Assunção de Dívida

Embed Size (px)

Citation preview

  • 7/24/2019 Assuno de Dvida

    1/50

    ASSUNO DE DVIDA

    DA ROMA ANTIGA POSITIVAO DO INSTITUTO NA LEI N. 10.406/02

    Marcos Jorge Catalan*

    Sum!": 1. Introduo. 2. Breve relato histrico 3. Princ!ios "ue orienta# o

    instituto. 3.1 $a autono#ia da vontade. 3.2 $apacta sunt servanda. 3.3 $o !rinc!io

    da relatividade dos e%eitos dos contratos. 3.& $o !rinc!io da 'oa(%). &. assuno de

    dvida na doutrina e legislao co#!arada: &.1 +a ,rana. &.2 +a -s!anha. &.3 +a

    le#anha. &.& -# Portugal. &. +a It/lia. . assuno de dvida no direito !/trio. .1

    0cios. .2 -%eitos e garantias. . Concluses.

    R#$um": $e acordo co# a e!ressa !reviso do Cdigo Civil4 "ue entra e# vigor no

    incio do ano de 25534 restou incor!orado ao direito civil !/trio o instituto da assuno

    de dvida. 6 !resente tra'alho visa analisar4 as variadas %acetas4 do instituto da

    assuno de dvida4 !ositivado !ela 7ei 15.&58524 no ordena#ento 9urdico !/trio4'e# co#o realiar u# 'reve estudo co#!arado da doutrina aliengena.

    Se for comigo ao notrio e l selar um compromisso

    simples que dir que se no pagar em certo dia e local a

    soma mencionada na nota, a multa imposta fica arbitrada

    numa libra justa de sua carne alva, a ser cortada. E tirada

    da parte de seu corpo quando na hora da escolha me

    aprouver.1

    1;-. ?illian. O mercador de Venea. >io de Janeiro: 7acerda4 1@@@4 !. 3A.

    * Mestre e# $ireito +egocial !ela niversidade -stadual de 7ondrina. -s!ecialista e# $ireito Civil e $ireitoProcessual Civil e e# Plane9a#ento e esto #'iental !ela niversidade Paranaense.Pro%essor Convidado de

    $ireito Civil no Curso de -s!ecialiao e# $ireito Civil e Processual Civil da niversidade -stadual de7ondrinaD de $ireito Civil na +IP> ( niversidade Paranaense e da niversidade -stadual de Maring/E2551(2552F. dvogado. Presidente da ssociao de $e%esa do Consu#idor de Paranava4 -stado do Paran/.

  • 7/24/2019 Assuno de Dvida

    2/50

    1. I%&"'u()"

    6 Cdigo Civil2 "ue entrou e# vigor e# 9aneiro de 25534 introdu4 no

    ordena#ento 9urdico4 o instituto da assuno de dvida4 disci!lina tratada !or alguns co#o

    cesso de d)'ito.

    Muito e#'ora se aceite hodierna#ente4 "ue suceder no d)'ito e"uivale G

    su'stituio do !lo !assivo de u#a relao 9urdica4 a histria de#onstra4 acerca do assunto4

    atual#ente ad#itido !aci%ica#ente4 "ue o !ensa#ento 9urdico ne# se#!re o aceitou.

    -# u# r/!ido ca#inhar atrav)s dos s)culos "ue antecede# a atual rou!age# do

    direito4 o'serva(se "ue a a!esar da evoluo da ciHncia ser u#a constante4 a sociedade4 Gs

    vees4 se vH !rivada do eerccio de certos direitos ante as a#arras 9urdicas a "ue est/ atada e

    tais laos !or vees ata# de tal %or#a o eerccio de direitos "ue aca'a# !or causar in#eros

    transtornos4 ns estes "ue o Cdigo Civil e# vigor tenta desatar4 es!era(se "ue co# sucesso.

    2. *#+# #,-&" !$&!"

    >ecorde(se "ue o !ri#itivo direito ro#ano4 era !uro re%leo de 'ar'/rie4 !ois e#

    seu incio4 dis!ensava at) #es#o a necessidade da interveno estatal34!ois "uando o credor

    'uscava4 !or ee#!lo4 o adi#!le#ento %orado de o'rigao4 considerando(se "ue se

    concentrava na !essoa do devedor a res!onsa'ilidade !elo cu#!ri#ento da !restao4 este

    res!ondia co# seu cor!o !elas conse"Hncias do incu#!ri#ento.

    2 !f. rt 11& 8 7ei 15.&5852 K O adquirente do estabelecimento responde pelo pagamento dos d"bitosanteriores # transfer$ncia, desde que regularmente contabiliados, continuando o devedor ...3>-LI64 >u'ens. !urso de direito falimentar. ;o Paulo: ;araiva4 1@@4 vol. I4 !! (N.

    2

  • 7/24/2019 Assuno de Dvida

    3/50

    Posterior#ente4 co# o ca#inhar se#!re avante da histria4 a !artir da 7ei das OII

    /'uas4 i#!Qs(se4 !ara a satis%ao do cr)dito4 a 'usca dos !retores4 dessarte #anteve(se a

    res!onsa'ilidade !essoal do devedor e# detri#ento da atual res!onsa'ilidade !atri#onial. -#

    todo o !erodo citado4 a o'rigao caracteriava(se co#o vnculo estrita#ente !essoal4 no se

    %aendo !ossvel a trans%erHncia de cr)dito4 ne# ta#!ouco de dvidas.&

    -nneccerus4 =i!! e ?ol%%4 disserta# a este res!eito "ue Rel derecho romano

    consideraba incompatible con la esencia de la obligaci%n lo mismo la transmisi%n de los

    cr"ditos que la asunci%n de las deudas.S

    $esenvolvendo o raciocnio4 no %osse o !aga#ento solvido !elo devedor4 "uando

    levado a 9uo4 e ningu)# co#!arecesse !ara a%ian/(lo, ao credor era dado o direito de

    a#arrar ou alge#ar seu devedor4 !ara vendH(lo co#o escravo Gs #argens do rio i're4 ou4 a

    sua escolha4 i#!ingir(lhe a !ena ca!ital4 no !odendo o credor ser o'rigado ao !aga#ento

    e%etuado !or "ue# no %osse o devedor.

    -# #eados do s)culo I0 a. C.N4 co# o advento da&e' (oetelia (apiria4 a'oliu(se

    a manus injectioD e desde ento os 'ens "ue co#!e o !atri#Qnio do devedor ) "ue

    garantiria# a satis%ao da o'rigao assu#ida4 e no #ais a li'erdade ou #es#o a vida do

    su9eito "ue era a !arte !assiva na relao o'rigacional.

    &6M-;4 6rlando. Obriga)*es. >io de Janeiro: ,orense4 1@@&4 !. 23. !f ainda: P->-I>4 Caio M/rio da ;ilva.+nstitui)*es de direito civil. >io de Janeiro: ,orense4 25514 vol. II. !. 23A e ;->P 76P-;4 Miguel Maria de.!urso de direito civil.>io de Janeiro: ,reitas 'astos4 1@A@4 vol. II4 !. &5N. -++-CC->;4 7udTig.D =IPP4 heodor.D ?67,,4 Martin. ratado de derecho civil - erecho deobligaciones. rad. Blas P)res onales U Jos) lguer. Barcelona: Bosch4 Casa -ditorial4 1@&4 vol. I4 to#o II4

    !!. &5@8&15.

    >-LI64 >u'ens. Op. cit.4 !. N. Continua o autor dissertando "ue ocorrendo a pluralidade de credores,podia o e'ecutado na terceira feira ser retalhado.NMais !recisa#ente entre os anos de &2A ou &&1 a. C.

    3

  • 7/24/2019 Assuno de Dvida

    4/50

    Conclui(se ento "ue desde tal )!oca at) os dias de ho9e4 !ara a satis%ao de u#a

    o'rigao4 o credor deve dirigir(se contra a !essoa do devedor4 dessarte4 Ra ao eecutria4 a

    "ue corres!onda4 visa a seu !atri#QnioSA

    4e no #ais G %igura cor!rea do o'rigado.

    Pode se a%ir#ar !or conse"Hncia4 "ue o en%o"ue acerca da res!onsa'ilidade @

    EhaftungF %ora radical#ente alterado4 vigorando a !artir do citado #o#ento histrico4

    con%or#e adverte >uggiero4 o !rinc!io sintetiado na #/i#a pecuniae creditae bona

    debitoris, non corpus obno'ium esse154 o "ue e"uivale a dier "ue o cor!o do devedor no

    !ode ser utiliado co#o garantia !ara a satis%ao de seu d)'ito.

    Co#o a evoluo de#onstra "ue conceitos co#o a vida e a li'erdade no #ais

    garante# o adi#!le#ento o'rigacional4 restando esta garantida !elo !atri#Qnio do devedor4

    !arece evidente a !ossi'ilidade da alterao no !lo !assivo da relao o'rigacional4 9/ "ue o

    "ue i#!orta !ara a sociedade atual4 e# verdade4 ) a satis%ao do cr)dito eistente. Pode

    a%ir#ar(se !or conse"Hncia "ue Ra trans#issi'ilidade das o'rigaes ) %enQ#eno do direito

    #oderno.S11

    $essarte4 co#o se o'servar/4 a !ositivao do instituto da assuno de dvida no

    Cdigo Civil 'rasileiro se deu #uito #ais diante da !aci%icao do instituto4 h/ #uito !revisto

    A6M-;4 6rlando. Op. cit.,!. 1N. >essalte(se "ue o artigo 3@1 do Cdigo Civil dis!e e!ressa#ente acercada garantia do adi#!le#ento da o'rigao !or #eio do !atri#Qnio do devedor.@!f/ V-0-$64 Wlvaro 0illaa. eoria geral das obriga)*es. ;o Paulo: -d. >evista dos ri'unais4 25554 !!.3A83@. $isserta o autor "ue a teoria surgida na le#anha e liderada !elo ro#anista Brin4 e# sntese se!ara u#ao'rigao e# d)'ito e res!onsa'ilidade4 sendo "ue esta lti#a so#ente surge "uando a o'rigao no )voluntaria#ente adi#!lida !elo devedor.15>I->64 >o'erto de.+nstitui)*es de direito civil - ireito das obriga)*es e direito hereditrio.Ca#!inas:BooXseller4 1@@@4 vol. III4 !. 3A. Continua o autor lecionando "ue h, " certo, no v0nculo, uma limita)o de livreatividade, porque onde surge uma rela)o obrigat%ria a liberdade do devedor sofre uma limita)o, mas nem a

    liberdade pessoal fica destru0da ou diminu0da, no sendo conferido ao credor qualquer direito de a tirar do

    obrigado.11;->P 76P-;4 Miguel Maria de. !urso de direito civil - Obriga)*es em geral. >io de Janeiro: ,reitasBastos4 1@A@4 vol. II4 !. &5N. 6 autor ensina ainda "ue tal evoluo no se deu de #odo retilneo4 eis "ue

    !ri#eiro !assou !ela novao4 "ue consiste na criao de u#a nova o'rigao e# su'stituio da anterior4 e "ue

    te# co#o conse"Hncia a etino de todas as garantias da dvida origin/riaD !osterior#ente criou(se o #andatoco# !rocurao in rem propriam4 e a in rem suamat) "ue se alcanasse a !ossi'ilidade da cesso de cr)ditos ede d)'itos.

    &

  • 7/24/2019 Assuno de Dvida

    5/50

    na legislao aliengena4 do "ue e# rao da ru!tura de "ual"uer !aradig#a4 nascida da

    trans#utao da nor#a !ressu!osta e# nor#a !osta.

    -# !rinc!io havia duas teorias so're a assuno de dvida: u#a4 a teoria docontrato4 "ue a!enas a via co#o contrato entre o credor e o terceiro4 co#e%ic/cia a %avor do devedor4 !or"ue li'eratria4 a outra4 a teoria darati%icao4 "ue %iava toda a !es"uisa no negcio 9urdico entre o devedor eo terceiro4 "ue s se !riva do seu direito4 co# o ato de assenti#ento4 arati%icativo. Posterior#ente4 %icou evidenciado "ue as duas teorias a!enascorres!ondia# as duas es!)cies: a de assuno de dvida !elo terceiro4diante do credor4 e a assuno de dvida !elo terceiro4 diante do devedor.12

    +$4 ,rancisco Cavalcanti. ratado de direito privado. >io de Janeiro: Borsoi4 1@A4 t.

    OOIII4 !. 2.13C+6I7

  • 7/24/2019 Assuno de Dvida

    6/50

    6'tida u#a 'revssi#a id)ia da i#!ortYncia dos !rinc!ios G orde# 9urdica4 %rise(

    se o!ortuna#ente "ue no transcorrer desta longa estrada4 alguns !rinc!ios ligados G ciHncia

    9urdica se entrelaara# co# ta#anha intensidade Gs relaes o'rigacionais "ue )

    !ratica#ente i#!ossvel i#aginar tal ra#o do direito na ausHncia destes verdadeiros 'asties

    na salvaguarda da a!licao das leis4 !osto "ue auilia# a inter!retao e a a!licao da

    nor#a a'strata aos casos concretos4 !odendo ser sintetiados co#o Rverdades %undantes de

    u# siste#a de conheci#ento4 co#o tais ad#itidas4 !or sere# evidentes ou !or tere# sido

    co#!rovadas.S1&

    -7-4 Miguel.&i)*es preliminares de direito. ;o Paulo: ;araiva4 1.@NN4 !. 2@@.

  • 7/24/2019 Assuno de Dvida

    7/50

    concretiadora do 9ulgador do 9ulgador4 "ue se9a ca!a de ca!tar os valores de u#a

    sociedade.S1

    +o se reveste a cesso de u# cunho contratual e# sentido estritoD o seuo'9etivo no ) o de criar o'rigaes4 !or)# o de dis!or [...\ nada o'stanteessa singularidade de sua %eio contratual4 a cesso est/ su'ordinada atodos os !rinc!ios reguladores do contrato4 !rec!ua#ente na !arte relativaG sua %or#ao4 aos vcios de vontade4 consenti#ento e ca!acidade.1

    .1 D- -u&"%"m!- '- +"%&-'#

    R$eve(se co#!reender !or autono#ia da vontade o !oder reconhecido Gs

    vontades !articulares de regulare#4 elas !r!rias4 todas as condies e #odalidades de seus

    vnculosS1N,ou ainda4 co#o o direito "ue !ossui cada indivduo4 e# suscitar, !or #eio de

    declarao de vontadeRe%eitos reconhecidos e tutelados !ela orde# 9urdicaS.1A$e %ato4 na

    situao e# estudo4 co#o a trans#isso do !lo !assivo se d/ no interesse !rec!uo do

    credor4 na eistHncia de !retendente G assuno dos d)'itos do antigo devedor4 e#

    su'stituio a este4 'asta G vontade das !artes !ara "ue tal negcio 9urdico se a!er%eioe4 e

    isto se d/ tanto na e!ro#isso co#o na delegao.

    -ntretanto4 o !rinc!io da autono#ia da vontade no autoria "ue se !actue

    contraria#ente aos ideais de 9ustia4 diante da %uno social do contrato4 ho9e enaltecida e#

    rao da id)ia de 9ustia co#utativa1@. ] i#!erioso le#'rar4 diante do %enQ#eno4 deno#inado

    constitucionaliao do direito !rivado4 "ue %uno social do contrato4 elevada G seara da

    17^B64 Paulo 7ui +etto.ireito contratual e Constituio.+n/ >evista de $ireito do Consu#idor. ;o Paulo:-d. >evista dos ri'unais4 n._ 34 25554 !. 2&.1;->P 76P-;4 Miguel Maria de. Op. cit.4!. &12.1N6 J+I6>4

  • 7/24/2019 Assuno de Dvida

    8/50

    Carta Magna !/tria4 ) orientao valiosssi#a4 !ois Re#'ora a livre iniciativa este9a !revista

    no ca!ut do artigo 1N5 da C,4 est/ ela associada G valoriao do tra'alho hu#ano4 na

    eistHncia digna4 consoante os dita#es da 9ustia social.S25

    li/s4 a necessidade de o'servYncia G %uno social do contrato ) to gritante "ue

    %ora e!ressa#ente inserida no teto do atual Cdigo Civil 'rasileiro21 so' as vestes de

    cl/usula geral4 de#onstrando a !reocu!ao do legislador e# evitar a'usos4 concedendo ao

    #agistrado4 verdadeiro !oder 9urgeno22na a!licao da re%erida nor#a ao caso concreto.

    Por outro lado4 no !ode ser ignorado o !rinc!io da su!re#acia da orde#

    !'lica4 ve "ue o -stado #uitas vees inter%ere na orde# !rivada.

    [...\ na li'erdade contratual4 os interesses hu#anos eiste#4 teorica#ente4e# !) de igualdade4 !ois o #ais %orte4 econo#ica#ente4 no #ais das vees4redu4 na avena4 a /rea de atuao do direito do #ais %raco4 "ue %icades!rotegido4 assi#4 se der#os %ora de#ais G li'erdade contratual4 %icandoo ho#e# livre4 na sociedade4 se# condies de discutir raoavel#ente so'resuas convenes4 ser/ ele o #es#o "ue u# !/ssaro li'ertado da gaiola4 ao%/cil alcance de u# gavio4 !ronto !ara atac/(lo.23

    Pode concluir(se assi# "ue no seria v/lido o !acto %ir#ado co# %inalidade anti(

    social4 %erindo assi# interesse !rotegido !ela 7ei #aior4 considerando(se o negcio 9urdico

    assi# contratado4 negcio 9urdico !assvel de ser revisto4 ante a o%ensa aos interesses sociais

    !revistos na Constituio2&4 !odendo ser alterado !elo #agistrado4 "ue dis!e de !oderes4 !ara

    ree"uili'rar a relao 9urdica4 co# a#!aro4 !or ee#!lo4 na cl/usula geral inserta no artigo

    &21 do Cdigo Civil "ue lhe con%ere verdadeiro !oder no#ogen)tico.

    25+dem. +bidem.!. N.21!f/ rtigo &21. li'erdade de contratar ser/ eercida e# rao e nos li#ites da %uno social do contrato.22 !f/ +->` J+I6>4 +elson. O !%digo !ivil e sua influ$ncia no ireito 3rasileiro e no (roceso !ivil.Palestra !ro%erida no II Congresso Paranaense de Processo Civil. Curiti'a4 5@(11 de #aio de 2552.23V-0-$64 Wlvaro 0illaa. eoria geral dos contratos t0picos e at!icos. ;o Paulo: tlas4 25524 !. 2&

    2&B-I4 -#lio. eoria geral dos neg%cios jur0dicos. Coi#'ra: -d. Coi#'ra4 1@@4 !. 22&. !f/ rtigo 1N5 daConstituio ,ederal: ordem econ4mica, fundada na valoria)o do trabalho humano e na livre iniciativa, tem

    por fim assegurar a todos e'peri$ncia digna, conforme os ditames da justi)a social ...

    A

  • 7/24/2019 Assuno de Dvida

    9/50

    .2 D-pacta sunt servanda

    Por sua ve4 ante as diretries e#anadas !elo !rinc!io da %ora o'rigatria dos

    contratos4 co#!reende(se "ue u#a ve assu#ida a o'rigao esta dever/ ser cu#!rida !elos

    #es#os dita#es "ue !rocla#a# "ue a lei deve ser o'edecida24 Rou se9a4 o acordo das

    vontades4 logo de!ois de declaradas4 te# valor de lei entre os esti!ulantes4 e i#!e os

    #es#os !receitos coativos "ue esta cont)#S24desde "ue tal vontade se9a aceita social#ente.

    tingiu seu /!ice4 no curso da histria4 co# os canonistas, "ue Ri#'udos do

    es!iritualis#o cristo inter!retava# as nor#as de direito ro#ano4 ani#ados de u#a

    ins!irao #ais elevadaS4 raciocinando "ue o descu#!ri#ento de u# contrato E in casu da

    assuno de dvidaF e"uivaleria G #entira2N e co#o #entir ) !ecar EpeccatunF4 o %altante

    "uei#aria eterna#ente no %ogo do in%erno.

    $o !rinc!io da %ora o'rigatria de!reende(se "ue o assuntor4 assu#e todas as

    res!onsa'ilidades atri'udas ao su'stituto4 o'rigando(se a !artir da anuHncia do credor4 a

    cu#!ri(las %iel#ente.

    -vidente#ente no se descarta a naturea contratual da assuno de dvida4 "ue

    te# co#o re"uisito a !resena dos ele#entos dos negcios 9urdicos e# geral4 tais co#o

    ca!acidade e legiti#idade4 a licitude e idoneidade do o'9eto4 e co#o o ele#ento !ri#ordial o

    consensus4 no #ni#o eternado co# a declarao do credor na delegao.

    2>IVV>$64 rnaldo. Contratos. >io de Janeiro: ,orense4 25514 !. 1.2+dem. +bidem. &oc. cit.Continua o autor dissertando "ue a for)a da obrigatoriedade foi erigida em lei por

    alguns sistemas, como o !%digo !ivil 2ranc$s, no artigo 1156, que, de modo e'pressivo, consagra que asconven)*es legalmente formadas constituem leis para aqueles que as celebram.2NP->-I>4 Caio M/rio. Op. cit. vol. III4 !. 5A.

    @

  • 7/24/2019 Assuno de Dvida

    10/50

    -# "ue !ese a %ora do !rinc!io e# estudo4 no se !ode negar "ue "uando e#

    con%lito co# nor#as de orde# !'lica2AE!rinc!io da su!re#acia da orde# !'licaF4 a lti#a

    haver/ de !revalecer4 'e# co#o "uando e# con%lito co# hodiernos !rinc!ios a!lic/veis a

    esta seara do direito4 e# #uitas situaes4 o negcio 9urdico dever/ ser revisto !elo Poder

    Judici/rio4 'uscando e"uili'rar as !artes "uando necess/rio4 a ee#!lo da necess/ria !roteo

    aos hi!ossu%icientes4 ou "uando reste# %eridos outros !rinc!ios co#o o da trans!arHncia e da

    segurana4 este lti#o4 fuente de seguridad economico e jur0dico diante da e'pectativa del

    comportamiento raonable 7 objetivamente justificada2@4 a "ual"uer das !artes envolvidas4

    sendo vedada4 !or ee#!lo4 e# !rinc!io a assuno de d)'ito ali#entar.

    . D" 3!%3!" '- #,-&!+!'-'# '"$ #5#!&"$ '"$ "%&-&"$

    cerca do te#a4 #erece le#'rana o !rinc!io da relatividade dos e%eitos dos

    contratos4 o "ual te# !or essHncia a #/i#a res inter aliso acta, aliis neque nocet neque

    prodest4 e# sntese4 dis!ondo "ue as o'rigaes !rodue# seus e%eitos entre as !artes4 Rno

    a!roveitando ne# !re9udicando a terceiros.S35al !rinc!io no ) a'soluto4eis "ue terceiros

    !ode# estar vinculados314 a ee#!lo da sucesso causa mortis. $esta %eita e !or raes

    2A!f/ P->-I>4 Caio M/rio da ;ilva. Op. cit. vol. III4 !. 11. O que so normas de ordem p8blica e o que sobons costumes no h crit"rio r0gido para precisar. o rev"s, ocupam umas e outras onas de delimita)o

    flutuante, que os juristas a custo conseguem definir. Segundo doutrinas aceitas com visos de generalidade,

    condiem com a ordem p8blica as normas que instituem a organia)o da fam0lia9 as que estabelecem a ordem

    de voca)o hereditria e a sucesso testamentria9 as que pautam a organia)o pol0tica e administrativa do

    Estado, bem como as bases m0nimas da organia)o econ4mica9 enfim, as regras que o legislador erige como

    c:nones basilares da estrutura social, pol0tica e econ4mica da ;a)o. ;o admitindo derroga)o, comp*e leis

    que pro0bem ou ordenam cerceando nos seus limites a liberdade de todos.2@ ?-I+>-+4 C)lia.El valor economico de la confiana para empresas 7 consumidores. +n/ >evista de$ireito do Consu#idor. ;o Paulo: -d. >evista dos ri'unais4 n._ 334 25554 !. 3.356M-;4 6rlando. !ontratos, cit.,!. &3. $e %ato eiste# ecees ao !rinc!io citado4 dessarte no se %anecess/rio u# estudo #ais a!ro%undado acerca do te#a eis "ue %ugiria G essHncia do !resente tra'alho.

    31;->P 76P-;4 Miguel Maria de. Op. cit.4!. &1. $isserta o autor ainda "ue ` $- P- classi%ica osterceiros Ena cesso de cr)ditoF4 co#o: o devedor cedido9

  • 7/24/2019 Assuno de Dvida

    11/50

    'vias4 a !artir do #o#ento no te#!o e# "ue a assuno ad"uira e%ic/cia4 os e%eitos da

    #es#a trans#itir(se(o ao assuntor e4 eventual#ente4 a seus herdeiros.

    >ecorde(se "ue na hi!tese do artigo 351 do Cdigo Civil 324 o devedor su'stitudo

    continua vinculado aos e%eitos da o'rigao assu#ida caso a assuno4 !or "ual"uer rao4

    venha a ser anulada. li/s4 R%ala(se ta#')# "ue e# ho#enage# aos !rinc!ios )ticos4 no se

    deve tolerar o conluio entre o contratante e terceiro "uando realia# negcio

    intencional#ente voltado !ara %rustrar o direito do outro contratante.S33

    situao %ora ade"uada#ente o'servada !elo legislador no artigo 351 do

    Cdigo4 !revendo a hi!tese de terceiro garantidor da o'rigao trans#itida ao assuntor4 e#

    conluio co# este4 #otivar o a!er%eioa#ento do negcio 9urdico4 eis "ue restaria li'erto das

    a#arras "ue o liga# ao devedor !ri#itivo. ssi#4 constatado tal inteno e# lesar4 e# sendo

    anulado o negcio4 a o'rigao deste terceiro renasce.

    .4 D" 3!%3!" '- "-758

    Para al)# da an/lise de u#a #/ %) su'9etiva no agir4 %a(se necess/ria aconsiderao de u# !ata#ar geral de atuao4 atri'uvel ao ho#e# #)dio4"ue !ode ser resu#ido no seguinte "uestiona#ento: de "ue #aneira agiria obonus pater familiae4 ao de!arar(se co# a situao e# a!reo Luais

    seria# as suas e!ectativas e as suas atitudes4 tendo e# vista a valorao9urdica4 histrica e cultural do seu te#!o e de sua co#unidade 3&

    32rt. 351. ;e a su'stituio vier a ser anulada4 restaura(se o d)'ito4 co# todas as suas garantias4 salvo asgarantias !restadas !or terceiros4 eceto se este conhecia o vcio "ue in"uinava a o'rigao.336 J+I6>4

  • 7/24/2019 Assuno de Dvida

    12/50

    'oa %)4 !rinc!io i#!ortantssi#o "ue direciona os destinos das relaes

    9urdicas e# geral4 historica#ente a!enas !or ocasio do incio do s)culo !assado veio a ser

    tratada o'9etiva#ente co# o advento da !u'licao do Cdigo Civil le#o.3

    -# terras tu!ini"uins4 e#'ora de uso consagrado !ela doutrina e 9uris!rudHncia4 a

    #at)ria no se encontrava !ositivada na codi%icao civil "ue deiou de res!irar h/ !ouco4

    dessarte sua a!licao e!lcita se d/ nas relaes 9urdicas consu#eristas.3

    Por sua ve4 o artigo &22 do Cdigo Civil4 e# %or#a de cl/usula geral3N veio

    corrigir tal o#isso legislativa de elevada i#!ortYncia4 ao dis!or e!ressa#ente "ue: Ros

    contratantes so o'rigados a guardar4 assi# na concluso do contrato4 co#o e# sua eecuo4

    os !rinc!ios da !ro'idade e da 'oa(%)S4 inserindo o re%erido !rinc!io h/ algu# te#!o 9/

    utiliado na seara !rivada3A.

    $esta"ue(se assi# "ue o !rinc!io da 'oa(%) deve ser a!licado e# todas as

    relaes contratuais e no a!enas nas de consu#o4 !osto "ue R) u#a decorrHncia do

    3+os ter#os do b 2&24 do BB: O devedor " obrigado a realiar a presta)o do modo como o e'ige a boa@f"levando em conta os usos do trfico.3!f/ rtigos &_4 inciso III e 14 inciso I04 da 7ei A5NA8@5. - ainda: J$,. -I 3@@ E>eg. 23.A5F. 1Z C.Cv.>elZ $esZ Car#elita Brasil. $J 5A.15.1@@N.+n/ C$ >o# Jris ;ntese Milleniu#. +bidem. $is!e o acrdo

    "ue:O !! veio impor um paradigma nas rela)*es contratuais, o princ0pio da boa@f" objetiva. clusulacontratual que prev$ o perdimento das quantias pagas, embora de forma gradual, mas determinando que opromissrio comprador, perca a final, quase tudo do que pagou, coloca o consumidor em desvantagem

    e'agerada, pois este nada recebeu do promitente vendedor e pagando as presta)*es propiciou a este trabalhar

    com seu dinheiro. O artigo A1 do !! fulmina de nulidade todas clusulas abusivas e o inciso +V elenca dentre

    elas as que estabele)am obriga)*es consideradas in0quas ou que coloquem o consumidor em desvantagem

    e'agerada.3N-nunciao a'strata4 se# conse"Hncia e!ressa na 7ei4 cu9a vivi%icao ser/ #otivada !elo #agistrado "uedis!e de e%etivo !oder 9urgeno. !f/+->` J+I6>4 +elson.3AC6;4 Judith Martins. 3oa@f" no direito privado. ;o Paulo: >4 25554 !. 3A2. 7eciona a autora "ue o

    princ0pio da boa@f" objetiva tem sido utiliado pela jurisprud$ncia , principalmente nos 8ltimos anos, como

    se fosse, mediante um engenhoso artif0cio, qual seja o de dar carter e principalmente, fun)o de clusula geral

    ao princ0pio ine'presso que resultaria do conjunto das disposi)*es do !%digo !ivil em mat"ria obrigacional.

    boa@f" objetiva a0 desempenha um papel fundamental, porque " o caminho pelo qual se permite aconstru)o de uma no)o substancialista do direito, atuando como um modelo hbil # elabora)o de um

    sistema aberto, que evolui e se perfa dia@a@dia

    12

  • 7/24/2019 Assuno de Dvida

    13/50

    reconheci#ento da nor#atividade dos !rinc!ios constitucionais.S3@6 citado !rinc!io !ode4

    e# 'reves !alavras4 ser de%inido co#o o

    dever das !artes de u#a relao 9urdica4 de co#!ortare#(se4 to#ando !or%unda#ento a con%iana "ue deve eistir4 de #aneira correta e lealD #aises!eci%ica#ente caracteria(se co#o retido e honrade dos su9eitos dedireito "ue !artici!a# de u#a relao 9urdica4 !ressu!ondo o %ielcu#!ri#ento do esta'elecido.&5

    >o'erto ;enise 7is'oa4 a seu turno4 leciona so're o !rinc!io a'ordado4 ensinando

    "ue Ro direito de in%or#ao encontra(se %undado na 'oa(%)4 i#!licando e# contra!artida4 o

    dever de in%or#ao da outra !arte.S&1

    Miguel >eale4 a seu turno4 ressalta a "uesto a%ir#ando

    "ue ) necess/rio Rtornar e!lcito4 co#o !rinc!io condicionador de todo o !rocesso

    her#enHutico4 "ue a li'erdade de contratar s !ode ser eercida e# consonYncia co# os %ins

    sociais do contrato4 i#!licando os valores !ri#ordiais da 'oa %) e da !ro'idade.S&2

    [+este condo\ o !rinc!io da 'oa %) !er#ite G"uele "ue se sentir lesado4!ostular a anulao do contrato a ser decretada !elo Poder Judici/rio4 !or ter

    sido contagiado !or u# vrus "ue ra!ida#ente se alastrou !elo contedo docontrato !actuado4 trans#udando sua essHncia4 vacinando(o de #odo e%icacontra o #al causado.&3

    6'serva(se a incidHncia de tal !rinc!io4 !or ee#!lo4 "uando o devedor na )!oca

    da assuno era insolvente4 sendo tal estado de %ato o#itido do credor4 se9a ou no co# o

    o'9etivo de %raudar a este4 ou ainda4 na hi!tese e# "ue o credor4 'uscando evitar

    co#!ensao "ue se a!roi#a4 e!urga da relao 9urdica o devedor !or #eio da

    e!ro#isso.

    3@+60I;4 linne r"uette 7eite. teoria contratual e o !%digo de efesa do !onsumidor. ;o Paulo: -d.>evista dos ri'unais4 2551.!. A&.&5 C07C+I4 Bruno. O princ0pio da boa@f" e os contratos de seguro.>eci%e: +ossa 7ivraria4 25554

    apud4 +-M-VI6 uta ,rana de 6liveira.D CCI67`.D ,->>6 MirUa avares Pinto Cardoso CelUrioda#astor enrio. O princ0pio da boa@f" e sua abrang$ncia. rtigo ca!turado na internet:&&39//:::.3'!.-'+./ 4 e# 12.5.2552.

    &17I;B64 >o'erto ;eniseD !ontratos difusos e coletivos. ;o Paulo: -d. >evista dos ri'unais4 25554 !. 1N5.&2>-7-4 Miguel. O projeto de c%digo civil.;o Paulo : ;araiva. 1@A4 !. @&.

    &3C7+4 Marcos Jorge. (rinc0pios aplicveis # forma)o e adimplemento dos contratos no !%digo deefesa do !onsumidor.+n/>evista de CiHncias Jurdicas 8 niversidade -stadual de Maring/. Maring/: -M 8Curso de Mestrado e# $ireito4 25554 vol. 4 !!. 1&81&.

    13

    http://www.bpdir.adv.br/http://www.bpdir.adv.br/
  • 7/24/2019 Assuno de Dvida

    14/50

    4. A -$$u%()" '# '+!'- %- '"u&!%- # ,#;!$,-()" "m3--'-9

    4.1 N-

  • 7/24/2019 Assuno de Dvida

    15/50

    realiar a !restao4 orientao "ue en%oca a #orte natural de u#a o'rigao co# o

    !aga#ento e# detri#ento dos #eios "ue levaro a isto.

    dverte# ainda tais autores %ranceses4 "ue h/ situaes e# "ue seria til ao

    devedor ser su'stitudo !or u# o'rigado "ue assu#isse %rente ao credor4 a carga de suas

    o'rigaes4 de #odo a !er#itir ao !ri#eiro credor restar total#ente li'erado4 e !or outro lado4

    !er#itindo ao credor acionar direta#ente o sucessor do devedor !ri#itivo4 co#o nos casos de

    doaes a ttulo universal4 cesso de u# %undo de co#)rcio ou ainda a"uisio de u# i#vel

    hi!otecado4&Aneste caso4 alienado ta#')# o !assivo garantido !elo 'e#.

    6 Cdigo Civil %rancHs4 no !ositiva o instituto da assuno de dvida4 sendo "ue

    con%or#e !releciona# os Maeaud4 ) i#!eriosa a aceitao do credor con%or#e teor do artigo

    12N do CC %rancHs&@4 e ainda "ue se a!lica a a!enas algu#as hi!teses ece!cionais 5, o "ue

    di%ere do siste#a !/trio4 no "ual4 se9a ho9e e# rao da inter!retao doutrin/ria e

    9uris!rudencial diante da lacuna do CC de 1@14 se9a e# rao da nor#a "ue h/ !ouco se

    tornou e%ica4 ) larga#ente utiliado "uando da a"uisio de u#a e#!resa 1ou de u# %undo

    de co#)rcio4 nas su'locaes ou ainda na alienao de u# i#vel %inanciado4 ressalvada4 nos

    dois lti#os casos4 a anuHncia do credor.

    li/s4 ) o!ortuno le#'rar4 es!eci%ica#ente "uanto a ululante eistHncia de co#!ra

    e venda de i#veis "ue serve# de garantia hi!otec/ria e# terras !/trias4 o legislador %ora

    &A+dem. +bidem. !!. 3&(3.&@raduo livre: !essoa do devedor de u#a o'rigao no !ode ser !resu#ida co#o indi%erente ao credor.5MV-$4 I64 leandre guiar de. questo da responsabilidade, por sucesso inter@vivos, no contrato detrespass. Internet: htt!:88TTT.%els'erg.co#.'r8Portugues8rtigos8!PLuestao.ht#l4 [ca!turado e# 12.5.52\.-nsina o autor "ue(elo direito alemo, a responsabilidade do sucessor pelo passivo da empresa sucedida, nocontrato de trespasse, condiciona@se # utilia)o, pelo sucessor, do nome empresarial do sucedido. ;a 2ran)a, o

    credor do alienante pode se opor # venda do estabelecimento. inda entre os europeus, na +tlia, o adquirente

    se sub@roga em todas as obriga)*es ativas e passivas do alienante, salvo as de carter pessoal e as

    e'pressamente ressalvadas no contrato. B na rgentina, pa0s viinho, o pagamento pelo trespasse, s% se faap%s 1C dias do an8ncio de venda. O passivo no pode ser maior que o ativo. erceiros podem reclamar seu

    cr"dito junto ao adquirente que pagar o saldo ao alienante.

    1

    http://www.felsberg.com.br/Portugues/Artigos/pPQuestao.htmlhttp://www.felsberg.com.br/Portugues/Artigos/pPQuestao.html
  • 7/24/2019 Assuno de Dvida

    16/50

    sensvel a tal situao4 con%or#e restou nor#ogra%ado no artigo 353 da nova 7ei. -ntre as

    situaes "ue ad#ite# a assuno de dvida autoriados !ela doutrina %rancesa4 encontra#(se

    segundo a lio de

  • 7/24/2019 Assuno de Dvida

    17/50

    $essarte4 e# "ue !ese a ausHncia de e!ressa !reviso legal4 o Cdigo Civil

    es!anhol no !ro'e4 ne# eclui a utilidade do institutoD eis "ue se trata de una lacuna da le7,

    e "ue nesse !articular4 a t)cnica do Cdigo !eninsular4 no a7uda, pero tampoco estorba.

    $ecidiu a ;u!re#a Corte -s!anhola4 9/ e# 1@& "ue e#'ora o Cdigo Civil

    es!anhol no %aa e!ressa re%erencia ao instituto da assuno de dvida4 u#a !arcela

    signi%icativa da doutrina ad#ite a !ossi'ilidade de reconhece(lo co# a#!aro nas dis!osies

    a!lic/veis G novao.J/ e# 1@54 a #es#a corte #ani%estou(se no sentido de reconhecer

    "ue no h/ nada "ue !ro'a a assuno de dvida4 sendo esta u# contrato !elo "ual u#

    terceiro Rtoma a su cargo una obligaci%n pree'istente con asentimiento del acreedor,

    constitu7"ndose en deudor 7 liberando al que lo era hasta entonces.SN

    ;i se hace !or contrato entre el "ue asu#e la deuda U el acreedor4 su!uestoel !ro!sito de eonerar al deudor !ri#itivo U la ausencia de intencinnovatoria etintiva4 "ue no se !resu!one4 las consecuencias ser/n las#is#as "ue las sealadas en el teto "ue anota#os4 a sa'er: el "ue asu#e la

    deuda se constituUe in#ediata#ente in deudor U el deudor anterior se li'erata#'i)n in#ediata#ente.A

    -# linhas gerais4 o instituto da assuno de dvida na terra das castanholas e#

    #uito se asse#elha ao agora !ositivado direito civil 'rasileiro4 sendo tratado co#o negcio

    9urdico4 "ue !rescinde da anuHncia do credor e "ue se caracteria essencial#ente !ela

    #anuteno da #es#a relao 9urdica o'rigacional.

    4. N- A,#m-%-

    o "ue !arece4 a assuno de dvida %ora e!ressa#ente !revista !ela !ri#eira

    ve4 e# %or#a de lei4 no Cdigo ale#o de 1A@@4 graas aos estudos iniciais de $el'rucX e

    +dem. +bidem. loc. cit.!f/ ri'unal ;u!re#o de -s!anha E;. 22.52.1@&F4 apud4 -++-CC->;4 et al. Op. cit.4 !. &25.N!f/ ri'unal ;u!re#o de -s!anha E;. 15.52.1@5F4 apud4+dem. +bidem. loc. cit.

    A!f/ ri'unal ;u!re#o de -s!anha E;. 22.12.1@3@F4 apud4+dem. +bidem4 !. &21.@>6$>I-;4 ;ilvio.ireito civil. ;o Paulo: ;araiva4 25524 vol. II4 !. 154 %aendo re#isso o autor aosartigos &1& a &1@ da re%erida nor#a.

    1N

  • 7/24/2019 Assuno de Dvida

    18/50

    ?indscheid4 !andectistas ger#Ynicos "ue reagira# contra o dog#a da no trans#issi'ilidade

    das o'rigaes4 tendo sido a #at)ria nor#ogra%ada !elo BB ale#o e# seus b &1& usqueb

    &1@4 so' a deno#inao de SchuldbernahmeD dis!ondo4 e# sntese "ue: a assuno E!or

    e!ro#issoF ) u# contrato entre o credor e o terceiro "ue assu#e o !lo !assivo da relao

    9urdica o'rigacional4 sucedendo o devedor !rinci!al Eb &1&F4 no sendo vislu#'radas a"ui

    #aiores di%iculdades !elo si#!les %ato de "ue ) o credor "ue !rocura o terceiro EassuntorF

    li'erando o devedor !ri#itivoD "ue "uando o negcio 9urdico se der entre devedor e terceiro

    Eassuno !or delegaoF ) i#!eriosa a anuHncia do credor4 e en"uanto este ato no se

    a!er%eioar4 !ode# a"ueles etinguir o contrato Eb &1F inter!retando(se o silHncio do credor

    co#o recusa Eb &14 in fineF4 e ta#')# "ue R"uando o d)'ito trans#itido se a!resentar

    garantido !or %iana4 esta se etingue4 !odendo ser revivida !or nova #ani%estao de vontade

    do %iadorS Eb &1AF4 o "ue se a!lica ta#')# as o'rigaes co# garantias reais4 eis "ue a

    anuHncia do credor G cesso do d)'ito i#!lica e# renncia a tais garantias. 5Por %alar e#

    aceitao do credor4 -nneccerus4 =i!! e ?ol%%4 ensina# "ue no direito tedesco a #es#a !ode

    ser dada Rtambi"n de modo tcito, tratando como deudor efectivo al que assumi% la deuda,

    por ejemplo, demandndole en juicioS.1

    +o #es#o sentido ensina ;ilvio >odrigues ao tratar da #at)ria no direito ale#o4

    advertindo "ue Ro assenti#ento do credor !ode ser e!resso ou t/cito4 sendo t/cito "uando

    resultar das circunstYncias4 co#o4 !or ee#!lo4 no caso de4 se# %aer reservas4 aceitar do

    terceiro !aga#ento.S2

    -# an/lise sucinta do instituto ora !ositivado e# terras tu!ini"uins4 o "ue se %a

    agora ante a ausHncia do intuito de esgotar a #at)ria e# u# estudo siste#/tico4 veri%ica(se

    5>6$>I-;4 ;ilvio. op. cit.!. 15. !f. F 61G do 3H3.

    1 -++-CC->;4 7udTig4 =IPP4 heodor4 U ?67,,4 Martin. erecho de obligaciones/ octrina general.rad. Blas P)res onales U Jos) lguer. Barcelona: Casa -ditorial Bosch4 1@14 vol. I4 !. &11.2>6$>I-;4 ;ilvio. op. cit. !. 15.

    1A

  • 7/24/2019 Assuno de Dvida

    19/50

    "ue o artigo 2@@ do Cdigo Civil dis!e "ue ) i#!eriosa a aceitao e!ressa do credor4 o "ue

    se "uestiona co# a#!aro no !rinc!io da li'erdade das %or#as4 !lena#ente a!lic/vel ao

    direito o'rigacional !/trio.

    Co#o inter!retar a anuHncia t/cita e# terras !/trias4 caso o credor !rati"ue atos

    co#!atveis co#o a aceitao4 co#o contatos co# o terceiro "ue lhe co#unicou a assuno4 o

    a9uia#ento de ao de co'rana ou a eecuo do ttulo ou ainda o !rotesto do docu#ento

    "ue instru#entalia a !restao. +o se !oderia a%ir#ar "ue a anuHncia do credor se

    a!er%eioou4 e# detri#ento do teor do citado artigo

    Co#o argu#ento contr/rio ao raciocnio aduido4 te#(se "ue4 en"uanto negcio

    9urdico a'strato3) i#!eriosa a o'servYncia G %or#a Eno caso4 anuHncia e!ressa "ue !ode se

    dar !or #eio escrito4 ver'al ou ainda !or ##icaF e sua %alta4 segundo ensina ntQnio

    Jun"ueira de evedo conduiria a sua ineistHncia co#o a"uele negcio !osto "ue Rnos

    negcios a'stratos o ele#ento categorial inderrog/vel ) %or#alS&, e# "ue !ese o citado autor

    classi%icar a assuno de dvida co#o negcio 9urdico causal4 deno#inando(a delegao4 e

    atri'uindo co#o sua causa a su!osio de dvida eistente.al classi%icao no !arece a

    #ais a!ro!riada4 ve "ue causa ) a Ratri'uio 9urdica do negcio4 relacionada ao %i# !r/tico

    "ue se o't)# co#o decorrHncia deleS.

    3P6+-; $- MI>+$4 ,rancisco Cavalcante. ratado de direito privado. >io de Janeiro: Borsoi4 1@A4 t.OOIII4 !!. 32(33. 7eciona o autor "ue a assun)o de d0vida alheia, seja unifigurativa, seja bifigurativa, "neg%cio jur0dico bilateral abstrato4 sendo des!rovida de "ual"uer relevYncia4 na relao 9urdica entre o credor eo assuntor a causa4se havia, do neg%cio jur0dico que se irradiara a d0vida que se e'tinguira.&V-0-$64 ntQnio Jun"ueira de. ;eg%cio jur0dico/ E'ist$ncia, validade e eficcia. ;o Paulo: ;araiva425524 !!. 1&5(1&1.+dem. +bidem. !. 1&A. 6ra4 neste caso4 %ica claro "ue ineistindo negcio 9urdico anterior "ue venha a ense9ar agHnese de o'rigao a ser trans#itida4 estar(se(/ diante de assuno de divida nula4 eis "ue eistindo a #es#a%alta(lhe o o'9eto4 encontrando(se este no !lano de validade.M-7764 Marcos Bernardes de. eoria do fato jur0dico/ plano de e'ist$ncia. ;o Paulo: ;araiva4 25514 !. 12A.

    ;esse sentido, h causa solvendi, quando o neg%cio tem como resultado o adimplemento de obriga)*es9

    causa credendi, dita tamb"m constituendi, quando do neg%cio resulta a constitui)o de um cr"dito, em

    contrapartida da cria)o de uma obriga)o e causa donandi que sup*e que nem se crie um cr"dito a favorde algu"m, nem se solva a d0vida. S% uma d, sem outra causa que a de inserir bem da vida no patrim4nio de

    outrem. causa, em 8ltima anlise, constitui a fun)o do neg%cio jur0dico.

    1@

  • 7/24/2019 Assuno de Dvida

    20/50

    ,rise(se ainda "ue ) do teor do b &1N4 do BB ale#o "ue o assuntor de dvida

    !ode o!or ao credor as ecees "ue %eria# a relao 9urdica anterior#ente eistenteD salvo a

    co#!ensao. +o Brasil4 %aendo o necess/rio contra!onto4 o te#a %ora !ositivado no artigo

    352 do Cdigo CivilN co# u#a %eio 'e# #ais restritiva4 no !er#itindo ao assuntor

    suscitar "uais"uer ecees !essoais4 cu9a titularidade !ertencia ao devedor agora li'erto das

    a#arras "ue o ligava# ao credor.

    ] i#!ortante "ue se %aa u# !arHntesis de orde# did/tica neste #o#ento na

    tentativa de elucidar(se a "uesto da eceo !essoal da co#!ensao na cesso de d)'ito.

    Indaga(se acerca da rigide de tal entendi#ento4 es!ecial#ente no tocante a este #eio indireto

    de !aga#ento4 !ois se considerando "ue a doutrina disserta "ue a #es#a o!era(se pleno iure4

    restaria i#!ossvel conce'er(se 9uridica#ente a ressurreio de o'rigao etinta4 e

    eventual#ente e# sendo o caso de "uestionar(se a #es#a E a co#!ensaoF 9udicial#ente4 a

    sentena "ue a 9ulgar !ossuir/ naturea #era#ente declaratria co# e%eitos e' tunc. Pothier

    rati%ica o !osiciona#ento es!osado lecionando "ue

    [...\ "uando ) dito "ue a co#!ensao ) %eita de !leno direito4 i!so iuref4isso "uer dier "ue ela ) %eita e# virtude da lei so#ente4 se# "ue se9a9ulgada !elo 9ui4 ou se9a4 o!osta !or u#a das !artes ... 6 nosso !rinc!io4 de"ue a co#!ensao etingue as dvidas res!ectivas i!sa 9uris !otestatef4 se#"ue tenha sido o!osta ne# 9ulgada4 ) esta'elecido no a!enas !ela !alavrai!so iuref4 das "uais se serve# as leis4 e Gs "uais no se !ode dar outrosentido4 #as ta#')# !elos e%eitos "ue os tetos de direito do G

    co#!ensao.6=

    +a #es#a linha de !ensa#ento rnaldo >iardo sugere "ue na co#!ensao legal )

    irrelevante a vontade das !artes4 sendo "ue a recusa in9usti%icada de u# dos envolvidos

    na relao 9urdica no a%asta o direito4 no sendo !ossvel entretanto i#!Q(la se# a

    integrao dos ele#entos e# lei !revistos.6>6ra4 se a interveno do Judici/rio ter/ !or

    Nrtigo 352. O devedor no pode opor ao credor as e'ce)*es pessoais que competiam ao devedor primitivo.

    AP64 >o'ert Jose!h. ratado das o'rigaes. rad. $e drian ;otero $e ?itt Batista e $ouglas $ias,erreira. Ca#!inas: ;ervanda4 25514 !!. &(@>IVV>$64 rnaldo.ireitos das obriga)*es. >io de Janeiro: ,orense4 2555. !. &1@.

    25

  • 7/24/2019 Assuno de Dvida

    21/50

    #isso a!enas declarar o direito "ue se o!erou no !assado4 co# e%eitos retroativos4 o

    dis!osto e# 7ei no estaria o%endendo tal situao 9urdica

    ssi#4 "uanto a este as!ecto4 e!lica(se #ais %acil#ente o raciocnio e# se conce'endo

    "ue o d)'ito trans#itido %oi di#inudo do quantum co#!ensado4 co#o e# u#a

    %otogra%ia da o'rigao assu#ida no #o#ento eato da gHnese do negcio 9urdico4 e o

    #es#o se d/ no caso de delegao su'#etida G !osterior e%icaciao co# a anuHncia

    do credor4 !osto "ue os e%eitos de tal declarao rece!tcia de vontade tero e%eitos e'

    tunc.

    4.4 Em P"&u;-,

    +a legislao !ortuguesa4 ao contr/rio do "ue ) regra no direito !/trioN54 e#

    !rinc!io4 a assuno de dvida nos li#ites do artigo @._4 n._ 24 do Cdigo Civil PortuguHsN1

    no se caracteria co#o assuno !ura4 #as e# assuno cu#ulativa ou co(assuno4 sendo

    "ue a !artir da #ani%estao de vontade do credor4 o terceiro se torna solidaria#ente

    res!ons/vel !elo adi#!le#ento da !restao assu#ida.N2>essalte(se "ue !elo "ue se etrai do

    Cdigo Civil !ortuguHs4 a assuno cu#ulativa ) a regra no siste#a de l)# Mar4 con%or#e

    teor da segunda !arte do artigo citado ut supra4 dando(se ela !or contrato entre o credor e o

    assuntor ou !elo negcio realiado entre o devedor e assuntor4 neste caso !rescindindo da

    declarao rece!tcia de vontade do credor.

    N5$esta"ue(se "ue a nova redao "ue se !retende dar ao rt. 2@@ do CC cria a assuno cu#ulativa co#o regra.N1rt. @._4 n._ 2. -# "ual"uer dos casos a trans#isso s eonera o antigo devedor havendo declarao

    e!ressa do credorD de contr/rio4 o antigo devedor res!onde solidaria#ente co# o o'rigado.N20-+6;4 ;lvio de ;alvo.ireito civil/ eoria geral das obriga)*es e teoria geral dos contratos . ;o Paulo:tlas4 25524 !. 33@.

    21

  • 7/24/2019 Assuno de Dvida

    22/50

    to contnuo4 a!enas "uando o credor e!ressa#ente li'erar a res!onsa'ilidade

    do devedor !ri#itivo ) "ue haver/ de a!er%eioar(se verdadeira trans#isso da relao

    9urdica4 o!erando(se assi# Ru#a #udana na !essoa do devedor4 #as se# "ue ha9a alterao

    do contedo4 ne# da identidade da o'rigao.SN3

    6'serva(se "ue a assuno de dvida !ode con%igurar(se de duas #aneiras4no "ue toca aos seus e%eitos "uanto ao antigo devedor. ;e este resultaeonerado !elo co#!ro#isso "ue o devedor assu#e4 trata(se de u#aassuno li'eratria ou !rivativa de dvida. Mas4 se a res!onsa'ilidade dodevedor ve# a!enas 9untar(se G do antigo4 "ue continua vinculado a !ar dele4%ala(se de assuno cu#ulativa ou co(assuno de dvida Eart. @4 n._ 2F4sendo "ue so#ente na !ri#eira hi!tese se !rodu4 e# rigor4 u#a verdadeiratrans#isso singular de dvida.N&

    ;urge a"ui o "uestiona#ento acerca da naturea da solidariedade a "ue se re%ere a

    lei4 se !er%eita ou no4 es!ecial#ente !elo %ato de "ue o assuntor assu#e dvida alheia4 e co#

    sua adeso !ossuiria a!enas a res!onsa'ilidade !elo adi#!le#ento da o'rigao de #odo

    con9unto co# o devedor. Co#o u#a das conse"Hncias de tal entendi#ento te#(se "ue na

    Ro'rigao solid/ria4 se algu# dos devedores tiver "ual"uer #eio de de%esa !essoal contra o

    credor4 no %ica este ini'ido de recla#ar dos outros a !restao integralSD o "ue no se d/ na

    assuno cu#ulativa4 ve "ue se o devedor tiver Hito e# eventual i#!ugnao o ele#ento

    "ue serve de su!orte G res!onsa'ilidade do assuntor caducar/.N

    ,rise(se ade#ais "ue da #es#a %or#a "ue ocorre no direito tedesco4 con%or#e

    !revH e!ressa#ente o artigo @ da nor#a !ortuguesa4 en"uanto o negcio 9urdico no %or

    rati%icado !elo credor4 devedor e terceiro !ode# des%aer o negcio 9urdico.

    #a outra regra vigora ainda !ara todos os casos: o art. @N._ !revH orenasci#ento da o'rigao do devedor li'erado !elo credor4 "uando severi%i"ue a invalidade do contrato de trans#isso. Considera#(se4 !or)#4

    N3

    0>-74 Joo de Matos ntunes.as obriga)*es em geral. Coi#'ra: l#edina4 1@@@4 vol. II4 !. 31N&C6;4 M/rio Jlio de l#eida.ireito das obriga)*es. Coi#'ra: l#edina4 1@@@4 !. N3&.N0>-74 Joo de Matos ntunes. Op. cit.4 !. 3NA.

    22

  • 7/24/2019 Assuno de Dvida

    23/50

    etintas as garantias !restadas !or terceiro4 desde "ue este no conhecesse ovcio no #o#ento e# "ue se teve a notcia da trans#issoN.

    4.? N- I&,!-

    >uggiero leciona "ue R) #)rito da doutrina civilista ale# ter ela'orado a

    construo do institutoS4 no sendo ele entretanto4 estranho G legislao civil italiana4 sendo

    "ue o #es#o estava Rcontido e# ger#e no ordena#ento civil italiano dados os !recedentes

    "ue o%erece a velha !rae dos s)culos idos4 ad"uirindo !ara se#!re direitos de cidade na

    dog#/tica italianaSNN4co# a trans!osio da nor#a no !ositivada !ara o teto do Cdigo

    Civil de 1@&2. +a #es#a esteira4 $o#enico Bar'ero ensina "ue no direito italiano4 ineiste

    "ual"uer 'ice4 do !onto de vista estrutural4 "ue i#!ea "ue u# su9eito su'stitua outro na

    "ualidade de res!ons/vel !elo adi#!le#ento de u#a o'rigao.

    $isserta ainda a res!eito do te#a "ue a eecuo da !restao a9ustada !ode

    de!ender tanto

    de la disposici%n, como de la posible solvencia de la persona del deudor4[!osto "ue\ la variaci%n subjetiva parte as0 un destacado reflejo sobre eldato objetivo, que puede hacer a un mismo cr"dito ms o menos apreciado,

    no por lo que significa su objeto en s0, sino por la confiana que inspira la

    persona del deudor.NA

    $esta %eita4 no direito italiano4 se %a !er%eita#ente !ossvel a a!licao do

    instituto do accollo privativo ou liberat%rio4 verdadeira sucesso a titulo singular4 co# e%eito

    li'eratrio.N@+o Brasil 9/ se escreveu "ue Rno Cdigo italiano de 1@&2 encontra#(se %iguras

    "ue !oderia# conduir o analista G id)ia de "ue o legislador ad#itiu a cesso de d)'ito. ] o

    NC6;4 M/rio Jlio de l#eida. Op. cit.4 !. N3.NN>I->64 >o'erto de. op. cit.!. 23.

    NAB>B->64 $o#enico. Sistema del derecho privado - Obligaciones. raduo de ;antiago ;entis Melendo.Buenos ires: -diciones Jurdicas -uro!a #)rica4 vol. III4 !. 2&.N@>I->64 >o'erto de. op. cit.!. 23.

    23

  • 7/24/2019 Assuno de Dvida

    24/50

    "ue ocorre e# %ace da e!ro#isso4 e# "ue o credor li'era o antigo devedor Eart. 12N2FS ou

    acollo liberatorio.A5

    +a It/lia4 assi# co#o no direito !/trio4 ) i#!ortante a advertHncia de "ue se# o

    consenti#ento do credor a trans#isso singular de dvida !or ato inter vivos no se

    a!er%eioa4 dessarte4 co# a anuHncia deste4 desde Rque tenga plena capacidad, la sucesi%n se

    admite sin limites, incluso por acto entre vivos 7 a t0tulo particular.SA1

    $a #es#a %or#a "ue nos de#ais siste#as estudados4 no direito italiano a

    assuno de dvida !ode se dar na %or#a de e!ro#isso ou delegao4 sendo "ue neste caso

    [...\ en virtud de este contrato , el deudor 7 el tercero convienen precisamente en que "ste

    asume la deuda del primero. Iasta aqu0 la estipulaci%n se rige sobre la base

    de un contrato com8n, comprometedor para las partes, pero resoluble entre

    ellas, sin consentimiento contrario, sin interferencia alguna por parte del

    acreedor. (ero el acreedor puede tener inter"s en la estipulaci%n 7 hacer

    acto de adhesi%n a ella/ con ello la hace irrevocable a su favor, seg8n

    ocurre precisamente en los contratos a favor de tercero.A2

    Con%or#e orientao es!osada aci#a4 caracteria(se a adeso do credor co#o u#

    negcio unilateral rece!tcio "ue no integra a esti!ulao realiada entre devedor e terceiro4 e

    "ue o %a irrevog/vel "uanto G"uele4 desde "ue no !ossua vcios.

    Luanto G li'erao do devedor origin/rio4 esta se d/ no siste#a italiano da #es#a

    %or#a "ue ocorre e# terras !/triasD e de #odo diverso do siste#a !ortuguHs4 onde vigora o

    !rinc!io da adeso cu#ulativa4 !ois a li'erao do devedor ) e%eito direto da adeso do

    credor ao contrato !actuado entre devedor e terceiro4 con%or#e !rescreve o artigo 12N& do

    !%dice !ivileD 9/ "ue na e!ro#isso4 e# regra4 ) o credor "ue 'usca 9unto ao terceiro "ue

    este se res!onsa'ilie !ela o'rigao a ser !or ele assu#ida.

    A5>6$>I-;4 ;ilvio. op. cit.!. 15N. !ontinua o autor ensinando que em ambos os casos trata@se de mera

    nova)o, eis que a lei utilia a e'presso nuova obbligaione.A1B>;;I. Obbligaioni. III4 !. 2N e ss4 apud4 B>B->64 $o#enico. op. cit..!. 2&.A2B>B->64 $o#enico. op. cit.!. 2@.

    2&

  • 7/24/2019 Assuno de Dvida

    25/50

    >essalte(se ade#ais "ue co#o e# terras tu!ini"uins4 so#ente restar/

    res!onsa'iliado o devedor !ri#itivo caso se9a %eita e!ressa reserva ou na hi!tese da

    insolvHncia do terceiro4 a )!oca da assuno4 e ainda sendo re"uisito essencial a tal

    res!onsa'iliao4 o desconheci#ento deste %ato !or !arte do credor.

    ?. A -$$u%()" '# '+!'- %" '!#!&" 3&!"

    6 Cdigo Civil4 co#o visto4 no 'reve intrito "ue !recede o !resente tra'alho4

    !ositiva o instituto da assuno de dvida de #odo e!resso e# seus artigos 2@@ a 3534

    dis!osies estas !revistas ta#')#4 nos #es#os #oldes gerais4 nos Cdigos suoA34

    !olonHsA&e gregoA4 entre outros 9/ citados anterior#ente4 vislu#'rando "ue nada i#!ede "ue

    os contratantes esti!ule#4 #ediante negcio 9urdico4 "ue se altere o su9eito !assivo na relao

    9urdica o'rigacional4 eis "ue ineiste "ual"uer inco#!ati'ilidade co# os !rinc!ios "ue

    siste#atia# o ordena#ento 9urdico !/trio.A

    +o h/ !or"ue se negar a !ossi'ilidade da trans#isso do !lo !assivo da relao

    o'rigacional4 !rinci!al#ente4 diante de u#a viso siste#/tica do direito o'rigacional4 9/ "ue )

    !er%eita#ente aceit/vel a trans#isso das o'rigaes e# virtude da sucesso mortis causa4

    garantidas !elas %oras da herana e# ho#enage# ao !rinc!io da relatividade dos e%eitos4

    'e# co#o diante da e!ressa !reviso do instituto da novao4 es!ecial#ente na es!)cie

    novatio su'9etiva !assiva.

    A3!f/ Cdigo das 6'rigaes4 artigos 1N a 1A3.A&!f/ Cdigo das 6'rigaes Polaco de 1@3&4 artigos 1A2 usque 1AA.A!f/ Cdigo Civil grego4 artigos &N1 a &[email protected]$I+IV4 Maria IVV>$64 rnaldo. ireitos das obriga)*es. >io de Janeiro: ,orense4 25554 !!. 5A811D >6$>I-;4

    ;ilvio.ireito civil. ;o Paulo: ;araiva4 25524 vol. II4 !!. 153815AD 0-+6;4 ;lvio de ;alvo. ireito civil/eoria geral das obriga)*es e teoria geral dos contratos. ;o Paulo: tlas4 25524 !!. 33N83&2D P->-I>4 CaioM/rio da ;ilva.+nstitui)*es de direito civil. >io de Janeiro: ,orense4 25514 vol. II4 !!. 23A82&2.

    2

  • 7/24/2019 Assuno de Dvida

    26/50

    Pontes de Miranda4 adverte "ue4 Rse#!re "ue se di "ue houve sucesso de ter#o

    de relao 9urdica '/sica necessaria#ente se h/ de entender "ue se constituiu outra relao

    9urdica "ue %icou se# /to#o de te#!of no lugar da !ri#eiraSAN

    4 aceitando de #odo tran"ilo

    a su'stituio do !lo !assivo da relao 9urdica o'rigacional4 #antendo(se a #es#a e#

    todos os seus ter#os4 ad#itindo(se a trans#isso singular da dvida4 R!or contraste co# a

    orientao do antigo direito "ue envolvia siste#atica#ente a su'stituio do devedor no

    %igurino conceitual da novao.SAA

    Pode ser a%ir#ado !ortanto "ue o "ue caracteria a assuno de dvida ) ento o

    %ato de algu)#4 alheio G o'rigao !ri#itiva4 se %a nela devedor e# lugar do devedor de

    orige#.A@Curiosa#ente4 ;ilvio >odrigues no d/ ao te#a a devida i#!ortYncia4 se9a so' a

    9usti%icativa de "ue no ca#!o doutrin/rio envolve a trans#isso de u# valor negativo4 no

    energando a utilidade do instituto4 se9a co# a alegao de "ue e# sede legislativa !oucos

    !ases !ositivara# a #at)ria@54 argu#ento este "ue no se o'servou co# a !es"uisa "ue

    alicera este o!sculo4 ve "ue Ras necessidades do co#)rcio #ostra# a utilidade da

    assuno: algu)#4 !or ee#!lo4 ad"uire u# esta'eleci#ento co#ercial4 #as dese9a(o isento

    de dvidas [...\ a!resenta u# terceiro4 estranho ao negcio4 "ue assu#e as dvidas do

    esta'eleci#ento.S@1

    Justi%icada est/ !ortanto G !ositivao e!ressa do instituto no Cdigo Civil

    !/trio4 cu9os e%eitos esto !restes a desa'rochar4 %risando(se ainda "ue a conhecida cesso de

    ANP6+-; $- MI>+$4 ,rancisco Cavalcanti. ratado de direito privado. tualiado !or 0ilson >odrigueslves. Ca#!inas: BooXseller4 1@@@4 to#o I4 !. 1N2. ttulo de ee#!lo4 continua o autor advertindo "ue oherdeiro no entra nas rela)*es jur0dicas do de cujos/ entra nos direitos e deveres, porque esses so o que est

    do lado da rela)o jur0dica, ativo ou passivo. ;as rela)*es no se d substitui)o de termos sem que haja outra

    rela)o.+dem. +bidem.!. 1NN.AA0>-74 Joo de Matos ntunes. Op. cit.4 !. 31.A@P6+-; $- MI>+$4 ,rancisco Cavalcanti. Op. cit.,vol. OOIII4 !. 3N.

    @5>6$>I-;4 ;ilvio. op. cit.!!. 153(15&.@10-+6;4 ;lvio de ;alvo.ireito civil/ eoria geral das obriga)*es e teoria geral dos contratos . ;o Paulo:tlas4 25524 !. 33@.

    2

  • 7/24/2019 Assuno de Dvida

    27/50

    d)'ito4 h/ #uito 9/ ve# sendo !raticada entre outros casos no contrato de locao4 'e# co#o

    na trans%erHncia de %undo de co#)rcio4 situao esta4 Je# "ue o devedor assu#e todos os

    co#!ro#issos resultantes do giro #ercantil4 e coloca(se na !osio do devedor !ri#evo4 !or

    cu9os co#!ro#issos !assa a res!onder.S@2

    ceita satis%atoria#ente a eistHncia e a!licao do instituto !ela sociedade e

    ainda 9usti%icada a insero do #es#o na atual codi%icao civil 'rasileira4 !ode(se conceituar

    a assuno de dvida co#o o negcio 9urdico4 !or #eio do "ual4 co# a anuHncia do credor4

    terceiro assu#e as o'rigaes !erante as "uais anterior#ente se res!onsa'iliara o devedor

    !ri#itivo ou ainda co#o Ro negcio !elo "ual o devedor trans%ere !ara outra !essoa sua

    !osio na relao 9urdica4 de #odo "ue esta o su'stitua na o'rigao.S@3

    >essalte(se "ue a #es#a !ode se dar tanto !or delegao co#o !or e!ro#isso@&4

    sendo "ue neste caso eiste acordo entre o credor e o terceiro4 ta#')# deno#inado assuntor4

    sendo desnecess/ria se"uer a noti%icao do devedor4 seno !ara i#!edi(lo de !raticar atos

    nesta "ualidadeD en"uanto na"uela situao ocorre u# acordo entre o devedor origin/rio e a

    !essoa "ue ir/ su'stitu(lo4 de!endendo neste caso4 da declarao rece!tcia do credor.@

    ?.1 V!"$

    @2P->-I>4 Caio M/rio da ;ilva.+nstitui)*es de direito civil. >io de Janeiro: ,orense4 25514 vol. II4 !. 23@.@3>6$>I-;4 ;ilvio.ireito civil. ;o Paulo: ;araiva4 25524 vol. II4 !. 15&. !f/ #a das notas t!icas daassuno de divida4 a vista de suas conse"Hncias4 e o ide# de'itu#4 vale dier4 a identidade a'soluta dao'rigao4 "ue !ersevera a #es#a4 no o'stante a #udana de devedor. Processo n._ 55355A55. gravo deInstru#ento. crdo n._ 11&N do JP>. 2Z CC do JP>. >el. $es. Munir =ara#. J. [email protected]@@4 Internet:TTT.t9.!r.gov.'r[ca!turado e# 23.5.2552\.@&!f: 0-+6;4 ;ilvio de ;alvo.ireito !ivil/ eoria geral das obriga)*es e teoria geral dos contratos. ;oPaulo: tlas4 25524 !. 3&5. 6 autor disserta "ue o instituto !ossui naturea 9urdica contratual4 eis "ue )4 segundoele4 neg%cio jur0dico bilateral, quer se fa)a somente entre credor e terceiro, quer se fa)a com a interven)oe'pressa do devedor primitivo.

    @!f : ?7$4 rnoldo. !urso de direito civil brasileiro/ Obriga)*es e contratos . ;o Paulo: -d. >evista dosri'unais4 25554 !. 1A5D e4 P6+-; $- MI>+$4 ,rancisco Cavalcanti. ratado de direito privado. >io deJaneiro: Borsoi4 1@A4 to#o OOIII4 !!. 3N(3AN.

    2N

    http://www.tj.pr.gov.br/http://www.tj.pr.gov.br/
  • 7/24/2019 Assuno de Dvida

    28/50

    -n"uanto negcio 9urdico da es!)cie contrato4 se %a i#!eriosa a an/lise de seus

    ele#entos essenciais e acidentais ou dos !ressu!ostos de eistHncia4 validade e e%ic/cia4 na

    c)le're classi%icao de Pontes de Miranda@

    4 o "ue tentar(se(/ realiar na an/lise de cada u#

    dos cinco dis!ositivos "ue e!ressa#ente rege# a #at)ria no Cdigo Civil. $esta %eita4 co#o

    u# dos re"uisitos do negcio 9urdico4 encontra(se a o'rigatoriedade da adeso do credor ao

    contrato !actuado entre devedor e terceiro ou o seu assenti#ento na negociao co# o

    assuntor@N4 eis "ue !ode etrair(se do teor do artigo 2@@ @Ado Cdigo "ue na ausHncia da

    #ani%estao e!ressa da vontade do credor4 #es#o "ue lhe se9a concedido !rao @@4 ineiste

    trans#isso do !lo !assivo da relao o'rigacional4 es!ecial#ente !or"ue a !essoa do

    devedor ) da #aior relevYncia ao credor4 logica#ente e# rao da solva'ilidade do #es#o.155

    6 !ri#eiro as!ecto a ser analisado "uando se discorre so're a vontade do credor4

    est/ no conhecer "ual o #o#ento e# "ue a assuno ad"uire e%ic/cia4 9/ "ue se !arte da

    @ !f. P6+-; $- MI>+$4. ,rancisco Cavalcanti. ratado de direito privado. tualiado !or 0ilson>odrigues lves. Ca#!inas: BooXseller4 25554 to#os I4 II4 III4 I04 0 e 0I.@N !f/ P6+-; $- MI>+$. ,rancisco Cavalcanti. ratado de direito privado: parte especial. >io deJaneiro: Borsoi4 1@A4 to#o OOIII. !!. 2(N4 lecionando o autor "ue no direito conte#!orYneo ...4 a !rinc!iohavia duas teorias so're a assuno de dvida: u#a4 a teoria do contrato4 "ue a!enas a via co#o contrato entre ocredor e o terceiro4 co# e%ic/cia a %avor do devedor4 !or"ue li'eratriaD a outra4 a teoria da ratifica)o4 "ue%iava toda a !es"uisa no negcio 9urdico entre o devedor e o terceiro4 "ue s se !riva do seu direito co# o atode assenti#ento4 a rati%icativo. Posterior#ente4 %icou evidenciado "ue as duas teorias a!enas corres!ondia# aduas es!)cies: a da assuno de dvida !elo terceiro4 diante do credor4 e a assuno de dvida !elo terceiro4 diantedo devedor.98$esta"ue(se "ue 9/ eiste !ro9eto visando alterar a redao do rt. 2@@ do CC:

    rt. 2@@. ] %acultado a terceiro assu#ir a o'rigao do devedor4 !odendo a assuno veri%icar(se:

    I. Por contrato co# o credor4 inde!endente#ente do assenti#ento do devedorDII. Por contrato co# o devedor4 co# o consenti#ento e!resso do credor.

    b 1_ -# "ual"uer das hi!teses re%eridas neste artigo4 a assuno s eonera o devedor !ri#itivo se houverdeclarao e!ressa do credor. $o contr/rio4 o devedor res!onder/ solidaria#ente co# o antigoD

    b 2_ Mes#o havendo declarao e!ressa do credor4 te#(se co#o insu'sistente a eonerao do !ri#itivodevedor se#!re "ue o devedor4 ao te#!o da assuno4 era insolvente e o credor o ignorava4 salvo !reviso e#contr/rio no instru#ento contratualD

    b 3_ Lual"uer das !artes !ode assinar !rao ao credor !ara "ue consinta na assuno da dvida4 inter!retando(seo seu silHncio co#o recusaD

    b &_ -n"uanto no %or rati%icado !elo credor4 !ode# as !artes livre#ente distratar o contrato a "ue se re%ere oinciso II deste artigo.

    @@6 !ar/gra%o nico do artigo 2@@ do Cdigo Civil dis!e "ue qualquer das partes pode assinar prao para queconsinta na assun)o da d0vida, interpretando@se seu sil$ncio como recusa.155>6$>I-;4 ;ilvio. op. cit.4!. 15.

    2A

  • 7/24/2019 Assuno de Dvida

    29/50

    !re#issa de "ue houve a #ani%estao da vontade do #aior interessado na assuno de dvida4

    e# !rinc!io4 o credor.

    e%ic/cia co#ea co# a concluso do contrato entre o credor e o terceiro: odevedor deia de o serD o assuntor ou assu#ente !e(se e# seu lugar4si#ultanea#ente. -sse negcio 9urdico ) ato de dis!osio4 !or"ue dis!e ocredor de ele#ento de seu cr)dito. ;e a assuno de dvida se concluiu entreo devedor e o terceiro4 h/ dois #o#entos "ue se tH# de considerar: o e# "uese inicia a e%ic/cia do contrato entre eles Econtrato "ue !ode sercondicionado4 !or ee#!lo4 ao consenti#ento do credor dentro de certo!rao4 !or)# no se !resu#e ter sido4 ainda e# caso de dvidaF e o e# "ueo credor consente4 e!ressa ou tacita#ente. li4 a e%ic/cia )4 de ordin/rio4 a!artir da concluso do contrato de assuno de dvida alheia. "ui4 a !artirdo consenti#ento4 se no %oi esta'elecido outro #o#entoD #as e%ic/cia e'

    tunc.151

    Por outro lado4 "uestiona(se a a#!litude do ter#o anuHncia e!ressa4

    nor#ogra%ado no citado artigo4 eis "ue i#!era no direito civil !/trio o !rinc!io da li'erdade

    das %or#as4 %risando(se "ue o direito ale#o4 "ue serve de ins!irao !ara o Cdigo Civil4

    !er#ite a anuHncia t/cita do credor na su'stituio do devedor4 desde "ue de %or#a

    ine"uvoca4 se# e!ressa #ani%estao de vontade4 !rati"ue atos co#!atveis co# suainteno. +o se !ode olvidar "ue a eterioriao da vontade152 ) ele#ento essencial G

    e%ic/cia do negcio 9urdico153!osto "ue se eige Ru#a vontade geral de ao se# a "ual no

    se !ode %alar de ao.S15&

    151P6+-; $- MI>+$4 ,rancisco Cavalcanti. Op. cit. vol. OOIII4 !. 3N5.1526 Cdigo Civil !ortuguHs dis!e e# seu artigo 21N._4 n._ 1 "ue a declara)o negocial pode ser e'pressa ou

    tcita/ " e'pressa quando feita por palavras, escrito ou qualquer outro meio directo de manifesta)o davontade, e tcita, quando se dedu de factos que, com toda a probabilidade, a revelam.153 !f/ >IVV>$64 rnaldo. Obriga)*es. >io de Janeiro: ,orense4 25554 !. 15. 6 autor a%ir#a "ue noscontratos de promessa de compra e venda, a cesso independe do consentimento do loteador, eis que no

    restar ele com menor garantia, j que persiste o direito # resolu)o, se verificada a inadimpl$ncia . - ainda:Processo 515A&@NN55. gravo de Instru#ento. crdo n._ 252A1. 1Z CC do JP>. >el. $es. irvaldo ;telalves. J. 1&.5A.25514 Internet: TTT.t9.!r.gov.'r[ca!turado e# 23.5.2552\4 dis!ondo o acrdo e# sntese "ue:

    E'ecu)o. itulo judicial. !obran)a de honorrios. !esso da divida para terceiro. +neficcia perante o credor,

    no intimado. ;a cesso resultante de assun)o de divida, a perman$ncia da rela)o originaria entre o

    devedor@cedente e o credor@cedido e evidente, se no houve anu$ncia e'pressa do credor, com libera)o do

    devedor originrio.15&?-;->M++4

  • 7/24/2019 Assuno de Dvida

    30/50

    $essarte4 co#o %risado4 indaga(se se a!enas a vontade eterioriada !or #eio de

    teto escrito ou !alavras a!er%eioaria o negcio 9urdico4 ou se 'astaria de!reender(se do

    co#!orta#ento do credor a inteno e# aceitar a su'stituio do devedor !ri#itivo !elo

    assuntor4 nos !arecendo "ue os !rinc!ios "ue in%or#a# o direito civil 'rasileiro !er#itiria#

    a #ani%estao t/cita de vontade.

    -iste u# du!lo alcance na a!roi#ao das declaraes e!ressa e t/cita4!ossuindo tal situao u# du!lo alcance: o de u# lado consagrar o !rinc!ioda li'erdade declarativa e a e"uivalHncia entre declarao e!ressa edeclarao t/citaD do outro4 %ornecer u# crit)rio de deli#itao !ara estas

    duas #odalidades de declarao [...\ ao se esta'elecer tal e"uivalHnciaad#itiu(se "ue todos os #eios de co#unicao do !ensa#ento soad#itidos co#o %or#a de #ani%estao do consenti#ento [...\ sendo!ossvel ad#itir(se co#o aes declarativas todas as "ue so levadas a ca'ono tr/%ico 9urdico e Gs "uais se !ode ligar u# signi%icado co#!reensvel deco#unicao negocial4 incluindo a"uelas !elas "uais se veri%ica u#adeclarao t/cita4 a "ual !ode signi%icar econo#ia de te#!o e deactividade.15

    +a #es#a esteira leciona Pontes de Miranda "ue Jo consenti#ento do credor

    !ode ser e!resso ou t/cito. ] de entender(se "ue o credor tacita#ente consentiu se rece'e4se# reserva4 o !aga#ento !arcial "ue lhe %a o assuntor4 ou de 9uros4 co# aluso a ser e#

    !r!rio no#e4 ou se ad#ite a inter!elao %eita !elo assuntorS.15

    ;e o !ro'le#a se liga G %or#a4 #erece le#'rana o artigo 15N do Cdigo Civil

    "ue dis!e "ue Ra validade da declarao de vontade no de!ender/ de %or#a es!ecial4 seno

    "uando a lei e!ressa#ente a eigirS4 e a ausHncia de #ani%estao e!ressa no seria causa

    de nulidade4 se"uer de ine%ic/cia4 no instituto 9urdico analisado. 7e#'re(se ainda "ue

    o negcio rece!tcio4 ainda no rece'ido4 9/ est/ co#!leto no !lano daeistHncia4 e4 se !or acaso4 dele se di "ue ainda no se a!er%eioou4 ou "ueest/ inco#!leto4 ) so#ente !or"ue no atingiu o %inal do ciclo ReistHncia Kvalidade K e%ic/ciaS4 !or %alta de u# %ator de e%ic/ciaD ele4 antes da rece!o49/ eiste4 !oder/ ser v/lido4 e so#ente ainda no ) e%ica.15N

    15

    M6 PI+64 Paulo. Op. cit.4 !!. &N(&@15P6+-; $- MI>+$4 ,rancisco Cavalcanti. Op. cit.4 vol. OOIII4 !. 3A3.15NV-0-$64 ntQnio Jun"ueira de. Op. cit.4 !. 132.

    35

  • 7/24/2019 Assuno de Dvida

    31/50

    $e!reende(se de #odo e!licito da letra da 7ei "ue e# caso de ter sido assinalado

    !rao ao credor !ara "ue anua a assuno4 seu silHncio inter!retar(se(/ co#o recusa4 9/ "ue a

    !essoa do devedor ) ele#ento i#!ortante G segurana da satis%ao do d)'ito.

    6utros distr'ios !ode# surgir na %ase de %or#ao ou de cu#!ri#ento do

    negcio 9urdico4 entre eles o contido na hi!tese do credor ser o'rigado4 co# a utiliao de

    %ora %sica Evis absoluta>4 a anuir co# o negcio 9urdico4 situao "ue e"uivale a ausHncia da

    #ani%estao de vontade4 viciando o ato no !lano da eistHncia ou ainda4 #erecendo igual

    soluo segundo a doutrina4 R"uando u#a !essoa age nu# acesso de loucura.S15A

    er(se(ia ento4 e# a#'os os casos4 o "ue os ro#anos deno#inava# negotia non

    e'istens4 ou se9a4 a"uele R"ue no rene os ele#entos de %ato4 "ue a sua naturea ou seu

    o'9eto4 su!e4 e cu9a %alta i#!ossi'ilita sua conce!oS.15@

    +este sentido %ato ) "ue Ro negcio ineistente no te# realidade %/tica ne# !ara

    a!arentar negcio 9urdico. $i(se4 ento4 "ue a ineistHncia !ressu!e "ue u# negcio

    9urdico ne# chegou a ser concludoD a nulidade !ressu!e "ue ele %oi concludo4 si#4 #as

    se# os re"uisitosK legal#ente i#!ostos.115

    Pode# ocorrer a"ui situaes "ue a%ete# a relao 9urdica no !lano da validade4

    co#o na hi!tese do devedor ser a'soluta#ente inca!a4 o "ue i#!licar/ e# nulidade na

    relao 9urdica constituda e# lugar da !ri#eira4 o "ue !or raes lgicas #anteria a !ri#eira

    e# sua essHncia. Merece desta"ue ainda a hi!tese de u#a das !artes ser relativa#ente

    inca!a4 se %aendo necess/ria4 e# !rinc!io4 a integrao de vontades Einca!a e assistenteF

    !ara "ue direito eercido alcance validade no #undo 9urdico.

    15A6M-;4 6rlando.+ntrodu)o ao direito civil. >io de Janeiro: ,orense4 1@@4 !. &N5.

    15@+dem. +bidem.!. &@.115+$>$-4 Manuel . $o#ingues. eoria geral da rela)o jur0dica. Coi#'ra4 1@A34 !. &1&4 apud4 6M-;46rlando4+ntrodu)o ... op. cit.,!. &N1.

    31

  • 7/24/2019 Assuno de Dvida

    32/50

    +o se o'serva nenhu# 'ice "uanto a situao e# "ue o devedor su'stitudo )

    relativa#ente inca!a4 es!ecial#ente se !or contrato 'en)%ico111. $esta %eita4 co#o a sucesso

    no !lo !assivo da o'rigao se d/ no interesse do credor E'e# co#o diante da !ossi'ilidade

    de rati%icao dos atos 9urdicos viciados !or anula'ilidadeF4 ineistindo vcios no contrato de

    trans#isso de o'rigaes4 entende(se "ue a assuno revestir(se(/ dos e%eitos atri'udos ao

    ato 9urdico !er%eito !revisto e!ressa#ente !ela Constituio ,ederal.112

    li/s4 co#o 9usti%icativa de tal assertiva4 invoca#(se o artigo A2& do Cdigo

    Civil4 e"uivalente ao 1&AA do CC de 1@14 se !resu#indo neste caso "ue tenha sido !actuada

    co# o o'9etivo es!eci%ico de resguardar o credor "uanto ao rece'i#ento da o'rigao

    assu#ida !elo inca!a e o ad/gio %rancHs qui cautinonne pa7e.

    a#')# no o'sta a e%ic/cia do negcio 9urdico eventual inca!acidade

    su!erveniente de u#a das !artes. 6utro argu#ento %avor/vel ao entendi#ento consiste e#

    "ue e# %uno da naturea a'strata da assuno de dvida4 de!reende(se "ue vcios anteriores

    na relao entre devedor e credor no !odero ser suscitados.

    $e outra %ace4 e# sendo o devedor relativa#ente inca!a4 se no suscitada

    o!ortuna#ente4 a!er%eioar(se(/ co# o decurso do !rao decadencial4 restando rati%icados os

    e%eitos 9/ e#anados do negcio 9urdico e no #ais !odendo ser levantada tal "uesto.

    este res!eito recorde(se a lio de ntQnio Jun"ueira de evedo4 lecionando

    "ue R"uanto aos negcios anul/veis4 no %undo4 tais atos esto !rovisoria#ente e# situao

    111credita#os "ue se !ode raciocinar co#o se estiv)sse#os diante de u#a doao !ura nestes casos4 eis "uenenhu# !re9uo seria traido ao devedor su'stitudo !or #eio de u# contrato gratuito. !f/ $66 P> -;IMP7-; K ceitao %icta. >etratao ou revogao unilateral. CC4 arts. 354 I4 31 e 1.1A1. +a doao !ura esi#!les a #enor a'soluta#ente inca!a4 !resu#e(se a aceitao4 desnecess/ria a no#eao de curador es!ecial4

    9/ "ue a aceitao e!ressa ) !ura %or#alidade. Julgado do J>;. C. AA.52.A52. Z C. >el. $es. 7io Cear

    ;ch#itt. J. 5N.53.1@A@.+n/ >J 13@811112!f. rtigo _4 inciso OOO0I4 e ainda o artigo _4 b 1_ da 7ei de Introduo do Cdigo Civil "ue rea "uereputa@se ato jur0dico perfeito o j consumado segundo a lei vigente ao tempo em que se efetuou .

    32

  • 7/24/2019 Assuno de Dvida

    33/50

    inde%inida: a!s certo te#!o4 ou estaro de%initiva#ente entre os nulos E%ora# anuladosF4 ou

    se e"ui!araro aos v/lidos co#o se nunca tivesse# tido "ual"uer de%eitoS1134 ressalvada a

    e%ic/cia das conse"Hncias advindas do negcio 9urdico anul/vel4 9/ "ue eventual sentena

    "ue vier a desconstitu(lo !ossuir/ e%eitos e' nunc.

    al situao se 9usti%ica4 !or ee#!lo4 "uando o #enor !ossui d)'ito a ser "uitado

    9unto ao devedor su'stitudo4 e o!ta !or 'uscar a co#!ensao a!s o reconheci#ento 9udicial

    da actio in rem verso4 ad#itindo(se "ue o credor "ue aceitou a assuno lhe conceda

    'ene%cios e# relao ao quantum debeatur.

    ] i#!ortante notar ainda "ue na "ualidade de assuntor4 "ue# dever/ #ani%estar a

    vontade ) o relativa#ente inca!a4 e no a!enas e to so#ente seu re!resentante4 sendo "ue

    ) !reciso notar "ue o ato 9urdico ) do relativa#ente inca!a4 "ue o !ratica!essoal#ente4 no do assistente. -ste a!enas assente "uanto ao ato. Por essarao o assistente no !ode !raticar o ato 9urdico e# no#e do relativa#ente

    inca!a4 co#o ocorre co# o re!resentante na inca!acidade a'soluta4 "uerealia o ato e# no#e do re!resentado. ;e a"uele "ue deve assistir o inca!a!ratica !or ele o ato 9urdico4 h/ necessidade de assenti#ento E rati%icaoF!elo inca!a4 se# o "ual4 !arece(nos4 o ato ser/ ine%ica e# relao a ele.116

    +a via re%lea4 ainda a res!eito do te#a inca!acidade relativa4 #erece ser citada a

    situao do assuntor "ue dolosa#ente ocultou sua idade ou intencional#ente se declarou

    #aior4 o "ue i#!licar/ no a!er%eioa#ento do negcio 9urdico nos ter#os do artigo 1A5 do

    Cdigo Civil.

    ,rise(se ta#')# "ue outros distr'ios !ode# surgir no "ue di res!eito G

    ca!acidade4 legiti#idade e legiti#ao4 e a distino entre elas4 "ue Rreside na !osio do

    su9eito "uanto ao o'9eto do negcio 9urdico.S11Plena#ente ca!a !ara a !r/tica de atos

    9urdicos4 co#o 9/ o'servado4 ) o su9eito "ue !ossui a natural a!tido !ara tanto4 !odendo !or

    113V-0-$64 ntQnio Jun"ueira de. Op. cit.4 !. &.11&M-776. Marcos Bernardes. eoria do fato jur0dico/ (lano de validade. ;o Paulo: ;araiva4 25554 !. 112.

    33

  • 7/24/2019 Assuno de Dvida

    34/50

  • 7/24/2019 Assuno de Dvida

    35/50

    contnuo4 seria legiti#ado a assu#ir o'rigao4 o #andat/rio4 e# no#e do #andante4 desde

    "ue !ossuidor de #andato co# !oderes es!ec%icos !ara tanto.

    Por outro lado4 estar(se(ia diante de u# ato v/lido4 dessarte ine%ica11@4 na hi!tese

    do #andat/rio ter etra!olado os !oderes con%eridos !elo #andante4 !rescindindo o ato

    !raticado de rati%icao deste.

    +o estaria# legiti#ados G assuno4 os su9eitos en"uadrados nas restries G

    co#!ra e venda4 entre eles: aF o tutor4 curador4 testa#enteiro4 e o ad#inistrador4 no "ue di

    res!eito aos d)'itos con%iados G sua ad#inistraoD 'F os servidores !'licos4 dos 'ens e

    direitos "ue so o'9eto de litgio no tri'unalD e4 cF !elo leiloeiro e seus !re!ostos4 dos 'ens

    cu9a alienao se9a sua res!onsa'ilidade.125

    Co#o ee#!lo4 o ho#e# casado no !oder/ assu#ir o'rigao de trans%erir

    direito real4 se# a anuHncia de sua es!osa.121$a #es#a %or#a se %a necess/ria a outorga

    uria !ara !restar %iana ou aval.122

    $e lege ferenda4 sugere(se a insero do instituto da assuno de dvida entre os

    incisos "ue co#!e o artigo 1&N do Cdigo Civil4 !ositivando(o entre o rol dos atos

    anul/veis.123Justi%ica(se tal !osio4 diante da inter!retao etensiva do dis!osto no artigo

    1&N do Cdigo Civil4 !ois no deia cesso de d)'ito assu#ida !or u# dos cQn9uges4 se# a

    ciHncia do outro4 de causar !ossveis transtornos a este4 e #uitas vees4 co#o ocorre no direito

    11@ Ine%ica e# relao ao #andante4 ve "ue o negcio 9urdico !ode ser v/lido e e%ica e# relao ao#andat/rio e terceiro co# "ue# tenha contratado4 ense9ando sua resoluo co# !erdas e danos G !arte inocente.1257I;B64 >o'erto ;enise.Lanual elementar de direito civil. ;o Paulo: -d. >evista dos ri'unais4 25524 vol.II4 !!. A5(A1121!f. rtigo 1&N4 inciso I4 do Cdigo Civil122!f. rtigo 1&N4 inciso III4 do Cdigo Civil.!f ainda: $I>-I6 CI0I7 K ,I+ K ,7 $- 66>

    Oj>I K +7I$$- K 1. %iana !restada !elo #arido se# o consenti#ento da es!osa ) nula e invalida oato !or inteiro4 inclusive a #eao #arital. 2. >ecurso -s!ecial conhecido e !rovido. In: ;J. >-;P 2&22@3. >JZ . >el. Min. -dson 0idigal. $J [email protected] !. 1@.

    3

  • 7/24/2019 Assuno de Dvida

    36/50

    !ortuguHs4 te# a!enas a %uno de garantia4 e# "ue !ese no se tratar es!eci%ica#ente de

    contrato de %iana.

    cerca do negcio 9urdico4 "ue #ister se %a o'servar ta#')# o o'9eto da

    relao 9urdica o'rigacional4 #erecendo le#'rana a lio do !ro%essor 7ui -dson ,achin4

    "ue disserta "ue Ros contratos !ressu!e u# #odelo de o'rigao4 e "uando se %ala e#

    #odelo de o'rigao est/ se %alando e# relao 9urdica4 !or"ue a o'rigao no se con%unde

    co# o seu o'9eto4 !ois4 se assi# o %osse4 ao desa!arecer o o'9eto desa!areceria a

    o'rigaoS.12&

    Luanto ao o'9eto4 ) #ister recordar4 "ue sua naturea ta#')# deve ser o'servada

    !ara "ue a relao negocial se a!er%eioe4 !ois diante do e!resso teor do artigo 15&4 II4 do

    Cdigo Civil124 a validade do negcio 9urdico encontra(se condicionado G licitude4

    idoneidade e deter#ina'ilidade do o'9eto.

    $esta %eita4 no seria lcito ao devedor assu#ir a !restao de servios seuais aos

    "uais se co#!ro#etera o anterior#ente res!ons/vel4 viciando a relao 9urdica o'rigacional

    no !lano da validade4 9/ "ue a sociedade re!udia #oral#ente tais atos.

    123

    9uris!rudHncia acerca do te#a ainda no se encontra !aci%icada4 eistindo 9ulgados e# a#'os os sentidos. este res!eito !ela nulidade do contrato de garantia C%: ausHncia de consenti#ento da es!osa e# %iana !restada!elo #arido invalida o ato !or inteiro. +ula a garantia4 !ortanto. Certo4 ainda4 "ue no se !ode li#itar o e%eitodessa nulidade a!enas G #eao da #ulher. >ecurso !rovido. In: ;J. >-s! 23&&2. ;P Z . >el. Min. ,eli,ischer. $J 1&.52.25554 !. N3. J/ e# sentido contr/rio C%: rgio de nulidade !rivativa do cQn9uge. %iana

    !restada se# consenti#ento do cQn9uge ) a!enas anul/vel4 desonerando so#ente os 'ens do cQn9uge!re9udicado4 nico legiti#ado a alegar a irregularidade. In: 2_ C;P. ! c8>ev &3.5A5(558. 15Z C. >el. Jui;oua Moreira4 J. 1.5.1@@@D ou ainda4 ;k+CI $- 66> Oj>I K +7I$$- $ ,I+,;$ K -#'ora ausente a outorga uria ) v/lida a %iana !restada4 %icando seus e%eitos restritos aos 'ensdo %iador at) o li#ite da #eao4 no tendo o eecutado legiti#idade !ara !leitear direito de outre#4 con%or#edis!osto no art. 23@4 do Cdigo Civil. !elo !rovido !ara desconstituir a sentena. In: J>;. C@A1@@1@A8>;. 1Z C.Cv. >el. $es. >o'erto -!edito da Cunha Madrid4 J. 52.5.1@@@. $essarte o CdigoCivil !aci%ica a #at)ria4 e# seu artigo 1&@4 a%ir#ando ser anul/vel o ato 9urdico !raticado4 !or !essoa casada4

    se# a ciHncia do cQn9uge.12&,Cio de Janeiro: >enovar4 25554 !. &2.12Corres!ondente ao artigo A2 do Cdigo Civil de 1@1.

    3

  • 7/24/2019 Assuno de Dvida

    37/50

    -e#!lo cl/ssico de o'9eto ilcito ta#')# !ode ser encontrado e# ;haeXes!eare4

    "uando ntQnio4 o %iador da o'rigao contrada e# rao de contrato de #tuo !or BassYnio

    9unto ao 9udeu ;hilocX4 co#o garantia do !aga#ento o%erece se necess/rio "ue lhe se9a

    retirada do cor!o u#a li'ra de carne.12

    Poderia se "uestionar so're a !ossi'ilidade da cesso de d)'ito de naturea

    ali#entar4 sendo "ue co# res!aldo na lio de Pontes de Miranda tais o'rigaes !ode# ser

    o'9eto de cesso4 !ois realiada no interesse !rec!uo do credor. sano de !riso4 !or)#4

    !or ter car/ter estrita#ente !essoal4 no o aco#!anha4 restando a eecuo civil e a

    !ossi'ilidade de e!ro!riao dos 'ens do devedor e# caso inadi#!le#ento. J/ "uanto Gs

    dvidas de ali#entos su9eitas Gs regras 9urdicas !r!rias4 a dvida4 "ue o terceiro assu#e no )

    #ais dvida de ali#entosD a a'strao i#!e todas as conse"Hncias.12N

    o ea#inar as o'rigaes de %aer4 e ) o!ortuna a a%ir#ao de "ue no eiste#

    'ices G cesso de tais o'rigaes4 salvo4 as !actuadas4 intuito personae4 eis "ue estas no so

    !assveis se"uer de sucesso causa mortis.

    ssi#4 na assuno de dvida4 se o'rigao !ersonalssi#a %or !actuada4

    certa#ente estar(se(/ diante de novao #ista Esu'9etiva "uanto a !arte e o'9etiva "uanto a

    !restaoF eis "ue seria i#!ossvel a u# terceiro4 !restar a"uilo "ue so#ente ao devedor seria

    !ossvel alcanar no #undo %/tico.

    >esta indagar se o negcio 9urdico ) %or#al ou no4 e ainda se a ino'servYncia de

    %or#alidade i#!lica e# nulidade. 6ra4 se a 7ei4 e# seu artigo 2@@4 i#!e declarao e!ressa

    do credor4 no eigindo a o'servYncia a nenhu#a outra %or#alidade4 te#(se ento4 ab initio4

    12!f/ ;haXes!eare. ?illia#. O mercador de Venea. >io de Janeiro: 7acerda4 1@@@4 et passim.12NP6+-; $- MI>+$4 ,rancisco Cavalcanti. ratado de direito privado. >io de Janeiro: -ditor Borsoi41@A4 o#o OOIII4 !. 3N3.

    3N

  • 7/24/2019 Assuno de Dvida

    38/50

    "ue 'asta a #ani%estao de vontade do credor !ara "ue a relao 9urdica de trans#isso de

    o'rigao se a!er%eioe.

    Indaga(se desde 9/ se a !r/tica de atos !or !arte do credor4 no sentido de co'rar a

    o'rigao do terceiro "ue lhe co#unicou assuno4 ou ainda4 atos visando a conservao de

    direitos4 diante do !rinc!io da li'erdade das %or#as "ue i#!era no direito !/trio4 no

    i#!licaria e# anuHncia4 assi# co#o ocorre no direito ale#o

    Pergunta(se ta#')# se "uando se o'riga o terceiro a honrar4 contra!restao

    !ecuni/ria4 assu#ida !elo devedor !rinci!al e# rao da a"uisio de direito de !ro!riedade4

    onde e# !rinc!io o negcio 9urdico se instru#entalia e ad"uire validade lavrando(se a

    co#!etente escritura !'lica4 %a(se necess/ria ta#')# a o'servYncia G %or#a4 o'servado o

    %enQ#eno da atrao ou se 'asta a!enas sua #ani%estao de vontade12A4co# %or#a livre.12@

    alve a #elhor soluo se9a a citada !or Pontes de Miranda !ara "ue# a

    [...\ %or#a do consenti#ento ) a "ue se eige in casu4 !ara o contrato deassuno de dvida le' specialis4 ou !ara o contrato "ue se "uer alterar co# a#udana do su9eito !assivo. ssi#4 no contrato de co#!ra e venda dei#vel4 se terceiro assu#e a dvida h/ de ser eigida a escritura !'lica. - arao est/ e# "ue se altera o contrato4 e no e# "ue se trata de assenti#entonecess/rio G validade do ato.135

    12ACo# a#!aro no !rinc!io da li'erdade das %or#as4 !rinci!al#ente !or ser do direito #oderno rechaar oantigo culto G %or#a4 e !rinci!al#ente as %or#alidades no antigo direito ro#ano4 ousa#os nos !osicionar acercado te#a4 o!tando !ela segunda hi!tese.12@!f/ ?-;->M++4

  • 7/24/2019 Assuno de Dvida

    39/50

    Por %i#4 a assuno !oder/ estar su'ordinada G condio4 ter#o ou encargo4 o "ue

    !oder/ a%et/(la no !lano da e%ic/cia4 diendo(se ine%ica o ato "ue Re#'ora v/lido4 no

    !rodu os e%eitos nor#ais devido a o'st/culo estranho aos seus ele#entos essenciais.S131

    ?.2 E5#!&"$ # ;--%&!-$

    Co#o 9/ a%ir#ado Rse o d)'ito trans%erido ) o #es#o !ri#itivo4 !or haver

    identidade de relao 9urdica e de o'9eto4 ter(se(/ a #es#a o'rigao4 "ue no se etinguir/4

    !assando ao devedor4 "ue a assu#ir/ na !osio do devedor origin/rio.S132

    $essarte4 "uestiona(se nesta hi!tese4 se resta o!erada e%etiva sucesso na relao

    9urdica Eeis "ue se o!era a alterao e# u# de seus ele#entosF4 ou a!enas a su'stituio do

    devedor. ;ilvio >odrigues adverte "ue4 e# rigor, ocorre Rsu'stituio na #es#a relao

    9urdica4 !ois4 do contr/rio4 haveria novaoS133

    4caracteriando(se esta !ela criao de u#a

    o'rigao "ue visa etinguir a anterior4 !ela alterao su'9etiva ou o'9etiva da #es#a.

    $iscordando de tal !osio4 Pontes de Miranda4 esclarece o te#a4 ensinando "ue4

    Ra relao 9urdica4 "ue era4 de regra desa!arece4 resta o "ue ) e%ic/cia4 seguindo(se G"uela

    outra relao 9urdica4 e# "ue todos os ele#entos so os #es#os da anterior4 eceto o

    ele#ento su'9etivo4 "ue ) outro.S13&

    - a !ositivao do instituto 9usti%ica tal assertiva4 eis "ue a assuno4 e# relao

    ao devedor !ri#itivo4 te# e%eito li'eratrio4 salvo a !ossi'ilidade de anulao do negcio4

    131 6M-;4 6rlando. +ntrodu)o ... op. cit.4 !. &N1. Por outro lado4 acredito "ue !ode ser a%ir#ado "ue na!resena de u#a condio 9uridica#ente i#!ossvel co#o conse"Hncia da ine%ic/cia da assuno ter(se(ia suanulidade.132

    $I+IV4 Maria 6$>I-;4 ;ilvio. op. cit.4 !. 15&.13&P6+-; $- MI>+$4 ,rancisco Cavalcanti. Op. cit.4 vol. I4 !. 1A.

    3@

  • 7/24/2019 Assuno de Dvida

    40/50

    res!ondendo neste casoD en"uanto !ara o credor4 trans#ite#(se co# a o'rigao !rinci!al4

    todas as o'rigaes acessrias4 co# eceo das !restadas !or terceiros4 se9a# elas reais ou

    %ide9ussrias4 a no ser "ue ha9a o consenti#ento e!resso destes.13

    ssi#

    [...\ #es#o havendo conivHncia do credor K condio de validade da cessoK etingue#(se as garantias "ue aco#!anhava# a dvida. ssi# "uanto Ghi!oteca4 ao !enhor4 G %iana4 ao aval4 eis "ue %ir#adas !ara garantir dvidasde !essoas di%erentes da"uelas "ue ocu!ava# seu lugar.13

    Co#o argu#ento "ue re%ora a !osio es!osada no ) licito ao terceiro invocar

    as ecees !essoais do devedor su'stitudo4 ante a intrans#issi'ilidade da #es#a relao

    9urdica13ND ao contr/rio do "ue ocorre no direito ale#o4 onde Rpor una parte, el cesionario

    de la deuda debe poder oponer al acreedor las mismas e'cepciones 7 defensas que el cedente,

    7, por otra parte, que las garant0as que rodean a la deuda, respecto del cedente, subsisten.S13A

    ] i#!ortante salientar "ue co# a o'rigao4 so trans#itidos todos os seus

    acessrios4 salvo as garantias reais ou %ide9ussrias !restadas !or terceiros. >o'erto de

    >uggiero4 a este res!eito4 leciona co# !ro!riedade "ue sendo4 !ois4 o d)'ito na !essoa do

    cession/rio o #es#o do devedor o'rigado4 !er#anece# a %avor do credor todas as acesses4

    'e# co#o a cl/usula !enal4 as garantias4 os !rivil)gios4 eceo %eita das garantias !essoais e4

    "uanto Gs reais4 da"uelas constitudas !or terceiro estranho G relao 9urdica.13@

    135Luanto as garantias h/ !ro!osta de alterao do teor do artigo 355 do CC:

    rt. 355. Co# a assuno da dvida trans#ite#(se ao novo devedor4 todas as garantias e acessrios do d)'ito4co# eceo das garantias es!eciais originaria#ente dadas ao credor !elo !ri#itivo devedor e inse!ar/veis da

    !essoa deste.

    Par/gra%o nico. s garantias do cr)dito "ue tivere# sido !restadas !or terceiro s su'sistiro co# oassenti#ento deste.13>IVV>$64 rnaldo. Obriga)*es. >io de Janeiro: ,orense4 25554 !. 15. Co# a devida vHnia4 co#o 9/desenvolvido neste #odesto tra'alho4 nos !arece "ue a ausHncia de anuHncia do credor no nos !arece "ue seriacaso de invalidade EnulidadeF #as si# de ine%ic/cia do negcio 9urdico.13N-vidente#ente no !ossui o devedor legiti#ao !ara suscitar a co#!ensao.

    13AC67I+4 #'rosio4 et al. op. cit.4 !. 3. !f: 6 b &1N do BB rege a #at)ria4 ece!cionando e!ressa#entese9a suscitada4 a co#!ensao4 entre cr)ditos e d)'itos rec!rocos4 do credor e do devedor !ri#itivo.13@>I->64 >o'erto de. op. cit.!. 2.

    &5

  • 7/24/2019 Assuno de Dvida

    41/50

    Para o assuntor se trans%ere#4 no s o dever !rinci!al de !restar a cargo do!ri#itivo o'rigado4 #as ta#')# os deveres secund/rios de !restao Ev. gr.4a o'rigao de indeniar4 no caso de #ora ou no cu#!ri#entoF4 os deveresacessrios de conduta Eavisar o credor da veri%icao de certos %atos4 to#ardeter#inadas !recaues "uanto ao o'9ecto da !restaoF4 os direitos!otestativos inerentes ao dever de !restar Eco#o o !oder de escolha naso'rigaes alternativasF4 os estados de su9eio corres!ondentes ao direitodo credor Ea %iao da data e local de cu#!ri#ento4 a cl/usula !enal4etc.F.1&5

    Pensar de #odo diverso no revela se"uer 'o# senso4 !ois estar(se(ia ad#itindo a

    etino da o'rigao e# relao ao devedor4 co# a so'revida dos acessrios "ue garantia# o

    adi#!le#ento da o'rigao indireta#ente adi#!lida !elo devedor su'stitudo.

    rHs e%eitos 9/ restara# e!ostos: a li'erao do devedor !rinci!alD a atri'uio de

    res!onsa'ilidade ao terceiro "ue !assa a integrar a nova relao 9urdica cu9o o'9eto

    !er#anece inalterado4 e a etino das garantias !restadas !or terceiros1&14 se9a# elas reais ou

    si#!les#ente !essoais4 salvo a"uiescHncia dos garantidores.

    Indaga(se acerca do "ue ocorre caso a assuno venha a ser anulada4 e a soluo )

    dada !elo artigo 351 do Cdigo Civil4 "ue i#!e "ue a anulao da su'stituio do devedor4

    %a co# "ue co#o a %Hni4 a o'rigao do devedor su'stitudo renasa4 dessarte as garantias

    !restadas !or terceiros4 e "ue se etinguira# co# a cesso do d)'ito4 no a aco#!anha#D

    salvo ciHncia !or !arte dos terceiros so're o ele#ento "ue #otivou a anulao ou a declarao

    de nulidade do negcio 9urdico.1&2ssi#

    o terceiro !ode alegar nulidade4 anula'ilidade ou ine%ic/cia do !r!riocontrato de assuno de dvida alheia. ;e houve dolo do devedor4 a anulaodo contrato de assuno de dvida envolve "ue a li'erao do devedor no se

    1&50>-74 Joo de Matos ntunes. Op. cit.,!. 3A2.1&1!f/ $I+IV4 Maria

  • 7/24/2019 Assuno de Dvida

    42/50

    deu e no ser devedor o terceiro. anulao !or erro alcana o credor4tornando no devedor o terceiro4 ainda se o credor 9/ consentiu.1&3

    Por outro lado ) i#!ortante recordar "ue ) do teor do artigo 352 da 7ei so' an/lise

    "ue Ro devedor no !ode o!or ao credor as ecees !essoais "ue co#!etia# ao devedor

    !ri#itivoS, assunto este a'ordado e# diversos #o#entos no transcorrer do te#a.

    $ireito civil. ssuno de dvida. ssuntor "ue assu#iu a o'rigao deentregar duas #il sacas de ci#ento. legao de no !aga#ento do !reo!elo !ri#itivo devedor. Luitao !or)# dada !or ele ao credor4 e# garantiade escritura de u# i#vel ao devedor origin/rio. ,ato alheio ao credor.IrrelevYncia do inadi#!le#ento. +o caso e# tela4 o autor !artici!ou

    ativa#ente das negociaes4 ha9a vista ter a >) assu#ido direta#ente co# o#es#o a entrega das sacas de ci#ento4 no !odendo4 !or conseguinte4 serto#ado co#o terceiro 'ene%ici/rio. rans%erido "ue se9a o d)'ito4 o terceiroinveste(se na conditio debitoris,se# "ue lhe assista a %aculdade de invocaras ecees !essoais relacionadas ao antigo su9eito !assivo.1&&

    Co#o conse"Hncia4 con%or#e leciona Pontes de Miranda4 te#(se "ue Ro contra o

    credor4 o assuntor te# as o'9ees e ecees "ue re#onte# ao te#!o anterior G assuno da

    dvida4 !or"ue a assu#iu tal "ual era4 salvo4 se4 ao assu#ir4 renunciou a algu#aS, e isto

    so#ente se ad#ite de %or#a e!ressa.1&

    $e u# #odo geral4 o'serva(se do estudo do instituto da assuno4 "ue h/ no

    #es#o u#a inverso geral dos !rinc!ios "ue resguarda# o devedor4 dessarte no lti#o

    artigo "ue versa so're a #at)ria4 o'serva(se a regra geral.

    ssi#4 se etrai do artigo 353 da 7ei 15&5852 "ue caso o ad"uirente de i#vel

    hi!otec/rio to#e !ara si o !aga#ento do d)'ito garantido !elo 'e#4 noti%icado o credor4

    dis!or/ este de 35 dias !ara recusa e!ressa4 sendo "ue seu silHncio i#!licar/ e# anuHncia4

    co#o ocorre !or ee#!lo4 nos casos de consignao etra9udicial4 !ois desde "ue noti%icado o

    credor4 se este no #ani%esta sua recusa !or escrito4 dis!e a nor#a "ue o devedor estar/

    1&3P6+-; $- MI>+$4 ,rancisco Cavalcanti. Op. cit. vol. OOIII4 !. 3&.144

    Processo9 55@5&N&55. P-7C6 CI0-7. crdo n._ 25&1 da 2Z CC do JP>. >elator $es. Munir=ara#. J. 2N.52.25524 Internet:TTT.t9.!r.gov.'r [ca!turado e# 23.5.2552\1&+dem. +bidem.!. 3N2.

    &2

    http://www.tj.pr.gov.br/http://www.tj.pr.g