

O viver em patrulha, o desenvolver da autonomia,o respeitar as diferenças de opinião

dos outros, é para mim, de facto, nos dias que correm uma mais valia. Num mundo de individualismos, em que o meu umbigo é sempre mais importante que o do outro, a forma como educamos as nossas raparigas/filhas para o futuro passa muito pelo respeito pelo outro. Pelo colega de trabalho, pelo funcionário da loja, pelos mais novos, pelos mais velhos. Por isso, tenho as minhas filhas nas guias.

e tenho consciência que muitos dos valores que lhes tento transmitir, vêm da formação que os meus pais me deram, mas também da formação que recebi na AGP, enquanto guia e mais tarde como dirigente.

Luisa NovoeFeTiVA COLABOrADOrAreGiÃO De ViANA DO CAsTeLO

A educação não se confina ao espaço “escola”, podendo ser a educação não formal entendida como complementariedade da formal.

em crianças entre os seis e os dez anos, desenvolver competências variadas através de atividades diversificadas, em contexto não formal, é sobretudo um processo de aprendizagem social, centrado num vasto conjunto de valores sociais e éticos, complementarmente desenvolvidos em contexto formal.

A colaboração entre a escola e as Guias de Celeirós é uma mais-valia para todas as crianças, pois diferentes abordagens das mesmas temáticas permitem uma melhor apreensão e aplicação de conhecimentos, como é o caso das temáticas ambientais, fulcradas na separação de resíduos, nomeadamente na recolha de rolhas de cortiça.

Ao serem as “avezinhas”, que frequentavam a escola, a fazerem uma apresentação oral, aliada a cartazes e a uma atividade lúdica, nas salas de aula, sobre a recolha de rolhas, permitiu dar maior visibilidade do trabalho desenvolvido extra escola, nas sessões das Guias, a todas as colegas da escola que frequentavam. O facto de serem as próprias colegas a falarem, de igual para igual, valoriza o trabalho desenvolvido e incentiva a adesão a novas participações.

Prof. Manuela CostaAGrUPAMeNTO De esCOLAs

A educação não se

confina ao espaço

“escola”, podendo

ser a educação não

formal entendida como

complementariedade

da formal.

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EDUCAÇÃO

08

Foi com muito orgulho que pude participar na organização e acompanhamento do Viii Acampamento de Guias de Portugal, realizado em soutelo, Vila Verde.

Apesar de estar ligado ao movimento associativo, não conhecia a atividade desenvolvida pela Associação de Guias de Portugal. Foi para mim muito gratificante verificar a autonomia, e a capacidade empreendedora desenvolvida desde as mais jovens.

Questionado sobre o lema do acampamento, “Mudar Vidas”, sem dúvida que para além da oportunidade, que me foi concedida de verificar por dentro, como se desenvolve a atividade das Guias, entender o alcance que o movimento desenvolve, obriga-me a olhar o meio onde estou inserido de uma forma mais humana, e mais próxima da realidade, para além da que eu já

UMA eXPeriÊNCiA GrATiFiCANTedesenvolvia devido a minha ligação a outra estrutura do movimento associativo nacional.

Na vida de cada ser humano, vão existindo um conjunto de acontecimentos, que de uma forma ou outra deixam marcas. O Viii Acampamento de Guias de Portugal deixou marcas

muito positivas na vida das pessoas que estiveram ligadas à sua realização, mas também no espaço geográfico onde o mesmo se realizou, exemplo do que estou a afirmar, é que o rio que circundava o espaço do acampamento, passou a ser chamado pela população local como o “rio das Guias”.

Termino com um agradecimento, pela forma como fui acolhido no seio do movimento Guias de Portugal, disponibilizando todos os meus conhecimentos para sempre que entenderem oportuno colaborar com este movimento.

Luis MoraiseLO LiGAÇÃO CM ViLA VerDeADJUNTO BOMBeirOs VOLUNTáriOs De ViLA VerDe

As Guias de Portugal desempenham um papel importante no âmbito da educação moral e social junto das crianças e jovens que integram o grupo. esse papel, sendo de cariz humanitário, acerca-se de vantagens únicas junto da comunidade, ou seja, família, escola, igreja, lares da terceira idade, junta de freguesia, projetos de natureza ambiental e social, promovendo, na sua essência, a verdadeira Cidadania.

As jovens, que fazem parte desta equipa de trabalho tão voluntarioso, reúnem para programar/ planear a sua ação. existe uma coordenação ou líderes de equipa; estas estão subdivididas em conformidade com os objetivos planeados e são lideradas por alguém que recebe formação superior e que possui experiência suficiente para o desempenho de tal cargo.

O trabalho desenvolvido pelas Guias de Portugal tem dado “frutos”, na medida em que estas jovens ganharam um projeto de leitura e solidariedade a nível nacional (“Café com Letras”). A Biblioteca de Verão, junto da piscina da freguesia de Celeirós, a parceria com a biblioteca do Agrupamento de Escolas de Celeirós e com a Biblioteca Municipal com impacto junto das crianças, jovens e idosos (neste último caso, no combate à solidão) têm sido projetos de uma mais valia na área da solidariedade e voluntariado.

este grupo de trabalho deve procurar obter apoios financeiros para prosseguir com este projeto de voluntariado, que é a sua missão, pois se a família precisa da escola e a escola da família para se coplementarem, assim estas não dispensam esse contributo educativo das Guias de Portugal.

Teresa SoaresA PrOFessOrA(PrOFessOrA eM BrAGA)

HUMANisMO e VOLUNTAriADO

O trabalho desenvolvido pela

s

Guias de Portugal

tem dado “frutos”

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EDUCAÇÃO

12ª série 2012 09

“Sou o intervalo entre o que desejo ser e os outros me fizeram, ou metade desse intervalo, porque também há vida...” álvaro de Campos

era uma vez uma menina pequenina que, por imitação, punha as suas histórias debaixo do braço e dirigia-se para a porta de casa dizendo que ia para a escola. Mais tarde, já na adolescência, por influência dos pares, despertou-lhe a vontade de viver a aventura de estar numa tenda, construir o seu próprio mobiliário, apanhar lenha, fazer fogo, cozinhar, ser responsável pelas suas coisas, estar em patrulha, ajudar os outros – ser GUiA de Portugal.

Passados anos a menina tornou-se mulher, mãe

A educação é sem dúvida a pedra basilar da sociedade de futuro. Hoje é urgente preparar o futuro e este começa no seio da família. O movimento guidista pelas suas características e fundamentos pode contribuir neste sentido.

A minha experiência enquanto “chefe de guias”e mãe de guias pode testemunhar este facto. Tive o privilégio de, na 2ª Companhia de Guias de Matosinhos, enquanto chefe poder acompanhar durante alguns anos várias adolescentes e jovens no seu percurso como guias. Foi algo que nunca esquecerei e que me preparou para um dia mais tarde acompanhar as minhas três filhas. Por outro lado, o contributo das famílias destas com que fui trabalhando e privando, sempre em estreita colaboração e numa base de grande confiança mútuas, também contribuiu para que me enriquecesse enquanto pessoa, mulher e futura mãe!

Anos mais tarde, quando tive a felicidade de ser mãe, nem me passou pela cabeça, que as minhas filhas não viessem a ser guias assim como o filho, ser escuteiro.

e professora, repetindo o exemplo dos seus pais, ensinar jovens e aprender com eles. O percurso pelo guidismo foi interrompido na entrada para a universidade, no entanto, o espírito de aventura e solidariedade existente no coração e nas ações mantem-se, contagiando todos à sua volta.

Hoje, mãe de duas meninas, uma delas Guia-Aventura na 1ª Companhia de Faro, e professora de Ciências Naturais do 3º ciclo do ensino básico, percebo que os alicerces da nossa formação como cidadãos são recebidos em casa, com a família.

Mais tarde, a escola e as atividades desenvolvidas em organizações são responsáveis pela continuidade do processo de socialização.

Assim, a educação ao longo da vida é um caminho e um percurso. Um caminho que nos é imposto e um percurso que vamos construindo. O caminho existe para ser percorrido e reconhecido por quem o percorre. O caminho dissociado das experiências de quem o percorre é apenas uma proposta de trajeto, não um projeto, muito menos um projeto de vida. Desta forma, formal ou não formal, a educação deve ser entendida/sentida como uma “aventura” coletiva de partilha de afetos e sensibilidades, de conhecimentos e saberes, de expectativas e experiências, de atitudes e valores, de sentido de vida. Nos dias de hoje, em que vivemos numa sociedade voltada para o Ter, em que o consumo serve a cega obtenção de lucros, neste contexto, a educação

não formal, feita numa partilha entre a escola e a comunidade (associações), é uma extraordinária oportunidade de contribuir para o ser de crianças e jovens. Como seres humanos, futuramente interventivos e promotores de uma cidadania democrática, estes jovens têm como linha orientadora os valores relativos à solidariedade, à democracia ativa, à justiça, ao conhecimento crítico, aos pensamentos ecológicos, à amizade e outros valores importantes para a melhoria da sociedade.

Teresa PalaréeFeTiVA COLABOrADOrA 1ª COMPANHiA De FArOreGiÃO FArO

GUiAs De ONTeM, HOJe e De AMANHÃ

era algo que fazia parte da minha forma de ser e de estar, aliás da nossa forma de estar, minha e do Leonel. O contributo da filosofia educacional guidista, insere-se no grande respeito pela natureza, pelos valores de Amor familiar, amizade, firmeza e integridade de carácter, etc. que estão sempre atuais e são cada vez mais prementes na sociedade.

A possibilidade de em grupo, no seio da patrulha, poderem ser ”trabalhados” com toda a metodologia que Baden Powell criou e implementou determina por si só uma ótima aposta no sucesso educacional, no equilíbrio individual etc.

é com muito carinho que recordo a primeira vez que a sofia e a Mafalda foram a um primeiro acampamento, lembro-me bem de as levar a Leça, com as mochilas às costas, etc…foi um dia feliz de muitos outros, e um passo no “delegar“, no “confiar“ e sobretudo no alargar os horizontes da sua educação.

Bem haja a Todos e Todas que ao longo das suas vidas contribuem ou contribuíram

para que este Movimento se perpetue e possa contribuir para um Mundo melhor.

Maria Adriana Pimentel RenteeFeTiVA COLABOrADOrA DA reGiÃO DO POrTO

A MeNiNA QUe QUeriA ser...,AGOrA DesPerTA O ser

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VIDA DA ASSOCIAÇÃO

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VIDA DA ASSOCIAÇÃO

O meu nome é Jorge Filipe Martins santos, tenho 28 anos, sou de Monchique, a minha profissão é Técnico de Ambulância de emergência no iNeM e sou marido da Delegada regional do ramo Avezinha do Comissariado regional de Faro, Ana Filipa Duarte Fernandes.

Tomei contacto com as Guias quando conheci a minha mulher e, desde então, fiquei bastante sensibilizado pelo trabalho, dedicação, altruísmo, espírito de sacrifício e valores que estas mulheres dão por tão nobre causa. Confesso que, por vezes, tenho inveja de não poder ser membro ativo da família Guidista mas, indiretamente e sempre que me é solicitado, participo nas suas atividades com o maior orgulho.Decorria o ano 2009 quando fiquei a conhecer o Projecto Ter Mãos Grandes, e movido pelo entusiasmo de poder ajudar, os Povos de Moçambique, Angola e Timor – Leste a ter acesso a infra-estruturas, que nós, países desenvolvidos temos como banais, decidi logo colaborar ativamente na confeção e venda de bolachas.

O que eu não sabia era que, volvidos três anos, teria a oportunidade de integrar uma missão do iNeM, englobada no sUB- Agrupamento Bravo da GNr ao serviço das Nações Unidas, na ilha de Timor – Leste. Como tal, foi-me logo solicitado que me inteirasse de como estava a padaria que teria

sido construída em Lanclubar. Numa das minhas folgas, eu e mais dois camaradas da GNr, em motas alugadas, decidimos ir a Lanclubar, o que seriam 111km e 5horas de viagem a serpentear as montanhas da ilha, mas… partimos na aventura!!!

iniciada a viagem, por volta das 4h00 da manhã, uma paragem obrigatória para ver o nascer do dia nas montanhas com o Mar em pano de fundo… sem dúvida um dos mais belos que já tive oportunidade de ver na minha vida!! Passadas 5 longas horas de viagem, pelas débeis estradas de Timor, chegámos ao destino. Foi-nos dito no local que a padaria se encontrava a cerca de 2km da localidade. Antes da visita à padaria, falámos com a escassa comunidade Portuguesa presente em Lanclubar que conheceram o projeto.

infelizmente, não conseguimos falar com ninguém que tivesse sido elo de ligação com o projeto propriamente dito mas, tomámos conhecimento que a padaria era “gerida”, neste momento, por uma família local. No início do funcionamento, devido às características autóctones do povo serem extremamente tribais, na maior parte do tempo, houve conflitos quanto à utilização da padaria. Assim e, após reunião de todos os chefes tribais da região, ficou decidido que uma única família organizava a utilização da padaria, mediante marcação,

ajudando inclusive na confeção do pão. Depois de falarmos com o povo, explicar o porquê da visita e distribuir alguns doces pelas crianças, fomos presenteados com um belo e puro café de Timor quase acabado de colher, e um pãozinho quentinho também este acabado de sair do forno!

Quando no fim, nos despedimos e pedimos uma mensagem para as Guias, a um dos timorenses que regularmente utiliza a padaria, num tom emocionado e, na sua língua materna (o Tetum), apenas disse… Obrigadu Barak (Muito Obrigado)

Jorge Filipe Martins Santos

TiMOr LesTe

Obrigadu Barak

(muito obrigado)

“Ter MÃOs GrANDes” VisiTA à PADAriA COMUNiTáriA eM TiMOr

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VIDA DA ASSOCIAÇÃO

12ª série 2012 11

Um acampamento nacional é sempre um Acampamento Nacional. É uma experiência única onde fazemos novas amizades e voltamos para a nossa sede com imensos conhecimentos novos e histórias para contar. Um acampamento nacional é uma forma de representarmos a nossa Companhia e, claro, tentar sempre fazê-lo da melhor forma.

No Viii Acampamento Nacional apercebemo-nos que a nossa Companhia (1ª Companhia da Parede) é bastante grande, era mesmo das maiores em campo, o que é ótimo, pois conseguimos ajudar as outras guias e a comunidade em nosso redor. Tivemos ainda mais a certeza de que somos uma Companhia unida, pois cada vez que tínhamos um pouco de tempo livre aproveitávamos para ir visitar as outras guias da nossa Companhia aos outros subcampos e cada vez que nos encontrávamos por acaso, sentíamos uma enorme alegria. Achámos que estávamos muito bem preparadas, pois todas conseguimos realizar todas as tarefas e acabar as construções da melhor forma.

Gostámos muito dos fogos de conselho, porque estes foram momentos nos quais partilhávamos sentimentos de felicidade e de união e percebemos que os vamos recordar para sempre.

Viii ACAMPAMeNTO NACiONAL

UNiÃO seM FrONTeirAs AVeNTUrA DUrANTe 8 DiAsO Acampamento Nacional foi uma das melhores experiências na nossa vida guidista e, só daqui a cinco anos, é que voltaremos a repetir uma experiência tão magnífica como esta.

Neste acampamento houve um acontecimento novo, algumas guias de Hong Kong e Nova Zelândia também marcaram a sua presença, o que fez com que a experiência ainda tivesse sido melhor. Alargaram os nossos conhecimentos em relação a elas e ao funcionamento das guias nos seus países. Verificámos que praticávamos um guidismo em alguns aspetos diferentes, mas sempre igual no espírito.

Apesar de tentarmos contar a experiência, nada é igual ao que vivemos naqueles 8 dias em campo! Criámos amizades que ficarão para a vida e que jamais serão esquecidas…

Patrulha Coral, FrOTA DA 1ª COMPANHiA De FArOreGiÃO De FArO

No dia 28 de julho, guias de todo o país vieram numa enorme aventura para a freguesia de soutelo, Vila Verde, para um acampamento nacional de oito dias. éramos cerca de 1500 guias. Cada ramo tinha um campo para si, e todos os campos estavam divididos em subcampos. em cada subcampo existiam cerca de seis patrulhas ou ninhos.

este acampamento foi muito especial não só porque era um acampamento nacional, que não acontece todos os anos, mas sobretudo porque as guias festejavam cem anos de guidismo no mundo.

eu fui como Guia-Aventura, estava no Campo da saúde e no subcampo insulina, a minha patrulha chamava-se Patrulha esquilo. No acampamento fizemos um percurso de aproximadamente 17 km, a que chamamos de raid, o destino era o centro de Braga. Chegadas lá fizemos o jogo de cidade, e ligámos aos nossos pais.

Participar no acampamento foi uma honra para mim, pois eu nunca tinha visto tantas guias juntas. Nele lembrei-me da razão que me fez estar nas guias: não só para ser uma cidadã melhor, mas também para ajudar e tal como a frase do acampamento diz “Cem anos a mudar vidas”.

Diana Lopes, PATrULHA HAMsTerrAMO AVeNTUrA1ª COMPANHiA De CeLeirOsreGiÃO De BrAGA

O VIII Acampamento Nacional foi completamente inesquecível para todas nós. Foi muito importante e uma honra termos tido a oportunidade de festejar o centenário com guias de todo o país (e não só!). Assim, cumprimos mais uma etapa do nosso percurso guidista e fizemos novas amizades. Gostámos bastante e cá estamos à espera do próximo acampamento nacional!

1ª COMPANHiA DA PAreDereGiÃO De LisBOA

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VIDA DA ASSOCIAÇÃO

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Não há melhor maneira de começar o “Viii Acampamento Nacional” do que com uma viagem de avião. A chegada ao campo despertou dentro de nós algo inexplicável, mas espetacular, pois estávamos rodeadas de emoções. Ansiávamos conhecer guias que estavam numa grande paisagem azul-turquesa que nunca tínhamos visto.

à medida que o acampamento avançava, cada vez conhecíamos melhor algumas destas guias. Aproximamo-nos muito das guias do nosso subcampo e confirmámos que elas partilhavam os mesmos ideais que nós. essa aproximação criou laços indestrutíveis e as amizades intensificaram-se nas atividades e momentos em subcampo. Desde almoços a jantares, a atividades

Nós, Carminho, Marta, Matilde, Beatriz e Carolina estivemos presentes no Viii Acampamento Nacional, em Braga, no subcampo Pacemaker.

Vamos contar um pouco do que aprendemos, do que vivemos e como foi a nossa convivência com todas as guias do Acampamento. Para começar, vamos contar uma das nossas grandes aventuras que foi a construção da nossa mesa, do nosso lava-loiça e do nosso porta-mochilas. e, como tudo na vida, quanto mais depressa, mais devagar e esquecemo-nos disso, ou seja, fizemos tudo à pressa e tivemos de desmontar e voltar a montar. Não foi muito agradável, pois tivemos muito trabalho, mas o melhor de tudo foi trabalhar em patrulha.Outra das nossas grandes aventuras foi ir a Braga… Cantámos, imaginámos e passámos grandes momentos. Tão importantes que só nesse dia crescemos imenso. Mas não nos podemos esquecer do pior de tudo: as saudades. As saudades, aquela “coisa” quando sentimos falta de alguém: é mau, muito mau mesmo. Numa das nossas últimas noites em que nos enchemos de saudades, chorámos, gritámos. As chefes até nos disseram que se continuássemos assim íamos criar um tsunami! Depois de desabafarmos, em patrulha, tudo melhorou e pareceu que tínhamos acabado de ganhar energia ou uma força que nos fazia querer continuar, arriscar, superar, acreditar!Passámos grandes momentos, desde a chegada ao acampamento até ao nosso regresso. A começar pelas pessoas que conhecemos, pelos fogos de conselho, jogos nocturnos, os nossos momentos na tenda a falar sobre o que poderíamos melhorar ou mudar, músicas novas, a preparação da ginástica matinal. Nós até ficamos sem palavras quando queremos descrever o nacional pois passámos por tantas coisas maravilhosas que nem as conseguimos descrever.

Concluindo: o Nacional fez-nos crescer enquanto guias e enquanto pessoas. Não podemos desistir e sim querer continuar.Uma canhota apertada

PATrULHA LiNCe iBériCO ODisseiA DA 1ª COMPANHiA De sANTAréMreGiÃO De sANTAréM

ACAMPAMeNTO iNesQUeCíVeL

APreNDer ViVeNDO eMOÇÕes NO POrTO

repletas de novos conceitos, a brincadeiras nos tempos livres, crescemos como Caravelas e fortalecemos o espírito guidista.

Após poucos dias já desejávamos que o acampamento fosse interminável. Ainda hoje, os momentos vividos permanecem vivos dentro de nós. A saudade das vozes alegres daquelas quase 1500 guias mantém-se, recordamos com satisfação cada dia deste ‘Viii Acampamento Nacional’.

O nosso maior desejo é reencontrar as guias que conhecemos e que mudaram a nossa vida. Ansiamos pelo próximo encontro a nível nacional para que todas juntas passamos cantar novamente tudo

aquilo que Baden Powell e Lady Baden Powell nos ensinaram. Beatriz Freitas, Cavalo PensadorCatarina Henriques, Lince EnergéticoPATrULHA esTreLA-DO-MArFrOTA DA 1ª COMPANHiA DO FUNCHAL reGiÃO DA MADeirA

No passado dia 27 de Julho proporcionou-se, na minha opinião, uma rara e espetacular atividade na qual tive o privilégio de participar. A excitação logo começou com a preparação da atividade, que passou pela realização de alguns enigmas respeitantes aos locais visitados como, por exemplo, a estação de são Bento, a Torre dos Clérigos, a sé do Porto, a Ponte D. Luís, entre outros.

Finalmente o dia chegou! A grande possibilidade de conhecer um mundo Guidista diferente do nosso estava mesmo a acontecer! As nossas queridas Guias de Hong Kong foram extremamente simpáticas e, desde logo, se mostraram prestáveis e curiosas. A admiração e satisfação com a cidade do Porto estavam estampadas nos seus rostos! Ao longo de todo o dia foram trocadas várias ideias, informações sobre o nosso país, bem como do delas, opiniões e gostos. Fizemos inclusive uma ceia luso-asiática onde confecionamos a famosa “Francesinha” e provamos uma especialidade das guias de Hong Kong, o “Chiken Coca-Cola”. No final do dia, o cansaço estava patente em todas as Guias mas a satisfação e a sensação de dever cumprido também.

em suma, com esta atividade, o ramo Caravela teve a oportunidade de conhecer uma organização e hierarquia Guidista diferente da nossa, conhecer outra forma de pensar, de reagir às situações e claro a oportunidade de praticar o inglês enferrujado e ouvir um pouco a língua oriental Chinesa! Foi uma experiência, sem dúvida, a repetir!

Daniela MatosesTAGiáriA DA 1ª FrOTA De ViLA DAs AVesreGiÃO DO POrTO

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EDUCAÇÃO

12ª série 2012 13

Tive a sorte de ser uma das guias escolhidas para receber uma guia de Hong Kong em casa. Durante quatro dias, a WoWang Ci, mais conhecida como Tifany, conviveu com pessoas portuguesas, aprendeu muito sobre os nossos costumes, conheceu novos locais e provou a nossa comida, que por acaso foi o que ela mais gostou.

A primeira coisa que os meus pais lhe disseram foi para se sentir em casa, porque durante aqueles quatro dias seria tratada como uma filha. ela ficou logo à vontade e costumava dizer que a minha família tinha muito amor.Foi uma experiência que espero poder repetir e acho que todas deveriam poder usufruir de uma oportunidade semelhante, porque aprendemos imenso.

enquanto as guias de Hong Kong cá estiveram, nós, Caravelas da região de Lisboa, levámo-las a ver o que temos de mais bonito. Num dos dias, fomos a uma praia em Cascais e, sinceramente, nesse dia aprendi imenso sobre a cultura delas, pois quando nos preparávamos para ir dar um mergulho, estávamos todas de biquini e elas todas tapadas. Quando perguntei porque não usavam biquinis, elas responderam que, em Hong Kong, era falta de respeito mostrar o decote e a barriga e que as mulheres mais brancas eram consideradas mais bonitas, por isso não iam à praia muitas vezes para não ficarem morenas.

Na minha opinião, a home hospitality não serviu só para conhecermos a cultura e as tradições das guias de Hong Kong, mas também para fortificar os laços de amizade e conhecer melhor todas as outras caravelas que estiveram comigo nesta aventura.

Para algumas foi a primeira vez a andar de avião; mas valeu a pena, pois sabiam que iam acabar por gostar. Apesar do receio de não saber bem o que iriam encontrar, levavam aquele sentimento de coragem que só uma verdadeira guia consegue ter.Quando chegámos ao campo não conhecíamos ninguém. sentíamo--nos um pouco estranhas e não sabíamos o que nos esperava. Mas não tardámos a habituar-nos e a fazer novas amizades.Das muitas atividades vividas, o raid foi sem dúvida a que mais nos marcou. Como não conhecíamos a cidade de Braga, perdemo-nos várias vezes; mas não desistimos e foi um grande orgulho para nós conseguirmos completar o percurso. Foi longo, mas muito divertido e nunca o iremos esquecer!são estes pormenores que nos tornam guias mais fortes e mais corajosas. Mais tarde recordaremos aqueles momentos e vamos sentir como o guidismo foi tão importante para nós…

Depois desta aventura o acampamento correu muito melhor, pois já não tínhamos medo de nada. Afinal, já não éramos aquelas “meninas” assustadas… mas sim aquelas que, com o seu esforço, conseguiram cumprir as suas tarefas e atingir os seus objetivos.

sem nos apercebermos de que já tinha passado uma semana, o acampamento chegava ao fim. estávamos contentes por voltar à nossa pequena ilha e por rever a nossa família, mas ao mesmo tempo um pouco tristes, pois íamos deixar o local onde aconteceram alguns dos episódios mais fascinantes das nossas vidas…

é com grande orgulho que afirmamos que queremos repetir esta experiência e que podem contar connosco no próximo acampamento nacional!

PATrULHA esCOrPiÃOODisseiA DA 2ª COMPANHiA DO FUNCHALreGiÃO DA MADeirA

HOsPiTALiDADe POrTUGUesAUM rAiD MArCANTeDiverti-me imenso e nunca esquecerei

nenhuma das guias de Hong Kong! Todas elas eram diferentes e tinham algo especial. A Cat era a mais velha e era uma espécie de conselheira para as outras, tomava conta delas. A Lychee estava sempre animada, a cantar e a dançar, era muito comunicativa. A Winnie era a mais tímida. A Lily era muito simpática e estava sempre contente. A Ophelia era a mais desenrascada. Acho que há sempre alguém que capta mais a nossa atenção e neste caso, a Tifany, que ficou em minha casa e a evelyn, tornaram-se muito especiais para mim.

A evelyn, quando veio para Portugal, cortou o cabelo e pelo que ela me disse, em Hong Kong as raparigas com cabelo curto são consideradas feias. então, todos os dias eu lhe dizia que ela era linda e ela respondia que gostava muito de mim. Fiquei muito impressionada com ela porque, com 13 anos, falava inglês sem qualquer erro e era muito desenrascada e no último dia levou uma pedra da calçada e disse que era para se lembrar de onde tinha andado, achei imensa graça.

A Tifany tinha 17 anos e nós tínhamos imensas coisas em comum. enquanto ela cá esteve, ensinou-me muitas receitas tradicionais, conheci cantores coreanos e japoneses, e posso dizer que adorei! Antes de me despedir de todas elas pedi que cada uma escrevesse no meu lenço e me desse a sua morada, email e número de telefone para podermos comunicar.Prometi à Tifany que quando tiver o meu trabalho, irei fazer-lhe uma visita a Hong Kong e conhecer os famosos prédios de 100 andares.

Catarina Brito, RouxinolPATrULHA NiNFA1ª COMPANHiA De ODiVeLAsreGiÃO De LisBOA

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VIDA DA ASSOCIAÇÃO

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Foi com grande alegria e entusiasmo que a 1ª Companhia de Celeirós participou no Viii Acampamento Nacional, onde se celebraram os cem anos do Guidismo no mundo, de 28 de julho a 4 de agosto, em soutelo. Foi então durante uma semana que a região de Braga acolheu mil e quinhentas guias vindas de todo o país, incluindo guias da Madeira e dos Açores e contou com a especial participação de guias de Hong Kong e da Nova Zelândia.

Aqui, raparigas e jovens mulheres viveram e partilharam durante oito dias, experiências inesquecíveis, mostrando sempre empenho e vontade na realização de cada uma das atividades, desde a montagem da ”nossa casa” ao simples adeus ao campo, passando pelo raid, pelas atividades de serviço, pelo jogo de pistas, pelas atividades de formação, entre muitas outras.

este enorme acampamento não foi um simples sujar de roupa, foi sim uma escola, onde conhecemos pessoas muito diferentes de nós e sobretudo aprendemos com elas, onde crescemos como guias, mas também como pessoas.

O Viii Acampamento Nacional foram oito dias que passaram a correr, mas de certeza que não vai passar assim tão rápido da memória de cada guia que lá viveu, pois é com grande orgulho que cada uma de nós pode dizer que participou no Grande Acampamento do Centenário.

Mariana RebeloPATrULHA PANDOrA rAMO MOiNHO1ª COMPANHiA De CeLeirOsreGiÃO De BrAGA

CONVíViO e TrOCADe eXPeriÊNCiAs

“Quando uma determinada miúda de oito anos, há uns meses atrás, disse aos pais que queria entrar para as guias, estes pensaram que apenas se tratava de mais um capricho de infância… Tal, até se pode vir ainda a confirmar, mas nestes meses que se passaram já beneficiou muito com a sua passagem pelo guidismo. Diz-se que as guias mudam vidas, e na vida da Joana essa mudança está a ocorrer… De facto, a dedicação com que as mais velhas tratam as mais novas é visível até, na forma quase platónica, com que as miúdas as adoram. esta fase está a ser como um desabrochar de uma flor, para a sua independência e autossubsistência, com a aprendizagem de muita coisa nova, e tudo com o apoio incontestável destas mais “velhas guias.” A Joana participou no Viii Acampamento Nacional.

Rui Lopes PAi DA JOANA, AVeZiNHA DA 1ª COMPANHiA De MONCHiQUereGiÃO FArO

COrAÇÃO De PAi A FALAr

No dia 1 de agosto do passado verão, no decorrer do Viii Acampamento Nacional, o nosso sub-campo Ximenes Belo e ramos Horta, foi encaminhado para Guimarães.

sem saber o que nos esperava, quando lá chegámos dividiram-nos e a nossa patrulha ficou com a patrulha Hiena. Pensando que estávamos simplesmente a passear pela cidade demos por nós no lar de santo António. estávamos rodeadas de idosos muito amáveis, que nos receberam muito bem. Partilhámos histórias e aventuras e ainda descobrimos uma antiga guia que teve a honra de participar no i Acampamento Nacional das Guias de Portugal. Foi uma coincidência muito gratificante. Cantámos e dançámos com muita energia e satisfação, o nosso público vibrou e até nos acompanhou. O tempo passou “a voar” e à despedida ofereceram-nos uma sopinha bem quente e saborosa.

Após a refeição tivemos algum tempo livre em patrulha e aproveitamos para provar a doçaria da região: uma experiência muito deliciosa! O serão foi certamente inesquecível, não só para nós guias, como para quem fez questão de assistir. este decorreu bem no coração de Guimarães.

esta foi uma das maravilhosas, senão a mais maravilhosa vivência deste Viii Nacional!

Patrulha: CoalaFrOTA DA 1ª COMPANHiA De sANTANAreGiÃO DA MADeirA

eM serViÇO NO Viii ACAMPAMeNTO NACiONAL – VisiTA AO LAr

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VIDA DA ASSOCIAÇÃO

12ª série 2012 15

estamos no início de um novo ano e, como seria de esperar, muitas ideias surgem e a vontade de tornar as nossas avezinhas e guias melhores é imensa!

este ano, estamos focadas em conquistar a nossa freguesia para tornar a nossa família guidista um pouco maior: o objetivo é recrutarmos mais meninas e jovens para se deliciarem com a magia do nosso movimento. Contudo, não nos esquecemos das nossas “pequeninas” que nos acompanham ao longo destes tempos e que apesar das travessuras nos compensam com os seus sorrisos, todas as semanas. e, por isso, também temos de apostar na evolução delas para que possam ser grandes mulheres no futuro.

Claro está que não podíamos deixar de falar do Acampamento Nacional que nos proporcionou muitos momentos de aprendizagem que se vão repercutir na qualidade de atividades e formação que daremos às nossas avezinhas e guias ao longo do ano.

Mas, sem dúvida que, o mais importante é a amizade que nos une! sem toda esta ligação que temos, certamente que a nossa Companhia não seria tão forte e acolhedora como é. e é este

o exemplo que tentamos transmitir todos os dias às nossas “pequeninas”, para que um dia sejam elas o elo inquebrável que guia outras raparigas na magia do nosso movimento!

Ana Filipa Gomes, Cláudia Antunes , Mariana Simplício Brito 1ª COMPANHiA De sANTA MArTA De POrTUZeLOreGiÃO De ViANA DO CAsTeLO

UM reGressO eM FOrÇA

Pouco passava das nove horas quando, a 13 de Outubro, as diversas companhias se foram juntando no Adro da igreja Paroquial de Lanheses e depressa a cor dos quatro ramos coloriu este local. As Avezinhas e Guias trouxeram consigo a boa disposição e vieram acompanhadas com algumas amigas.

As atividades tiveram início às dez horas, com a Ferradura Oficial e este foi um dos momentos altos desta atividade:- relembrámos o trabalho das Avezinhas e Guias e foram atribuídos emblemas das especialidades que as mesmas trabalharam e apresentaram no ano transato (2011/2012).

sem dúvida que a evolução e crescimento destas jovens raparigas é uma grande alegria e é um orgulho para todas as dirigentes verem o crescimento das suas Avezinhas e Guias;

- Foram ainda entregues diplomas de participação, a algumas estagiárias a dirigentes, em atividades de formação e que à semelhança das avezinhas e guias foram trabalhando a sua progressão;- seguiu-se um momento bastante emotivo pois foram entregues louvores a duas antigas guias da região, que em muito contribuiram e continuam a contribuir para a associação. à D. Fátima e à Graça Cruz, o

ABerTUrA DO ANO GUiDisTA 2012/2013reGiÃO De ViANA DO CAsTeLO

nosso muito obrigada pela vossa presença e acima de tudo pela partilha, apoio e disponibilidade que as caracterizam;- Por último fechámos em grande com um pequeno sketch dinamizado pelas efetivas colaboradoras da nossa região e que foi apresentado no Viii Acampamento Nacional que se realizou em Braga, de 28 de Julho a 4 de Agosto de 2012.

Antes de almoçar houve ainda tempo para afinar as vozes e ensaiar para a eucaristia.

A tarde foi dividida em quatro workshops: dança, músicas guidistas, eletricidade e desporto/saúde e tinha como pricipal objectivo a divulgação do movimento na freguesia, mas acima de tudo dar a conhecer às amigas e às jovens raparigas de Lanheses um pouco daquilo que fazemos.

No atelier de desporto e saúde contámos com a presença da atleta Manuela Machado que deu testemunho e partilhou as suas experiências com as guias.

Pelas 19:00 horas as Avezinhas e Guias participaram na eucaristia dinamizando e animando o coro. às 20:00 horas foi o momento da despedida e o desejo que fica é que as Companhias tenham saído desta atividade com as energias renovadas para o ano que agora inicia.

Neste ano, cuja expansão é um objetivo primordial, queremos fazer chegar o Guidismo a mais raparigas e a mais comunidades.

Agradecemos a colaboração de todas as entidades de Lanheses, que possibilitaram a realização desta atividade e desejamos que a semente do guidismo brote nesta localidade.

No dia 27 de Outubro, a “futura” 1ª companhia de Lanheses, teve a sua primeira reunião semanal e contou já com a presença de 9 jovens e 3 das 4 futuras dirigentes da Companhia. A região está muito empenhada e entusiasmada com este desafio, e esperamos que sábado a sábado, a companhia se vá enchendo de risos, de amizade e de desafios.

Carla MartinsseCreTáriA reGiONAL

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INTERNACIONAL

16

“It was a Girl Guide

Jamboree (…)

We sang and danced

night and day,

It was so funny

I recall today (…)”

Olá, eu sou a Mariana Lopes do ninho Flamingo da 1ª Companhia de Faro e fiz a especialidade internacional. escolhi esta especialidade porque gosto de saber a vida guidista das guias dos outros países e porque sou curiosa.

A minha especialidade foi feita entre o primeiro e o segundo trimestre do ano 2012. Apresentei a minha especialidade, em cartaz, no Viii Acampamento Nacional.

Com esta especialidade aprendi muito sobre a cultura e a vida guidista dos cinco países que escolhi e assim tornei-me uma criança mais culta.

esPeCiALiDADe iNTerNACiONAL

Adorei fazer esta especialidade, principalmente por ter enviado um postal para o Brasil, que foi um dos países que pesquisei. Fiquei surpreendida quando recebi a carta de uma guia de Porto Alegre.

A rapariga chama-se sthefany Araújo. ela é uma fadinha, pertence ao ramo Ciranda Pinóquio e o nome do seu grupo é Dr. David Gusmão.

Uma Canhota Mariana LopesNiNHO FLAMiNGOBANDO DA 1ª COMPANHiA De FArOreGiÃO FArO

Foi no passado mês de outubro, entre os dias 19 e 21, que a região de Lisboa participou no 55º JOTA e 16º JOTI.

este ano o tema proposto pela Organização Mundial do Movimento escutista para o Jamboree foi: “De que tamanho é o teu mundo?”, refletindo-se através da interação entre guias e esco(u)teiros de todo o mundo, da receção e emissão de mensagens e partilha de conhecimento, quer pelas ondas de rádio quer pelo recurso à internet.

As atividades decorreram por ramos, em parceria com outras associações e entidades, onde todas as avezinhas e guias tiveram a oportunidade, algumas pela primeira vez, de participar num Jamboree e de falar via rádio com outras guias e esco(u)teiros de Portugal e de outros países.

Durante este fim-de-semana, todas ficaram a conhecer a história do Jamboree ao nível mundial, a história do rádio e a sua importância desde o seu nascimento até aos dias de hoje, relembraram códigos e cifras, nomeadamente o alfabeto fonético e o morse.

JAMBOree reGiÃO De LisBOA

O ramo avezinha e aventura estiveram no Forte de santo António do estoril, e participaram numa atividade preparada em parceria com a Associação de radioamadores da Linha de Cascais (ArLC), a Fraternidade Nuno álvares (FNA) e alguns Agrupamentos do Corpo Nacional de escutas (CNe), durante o sábado.

A atividade do ramo caravela e moinho decorreu no Forte de são João das Maias, com o apoio dos radioamadores Jorge, João e Abel, bem como do instituto de Ação social das Forças Armadas. Foi aqui que esteve localizada a estação Nacional da Associação Guias de Portugal, onde só se ouvia: Charlie romeu 6 Alfa Golf Papa – Cr6AGP, que foi o indicativo da estação Nacional e que serve para nos identificar ao realizarmos ou recebermos contactos de outras estações.

Foi um fim-de-semana de constante animação, cheio de novas amizades, experiências e aprendizagens… “it was a Girl Guide Jamboree (…)We sang and danced night and day,it was so funny i recall today (…)”

Comissariado Regional de LisboareGiÃO De LisBOA

INTERNACIONAL

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INTERNACIONAL

12ª série 2012 17

O “Clean Up the World” é uma campanha que inspira e capacita as comunidades a limpar, consertar e conservar o meio ambiente. realizada em conjunto com o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente, a campanha mobilizou cerca de 35 milhões de pessoas em 130 países.

No dia 29 de setembro lá foram as avezinhas e guias munidas de sacos do lixo e luvas apanhar lixo que encontravam no chão, em algumas zonas da nossa freguesia.

A proteção do ambiente é um desafio para cada uma de nós e também um ato de cidadania. As avezinhas estavam eufóricas pois era a primeira vez que elas participavam nesta atividade. Há já alguns anos que a nossa companhia não participava nesta campanha por isso muitas guias ainda não tinham tido a oportunidade de a conhecer. As guias ficaram admiradas com a quantidade de lixo que recolheram e também com as coisas que encontravam.

A atividade teve um peso bastante significativo na vida de cada Guia, pois um erro simples (atirar lixo para o chão) pode ser bastante prejudicial para o ambiente.

Aproveitamos para agradecer a todos aqueles que colaboraram connosco, inclusive à Junta de Freguesia por nos ter cedido todo o material necessário para esta atividade.

1ª COMPANHiA De s. rOMÃO De NeiVAreGiÃO De ViANA DO CAsTeLO

CLeAN UP THe WOrLD 2012

VisiTA DA reGiÃO eUrOPA DA WAGGGs

No dia 29 de setembro a 1ª Companhia de são Domingos de rana recebeu duas representantes da região europa da WAGGGs, uma grega e uma italiana.

Quando elas chegaram fizemos uma pequena apresentação sobre a história da nossa companhia, que abriu há apenas 6 anos. Depois sentámo-nos em roda e pudemos fazer-lhes imensas perguntas. e aprendemos que as guias basicamente são semelhantes em todos os pontos do globo, porque têm os mesmos objetivos e causas. Aprendemos também que em alguns países existem rapazes nas associações, como a Grécia, onde chamam às guias “odigoi”, e que em itália a farda é muito parecida com a nossa.

Aprendemos uma dança muito engraçada com as representantes da WAGGGs e pudemos também ensinar-lhes outra.

e por fim, antes de se irem embora, mostraram-nos o lenço da WAGGGs, que tem o trevo mundial e que tem escrito a missão em inglês, francês e espanhol, que são as 3 línguas oficiais da associação mundial.

Adorámos esta experiência, aprendemos muito e vai ficar marcada no nosso percurso guidista!

Patrulha Girafa1ª COMPANHiA De sÃO DOMiNGOs De rANA reGiÃO De LisBOA

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INTERNACIONAL

18

sábado, 15 de setembro de 2012, a 1ª Companhia de Faro, tal como muitas guias à volta do mundo, participaram na atividade de ajuda ao ambiente “Clean up the world”.esta atividade tem como objetivo ajudar a preservar o ambiente, limpando a nossa cidade, tornando-a num melhor lugar.As Guias de Faro trabalharam na limpeza de um bairro da cidade, “Horta da Areia”, um local que estava cheio de lixo. Colocámos os resíduos recolhidos, em sacos, deixando-os à beira da estrada para que, os camiões da empresa “Fagar” os viessem buscar, no final da recolha.Foi uma manhã produtiva, pois conseguimos limpar muito do lixo que ali se encontrava.A atividade “Clean up the world” terminou, deixando um sorriso na cara dos habitantes daquele bairro e, connosco mais uma experiência na nossa vida que permanecerá para sempre. Mais uma missão cumprida!

PATrULHA COrALFrOTA DA 1ª COMPANHiA De FArOreGiÃO FArO

No dia 15 de setembro, assinalou-se o Clean up the world. este ano a nossa Companhia juntou-se a algumas guias da região de Braga e voluntários da Quercus com o objetivo de apanhar lixo que se encontrava nos passeios e nas ruas desde o Centro de Nanotecnologia até ao Bom Jesus, numa iniciativa promovida pela Quercus. Foi a primeira vez que eu participei nesta atividade e gostei muito. Cansei-me de andar, mas valeu a pena saber que algumas ruas da cidade de Braga ficaram limpas. Gostei muito de o fazer, até porque como já o disse estou orgulhosa de mim e das restantes guias por termos tornado o planeta um pouco melhor!No fim para terminar esta atividade ouve um pequeno lanchinho. e todas saímos satisfeitas com o nosso trabalho.

Mariana FerreiraPATrULHA KOALArAMO AVeNTUrA1ª COMPANHiA De CeLeirOsreGiÃO De BrAGA

DiA MUNDiAL DO PeNsAMeNTO 2013O Dia Mundial do Pensamento (World Thinking Day) é a celebração anual das Guias de todo o mundo e ocorre no dia 22 de fevereiro de cada ano, por ser o dia do aniversário comum de robert e Olave Baden-Powell.

Neste dia, 10 milhões de Guias assinalam a ocasião através de várias formas:• Pensar e aprender sobre as suas irmãs de todo o mundo • Aprender sobre os países em foco nesse ano• Aprender e agir sobre o tema desse Dia• Procurar receber o emblema do Dia Mundial do Pensamento• Doar para o Tostão Mundial, que ajuda a garantir que o movimento continua

a crescer e a prosperar

Para 2013 a WAGGGs escolheu dois Objetivos de Desenvolvimento do Milénio: reduzir a mortalidade infantil (ODM 4) e Melhorar a saúde materna (ODM 5). são dois Objetivos que estão intimamente ligados e ambos abordam questões fundamentais que afetam raparigas e jovens mulheres um pouco por todo o mundo.

em todo o mundo, 7,6 milhões de crianças e 287.000 mães morrem a cada ano. esta situação pode e deve ser alterada. O objetivo para o Dia Mundial do Pensamento de 2013 é aumentar a consciencialização destas questões, proporcionando oportunidades para as Guias aprenderem a cuidar da sua saúde e defenderem os direitos das raparigas e jovens mulheres. Juntas podemos ajudar a garantir que cada criança e cada mulher têm a melhor oportunidade possível de viver uma vida longa e saudável. somos 10 milhões, imaginem o que podemos fazer!

e já estão escolhidos os cinco países que irão beneficiar do Tostão Mundial: república da irlanda, Jordânia, Malawi, Paquistão e Venezuela. Com o dinheiro angariado, a WAGGGs irá fornecer apoio financeiro a estes países, que depois irão implementar projetos de longo prazo e forte impacto referentes aos Objetivos acima referidos.

· O Dia Mundial do Pensamento foi criado em 1926, na 4ª Conferência Mundial, nos eUA?

· Podes encontrar a farda oficial de muitos países no website da WAGGGs, na página dedicada ao Dia Mundial do Pensamento?

· Um dos países que irá beneficiar do Tostão Mundial dinamiza vários projectos de literacia? é verdade, as Guias do Paquistão estão a trabalhar com a UNesCO na implementação de projetos de alfabetização para comunidades carentes fomentando assim a educação para todos, especialmente para raparigas e jovens mulheres.

· As Guias do Malawi, outro dos países selecionados, têm um Programa de educação para raparigas? este programa pretende assegurar educação básica para todas as raparigas; consciencializar as raparigas para o direito à educação; garantir que os pais enviam as suas filhas raparigas para a escola e fornecer informação sobre os direitos humanos e questões ligadas à discriminação por género e sexualidade.

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EDUCAÇÃOEducação formal e não-formal

Caminhos complementares para uma formação integral

Why girls? / Raparigas porquê?

Educação não formal

“A educação é a arma mais poderosa Que podes usar para mudar o mundo.”

Humanismo e voluntariado

Uma experiência gratificante

A menina que queria ser..., Agora desperta o ser

Guias de ontem, hoje e de amanhã

AlvORADA 03

04

FICHA TÉCNICA

Proprietário: Associação Guias de Portugal

Conceção Gráfica: White_Brand Services

Impressão e acabamento: Ondagrafe, Artes Gráficas lda.

Tiragem: 4.000 exemplares

Depósito legal nº239055/06

vIDA DA ASSOCIAÇÃO“Ter Mãos Grandes” - visita á Padaria Comunitária em Timor

vIII Acampamento Nacional

União sem fronteiras

Aventura durante 8 dias

Acampamento inesquecível

Aprender vivendo

Emoções no Porto

Hospitalidade portuguesa

Um raid marcante

Convívio e troca de experiências

Coração de Pai a falar

Em Serviço no vIII Acampamento Nacional – visita ao lar

Abertura do Ano Guidista 2012/21013

Um regresso em força

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INTERNACIONAlEspecialidade Internacional

Jamboree Região de lisboa

visita da Região Europa da WAGGGS

Clean up the world 2012

Região Europa da WAGGGS - visita AGP

Girls World Forum, Chicago

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NesTe JorNal

INTerNaCIoNal

De 12 a 16 de Julho teve lugar o Girls World Fórum, em Chicago. Foi o terceiro Fórum das Guias com o grande objetivo de encerrar as comemorações dos 100 anos do Guidismo no Mundo, abordar os Objetivos do Desenvolvimento do Milénio (ODM’s) e criar as bases para a implementação de um plano de ação em cada país. Estiveram presentes 500 Guias e Dirigentes oriundas de 79 países. Portugal contou com a participação de três elementos: a Delegada para a Expansão da Região de lisboa, Inês Abrantes, e as Guias Caravela Mariana Gomes (1ª Companhia de São Domingos de Rana, Região de lisboa) e Adriana Silva (1ª Companhia de Santa leocádia de Briteiros, Região de Braga).

Ao longo de quatro dias as participantes trabalharam em sessões nas quais foram abordados os ODM’s entre outros temas: saber avaliar e comunicar, estabelecer parcerias em comunidade, liderança e autoestima. O objetivo para as Guias foi a criação de um projeto de ação a desenvolver no seu próprio país. Para tal, ao longo dos dias as sessões e as partilhas eram feitas entre patrulhas e no último dia houve a possibilidade de conversar com membros de algumas instituições para ajudar na finalização dos projetos.

E claro, não faltaram atividades lúdicas! A visita à cidade, ao Jardim Zoológico e a caça ao tesouro foram momentos de alegria, espontaneidade e partilha que permitiram grande interação entre as participantes.

Com a participação neste Fórum houve naturalmente a oportunidade de conhecer melhor a cultura e tradições dos outros países através de um serão internacional em que cada país mostrou o seu artesanato, danças e trajes típicos.

A última noite foi o culminar das comemorações do centenário do Guidismo, momento em que houve uma festa que contou com muita animação! As celebrações foram também alturas em que usufruímos do excelente ambiente que se viveu durante todo o fórum!

Todas gostámos muito de participar no Fórum do Centenário. Conhecemos Guias e Dirigentes dos quatro cantos do mundo

REGIÃO EUROPA DA WAGGGS vISITA AGPEntre os dias 28 e 30 de setembro recebemos a visita da Região Europa da WAGGGS. Este encontro, que decorreu na Sede Nacional, contou com a presença de vários membros da Comissão Executiva e duas representantes da Região Europa: Paola Cervo e Eri Papadopoulou.

Durante a visita tomámos conhecimento de vários seminários e iniciativas que estão a ser desenvolvidas a nível mundial e europeu, partilhámos os desafios e objetivos da Associação, e recebemos comentários sobre algumas áreas e projetos em curso em Portugal.Esta visita foi muito importante para a nossa Associação pois permitiu estreitar relações, dar a conhecer a atividade da AGP e reforçar o alinhamento com a WAGGGS.

a região europa

A WAGGGS está dividida em cinco regiões: Árabe, Europa, África, Hemisfério Ocidental e Ásia Pacífico, que visam promover o Guidismo e responder às necessidades das associações nelas inseridas de acordo com as directrizes mundiais. Têm também como funções ajudar a formação e crescimento das suas associadas, ter um plano claro de desenvolvimento, criar parcerias com outras instituições europeias e cooperar com outras associações de índole escutista.

A Região Europa, aquela em que a Associação Guias de Portugal está inserida, foi fundada em 1971 e tem a sua sede em Bruxelas.

e estávamos constantemente a conversar com outras Guias e a tirar fotografias pela grande curiosidade despertada pelas diferentes fardas. Desta forma conseguimos fazer muitos conhecimentos e trocar muitos contactos. Ficámos impressionadas em saber que as Guias estão presentes em tantos países tão diferentes tais como o Belize ou Trinidad e Tobago. Com a participação no Fórum apercebemo-nos da dimensão do Guidismo no mundo e de como o mesmo é vivido nas diferentes culturas. Foi sem dúvida um excelente momento para nos tornarmos Guias ainda melhores.

Inês abrantes, Região de lisboaMariana Gomes, Região de lisboaadriana silva, Região de Braga

Guidismo, um movimento de educação integral!

GIRlS WORlD FóRUM, EM CHICAGO

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assoCIaÇÃo GUIas De PorTUGal2012 | 12ª SÉRIE | 1,50€