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Reunião Extraordinária de 14/11/2017 Página 1 de 23
ATA DA REUNIÃO EXTRAORDINÁRIA DA COMISSÃO CENTRAL DE 1
GRADUAÇÃO DA UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS. Aos quatorze 2
de novembro do ano de dois mil e dezessete, reuniu-se a Comissão Central de 3
Graduação, na sala de reuniões do Conselho Universitário no prédio da 4
Reitoria, primeiro andar, na Cidade Universitária “Zeferino Vaz", em Campinas, 5
sob a presidência da Professora Doutora Eliana Martorano Amaral - Presidente 6
da CCG e com a presença dos seguintes Membros – Coordenadores de 7
Cursos de Graduação: Professores Doutores: Abner de Siervo, Adriana Nunes 8
Ferreira, Adriana Vitorino Rossi, Alexandrina Monteiro, Aluísio de Souza 9
Pinheiro, André Ricardo Fioravanti, Antônio Carlos Luz Lisboa, Christiane 10
Marques do Couto, Cláudio Chrysostomo Werneck, Eduardo Alves do Valle 11
Júnior, Eduardo Cardoso de Abreu, Emília Wanda Rutkowski, Erica C. Marocco 12
Duran, Filipe Mattos Salles, Flavio Henrique Baggio Aguiar, Lauro José 13
Siqueira Baldini, Leandro Aparecido Villas, Lucilene Reginaldo, Márcio Augusto 14
Damin Custódio, Marcos Akira d’Avila, Mônica Graciela Zoppi Fontana, Paulo 15
Clóvis Dainese Junior, Paulo Eduardo Neves F. Velho, Paulo José Siqueira 16
Tiné, Priscila Gava Mazzola, Rafael Augustus de Oliveira, Renato da Rocha 17
Lopes, Ricardo Miranda Martins, Rosa Cristina Cecche Lintz, Tiago Zenker 18
Girelli e Wanilson Luíz Silva. Como Convidados Permanentes: José Alves de 19
Freitas Neto, Edvaldo Sabadini, Orlando Carlos Furlan e Mara Patrícia Traina 20
Chacon Mikahil. Compareceram também os Coordenadores Associados: 21
Professores Doutores: Maria Inês Freitas Petrucci dos Santos Rosa, Marco 22
Carlos Uchida e os Representantes discentes: Aldair Silva Miranda, Luiz 23
Renato Valadão Moreira e Mateus Pereira do Carmo. Foram encaminhadas as 24
justificativas de Ausência: Carmenlúcia Santos G. Penteado, Débora Cristina 25
Jeffrey, Eduardo Okamoto, Gisele Busichia Baioco, Marisa Martins Lambert, 26
Milena Pavan Serafim e Susana Soares Branco Durão. Havendo o quórum 27
legal, a senhora Presidente declara aberto os trabalhos da Reunião 28
Reunião Extraordinária de 14/11/2017 Página 2 de 23
Extraordinária da CCG, cumprimenta a todos anuncia e a pauta única que será 1
discutida a proposta do edital para o novo formato do vestibular 2019. Antes 2
pede Prof. José Alves com apoio técnico do sr. Rafael Maia apresentarem a 3
síntese das opiniões emitidas pelas congregações. ORDEM DO DIA - I PARA 4
EMISSÃO DE PARECER – 1. NOVAS FORMAS DE INGRESSO – A Câmara 5
Deliberativa da COMVEST encaminha, de acordo com o cronograma 6
estabelecido no art. 4º da Del. CONSU-A-08/17, devidamente aprovado, 7
relatório elaborado pelo GT – Ingresso 2019, bem como proposta de 8
Deliberação CONSU acerca das novas formas de ingresso aos cursos de 9
graduação. O Prof. José Alves explica que traz os resultados finais depois da 10
votação da última votação da câmara deliberativa da COMVEST. Agradece a 11
todos os ingressantes do GT que contribuíram para o debate e aos 12
coordenadores que os auxiliaram nas discussões nas diversas Unidades. 13
Comenta que tiveram o retorno das 24 unidades favoravelmente ao 14
documento, fazendo ajustes pontuais, diz que ao final irá elencar alguns dos 15
temas. E que o resumo da proposta é bem mais simples que da outra vez e a 16
reformulação do PAAIS, a questão do SISU, a adoção das Cotas, o Vestibular 17
Indígena o Edital das Vagas Olímpicas e a proposta de ampliação do ProFIS. 18
Resumidamente é uma proposta diferente do quadro que veio da primeira vez, 19
e que para fica mais nítido no SISU manuseando 20% das vagas da Unicamp, 20
e o Vestibular “até 80%” das vagas. Explica que o termo até 80% das vagas, 21
por conta da análise que a Procuradoria já tem feito a respeito das vagas 22
adicionais que estão chamando de “overbooking”, talvez tenha que haver um 23
diálogo de negociação do ponto de vista jurídico que estas vagas tenham que 24
ser subtraídas do número do “até 80% das vagas regulares”. Então para que 25
entendam será até 80% e 20% do SISU, no caso 15% de Cotas no mínimo 26
tendo a franja de 12,2% quando os candidatos tiverem com notas acima da 27
nota mínima de opção para poder também atender os 37,2%, 27,2% do 28
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Vestibular e 10% das Cotas pelo SISU. Resumidamente, a mudança do PAAIS 1
terá 40 pontos para o Ensino Médio Público, 20 pontos para o Ensino 2
Fundamental II, atuando essas notas da primeira e segunda fase. Para ter ideia 3
de como será o modelo atual 60+20 pontos, 90+30 pontos, tendo os 30 pontos 4
de PPI’s que deixam de atuar em um modelo que vai passar a existir, então 5
será 20, 40 e 60 pontos possíveis dentro da nota padronizada final. O professor 6
Jose Alves explica o que embasou os estudos foi a nota real dos candidatos 7
com a nota a pontuação do PAAIS atual e o que pretendem com esse sistema 8
mais equilibrado que está sendo proposta na mudança e que foi bem recebida 9
pelas Unidades. Sobre as cotas: a meta é de ter 37,2%, com 10% SISU, 15% 10
com piso no Vestibular Unicamp utilizando-se a nota mínima de opção. Explica 11
que a proposta será até 80% das vagas serão manuseadas pelo Vestibular, 12
sendo que 52,8% dessas vagas ficarão na ampla concorrência e outros 12,2% 13
ficarão na zona hibrida para os candidatos autodeclarados pretos e pardos 14
acima da nota mínima de opção que poderão ocupar esse percentual, já 15
chegando na meta dos 37,2%, ou independente da nota mínima de opção, de 16
15% para os autodeclarados pretos e pardos no Vestibular. E que pelo SISU 17
estão lidando com 20% das vagas fazendo com 10% delas sendo para os 18
estudantes vindos de Escolas Públicas, 5% para aqueles que são 19
autodeclarados pretos e pardos, e 5% para autodeclarados pretos e pardos 20
também com adicional de ser Escola Pública. Sobre o Vestibular Indígena: terá 21
a criação de provas específicas, de um novo Vestibular, uma outra prova com a 22
perspectiva de ter 2 vagas para cada um dos cursos apresentados no Slides, 23
mas explica que será objeto de discussão e debates e nova votação e consulta 24
as Unidades, e que pelo documento se tem a prerrogativa de que até 2021, 25
todos os cursos estejam adotando o Vestibular Indígena. Sobre o edital das 26
Vagas Olímpicas: o acesso sem vestibular, que seria buscar os alunos com alta 27
performance, manteve a ideia do “overbooking”, mas pelo que já expos, no 28
Reunião Extraordinária de 14/11/2017 Página 4 de 23
debate poderá esclarecer mais sobre a posição da Procuradoria da 1
Universidade a respeito disso. E que essas Vagas Olímpicas também será 2
objeto de um novo edital e consulta e será aprovado pela CCG e CEPE como 3
órgãos de assessoria ao CONSU para pode ser implementado. Quantos aos 4
resultados das 24 Unidades, a Câmara Deliberativa da COMVEST entendeu, 5
feitas as consultas a essas Unidades receberam alguns comentários pontuais a 6
respeito de alguns itens, nenhum deles foi extremamente marcante a ponto de 7
alterar a proposta original do grupo de trabalho por isso, foi transformada em 8
proposta de deliberação o que tinha sido estudo original da COMVEST. Há 9
propostas de quatro unidades, para a ampliação das vagas do SISU e destinar 10
também para vagas de ampla concorrência, e 2 unidades propuseram pela não 11
utilização das notas do SISU, considerando que os candidatos tem apenas 2 12
opções no SISU, e a Unicamp tem a maior parte dos seus cursos poucas 13
vagas, então não seria tão atrativas, e que ao invés de aderir ao SISU 14
diretamente pudessem utilizar um sistema próprio com as notas do ENEM, e 15
não obrigatoriamente no SISU o que daria aos potenciais candidatos maior 16
possibilidade de escolha. No PAAIS surgiram três propostas sugerindo a 17
inversão, de que o Ensino Fundamental II tivesse 40 pontos e não o Ensino 18
Médio, mas tecnicamente este dado interfere no número de candidatos de 19
Escola Pública aprovados pelas simulações feita pela COMVEST. A respeito 20
das cotas 4 unidades se manifestaram abertamente para revisar o mecanismo 21
de preenchimento das vagas e 1 quinta unidade sugeriu mais estudos sobre o 22
potencial das formas de ingresso, que foi o Instituto de Economia, então sobre 23
esse assunto foram apenas seis manifestações especificas então entenderam 24
que as demais 18 unidades concordaram com o sistema proposto. Comenta 25
que a questão das olimpíadas recebeu nove manifestações e a maioria delas 26
favoráveis, apenas uma unidade pediu que o tema fosse retirado de discussão, 27
que foi a Faculdade de Educação, as demais manifestaram algum tipo de 28
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interesse na atuação. E que para o Vestibular Indígena houve oito 1
manifestações, algumas questionando que não é o momento para se começar, 2
e outras manifestam interesse em disponibilizar vagas, e uma delas já acenou 3
a negativa de oferecer vaga nesse primeiro momento, foram manifestações 4
pontuais a respeito do tema. Houve outros apontamentos sobre a questão da 5
permanência, e do mecanismo das pessoas com deficiência, e algumas 6
manifestações política em prol da melhoria da escola básica de Ensino Público. 7
Houve a sugestão da FEEC, que as vagas do ProFIS fossem contadas dentro 8
da ideia do “overbooking”, que é o ponto final. Em linhas gerais o documento 9
desta maneira, a Câmara da COMVEST considerou que não tinha autonomia 10
para subverter o que as Unidades tinham votado, sugeriu a CCG a aprovação 11
mandando o documento na integra aprovado por unanimidade e com um 12
parecer da Câmara Deliberativa, indicando que como há sugestões de 13
aperfeiçoamento, a respeito da Olimpíadas, do Vestibular Indígena e do 14
mecanismo de funcionamento com a questão do SISU, que essas ideias 15
fossem consideradas e incorporadas no mecanismo ou instruções normativas 16
da COMVEST futuras ou em perspectivas dos estudos que serão necessários 17
para as outras possibilidades de ingresso a Unicamp para 2019. A senhora 18
Presidente solicita aos presentes que se manifestem para esclarecimentos. 19
Informa que a partir da página 100 da pauta consta a proposta da Deliberação 20
o detalhamento do que pautaria os princípios, com a possibilidade de uma ou 21
outra alteração de redação visto que será necessário a revisão pela 22
Subcomissão de Legislação e Normas e após para aprovação no CONSU. O 23
representante discente Luiz Renato diz ter alguns comentários positivos e 24
outros negativos. Primeiro: é a questão da autodeclaração comenta que houve 25
fraudes em outras Universidades que adotaram o mesmo modelo, e diz que 26
que não sabe se é bom usar esse modelo, e que a alternativa não lhe parece 27
muito boa também, porque tanto a autodeclaração quanto estabelecer um 28
Reunião Extraordinária de 14/11/2017 Página 6 de 23
tribunal racial acha pior, mas que ficar aberto a fraude também não é tão bom. 1
Diz que é um fato que já ocorreu na Federal do Rio Grande do Sul. Sobre o 2
PAAIS no item 1.1.2 da proposta da COMVEST entende que deveria ser mais 3
igualitário entre os cursos, e dar a mesma quantidade de pontos em todos 4
cursos, vai criar um diferenciamento, deveria ser mais individualizado, pegando 5
o desvio padrão de cada curso no Vestibular e adotando os bônus a partir 6
disso, para que se tenha o mesmo significado de bônus, independente do 7
curso aplicado ao invés do mesmo número de ponto a mais. E que no ponto 8
1.1.3 que fala “que não há discrepância de rendimento acadêmico entre os 9
optantes pelo PAAIS, e os estudantes que entraram sem bonificação”, diz 10
haver estudos que mostra que existe em exatas essa discrepância. Comenta 11
que no 1.4.1, sobre a bonificação para os estudantes do Ensino Fundamental II 12
acha a decisão muito boa, pois, colocar só para os estudantes do Ensino 13
Médio, sendo que eles podem ter feito todo o Ensino Fundamental em escola 14
particular não é uma medida que faz a diferenciação social. No ponto 1.5.4 15
concorda que adotando a cota não faz sentido a bonificação para os PPIS 16
continuarem. Diz achar o ProFIS o melhor programa de inclusão social e que 17
será muito bom a sua expansão para Limeira e Piracicaba. No 3.3.2 sobre o 18
SISU que fala sobre a nota mínima que cada curso poderá adotar em cada 19
uma das áreas do ENEM, também é muito bom pois, precisam estabelecer 20
algo em que realmente saiba que os ingressantes tenham a capacidade 21
mínima de acompanhar o curso. Sobre a questão das cotas étnicos raciais, 22
critica dizendo que racismo é diferenciar os povos por questões que não 23
diferenciam de verdade e que cor da pele não muda em nada entre uma 24
pessoa e outra, e que para ele cotas são racismo e não existe racismo positivo. 25
No 4.3.2 onde diz “que a meta é ter o percentual de população que se declaro 26
preto e parda no Estado de São Paulo”, não vê muito sentido, porque ao seu 27
ver a meta deveria ser esse percentual dos formandos do Ensino Médio, que é 28
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diferente do percentual total. E que no 4.3.4-b, fala “que o compromisso de 1
programa de cota deve ser acompanhado de efetivos programas de apoio a 2
permanência, desenvolvimento acadêmico”, concorda com isso, mas a questão 3
é falta verba e que o fluxo está sendo invertido. Acha que primeiro o orçamento 4
da Universidade deve ser arrumando só para depois o programa ser 5
implementado. No 4.4.4 onde diz “que a reserva de vaga no Vestibular, de 15% 6
representa o mínimo de participação”, ou seja, que mesmo que os alunos não 7
tenham atingido nota mínima, será colocado na Unicamp, para ele perde o 8
sentido baixar a nota mínima para atingir um certo percentual. Sobre o 9
Vestibular Indígena no 5.1.2, que diz “que precisaria ser um vestibular 10
diferenciado”. Fala que a educação brasileira tem diferença em várias regiões. 11
No 5.2.5 que fala sobre a garantia de espaço dos indígenas, fala que nunca viu 12
durante esses anos que está na Universidade, alguém barrar alguma 13
manifestação indígena ou algo do tipo. No 5.4.5 “que sugere ficar a vagas 14
desperdiçadas por estudantes acompanhados de bolsa permanência”, além 15
disso acha que é necessário verificar as condições financeiras dos indígenas 16
para a permanência na Universidade. No ponto 6, é a melhor ponto da 17
proposta, pois realmente precisam pegar os alunos de alta performance devem 18
vir para a Unicamp. Critica o fato de se usar a nota do Ensino Médio como 19
forma de acesso por conta da diversidade da educação brasileira. O Prof. 20
Abner diz que sua questão é para o esclarecimento das vagas por olimpíadas, 21
para o processo de preenchimento, entenderam que serão convocados num 22
edital a parte, questiona o que utilizar como discriminador, se for necessário 23
usar talvez uma nota como o ENEM. Pelo que entendeu, seria chamado o 24
percentual que fosse decidido pelas Unidades envolvidas até 10%, esses 25
alunos seriam chamados primeiro como overbooking, por outro lado 50% dos 26
que foram convocados pelas Vagas Olímpicas, confirmarem a matricula. 27
Entende que esse número será subtraído do número da quantidade de vagas 28
Reunião Extraordinária de 14/11/2017 Página 8 de 23
totais do curso. A senhora Presidente salienta a necessidade de focarem na 1
proposta da deliberação. Em relação a autodeclaração receberam a visita do 2
secretário Nacional da Secretaria de Proteção e Promoção da Igualdade 3
Racial, a discussão sobre autodeclaração e da fraude do tribunal, tinham a 4
percepção do tribunal como inadequado, mas na verdade fora demandado para 5
a Unicamp que fosse dessa forma o procedimento de avaliação. A sugestão 6
que tinha se pensado a respeito da autodeclaração com uma declaração 7
assinada do candidato se comprometendo a respeito de sua declaração 8
tentando evitar o Tribunal Racial. Quanto a questão dos estudantes PAAIS ou 9
não das Exatas pede que algum professor dessa área possa comentar a 10
questão mais especificamente. Quanto a expansão do ProFIS, em 2018 será 11
montado um grupo de trabalho específico sobre o ProFIS. Comenta que o 12
ProFIS hoje passa do pressuposto de uma bolsa para todos os estudantes, 13
isso terá que ser repensado. Já havia uma previsão de expansão do programa 14
de permanência estudantil. Existe uma proposta de expansão de 11% do 15
orçamento na previsão do aumento de demanda. A questão das Vagas das 16
Olímpica, pede para o Prof. José Alves e o sr. Rafael Maia, falarem mais sobre 17
a questão. Lembra que conceitualmente as Vagas Olímpicas não serve só para 18
estudantes de olímpiadas, então se trata de um nome “fantasia”, mas ele se 19
amplia além do mecanismo específico. O Prof. José Alves responde que a ideia 20
do preenchimento um dos anexos do documento vai a proposta do algoritmo, 21
primeiramente serão preenchidas as vagas vindas do SISU, depois serão 22
preenchidas a cotas tendo no mínimo os 15% e avançando mais 12,2%, ou 23
outros itens se tiver o percentual de rendimento dos estudantes em seguida as 24
vagas do vestibular fechando o primeiro conjunto. Em seguida será o Vestibular 25
Indígena e as Vagas das Olimpíadas entrando como “overbooking”, todas as 26
vagas não preenchidas retornam para o vestibular, pois o vestibular continuará 27
sendo o principal instrumento de acesso a Universidade, manuseando até 80% 28
Reunião Extraordinária de 14/11/2017 Página 9 de 23
das vagas. O prof. Paulo Dainese pergunta se o algoritmo descrito, corre todos 1
os passos respeitando a nota mínima e se volta depois isso. O Prof. José Alves 2
responde que só será desrespeita a nota mínima no caso de cursos que não 3
tenha nem 15% de autodeclarados. O sr. Rafael comenta que em relação a 4
nota mínima é um critério que o vestibular já utiliza há muitos anos, ele não é 5
uma nota de exclusão é só um critério de como será gerada a lista de 6
classificação, a primeira parte são os alunos de primeira opção que tem nota 7
acima da nota mínima e a segunda parte todos os demais alunos. O prof. Paulo 8
Dainese que muda o cenário pois existe em paralelo as Vagas Olímpicas, se 9
avança além da nota mínima, as vagas que poderiam ser preenchidas com os 10
candidatos das olímpiadas, não poderiam mais preencher. O sr. Rafael 11
responde dizendo que não por que os candidatos das olimpíadas serão 12
convocados em primeira chamada. O Prof. José Alves responde que todas as 13
pessoas serão convocadas para fazerem a matrícula no mesmo dia. A 14
senhora Presidente pergunta se na proposta das Vagas Olímpicas elas serão 15
preenchidas antes da lista avançar. O Prof. Aluísio pergunta se o algoritmo e o 16
que o professor José Alves está dizendo se são duas coisas diferentes. Então 17
que a dúvida sobre as Vagas Olímpicas vem do fato de que serão convocados 18
primeiramente os selecionados do SISU, após serão transferidas as vagas do 19
SISU não preenchidas, depois para os selecionados da primeira chamada do 20
vestibular com todos os critérios já citados, e só após serão convocados os do 21
Vestibular Indígena e os da Olímpiadas. O Prof. José Alves informa que a 22
discussão está sendo feita conforme o documento circulou e como está. Diz 23
que o que está sendo discutido na Procuradoria é que talvez por conta de 24
questionamentos de outra natureza de outra ordem, daquele candidato que se 25
sentirá excluído, estão ainda em discussão do ponto de vista jurídico, que as 26
unidades declararem que são vagas extras. A senhora Presidente salienta que 27
ainda que tenha problema de fluxo, o importante é entender que para as 28
Reunião Extraordinária de 14/11/2017 Página 10 de 23
unidades que querem ter estudantes também selecionados através desse outro 1
critério especial que isso esteja no “fluxo de preferência”, visto que é grande 2
esforço que está sendo feito. E que a questão legal se aplica ao uso do 3
“overbooking”, essa termologia será discutida pela Procuradoria Geral. O Prof. 4
Flávio comenta a respeito do “overbooking” algumas unidades no primeiro 5
momento aumentará o número de vagas, porém esse aumento acaba a partir 6
da segunda chamada. Questiona se existe um levantamento sobre as unidades 7
que terão um aumento real no número de vagas. O Prof. José Alves responde 8
que em nenhuma, que em toda história do vestibular da Unicamp nunca houve 9
caso de cursos que foram preenchidos 100% das vagas na primeira chamada. 10
A senhora Presidente comenta que a maioria das pessoas não tem noção de 11
qual é o perfil dos alunos com relação a nota mínima. O Prof. Aluísio queria 12
entender porque que na questão da autodeclaração os números são baseados 13
na autodeclaração que as pessoas fazem durante o CENSO, pergunta o 14
porquê a autodeclaração do CENSO tem valor legal e não tem valor para a 15
entrada o processo do vestibular. O Prof. José Alves responde que em sua 16
leitura a autodeclaração é insuficiente, porém como política pública existem as 17
suspeitas a respeito de vagas e devem ser acompanhadas para evitar 18
possíveis fraudes. Diz que as experiências das Universidades como um todo 19
são muito variadas. A Profa. Lucilene comenta que o mecanismo da 20
autodeclaração tendo sido utilizado na maioria das instituições no Brasil desde 21
2002. Diz que não entendeu o posicionamento da SEPPIR já tinha sido 22
validando esse mecanismo da autodeclaração. Acha que a Unicamp quanto 23
universidade tem autonomia para decidir o que fazer. Acha o termo “tribunal 24
racial” pejorativo. A senhora Presidente esclarece que só utilizou o termo por 25
ser usado rotineiramente pelas pessoas e que foi surpreendida com a 26
informação do secretário que não recomenda a autodeclaração. O 27
representante discente Luiz Renato comenta não ser a favor do tribunal e diz 28
Reunião Extraordinária de 14/11/2017 Página 11 de 23
achar as duas medidas erradas. Diz que a respeito do CENSO não traz 1
nenhum benefício a mais do que o outro, enquanto a autodeclaração no 2
Vestibular trará esse benefício. O Prof. Aluísio comenta que o problema é muito 3
sutil e que até o nome fraude lhe parece improcedente numa situação dessa 4
porque o indivíduo pode ter feito a autodeclaração muitas vezes. Gostaria de 5
fazer um paralelo no caso das pessoas com deficiência, é um problema muito 6
sério, pois na página da COMVEST consta que existe cerca de 9,6 milhões de 7
deficientes no estado de São Paulo e 43,6 milhões no Brasil. Fala que em 2015 8
o IBGE divulgou os dados do PNOS onde consta 6,2% de deficientes na 9
população brasileira, então autodeclaração e a percepção de que é uma 10
deficiência é bem diferente para pessoa que está falando e para poder definir 11
políticas públicas. Cabe a Unicamp decidir se a deficiência declarada traga a 12
ela desvantagens de forma que tenhas que trazê-la para dentro da Unicamp de 13
uma forma diferente da pessoa que não tenha essa deficiência. O Prof. José 14
Alves esclarece que as informações da página da COMVEST foram dadas pelo 15
Secretário Adjunto da Pessoa com Deficiência que é uma autoridade 16
legitimamente constituída. Diz ser um leque muito mais amplo do que falar 17
apenas de deficiência física. O Prof. José Alves explica que na Unicamp há 18
uma comissão específica presidida pelo Dr. Chaim e por membros da comissão 19
deliberativa para pontuar os laudos médicos recebidos. A senhora Presidente 20
solicita informações sobre o número de deficientes e que merece um GT 21
especial. O Prof. José Alves informa que entre os quase 84 mil candidatos do 22
Vestibular são 350 candidatos, sendo que destes 80% são portadores de 23
TDAH e é para o curso de medicina. Dos candidatos que precisarão de 24
necessidades especiais como tradutor, libras, o índice cai para um número de 25
pouco mais de trinta e poucas pessoas. O Prof. Aluísio a respeito a questão do 26
Vestibular Indígena estão fazendo um vestibular para inclusão indígena que 27
preserve ao máximo as características da educação que eles têm. Questiona a 28
Reunião Extraordinária de 14/11/2017 Página 12 de 23
possibilidade da entrada deles paralela ao PROFIS, porque força-los a entra 1
diretamente em cursos e como será a entrada deles. Diz que da forma como 2
está sendo feita vão encontrar uma dificuldade maior de ingresso. Fala sobre a 3
dificuldade inicial dos alunos do PAAIS, porém se recuperam ao longo do 4
tempo. O Prof. José Alves explica que não houve propostas de cursos 5
diferentes para esses grupos. O Prof. Aluísio diz ser difícil entender porque as 6
vagas do SISU são tão compartimentalizadas, pois irá naturalmente afastar os 7
alunos que fazem o ENEM. Diz que da maneira como está provavelmente as 8
vagas voltarão para o vestibular por falta de candidatos. Sugere as proporções 9
como estavam de 75/ com15 e 20 com 5, as proporções de PPIS dentro dos 10
dois grupos e ainda restariam 20% das vagas para a ampla concorrência no 11
SISU, está escrito no documento do GT que querem diversidade regional. Acha 12
muito triste excluir pessoas que não tem condições de vir a Campinas realizar o 13
vestibular, porque estudaram um ano em escola provada. O Prof. Tiago diz que 14
haverá uma dificuldade grande de usar o SISU como a USP tem por conta do 15
número de vagas. Diz ver com bons olhos alternativamente a questão de se 16
usar o ENEM ao invés do SISU. E da forma como está, a experiência da USP 17
mostra estar fadado ao fracasso. Diz que pode ser feito um sistema próprio 18
usando o ENEM e não será necessário fixar o número de vagas. Acha que se 19
deve aumentar a visibilidade do ENEM para que o aluno enxergue que a 20
Unicamp utilizará essa nota. A senhora Presidente pede que seja informado se 21
o debate aconteceu dentro do GT. O Prof. José Alves diz que num primeiro 22
momento não tinham sido considerados a formatação da proposta. Concorda 23
com o professor Aluísio e Tiago que a excessiva fragmentação poderá 24
afugentar os candidatos. Diz que num segundo instante viu-se a possibilidade 25
de trazer o ENEM, porém somente duas unidades manifestaram claramente 26
em prol do ENEM, como proposta é uma normativa de Deliberação que será o 27
CONSU que irá definir, não se sentiram legitimados como GT para subverter o 28
Reunião Extraordinária de 14/11/2017 Página 13 de 23
entendimento de outras 22 Unidades que nãos se manifestaram. Diz que a 1
proposta deve ser aperfeiçoada e que particularmente entende que o ENEM 2
trará muitos benefícios e permitirá que o estudante tenha mais de duas opções. 3
O Prof. Abner comenta que o IFGW fez uma opção diferente para evitar a 4
fragmentação, e que pela especificidade da Física da quantidade de vagas 5
disponíveis, os 20% reservados, ainda seria um atrativo e teria visibilidade, do 6
ponto de vista da concorrência aos candidatos, se utilizado o SISU. Ressalta 7
que, em havendo o entendimento geral pelo ENEM, sua unidade daria o apoio. 8
A senhora Presidente comenta que começa a existir sugestões de mudanças e 9
que merecem ser analisadas para haver uma proposta da CCG, caso haja 10
consenso. Assim pede aos demais inscritos para prosseguirem com as 11
manifestações. O Prof. Ricardo diz que trocar SISU por ENEM resolve muito 12
dos problemas da proposta e é uma direção para resolver a 13
compartimentalização. Ressalta que a troca pode prever possíveis atritos de 14
calendário e atrasos na nota, como já ocorreu outrora e que impossibilitou o 15
uso pela universidade. E da ideia de que o SISU trará visibilidade para a 16
universidade, comenta que, dificilmente o aluno que tenha capacidade de ser 17
aprovado na Unicamp não saiba da sua existência, pelos rankings, pela 18
excelência e demais fatores. E finalizando, afirma ter dúvidas com relação ao 19
algoritmo exato utilizado, e exemplificando, questiona o que acontecerá com a 20
nota mínima de opção. Ressaltando que o GT indica ter utilizado o algoritmo 21
proposto pelo IMECC, que ao seu ver não foi utilizado como proposto, que 22
seria mais interessante, chamar a nota mínima de opção até atingir as cotas e 23
em seguida chamar os candidatos de segunda opção. O senhor Rafael Maia 24
explica que o critério é priorizar os candidatos de primeira opção que obtiveram 25
nota acima da nota mínima, e na sequência entram na lista de chamada os 26
candidatos de segunda opção que atingiram a nota mínima e os de primeira 27
opção que não atingiram a nota. Ressaltando que este procedimento é o que 28
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vem sendo utilizado, e não é novidade no processo. A Profa. Lucilene 1
parabeniza o GT pelo trabalho impressionante, e pelo debate que ocorreu nas 2
unidades da Unicamp. Fala de uma série de questões que estão sendo postas 3
em discussão que são questões que devem ser pensadas e ponderadas para a 4
proposta de ingresso para 2019. Comenta que outras devem ser amadurecidas 5
num médio prazo, pois será necessária uma avaliação do mecanismo e uma 6
avaliação da própria política. Diz que no caso do IFCH foram feitas algumas 7
considerações que podem ser pensadas para o aperfeiçoamento desse 8
mecanismo. Entende que no conjunto das propostas, algumas são aplicáveis 9
para 2019 e as outras devem ser pensadas posteriormente, num mecanismo 10
de aperfeiçoamento. Comenta sobre o vestibular indígena, que há uma 11
discussão acumulada sobre o assunto no Brasil, tendo desde vestibulares 12
pequenos até grandes ações, como no Rio Grande do Sul, que é muito 13
importante, até do ponto de vista quantitativo, esclarece. Coloca outra questão 14
que é da demanda indígena em relação a Universidade e da importância de 15
saber o que esperam desta oferta. Afirma que do ponto de vista constitucional 16
os indígenas têm direito a educação diferenciada e universidade ao incorporá-17
los no processo estará cumprindo o que se propõe a Lei. Observa que do ponto 18
de vista da diversidade cultural e regional, há a questão da maioria dos 19
indígenas terem o português como segunda língua. Pensa que há uma 20
proposta muito básica para o vestibular indígena e muitas questões que 21
precisam ser discutidas e aprimoradas. Fala que as comunidades indígenas 22
devem ser ouvidas para demostrarem qual é o interesse nos cursos da 23
universidade e não apenas as unidades manifestarem seu interesse de ofertar. 24
Afirma que alguns cursos já há o conhecimento da universidade de qual o 25
interesse da comunidade indígena, como Enfermagem e História, explicando 26
que estes são alguns dos demandados em outras universidades. Acrescenta, 27
colocando que, outra questão para o conjunto de demandas de 28
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aperfeiçoamento estão os debates da autodeclaração e da fraude, e que 1
evidentemente não será possível voltar atrás da Deliberação CONSU de 30 de 2
maio de 2017. Autentica que há uma discussão acumulada nas diversas 3
instâncias da universidade com relação a questão, e que há dados para o 4
embasamento, não havendo como se esquivar da inobservância do fato de 5
quem é negro de fato, e das diversas particularidades envolvidas, do ponto de 6
vista histórico e sociológico. Acrescentando dados recentes de pesquisa sobre 7
a renda da população, os salários pagos e itens afins. Lembra também da 8
política de cotas da UERJ que permite a observação, visual até, da inserção do 9
negro à educação superior, o que corrobora que a fraude não é o que 10
constituiu aquela população inserida no campus. Dando sequência, a senhora 11
Presidente comenta da demanda dos indígenas, e que já há um indicativo, 12
inclusive compartilhado com a CPFP, da criação de um curso de Licenciatura 13
Indígena, que deve respeitar as particularidades culturais, e questões como de 14
calendário e estrutura curricular como um curso contínuo ou um curso em 15
módulos, que melhor os atenda. Acrescenta que o papel da Unicamp hoje é de 16
aprovar uma deliberação, e elencar as questões que podem ainda ser 17
aperfeiçoadas para 2019. Afirma que, particularmente, vê a questão dos 18
indígenas e dos PCDs, para o aperfeiçoamento e estudos específicos, e que 19
pelo manifestado pelos membros, a questão da substituição do SISU pelo 20
ENEM é medida imediata. A Profa. Alexandrina menciona a fala da Profa. 21
Lucilene e os pontos por ela levantados, e acrescenta da educação indígena, 22
que não se trata de incorporara-los ou de nivela-los e sim de uma educação 23
intercultural, de uma outra dimensão de educação e de mudança. Fala que a 24
Unicamp tem muito a ganhar com a convivência com essas pessoas. Comenta 25
não ter se convencido da razão da valorização de pessoas que fazem 26
olimpíadas. Diz não estar claro o porquê do privilégio desses alunos, já que 27
está sendo pensado num processo de inclusão. O Prof. Eduardo Valle, pede 28
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um aparte, colocando que o ponto em pauta é o ingresso, e vê como uma 1
oportunidade ímpar a discussão. Diz que um ponto nevrálgico é a temática da 2
inclusão, que não é apenas uma questão de justiça social. Afirma que vem 3
discutindo com os colegas do instituto e insistido, quando questionado do 4
porquê das cotas raciais desvinculadas à questão social, que a questão da 5
diversidade racial não é apenas de interesse da sociedade, mas também de 6
interesse pedagógico da universidade, uma vez que, a promoção de uma 7
experiência de convivência mais diversa dentro da Universidade, provoca uma 8
experiência de ensino melhor. Afirma ser de interesse, como coordenador de 9
graduação, ter a inclusão étnico racial não somente como justiça racial. 10
Acrescenta que outro ponto do ingresso é a oferta de vagas para este público 11
de destaque. Acha importante atrair os candidatos de excelência intelectual 12
que vierem através das olimpíadas, pois eles podem ser aprovados na 13
Unicamp sim, mas também em qualquer Universidade do Brasil. Diz achar 14
importante zelar pela diversidade em todos os sentidos, inclusive dar 15
oportunidade desses candidatos que demonstram excelência de maneira não 16
convencional. A senhora Presidente comenta que o debate das cotas étnico 17
raciais, trouxe à tona a questão da ampliação das formas de acesso para a 18
Unicamp. Diz que o que a comunidade tem tentado fazer é pensar a ampliação 19
das diferentes maneiras de acesso, que não sejam excludentes, que não seja 20
exclusivamente o clássico vestibular e que atendam as diferentes demandas. A 21
Profa. Alexandrina diz que, pensando na perspectiva de que é a Unicamp que 22
tem interesse nestas pessoas de bom desempenho, há a necessidade de 23
incluir outros ofertantes de excelência, como as competições físicas como 24
corridas, onde cita a São Silvestre, que poderia ofertar alunos para o curso de 25
Educação Física ou então uma pessoa com ótimo desempenho musical para o 26
curso de Música. E questiona, se esse é o intuito da questão. A senhora 27
Presidente responde ser este o intuito dos indicadores e que cada unidade 28
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poderá definir seus critérios. O Prof. José Alves comenta que o Instituto de 1
Artes se manifestou a favor da deliberação na questão das Artes e Dança, 2
assim como as escolas agrícolas também poderão ser comtempladas no perfil. 3
O Prof. Renato diz que a impressão da FEEC é que o PAAIS é um mecanismo 4
que favorece alunos que não precisam e isso afeta principalmente os cursos de 5
alta demanda e que é um fator de alerta na Engenharia Elétrica, pois seus 6
alunos são provenientes de escolas técnicas, com melhores condições de 7
aprovação e foram beneficiados pelo sistema sem que necessitassem dessa 8
pontuação. O Prof. Ricardo diz concordar com as falas anteriores. Comenta 9
que o nome olimpíada veio do IMECC, pois estão acostumados a atrair esse 10
tipo de aluno. Fala sobre o evento realizado no instituto onde os alunos são 11
chamados para palestras e isso tem funcionado. Diz achar que a estratégia 12
funciona bem, desde que seja feito uma boa propaganda. Querendo ou não 13
isso funciona mais como marketing e concorda com a Profa. Alexandrina, 14
esses alunos já iriam passar no vestibular, e como eles são bons porque não 15
os pegar primeiro? Isso acaba divulgando a universidade e trazendo os 16
talentos para dentro da universidade. Fala que essa estratégia funcionará muito 17
bem para os demais cursos também e não somente para os cursos de exatas. 18
Sugere, inclusive, que seja utilizado outro nome e não “olimpíada” como vem 19
sendo usado. O Prof. Abner diz concordar com as falas anteriores e comenta 20
ter um aluno medalhista de ouro na olimpíada de física e que decidiu vir para a 21
Unicamp após visita. Fala que nas Universidades Internacionais a briga pelos 22
talentos é bastante agressiva. O Prof. Paulo Tiné diz que no caso Instituto de 23
Artes não houve concordância e optou-se pelos dois caminhos, por exemplo, 24
no caso dos cursos de música eles já vem bem preparados de um curso 25
técnico então irão bem no vestibular, já no caso da dança era interessante o 26
uso da “olimpíada”. A Profa. Maria Inês comenta que que pensando no ensino 27
médio o currículo é espaço de luta, e nem todos as disciplinas escolares tem o 28
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mesmo espaço e mesmo status. Então a princípio no c comum, se o aluno é 1
bom de matemática ele é bom em tudo, mas ele for bom em educação física e 2
arte será que eu também vou pensar que é bom em tudo? Relata que isso faz 3
parte do imaginário social, se sabe matemática e física é bom em tudo, e isso, 4
para ela, já é um pressuposto equivocado. Diz que o vestibular também tem um 5
papel social, e o que estão pensando em termos de ingresso na educação 6
superior. Para ela, o ingresso na educação superior passa por um crivo/filtro, 7
que olha a formação integral do aluno no ensino médio, se ele sabe escrever, 8
seus conhecimentos de história, geografia física, química, biologia e 9
matemática, se é capaz de escrever uma redação argumentativa. Para ela, a 10
Unicamp estará incorrendo em um grande equívoco ao chanceler essa forma 11
de ingresso, olhando exclusivamente por um campo de conhecimento. O 12
ingresso na educação superior está atrás de talentos ou está atrás de jovens 13
que se formaram de maneira integral para que possam dar sequência a sua 14
escolaridade? Frisa que pessoalmente, acho que existe um equívoco muito 15
grande e lamenta que a Unicamp esteja de forma “inovadora” incorrendo nesse 16
equívoco. O Prof. Aluísio diz que a beleza da Universidade está na diversidade 17
e se certas áreas não têm interesse em captar talentos que não tenham uma 18
formação completa não são obrigados a isso. Porém as áreas que tem esse 19
interesse devem ter liberdade para tal. Diz que quanto ao ser bom em 20
matemática e física é gerar uma ideia preconcebida de que a pessoa é boa em 21
tudo, informa que em países como Alemanha e França a formação matemática 22
é central e é utilizada para ingresso na universidade nesses países, bem como 23
nas universidades dos Estados Unidos, como citado anteriormente pelo Prof. 24
Abner. Diz que existem exemplos do mundo inteiro, e não devemos fechar 25
nossos olhos para esses exemplos, além disso, não estamos querendo impor 26
as outras áreas, nós, do IMECC, só estamos querendo fazer o que nós 27
achamos que é adequado para as nossas áreas. Infelizmente nós vemos que a 28
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diversidade da universidade as vezes funciona só para um lado, e quando 1
chega a hora de deixar os outros usarem a diversidade para seus próprios fins, 2
aparecem as opiniões contrarias a diversidade. O Prof. Eduardo Valle diz 3
concordar que o ponto da formação integral é o ponto central da Universidade, 4
porém existe a questão das necessidades diferenciadas e das particularidades 5
dos cursos de Ciências Exatas. Diz que o extremo talento de um candidato 6
mesmo apresentando algumas deficiências permite que faça contribuições 7
extraordinárias nas áreas a ponto de compensar as deficiências. Diz querer 8
pleitear o espaço de liberdade e diversidade para esse pequeno número de 9
candidatos, respeitando as especificidades da área. A Profa. Alexandrina 10
comenta que lhe pareceu ser algo específico das exatas, porém entendeu estar 11
aberta para que todas as áreas possam propor caso tenham interesse. O 12
representante discente Luiz Renato comenta que o que está sendo esquecido 13
é que a classificação das olimpíadas levará em conta a nota do ENEM e terá a 14
formação integral. Comenta que existem várias olimpíadas que não se 15
enquadram nessa formação, mas muitas vezes são ainda mais importantes 16
para determinados cursos do que a formação integral. Cita como exemplo a 17
olimpíada de informática e para o curso de Computação acaba sendo 18
importante. Comenta sobre os 20% de vagas do ENEM e diz achar errada a 19
diferenciação que está sendo feita nas cotas, mas ainda mais errada é a 20
exclusão feita no ENEM dos alunos das escolas particulares. O Prof. Paulo 21
Velho parabeniza o grupo pelo trabalho feito no período recorde. Lembra a 22
todos que os candidatos com déficit de atenção se concentram nos cursos de 23
alta demanda. Diz que em relação as cotas também poderão haver 24
concentração de pessoas que usem de forma inadequada e isso não quer dizer 25
que a Medicina seja contra as cotas. O Prof. Cláudio agradece e parabeniza o 26
grupo pelo trabalho feito. Diz se assustar com as mudanças propostas pela 27
COMVEST, mas que vivendo outras experiências de mudanças promovidas 28
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anteriormente, sabe do retorno bem próximo do proposto e esperado. Adverte 1
que todas as preocupações anteriormente colocadas, são importantes e 2
ressalta a questão das olimpíadas como benéfica, uma vez que a competição 3
pela obtenção de bons alunos, não se dá somente com as universidades 4
brasileiras, mas também com as internacionais de renome. Comenta da 5
preocupação particular do IB, pelo vestibular indígena, que da forma como está 6
parece prematura. Conta que surgiu a proposta de um curso especial para uma 7
educação diferenciada a eles, alertando para o choque cultural, e a falta de 8
conhecimento para poder tratar do assunto, além da importância da 9
estruturação para esta inclusão. A Profa. Lucilene comenta que se deve de fato 10
discutir o mecanismo. Diz ser favorável ao vestibular indígena e entender que 11
algumas áreas estejam menos preparadas para entender do que se trata o 12
assunto. Diz ter aprendido com a experiência de outras universidades que se 13
tem uma visão muito simplificado do que é o indígena na universidade, pois 14
aquele que vem para a universidade já tem um contato com o mundo escolar e 15
acadêmico, e já aprendeu português como segunda língua, e isso o aproxima 16
muito da academia. Fala que o vestibular indígena atende uma parcela da 17
população indígena que embora tenham uma identificação étnica, falem sua 18
própria língua, mas já tem uma inserção na comunidade ocidental muito 19
grande. Diz achar que a presença indígena na Universidade nos ensine que os 20
indígenas são muito diferentes do que aparece no senso comum. A Profa. 21
Mônica diz achar necessário pensar numa licenciatura específica para as 22
comunidades indígenas e que se deve manter a proposta, pois os cursos que 23
se manifestaram a favor da abertura das vagas têm conhecimento e 24
experiência acumulada, com experiências concretas junto as comunidades 25
indígenas. Considera que a demanda para essa formação para as 26
comunidades indígenas é urgente. Diz que por se tratar de vagas específicas e 27
vestibular específico deve ser votado o mais rápido possível. A Profa. Maria 28
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Inês lembra da lei que altera a LDB de 30 de agosto de 2017, lei nº 13.478 que 1
fala de um mecanismo diferenciado acesso de profissionais do magistério aos 2
cursos de licenciatura por meio de um processo seletivo diferenciado. Diz achar 3
a lei interessante pois combate a história do notório saber e credencia o 4
professor como licenciado na Universidade, mas também poderá ser 5
interessante para se discutir a questão da licenciatura indígena e a questão das 6
escolas indígenas existentes nas comunidades que são escolas dos sistemas 7
estaduais educação, funcionam como escola urbana, porém estão dentro das 8
comunidades e que os professores não possuem licenciatura. Fala que a lei 9
vem ao encontro do debate e das diversas formas de ingresso na 10
Universidade. O Prof. Eduardo Abreu parabeniza o GT por conseguir como 11
bastante esforço uma percepção geral da Universidade com diversidade e 12
excelência. Acha a questão do ENEM uma decisão acertada e que colocará a 13
Unicamp junto a diversidade e excelência. Sobre as vagas olímpicas sugere 14
vagas de graduação de excelência na Unicamp. O Prof. Renato solicita 15
esclarecimento se a condução da mesa será a respeito do SISU e ENEM. A 16
senhora Presidente esclarece que os debates que chegaram após o GT serão 17
para subsidiar as discussões no CONSU. O Prof. Renato explica ser uma 18
demanda antiga da Engenharia Elétrica e reforça o pedido por vagas de ampla 19
concorrência. Solicita que entre no indicativo de debates no CONSU. A Profa. 20
Adriana Nunes parabeniza o GT pelo trabalho, pelo debate amplo feito em tão 21
pouco tempo. Diz nas audiências públicas ficou claro que já tem uma reflexão 22
importante sobre a questão do Vestibular Indígena. E outro ponto bastante forte 23
na audiência púbica é que a reflexão sobre política de ingresso não deve ser 24
separada da reflexão sobre política de permanência. Comenta que acontecerá 25
desafios importantes de ordem pedagógica, de acompanhamento psicológico, 26
formas de combate à discriminação. Reforça a importância de uma discussão 27
agora. A senhora Presidente comenta que a discussão da política de 28
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permanência e de apoio estudantil, também do ponto de vista das legislações 1
vigentes, passará por um trabalho de atualização. E não havendo mais 2
inscritos para o uso da palavra, a senhora Presidente solicita a manifestação 3
ativa da plenária, colocando em votação a proposta de Deliberação CONSU 4
elaborada pelo GT- Ingresso 2019, aprovada e encaminhada pela Câmara 5
Deliberativa da COMVEST com sugestão de alteração no Artigo 1º, inciso II e 6
seus desdobramentos no que diz respeito a substituição do uso do SISU pela 7
nota do ENEM e com indicativos de necessidade de revisão da nomenclatura 8
atribuída para as vagas de olimpíadas e da análise aprofundada da questão do 9
Vestibular Indígena. Com a manifestação ativa dos membros, o item é 10
aprovado, com trinta e quatro votos favoráveis, um voto contrário e uma 11
abstenção, nos termos indicados pela presidência na oportunidade da votação. 12
Em seguida, a senhora Presidente solicita aos representantes discentes 13
informações sobre a eleição da representação estudantil na CCG. O 14
representante discente Luiz Renato comenta que o sistema de eleição para 15
representante discente mudou nesse ano. Diz que antigamente era feito pelo 16
sistema de urnas e que neste ano a votação passou a ser online. Comenta que 17
na sua opinião foi muito bom pela maior neutralidade na eleição e que o ponto 18
a melhorar é a questão de navegadores de internet desatualizados. A senhora 19
Presidente reforça a necessidade de uma participação ativa com o maior 20
número possível de representantes discentes na CCG, e da importância da 21
mesma participação nas discussões dentro das próprias unidades. Após, 22
informa do oferecimento pelo EA² do encontro sobre “Políticas de Educação 23
Superior, regulação do trabalho Acadêmico e Internacionalização” as 14 horas, 24
com o Prof. Jaime Morales Vasques do México. E não havendo mais itens, a 25
senhora Presidente agradece a presença de todos, o empenho na discussão 26
de um tema de grande relevância e finalizada os trabalhos da Reunião 27