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Audiência Pública 02/2013 Súmula Rio de Janeiro, 19 de fevereiro de 2013, 09h00 - 12h15. Escola de Guerra Naval - Av. Pasteur, 480, Urca, Rio de Janeiro-RJ.

Ata Audiência Pública - rodadas.anp.gov.brrodadas.anp.gov.br/arquivos/Round11/aud_publica/Sumula/R11_sumula... · Página 3 de 13 e Diretor da Escola de Guerra Naval, Claudio Portugal

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Audiência Pública 02/2013

Súmula

Rio de Janeiro, 19 de fevereiro de 2013, 09h00 - 12h15.

Escola de Guerra Naval - Av. Pasteur, 480, Urca, Rio de Janeiro-RJ.

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Em atendimento às disposições legais pertinentes à matéria e visando obter subsídios e

informações adicionais sobre o Pré-edital e a minuta do Contrato de Concessão da 11ª

Rodada de Licitações, foi realizada a Audiência Pública nº 02/2013.

O Aviso da Audiência Pública nº 02/2013 foi publicado no Diário Oficial da União, no dia 24

de janeiro de 2013, em jornais de grande circulação e nos sítios eletrônicos

http://www.brasil-rounds.gov.br e http://www.anp.gov.br.

A Audiência Pública foi precedida de Consulta Pública com duração de 10 dias. Estiveram

presentes no evento 380 pessoas, representando 130 diferentes instituições. Além desse

contingente, 19 representantes da imprensa de 14 diferentes veículos de comunicação

estiveram presentes cobrindo o evento. Foram distribuídos aos presentes materiais

informativos sobre as atividades da ANP, sobre a 11ª Rodada de Licitações e sobre a

programação da Audiência, além de formulário para perguntas, caneta e bloco para

anotações.

A Audiência teve início com a composição da mesa-diretora por:

Sra. Magda Chambriard, Diretora-geral da ANP e Presidente da Audiência Pública;

Sr. Florival Carvalho, Diretor da ANP;

Sr. Helder Queiroz, Diretor da ANP;

Sra. Claudia Rabello, Superintendente de Promoção de Licitações da ANP e Secretária

da Audiência Pública;

Sr. Tiago Macedo, Procurador Federal da Advocacia Geral da União e Procurador-

geral da ANP.

Em seguida, foram apresentadas instruções de segurança para o auditório e foram expostos,

também, os objetivos, os procedimentos e a ordem dos trabalhos da Audiência Pública nº

02/2013.

O Hino Nacional foi executado e a Audiência foi aberta pela Diretora-geral da ANP, que

saudou os presentes e agradeceu, em especial, a Marinha do Brasil, na pessoa do Almirante

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e Diretor da Escola de Guerra Naval, Claudio Portugal Viveiros, pela cessão do auditório para

a realização do evento.

A Diretora-geral fez menção à interrupção das rodadas de licitações em 2008, à mudança no

marco regulatório para o Pré-sal e às recentes discussões acerca da distribuição dos royalties

do petróleo, que restou pacificada para os contratos a serem firmados no futuro e, assim,

interferem na retomada das rodadas de licitações.

Magda Chambriard ressaltou a intenção da 11ª Rodada de Licitações em descentralizar os

investimentos exploratórios, gerando emprego e renda no Norte e Nordeste do Brasil, em

cujos estados a ANP oferecerá o maior número de blocos. Destacou, ainda, que serão

oferecidas áreas em terra, águas rasas e águas profundas, dando oportunidade para

pequenas, médias e grandes empresas petrolíferas, bem como para empresas prestadoras

de serviços.

A Diretora-geral concluiu a abertura do evento salientando que a 11ª Rodada de Licitações

reafirma a política de conteúdo local e a política de pesquisa e desenvolvimento vigentes.

Em seguida, cedeu a palavra à Superintendente de Promoção de Licitações, Claudia Rabello.

A Superintendente saldou a plateia comemorando a retomada das Rodadas de Licitações da

ANP e mencionando a importância das Licitações, que trazem oportunidades para empresas

petroleiras e fornecedoras de bens e serviços, desenvolvimento econômico para o País e

benefícios para a sociedade brasileira.

Claudia Rabello iniciou sua apresentação tratando da legislação que embasa a realização das

rodadas de licitações pela ANP. Citou a Resolução CNPE nº 03/2012, publicada no DOU em

11 de janeiro de 2013, que autorizou a Rodada de Licitações, chamando a atenção dos

presentes para seu art. 2º, segundo o qual serão mantidas na 11ª Rodada as regras de

conteúdo local de bens e serviços adotadas pela ANP na 10ª Rodada de Licitações.

Em seguida, a Superintendente de Promoção de Licitações abordou os objetivos da rodada e

apresentou seu escopo, descrevendo detalhes das bacias em oferta, tais como: setores

oferecidos por bacia, número de blocos por setor, área dos blocos, bônus de assinatura

mínimo e operadores na bacia. Foram objeto de sua apresentação os 172 blocos já

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aprovados pela Resolução CNPE nº 03/2012 e os 117 blocos que aguardam aprovação do

Conselho.

A Superintendente de Promoção de Licitações detalhou o cronograma da rodada, alertando

os presentes para o dia 26 de março de 2013, prazo final para entrega dos documentos de

qualificação e pagamento da taxa de participação, e para o dia 26 de abril de 2013, prazo

final para entrega das garantias de oferta. Apresentou também o processo de habilitação de

empresas, composto por três etapas: manifestação de interesse, pagamento da taxa de

participação e qualificação de empresas que, por sua vez, inclui as qualificações técnica,

econômico-financeira e jurídica, e a comprovação de regularidade fiscal e trabalhista.

Claudia Rabello apresentou aspectos relevantes relacionados ao Edital de Licitações, tratou

da composição das ofertas, especialmente sobre o conteúdo local, e expôs os principais

temas do Contrato de Concessão, destacando os relativos ao desenvolvimento nacional. Por

fim, fez um balanço dos comentários e sugestões recebidas na ocasião da Consulta Pública,

que foi realizada no período de 25 de janeiro a 04 de fevereiro de 2013, e apresentou o sítio

eletrônico http://www.brasil-rounds.gov.br, principal canal de interação entre a ANP e as

empresas interessadas nas rodadas de licitações.

Após esta apresentação, foi concedido intervalo de 30 minutos. Findo o período de

intervalo, a Diretora-geral da ANP retomou a sessão pública e passou a palavra a

Superintendente de Promoção de Licitações, para que a mesma respondesse às questões

encaminhadas à mesa-diretora.

Antes de ler e responder as perguntas, Claudia Rabello acusou o recebimento de uma

retificação do IBP às contribuições que a instituição havia encaminhado no período de

Consulta Pública, relativas às cláusulas de pesquisa e desenvolvimento. Em seguida, passou a

responder as questões recebidas, quais sejam:

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Pergunta 1:

De Leila Maron

Empresa IBP

Pergunta

O item 3.4.2.2 do Pré-edital, que trata da qualificação técnica, determina que serão atribuídos pontos às sociedades empresárias que comprovarem atividade atual em E&P em águas rasas, águas profundas, ambientes adversos, ambientes sensíveis, etc. Neste sentido, como deve ser interpretado o termo “atual / atualmente”? A exemplo da produção, deve-se considerar os últimos cinco anos?

Resposta

A atividade deve ser atual, isto é, estar em curso, sendo realizada.

Quanto ao volume de produção, deve ser considerado o período de 5 anos.

Pergunta 2:

De -

Empresa Tauil e Chequer Advogados

Pergunta

É possível que, na data limite de qualificação, as demonstrações financeiras do último exercício social ainda não estejam prontas. Neste caso, é possível apresentar apenas as três últimas demonstrações financeiras já aprovadas, ainda que não seja incluído o último exercício social?

Resposta

É possível sim. As demonstrações financeiras dos três últimos exercícios sociais são as já exigíveis, de acordo com o art. 31 da Lei nº 8.666/93 e art. 132 da Lei nº 6.404/76. Entretanto, é de livre arbítrio da empresa, caso já tenha as demonstrações financeiras do exercício de 2012, enviá-las para a qualificação.

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Pergunta 3:

De Fernando Abrantes

Empresa FA Consultores

Pergunta Quais são os requisitos para participação nos seminários técnico-ambiental e jurídico-fiscal a serem realizados nos dias 18 e 19/03, respectivamente?

Resposta A forma de inscrição e participação nos seminários técnico-ambiental e jurídico-fiscal será publicada em breve no site http://www.brasil-rounds.gov.br.

Pergunta 4:

De -

Empresa Tauil e Chequer Advogados

Pergunta

É possível realizar a manifestação de interesse e pagamento da taxa de participação em nome de uma empresa e, posteriormente, ainda dentro do prazo, ceder/transferir essa manifestação e pagamento para uma outra empresa?

Resposta Não, isso não é permitido.

Pergunta 5:

De -

Empresa Tauil e Chequer Advogados

Pergunta Já há estudos ou perspectivas do governo com relação a eventual unitização transfronteiriça de eventuais reservatórios que possam ultrapassar a fronteira da Guiana Francesa?

Resposta A questão de unitização transfonteiriça envolve Tratados Internacionais e não se aplica aos blocos que a ANP está incluindo na Foz do Amazonas, os quais não estão nos limites entre os países.

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Pergunta 6:

De Leila Maron

Empresa IBP

Pergunta

Qual a expectativa de aprovação das novas áreas pelo CNPE? Na hipótese do CNPE não aprovar até a data de 26 de março, prazo final para pagamento das taxas de participação da 11ª Rodada, cogita-se a realização de novo leilão com essas áreas?

Resposta No momento, a expectativa da ANP é que essas áreas sejam aprovadas até o final desta semana.

Pergunta 7:

De Leonardo Miranda

Empresa Machado Meyer Advogados

Pergunta

1) As empresas estrangeiras, para sua qualificação financeira, não precisam apresentar parecer de auditor independente. Correto?

2) Empresas recém-constituídas precisam apenas passar no teste do patrimônio líquido mínimo? Ou devem anexar demonstrações financeiras também do seu grupo ou controladora?

3) Empresas que tenham apenas demonstrações financeiras do grupo (consolidadas) precisam apresentar alguma documentação adicional sobre elas próprias?

Resposta

1) Depende da legislação do país da empresa estrangeira. Se o porte da empresa, no seu país, determinar que ela precisa de parecer de auditor independente, ela também deve, na qualificação no Brasil, apresentar esse documento.

2) Precisam apresentar todos os documentos exigidos para a qualificação econômico-financeira, previstos no Edital de Licitações.

3) As empresas devem apresentar todos os documentos exigidos para a qualificação econômico-financeira, previstos no Edital de

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Licitações, referentes à sociedade empresária escolhida para participar da licitação.

Caso a empresa opte por delegar empresa afiliada para assinar o Contrato de Concessão, deverá submeter a documentação dessa afiliada à qualificação financeira e jurídica para a mesma categoria na qual a sociedade empresária vencedora da licitação foi qualificada.

Pergunta 8:

De Alexandre Costa

Empresa Partex Brasil

Pergunta

Em relação ao item 3.9.2 – Acesso e retirada do pacote de dados:

Entendemos que a exigência de uma relação extensa de documentos para a empresa ter acesso ao pacote de dados, diminui o tempo para análise dos dados, além do que as empresas licitantes tem que tomar decisões internas de âmbito societário antes mesmo de se decidirem pela habilitação no processo licitatório.

Sugerimos a apresentação da carta de manifestação de interesse, do termo de confidencialidade, dos atos constitutivos e da comprovação do pagamento da taxa de participação (itens 3.3.2, 3.3.3, 3.3.4 e 3.3.5).

Resposta

São exatamente esses os documentos exigidos. Como mencionado na apresentação, a empresa tem a opção de, na manifestação de interesse, apresentar exclusivamente os documentos exigidos para manifestação de interesse.

Confirmado o pagamento da taxa de participação e aprovados os documentos da manifestação de interesse, a empresa poderá retirar o pacote de dados e, se preferir, submeter os documentos de qualificação apenas após a análise deste pacote.

Pergunta 9:

De German Aramayo

Empresa ANDL

Pergunta Is there any deadline for the companies, after they get the license, to

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present and to start with exploration activity?

Resposta Assim que a empresa assina o Contrato de Concessão, ela deve iniciar as atividades exploratórias, que precisam ser precedidas de licenças para essas atividades.

Pergunta 10:

De Alexandre Costa

Empresa Partex Brasil

Pergunta

Em relação ao item 3.5.4.1 – qualificação como operador:

As empresas do setor petrolífero efetuam grandes investimentos nas fases exploratórias o que resulta numa redução no patrimônio líquido. Só após um período de produção efetiva, os balanços retratam resultados positivos. A manutenção da cláusula 3.5.4.1 do Pré-edital resultará na redução de participantes no processo licitatório.

Sugestão de texto: a sociedade empresária deverá demonstrar, por meio dos documentos mencionados na seção 3.5 deste Pré-edital, que possui patrimônio líquido mínimo requerido para o ambiente operacional onde pretende atuar como operador, conforme estabelecido na tabela a seguir, ou justificar, a existência de patrimônio líquido negativo, quando for o caso.

Resposta

O patrimônio líquido mínimo deve ser compatível com o ambiente operacional onde a sociedade empresária pretende atuar e, portanto, torna-se necessário para fins de qualificação nos termos do Edital de Licitações. Uma nova análise desse patrimônio liquido será feita no caso de cessão de direitos.

Pergunta 11:

De Luiza Loureiro

Empresa Start Oil

Pergunta 1) Quando/ Em que casos é necessária a apresentação de garantia

de performance da casa matriz? 2) Há necessidade de apresentar uma garantia de performance

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quando se tratar de subsidiária de grande porte?

Resposta

1) Quando a empresa que vai assinar o Contrato de Concessão não tiver como comprovar a experiência exigida para a qualificação técnica no nível em que se qualificou a empresa vencedora da licitação. Para assinar o contrato, é obrigatório que seja criada uma empresa no Brasil, ou que se indique uma afiliada. Se essa empresa criada no Brasil, ou a afiliada, não tiver como comprovar a experiência exigida para a qualificação técnica no nível em que se qualificou a empresa estrangeira, ela precisará da garantia de performance.

2) O que determina não é o porte, mas sim a experiência. Se uma subsidiária de porte (empresa qualificada) utilizar a experiência do seu grupo controlador para se qualificar tecnicamente, será necessário entregar garantia de performance.

Pergunta 12:

De Silvana Moraes

Empresa CGG

Pergunta Qual é a previsão para aprovação do CNPE dos 117 blocos adicionais?

Resposta A expectativa é de que, até o final desta semana, seja publicada autorização do CNPE para os 117 blocos.

Pergunta 13:

De Luis Pacheco

Empresa Veirano Advogados

Pergunta A empresa estrangeira é obrigada a participar com empresa afiliada pré-existente à licitação ou fica a seu critério optar por participar por sua matriz estrangeira?

Resposta A empresa estrangeira pode optar por participar da rodada mas o Contrato de Concessão deverá ser assinado por afiliada no Brasil.

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Pergunta 14:

De John M. A. Forman

Empresa J. Forman Consultoria

Pergunta

1) Não está claro, com relação aos blocos ainda aguardando aprovação do CNPE, a divulgação das informações técnicas (pacote de dados).

2) Na 8ª Rodada, na bacia de Tucano, empresas foram vencedoras da licitação para alguns blocos. A situação legal está resolvida?

3) Com relação ao conteúdo local mínimo para os diversos ambientes e fases, a ANP dispõe de levantamentos ou estudos indicando que os percentuais podem ser alcançados?

Resposta

1) As informações sobre os parâmetros técnicos e econômicos dessas novas áreas foram publicadas no site www.brasil-rounds.gov.br ontem (18/02).

2) Sim. A 8ª Rodada de Licitações foi cancelada pelo CNPE no dia 11 de janeiro de 2013, na mesma data em que foi autorizada a realização da 11ª Rodada de Licitações.

3) O conteúdo local é uma política de Governo. Cabe à ANP implementar essa política. A expectativa é de que as próprias empresas auxiliem o Governo a desenvolver a indústria nacional a partir das metas estabelecidas. As próprias empresas e indústrias fornecedoras podem contribuir com informações.

Pergunta 15:

De João Santos Fernandes

Empresa AVM Advogados

Pergunta

Segundo a Resolução nº 3/2013 do CNPE, as regras de Conteúdo Local serão iguais às da 10ª Rodada. Porém, nos Contratos da 10ª e 11ª Rodadas, existem diferenças nas cláusulas, nomeadamente a 20.3.2 e a 20.3.3.

Resposta As regras adotadas são as da Política de Conteúdo Local em vigor. A 10ª Rodada de Licitações incluiu apenas blocos em terra e as cláusulas foram adaptadas para blocos marítimos.

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Pergunta 16:

De -

Empresa Tauil e Chequer Advogados

Pergunta

O quarto (4º) parágrafo do item 3.5.1 do Edital estabelece que a sociedade estrangeira que requerer a qualificação deverá preencher o Anexo XVIII (Resumo das Demonstrações Financeiras). Neste caso, a sociedade deve apresentar o anexo XVIII juntamente com suas Demonstrações Financeiras ou apenas o Anexo?

Resposta As demonstrações financeiras devem ser entregues, traduzidas e consularizadas, bem como o anexo XVIII devidamente preenchido.

Pergunta 17:

De André Costa

Empresa BG

Pergunta

1) Uma sociedade empresária interessada pode fazer mais de um pagamento referente a taxas de participação de diferentes setores?

2) Como diferentes pagamentos de taxas de participação serão vinculados à manifestação de interesse?

3) Com relação ao preenchimento do Anexo XXII do Pré-edital, a sociedade empresária deverá fornecer evidências ou anexos com mais dados acerca das informações fornecidas por meio do Sumário Técnico 02?

Resposta

1) Sim. 2) Eles serão incorporados ao processo da empresa, adicionando-

se os novos setores para os quais foram feitos os novos pagamentos.

3) Não. Em princípio, a empresa preenche o sumário atestando as informações. A ANP poderá, se considerar necessário, solicitar a comprovação e documentos adicionais para qualificar a empresa.

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Declarando que todas as questões foram acolhidas e respondidas, a Diretora-geral da

ANP agradeceu a participação dos presentes e encerrou a Audiência Pública.

Rio de Janeiro, 19 de fevereiro de 2013.

Magda Chambriard

Presidenta

Claudia Rabello

Secretária