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ANO XXX - 2019 – 4ª SEMANA DE MARÇO DE 2019 BOLETIM INFORMARE Nº 13/2019 ----- ASSUNTOS PREVIDENCIÁRIOS ASSUNTOS PREVIDENCIÁRIOS ASSUNTOS PREVIDENCIÁRIOS ASSUNTOS PREVIDENCIÁRIOS AUXÍLIO-RECLUSÃO – ATUALIZAÇÃO - MP Nº 871/2019 – CONSIDERAÇÕES.................................................................................Pág. 311 PENSÃO POR MORTE - ATUALIZACÃO - MP Nº 871/2009 – CONSIDERAÇÕES...............................................................................Pág. 320 ASSUNTOS TRABALHISTA ASSUNTOS TRABALHISTA ASSUNTOS TRABALHISTA ASSUNTOS TRABALHISTAS GRATIFICAÇÃO E PRÊMIO – ATUALIZAÇÃO - CONSIDERAÇÕES TRABALHISTAS ........................................................................Pág. 328

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ANO XXX - 2019 – 4ª SEMANA DE MARÇO DE 2019 BOLETIM INFORMARE Nº 13/2019

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ASSUNTOS PREVIDENCIÁRIOSASSUNTOS PREVIDENCIÁRIOSASSUNTOS PREVIDENCIÁRIOSASSUNTOS PREVIDENCIÁRIOS

AUXÍLIO-RECLUSÃO – ATUALIZAÇÃO - MP Nº 871/2019 – CONSIDERAÇÕES ................................................................................. Pág. 311

PENSÃO POR MORTE - ATUALIZACÃO - MP Nº 871/2009 – CONSIDERAÇÕES ............................................................................... Pág. 320

ASSUNTOS TRABALHISTAASSUNTOS TRABALHISTAASSUNTOS TRABALHISTAASSUNTOS TRABALHISTASSSS

GRATIFICAÇÃO E PRÊMIO – ATUALIZAÇÃO - CONSIDERAÇÕES TRABALHISTAS ........................................................................ Pág. 328

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TRABALHO E PREVIDÊNCIA – MARÇO – 13/2019 311

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AUXÍLIO-RECLUSÃO – ATUALIZAÇÃO MP Nº 871/2019 – Considerações

Sumário 1. Introdução; 2. Prisão; 2.1 - Maior De Dezesseis E Menor De Dezoito Anos De Idade; 2.2 - Prisão Sob Regime Fechado Ou Semi-Aberto; 3. Auxílio-Reclusão; 3.1 – Conceito – Atualização – MP Nº 871/2019; 3.2 – Têm Carência - Atualização – MP Nº 871/2019; 3.2.1 - Perda Da Qualidade De Segurado - Atualização – MP Nº 871/2019; 3.3 - Auxílio-Reclusão Não Pode Ser Acumulado Com Outros Benefícios; 3.3.1 – Segurado Recluso E Auxílio-Doença – Atualização – MP Nº 871/2019; 3.4 - Não Têm Direito Ao Auxílio-Reclusão; 3.5 - Duração Do Benefício; 3.6 - Como Requerer O Auxílio-Reclusão; 3.6.1- Certidão De Recolhimento À Prisão – Atualização – MP Nº 871/2019; 3.6.2 - Documentos Necessários; 3.7 - Segurado De Baixa – Atualização – MP Nº 871/2019; 3.7.1 - Aferição Da Renda Mensal Bruta - Atualização – MP Nº 871/2019; 3.8 - Início Do Pagamento; 4. Manutenção Do Benefício; 5. Suspensão Do Pagamento Do Benefício; 6. Condições Em Que Cessa O Auxílio-Reclusão; 6.1 – Falecimento Do Segurado Detido Ou Recluso – Pensão Por Morte; 6.2 – Prisão Provisória; 7. Segurado Preso Não Pode Estar Recebendo Remuneração; 8. Valor Do Benefício – Atualizado – Portaria Nº 9/2019; 8.1 – Não Há Salário-De-Contribuição; 9. Dependentes – Atualização – MP Nº 871/2019; 9.1 - Companheiro Ou Companheira/Companheiro Ou Companheira Do Mesmo Sexo; 9.1.1 – Prova De União Estável E De Dependência Econômica – Atualização – MP Nº 871/2019; 9.2 – Filhos Nascidos Durante O Período Da Prisão. 1. INTRODUÇÃO O Regime Geral de Previdência Social compreende em prestações, expressas em benefícios e serviços. O Decreto nº 3.048/1999, artigos 116 a 119, a IN INSS/PRES 77/2015, artigos 381 a 395 e também o artigo 80 da Lei nº 8.213/1991 tratam sobre o benefício de auxílio-reclusão. Nesta matéria será tratada sobre os direitos e procedimentos do auxílio-reclusão, o qual se refere a um dos benefícios previdenciários, conforme dispõe as legislações citadas acima e também a atualização trazida pela Medida Provisória nº 871, de 18 de janeiro de 2019. 2. PRISÃO Considera-se pena privativa de liberdade, para fins de reconhecimento do direito ao benefício de auxílio-reclusão, aquela cumprida em regime fechado ou semi-aberto, sendo (Artigo 382, da IN INSS/PRES nº 77/2015): a) regime fechado aquele sujeito à execução da pena em estabelecimento de segurança máxima ou média; e b) regime semi-aberto aquele sujeito à execução da pena em colônia agrícola, industrial ou estabelecimento similar. Para comprovar a condição de preso, o segurado ou seus dependentes deverão apresentar alguns documentos, conforme cada categoria do instituidor e também o tipo de dependentes. E a relação de documentos se encontra no site da Previdência Social (https://www.inss.gov.br/beneficios/auxilio-reclusao/). 2.1 - Maior De Dezesseis E Menor De Dezoito Anos De Idade Equipara-se à condição de recolhido à prisão, a situação do maior de 16 (dezesseis) e menor de 18 (dezoito) anos de idade que se encontre internado em estabelecimento educacional ou congênere, sob custódia do Juizado da Infância e da Juventude, observado o disposto no § 1º do art. 7º (ver abaixo) (§ 2º, do artigo 381, da IN INSS/PRES nº 77/2015).

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“§ 1º do Art. 7º. O limite mínimo de idade para ingresso no RGPS do segurado obrigatório que exerce atividade urbana ou rural, do facultativo e do segurado especial, é o seguinte: I - até 14 de março de 1967, véspera da vigência da Constituição Federal de 1967, quatorze anos; II - de 15 de março de 1967, data da vigência da Constituição Federal de 1967, a 4 de outubro de 1988, véspera da promulgação da Constituição Federal de 1988, doze anos; III - a partir de 5 de outubro de 1988, data da promulgação da Constituição Federal de 1988 a 15 de dezembro de 1998, véspera da vigência da Emenda Constitucional nº 20, de 1998, quatorze anos, exceto para menor aprendiz, que conta com o limite de doze anos, por força do art. 7º, inciso XXXIII, da Constituição Federal de 1988; e IV - a partir de 16 de dezembro de 1998, data da vigência da Emenda Constitucional nº 20, de 1998, dezesseis anos, exceto para menor aprendiz, que é de quatorze anos, por força do art. 1º da referida Emenda, que alterou o inciso XXXIII do art. 7º da Constituição Federal de 1988”. 2.2 - Prisão Sob Regime Fechado Ou Semi-Aberto O auxílio-reclusão é devido, apenas, durante o período em que o segurado estiver recolhido à prisão sob regime fechado ou semi-aberto (artigo 116, § 5º, do Decreto n° 3.048/1999). Considera-se pena privativa de liberdade, para fins de reconhecimento do direito ao benefício de auxílio-reclusão, aquela cumprida em regime fechado ou semi-aberto, sendo (Artigo 382, da IN INSS/PRES nº 77/2015): a) regime fechado aquele sujeito à execução da pena em estabelecimento de segurança máxima ou média; e b) regime semi-aberto aquele sujeito à execução da pena em colônia agrícola, industrial ou estabelecimento similar. Segue abaixo os §§ 1º a 5º, do artigo 382, da IN INSS/PRES nº 77/2015: “§ 1º Não cabe a concessão de auxílio-reclusão aos dependentes do segurado que esteja em livramento condicional ou que cumpra pena em regime aberto. § 2º A privação da liberdade será comprovada por documento, emitido pela autoridade competente, comprovando o recolhimento do segurado à prisão e o regime de reclusão. § 3º Para o maior de dezesseis e menor de dezoito anos, serão exigidos certidão do despacho de internação e o documento atestando seu efetivo recolhimento a órgão subordinado ao Juiz da Infância e da Juventude. § 4º O cumprimento de pena em prisão domiciliar não impede o recebimento do benefício de auxílio-reclusão pelo(s) dependente (s), se o regime previsto for o fechado ou semiaberto. (Incluído pela IN INSS/PRES nº 85, de 18/02/2016) § 5º A monitoração eletrônica do instituidor do benefício de auxílio-reclusão não interfere no direito do dependente ao recebimento do benefício, uma vez que tem a função de fiscalizar o preso, desde que mantido o regime semiaberto ou a prisão domiciliar, observado o previsto no § 4º. (Incluído pela IN INSS/PRES nº 85, de 18/02/2016)”. 3. AUXÍLIO-RECLUSÃO 3.1 – Conceito – Atualização – MP Nº 871/2019 O auxílio-reclusão será devido nas condições da pensão por morte, respeitado o tempo mínimo de carência estabelecido no inciso IV do caput do art. 25 (Verificar abaixo), aos dependentes do segurado de baixa renda recolhido à prisão em regime fechado, que não receber remuneração da empresa nem estiver em gozo de auxílio-doença, pensão por morte, salário-maternidade, aposentadoria ou abono de permanência em serviço. (Redação dada pela Medida Provisória nº 871, de 2019). “Inciso IV do caput do art. 25 - auxílio-reclusão: vinte e quatro contribuições mensais. (Incluído pela Medida Provisória nº 871, de 2019)”. 3.2 – Têm Carência - Atualização – MP Nº 871/2019

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A concessão das prestações pecuniárias do Regime Geral de Previdência Social depende dos seguintes períodos de carência, ressalvado o disposto no art. 26 (trata sobre independe de carência): (Artigo 25 da Lei nº 8.213/1991) “IV - auxílio-reclusão: vinte e quatro contribuições mensais. (Incluído pela Medida Provisória nº 871, de 2019)”. 3.2.1 - Perda Da Qualidade De Segurado - Atualização – MP Nº 871/2019 Período de carência é o número mínimo de contribuições mensais indispensáveis para que o beneficiário faça jus ao benefício, consideradas a partir do transcurso do primeiro dia dos meses de suas competências (Artigo 24 da Lei nº 8.213/1991). Na hipótese de perda da qualidade de segurado, para fins da concessão dos benefícios de auxílio-doença, de aposentadoria por invalidez, de salário-maternidade e de auxílio-reclusão, o segurado deverá contar, a partir da data da nova filiação à Previdência Social, com os períodos integrais de carência previstos nos incisos I, III e IV do caput do art. 25 (Artigo 27-A - Redação dada pela Medida Provisória nº 871, de 2019). 3.3 - Auxílio-Reclusão Não Pode Ser Acumulado Com Outros Benefícios O auxílio-reclusão não pode ser acumulado com (Artigo 528, da IN INSS/PRES n° 77/2015, o artigo 167, do Decreto nº 3.048/1999 e também informações extraídas do site da Previdência Social - https://www.inss.gov.br/beneficios/auxilio-reclusao/): a) Renda Mensal Vitalícia; b) Benefícios Assistencial ao Idoso e ao Portador de Deficiência; c) Aposentadoria do recluso; d) Abono de Permanência em Serviço do recluso; e) Pensão Mensal Vitalícia de Seringueiro; f) Auxílio-Doença do Segurado. “Art. 528. IN INSS/PRES nº 77/2015. Salvo no caso de direito adquirido, não é permitido o recebimento conjunto dos seguintes benefícios, inclusive quando decorrentes de acidentes do trabalho: ... XIII - mais de um auxílio-reclusão de instituidor cônjuge ou companheiro, para evento ocorrido a partir de 29 de abril de 1995, data da publicação da Lei nº 9.032, de 28 de abril de 1995, facultado o direito de opção pelo mais vantajoso; XIV - auxílio-reclusão pago aos dependentes, com auxílio-doença, aposentadoria ou abono de permanência em serviço ou salário-maternidade do segurado recluso, observado o disposto no § 3º do art. 383. (Nova redação dada pela IN INSS/PRES nº 85, de 18/02/2016)”. 3.3.1 – Segurado Recluso E Auxílio-Doença – Atualização – MP Nº 871/2019 O auxílio-doença será devido ao segurado que, havendo cumprido, quando for o caso, o período de carência exigido nesta Lei, ficar incapacitado para o seu trabalho ou para a sua atividade habitual por mais de 15 (quinze) dias consecutivos (Artigo 59 da Lei nº 8.213/1991). **** Revogado: “Parágrafo único. Não será devido auxílio-doença ao segurado que se filiar ao Regime Geral de Previdência Social já portador da doença ou da lesão invocada como causa para o benefício, salvo quando a incapacidade sobrevier por motivo de progressão ou agravamento dessa doença ou lesão. (Revogado pela Medida Provisória nº 871, de 2019). Segue abaixo, os §§ 1º a 5º, do artigo 59 da Lei nº 8.213/1991, atualizado pela MP nº 871/2009: “§ 1º Não será devido o auxílio-doença ao segurado que se filiar ao Regime Geral de Previdência Social já portador da doença ou da lesão invocada como causa para o benefício, exceto quando a incapacidade sobrevier

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por motivo de progressão ou agravamento da doença ou da lesão. (Redação dada pela Medida Provisória nº 871, de 2019) § 2º Não será devido o auxílio-doença para o segurado recluso em regime fechado. (Incluído pela Medida Provisória nº 871, de 2019) § 3º O segurado em gozo de auxílio-doença na data do recolhimento à prisão terá o benefício suspenso. (Incluído pela Medida Provisória nº 871, de 2019) § 4º A suspensão prevista no § 3º será de até sessenta dias, contados da data do recolhimento à prisão, cessado o benefício após o referido prazo. (Incluído pela Medida Provisória nº 871, de 2019) § 5º Na hipótese de o segurado ser colocado em liberdade antes do prazo previsto no § 4º, o benefício será restabelecido a partir da data da soltura. (Incluído pela Medida Provisória nº 871, de 2019)”. 3.4 - Não Têm Direito Ao Auxílio-Reclusão Não tem direito ao auxílio-reclusão os dependentes do segurado que esteja em livramento condicional ou que cumpra pena em regime aberto (§ 1º, do artigo 382, da IN INSS/PRES nº 77/2015). “Art. 119. Decreto n° 3.048/1999. É vedada a concessão do auxílio-reclusão após a soltura do segurado”. 3.5 - Duração Do Benefício O auxílio-reclusão tem duração variável conforme a idade e o tipo de beneficiário. Além disso, caso o segurado seja posto em liberdade, fuja da prisão ou passe a cumprir pena em regime aberto, o benefício é encerrado. Observação: As informações acima foram extraídas do site (https://www.inss.gov.br/beneficios/auxilio-reclusao/). E as informações no site citado foram atualizadas e publicadas no dia 8 de novembro de 2017 às 10:37 horas, ou seja, última modificação 5 de novembro de 2018 11:37). 3.6 - Como Requerer O Auxílio-Reclusão Benefício devido apenas aos dependentes do segurado do INSS preso em regime fechado ou semiaberto, durante o período de reclusão ou detenção. O segurado não pode estar recebendo salário, nem outro benefício do INSS. Observação: As informações acima foram extraídas do site (https://www.inss.gov.br/beneficios/auxilio-reclusao/). E as informações no site citado foram atualizadas e publicadas no dia 8 de novembro de 2017 às 10:37 horas, ou seja, última modificação 5 de novembro de 2018 11:37). 3.6.1- Certidão De Recolhimento À Prisão – Atualização – MP Nº 871/2019 O requerimento do auxílio-reclusão será instruído com certidão judicial que ateste o recolhimento efetivo à prisão, obrigatória, para a manutenção do benefício, a apresentação de prova de permanência na condição de presidiário (§ 1º, do artigo 80 da Lei nº 8.213/1991 - (Incluído pela Medida Provisória nº 871, de 2019). O INSS celebrará convênios com os órgãos públicos responsáveis pelo cadastro dos presos para obter informações sobre o recolhimento à prisão (§ 2º, do artigo 80 da Lei nº 8.213/1991 - (Incluído pela Medida Provisória nº 871, de 2019). A certidão judicial e a prova de permanência na condição de presidiário poderão ser substituídas pelo acesso à base de dados, por meio eletrônico, a ser disponibilizada pelo Conselho Nacional de Justiça, com dados cadastrais que assegurem a identificação plena do segurado e da sua condição de presidiário (§ 5º, do artigo 80 da Lei nº 8.213/1991 -(Incluído pela Medida Provisória nº 871, de 2019). 3.6.2 - Documentos Necessários Para comprovar a condição de preso, o segurado ou seus dependentes deverão apresentar alguns documentos, conforme cada categoria do instituidor e também o tipo de dependentes. E a relação de documentos se encontra no site da Previdência Social (https://www.inss.gov.br/beneficios/auxilio-reclusao/). 3.7 - Segurado De Baixa – Atualização – MP Nº 871/2019

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Para fins do disposto nesta Lei, considera-se segurado de baixa renda aquele que, na competência de recolhimento à prisão tenha renda, apurada nos termos do disposto no § 4º, de valor igual ou inferior àquela prevista no art. 13 da Emenda Constitucional nº 20, de 15 de dezembro de 1998, corrigido pelos índices aplicados aos benefícios do RGPS (§ 3º, do artigo 80 da Lei nº 8.213/1991 - (Incluído pela Medida Provisória nº 871, de 2019). 3.7.1 - Aferição Da Renda Mensal Bruta - Atualização – MP Nº 871/2019 A aferição da renda mensal bruta para enquadramento do segurado como de baixa renda ocorrerá pela média dos salários de contribuição apurados no período de doze meses anteriores ao mês do recolhimento à prisão (§ 4º, do artigo 80 da Lei nº 8.213/1991 - (Incluído pela Medida Provisória nº 871, de 2019). 3.8 - Início Do Pagamento O auxílio-reclusão será devido a contar da data do efetivo recolhimento do segurado à prisão, se requerido até 30 (trinta) dias depois desta, ou da data do requerimento, se posterior, observado, no que couber, o disposto no art. 364 (§ 3º, do artigo 381, da IN INSS/PRES n° 77/2015 e § 4º, do artigo 116, do Decreto nº 3.048/1999). “IN INSS/PRES n° 77/2015, artigo 364: Art. 364. A pensão por morte será devida ao conjunto dos dependentes do segurado que falecer, aposentado ou não, observando que: I - para óbitos ocorridos até o dia 10 de novembro de 1997, véspera da publicação da Medida Provisória nº 1596-14, de 10 de novembro de 1997, convertida na Lei nº 9.528, de 1997, a contar da data: a) do óbito, tratando-se de dependente capaz ou incapaz, observada a prescrição quinquenal de parcelas vencidas ou devidas, ressalvado o pagamento integral dessas parcelas aos dependentes menores de dezesseis anos e aos inválidos incapazes, observada a orientação firmada no Parecer MPAS/CJ nº 2.630, publicado em 17 de dezembro de 2001; b) da decisão judicial, no caso de morte presumida; e c) da data da ocorrência, no caso de catástrofe, acidente ou desastre; II - para óbitos ocorridos a partir de 11 de novembro de 1997, data da publicação da Medida Provisória nº 1596-14, de 10 de novembro de 1997, convertida na Lei nº 9.528, de 1997, a contar da data: a) do óbito, quando requerida: 1. pelo dependente maior de dezesseis anos de idade, até trinta dias da data do óbito; e 2. pelo dependente menor até dezesseis anos, até trinta dias após completar essa idade, devendo ser verificado se houve a ocorrência da emancipação, conforme disciplinado no art. 128; b) do requerimento do benefício protocolizado após o prazo de trinta dias, ressalvada a habilitação para menor de dezesseis anos e trinta dias, relativamente à cota parte; c) da decisão judicial, no caso de morte presumida; e d) da data da ocorrência, no caso de catástrofe, acidente ou desastre, se requerida até trinta dias desta. § 1° Na contagem dos trinta dias de prazo para o requerimento previsto no inciso II do caput, não é computado o dia do óbito ou da ocorrência, conforme o caso. § 2º Para efeito do disposto no caput, equiparam-se ao menor de dezesseis anos os incapazes de exercer pessoalmente os atos da vida civil na forma do art. 3º do Código Civil, assim declarados judicialmente. § 3º Para efeito do disposto no caput, em relação aos inválidos capazes, equiparam-se aos maiores de dezesseis anos de idade. § 4º Independentemente da data do óbito do instituidor, tendo em vista o disposto no art. 79 e parágrafo único do art. 103 da Lei nº 8.213, de 1991, combinado com o inciso I do art. 198 do Código Civil Brasileiro, para o menor absolutamente incapaz, o termo inicial da prescrição, previsto nos incisos I e II do art. 74 da Lei nº 8.213, de 1991,

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é o dia seguinte àquele em que tenha alcançado dezesseis anos de idade ou àquele em que tenha se emancipado, o que ocorrer primeiro, somente se consumando a prescrição após o transcurso do prazo legalmente previsto. § 5º Por ocasião do requerimento de pensão do dependente menor de vinte e um anos, far-se-á necessária a apresentação de declaração do requerente ou do dependente no formulário denominado termo de responsabilidade, no qual deverá constar se o dependente não incorreu em uma das causas prevista no art. 131”. 4. MANUTEÇÃO DO BENEFÍCIO O auxílio-reclusão será mantido enquanto o segurado permanecer detento ou recluso (artigo 117, do Decreto n° 3.048/1999). Segue abaixo os §§ 1º a 3º, do artigo 117 do Decreto n° 3.048/1999: O beneficiário deverá apresentar trimestralmente atestado de que o segurado continua detido ou recluso, firmado pela autoridade competente. No caso de fuga, o benefício será suspenso e, se houver recaptura do segurado, será restabelecido a contar da data em que esta ocorrer, desde que esteja ainda mantida a qualidade de segurado. Se houver exercício de atividade dentro do período de fuga, o mesmo será considerado para a verificação da perda ou não da qualidade de segurado. 5. SUSPENSÃO DO PAGAMENTO DO BENEFÍCIO Os pagamentos do auxílio-reclusão serão suspensos (Artigo 395, da IN INSS/PRES nº 77/2015): a) na hipótese da opção pelo auxílio-doença, na forma do § 2º do art. 383; (ver abaixo) “§ 2º O exercício de atividade remunerada pelo segurado recluso em cumprimento de pena em regime fechado ou semi-aberto, que contribuir na condição de facultativo, não acarretará perda do direito ao recebimento do auxílio-reclusão pelos seus dependentes”. b) se o dependente deixar de apresentar atestado trimestral, firmado pela autoridade competente, para prova de que o segurado permanece recolhido à prisão; e c) se o segurado recluso possuir, mesmo que nesta condição, vínculo empregatício de trabalho empregado, doméstico ou avulso. As hipóteses das alíneas “a” e “c” acima, o benefício será restabelecido, respectivamente, no dia seguinte à cessação do auxílio-doença ou no dia posterior ao encerramento do vínculo empregatício (§ 1º, do artigo 395, da IN INSS/PRES nº 77/2015). Se houver exercício de atividade dentro do período de fuga, livramento condicional, cumprimento de pena em regime aberto, este será considerado para verificação de manutenção da qualidade de segurado (§ 2º, do artigo 395, da IN INSS/PRES nº 77/2015). 6. CONDIÇÕES EM QUE CESSA O AUXÍLIO-RECLUSÃO O auxílio-reclusão cessa (Artigo 394, da IN INSS/PRES nº 77/2015): a) com a extinção da última cota individual; b) se o segurado, ainda que privado de sua liberdade ou recluso passar a receber aposentadoria; c) pelo óbito do segurado ou beneficiário; d) na data da soltura; e) pela ocorrência de uma das causas previstas no inciso III do art. 131, no caso de filho ou equiparado ou irmão, de ambos os sexos;

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f) em se tratando de dependente inválido, pela cessação da invalidez, verificada em exame médico pericial a cargo do INSS; g) pela adoção, para o filho adotado que receba auxílio reclusão dos pais biológicos, exceto quando o cônjuge ou o companheiro( a) adota o filho do outro; h) pelo levantamento da interdição no caso do(a) filho(a) ou irmã(o) com deficiência intelectual ou mental; i) pela fuga do recluso; e j) quando o segurado deixar a prisão por livramento condicional ou por cumprimento da pena em regime aberto. Conforme o parágrafo único, do artigo 394, acima nas hipóteses das alíneas “i” e “j” citadas, o benefício não poderá ser reativado, caracterizando-se a nova captura ou regressão de regime como novo fato gerador para requerimento de benefício. 6.1 – Falecimento Do Segurado Detido Ou Recluso – Pensão Por Morte Falecendo o segurado detido ou recluso, o auxílio-reclusão que estiver sendo pago será automaticamente convertido em pensão por morte (artigo 118, do Decreto n° 3.048/1999). 6.2 – Prisão Provisória Ao término da prisão provisória o auxílio-reclusão pago aos dependentes deverá ser cessado e, caso nova prisão ocorra, ainda que em razão do mesmo evento causador da primeira privação de liberdade, proceder-se-á à nova análise de dependência, qualidade de segurado e renda, em novo requerimento de auxílio-reclusão (§ 4º, do artigo 381, da IN INSS/PRES nº 77/2015). 7. SEGURADO PRESO NÃO PODE ESTAR RECEBENDO REMUNERAÇÃO De acordo com o artigo 117, § 3º, do Decreto n° 3.048/1999, se houver exercício de atividade dentro do período de fuga, o mesmo será considerado para a verificação da perda ou não da qualidade de segurado. E esta situação será comprovada por declaração da empresa à qual o segurado estiver vinculado. O segurado não pode estar recebendo salário, nem outro benefício do INSS (Informações extraídas do site: https://www.inss.gov.br/beneficios/auxilio-reclusao/). “IN INSS/PRES nº 77/2015, artigo 383, §§ 1º a 4º e 6º: Art. 383. A comprovação de que o segurado privado de liberdade não recebe remuneração, conforme disposto no art. 381, será feita através dos dados do CNIS. § 1º Em caso de dúvida fundada, poderá ser solicitada declaração da empresa ao qual estiver vinculado. § 2º O exercício de atividade remunerada pelo segurado recluso em cumprimento de pena em regime fechado ou semi-aberto, que contribuir na condição de facultativo, não acarretará perda do direito ao recebimento do auxílio-reclusão pelos seus dependentes. § 3º O segurado recluso, ainda que contribua como facultativo, não terá direito aos benefícios de auxílio-doença, salário-maternidade e aposentadoria durante a percepção, pelos dependentes, do auxílio-reclusão, permitida a opção pelo benefício mais vantajoso. § 4º A opção pelo benefício mais vantajoso deverá ser manifestada por declaração escrita do(a) segurado(a) e respectivos dependentes, juntada ao processo de concessão, inclusive no auxílio-reclusão, observado o disposto no § 3º do art. 199. § 6º Aplicar-se-á o disposto no § 4º, no que couber, quando houver cessação do pagamento da remuneração ao segurado recluso que, ao tempo do encarceramento, continuou recebendo remuneração da empresa”. 8. VALOR DO BENEFÍCIO – ATUALIZADO – PORTARIA Nº 9/2019 Quando o efetivo recolhimento à prisão tiver ocorrido a partir de 16 de dezembro de 1998, data da publicação da Emenda Constitucional nº 20, de 1998, o benefício de auxílio-reclusão será devido desde que o último salário

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de contribuição do segurado, tomado no seu valor mensal, seja igual ou inferior ao valor fixado por Portaria Interministerial, atualizada anualmente (Artigo 385, da IN INSS/PRES n° 77/2015). É devido o auxílio-reclusão, ainda que o resultado da RMI do benefício seja superior ao teto constante no parágrafo acima (§1º, do artigo 385, da IN INSS/PRES n° 77/2015). O cálculo do valor dos benefícios de pensão por morte e auxílio-reclusão é a forma como os sistemas do INSS estão programados para cumprir o que está previsto na legislação em vigor e definir o valor inicial que vai ser pago mensalmente ao cidadão em função do benefício a que teve direito (Informações extraídas do site: https://www.inss.gov.br/beneficios/pensao-por-morte/valor-da-pensao-por-morte-e-auxilio-reclusao/). Observação: Este cálculo está previsto nos artigos 29 e 80 da Lei 8.213/91 e também exemplo, no site do INSS - https://www.inss.gov.br/beneficios/pensao-por-morte/valor-da-pensao-por-morte-e-auxilio-reclusao/. “Art. 5º. Portaria nº 9/2019 - O auxílio-reclusão, a partir de 1º de janeiro de 2019, será devido aos dependentes do segurado cujo salário de contribuição seja igual ou inferior a R$ 1.364,43 (um mil trezentos e sessenta e quatro reais e quarenta e três centavos), independentemente da quantidade de contratos e de atividades exercidas. § 1º Se o segurado, embora mantendo essa qualidade, não estiver em atividade no mês da reclusão, ou nos meses anteriores, será considerado como remuneração o seu último salário de contribuição. § 2º Para fins do disposto no § 1º, o limite máximo do valor da remuneração para verificação do direito ao benefício será o vigente no mês a que corresponder o salário de contribuição considerado”. 8.1 – Não Há Salário-De-Contribuição Conforme o § 2º, do artigo 385, da IN INSS/PRES nº 77/2015, quando não houver salário de contribuição na data do efetivo recolhimento à prisão, será devido o auxílio-reclusão, desde que: a) não tenha havido perda da qualidade de segurado; e b) o último salário de contribuição, tomado em seu valor mensal, na data da cessação das contribuições ou do afastamento do trabalho seja igual ou inferior aos valores fixados por Portaria Interministerial, atualizada anualmente. Considerações importantes: Segue abaixo, conforme IN INSS/PRES nº 77/2015, artigo 385, §§ 3º a 7º, com outras considerações a respeito da remuneração: Para fins do disposto na alínea “b” acima, a Portaria Interministerial a ser utilizada será a vigente na data da contribuição utilizada como referência. Se a data da reclusão recair até 15 de dezembro de 1998, véspera da vigência da Emenda Constitucional nº 20, de 1998, aplicar-se-á a legislação vigente à época, não se aplicando o disposto no subitem “8.1” (Verificar acima). No caso do segurado que recebe por comissão, sem remuneração fixa, será considerado como salário de contribuição mensal o valor auferido no mês do efetivo recolhimento à prisão, observado o disposto no subitem “8.1” (Verificar acima). Para o disposto no subitem “8.1” (Verificar acima), o décimo terceiro salário e o terço de férias não deverão ser considerados no cômputo do último salário de contribuição. A remuneração recebida em decorrência do pagamento de horas extraordinárias integrará o último salário de contribuição. 9. DEPENDENTES – ATULIZAÇÃO – MP Nº 871/2019 Em relação aos dependentes: (Informações extraídas do site - https://www.inss.gov.br/beneficios/auxilio-reclusao/) a) Para cônjuge ou companheira: comprovar casamento ou união estável na data em que o segurado foi preso (leia mais informações na seção abaixo Duração do benefício); b) Para filhos e equiparados: possuir menos de 21 anos de idade, se for inválido ou com deficiência não há limite de idade;

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c) Para os pais: comprovar dependência econômica; d) Para os irmãos: comprovar dependência econômica e idade inferior a 21 anos de idade se for inválido ou com deficiência não há limite de idade. São beneficiários do Regime Geral de Previdência Social, na condição de dependentes do segurado: (Artigo 16 da Lei nº 8.213/1991) “I - o cônjuge, a companheira, o companheiro e o filho não emancipado, de qualquer condição, menor de 21 (vinte e um) anos ou inválido ou que tenha deficiência intelectual ou mental ou deficiência grave; (Redação dada pela Lei nº 13.146, de 2015) (Vigência) II - os pais; III - o irmão não emancipado, de qualquer condição, menor de 21 (vinte e um) anos ou inválido ou que tenha deficiência intelectual ou mental ou deficiência grave; (Redação dada pela Lei nº 13.146, de 2015) (Vigência) § 1º A existência de dependente de qualquer das classes deste artigo exclui do direito às prestações os das classes seguintes. § 2º O enteado e o menor tutelado equiparam-se a filho mediante declaração do segurado e desde que comprovada a dependência econômica na forma estabelecida no Regulamento. (Redação dada pela Lei nº 9.528, de 1997) § 3º Considera-se companheira ou companheiro a pessoa que, sem ser casada, mantém união estável com o segurado ou com a segurada, de acordo com o § 3º do art. 226 da Constituição Federal. § 4º A dependência econômica das pessoas indicadas no inciso I é presumida e a das demais deve ser comprovada § 5º A prova de união estável e de dependência econômica exigem início de prova material contemporânea dos fatos, não admitida a prova exclusivamente testemunhal, exceto na ocorrência de motivo de força maior e ou caso fortuito, conforme disposto no Regulamento. (Incluído pela Medida Provisória nº 871, de 2019)”. Observação: Matéria sobre dependentes, verificar também no Boletim INFORMARE nº 34/2016 - “DEPENDENTES DO SEGURADO Atualização – IN INSS/PRES nº 85/2016 Aspectos Previdenciários”, em assuntos previdenciários. 9.1 - Companheiro Ou Companheira/Companheiro Ou Companheira Do Mesmo Sexo Fica garantido o direito ao auxílio-reclusão ao companheiro ou companheira do mesmo sexo, para reclusões ocorridas a partir de 5 de abril de 1991, desde que atendidas todas as condições exigidas para o reconhecimento do direito a esse benefício, observadas as orientações da Portaria MPS nº 513, de 2010 (Artigo 386, IN INSS/PRES n° 77/2015). “Portaria MPS n° 513/2010, at. 1º. Estabelecer que, no âmbito do Regime Geral da Previdência Social – RGPS, os dispositivos da Lei n° 8.213, de 24 de julho de 1991, que tratam de dependentes para fins previdenciários devem ser interpretados de forma a abranger a união estável entre pessoas do mesmo sexo”. 9.1.1 – Prova De União Estável E De Dependência Econômica – Atualização – MP Nº 871/2019 A prova de união estável e de dependência econômica exigem início de prova material contemporânea dos fatos, não admitida a prova exclusivamente testemunhal, exceto na ocorrência de motivo de força maior e ou caso fortuito, conforme disposto no Regulamento (§ 5º, do artigo 16 da Lei nº 8.213/1991 - (Incluído pela Medida Provisória nº 871, de 2019). 9.2 – Filhos Nascidos Durante O Período Da Prisão O filho nascido durante o recolhimento do segurado à prisão terá direito ao benefício de auxílio-reclusão a partir da data do seu nascimento (Artigo 387, IN INSS/PRES n° 77/2015). Fundamentos Legais: Citados no texto e site do Ministério da Previdência Social (https://www.inss.gov.br/beneficios/auxilio-reclusao/).

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PENSÃO POR MORTE - ATUALIZACÃO - MP Nº 871/2009 Considerações

Sumário 1. Introdução; 2. Pensão Por Morte; 2.1 – Conceito; 2.2 – Independe De Carência - Atualização – MP Nº 871/2019; 2.3 – Tem Direito Ao Benefício - Atualização – MP Nº 871/2019; 2.4 – Não Terá Direito Ao Benefício; 2.5 – Valor Do Benefício; 2.6 – Beneficiário/Dependente - Atualização – MP Nº 871/2019; 2.6.1 - Mais De Um Beneficiário/Dependente; 2.6.2 – Prazos E Idades; 2.7 - Tempo De Contribuição A Regime Próprio De Previdência Social; 2.8 - Concessão Do Benefício, Em Caráter Provisório; 2.9 - Solicitação Do Benefício; 2.9.1 – Comprovação Do Vínculo E Da Dependência Econômica; 2.9.2 - Documentos Pensão por Morte; 3. Dependentes/Beneficiários – Atualização - MP Nº 871/2019; 3.1 – Cônjuge Ou Companheira; 3.2 - Companheiro Ou A Companheira Do Mesmo Sexo; 3.3 - Filho Ou O Irmão Inválido Maior De 21 (Vinte E Um) Anos; 4. Pensão Por Morte Não Pode Acumular Com Certos Benefícios; 4.1 – Pensão Por Morte De Cônjuge - Novo Casamento. 1. INTRODUÇÃO A previdência social será organizada sob a forma de regime geral, de caráter contributivo e de filiação obrigatória, observados critérios que preservem o equilíbrio financeiro e atuarial, e atenderá a cobertura de eventos aos segurados e seus dependentes. O Regime Geral de Previdência Social compreende em prestações, expressas em benefícios e serviços e sendo um deles a pensão por morte, que é um benefício de prestação continuada cujas regras para concessão foram estabelecidas pela Lei nº 8.213/1991, artigos 74 a 78 (atualizada pela Lei nº 13.135/2015 e a última pela MP nº 871/2019) e regulamentada pelo Decreto nº 3.048/1999, artigos 105 a 115. Nesta matéria será tratada sobre os direitos, considerações e procedimentos da pensão por morte, de acordo com as legislações citadas acima e também de acordo com a MP nº 871, de 18 de janeiro de 2019. 2. PENSÃO POR MORTE 2.1 – Conceito Pensão por morte é um benefício previdenciário pago à família ou dependentes do trabalhador quando ele morre. “É uma prestação paga pelo RGPS(INSS) e pelos Regimes Próprios de Previdência Social aos dependentes do segurado (trabalhador) que falece”. “Pensão por morte é um benefício pago aos dependentes do segurado do INSS que vier a falecer ou, em caso de desaparecimento, tiver sua morte presumida declarada judicialmente”. 2.2 – Independe De Carência - Atualização – MP Nº 871/2019 Independe de carência a concessão das seguintes prestações: (Artigo 26 da Lei nº 8.213/1991) “I - pensão por morte, salário-família e auxílio-acidente; (Redação dada pela Medida Provisória nº 871, de 2019)”. 2.3 – Tem Direito Ao Benefício - Atualização – MP Nº 871/2019 A pensão por morte será devida ao conjunto dos dependentes do segurado que falecer, aposentado ou não, a contar da data: (Artigo 74 da Lei nº 8.213/1991 - (Redação dada pela Lei nº 9.528, de 1997) (Vide Medida Provisória nº 871, de 2019). “I - do óbito, quando requerida em até cento e oitenta dias após o óbito, para os filhos menores de dezesseis anos, ou em até noventa dias após o óbito, para os demais dependentes; (Redação dada pela Medida Provisória nº 871, de 2019)

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II - do requerimento, quando requerida após o prazo previsto no inciso anterior; (Incluído pela Lei nº 9.528, de 1997) III - da decisão judicial, no caso de morte presumida. (Incluído pela Lei nº 9.528, de 1997)”. 2.4 – Não Terá Direito Ao Benefício Segue abaixo os §§ 1º e 2º, do artigo 74, da Lei nº 8.213/1991, incluídos pela Lei nº 13.135/2015. “§ 1o Perde o direito à pensão por morte, após o trânsito em julgado, o condenado pela prática de crime de que tenha dolosamente resultado a morte do segurado. (Incluído pela Lei nº 13.135, de 2015) § 2o Perde o direito à pensão por morte o cônjuge, o companheiro ou a companheira se comprovada, a qualquer tempo, simulação ou fraude no casamento ou na união estável, ou a formalização desses com o fim exclusivo de constituir benefício previdenciário, apuradas em processo judicial no qual será assegurado o direito ao contraditório e à ampla defesa. (Incluído pela Lei nº 13.135, de 2015). § 3º (Vide Medida Provisória nº 871, de 2019) (Vigência) ***(Verificar abaixo) § 4º Julgada improcedente a ação prevista no § 3º, o valor retido, corrigido pelos índices legais de reajustamento, será pago de forma proporcional aos demais dependentes, de acordo com as suas cotas e o tempo de duração de seus benefícios. (Incluído pela Medida Provisória nº 871, de 2019)”. *** “§ 3º Ajuizada a ação judicial para reconhecimento da condição de dependente, este poderá requerer a sua habilitação provisória ao benefício de pensão por morte, exclusivamente para fins de rateio dos valores com outros dependentes, vedado o pagamento da respectiva cota até o trânsito em julgado da decisão judicial que reconhecer a qualidade de dependente do autor da ação. (Vigência, verificar o artigo 134 abaixo, da MP nº 871/2019). *** Art. 34. Esta Medida Provisória entra em vigor: ... II - cento e vinte dias após a data de sua publicação, quanto à parte que altera o § 3º do art. 74 da Lei nº 8.213, de 1991”. 2.5 – Valor Do Benefício Segue abaixo a Lei nº 8.213/1991, artigos 75, 33 e 45: O valor mensal da pensão por morte será de cem por cento do valor da aposentadoria que o segurado recebia ou daquela a que teria direito se estivesse aposentado por invalidez na data de seu falecimento, observado o disposto no art. 33 (ver abaixo) desta lei (Artigo 75 da Lei nº 8.213/1991). “Art. 33. A renda mensal do benefício de prestação continuada que substituir o salário-de-contribuição ou o rendimento do trabalho do segurado não terá valor inferior ao do salário-mínimo, nem superior ao do limite máximo do salário-de-contribuição, ressalvado o disposto no art. 45 (ver abaixo) desta Lei”. “Art. 45. O valor da aposentadoria por invalidez do segurado que necessitar da assistência permanente de outra pessoa será acrescido de 25% (vinte e cinco por cento). Parágrafo único. O acréscimo de que trata este artigo: a) será devido ainda que o valor da aposentadoria atinja o limite máximo legal; b) será recalculado quando o benefício que lhe deu origem for reajustado; c) cessará com a morte do aposentado, não sendo incorporável ao valor da pensão”. 2.6 – Beneficiário/Dependente - Atualização – MP Nº 871/2019

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A concessão da pensão por morte não será protelada pela falta de habilitação de outro possível dependente, e qualquer inscrição ou habilitação posterior que importe em exclusão ou inclusão de dependente só produzirá efeito a contar da data da inscrição ou habilitação (Artigo 76 da Lei nº 8.213/1991). Segue abaixo, os §§ 1º a 3º do artigo 76 da Lei nº 8.213/1991: O cônjuge ausente não exclui do direito à pensão por morte o companheiro ou a companheira, que somente fará jus ao benefício a partir da data de sua habilitação e mediante prova de dependência econômica. O cônjuge divorciado ou separado judicialmente ou de fato que recebia pensão de alimentos concorrerá em igualdade de condições com os dependentes referidos no inciso I do art. 16 (ver abaixo) desta Lei. Na hipótese de o segurado falecido estar, na data de seu falecimento, obrigado por determinação judicial a pagar alimentos temporários a ex-cônjuge, ex-companheiro ou ex-companheira, a pensão por morte será devida pelo prazo remanescente na data do óbito, caso não incida outra hipótese de cancelamento anterior do benefício. (Incluído pela Medida Provisória nº 871, de 2019). Observação: Verificar também o item “3” e seus subitens, dessa matéria. 2.6.1 - Mais De Um Beneficiário/Dependente A pensão por morte, havendo mais de um pensionista, será rateada entre todos em parte iguais (Artigo 77 da Lei nº 8.213/1991). Segue abaixo, os §§ 1º e 2º, do artigo 77 da Lei nº 8.213/1991: Reverterá em favor dos demais a parte daquele cujo direito à pensão cessar. O direito à percepção de cada cota individual cessará: a) pela morte do pensionista; b) para o filho, a pessoa a ele equiparada ou o irmão, de ambos os sexos, ao completar vinte e um anos de idade, salvo se for inválido ou tiver deficiência intelectual ou mental ou deficiência grave; c) para filho ou irmão inválido, pela cessação da invalidez; d) pelo decurso do prazo de recebimento de pensão pelo cônjuge, companheiro ou companheira, nos termos do § 5º (ver abaixo); e) para cônjuge ou companheiro. “§ 5o O tempo de contribuição a Regime Próprio de Previdência Social (RPPS) será considerado na contagem das 18 (dezoito) contribuições mensais de que tratam as alíneas “b” e “c” do inciso V do § 2o. (Incluído pela Lei nº 13.135, de 2015)”. 2.6.2 – Prazos E Idades Segue abaixo, o § 2º, inciso V, do artigo 77, da Lei nº 8.213/1991, atualizada pela Lei nº 13.135/2015: “V - para cônjuge ou companheiro: (Incluído pela Lei nº 13.135, de 2015) a) se inválido ou com deficiência, pela cessação da invalidez ou pelo afastamento da deficiência, respeitados os períodos mínimos decorrentes da aplicação das alíneas “b” e “c”; (Incluído pela Lei nº 13.135, de 2015) b) em 4 (quatro) meses, se o óbito ocorrer sem que o segurado tenha vertido 18 (dezoito) contribuições mensais ou se o casamento ou a união estável tiverem sido iniciados em menos de 2 (dois) anos antes do óbito do segurado; (Incluído pela Lei nº 13.135, de 2015) c) transcorridos os seguintes períodos, estabelecidos de acordo com a idade do beneficiário na data de óbito do segurado, se o óbito ocorrer depois de vertidas 18 (dezoito) contribuições mensais e pelo menos 2 (dois) anos após o início do casamento ou da união estável: (Incluído pela Lei nº 13.135, de 2015) 1) 3 (três) anos, com menos de 21 (vinte e um) anos de idade; (Incluído pela Lei nº 13.135, de 2015)

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2) 6 (seis) anos, entre 21 (vinte e um) e 26 (vinte e seis) anos de idade; (Incluído pela Lei nº 13.135, de 2015) 3) 10 (dez) anos, entre 27 (vinte e sete) e 29 (vinte e nove) anos de idade; (Incluído pela Lei nº 13.135, de 2015) 4) 15 (quinze) anos, entre 30 (trinta) e 40 (quarenta) anos de idade; (Incluído pela Lei nº 13.135, de 2015) 5) 20 (vinte) anos, entre 41 (quarenta e um) e 43 (quarenta e três) anos de idade; (Incluído pela Lei nº 13.135, de 2015) 6) vitalícia, com 44 (quarenta e quatro) ou mais anos de idade. (Incluído pela Lei nº 13.135, de 2015)”. A duração será variável conforme a tabela abaixo: (Extraída do site - https://www.inss.gov.br/beneficios/pensao-por-morte/) – Se o óbito ocorreu depois de 18 contribuições mensais pelo segurado e pelo menos dois anos após o início do casamento ou da união estável; ou – Se o óbito decorrer de acidente de qualquer natureza, independentemente da quantidade de contribuições e tempo de casamento ou união estável.

Idade do dependente na data do óbito Duração máxima do benefício ou cota menos de 21 anos 3 anos entre 21 e 26 anos 6 anos entre 27 e 29 anos 10 anos entre 30 e 40 anos 15 anos entre 41 e 43 anos 20 anos a partir de 44 anos Vitalício

– Para o cônjuge inválido ou com deficiência: o benefício é devido enquanto durar a deficiência ou invalidez, respeitando-se os prazos mínimos descritos na tabela acima; – Para os filhos (equiparados) ou irmãos do falecido, desde que comprovem o direito: O benefício é devido até os 21 anos de idade, salvo em caso de invalidez ou deficiência adquiridas antes dos 21 anos de idade ou da emancipação. Segue abaixo os §§ 2º-A e 3º, do artigo 77, da Lei nº 8.213/1991, atualizada pela Lei nº 13.135/2015: “§ 2o-A. Serão aplicados, conforme o caso, a regra contida na alínea “a” ou os prazos previstos na alínea “c”, ambas do inciso V do § 2o, se o óbito do segurado decorrer de acidente de qualquer natureza ou de doença profissional ou do trabalho, independentemente do recolhimento de 18 (dezoito) contribuições mensais ou da comprovação de 2 (dois) anos de casamento ou de união estável. (Incluído pela Lei nº 13.135, de 2015) § 2o-B. Após o transcurso de pelo menos 3 (três) anos e desde que nesse período se verifique o incremento mínimo de um ano inteiro na média nacional única, para ambos os sexos, correspondente à expectativa de sobrevida da população brasileira ao nascer, poderão ser fixadas, em números inteiros, novas idades para os fins previstos na alínea “c” do inciso V do § 2o, em ato do Ministro de Estado da Previdência Social, limitado o acréscimo na comparação com as idades anteriores ao referido incremento. (Incluído pela Lei nº 13.135, de 2015) § 3º Com a extinção da parte do último pensionista a pensão extinguir-se-á. (Incluído pela Lei nº 9.032, de 1995) § 5o O tempo de contribuição a Regime Próprio de Previdência Social (RPPS) será considerado na contagem das 18 (dezoito) contribuições mensais de que tratam as alíneas “b” e “c” do inciso V do § 2o. (Incluído pela Lei nº 13.135, de 2015) § 6º O exercício de atividade remunerada, inclusive na condição de microempreendedor individual, não impede a concessão ou manutenção da parte individual da pensão do dependente com deficiência intelectual ou mental ou com deficiência grave. (Incluído pela Lei nº 13.183, de 2015)”. 2.7 - Tempo De Contribuição A Regime Próprio De Previdência Social O tempo de contribuição a Regime Próprio de Previdência Social (RPPS) será considerado na contagem das 18 (dezoito) contribuições mensais de que tratam as alíneas “b” e “c” do inciso V do § 2º (§ 5º, do artigo 77, da Lei nº 8.213/1991, Incluído pela Lei nº 13.135, de 2015).

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Observação: Verificar o subitem “2.6.2 – Prazos E Idades”, dessa matéria. 2.8 - Concessão Do Benefício, Em Caráter Provisório A pensão poderá ser concedida, em caráter provisório, por morte presumida, conforme o artigo 78 da Lei nº 8.213/1991, abaixo: “Art. 78. Por morte presumida do segurado, declarada pela autoridade judicial competente, depois de 6 (seis) meses de ausência, será concedida pensão provisória, na forma desta Subseção. § 1º Mediante prova do desaparecimento do segurado em conseqüência de acidente, desastre ou catástrofe, seus dependentes farão jus à pensão provisória independentemente da declaração e do prazo deste artigo. § 2º Verificado o reaparecimento do segurado, o pagamento da pensão cessará imediatamente, desobrigados os dependentes da reposição dos valores recebidos, salvo má-fé”. 2.9 - Solicitação Do Benefício O benefício pode ser solicitado pelo telefone 135, pelo portal da Previdência Social na Internet (https://www.inss.gov.br/beneficios/pensao-por-morte/) ou nas Agências da Previdência Social, mediante o cumprimento das exigências legais. 2.9.1 – Comprovação Do Vínculo E Da Dependência Econômica De acordo com o artigo, 22, § 3º do Decreto n° 3.048/1999, para comprovação do vínculo e da dependência econômica, conforme o caso, devem ser apresentados no mínimo 3 (três) dos seguintes documentos: “I - certidão de nascimento de filho havido em comum; II - certidão de casamento religioso; III- declaração do imposto de renda do segurado, em que conste o interessado como seu dependente; IV - disposições testamentárias; V- (Revogado pelo Decreto n° 5.699, de 13.02.2006); VI - declaração especial feita perante tabelião; VII - prova de mesmo domicílio; VIII - prova de encargos domésticos evidentes e existência de sociedade ou comunhão nos atos da vida civil; IX - procuração ou fiança reciprocamente outorgada; X - conta bancária conjunta; XI - registro em associação de qualquer natureza, onde conste o interessado como dependente do segurado; XII - anotação constante de ficha ou livro de registro de empregados; XIII- apólice de seguro da qual conste o segurado como instituidor do seguro e a pessoa interessada como sua beneficiária; XIV - ficha de tratamento em instituição de assistência médica, da qual conste o segurado como responsável; XV - escritura de compra e venda de imóvel pelo segurado em nome de dependente; XVI - declaração de não emancipação do dependente menor de vinte e um anos; ou XVII - quaisquer outros que possam levar à convicção do fato a comprovar”. 2.9.2 - Documentos Pensão por Morte

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Documentos necessários para a solicitação constam no site do Ministério da Previdência Social. (https://www.inss.gov.br/beneficios/pensao-por-morte/) - Procuração ou termo de representação legal, documento de identificação com foto e CPF do procurador ou representante, se houver; - Documentos pessoais do interessado com foto e do segurado falecido, bem como a certidão de óbito; - Documentos referentes às relações previdenciárias (exemplo: Carteira de Trabalho e Previdência Social (CTPS), Certidão de Tempo de Contribuição (CTC), carnês, documentação rural, etc.); e - Em caso de morte por acidente de trabalho, consulte a página sobre Comunicação de Acidente de Trabalho – CAT; - Documentos que comprovem a qualidade de dependente. Se você ainda tem dúvidas, veja a relação completa de documentos para comprovação de tempo de contribuição. Consulte também os critérios e documentos para comprovação de dependência. 3. DEPENDENTES/BENEFICIÁRIOS – ATUALIZAÇÃO - MP Nº 871/2019 São beneficiários do Regime Geral de Previdência Social, na condição de dependentes do segurado: (Artigo 16 da Lei nº 8.213/1991) a) o cônjuge, a companheira, o companheiro e o filho não emancipado, de qualquer condição, menor de 21 (vinte e um) anos ou inválido ou que tenha deficiência intelectual ou mental ou deficiência grave; b) os pais; c) o irmão não emancipado, de qualquer condição, menor de 21 (vinte e um) anos ou inválido ou que tenha deficiência intelectual ou mental ou deficiência grave. Segue os §§ 1º a 5º, do artigo 16 da Lei nº 8.213/1991: A existência de dependente de qualquer das classes deste artigo exclui do direito às prestações os das classes seguintes. O enteado e o menor tutelado equiparam-se a filho mediante declaração do segurado e desde que comprovada a dependência econômica na forma estabelecida no Regulamento. Considera-se companheira ou companheiro a pessoa que, sem ser casada, mantém união estável com o segurado ou com a segurada, de acordo com o § 3º do art. 226 da Constituição Federal. A dependência econômica das pessoas indicadas na alínea “a” acima é presumida e a das demais deve ser comprovada. A prova de união estável e de dependência econômica exigem início de prova material contemporânea dos fatos, não admitida a prova exclusivamente testemunhal, exceto na ocorrência de motivo de força maior e ou caso fortuito, conforme disposto no Regulamento. (Incluído pela Medida Provisória nº 871, de 2019). 3.1 – Cônjuge Ou Companheira Perde o direito à pensão por morte o cônjuge, o companheiro ou a companheira se comprovada, a qualquer tempo, simulação ou fraude no casamento ou na união estável, ou a formalização desses com o fim exclusivo de constituir benefício previdenciário, apuradas em processo judicial no qual será assegurado o direito ao contraditório e à ampla defesa. (§ 2º, do artigo 74, da Lei nº 8.213/1991, Incluído pela Lei nº 13.135, de 2015). Considera-se união estável aquela configurada na convivência pública, contínua e duradoura entre o homem e a mulher, estabelecida com intenção de constituição de família, observado o § 1o do art. 1.723 do Código Civil, instituído pela Lei no 10.406, de 10 de janeiro de 2002. (§ 6o. Art. 16. Decreto n 3.048/1999 - (Redação dada pelo Decreto nº 6.384, de 2008). 3.2 - Companheiro Ou A Companheira Do Mesmo Sexo

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Também será considerado como dependentes, conforme os artigos 129 e 130 da IN da IN INSS/PRES nº 77, de 21.01.2015). “Art. 129. O cônjuge ou o companheiro do sexo masculino passou a integrar o rol de dependentes para óbitos ocorridos a partir de 5 de abril de 1991, conforme o disposto no art. 145 da Lei nº 8.213, de 1991, revogado pela MP nº 2.187-13, de 24 de agosto de 2001. Art. 130. De acordo com a Portaria MPS nº 513, de 9 de dezembro de 2010, publicada no DOU, de 10 de dezembro de 2010, o companheiro ou a companheira do mesmo sexo de segurado inscrito no RGPS integra o rol dos dependentes e, desde que comprovada a união estável, concorre, para fins de pensão por morte e de auxílio-reclusão, com os dependentes preferenciais de que trata o inciso I do art. 16 da Lei nº 8.213, de 1991, para óbito ou reclusão ocorridos a partir de 5 de abril de 1991, conforme o disposto no art. 145 do mesmo diploma legal, revogado pela MP nº 2.187-13, de 24 de agosto de 2001”. “PORTARIA MPS Nº 513, DE 09 DE DEZEMBRO DE 2010 - DOU DE 10/12/2010 O MINISTRO DE ESTADO DA PREVIDÊNCIA SOCIAL, no uso das atribuições constantes do art. 87, parágrafo único, inciso II, da Constituição, tendo em vista o PARECER nº 038/2009/DENOR/CGU/AGU, de 26 de abril de 2009, aprovado pelo Despacho do Consultor-Geral da União nº 843/2010, de 12 de maio de 2010, e pelo DESPACHO do Advogado-Geral da União, de 1º de junho de 2010, nos autos do processo nº 00407.006409/2009-11, resolve Art. 1º Estabelecer que, no âmbito do Regime Geral de Previdência Social - RGPS, os dispositivos da Lei nº 8.213, de 24 de julho de 1991, que tratam de dependentes para fins previdenciários devem ser interpretados de forma a abranger a união estável entre pessoas do mesmo sexo”. 3.3 - Filho Ou O Irmão Inválido Maior De 21 (Vinte E Um) Anos O filho ou o irmão inválido maior de 21 (vinte e um) anos somente figurarão como dependentes do segurado se restar comprovado em exame médico-pericial, cumulativamente, que: a) a incapacidade para o trabalho é total e permanente; b) a invalidez é anterior à eventual causa de emancipação civil ou anterior à data em que completou 21 (vinte e um) anos; c) a invalidez manteve-se de forma ininterrupta até o preenchimento de todos os requisitos de elegibilidade ao benefício. O irmão ou o filho maior inválido terão direito à pensão por morte desde que a invalidez seja anterior ou simultânea ao óbito do segurado e o requerente não tenha se emancipado até a data da invalidez. “Decreto n° 3.048/1999, Art. 108. A pensão por morte somente será devida ao filho e ao irmão cuja invalidez tenha ocorrido antes da emancipação ou de completar a idade de 21 (vinte e um) anos, desde que reconhecida ou comprovada, pela perícia médica do INSS, a continuidade da invalidez até a data do óbito do segurado”. Observação: Informações também extraídas do site da Previdência Social. 4. PENSÃO POR MORTE NÃO PODE ACUMULAR COM CERTOS BENEFÍCIOS Segue abaixo, informações obtidas no site do Ministério da Previdência Social e as legislações (Decreto nº 3.408/1999, artigo 167; Lei nº 8.213/1991, artigo 124). “Art. 124. Lei nº 8.213/1991. Salvo no caso de direito adquirido, não é permitido o recebimento conjunto dos seguintes benefícios da Previdência Social: I - aposentadoria e auxílio-doença; II - mais de uma aposentadoria; (Redação dada pela Lei nº 9.032, de 1995) III - aposentadoria e abono de permanência em serviço; IV - salário-maternidade e auxílio-doença; (Incluído dada pela Lei nº 9.032, de 1995) V - mais de um auxílio-acidente; (Incluído dada pela Lei nº 9.032, de 1995)

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VI - mais de uma pensão deixada por cônjuge ou companheiro, ressalvado o direito de opção pela mais vantajosa. (Incluído dada pela Lei nº 9.032, de 1995) Parágrafo único. É vedado o recebimento conjunto do seguro-desemprego com qualquer benefício de prestação continuada da Previdência Social, exceto pensão por morte ou auxílio-acidente. (Incluído dada pela Lei nº 9.032, de 1995)”. “Art. 167. § 2º. Decreto n° 3.048/1999. É vedado o recebimento conjunto do seguro-desemprego com qualquer benefício de prestação continuada da previdência social, exceto pensão por morte, auxílio-reclusão, auxílio-acidente, auxílio-suplementar ou abono de permanência em serviço”. 4.1 – Pensão Por Morte De Cônjuge - Novo Casamento Nem uma das legislações citadas nesta matéria traz a perda da pensão da esposa ou esposo que se casa novamente. E também segue abaixo, decisão judicial que ressalta a não perda desde benefício após novo casamento, desde que “da nova união ocorrer alteração econômico-financeira para melhor e, portanto, tornar desnecessária a pensão”. “... Mesmo contraindo um novo casamento, o pensionista do INSS não perde o direito de continuar recebendo a pensão. A Previdência Social assegura que o dependente escolha a pensão de maior valor, caso o novo companheiro venha a falecer. A pensão por morte tem por objetivo assegurar uma renda mensal aos dependentes do segurado quando do seu falecimento...”. (Extraído da: Agência de Notícias da Previdência Social - 18/04/2007 -http://www1.previdencia.gov.br/agprev/MostraNoticia.asp?Id=27016&ATVD=1&xBotao=1). “Art. 167 – Decreto nº 3.048/1999. Salvo no caso de direito adquirido, não é permitido o recebimento conjunto dos seguintes benefícios da previdência social, inclusive quando decorrentes de acidente do trabalho: ... VI - mais de uma pensão deixada por cônjuge; VII - mais de uma pensão deixada por companheiro ou companheira; VIII - mais de uma pensão deixada por cônjuge e companheiro ou companheira; e ... § 1º No caso dos incisos VI, VII e VIII é facultado ao dependente optar pela pensão mais vantajosa”. Importante observação: “... a mulher (viúva) não perde o benefício que recebe do INSS, por morte do marido, em caso de vir a contrair novo casamento ou passar a conviver em união estável. Salvo se da nova união ocorrer alteração econômico-financeira para melhor e, portanto, tornar desnecessária a pensão”. Jurisprudências: PREVIDENCIÁRIO. PENSÃO POR MORTE DE CÔNJUGE. NOVO CASAMENTO. CANCELAMENTO INDEVIDO. MODIFICAÇÃO DA CONDIÇÃO FINANCEIRA NÃODEMONSTRADA. SÚMULA N. 170/TFR. 1. O novo matrimônio não constitui causa ou perda do direito integrante do patrimônio da pensionista. Precedente. 2. A ausência de comprovação da melhoria financeira da viúva de ex-segurado, com o novo casamento, obsta o cancelamento da pensão por morte até então percebida. Inteligência da Súmula 170 do extintoTFR. 5. Agravo regimental improvido. (Processo: AgRg no Ag 1425313 PI 2011/0166904-7 – Relator(a): Ministro Jorge Mussi – Julgamento: 17.04.2012) PENSÃO POR MORTE DE CÔNJUGE. NOVO CASAMENTO – O juiz ressaltou o enunciado da Súmula n. 170, do extinto Tribunal Federal de Recursos: Não se extingue a pensão previdenciária, se do novo casamento não resulta melhoria na situação econômico-financeira da viúva, de modo a tornar dispensável o benefício”. Afirma, ainda, que esse também é o entendimento adotado pelo Superior Tribunal de Justiça. Por fim, o juiz federal concluiu: “comprovado nos autos que não houve alteração da situação econômica da autora com o novo casamento, deve ser reformada a sentença de improcedência do pedido inicial. O restabelecimento do benefício cessado indevidamente deve ter como termo inicial a data do ato de cancelamento”. Com informações da Assessoria de Imprensa do TRF-3. (Processo 0006455-16.2010.4.03.6109) Fundamentos Legais: Os citados no texto e Ministério da Previdência Social.

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GRATIFICAÇÃO E PRÊMIO – ATUALIZAÇÃO Considerações Trabalhistas

Sumário 1. Introdução; 2. Conceitos; 3. Gratificação; 3.1 – Classificação; 3.2 – Quem Tem Direito; 3.3 – Gratificação Legal; 3.4 – Integra A Remuneração; 4. Prêmio; 4.1 – Não Integra A Remuneração; 4.2 - Prêmio E Comissão – Distinção; 5. Reflexos Na Gratificação E Prêmios; 5.1 – DSR/RSR; 5.2 - Hora Extra E Adicional Noturno; 5.3 – Férias, 13º Salário E Aviso Prévio Indenizado; 6. Alteração Contratual; 6.1 – Direito Adquirido; 7. Incidências Tributárias (INSS/FGTS E IR-FONTE). 1. INTRODUÇÃO A Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) em seu artigo 457, § 1º integram o salário a importância fixa estipulada, as gratificações legais e as comissões pagas pelo empregador. E conforme o tipo de atividade do empregado, ele poderá obter vantagens somadas a sua remuneração, como a concessão de gratificações e prêmios, porém, mas o empregador poderá fazê-los através de contrato de trabalho, de regulamento interno da própria empresa ou mesmo se constar em cláusula na convenção coletivo de trabalho da categoria profissional. Nesta matéria será tratada sobre a concessão, possibilidades, cuidados, considerações e procedimentos para o pagamento de gratificação e prêmio aos empregados, conforme a alteração do artigo 457 da CLT, trazida pela Lei nº 13.467/2017. 2. CONCEITOS Para melhor compreensão da matéria segue abaixo alguns conceitos. a) Salário: a contraprestação devida ao empregado pela prestação de serviços, em decorrência do contrato de trabalho. O salário é o valor que um trabalhador recebe pelo serviço que ele executa. O valor deste salário poderá ser variável de acordo com o contrato firmado entre o empregador e o empregado. Também pode ser conceituado como a importância que o empregado recebe diretamente do seu empregador em virtude ou benefício do serviço prestado, em conformidade com o contrato de trabalho e podendo o salário ser fixo ou variável. b) Remuneração: Conforme o artigo 457 da CLT compreende-se na remuneração do empregado, para todos os efeitos legais, além do salário devido e pago diretamente pelo empregador, como contraprestação do serviço, as gorjetas que receber. Remuneração também é caracterizada como a soma do salário contratualmente estipulado (mensal, por hora, por tarefa, etc.) com outras vantagens percebidas na vigência do contrato de trabalho como horas-extras, adicional noturno, adicional de periculosidade, insalubridade, comissões, percentagens, gratificações, diárias para viagem, etc.

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Segue abaixo verbas que são consideradas como remuneração, as quais são valores base para cálculo de 13º salário, férias, rescisões, etc. (artigos 457 e 458 da CLT, Lei nº 10.101/2001): a) Horas-Extras; b) Adicional Noturno; c) Adicional de Periculosidade; d) Adicional de Insalubridade; e) DSR; f) Comissões; g) Gratificação legal; h) Triênio, Quinquênio, entre outros; i) Assiduidade; j) Quebra-caixa; k) Gorjetas; l) Ajudas de Custo habituais; m) Abonos habituais Salário in Natura - fornecimento habitual de qualquer vantagem concedida ao empregado (aluguel de casa, carros, escola de filhos, etc.); n) Entre outros. 3. GRATIFICAÇÃO Gratificação é a retribuição para o empregado ou funcionário a título de prestação de serviço extra, tempo de serviço, etc. É também a demonstração de reconhecimento e agradecimento dada voluntariamente pelo empregador, a título de prêmio ou incentivo. “A gratificação é uma remuneração paga como agradecimento ou reconhecimento por um trabalho realizado ou uma meta alcançada e que tenha superado as expectativas do empregador”. “Art. 457. CLT - Compreendem-se na remuneração do empregado, para todos os efeitos legais, além do salário devido e pago diretamente pelo empregador, como contraprestação do serviço, as gorjetas que receber. (Redação dada pela Lei nº 1.999, de 1.10.1953) § 1o Integram o salário a importância fixa estipulada, as gratificações legais e as comissões pagas pelo empregador. (Redação dada pela Lei nº 13.467, de 2017)”. 3.1 – Classificação A gratificação pode ser classificada de diversas formas, segue algumas: a) quanto à periodicidade do pagamento: mensais, bimestrais, trimestrais, semestrais ou anuais; b) quanto ao valor: fixas ou variáveis. 3.2 – Quem Tem Direito Não tem legislação trabalhista que determina quem poderá receber ou não a gratificação, mas poderá também ser expressa em convenções coletivas das empresas privadas, ou mesmo por vontade do empregador. A gratificação é mais comum aos funcionários do setor público.

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“A gratificação pode ser decorrente de várias modalidades, tais como gratificação por assiduidade, por produção, por antiguidade ou tempo de serviço, entre outras”. 3.3 – Gratificação Legal As gratificações legais: “são parcelas salariais que tem como obejtivo recompensar o empregado pela maior responsabilidade pelo desempenho de sua função, pelo seu tempo de serviço ou mesmo pelo sucesso alcançado pelo empreendimento empresarial”. “§ 1º. Art.457. CLT - Integram o salário a importância fixa estipulada, as gratificações legais e as comissões pagas pelo empregador. (Redação dada pela Lei nº 13.467, de 2017)”. As gratificações legais não são pagas por simples liberalidade, mas de forma expressa entre empregado e empregador, ou mesmo, através de convenções ou acordos coletivos de trabalho. Exemplos: - Gratificação de função; - Gratificação de quebra de caixa; - Gratificação por tempo de serviço; - Gratificação semestral; - Entre outras. 3.4 – Integra A Remuneração Integram o salário a importância fixa estipulada, as gratificações legais e as comissões pagas pelo empregador (§ 1º, do artigo 457 da CLT - (Redação dada pela Lei nº 13.467, de 2017). 4. PRÊMIO Consideram-se prêmios as liberalidades concedidas pelo empregador em forma de bens, serviços ou valor em dinheiro a empregado ou a grupo de empregados, em razão de desempenho superior ao ordinariamente esperado no exercício de suas atividades (§ 4º, do artigo 457 da CLT) - (Redação dada pela Lei nº 13.467, de 2017). Importante: Não se devem confundir os prêmios com a participação dos lucros da empresa, já que o empregado não visa à obtenção dos lucros, mas sim cumprir com suas atividades já pré-estabelecidas, conferindo o rendimento e esforço do próprio trabalhador. 4.1 – Não Integra A Remuneração As importâncias, ainda que habituais, pagas a título... prêmios... não integram a remuneração do empregado, não se incorporam ao contrato de trabalho e não constituem base de incidência de qualquer encargo trabalhista e previdenciário (§ 2º, do artigo 457 da CLT - (Redação dada pela Lei nº 13.467, de 2017) 4.2 - Prêmio E Comissão – Distinção Prêmios demonstram toda espécie de recompensa, que poderá ser monetária ou não, ao qual a empresa coloca como meta, caso o empregado alcance certo nível de produção. O empregado vendedor terá direito à comissão combinada sobre as vendas que realizar. No caso de lhe ter sido reservada expressamente, com exclusividade, uma zona de trabalho, terá esse direito sobre as vendas ali realizadas diretamente pela empresa ou por um preposto desta. (Artigo 2º, da Lei nº 3.207/1957) Empregado comissionista é aquele que recebe seu salário de forma variável, em que o pagamento é feito de acordo com a comissão estipulada com o empregador, conforme determinação do contrato de trabalho. Conforme jurisprudências abaixo: “Comissão é um porcentual calculado sobre as vendas ou cobranças feitas pelo empregado em favor do empregador”.

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“O prêmio depende do atingimento de metas estabelecidas pelo empregador. É salário-condição”. Jurisprudência: COMISSÕES E PRÊMIOS. DISTINÇÃO. Comissão é um porcentual calculado sobre as vendas ou cobranças feitas pelo empregado em favor do empregador. O prêmio depende do atingimento de metas estabelecidas pelo empregador. É salário-condição. Uma vez atingida a condição, a empresa paga o valor combinado. Não se pode querer que o preposto saiba a natureza jurídica entre uma verba e outra. (Proc. nº 00693-2003-902-02-00-7 - Ac. 20030282661 - TRT 2ª Reg. - 3ª Turma - relator juiz Sérgio Pinto Martins - DOESP 24-.06-03) 5. REFLEXOS NA GRATIFICAÇÃO E PRÊMIOS 5.1 – DSR/RSR De acordo com o Decreto n° 2.7048, de 1949, em seu artigo 11, § 4º, para os efeitos do pagamento da remuneração, entende-se como semana o período da segunda-feira a domingo, anterior à semana em que recair o dia de repouso. Existem dois entendimentos de juristas a respeito do assunto, conforme abaixo: a) Não Reflete: As gratificações de produtividade e por tempo de serviço, pagas mensalmente, não repercutem no cálculo do repouso semanal remunerado, conforme a Súmula 225 do TST. “SÚMULA DO TST Nº 225 REPOUSO SEMANAL. CÁLCULO. GRATIFICAÇÕES POR TEMPO DE SERVIÇO E PRODUTIVIDADE (mantida) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003: As gratificações por tempo de serviço e produtividade, pagas mensalmente, não repercutem no cálculo do repouso semanal remunerado”. “O prêmio de incentivo não tem previsão legal, mas pode ser estabelecido unilateralmente pelo empregador, por mera liberalidade”. O prêmio, com a reforma trabalhista deixou de fazer parte da remuneração, então, entende-se que não tem reflexo do DSR: “§ 2º, art. 457, CLT - As importâncias, ainda que habituais, pagas a título de... prêmios... não integram a remuneração do empregado, não se incorporam ao contrato de trabalho e não constituem base de incidência de qualquer encargo trabalhista e previdenciário.(Redação dada pela Lei nº 13.467, de 2017)”. Importante: Poderá verificar, se existe alguma cláusula na Convenção Coletiva, que trate sobre o assunto, como também poderá ter entendimentos contrários em decisões judiciais. Jurisprudências: BASE DE CÁLCULO. REFLEXOS NOS DSR’S. As comissões integram o salário para todos os efeitos, nos termos do art. 457, parágrafo 1º, da CLT. Outrossim, gratificações cujo cálculo considere base mensal já incluem os descansos semanais remunerados, não havendo se falar em malferimento da coisa julgada. (TRT/SP - 00600200305402000 - AP - Ac. 2ªT 20090972273 - Rel. Luiz Carlos Gomes Godoi - DOE 17.11.2009). PRÊMIO POR TEMPO DE SERVIÇO. INCIDÊNCIA NO CÁLCULO DO DESCANSO SEMANAL REMUNERADO. O prêmio por tempo de serviço, pago mensalmente, não repercute no cálculo do repouso semanal remunerado. Recurso de Revista conhecido e provido. (Processo: RR 619590-88.1999.5.02.5555) b) Reflete: Conforme alguns juristas (Ver jurisprudências abaixo), o DSR reflete sobre gratificações e prêmios: PRÊMIO/PRODUÇÃO. HABITUALIDADE NO PAGAMENTO. NATUREZA SALARIAL. REPERCUSSÃO EM DESCANSOS SEMANAIS REMUNERADOS E AVISO PRÉVIO INDENIZADO. No presente caso, a sentença recorrida reconheceu que a parcela de prêmio/produção era paga habitualmente e como tal tem cunho salarial, nos termos do artigo 457, §1º, da CLT. Dessa forma, devida a repercussão sobre todas as verbas trabalhistas pagas ao empregado, inclusive DSR’s e aviso prévio indenizado. GRATIFICAÇÃO PAGA MENSALMENTE. VALORES VARIÁVEIS. INCIDÊNCIA SOBRE OS REPOUSOS. O repouso já está incluído no salário mensal e, desse modo, todas as verbas que sejam pagas de modo fixo já têm

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embutido o pagamento de repouso semanal remunerado. Na hipótese, porém, de pagamento de gratificação, cujos valores se apresentam variáveis mês a mês, são devidos os reflexos sobre os repousos (TRT-18, RO 00008994720115180111 GO – Rel. Aldon do Vale Taglialegna – Data da publicação: 28.06.2012) O prêmio, com a reforma trabalhista deixou de fazer parte da remuneração, então, entende-se que não tem reflexo do DSR: “§ 2º, art. 457, CLT - As importâncias, ainda que habituais, pagas a título de... prêmios... não integram a remuneração do empregado, não se incorporam ao contrato de trabalho e não constituem base de incidência de qualquer encargo trabalhista e previdenciário.(Redação dada pela Lei nº 13.467, de 2017)”. Importante: Poderá verificar, se existe alguma cláusula na Convenção Coletiva, que trate sobre o assunto, como também poderá ter entendimentos contrários em decisões judiciais. 5.2 - Hora Extra E Adicional Noturno Não existe previsão legal que trata sobre a base de cálculo das horas extras e adicional noturno, onde irá fazer parte desta base, as gratificações e o prêmio, porém, algumas decisões judiciais foram determinadas à integração dessas verbas como parte da base de cálculo e outras não, conforme segue abaixo. Mas as decisões nos tribunais são polêmicas. Informações importantes: Conforme a reforma trabalhista com base no artigo 457 da CLT, somente as gratificações legais integram a remuneração para os efeitos legais, então, poderão refletir nas horas extras ou no adicional noturno, conforme entendimentos de alguns juízes. Vale ressaltar que com a reforma trabalhista o prêmio deixou de fazer parte da remuneração, então entende-se, que não tem reflexo do adicional noturno e das horas extras: “§ 2º, art. 457, CLT - As importâncias, ainda que habituais, pagas a título de... prêmios... não integram a remuneração do empregado, não se incorporam ao contrato de trabalho e não constituem base de incidência de qualquer encargo trabalhista e previdenciário.(Redação dada pela Lei nº 13.467, de 2017)”. Conforme entendimento dos tribunais, todos os adicionais recebidos pelo empregado de forma habitual, irá integrar para a base de cálculo das horas extras, conforme também estabelece a Súmula do TST n° 264, citada no item acima. “SÚMULA DO TST Nº 264. HORA SUPLEMENTAR. CÁLCULO: “A remuneração do serviço suplementar é composta do valor da hora normal, integrado por parcelas de natureza salarial e acrescido do adicional previsto em lei, contrato, acordo, convenção coletiva ou sentença normativa”. “SÚMULA DO TST Nº 253 GRATIFICAÇÃO SEMESTRAL. REPERCUSSÕES (nova redação) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003: A gratificação semestral não repercute no cálculo das horas extras, das férias e do aviso prévio, ainda que indenizados. Repercute, contudo, pelo seu duodécimo na indenização por antigüidade e na gratificação natalina”. Importante: Poderá verificar, se existe alguma cláusula na Convenção Coletiva, que trate sobre o assunto, pois não existe dispositivo legal como já foi citado. Também poderá ter entendimentos contrários em decisões judiciais. Jurisprudências: GRATIFICAÇÃO SEMESTRAL. PAGAMENTO MENSAL. INTEGRAÇÃO. BASE DE CÁLCULO DAS HORAS EXTRAS. NÃO APLICAÇÃO DA SÚMULA Nº 253 DO TST. Esta Corte Superior entende que o empregado tem direito à integração da gratificação semestral no cálculo das horas extraordinárias quando o seu pagamento ocorre mensalmente, como no caso, e, por conseguinte, adquire natureza salarial, não se aplicando o disposto na Súmula nº 253. Precedentes. Recurso de Revista conhecido e provido. (Processo: RR 19142320125180012 – Relator(a): Maria Helena Mallmann - Julgamento: 25.02.2015) HORA EXTRA - BASE DE CÁLCULO - A hora extra deve ser calculada com base na remuneração percebida pelo obreiro, aí compreendidas não só a importância fixa estipulada, como também as comissões, as percentagens, as gratificações ajustadas, as diárias para viagens e os abonos pagos pelo empregador (inteligência do artigo 457, § 1º, da CLT). (TRT 12ª R. - RO-V. 6.149/2001 - (01629/2002) - Florianópolis - 2ª T. - Rel. Juiz João Cardoso - J. 05.02.2002) 5.3 – Férias, 13º Salário E Aviso Prévio Indenizado

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Compreendem-se na remuneração do empregado, para todos os efeitos legais, além do salário devido e pago diretamente pelo empregador, como contraprestação do serviço, as gorjetas que receber (Artigo 457 da CLT). Integram o salário a importância fixa estipulada, as gratificações legais e as comissões pagas pelo empregador (§ 1º, do artigo 457 da CLT - (Redação dada pela Lei nº 13.467, de 2017). Com base na reforma trabalhista entende-se que somente a gratificação legal irá integrar ao salário, as férias, ao 13º salário e ao aviso prévio indenizado, com base no artigo 457 da CLT §§ 1º e 2º). Então, com a reforma trabalhista o prêmio deixou de fazer parte da remuneração: “§ 2º, art. 457, CLT - As importâncias, ainda que habituais, pagas a título de ... prêmios... não integram a remuneração do empregado, não se incorporam ao contrato de trabalho e não constituem base de incidência de qualquer encargo trabalhista e previdenciário.(Redação dada pela Lei nº 13.467, de 2017)”. “SÚMULA Nº 207 DO STF (SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL). GRATIFICAÇÕES HABITUAIS. As gratificações habituais, inclusive a de natal, consideram-se tacitamente convencionadas, integrando o salário”. “SÚMULA Nº 253 DO TST (TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO) GRATIFICAÇÃO SEMESTRAL. REPERCUSSÕES (RES. 121/2003, DJ 19, 20 E 21.11.2003). A gratificação semestral não repercute no cálculo das horas extras, das férias e do aviso prévio, ainda que indenizados. Repercute, contudo, pelo seu duodécimo na indenização por antigüidade e na gratificação natalina”. Observação: Poderá verificar, se existe alguma cláusula na Convenção Coletiva, que trate sobre o assunto, pois não existe dispositivo legal como já foi citado. Também poderá ter entendimentos contrários em decisões contratuais. 6. ALTERAÇÃO CONTRATUAL Conforme o artigo 468 da CLT, nos contratos individuais de trabalho só é lícita a alteração das respectivas condições por mútuo consentimento, ainda assim, desde que não resultem, direta ou indiretamente, prejuízo ao empregado, sob pena de nulidade da cláusula infringente desta garantia. A nulidade que trata o artigo 468 citado acima está prevista no artigo 9° da CLT, o qual estabelece que os atos praticados com o objetivo de desvirtuar, impedir ou fraudar a aplicação dos preceitos contidos na Consolidação das Leis do Trabalho, ou seja, as garantias ao empregado nela previstas serão nulas de pleno direito. “Art. 9º da CLT - Serão nulos de pleno direito os atos praticados com o objetivo de desvirtuar, impedir, ou fraudar a aplicação dos preceitos contidos na presente Consolidação”. De acordo com a SÚMULA N° 209 DO STF (SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL), “o salário-produção, como outras modalidades de salário-prêmio, é devido, desde que verificada a condição a que estiver subordinado e não pode ser suprimido, unilateralmente, pelo empregador, quando pago com habitualidade”. O empregador deve sempre observar e ficar atento para as alterações que decorrem da sua vontade e o que foi acordado no contrato de trabalho e também o que de fato acontece, já que o princípio da “Primazia da Realidade” (um dos princípios do Direito do Trabalho) dispõe que havendo divergência entre a realidade verídica e a realidade de documentos e acordos, prevalece a realidade dos fatos. Observação: Poderá verificar, se existe alguma cláusula na Convenção Coletiva, que trate sobre o assunto, pois não existe dispositivo legal como já foi citado. Também poderá ter entendimentos contrários em decisões contratuais. 6.1 – Direito Adquirido Direito adquirido ainda é polêmico, pois impede alterações no contrato de trabalho que possam trazer prejuízos ao trabalhador, conforme também estabelece o artigo 468 da CLT e também a Súmula nº 209 do STF. “Direito Adquirido é um direito fundamental, alcançado constitucionalmente, sendo encontrando no art. 5º, inciso XXXVI, da Constituição Federal/88”. Na falta de dispositivos legais ou mesmo contratuais, conforme trata o artigo 8º da CLT, as autoridades administrativas e a Justiça do Trabalho, na falta de disposições legais ou contratuais, decidirão, conforme o caso:

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“Art. 8º - As autoridades administrativas e a Justiça do Trabalho, na falta de disposições legais ou contratuais, decidirão, conforme o caso, pela jurisprudência, por analogia, por eqüidade e outros princípios e normas gerais de direito, principalmente do direito do trabalho, e, ainda, de acordo com os usos e costumes, o direito comparado, mas sempre de maneira que nenhum interesse de classe ou particular prevaleça sobre o interesse público. § 1º O direito comum será fonte subsidiária do direito do trabalho. (Redação dada pela Lei nº 13.467, de 2017) § 2o Súmulas e outros enunciados de jurisprudência editados pelo Tribunal Superior do Trabalho e pelos Tribunais Regionais do Trabalho não poderão restringir direitos legalmente previstos nem criar obrigações que não estejam previstas em lei. (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017) § 3o No exame de convenção coletiva ou acordo coletivo de trabalho, a Justiça do Trabalho analisará exclusivamente a conformidade dos elementos essenciais do negócio jurídico, respeitado o disposto no art. 104 da Lei no 10.406, de 10 de janeiro de 2002 (Código Civil), e balizará sua atuação pelo princípio da intervenção mínima na autonomia da vontade coletiva. (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017) (Vigência)”. 7. INCIDÊNCIAS TRIBUTÁRIAS (INSS/FGTS E IR-FONTE)

VERBAS IR-FONTE INSS FGTS Gratificação SIM

Lei nº 7.713/88 (arts. 3º e 7º).

SIM Lei nº 8.212/91, art. 28, inciso I

SIM IN do MTE 25/01, art. 12, XV do Ministério do Trabalho (gratificações ajustadas, expressa ou tacitamente, tais como: produtividade, de balanço, de função ou cargo de confiança).

Prêmios (pagos em bens, serviços ou dinheiro)

SIM Lei nº 7.713/88 (arts. 3º e 7º).

NÃO § 2° do Art. 457 da CLT (Reforma Trabalhista – Lei nº 13.467/2017)

NÃO §§ 2° e 22 do Art. 457 da CLT (Reforma Trabalhista – Lei nº 13.467/2017)

Fundamento legal: Citados no texto.