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Editores: José Gomes dos Santos Cidália Fonte Rui Ferreira de Figueiredo Alberto Cardoso Gil Gonçalves José Paulo Almeida Sara Baptista IMPRENSA DA UNIVERSIDADE DE COIMBRA 2015 ATAS DAS I JORNADAS LUSÓFONAS DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIAS DE INFORMAÇÃO GEOGRÁFICA

ATAS DAS I JORNADAS LUSÓFONAS DE CIÊNCIAS E …ctig2014.dei.uc.pt/CTIG2014/downloads/AtasIJLCTIG_A37.pdf · 2015. 5. 26. · de informações sobre a terra. Assim pode-se entender

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Editores:José Gomes dos SantosCidália FonteRui Ferreira de FigueiredoAlberto CardosoGil GonçalvesJosé Paulo AlmeidaSara Baptista

IMPRENSA DA UNIVERSIDADE DE COIMBRA2015

ATAS DAS I JORNADAS LUSÓFONAS DECIÊNCIAS E TECNOLOGIAS DEINFORMAÇÃO GEOGRÁFICA

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a r t i g o 37

integração doS SiStemaS de regiStro e

cadaStro atravéS de Um SiStema de

informaçõeS geográficaS

AMORIM, Amilton1; VICTORINO, Priscila da Silva2;

CARMO, Alisson Fernando Coelho do3 & JULIÃO, Rui Pedro4

1,2,3 Universidade Estadual Paulista - UNESP, Faculdade de Ciências e Tecnologia; Programa de Pós-

-Graduação em Ciências Cartográficas; Departamento de Cartografia - Tel.: +551832295500; Rua Roberto

Simonsen, 305. CEP- 19060-900 - Presidente Prudente - SP; [email protected] ; priscila.svictorino@

hotmail.com; [email protected] e-GEO-FCSH/UNL; Avenida de Berna, 26-C 1069-061 Lisboa; Tel: +351 21 790 83 00; email: [email protected]

reSUmo

O avanço da informática, o desenvolvimento dos Sistemas de Informações Geográficas e

o surgimento de profissionais capacitados para atuar na área, revelam às prefeituras e aos

serviços registrais novas possibilidades de intercâmbio de informações entre estas duas

instituições. Tal fato permite uma melhor descrição da realidade legal e geométrica dos

imóveis, além de possibilitar que esses dados sejam compartilhados entre outros sistemas

computacionais e disponibilizados aos usuários em formato digital. Dessa forma, este tra-

balho consiste em investigar estratégias para a integração entre os sistemas de Cadastro

e Registro de Imóveis, utilizando um Sistema de Informações Geográficas desenvolvido

para este propósito, por meio de tecnologias para disponibilização de mapas interativos

na Internet. Este método, ainda em desenvolvimento neste protótipo, considera a necessi-

dade dessas áreas em adquirir informações contidas em ambos os sistemas, bem como o

aperfeiçoamento da gestão administrativa na tomada de decisões. Os primeiros resultados

http://dx.doi.org/10.14195/978-989-26-0983-6_37

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apontam para uma melhoria do atendimento ao usuário, agilizando o processo na solicitação

de informações referentes aos imóveis.

palavraS-chave

SIG Cadastral, Cadastro técnico multifinaliltário, Integração entre os sistemas de cadastro

e registro.

integration BetWeen SyStemS cadaStre and regiStry

throUgh a geographic information SyStem

aBStract

The advancement of computer technology, the development of Geographic Information

Systems and the emergence of professionals qualified to work in this area, have shown

to county and registry services new possibilities for information exchange between these

two institutions. This fact allows a better description of the legal and geometric reality

of the properties, and it also enables these data to be shared between other computing

systems and made available to users in digital format. So, this work consist in investigate methods of integration between the Cadastre and Registration systems using Geographic

Information Systems (GIS) developed for this purpose, through the technologies for in-

teractive maps on the Internet. This method, still under development in this prototype,

considers the need for these areas to acquire information contained in both systems, the

improvement of administrative management in decision making. The first results indicate

an improvement of customer service, streamlining the process in the solicitation of infor-

mation related to real estate.

KeyWordS

Cadastral GIS, Multipurpose technical cadastre, Integration between systems cadastre and

registry.

1. introdUção

Apesar de ser uma atividade muito antiga, a Cartografia, que serviu

como importante instrumento de navegação e registro de terras ao Homem

por muitos anos, chegou a um ponto que não bastava mais ter feições

do espaço objeto representadas analogicamente, mesmo tendo evoluído

da rocha ao papel. As exigências começaram a ser cada vez maiores, de

acordo com a apresentação de novas tecnologias que foram desenvolvidas

Atas das I Jornadas Lusófonas de Ciências e Tecnologias de Informação Geográfica, Sessão 9, Artigo 37Integração dos sistemas de registro e de cadastro através de um Sistema de Informações GeográficasAmilton Amorim, Priscila Victorino, Alisson Carmo & Rui Julião

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a partir do avanço tecnológico, principalmente, nas áreas de Eletrônica

e Informática.

Com o avanço tecnológico nessas áreas, surgiu a possibilidade de se

informatizar os mapeamentos (digital) e ainda acoplar dados aos mesmos,

por meio de Banco de Dados (atributos), juntamente, novas demandas

e anseios surgiram.

O avanço tecnológico em Cartografia, nas duas últimas décadas, foi

muito forte quando comparado com o avanço no último século. Logo

após o surgimento dos sistemas computacionais de desenho, os chamados

CAD (Computer Aided Design), surgiram os Bancos de Dados Geográficos

(BDG) com aplicações, até então, apenas sonhadas por pesquisadores.

Quando se fala em Cadastro Territorial Multifinalitário (CTM), não se

pode deixar de falar em Cartografia, que é base de sua construção e mo-

delagem, e muito menos na inovação tecnológica quem vem viabilizando

a execução de trabalhos inovadores nesta área.

Por outro lado, o mesmo avanço tecnológico que tem viabilizado pro-

jetos nesta área, principalmente pelo desenvolvimento de instrumentos

inovadores e redução de custos, também tem provocado uma grande

preocupação com o uso indiscriminado de instrumentos inadequados para

a implantação de sistemas cadastrais, em razão da facilidade de acesso

que se tem a produtos cartográficos de baixo custo ou até gratuitos.

O Sistema Registral da Propriedade visa dar publicidade, autenticidade

e segurança aos atos jurídicos, portanto pode-se dizer que o Registro

de Imóveis não registra o imóvel propriamente dito, mas sim os direitos

relativos a eles. O direito de propriedade é abstrato, não sendo palpável,

ou seja, não é o imóvel, e sim o “direito” que uma ou mais pessoas de-

tém sobre o bem cadastrado e adequadamente descrito (RAMBO, 2011).

Uma das principais tendências mundiais que vem sendo observada,

além da utilização de informações cadastrais para múltiplas finalidades,

é a utilização dessas para resolver problemas de descrição dos imóveis,

fortalecendo um dos princípios registrais (especialidade), que tem por

objetivo a descrição inequívoca dos imóveis para individualizar os regis-

tros. No entanto, sabe-se que essa descrição, que sempre ficou a cargo

Atas das I Jornadas Lusófonas de Ciências e Tecnologias de Informação Geográfica, Sessão 9, Artigo 37Integração dos sistemas de registro e de cadastro através de um Sistema de Informações GeográficasAmilton Amorim, Priscila Victorino, Alisson Carmo & Rui Julião

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do próprio sistema de registro de imóveis, nem sempre consegue se

apresentar como “inequívoca”.

Acredita-se que se possa contribuir significativamente para a minimi-

zação desses problemas, utilizando o Cadastro Territorial Multifinalitário

como um sistema de disponibilização de informações que podem ser

utilizadas diretamente pelo sistema de registro de imóveis.

Pretende-se assim mostrar alguns resultados, obtidos até o momento,

no sentido de se propor um método para a interconexão do sistema ca-

dastral de uma cidade de pequeno porte com o sistema de registro de

imóveis, utilizando ferramentas de Sistema de Informações Geográficas

(SIG), implementado a partir de dados cadastrais dos imóveis que, até

então, são utilizados apenas para fins tributários.

Para que seja viável a interconexão do Cadastro com o Registro de

Imóveis serão necessárias algumas adaptações no atual sistema cadastral,

principalmente no que diz respeito ao rol de informações disponíveis e sua

compatibilização com as necessidades do sistema de registro de imóveis.

Acredita-se que, com a utilização do Sistema de Informações Geográficas

desenvolvido a partir de dados cadastrais, os procedimentos de registro

serão melhorados, principalmente pelo fato do atendimento ao princípio

registral da especialidade ser simplificado.

Neste contexto, este trabalho visa investigar os aspectos envolvidos na

modelagem e desenvolvimento de um Sistema de Informações Geográficas

que auxilie na integração entre as informações dos sistemas de Cadastro

Territorial Multifinalitário e Registro de imóveis de um município. Dessa

forma, objetiva-se que a implementação dos mapas interativos e dinâmi-

cos, disponibilizados na Internet possa auxiliar o acesso dos usuários a

estas informações de forma simples e intuitiva.

2. fUndamentação teÓrico-metodolÓgica

2.1. Interconexão entre o Cadastro Territorial Multifinalitário e Registro

de Imóveis

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O Cadastro Territorial Multifinalitário e o Registro de Imóveis são ins-

tituições diferentes com objetivos distintos, porém ambos possuem dados

e informações referentes ao mesmo objeto, que é o imóvel. O registro de

imóveis exerce o controle sobre informações a respeito do proprietário

do imóvel e a forma de aquisição do mesmo, enquanto o Cadastro realiza,

entre outras funções, a atividade de definir a localização geográfica da

parcela territorial e seu respectivo valor venal.

Segundo Jacomino (2000 apud CARNEIRO, 2003) “a Lei de Registros

Públicos estabelece que os imóveis matriculados devem estar especia-

lizados, ou seja, perfeitamente descritos e caracterizados, com todas as

minudências que permitam individuá-los e estremá-los de quaisquer outros”.

Assim, para garantir o princípio registral da especialidade é necessá-

rio, de acordo com Carneiro (2003), que “o Cadastro forneça ao Registro

de imóveis os dados descritivos e gráficos dos imóveis, especialmente

medidas lineares, superficiais e limites, como também os dados que os

individualizem dentro dos mapas oficiais. Porém, é preciso que o Registro

Imobiliário, por sua vez, forneça ao Cadastro as modificações das titu-

laridades de domínio dos imóveis, derivadas de atos de disposição por

vontade do titular”.

O processo de intercâmbio de informações, entre essas duas enti-

dades, deve ser cuidadosamente elaborado para que seja assegurada a

unicidade de cada propriedade e evite a superposição de áreas. A tarefa

da determinação da localização geográfica da parcela territorial contribui

para que esta seja descrita com todos os seus limites e confrontações,

considerando o princípio da especialidade. Para tanto, é importante que

as bases e dados cartográficos estejam georreferenciados, ou seja, refe-

renciados ao Sistema Geodésico Brasileiro.

Atualmente, existem softwares que viabilizam o desenvolvimento de

Sistemas de Informações Geográficas voltados à Web, muitos gratuitos e

de código aberto (Software Livre). Tais tecnologias podem ser utilizadas

na criação de mapas dinâmicos, por meio de consultas espaciais baseadas

nas necessidades do usuário. Esta forma avançada de difusão e interli-

gação de dados é um importante recurso que pode facilitar o acesso às

informações relacionadas ao cadastro imobiliário urbano municipal e

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contribuir com o processo de modernização da gestão pública.

Mesmo com o frequente desenvolvimento e avanço dos recursos

tecnológicos, muitos órgãos públicos tem dificuldades para promover a

integração das informações que pertencem a um mesmo contexto, mas

com origens e finalidades diferentes, como é o caso das informações pro-

venientes do Cadastro Territorial Multifinalitário e o Registro de Imóveis.

É comum encontrar duplicidades e ambiguidade das informações em razão

da individualização dos métodos de manipulação, muitas vezes manuais,

ou seja, não informatizados.

2.2. Sistema de Informação Territorial - SIT

Comumente confundido com um simples Sistema de Informações

Geográficas, o SIT possui características que o diferenciam de um SIG,

principalmente pelo fato de ser um sistema baseado em parcelas, que

registra direitos, restrições e responsabilidades, podendo ser desenvol-

vido para múltiplas finalidades, utilizando dados do Cadastro Territorial

Multifinalitário, tornando-se um importante instrumento de apoio ao

planejamento (AMORIM & YAMASHITA, 2008; FIG, 2010).

Um SIG pode ser implementado como um sistema para captura, arma-

zenamento, verificação, integração, análise e apresentação de dados sobre

a Terra, espacialmente referenciados. Obrigatoriamente, inclui um banco

de dados georreferenciados e outros softwares apropriados. Um SIT é

um sistema de aquisição, processamento, armazenamento e distribuição

de informações sobre a terra. Assim pode-se entender que um SIG pode

ser utilizado como ferramenta para implementação de um SIT (SASS &

AMORIM, 2013; WILLIAMSON et al. ,2010).

De acordo com os Artigos 4º e 5º, da Portaria MC - 511/2009, o SIT

é formado pelos dados do CTM relacionados ao Registro de Imóveis e

acrescentados os dados dos cadastros temáticos (BRASIL, 2009).

De acordo com SASS & AMORIM (2013), essas definições nos levam

a entender que um Cadastro Territorial Multifinalitário informatizado dá

origem ao SIT, composto de hardware, software, pessoas, dados e infraes-

trutura de rede, com o objetivo de gerenciar o CTM, e possivelmente o

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Registro de Imóveis, além de disponibilizar dados alfanuméricos e gráficos

para apoiar a gestão territorial.

Tão importante quanto a implementação deve-se considerar os proces-

sos de atualização, processamento e distribuição dos dados espaciais para

o apoio à tomada de decisão (LARSSON, 1996; SASS & AMORIM, 2013).

Considerando a disponibilização de dados e informações, um SIT deve

ser projetado para prever formas de fornecimento de dados como produtos

que, inclusive possam ser comercializados  (como mapas e documentos

descritivos), ou em forma de serviços especificamente solicitados. Sendo

assim, espera-se que um SIT possa fornecer atributos, que podem ser

apresentados de forma textual ou numérica e dados espaciais, que podem

ser apresentados em mapas (DALE & MCLAUGHLIN, 1990).

2.3. Sistema Gerenciador de Banco de Dados - SGBD

Um banco de dados consiste em um conjunto de dados inter-relacio-

nados e organizados de forma que seus dados possam ser facilmente

manipulados. Esta é a maneira mais viável de armazenar uma grande

quantidade de dados, como por exemplo, os dados cadastrais de um

município (DALAQUA et al., 2004).

Segundo Date (2000), o SGBD é a ferramenta que conecta o usuário

ao banco de dados, ou seja, todas as intervenções feitas pelo usuário ao

banco de dados são feitas por meio do SGBD. Tais intervenções podem

ser descritas como, acrescentar e remover arquivos ou tabelas, e também

buscar e atualizar dados. Dentre os SGBDs atuais mais popularmente

utilizados, temos o PostgreSQL.

O PostgreSQL, utilizado neste trabalho, é um SGBD objeto-relacional

de código aberto, robusto, confiável e flexível. É considerado objeto-rela-

cional por implementar, além das características de um SGBD relacional,

algumas características de orientação a objetos, como herança e tipos

personalizados. O PostgreSQL possui recursos como: consultas complexas,

chaves estrangeiras, integridade transacional, controle de concorrência

multi-versão, suporte ao modelo híbrido objeto-relacional, entre outros

(POSTGRESQLBR, 2014).

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A linguagem SQL é uma linguagem de definição e manipulação de

dados, isto é, com a referida linguagem podemos definir e construir ta-

belas/entidades, e também manipular diversas relações para a obtenção

dos resultados desejados (MALAMAN & AMORIM, 2010).

2.4. Servidor de mapas Web Services

Os servidores de mapas permitem aos usuários a interação com a

informação espacial, possibilitando o acesso às informações no formato

original, e consequentemente, consultas em diferentes níveis de comple-

xidades (PARMA, 2006).

Segundo Miranda (2003) para possibilitar a publicação de mapas pela

Web, alguns aspectos devem ser analisados, pois algumas funções bási-

cas de SIG, como mudanças de escala, navegação, consulta ao banco de

dados, interação com o mapa, entre outras, precisam ser implementadas.

O MapServer, utilizado neste trabalho, pode ser descrito como um

conjunto de recursos e ferramentas de código aberto (Open Source) que

permite o desenvolvimento de aplicações geográficas em ambientes de

Internet e Intranet. Ele foi desenvolvido com a utilização de outros proje-

tos de software livre sob patrocínio da NASA (EUA) a partir de 1996. Sua

plataforma de operação compreende aos sistemas Unix-like e Windows.

Este sistema é o servidor de mapas de código aberto mais popular na

área das geotecnologias e tem seu uso bastante difundido ao redor do

mundo (MIRANDA, 2002).

MapServer é um Web service que pode ser implementado como um

sistema individual CGI (Common Gateway Interface) ou como módulo

interno de linguagens de programação, como PHP, a partir da utilização

da biblioteca MapScript, sendo possível assim, utilizar seus recursos dentro

do contexto de execução do ambiente de programação.

Este sistema, oferece recursos para a construção e disponibilização

de mapas a partir de consultas em diferentes tipos de bases de dados,

como um SGBD - dados armazenados em um banco de dados controla-

dos por SGBD - ou Shapefile - dados armazenados em um arquivo com

definições geoespaciais.

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As consultas e definição dos mapas são direcionadas a partir de um

arquivo declarativo nomeado de mapfile. O mapfile armazena informações

para a construção das camadas de representação do mapa e pode ser

construído dinamicamente, a partir de uma linguagem de programação

como o PHP.

2.5. XML (eXtensible Markup Language)

A crescente utilização de Web services, e consequente integração de

diferentes tecnologias, exige a definição de um padrão de comunicação a

ser respeitado, independente da tecnologia utilizada. Este é o propósito

do XML: oferecer uma estrutura padronizada para a representação de

qualquer conteúdo, para favorecer a integração de sistemas.

O XML é uma linguagem de marcação de texto que pode ser utilizada

para descrever diversos tipos de dados, de forma hierárquica, com o ob-

jetivo de facilitar a distribuição de dados, principalmente pela Internet.

XML é independente de plataforma, tanto de hardware como de software,

permitindo que aplicações distintas sejam capazes de manipular o mesmo

conjunto de dados definidos em um arquivo XML por meio de operações

de leitura e escrita do arquivo.

Esta também é uma linguagem utilizada como base para outras lin-

guagens, ressaltando sua flexibilidade e capacidade de extensão, como

por exemplo, o XHTML (formato para páginas Web), o MathML (formato

para expressões matemáticas), SVG (formato para gráficos vetoriais), GML

(formato para dados geográficos), entre outros (OGC, 2011).

2.6. Integração de Tecnologias de Desenvolvimento WEB

A utilização de serviços e ferramentas voltadas para o desenvolvimento

de mapas digitais na Web tem crescido ao longo dos tempos. Existem

diversas ferramentas disponíveis para a construção e disponibilização de

mapas no ambiente Web, como aquelas abordadas por Schmidt e Weiser

(2012), os quais apresentam uma evolução histórica dos serviços de Web

Mapping (disponibilização e acesso de mapas no ambiente Web) e con-

cluem afirmando sobre a forte tendência de transformação dos mapas,

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a priori construídos de forma estática, para sua concepção dinâmica,

referente tanto à elaboração colaborativa dos mapas quanto ao consumo

do conteúdo inseridos no mapa.

A quantidade crescente de serviços de Web Mapping disponíveis pode

ser conferida à constante evolução e disponibilização de ferramentas que

permitem a manipulação destes objetos, como bancos de dados espaciais,

servidores e gerados de mapas, visualizadores, entre outros. No entanto,

para permitir a integração entre os diferentes componentes que viabilizam

a construção do contexto de um SIG ou SIT, é necessária a utilização

de mecanismos capazes de estabelecer a comunicação entre os mesmos,

papel este, desempenhado por linguagens de programação que efetuam

a ligação entre os componentes.

Basicamente, assim como as camadas de apresentação, aplicação e

de dados que definem a arquitetura genérica proposta por Luaces et al.

(2004) para a construção de um SIG, o fluxo de execução de sistemas

destas categorias é geralmente baseado na utilização de um visualizador

que exibe um mapa construído dinamicamente por meio de processa-

mento e consulta à uma base de dados espacial. Como o foco de um SIG

ou SIT é o contexto Web, a construção da interface de visualização deve

ser baseada em tecnologias que possam favorecer sua disponibilização

e execução em um navegador de Internet.

Uma das abordagens, e a que foi utilizada neste projeto, consiste na

construção da interface de visualização utilizando a linguagem de marca-

ção HTML (linguagem para construção de páginas Web) integrada com a

capacidade de interação oferecida pela linguagem de scripts Javascript que

pode realizar requisições assíncronas de dados, por meio de AJAX, para

a camada de processamento desenvolvida em PHP. PHP é uma linguagem

de programação robusta voltada, principalmente, para o desenvolvimento

de sistemas e aplicativos Web. Sua principal característica reside no fato

de ser executada no ambiente do servidor Web (Server-side), oferecendo

o cenário ideal para a construção de Web services, ou seja, sistemas que

oferecem serviços de processamento, disponíveis a outras aplicações

através da Web.

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Uma vez que a camada de processamento recebe uma requisição,

esta efetua o tratamento dos dados e realiza a consulta a um banco de

dados espacial, como o PostgreSQL com a extensão PostGIS, para que no

final do ciclo, as informações retornadas do banco de dados possam ser

representadas em um mapa construído dinamicamente por um servidor

ou gerador de mapas, como o MapServer.

3. procedimentoS metodolÓgicoS

Para o desenvolvimento deste trabalho foi utilizado o levantamento

cadastral de 2010, executado por Malaman e Amorim (2010) no município

de Ribeirão dos índios - SP.

Os dados cadastrais se referem às características físicas e geométricas

dos imóveis, relacionadas com os atributos dos respectivos proprietá-

rios. Dessa forma, pôde-se desenvolver os aplicativos a partir dos dados

reais, que podem ser utilizados para as duas finalidades de interesse

deste trabalho (Cadastro e Registro), uma vez que o Banco de Dados

Cadastrais contempla a maioria dos dados necessários para o referido

desenvolvimento.

3.1. Desenvolvimento

3.1.1. Modelagem do banco de dados

A primeira etapa para a concepção de um sistema é o planejamento

da modelagem dos dados de entrada. Especificamente neste trabalho,

existem dois principais aspectos envolvidos relacionados ao armazena-

mento dos dados: modelagem das informações relacionadas ao Sistema de

Cadastro Imobiliário e modelagem das informações referentes ao Sistema

de Registro de Imóveis. As relações entre todos esses aspectos necessitam

ser mantidas e vinculadas com o tempo em que ocorrem.

Partindo desse princípio, a modelagem do Cadastro e Registro é alcan-

çada através da definição de duas entidades separadas, mas dependentes

e correlacionadas, com suas informações específicas representadas por

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propriedade e proprietário, respectivamente.

A entidade “propriedade” contém informações relativas às caracterís-

ticas da parcela, incluindo as informações geográficas/geométricas. No

entanto, para manter a compatibilidade com a base de dados utilizada a

ser aproveitada, optou-se por manter estas características geométricas em

uma entidade separada, denominada “lote”, que se refere a cada parcela.

Na Figura 1 pode ser observado o Modelo de Entidade e Relacionamento

que define a modelagem do banco de dados. Vale ressaltar a utilização

do campo “ssqqllff” como identificador das entidades e relacionamentos

referentes ao lote e propriedade.

Figura 1 - Relacionamento entre as entidades

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618

3.1.2. Elaboração do banco de dados

Além da entidade “Lote” que contém as geometrias e identidades de

todos os imóveis do município definiram-se outras tabelas com seus

respectivos atributos, os quais podem incorporar informações referentes

ao Cadastro Imobiliário e Registro de Imóveis.

Foram adicionadas ao banco de dados de Ribeirão dos Índios duas

novas tabelas denominadas “Proprietário” e “Propriedade”. A primeira

se refere aos dados relacionados à descrição do proprietário do imóvel

como nome do proprietário, endereço, CPF/CNPJ, estado civil, entre outras

informações. A segunda diz respeito às características da parcela que a

identifica, tornando-a única e inconfundível. Esta tabela contém dados

como o identificador da parcela, endereço, data de registro, nome do

antigo proprietário, dimensão da testada, profundidade, área da parcela,

área da edificação, valor venal e a descrição geométrica da parcela, que

inclui as coordenadas de seus respectivos limites.

É importante ressaltar que as informações que não foram obtidas pelo

levantamento cadastral e que são de interesse dos sistemas de Cadastro

e Registro, foram simuladas no banco de dados para enriquecer o resul-

tado da análise e permitir testes mais condizentes com o contexto real

da aplicação.

3.1.3. Definição da Arquitetura

Após a modelagem inicial do banco de dados, é necessário um estu-

do sobre os recursos a serem implementados no sistema, para que seja

possível definir seus componentes e responsabilidades específicas.

Um dos recursos essenciais para este tipo de sistema é a capacidade de

criação de filtros dinâmicos, configurados de acordo com a necessidade

do usuário. Esses filtros são diretamente relacionados com a modelagem

do banco de dados, pois, caso não seja possível a utilização e consumo de

determinado dado armazenado, este dado armazenado passa a ser inútil.

Como os dados que compõem a modelagem do banco de dados podem

variar de acordo com o contexto de aplicação, principalmente os dados

dos proprietários e parcelas, que podem agregar dados censitários adi-

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cionais, é necessário que os filtros possam se adaptar de acordo com a

modelagem utilizada, sem a necessidade de reimplementação ou geração

de novos códigos do sistema.

Para isso, adotou-se uma representação em formato XML, para definir

as entidades e seus respectivos campos que integram o banco de dados,

ressaltando a importância da utilização da estrutura XML para permitir

a integração do sistema em outros contextos. Todos os parâmetros de

acesso e manipulação do banco de dados devem ser descritos no arquivo

de configuração XML, como nome do banco, dados da conexão com o

banco de dados e modelagem das entidades a serem consideradas.

Uma vez que a representação da modelagem é realizada em um for-

mato conhecido, os filtros de seleção dos dados podem ser construídos

dinamicamente a partir da leitura deste arquivo XML e carregados através

de processamento assíncrono com JavaScript/AJAX para obtenção dos

valores correspondentes.

A integração de diferentes tecnologias facilita a criação de componentes

específicos responsáveis por exercer tarefas únicas no sistema. A chamada

modularização do sistema é uma estratégia que agrega muitos benefícios

ao processo de desenvolvimento, principalmente à fase de manutenção e

atualização posterior. Neste sentido, foi adotada uma arquitetura modular,

na qual cada componente é responsável por desempenhar sua funciona-

lidade específica e se comunicar com as camadas adjacentes.

Na Figura 2 é apresentado um diagrama que corresponde ao fluxo

de interação dos módulos implementados, com diferentes tecnologias

utilizadas para o desenvolvimento do sistema.

4. reSUltadoS e diScUSSõeS

Como resultados deste trabalho têm-se um protótipo de SIG Cadastral,

desenvolvido como um sistema Web, no qual o usuário pode analisar um

determinado conjunto de dados e realizar diversas consultas de interesse

tanto para os sistemas de Registro de Imóveis quanto para o Cadastro

Imobiliário Urbano.

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Figura 2 - Arquitetura definida para o sistema desenvolvido

O usuário tem a possibilidade de visualizar a localização de cada imó-

vel matriculado juntamente com suas informações cadastrais (Figura 3),

verificar todos os imóveis confrontantes e ter conhecimento de quais e

quantos são os imóveis registrados dentro de um setor fiscal, bem como

os imóveis pertencentes a um determinado proprietário (Figura 4). Além

das consultas apresentadas, pode-se buscar informações relativas a valo-

res venais, atualizações de logradouros, bem como a verificação dos atos

de desmembramentos, remembramentos e mudanças de proprietários.

Para que o cadastro seja autêntico e refita a realidade de um municí-

pio é importante que não haja exclusão de informações, com exceções

das situações de retificações, e sim atualizações no banco de dados ba-

seadas na inserção de novos registros. Sendo assim, num caso em que

uma parcela seja desmembrada em outras duas, as informações do antigo

imóvel serão armazenadas no banco de dados e duas novas parcelas serão

criadas com referencia à primeira, ou seja, a primeira deixa de existir,

mas continua arquivada.

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Figura 3 - Visualização das características de uma determinada parcela

Um dado importante que permite discriminar uma parcela da outra

evitando a superposição de imóveis, é a sua localização geográfica por

meio das coordenadas georreferenciadas que definem os limites de cada

parcela. O sistema desenvolvido neste trabalho possibilita também que

o usuário localize uma propriedade pelas suas respectivas coordenadas.

Existe um importante recurso que pode ser implementado em projetos

futuros que é a relação do espaço temporal das informações referentes aos

proprietários e parcelas e a visualização dessas no sistema. É necessário

que, a partir de um novo registro, apenas as novas informações sejam

visualizadas, porém as antigas devem continuar armazenadas no banco

de dados, fazendo o mesmo papel dos antigos arquivos.

5. conclUSõeS

Apesar do presente trabalho ainda estar em fase de desenvolvimen-

to, com resultados preliminares, pode se concluir que os Sistemas de

Informações Geográficas são instrumentos fundamentais que podem

auxiliar na integração de dados pertencentes aos sistemas cadastrais e

registrais, levando em consideração que os SIG permitem o armazena-

mento, manipulação, análise de informações geográficas e possibilitam

a visualização destas através da criação de mapas temáticos.

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Figura 4 - Busca por parcelas pertencentes a um determinado proprietário

Além dos órgãos de Cadastro e Registro de Imóveis é importante também

que a população tenha acesso a algumas informações a respeito de suas

respectivas parcelas, uma vez que, o SIG Cadastral desenvolvido como

um sistema Web, além de disponibilizar informações com mais agilidade

e menor custo, é um sistema de fácil acesso para o usuário.

São diversas as consultas que um sistema de intercâmbio de informações

entre os Sistemas de Cadastro e Registro permite. Para isso, é necessário

que as informações estejam sempre atualizadas e que os dados sejam

confiáveis. Respeitando essas premissas e fazendo uso das tecnologias

e estratégias de implementações corretas, a disponibilização, análise e

exploração das informações pode ser realizada de maneira célere e trans-

parente, mas, sobretudo, permitido maior segurança jurídica ao processo.

Quanto a manutenção do sistema e atualização dos dados, pouco ainda

se tem a concluir, uma vez que será necessário o acompanhamento do

funcionamento do sistema proposto, que dependerá do próprio usuário.

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agradecimentoS

À Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior -

CAPES, pela concessão de bolsa de mestrado à um dos autores e pelo

apoio financeiro que permitiu a apresentação deste artigo no evento.

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Série Documentos

Imprensa da Universidade de Coimbra

Coimbra University Press

2015