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ATA DE REUNIÃO Data: 23 de novembro de 2017 Assunto: 2 a Reunião Presencial do GT Finanças Verdes Escopo temático: Eficientização energética; Geração distribuída (energia solar) As atividades tiveram início com falas introdutórias e institucionais dos representantes do BID, CVM, ABDE, reiterando os objetivos do GT, agradecendo a participação dos membros e dando boas-vindas aos novos membros que não participaram da 1ª reunião. todos parceiros do LAB presentes e posterior a apresentação dos consultores do objetivo e dinâmica de trabalho proposto para a 1ª reunião do GT Finanças Verdes. A agenda da 2ª reunião está disponível no Anexo I e a lista de presença assinada está disponível junto com a equipe da ABDE. Os Consultores BID apresentaram o processo de trabalho do GT, ressaltando que o objetivo é de construir um diálogo intersetorial para originar, avaliar e testar inovações financeiras que apoiem o desenvolvimento sustentável do Brasil. Reiterou-se o grande trabalho realizado desde a última reunião materializado por meio de dezenas de reuniões telefônicas com resultados registrados nas atas, apresentações em PPT, textos produzidos e consultados pelos membros e coordenadores das áreas temáticas e que estão disponíveis para consulta de todos os membros do GT na Intranet exclusiva do LAB https://intranet.greenfinancelac.org. Posteriormente, os consultores apresentaram agenda do dia de trabalho da 2ª reunião e consequentemente a reunião avançou para as seguintes sessões: Essa sessão apresentou a plenária do GT Finanças Verdes o novo coordenador da área temática Assuntos Regulatórios Orlando Lima (Ministério da Fazenda) -, que realizou uma apresentação das atividades realizadas até o momento, inclusive explicando o papel dos distintos agentes reguladores envolvidos no sistema financeiro nacional. Ressaltou que todos os agentes reguladores relevantes ao tema foram convidados a participar, em especial a CVM, SUSEP, PREVIC e o Banco Central. Da mesma forma, Sessão: Área temática Assuntos Regulatórios

ATA DE REUNIÃO Data...“verde” (certificadora reconhecida, tipo CBI); Uma vez certificado como “verde”, o empreendimento recebe novo aporte de recursos, via aquisição de

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ATA DE REUNIÃO

Data: 23 de novembro de 2017

Assunto: 2a Reunião Presencial do GT Finanças Verdes

Escopo temático: Eficientização energética; Geração distribuída (energia

solar)

As atividades tiveram início com falas introdutórias e institucionais dos

representantes do BID, CVM, ABDE, reiterando os objetivos do GT,

agradecendo a participação dos membros e dando boas-vindas aos novos

membros que não participaram da 1ª reunião. todos parceiros do LAB

presentes e posterior a apresentação dos consultores do objetivo e dinâmica

de trabalho proposto para a 1ª reunião do GT Finanças Verdes. A agenda da 2ª

reunião está disponível no Anexo I e a lista de presença assinada está

disponível junto com a equipe da ABDE.

Os Consultores BID apresentaram o processo de trabalho do GT,

ressaltando que o objetivo é de construir um diálogo intersetorial para originar,

avaliar e testar inovações financeiras que apoiem o desenvolvimento

sustentável do Brasil. Reiterou-se o grande trabalho realizado desde a última

reunião materializado por meio de dezenas de reuniões telefônicas com

resultados registrados nas atas, apresentações em PPT, textos produzidos e

consultados pelos membros e coordenadores das áreas temáticas e que estão

disponíveis para consulta de todos os membros do GT na Intranet exclusiva do

LAB https://intranet.greenfinancelac.org. Posteriormente, os consultores

apresentaram agenda do dia de trabalho da 2ª reunião e consequentemente a

reunião avançou para as seguintes sessões:

Essa sessão apresentou a plenária do GT Finanças Verdes o novo

coordenador da área temática Assuntos Regulatórios – Orlando Lima

(Ministério da Fazenda) -, que realizou uma apresentação das atividades

realizadas até o momento, inclusive explicando o papel dos distintos agentes

reguladores envolvidos no sistema financeiro nacional. Ressaltou que todos os

agentes reguladores relevantes ao tema foram convidados a participar, em

especial a CVM, SUSEP, PREVIC e o Banco Central. Da mesma forma,

Sessão: Área temática Assuntos Regulatórios

Page 2: ATA DE REUNIÃO Data...“verde” (certificadora reconhecida, tipo CBI); Uma vez certificado como “verde”, o empreendimento recebe novo aporte de recursos, via aquisição de

apresentou ao grupo que a abordagem metodológica adotada pela área

temática seria um pouco distinta das outras 3 grandes áreas temáticas, ou

melhor, funcionaria com um caráter de “consultoria do grupo” em relação ao

trabalho das demais áreas temáticas.

Portanto, não é expectativa que a área temática de assuntos regulatórios

proponha propostas piloto, mas participe do GT Finanças Verdes de maneira a

reagir a propostas piloto e/ou consultas encaminhadas pelas demais áreas

temáticas. Com intuito de ampliar a eficiência e objetividade dos trabalhos da

área temática, sinalizou-se há a necessidade que as demais áreas temáticas

realizarem análise regulatória prévia antes do encaminhamento de demandas

aos membros da área temática para que seus componentes tratem somente de

questões realmente de dúvidas regulatórias no sentido financeiro. Assim,

definiu-se que cada consulta deverá ter identificado previamente qual é de fato

a barreira regulatória antes de encaminhar a consulta aos membros dessa área

temática.

Foi ressaltado ainda os diálogos e participação ativa dos representantes

ANEEL nas reuniões dos membros da área temática. A ANEEL é a agência

reguladora vinculada ao escopo temático do primeiro ano de trabalhos do GT

(Eficientização energética; e Geração distribuída - energia solar.). Foi

confirmado que o representante da ANEEL poderia continuar participando da

área temática, mas que devido a choque de agendas não conseguiu participar

da reunião presencial. Portanto, sessão “Apresentação ANEEL” prevista para

ser realizada pelo dr. Aílson Barbosa (ANEEL) não foi realizada.

Em sequência os demais representantes dos agentes reguladores do sistema

financeiro nacional presentes ratificaram e elogiaram a dinâmica apresentada

pelo coordenador. Os demais membros do GT complementaram as falas

anteriores com informações e dúvidas sobre o status da notícia de Fundo

Garantidor que a ANEEL estava preparando, indicando o interesse sobre o

tema.

Decisões/Encaminhamentos: Após a interação dos participantes foi

identificado como consenso que a dinâmica de trabalho apresentada pelo

coordenador de que a área temática teria o caráter de “consultoria regulatória”.

Da mesma forma, ficou acordado que quando acionada por qualquer dos

membros do GT que uma análise prévia regulatória deveria ser encaminhada

para que a consulta seja feita de maneira eficiente e objetiva.

Solicitou-se que ainda que a área temática organizasse uma apresentação do

representante da ANEEL para todos os demais membros do GT, em formato

de reunião telefônica para esclarecimentos sobre o status da Proposta de

Fundo Garantidor para Eficiência Energética.

Sessão: Alinhamento das propostas da área temática Assuntos Regulatórios e discussão do grupo

Page 3: ATA DE REUNIÃO Data...“verde” (certificadora reconhecida, tipo CBI); Uma vez certificado como “verde”, o empreendimento recebe novo aporte de recursos, via aquisição de

A apresentação dessa sessão plenária do GT Finanças Verdes foi

realizada e coordenada por Maria Netto (BID) - coordenadora da área temática

Alternativas de Funding. Assim, a coordenadora Maria Netto apresentou com o

apoio dos demais membros do grupo como foi a dinâmica de trabalho da área

temática ressaltando que a mesma apresentou um número de atividades e

demandas de estudos bastante grande. Apesar de reconhecer que essa é uma

característica positiva do engajamento dos membros da área temática, reiterou-

se, porém que há a necessidade de trazer um foco devido as limitações de

recursos e tempo.

Portanto, todas as atividades foram capturadas e registradas nas Atas e

documentos das reuniões da área temática que estão disponíveis na intranet

do GT, mas algumas delas foram priorizadas e foram escolhidas para realizar

as apresentações durante a 2ª reunião. As demais atividades serão avaliadas

ao longo do tempo para identificar as possibilidades futuras de execução.

Por conseguinte, avançou-se na apresentação das outras 3 intervenções

estruturadas sobre o tema:

a) apresentação da Proposta sobre desenvolvimento de depósitos interfinanceiros verdes realizada por Gustavo Mattana (Fomento Paraná) e apoiada por Luiz Serrano (consultor do BID); Gustavo iniciou a apresentação expondo o contexto brasileiro e o status atual das regras de Compulsórios e Depósitos Interfinanceiros e Depósitos Interfinanceiros Vinculados. De maneira objetiva a proposta seria explorar a possibilidade de realizar a Vinculação dos Depósitos à Vista em Finanças Verdes e a criação de Depósitos Interfinanceiros Verdes – DIV. Como próximos passos o apresentador propôs que esse fosse escolhido como um dos pilotos a serem apoiados pelo GT, indicando como ações prioritárias: i) identificação de especialistas na temática que tenham interesse em se envolver; ii) realização de estudo das demais opções de vinculação existentes (ex. Microcrédito e a utilização dos depósitos à vista; iii) discussão sobre um potencial estabelecimento de uma diretiva institucional acerca do que são finanças verdes a exemplo do que há para microfinanças (Resolução Bacen nº 4.000, de 25 de Agosto de 2011; iv) discutir uma maneira de abordar o BACEN, pois o mesmo seria o principal stakeholder e a proposta somente possuiria viabilidade mediante a regulamentação do órgão sobre a temática. b) apresentação do Modelo CNI/ Banco Mundial realizada por Luiz Maurer

(Banco Mundial) e apoiada por Paulo Miotto (consultor do BID); A apresentação

foi coordenada por Luiz Maurer por meio de Vídeo Conferencia desde

Washington, DC (Estado Unidos da América). Explicou-se que esse foi um

projeto demandado pela Confederação Nacional da Industria do Brasil, aonde

foi percebida que em termos de eficiência energética o setor industrial brasileiro

Sessão: Área temática Alternativas de Funding - Considerações da Coordenação da área temática

Page 4: ATA DE REUNIÃO Data...“verde” (certificadora reconhecida, tipo CBI); Uma vez certificado como “verde”, o empreendimento recebe novo aporte de recursos, via aquisição de

está bastante distante de seus principais concorrentes globais. Da mesma

maneira foi exposto que em termos de priorização de ações de financiamento

para eficiência energética no Brasil o setor industrial de grande porte seria

bastante relevante, pois em um universo de cerca de 200 plantas há o

consumo de mais de 20% de toda energia elétrica do país. Luiz indicou que o

modelo ainda está em desenvolvimento, mas que migrou inicialmente de uma

ideia de criação de uma Super-ESCO para um formato de Fundo de Eficiência

Energética, que a princípio vem sendo discutido para que o Banco Mundial

potencialmente realizaria uma 1ª operação de crédito de cerca de USD 200

milhões. Ressaltou que há espaço para colaboração do BID e dos parceiros do

GT Finanças Verdes com a ideia.

c) Status da apresentação do questionário e seguimento do status do processo

para Asset Managers sobre Eficiência Energética liderado por Raquel Costa

(Bradesco) e Claúdio Maes (CVM) com apoio dos consultores do GT. Foi

apresentado pelos consultores e líderes dessa atividade do GT que os

membros da área temática realizaram a demanda de construir uma proposta de

questionário que captasse a percepção dos gestores de ativos sobre a visão de

Eficiência Energética. O questionário foi elaborado e uma primeira lista

contendo milhares de agentes vinculados a gestão de ativos foi identificada. O

processo de coleta e tratamento dos dados será realizado ao longo dos

próximos meses e será apresentado durante a próxima reunião presencial do

GT.

Os participantes reconheceram que a área temática tratou de um

número muito grande de temas e que a dinâmica de priorização proposta pela

coordenadora foi acertada para trazer resultados concreto as atividades do GT.

Decisões/Encaminhamentos:

Houve interesse manifesto em realizar a continuidade das atividades

vinculadas ao questionário e que o grupo aguarda o resultado da coleta e

sistematização dos dados. As questões orientadoras do questionário e as

empresas já contatadas pela equipe de consultores do GT estão disponíveis no

Anexo II deste documento.

Com relação a proposta de piloto apresentada pelo representante da

Fomento Paraná houve bastante interesse em conhecer mais e aprofundar o

debate, ressaltando que uma estruturação melhor da análise deveria ser feita

antes da apresentação efetiva para o grupo de assuntos regulatórios em que o

BACEN seria abordado. Entretanto, não houve objeção que essa proposta

avance como potencial proposta para servir de piloto para os trabalhados do

GT.

O grupo agradeceu e reconheceu a apresentação do modelo de trabalho

com a CNI pelo Banco Mundial e solicitou a possibilidade de que a

Sessão: Alinhamento das propostas da área temática Alternativas de Funding e discussão do grupo

Page 5: ATA DE REUNIÃO Data...“verde” (certificadora reconhecida, tipo CBI); Uma vez certificado como “verde”, o empreendimento recebe novo aporte de recursos, via aquisição de

apresentação geral pudesse ser disponibilizada para os membros para avaliar

de maneira mais ampla o potencial de replicabilidade e eventualmente como tal

modelo poderia ou não ser tratado como potencial proposta piloto.

O coordenador da área temática (Marco Antonio Fujihara – Aggrego) e a

relatora (Tatiana Itikawa – ANBIMA) lideraram essa sessão que apresentou

como foi a dinâmica de trabalho da área temática ressaltando:

a) Os resultados preliminares de benchmarking internacional, em

especial o material produzido que foi também apresentado pelo grupo de

Títulos Verdes, o estudo feito também está disponível para consulta dos

membros no link da área temática veículos de investimento da intranet do GT.

De maneira geral no documento são analisados os padrões internacionais das

seguintes instituições: i) ICMA – International Capital Market Association: The

Green Bond Principles; ii) IFC – Internacional Finance Corporation: “Green

Bonds – Working Towards a Harmonized Framework for Impacting Reporting”;

iii) Banco Mundial: Diretrizes para implementação de Títulos Verdes; iv) Climate

Bond Initiative (CBI): Climate Bonds Standard & Certification Scheme; v)

Proposta ISO (International Standards Organization) – ainda em

desenvolvimento;

b) Adicionalmente, foram apresentadas 3 propostas de potencial

piloto para serem analisadas pela plenária do GT, que são apresentadas de

maneira sumarizada a seguir:

Proposta 1) Sistema integrado entre empresa de energia, FIDC e Fundo

Garantidor da ANEEL - Uma empresa de energia cede recebíveis para

um FIDC e em troca recebe caixa para tocar a operação e cotas

subordinadas (alinhamento de interesses); O fundo e projeto,

empreendimento de eficiência energética recebem uma certificação de

“verde” (certificadora reconhecida, tipo CBI); Uma vez certificado como

“verde”, o empreendimento recebe novo aporte de recursos, via aquisição

de cotas subordinadas pelo fundo garantidor da ANEEL (o que aumenta a

garantia da operação e assim diminui seu custo de capital, bem como

alavanca a utilização dos recursos do fundo da ANEEL); Nesse modelo,

quando o empreendimento performar corretamente, o fundo da ANEEL

receberá recursos de volta, com upside de remuneração em relação ao

benchmark pagos às cotas seniores. Assim, a proposta é que o sistema

proposto se retroalimentaria.

Sessão Área temática Veículos de Investimento: Considerações da Coordenação da área temática

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Proposta 2) Fundos de Primeira Perda (First Loss) utilizando recursos de

Fundos de Investimento de Impacto/ Recursos de Cooperação

Técnica/Multilaterais. Apesar da ocorrência deste tipo de instrumento ser

pouco incidente no Brasil, este é um instrumento bem estabelecidos nos

mercados de capitais tradicionais. O instrumento é de aprimoramento de

crédito e/ou Equity para reduzir o risco, avançar nos objetivos sociais e

ambientais, usando o capital comercial e, ao mesmo tempo, estimular a

atividade de investimento em novos mercados. Tais instrumento podem

ser incorporados em uma estrutura de capital através de uma variedade

de instrumentos, incluindo subvenções, patrimônio, dívida subordinada e

garantias, os quais são melhores definidos por duas características

principais. Provedores multilaterais são os protagonistas no investimento

de impacto: sua capacidade e disponibilidade para oferecer proteção aos

outros investidores são os fatores mais importantes na condução de

maiores fluxos de capital através dessas estruturas.

Proposta 3) Estímulo a operações de cotas subordinadas em FIPs no

mercado baseadas em Conservação de Energia, Eficiência Energética e

Solar Distribuída. Apresentou-se que a princípio não há restrições legais

ou regulatórias, mas é instrumento pouco utilizado no mercado nacional.

A proposta estaria vinculada a aprofundar os estudos para compreender

melhor a questão mercadológica e se existem pontos na regulamentação

que podem ser melhorados.

Durante as discussões conseguintes a apresentação dos resultados do

trabalho da área temática de veículos de investimento a princípio, não ocorreu

nenhuma forte objeção as ideias propostas.

Entretanto, ficou evidente pelas intervenções dos membros do GT que,

caso o fundo garantidor da ANEEL não seja realmente criado, a primeira ideia

de piloto proposta, a princípio, enfrentaria dificuldades em sua

operacionalização.

Por outro lado, com relação a lógica identificação de fundos de primeira

perda, ressaltou-se que é um mecanismo interessante, porém que deve ser

utilizado sempre que seja identificado algum investidor com maior apetite a

risco que esteja disposto a motivar uma mudança comportamental nos agentes

de mercado. A representante da Embaixada Britânica ressaltou que haveria

interesse de instituições do Reino Unido em escutar e eventualmente apoiar

propostas no sentido avaliado.

Por fim, com relação a proposta de operações de cotas subordinadas em

FIPs no mercado, houve sinalização de concordância que as questões de sua

difusão são complexas e não estariam somente ligadas a questão regulatória.

Sessão: Alinhamento das propostas da área temática Veículos de Investimento e discussão do grupo

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Decisões/Encaminhamentos:

Seguindo decisão similar na discussão de assuntos regulatórios,

solicitou-se que o GT convide a ANEEL para apresentar melhor o status do

Fundo Garantidor para que seja identificado o impacto sobre a primeira

proposta de piloto.

Da mesma maneira, formalizou-se o convite para que a representante da

Embaixada Britânica avalie o potencial de apoiar atividades identificadas e

apresentasse um feedback sobre o assunto para os coordenadores da área

temática e secretaria do GT. Ressaltou-se ainda a necessidade de aproximar

os resultados do GT de Títulos Verdes e do GT Finanças Verdes para ganhar

em eficiência no tratamento dos trabalhos similares.

Com relação ao seguimento das propostas solicitou-se que os

coordenadores continuem a avançar nas questões de avaliação de barreiras

regulatórias para que posteriormente seja encaminhado a área temática

assuntos regulatórios para avançar nas propostas de atividades piloto.

A área temática de garantias é coordenada pelo representante do

BNDES (Marcus Cardoso Santiago) que liderou as atividades, que assim como

as demais áreas temáticas envolveu uma dezena de instituições e

profissionais, para avançar na questão de garantias para operações em

eficiência energética e solar distribuída. Entretanto, devido a um choque de

agendas o coordenador não conseguiu participar da reunião presencial. Assim,

a apresentação das atividades e resultados realizados pela área temática foi

distribuída em duas apresentações, uma que foi realizada pelo representante

do BNDES Fabiano Penna e uma segunda apresentação realizada por

Eduardo Grijó (BRDE) e Paulo Miotto (consultor do GT) sobre o Seguro de

Economia de Energia (SEE ou em inglês ESI- Energy Savings Insurance).

A apresentação do BNDES expôs o resultado dos trabalhos realizados

pelos membros da área temática em especial as seguintes avaliações que

estão publicadas na intranet do GT:

Benchmarking internacional sobre produtos de garantia oferecidos em

eficiência energética (BID);

Seguro Performance (FGV);

Seguro Paramétrico (Desenvolve SP);

EEGM – Mecanismo Garantidor de Eficiência Energética (FINEP);

Seguro sobre o Principal da Dívida (BNDES).

Fabiano Penna ressaltou que os membros da área temática consolidaram

as seguintes percepções fundamentais para questão de garantias:

Sessão: Área temática Garantias: Considerações da Coordenação da área temática

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Quadro com os principais achados das análises realizadas pela área temática GARANTIAS

Dificuldades em desenhar produtos padronizados para PF e PJ;

Falta de certificação e acreditação (ausência de uma certificadora/verificadora);

Bancos têm que olhar os projetos e não somente os clientes;

Incapacidade de avaliar tecnicamente projetos de eficiência energética;

Risco de crédito concentrado em desenvolvedoras/implementadoras de projetos com balanços limitados;

Ausência de garantias/mitigadores de riscos de performance e riscos de crédito gerando aversão ao default dos financiamentos;

Ausência de track record e casos de sucesso

Do estudo de benchmarking internacional extraímos como

fatores críticos de sucesso: necessidade de padronização dos

projetos, intermediários financeiros de boa qualidade, suporte

técnico e projeto adequado do instrumento garantidor/segurador;

Padrões de monitoramento e verificação do saving geram efeito

demonstração;

O uso da metodologia correta no dimensionamento dos ganhos em

eficiência energética reduz o custo de M&V, com consequente

redução no acionamento da garantia;

O seguro performance ajuda a mitigar alguns dos desafios colocados, entretanto, o

risco de crédito ainda continuaria como um desafio;

O custo do seguro será embutido no custo final para o cliente;

Necessidade de padronizar análises técnicas e criar critérios mínimos de aceitação

(ex: a economia atingida necessariamente tem que ser maior do que o custo do

projeto);

No caso do seguro paramétrico, a cobertura é feita a partir do comportamento de um

índice de um determinado evento climático, como chuva, temperatura ou evento, por

exemplo;

Customizado para cada cliente;

Estabiliza o fluxo de caixa;

Sobre o Mecanismo de Garantia de Eficiência Energética

(EEGM) Além do custo da fiança há o custo adicional da

consultoria (i.e. Atla Consultoria). Além disso as Instituições

financeiras devem estar preparadas para analisar e reconhecer o

parecer da consultoria.

No que diz respeito ao Seguro sobre o Principal da Dívida, garante apenas o

principal;

O valor máximo garantido não sofre atualização monetária;

Estabelece obrigações adicionais para o credor;

Prevê o compartilhamento de garantias;

O cruzamento de diferentes instrumentos financeiros permite maior alcance de resultados;

Na estruturação de instrumentos de garantia e seguros, deve-se levar em consideração a falta de capacidade nas instituições financeiras locais

para avaliar eficientemente os projetos;

Os prazos de duração do contrato de financiamento e seguro compatíveis com o retorno esperado da eficiência energética nos projetos são

essenciais para assegurar a viabilidade dos investimentos.

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Com base nas percepções identificadas a proposta apresentada pelo

BNDES caracterizou-se ainda como um passo anterior a construção de uma

proposta piloto em que o objetivo central seria elaborar uma Proposta de

Metodologia de Análise de Risco para Instituições Financeiras para apoiar

investimentos em Eficiência Energética avaliando 5 grandes áreas de risco com

subclassificação apresentadas na tabela abaixo.

Riscos Internos Não Técnicos: Riscos Legais:

• Custo • Reclamações de Terceiros

• Prazo • Contratos

• Fluxos de Caixa • Lei de Patentes

Riscos Externos Previsíveis: • Licenças

• Taxas de Câmbio Riscos Técnicos:

• Inflação • Implantação

• Impactos Ambientais • Riscos Específicos da Tecnologia

Riscos Externos Imprevisíveis • Performance

• Medidas Reguladoras • Mudanças na Tecnologia

• Parâmetros da Natureza

Por fim, foi sugerido como pontos de avanço os seguintes passos: a)

Revisar a matriz riscos endereçados por cada garantia; b) Avaliar outras

possibilidades de garantias (ex: FGI, ESI, etc.); c) Preencher a matriz de

aderência; d) Identificar possíveis lacunas; e) Ajustar os instrumentos

disponíveis ou criar um novo instrumento.

Por conseguinte, avançou-se para a apresentação sobre a experiência e o

modelo adotado no Programa “Fomentando o financiamento à eficiência

energética por meio do Seguro de Economia de Energia (SEE)” também

conhecido como “ENERGY SAVINGS INSURANCE”. Este programa está

atualmente sendo executado pelo BID em parceria com o BRDE, o BANDES

(Espírito Santo) e a Goiás Fomento. O ponto de partida encontra-se

exatamente na percepção que a indústria apresenta o maior potencial de

eficiência energética, aproximadamente 50% de todo o potencial até 2022. Da

mesma forma, a eficiência energética tem papel-chave para a redução de

investimentos em oferta de energia e de redução de emissões (9% do

financiamento climático do mundo). Ressaltou-se que o Brasil já possui metas

de conservação de energia (inclusive prevista no compromisso junto ao Acordo

de Paris - NDC). Porém, esse potencial ainda é pouco aproveitado e o Brasil

está na penúltima colocação quando avaliada as economias do G20.

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O modelo então procura trazer soluções para as seguintes barreiras:

a) Falta de confiança das empresas em fornecedores de tecnologia e

serviços; b) Baixa priorização a projetos de EE pela percepção de baixo retorno

ou pela competição com projetos finalísticos das empresas; c) Falta de

conhecimento e experiência dos empresários a respeito dos benefícios da EE;

d) Inadequação de linhas de financiamento às características de um projeto de

EE; e) Dificuldade das empresas em acessar linhas de financiamento

compatíveis com sua capacidade de pagamento; f) Aversão de empresas e

instituições financeiras aos riscos de default no caso de resultados de

economia de energia inferiores aos esperados;

O modelo ESI basicamente adiciona 3 elementos ao financiamento

tradicional de projetos de EE, isto é, um fundo de retenção, a seguradora e

uma entidade verificadora independente. Assim, a partir desse modelo, a

validação do projeto e do fornecedor pela ABNT; fundo de compensação e o

Seguro Garantia são fatores de mitigação de riscos.

Em termos de tempo de execução, o projeto está atualmente no processo

de adaptação apólice que será seguido por uma etapa de elaboração dos

procedimentos de verificação, plano de comunicação e capacitação dos

fornecedores. A expectativa é que o lançamento do projeto piloto ocorra em

março de 2018.

Os participantes reconheceram que a área temática cobriu um vasto

conteúdo de temas e conseguiu sintetizar em pouco tempo um volume

importante de informações para facilitar a compreensão dos membros do GT

sobre as complexidades existentes e diferentes perspectivas sobre

instrumentos de garantia aplicados ao escopo temático do primeiro ano do GT.

Entretanto, várias contribuições foram realizadas pela plenária do GT no

sentido de avançar na necessidade de ampliar as análises apresentadas, em

especial sobre a dinâmica de construção da metodologia proposta de avaliação

de risco exposta pelo BNDES. As contribuições foram direcionadas para que o

trabalho do GT tenha capacidade de gerar resultados concretos também na

possibilidade para evoluírem para uma proposta piloto.

Da mesma forma, reconheceu-se a inovação do modelo SEE/ESI

apresentado, despertando bastante interesse em conhecer a fundo, assim

como avaliar os limites e potencialidades para ampliar de sua execução.

Sessão: Alinhamento das propostas da área temática Garantias e discussão do grupo

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Decisões/Encaminhamentos:

Decidiu-se pela continuidade das atividades de elaboração de propostas

piloto seguindo a coordenação do BNDES, mas juntando esforços com a FGV

e FEBRABAN devido a existência de projeto que está sendo realizado sobre o

aprimoramento de matrizes de riscos.

Da mesma maneira, decidiu-se avançar em discussões para ampliar o

debate junto a SUSEP e a necessidade de diferenciar os riscos de agentes

distintos, assim como diferenciar os riscos e precifica-los de maneira distinta ao

longo da maturação dos projetos de investimento

A sessão de consolidação foi realizada por Maria Netto, recordando as

decisões e encaminhamentos definidos e já apresentados acima nos

encaminhamentos das quatro áreas temáticas.

Ressaltou-se que a expectativa é que na 3ª reunião presencial seja

realizada em abril, quando serão definidas as atividades pilotos a serem

apoiadas pelo GT. Em julho ocorreria provavelmente a 4ª reunião presencial

para a consolidação dos resultados propostos pelos pilotos.

A secretaria do GT entrará em contato com cada um dos coordenadores

para apoiar na realização de atividades entre as reuniões, assim como

organizar e apoiar na realização de reuniões telefônicas (e por meio da

ferramenta zoom) entre os membros de cada área temática.

Sessão: Consolidação da Reunião do GT e definição dos próximos passos

Page 12: ATA DE REUNIÃO Data...“verde” (certificadora reconhecida, tipo CBI); Uma vez certificado como “verde”, o empreendimento recebe novo aporte de recursos, via aquisição de

ANEXO I – AGENDA DA 2ª REUNIÃO PRESENCIAL DO GT FINANÇAS

VERDES

Proposta inicial:

2ª. Reunião do GT Finanças Verdes

Local: Rio de Janeiro/RJ Data: 23/11/2017 Horário: 9:30 –17:00

Hora Atividade Líderes/speakers

9:30

(10 min)

Abertura BID, CVM, ABDE

9:40

(10 min)

Introdução/Agenda do dia Thiago Mendes

(Consultor GT)

09:50

(20 min)

Área temática Assuntos Regulatórios

Considerações da Coordenação da área

temática

Orlando Lima(MF

com apoio do CVM,

SUSEP e BACEN)

10:10

(20 min)

Apresentação ANEEL

Aílson Barbosa

(ANEEL) com apoio

de Paulo Miotto

(consultor GT)

10:30

(20 min)

Alinhamento das propostas da área

temática Assuntos Regulatórios e

discussão do grupo

BID e Consultores

do GT

10:50 – 11:05

(15 min)

Coffee break

11:05

(10 min)

Área temática Alternativas de Funding

Considerações da Coordenação da área

temática

Maria Netto (BID)

11: 15

(30 min)

Proposta sobre desenvolvimento de

depósitos interfinanceiros verdes.

Gustavo (Fomento

Paraná), Luiz

Serrano (BID)

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11:45

(30 min)

Modelo CNI/ Banco Mundial Paulo Miotto/

Rodrigo (CNI).

12:15

(10 min)

Apresentação do questionário e

seguimento do status do processo

Paulo Miotto/

Raquel

(Bradesco) com

apoio de

Claúdio Maes – CVM

12:30

(15 min)

Alinhamento das propostas da área

temática Alternativas de Funding e

discussão do grupo.

BID e Consultores

do GT

12:30 – 14:00 Almoço

14:00

(10 min)

Área temática Veículo de Investimento:

Considerações da Coordenação da área

temática

Fujihara (Aggrego)

14:10

(20 min)

Apresentação de potencial proposta

piloto na área temática.

Tatiana (ANBIMA)

14:30

(20 min)

Alinhamento das propostas da àrea

temática e discussão do grupo Veículo

de Investimento

BID e Consultores

do GT

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14:50

(40min)

Área temática Garantias:

Considerações da Coordenação da área

temática

Marcus (BNDES)

15:30

(20 min)

Os avanços do programa

de energy savings insurance como

produto para

eficiência energética de PMEs

BRDE e BID

15:50

(20 min)

Alinhamento das propostas da área

temática Garantias e discussão do

grupo

BID e Consultores

do GT

16:10

(15 min)

Coffee break

16:30

(20 min)

Consolidação da Reunião do GT e

definição dos próximos passos

BID (Maria Netto)

16:50 –

17:00

(10min)

Encerramento BID, CVM e ABDE

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Anexo I – Cronograma tentativo do GT Finanças Verdes

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Anexo II - Questões potenciais para apoiar a Pesquisa junto a Gestores de

Ativos

Questões vinculadas a temática de gerenciamento de Ativos com

rebatimentos técnicos para eficiência energética e geração distribuída

(solar)

1. Inicial – caracterização da Gestora de Ativos

2. Detalhamento do portfolio:

a. Sua instituição investe em qual tipo de ativo? □ Financeiro □ Economia real

b. Em caso de economia real, ativos no campo de energia fazem parte do

seu portfólio? (e próximas perguntas) □ Sim □ Não

c. Quais tecnologias são consideradas dentro do setor de energia? □ Eólica □ Parque solar □ Solar distribuída □ Cogeração de energia □ Tratamento de água e efluentes □ Geração hidrelétrica □ Projetos de eficiência energética (compressores, refrigeração, caldeiras,

iluminação) d. Qual ticket mínimo para investimento? □ > R$ 50 milhões □ > R$ 10 milhões □ > R$ 5 milhões □ > R$ 1 milhão e. Quais elementos são considerados na avaliação dos riscos desse

investimento? □ Avaliação de crédito do tomador □ Maturidade tecnológica do projeto □ Vida útil da tecnologia □ PPA □ Estrutura física e financeira do tomador □ Outros (especificar: ) f. Quais os maiores obstáculos em investimentos dessa natureza? □ Variação de mercado / cenários □ Performance da tecnologia □ Avaliação complexa dos riscos técnicos □ Custos para acompanhamento e monitoramento □ Dificuldade de prospecção de bons projetos □ Alta percepção de riscos pelo cliente (dificuldade comercial)

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g. Outras informações ASSET MANAGEMENT – Já contactadas pela equipe do GT Finanças Verdes

1. Modal;

2. Angá Asset;

3. Claritas;

4. Credit Suisse;

5. J.P. Morgan Asset Management;

6. Adam;

7. Verde Asset Management S.A.;

8. Kinea Investimentos Ltda;

9. Brasil Plural;

10. Schroder Brasil;

11. XP Gestão de Recursos;

12. Gavea Investimentos;

13. Az Quest Investimentos;

14. Garde Asset Management;

15. Truxt Investimentos.

16. BRAM

PRIVATE EQUITY / VENTURE CAPITAL

1. Patria Investimentos;

2. Angra Partners;

3. Plataforma Capital;

4. Bozano Investimentos;

5. Votorantim Novos Negócios Ltda;

6. Vision Brazil Investments;

7. UBS Pactual;

8. BRL TRUST INVESTIMENTOS;

9. Rio Bravo;

10. Neo Investimentos;

11. LAEP Investments Ltda;

12. K2 Achievements;

13. Jardim Botânico Investimentos;

14. FIR Capital;

15. Invest Tech;

16. Stratus;

17. Fator Administrador de Recursos;

18. DLM Invista;

19. CRP Companhia de Participações;

20. Confrapar;

21. Axial Holding;

22. Genial Investimentos;

23. CdR CAPITAL;

24. ACE. https://acestartups.com.br/.