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Alameda Júlio Henriques
Apartado 1087 | 3001-‐553 Coimbra Telefone: 239 796 800 | Fax: 239 796 861
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Assunto: Reestruturação dos Serviços – Em Estado de Calamidade – Orientação
nº4/2020 revista – Unidades Funcionais dos Agrupamentos de Centros de Saúde
(ACeS)
Considerando o Decreto-‐Lei n.º 20/2020, de 1 de maio, que alterou as medidas excecionais e
temporárias relativas à pandemia COVID-‐19, bem como o Despacho de 2 de maio da Senhora
Ministra da Saúde que determina o reinício gradual e monitorizado do reagendamento e
decorrente realização da atividade assistencial parcialmente suspensa no Serviço Nacional de
Saúde (SNS), mediante o retomar das carteiras básicas das Unidades Funcionais (UF) dos ACeS
e dos Hospitais -‐ sem prejuízo das regras de saúde pública e da prontidão na resposta a um
eventual aumento da incidência da COVID-‐19, a Administração Regional de Saúde do Centro, I.P.
(ARSC) informa e recomenda:
1. O cumprimento das orientações contidas no Anexo n.º 1 -‐ “O que deve passar a acontecer
nas UF dos ACeS?” -‐, do qual se destaca:
a. A estratificação do Risco de Infeção por SARS-‐CoV-‐2, com definição dos circuitos de
baixo e alto risco, quer em contexto de UF, quer domiciliário;
b. O atendimento telefónico qualificado e dedicado, com garantia de resposta no
período de funcionamento da UF;
c. O agendamento horário de toda a atividade presencial, incluindo a resposta às
situações agudas;
d. A elaboração de um Plano de Acompanhamento Domiciliário dos doentes mais
vulneráveis e idosos.
2. As UF deverão reorganizar-‐se funcionalmente prosseguindo na retoma da atividade
assistencial para o que importará a revisitação das suas carteiras de serviços (anexo nº 2).
3. Devem manter-‐se suspensas todas as “carteiras adicionais de serviços”, com exceção para
a resposta a utentes esporádicos ou sem médico de família e os alargamentos de horário
dos Centros de Saúde e das UF, devendo estes, ser reajustados às necessidades efetivas de
cada local (anexo nº3). Nas consultas de cessação tabágica e na preparação do parto,
deverão ser privilegiados os meios não presenciais.
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4. Até 31 de maio, cabe aos Conselhos Gerais (CG) das UF adaptarem os seus Planos de Ação
para o presente ano, devendo também todas as UF de cada Centro de Saúde -‐ incluindo os
profissionais da Unidade de Recursos Assistenciais Partilhados (URAP) afetos a esse Centro
de Saúde -‐, discutir e aprovar um plano de ação comum, tendo em conta os utentes mais
vulneráveis e/ou com multimorbilidades, o qual deverá ser submetido ao Conselho Clínico
e de Saúde (CCS) do respetivo ACeS.
5. De igual modo, até 31 de maio, devem os CG das UF definir ou revisitar o Plano de Prevenção
e Controlo de Infeção, de acordo com quadro de referência (anexo nº 4).
6. As UF deverão atualizar e reforçar a divulgação dos seus contatos telefónicos e de correio
eletrónico, devendo estar disponíveis na página web da ARSC e da UF e na rede comunitária
-‐ autarquias, farmácias, bombeiros, Guarda Nacional Republicana (GNR)/Polícia de
Segurança Pública (PSP), entre outras) e nas redes sociais. Deve igualmente proceder-‐se à
atualização sistemática dos contactos dos doentes no sistema de informação.
7. Mantém-‐se a informação da ARSC, de 29 de março, sobre a rede do circuito de
colheita/testes de diagnóstico – pesquisa de RNA do vírus SARS-‐CoV-‐2 por PCR que
contempla quatro modalidades não exclusivas entre elas -‐ centros de diagnósticos móveis
(COVIDrive), lares/instituições, domicílios, convencionados e rede hospitalar.
8. O microsite COVID-‐19 da ARSC (https://www.arscentro.min-‐
saude.pt/covid19/Paginas/COVID19pub.aspx) continuará em atualização permanente,
contendo os documentos de apoio ao combate a esta pandemia.
9. Em breve, o Ministério da Saúde irá divulgar documento enquadrador sobre os Cuidados de
Saúde Primários (CSP) – “Regresso ao Futuro”, uma visão ambiciosa para o curto e médio
prazos com exigência para todas as partes.
A ARSC continuará a reunir por videoconferência com todos os ACeS (DE, CCS e UF) para
discussão, esclarecimento e implementação destas recomendações e promoverá um Webinar,
no dia 19 de maio (3ª feira) entre as 15h e as 17h, para responder às dúvidas de implementação
desta “Orientação nº4/2020” e receber propostas de melhoria.
Coimbra, 11 de maio de 2020 João Rodrigues Vice-‐Presidente do Conselho Diretivo Assistente Graduado Sénior de MGF
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Reestruturação dos Serviços – Em Estado de Calamidade -‐ Orientação nº4/2020 –
Unidades Funcionais dos ACeS
-‐ Anexos – Anexo nº1 -‐ O que deve passar a acontecer nas UF dos ACeS?
• A Carteira de Serviços (Geral): o Estratificação do risco de infeção COVID-‐19. o Desejavelmente, pelo menos 50% da atividade das USF/UCSP deverá ser
não presencial. o Toda a atividade presencial, incluindo a resposta às situações agudas,
deve ser pré-‐agendada. o Reforço da visitação domiciliária.
• Regras Gerais – atividade assistencial: o Baixo Risco COVID 19 – contexto UF ou domiciliário. o Alto Risco COVID 19 – contexto UF ou domiciliário.
• Regras Gerais – aspetos organizacionais. Anexo nº 2 – Carteiras de Serviços (específica por UF)
• USF / UCSP. • UCC. • URAP. • USP.
Anexo nº 3 – Quadro de referência – Carteira Adicional de Serviço e Alargamento de Horário
• Carteiras Adicionais de Serviços. • Alargamento de horários.
Anexo nº 4 – Plano de Prevenção e Controlo de Infeção
• Quadro de referência. • Plano de Auditoria Interno.
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Anexo nº 1 -‐ O que deve passar a acontecer nas UF dos ACeS?
1. A Carteira de Serviços (geral)
1.1. Estratificação do risco de infeção COVID-‐19
• Triagem telefónica e/ou presencial a todos cidadãos que procurem as UF para a sua estratificação em alto e baixo risco:
• Triagem à entrada da UF – realizada ao doente e acompanhante (máximo de um só acompanhante por doente no caso das crianças ou dependentes) por médico ou enfermeiro.
1.2. Desejavelmente, pelo menos 50% da atividade das Unidades de Saúde Familiar (USF)/Unidade de Cuidados de Saúde Personalizados (UCSP) deverá ser não presencial
• Atendimento telefónico qualificado e dedicado (inclui orientação ou resolução de situações clínicas dos utentes), com garantia de resposta no período de funcionamento da unidade – escala de serviço consignada;
• Consagração de períodos diários/semanais para teleconsulta, teleducação, teleconsultadoria e incentivo ao uso e à troca de mensagens eletrónicas (email) com os utentes, garantindo respostas atempadas;
• Negociação de Planos Individuais de Cuidados e de automonitorização – investir nos autocuidados, na literacia e na capacitação;
• Acompanhamento e monitorização do estado de saúde dos doentes com multimorbilidade e dependentes;
• Deve ser reforçada a necessidade da atualização dos contactos (telefone, correio eletrónico e morada) dos utentes no sistema de informação.
Nos$últimos$14$dias,$teve$ou$tem?Febre%≥%38º%C?%e/ou%avaliar%a%temperaturaTosse?Dispneia/dificuldade% respiratória?
Nos$últimos$14$dias,$teveContato%próximo
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Com%contato%próximo%com%caso%confirmado
BAIXO RISCO ALTO RISCO
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1.3. Toda a atividade presencial, incluindo a resposta às situações agudas, deve ser pré-‐agendada
• O pré-‐agendamento deve ocorrer através de contacto telefónico com a unidade de saúde;
• O atendimento telefónico permitirá uma triagem assertiva dos casos e a otimização do percurso do cidadão no sistema de saúde;
• Este pré-‐agendamento/triagem qualificará a procura e decorrente resposta a situações agudas e relegará para a consulta programada os outros tipos de cuidados.
1.4. Reforço da visitação domiciliária
• Plano para vigilância no domicílio dos mais vulneráveis, idosos e dependentes, incluindo a vigilância da saúde.
• Quando necessário, em estreita articulação com a Autoridade de Saúde Pública, definição do tipo de apoio a prestar às Estruturas Residenciais para Pessoas Idosas (ERPI) e Lares Residenciais (Despacho nº 4097-‐B/2020 e nº 4959/2020).
• A utilização de Equipamento de Proteção Individual (EPI) e a higienização devem obedecer às regras gerais definidas para o atendimento presencial nas UF.
2. Regras Gerais – atividade assistencial
2.1. Baixo Risco COVID 19 – contexto UF ou domiciliário
• O circuito de baixo risco, em contexto de UF ou domiciliário, obriga a:
o Pré-‐agendamento, com hora marcada, para a prestação de qualquer atividade;
o Todos os utentes/doentes e acompanhantes devem obrigatoriamente ser portadores de máscara e efetuar lavagem/desinfeção das mãos, à entrada e saída da UF;
o O uso de máscara cirúrgica pelos profissionais de saúde é obrigatório e é aconselhado o uso de bata impermeável nos contactos em que ocorra exame físico e/ou procedimentos de maior proximidade com o doente;
o A lavagem e/ou desinfeção das mãos e a higienização do material clínico usado e das superfícies expostas devem ser escrupulosamente executados entre cada contato;
o Devem ser montados/mantidos circuitos separados dos utentes COVID/não COVID;
o A higienização regular dos espaços, equipamentos e viaturas deve constituir uma prática sistemática.
• Deve otimizar-‐se a gestão do espaço físico recorrendo a estratégias como sejam o reordenamento de horários de atendimento, contemplando o desfasamento das atividades das equipas com flexibilidade entre as 8h e as 20h, divididas em atendimento presencial, visitas domiciliárias e atendimento não presencial. Este último poderá ser realizado na modalidade de teletrabalho quando não existam condições físicas na UF, quando seja garantida ligação virtual private network (VPN) e quando exista acordo do profissional.
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• Deve ser salvaguardado um distanciamento mínimo de 2 metros entre cada utente nas zonas de espera.
• O agendamento das consultas com presença física deve contemplar uma periodicidade mínima de 30 minutos, desse modo viabilizando os procedimentos de higienização entre consultas.
• Deve ser garantido o respeito rigoroso pelo horário da marcação, sem atrasos no atendimento presencial que condicionem a sobrelotação dos espaços de espera.
• Deve continuar a privilegiar-‐se a articulação/contacto com os utentes por via telefónica, por e-‐mail, com promoção ativa dos contactos não presenciais.
• Nos grupos vulneráveis e de risco deve identificar-‐se quem necessita de consulta presencial por descontrolo da doença ou por impossibilidade de teleconsulta e agendar pró-‐ativamente as consultas presenciais a realizar no futuro.
• Deve ser dada prioridade ao reagendamento de consultas aos grupos vulneráveis e de risco que foram objeto de adiamento e ainda não tiveram consulta no presente ano.
• Devem ser convocadas com carácter prioritário todas as situações de atraso no cumprimento do Programa Nacional de Vacinação (PNV), privilegiando as crianças e os jovens.
• Deve iniciar-‐se ou ser dada continuidade ao plano de vigilância em domicílio dos mais idosos e vulneráveis
• Os rastreios da mama, rastreio do cancro do colo do útero (RCCU), rastreio do cancro do cólon e do reto (RCCR), rastreio visual e de retinopatia diabética irão reiniciar-‐se consoante o plano de retoma de cada Hospital e da Liga Portuguesa Contra o Cancro (LPCC).
2.2. Alto Risco COVID 19 – contexto UF ou domiciliário
• O circuito de alto risco, em contexto da UF (ou ADC-‐Comunidade) ou domiciliário obriga a:
o Pré-‐agendamento obrigatório com hora marcada, podendo a Área Dedicada à Covid (ADC) ou a UF (no espaço dedicado) ter um período fixo de 2 a 4 horas/dia para agendamento destas situações e garantindo que os utentes permaneçam na Unidade apenas e só durante o período estritamente necessário.
o Todos os utentes/doentes e acompanhantes devem obrigatoriamente ser portadores de máscara e efetuar a lavagem/desinfeção das mãos, à entrada e saída da UF.
o Uso obrigatório pelos profissionais de saúde de máscara cirúrgica, bata impermeável, luvas e óculos/viseira, conforme Norma da DGS nº 007/2020 de 29/03/2020.
o Higienização de todos os espaços realizada regularmente durante o período de funcionamento da unidade, de acordo com os planos elaborados pelas equipas do PPCIRA.
• Os ADC-‐Comunidade devem ser objeto de avaliação quinzenal pelos Presidentes dos CCS (PCCS), DE e Coordenadores das UF que os constituem por forma a terem o menor impacto possível na atividade normal das UF e a garantir uma oferta de consulta adequada à procura de cuidados.
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• Em caso de um profissional estar afeto a um ADC-‐Comunidade e sempre que não haja necessidade de resposta às solicitações por COVID19 devem ser criadas condições para que estes profissionais possam produzir trabalho para as suas UF de origem.
• Ajustar à procura a duração do horário dedicado das ADC-‐Comunidade, ponderando a integração deste serviço na UF, desde que seja possível criar circuitos de acesso e internos comprovadamente diferenciados.
• Qualificar a notificação e o acompanhamento telefónico dos doentes com COVID, com a desejável integração do Trace-‐COVID no processo clínico do doente.
3. Regras Gerais – aspetos organizacionais
• Sempre que viável as reuniões de serviço e formações devem ser feitas com recurso a videoconferência. Quando impraticável, devem ter um número reduzido de profissionais e deverá ser salvaguardado o adequado distanciamento físico (2 m), com uso de máscara.
• Deve ser respeitada a distância física entre profissionais (corredores, “copas”, sala de reuniões).
• O registo da assiduidade é feito na plataforma SISQUAL, disponível online e apenas na RIS.
• Para todos os efeitos, a validação da carga horária poderá ser aferida às 4 semanas.
• A definição dos planos de férias deverá estar concluída até 31 de maio, aguardando-‐se do Governo a definição da data para o início do gozo de férias.
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Anexo nº 2 – Carteiras de Serviços (específica por cada tipo de UF)
2.1. Unidades de Saúde Familiar/Unidades de Cuidados de Saúde Personalizados (USF / UCSP) -‐ O exigente equilíbrio entre: Acesso /Personalização /Segurança / Resolutividade
Procura espontânea de cuidados – Iniciativa do cidadão
• Atendimento telefónico qualificado e dedicado durante todo o período de funcionamento da UF (escala consignada) -‐ inclui orientação ou resolução de situações clínicas dos utentes).
• Doença aguda – deve obrigar a pré-‐agendamento: ü Circuito não-‐COVID -‐ deve garantir oferta de observação da doença aguda no
próprio dia do pedido, podendo ser assegurada em regime de intersubstituição. • Outros motivos:
ü Plano de resolução não presencial. ü Agendamento consulta presencial se estritamente necessário.
Doente com multimorbilidade – Saúde Mental / Doença Oncológica / Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica (DPOC) / Obesidade / Diabetes / Hipertensão Arterial (HTA) / Osteoartrose /entre outras.
• Centrado no estado geral da pessoa e não exclusivamente no problema/morbilidade principal.
• Negociar plano individual de cuidados (PIC), global e integral -‐ o que deve acontecer para os diversos problemas, evitando a individualização e duplicação das consultas (1 consulta / vários problemas): o Uma consulta presencial anual, na UF ou no domicílio, para os pacientes com uma ou
mais patologias bem controladas; o Mais consultas, presenciais ou não, a avaliar individualmente, considerando os
problemas de saúde, a capacitação individual ou dos cuidadores e a literacia, onde se incluem os necessários controlos analíticos ou físicos.
o Renovação de receituário e Meios Complementares de Diagnóstico e Terapêutica (MCDT): envio por SMS ou correio eletrónico.
• Nos utentes com toma de diária de medicamentos, articular com a entidade prescritora um regime mais alargado, observando a situação caso a caso.
• Hipocoagulados o Se INR (international normalized ratio) em laboratório -‐ ajustamento da posologia
por telefone ou email; o Se INR realizado na UF – pré-‐agendamento contacto.
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Grupos vulneráveis
1. Saúde da Mulher ü Início de contraceção, colocação implante/dispositivo intrauterino (DIU), RCCU, consulta
pré concecional – consulta presencial. ü Gravidez – Seguir protocolo de vigilância das Unidades Coordenadoras Funcionais (UCF)
ajustados à pandemia.
2. Saúde Infantil e Juvenil • Consultas presenciais
ü 1º ano – manter as associadas ao PNV ü 2º ano -‐ 12 e 18 meses presencial ü Anual até aos 5 anos (esta será a pré-‐escolar) ü Uma entre os 10 e 13 anos ü Uma entre os 15 e 18 anos
3. Vacinação ü Pré-‐agendamento obrigatório, não devendo naturalmente ser desperdiçada
qualquer oportunidade para uma vacinação oportunista.
NOTA – Em qualquer momento podem ser agendadas consultas de seguimento, seja por solicitação do cuidador, do doente ou por iniciativa da equipa, sendo a modalidade (presencial ou não presencial) definida por acordo entre as partes
2.2. Unidades de Cuidados na Comunidade (UCC)
Atendimento telefónico qualificado, no âmbito da sua carteira de serviços, durante todo o período de funcionamento da UF.
Gestão da Doença
1. Equipa de Cuidados de Continuados Integrados (ECCI)
Definir plano individual de intervenção tendo em conta as necessidades de saúde, presencial e apoio aos cuidadores e acompanhamento não presencial.
2. Projetos nas áreas da Saúde Mental, Doença Crónica Complexa
Planear a retoma das atividades privilegiando a vertente não presencial – telefone e videoconferência.
Em qualquer momento podem ser agendadas atividades presenciais, seja por solicitação do cuidador, do doente ou por iniciativa da equipa.
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3. Atividade domiciliária reforçada, no âmbito da sua carteira de serviços Em articulação com as outras unidades (centro de saúde/ACeS),
Gestão da Saúde
• Todas as atividades de grupo devem ser desenvolvidas por videoconferência. • Programa de Preparação para a Parentalidade:
o Consulta de avaliação de admissão articulada com a consulta de Saúde Materna da USF/UCSP (24-‐28.ª semana);
o Restantes consultas por videoconferência.
Intervenção comunitária
1. Apoio e acompanhamento aos ERPI – (Despacho 4959/2020, de 24 de abril) • Em estreita articulação com a saúde pública e segurança social, negociar o apoio e
intervenção nestas estruturas, acompanhando e monitorizando a existência e apropriação dos planos de contingência.
• Em articulação com as outras unidades funcionais (centro de saúde/ACeS), criar condições para intervenção de apoio na prestação de cuidados, em caso de falência dos recursos próprios das ERPI.
2. Núcleos de Apoio a Crianças e Jovens em Risco (NACJR), Comissões de Proteção de Crianças e Jovens (CPCJ), Equipas Locais de Intervenção (ELI), Núcleo local de inserção/Rendimento social de inserção (NLI/RSI), Rede Social, Equipa para a Prevenção da Violência em Adultos (EPVA). • Retomar atividades, privilegiando a vertente não presencial.
3. Saúde Escolar e acompanhamento às creches • Em articulação com a Unidade de Saúde Pública (USP), apoiar a Escola na retoma das
aulas, garantindo a capacitação de todos os intervenientes nas medidas e regras de higiene, etiqueta respiratória, distanciamento social, utilização de máscaras e circuitos de pessoas e lixos.
• Planear o próximo ano letivo. • Repensar e reprogramar as intervenções no âmbito destes grupos, apostando na
rentabilização das videochamadas e redes sociais.
2.3. Unidade de Recursos Assistenciais Partilhados (URAP)
• Manutenção da atividade das linhas de apoio telefónico aos utentes e profissionais de saúde.
• Contribuir para a efetiva resposta na área da Saúde Mental nos CSP, mantendo a articulação com os serviços de Psiquiatria e Pedopsiquiatria.
• Dar continuidade à articulação/colaboração com Segurança Social, NLI/RSI, Autarquias, Rede Social, Comissões Sociais de Freguesia (CSF), CPCJ e outros parceiros da comunidade, privilegiando a vertente não presencial (contactos telefónicos, e-‐mail, videoconferência).
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• Em articulação com as outras UF dos Centros de Saúde e do ACeS, discutir e aprovar plano de retoma da restante atividade, tendo em conta as necessidades em saúde identificadas e os utentes/famílias mais vulneráveis e/ou com multimorbilidades.
2.4. Unidade de Saúde Pública (USP)
• A cooperação estabelecida entre a USP com as USF, UCSP, UCC e URAP no combate à pandemia COVID, em especial no apoio às ERPI, deve ser aprofundada nos termos dos despachos Despacho nº 4097-‐B/2020 e nº 4959/2020, assim como noutras áreas cruciais como sejam o Plano Nacional de Vacinação, atividades dos Programas ligados à alimentação e ao exercício físico.
• Retoma das atividades de horizontalização dos programas de Saúde Pública com o Departamento de Saúde Pública, Coordenadores de Programas e ACeS, incluindo o Centro Regional de Saúde Mental, o DICAD e do CHUC (Pedopsiquiatria, Psiquiatria adultos e comunitária) tentando cumprir o objetivo de se alimentar a “Redes das Redes”.
• A USP de cada ACeS deverá articular com os CCS e monitorizar a execução dos programas de saúde pública.
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Anexo nº 3 – Carteiras Adicionais de Serviço e Alargamento de Horário
3.1.Carteiras adicionais • Sempre supletivas à carteira básica de serviços. • Pressupõem a garantia do cumprimento efetivo das atividades da carteira básica. • Devem corresponder a necessidades diagnosticadas e ter em conta as características da
população abrangida pelas UF do Centro de Saúde. • Obrigam à definição e contratualização de:
o População alvo; o Objetivos -‐ metas e período de execução; o Tipologia de serviços, atividades e carga de trabalho/carga horária semanal/mensal
por grupo profissional; o Outros recursos a alocar (materiais, instalações, entre outros); o Indicadores de monitorização e de avaliação; o Modelo de pagamento.
3.2.Alargamento de Horário
• Oferta de cuidados para além do normal período de funcionamento da(s) unidades funcionais.
• Deve corresponder a necessidades diagnosticadas, tendo em conta as características da população abrangida pelas UF e alternativas assistenciais existentes, no contexto e âmbito do Centro de Saúde.
• O alargamento de horário pode ser só da UF ou do conjunto das várias UF do Centro de Saúde.
• O seu funcionamento obedece aos princípios gerais, de: o Estratificação do risco de infeção COVID-‐19 (alto e baixo risco), por triagem
telefónica e/ou presencial a todos cidadãos que procurem esse serviço nesse período.
o Atendimento telefónico qualificado e dedicado durante todo o período do alargamento de horário (escala consignada) -‐ inclui orientação ou resolução de situações clínicas dos utentes).
o Pré agendamento de toda a atividade presencial, incluindo resposta às situações agudas.
o Além da resposta à procura espontânea de cuidados (situações agudas), pode incluir atividade programada (pré-‐definida) de enfermagem e médica.
o Deve existir um regulamento de funcionamento, onde se explicita os serviços que se oferecem e o modelo de trabalho.
• Esta oferta de cuidados deve ser monitorizada (nº de consultas, tipo de consultas e motivos de consulta) e reavaliada periodicamente (pelo menos a cada 6 meses) pelo CCS do ACeS, em função das necessidades e realidades locais.
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Anexo nº 4 – Plano de Prevenção e Controlo de Infeção
O controlo das infeções associadas aos cuidados de saúde está relacionado com o cumprimento das Precauções Básicas de Segurança (PBS), devendo para isso existir em cada UF um Plano de Prevenção e Controlo de Infeção.
O plano em causa deverá considerar todo o normativo legal e técnico-‐científico vigente (disponível em https://www.dgs.pt/programa-‐de-‐prevencao-‐e-‐controlo-‐de-‐infecoes-‐e-‐de-‐resistencia-‐aos-‐antimicrobianos.aspx (Microsite da DGS), ser apoiado pelas equipas do PPCIRA, validado por todos os profissionais da UF e sujeito a um plano contínuo de auditorias internas, nomeadamente nas seguintes áreas:
• Precauções Básicas de Controlo de Infeção (lavagem de mãos, etiqueta respiratória, distanciamento físico, adequação da utilização de EPI em função do risco identificado, etc.);
• Gestão segura de EPI (ponto focal na UF/CS, local e capacidade de armazenamento, verificação técnica, etc.);
• Controlo ambiental (protocolo e orientações sobre limpeza e desinfeção dos diversos tipos de equipamentos e superfícies, EPI destinado à equipa de limpeza e desinfeção, arejamento das instalações, manutenção segura da temperatura ambiental, etc.);
• Processamento seguro de roupa (orientações para manuseamento e gestão de roupa);
• Gestão segura de resíduos (procedimentos sobre tipologias de resíduos, periodicidade e circuitos de recolha e espaços armazenamento, recursos materiais adequados, EPI, etc.);
• Definição de circuitos seguros para utentes e profissionais (e.g. gestão de caso suspeito, situação de pandemia);
• Práticas seguras (injetáveis, tratamento de feridas, citologias, pequenas cirurgias, etc.) e manipulação, acondicionamento e eliminação de cortoperfurantes;
• Qualidade da prescrição de antibióticos;
• Plano de comunicação (Informação para a população e profissionais de saúde);
• Saude ocupacional (recomendações sobre vigilância de saúde dos profissionais e procedimentos sobre contactos suspeitos, contágio e doença);
• Periocidade das auditorias internas e treino dos profissionais.
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LISTA DE SIGLAS E ABREVIATURAS
• ACeS -‐ Agrupamentos de Centros de Saúde • ADC -‐ Área Dedicada à Covid • ARSC -‐ Administração Regional de Saúde do Centro • CCS -‐ Conselho Clínico e de Saúde • CG -‐ Conselhos Gerais • CPCJ -‐ Comissões de Proteção de Crianças e Jovens • DE -‐ Diretores Executivos • DPOC -‐ Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica • EPI -‐ Equipamento de Proteção Individual • ERPI -‐ Estrutura Residencial para Pessoas Idosas • GNR -‐ Guarda Nacional Republicana • HTA -‐ hipertensão arterial • LPCC -‐ Liga Portuguesa Contra o Cancro • PCCS -‐ Presidente dos CCS • PIC -‐ Planos Individuais de Cuidados • PPCIRA -‐ Programa Nacional de Prevenção e Controlo de Infeções e das Resistências aos
Antimicrobianos • PSP -‐ Polícia de Segurança Pública • PNV -‐ Programa Nacional de Vacinação • MCDT -‐ Meios Complementares de Diagnóstico e Terapêutica • NLI -‐ Núcleo local de inserção • RCCR -‐ Rastreio do Cancro do Cólon e do Reto • RCCU -‐ Rastreio do Cancro do Colo do Útero • RSI -‐ Rendimento social de inserção • SNS -‐ Serviço Nacional de Saúde • UCC -‐ Unidade de Cuidados na Comunidade • UCSP -‐ Unidade de Cuidados de Saúde personalizados • UCF -‐ Unidade Coordenadora Funcional • UF -‐ Unidades funcionais • USF -‐ Unidade de Saúde Familiar • URAP -‐ Unidade de Recursos Assistenciais Partilhados • USP -‐ Unidade de Saúde Pública • VPN -‐ “virtual private network” (rede privada virtual)