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“Nada é mais importante do que salvar uma vida” Prefeitura de São Paulo Secretaria Municipal da Saúde SAMU 192 PROTOCOLO ATENDIMENTO PRÉ HOSPITALAR SUPORTE BÁSICO À VIDA

Atendimento Pré-Hospitalar - Suporte Básico à Vida

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Page 1: Atendimento Pré-Hospitalar - Suporte Básico à Vida

“Nada é mais importante do que salvar uma vida”

Prefeitura de São Paulo Secretaria Municipal da Saúde

SAMU 192

PROTOCOLO

ATENDIMENTO PRÉ – HOSPITALAR SUPORTE BÁSICO À VIDA

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“Nada é mais importante do que salvar uma vida” 1

PREFEITURA DE SÃO PAULO SECRETARIA MUNICIPAL DA SAÚDE

Prefeito GILBERTO KASSAB Secretário da Saúde JANUÁRIO MONTONE Coordenador da COGERH PAULO KRON PSANQUEVICH Diretor do SAMU 192 LUIZ CARLOS WILKE Diretor da Divisão do Complexo Operacional GUSTAVO GUILHERME KUHLMANN Diretor da Divisão do Complexo Regulador RENATO LUIZ MUSSO Diretor da Divisão de Pesquisa e Modernização CLAUS ROBERT ZEEFRIED Diretora da Divisão de Educação em Urgências DENISE SANTOS VILELLA Diretor da Divisão de Relações Públicas DOMINGOS GUILHERME NAPOLI

2011

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“Nada é mais importante do que salvar uma vida” 2

Vilella, Denise Santos. Protocolos de atendimento pré-hospitalar: suporte básico à vida./ Denise Santos Vilella. São Paulo: Secretaria Municipal de Saúde - SAMU, 2011. 94 p.

1. Atendimento pré-hospitalar. 2. Emergência. 3. Urgência. 4. Suporte Básico à vida. I. Vilella, Denise Santos. II Título CDU 616-08

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“Nada é mais importante do que salvar uma vida” 3

EQUIPE TÉCNICA DA REVISÃO DO PROTOCOLO: Claus Robert Zeefried - Diretor de Divisão de Pesquisa e Modernização Denise Santos Vilella - Diretora da Divisão de Educação em Urgências Jorge Luiz Vieira - Assessor Técnico do Núcleo de Educação em Urgências Leia Magna Leite - Assessora Técnica do Núcleo de Educação em Urgências Lucimar Aparecida Françoso - Assessora Técnica da Divisão de Pesquisa e Modernização Maria Elisa Diniz Nassar - Assessora Técnica do Núcleo de Educação em Urgências Marisa A. A. Malvestio - Assessora Técnica da Divisão de Pesquisa e Modernização Tatiana Mizusaki - Assessora Técnica do Núcleo de Educação em Urgências Walkiria Duarte de Almeida Francisco - Assessora Técnica do Núcleo de Educação em Urgências

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“Nada é mais importante do que salvar uma vida” 4

COLABORADORES: Adriana Aparecida dos Santos - Instrutora do Núcleo de Educação em Urgências Região Sudeste Aristóteles Marques de Oliveira - Instrutor do Núcleo de Educação em Urgências Região Leste Claudio Viegas - Instrutor do Núcleo de Educação em Urgências Região Norte Edenir Aparecida Sartorelli Tomazini - Instrutora do Núcleo de Educação em Urgências Região Sudeste Eliana dos Santos Annunziato - Instrutora do Núcleo de Educação em Urgências Região Leste Iara Terleskie Andreazzi - Instrutora do Núcleo de Educação em Urgências Região Centro Oeste Isabel Cristina Oliveira da Silva - Instrutora do Núcleo de Educação em Urgências Região Norte Leia Magna Leite - Assessora Técnica do Núcleo de Educação em Urgências Ligia Mara Souza Prado - Instrutora do Núcleo de Educação em Urgências Região Centro Oeste Lincon Luiz Montessino - Instrutor do Núcleo de Educação em Urgências Região Sudeste Lucia Tobase - Instrutora do Núcleo de Educação em Urgências Região Sudeste Luis Cássio Carneiro Leão - Instrutor do Núcleo de Educação em Urgências Região Sul Marcello dos Santos Gomes - Instrutor do Núcleo de Educação em Urgências Região Leste

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“Nada é mais importante do que salvar uma vida” 5

Maira Cristhiane Bogado Silva - Instrutora do Núcleo de Educação em Urgências Região Norte Maria Cecília Nogueira da Silva Pagliuso - Instrutora do Núcleo de Educação em Urgências Região Centro Oeste Marilda Franco de Oliveira Chiuzini - Instrutora do Núcleo de Educação em Urgências Região Centro Oeste Monica do Carmo Abrantes - Instrutora do Núcleo de Educação em Urgências Região Sul Natalia Regina Gregio Piza - Instrutora do Núcleo de Educação em Urgências Região Leste Simone Valentim Teodoro - Instrutora do Núcleo de Educação em Urgências Região Norte Tatiana Mizusaki - Assessora Técnica do Núcleo de Educação em Urgências

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“Nada é mais importante do que salvar uma vida” 6

BIBLIOGRAFIA CONSULTADA Os Protocolos aqui apresentados foram revisados e atualizados de acordo com as recomendações da National Association of Emergency Medical Technicians (NAEMT) e da American Heart Association (AHA), sendo utilizados como bibliografia:

1. NAEMT. PHTLS (Prehospital Trauma Life Support), tradução da 6ª edição, Rio de Janeiro, Elsevier, 2007.

2. AHA. Advanced Cardiovascular Life Support (ACLS). Provider Manual, 2010.

3. AHA Guidelines for Cardiopulmonary Resuscitation and Emergency Cardiovascular

Care. Part 11. Pediatric Basic Life Support. Circulation 2005; 112 (Suppl I):IV156-66.

4. AHA Guidelines for Cardiopulmonary Resuscitation and Emergency Cardiovascular Care. Pediatric Basic Life Support. Circulation 2010; 122:S862-S875.

5. AHA. 2010 AHA Guidelines for Cardiopulmonary Resuscitation and Emergency

Cardiovascular Care. Circulation 2010; 122: S640 – S946

6. Programa de Reanimação Neonatal da Sociedade Brasileira de Pediatria, 2011 www.sbp.com.br

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ÍNDICE Protocolo nº 01 - Papel e responsabilidades da equipe do SAMU...................................................... Protocolo nº 02 - Responsabilidades adicionais do condutor de veículos........................................... Protocolo nº 03 - Regras gerais de condução de veículos de emergência......................................... Protocolo nº 04 - Regras gerais para estacionamento de veículos de emergência na via pública....................................................................................................................................... Protocolo nº 05 - Procedimentos iniciais em caso de acidente com a equipe e ambulância do SAMU................................................................................................. Protocolo nº 06 - Regras Gerais da Avaliação da Segurança de Cena............................................... Protocolo nº 07 - Regras gerais de Biosegurança............................................................................... Protocolo nº 08 - Atendimento a vítimas portadoras de necessidades especiais............................... Protocolo nº 09 - Atendimento a vítima menor de 18 anos (desacompanhada) ou vítima sem condições de decidir............................................................................................................................ Protocolo nº 10 - Atendimento a vítima sem condições de decidir e acompanhada de menor de 18 anos de idade ou de pessoa que requer amparo ou auxílio.............................................................. Protocolo nº 11 - Atendimento a vítima sem condições de decidir e acompanhada de animais (cão-guia ou outro)....................................................................................................................................... Protocolo nº 12 - Abordagem da vítima que recusa atendimento e/ou encaminhamento para o hospital................................................................................................................................................ Protocolo nº 13 - Recebimento de ordens de autoridades policiais ou outras autoridades na cena.................................................................................................................................................... Protocolo nº 14 - Normas Gerais de abordagem em Ocorrências com Indícios de Crime................ Protocolo nº 15 - Atendimento a Vitima na presença de Médicos e Enfermeiros estranhos ao Serviço.............................................................................................................................................. Protocolo nº 16 - Cuidados com pertences de pacientes.................................................................. Protocolo nº 17 - Dispensa de Vítimas na Cena............................................................................... Protocolo nº 18 - Regras gerais para abordagem de eventos envolvendo: Atendimento em vias públicas / Presença da imprensa na cena /Presença de tumulto ou agitação social....................... Protocolo nº 19 - Regras gerais para abordagem envolvendo transporte aeromédico.................... Protocolo nº 20 - Segurança do paciente........................................................................................... Protocolo nº 21 - Sistematização de Passagem do Caso para a Central de Regulação Médica..... Protocolo nº 22 - Constatação de Morte Óbvia no Local da Ocorrência........................................... Protocolo nº 23 - Solicitação de Apoio do Suporte Avançado à Vida................................................. Protocolo nº 24 - Avaliação Primária ................................................................................................. Protocolo nº 25 - Oxigenoterapia....................................................................................................... Protocolo nº 26 - Avaliação Secundária (Trauma e não-trauma)....................................................... Protocolo nº 27 - Parada respiratória (adulto, criança e bebê).......................................................... Protocolo nº 28 - Parada Cardiorrespiratória (PCR) no Adulto:RCP (Reanimação Cardiopulmonar................................................................................................................................. Protocolo nº 29 - Parada Cardiorrespiratória na Criança (1 ano até puberdade) e no Bebê (menor de 1 ano):RCP (Reanimação Cardiopulmonar) com 1 e com 2 profissionais.................................... Protocolo nº 30 - Assistência ao Recém-nascido (RN): reanimação neonatal.................................. Protocolo nº 31 - Obstrução de Vias Aéreas – ADULTO................................................................... Protocolo nº 32 - Obstrução de Vias Aéreas – CRIANÇA................................................................. Protocolo nº 33 - Obstrução de Vias Aéreas – BEBÊ........................................................................

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Protocolo nº 34 - Avaliação da Cinemática do Trauma – Parâmetro de Gravidade.......................... Protocolo nº 35 - Hemorragia Externa e Suspeita de Hemorragia Interna......................................... Protocolo nº 36 - Choque Hipovolêmico............................................................................................. Protocolo nº 37 - Ferimentos............................................................................................................. Protocolo nº 38 - Queimaduras e Emergências Ambientais.............................................................. Protocolo nº 39 - Hipotermia.............................................................................................................. Protocolo nº 40 - Atendimento inicial ao politraumatizado.................................................................. Protocolo nº 41 - Trauma Cranioencefálico (TCE).............................................................................. Protocolo nº 42 - Trauma Raquimedular............................................................................................. Protocolo nº 43 - Lesão do Aparelho Locomotor - Extremidades....................................................... Protocolo nº 44 - Retirada de Vítimas: uso do KED e técnica de retirada rápida............................... Protocolo nº 45 - Dor Torácica............................................................................................................ Protocolo nº 46 - Crise Hipertensiva................................................................................................... Protocolo nº 47 - Distúrbio Metabólico (Hipoglicemia e Hiperglicemia).............................................. Protocolo nº 48 - Convulsão............................................................................................................... Protocolo nº 49 - Acidente Vascular Encefálico (AVE)........................................................................ Protocolo nº 50 - Problemas Respiratórios.......................................................................................... Protocolo nº 51 - Dor Abdominal e Abdome Agudo............................................................................. Protocolo nº 52 - Intoxicação Aguda.................................................................................................... Protocolo nº 53 - Acidentes com animais peçonhentos...................................................................... Protocolo nº 54 - Afogamento.............................................................................................................. Protocolo nº 55 - Alteração de Comportamento.................................................................................. Protocolo nº 56 - Parto Iminente e apresentações fetais anormais..................................................... Protocolo nº 57 - Limpeza de superfície da ambulância na presença de material biológico.............. Protocolo nº 58 - Procedimento de limpeza concorrente de ambulância............................................ Protocolo nº 59 - Procedimento de limpeza terminal de ambulância.................................................. Protocolo nº 60 - Procedimentos na ocorrência de acidentes biológicos e acidentes de trabalho............................................................................................................................................... Protocolo nº 61 - Escala de Coma de Glasgow e RTS....................................................................... Protocolo nº 62 - Telecardio...............................................................................................................

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Lista de Siglas

AM Ambulância

APH Atendimento pré-hospitalar

EPI Equipamento de proteção individual

GCS Escala de Coma de Glasgow

LCR Líquido céfalo-raquidiano

MMII Membros Inferiores

MMSS Membros Superiores

OVACE Obstrução de Vias Aéreas por Corpo Estranho

PCR

PIC

Parada cardiorrespiratória

Pressão Intracraniana

PR Parada respiratória

RCP Reanimação cardiopulmonar

RTS Revised Trauma Score

SAMU Serviço de Atendimento Móvel de Urgência

SAV Suporte Avançado à Vida

SBV Suporte Básico à Vida

SIV Suporte Intermediário à Vida

TCE Traumatismo crânio-encefálico

TRM Traumatismo raquimedular

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“Nada é mais importante do que salvar uma vida” 10

PROTOCOLO Nº 01 – SAMU 192 DA CIDADE DE SÃO PAULO Papel e responsabilidades da equipe de APH Página 01/02

Nível: S.B.V. Em vigor desde Jan/96 Rev. Nº 07 Junho/2011

1. ASPECTOS GERAIS DE CONDUTA PESSOAL: Ser pontual e assíduo no cumprimento da escala de trabalho;

Permanecer de prontidão durante todo o plantão, atendendo aos chamados com presteza e agilidade;

Apresentar-se uniformizado e asseado (barba feita, uniforme limpo e adequadamente fechado, cabelos presos, unhas curtas, maquiagem, brincos e colares discretos);

Adequar hábitos pessoais, linguagem e atitude ao ambiente de trabalho;

Não fumar, nem permitir que fumem dentro da base e/ou dentro da ambulância conforme legislação estadual;

Zelar pelo cumprimento dos protocolos e do estatuto do Funcionalismo Público;

Primar pelos princípios éticos e de legislação profissional dos diferentes profissionais envolvidos no cuidado;

Tratar com urbanidade os pacientes, familiares e cidadãos em geral;

Zelar pela imagem do serviço; Contatar a Central utilizando sempre a terminologia do Código “Q” e Alfabeto Fonético.

2. NA BASE OPERACIONAL: Realizar o chek-list da viatura, materiais, medicamentos e equipamentos no inicio e

término de cada plantão, incluindo a checagem do equipamento de oxigenioterapia fixo e portátil, equipamentos de comunicação e abastecimento de combustível;

Providenciar os reparos necessários na viatura logo ao início de cada plantão;

Providenciar a reposição de materiais de consumo ao início do plantão e/ou a cada atendimento;

Realizar a limpeza da AM e dos equipamentos conforme protocolos;

Zelar pela ordem e limpeza da base operacional

Zelar e contribuir para a harmonia das relações interpessoais e interinstitucionais durante o horário de plantão.

3. RECEBIMENTO DO CHAMADO/OCORRÊNCIA Receber e anotar o chamado: qualquer membro da equipe poderá fazê-lo;

Atentar para a ordem de transmissão do chamado pela Central de Operações, que é a seguinte: endereço, página do guia de ruas, código determinante, nomes do solicitante e da vítima, outras informações quando cabíveis;

Enquanto um membro da equipe anota o chamado, o condutor deverá iniciar a busca do endereço no guia de ruas, a fim de agilizar o atendimento;

Tempo previsto para saída da base após a recepção do chamado: - código ECHO: até 1 minuto; - código DELTA: até 2 minutos; - demais códigos: até 5 minutos.

4. DURANTE O DESLOCAMENTO ATÉ O LOCAL DO ATENDIMENTO: Zelar pelo respeito às regras de condução de veículos de emergência, conforme

protocolo e Código de Trânsito Brasileiro;

Estabelecer a melhor e mais segura rota para o local da ocorrência;

Buscar na relação o significado do Código determinante do chamado passado pela Central e preparar-se para o melhor atendimento

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“Nada é mais importante do que salvar uma vida” 11

PROTOCOLO Nº 01 – SAMU 192 DA CIDADE DE SÃO PAULO Papel e responsabilidades da equipe de APH Página 02/02

Nível: S.B.V. Em vigor desde Jan/96 Rev. Nº 07 Junho/2011

5. NA CENA DO ATENDIMENTO: Garantir sua segurança e a da equipe do SAMU 192, além dos circundantes e da vítima;

Apresentar-se como profissional do SAMU 192;

Avaliar a vítima e realizar as intervenções necessárias e previstas em Protocolo, dentro dos limites ético-profissionais;

Utilizar EPI durante todo o atendimento;

Manter o controle da situação, estabelecendo prioridades;

Apoiar, orientar e acalmar familiares e acompanhantes da vítima;

Entrar em contato com a Regulação Médica na Central de Operações, reportar o caso (Médico/a do SAV) e seguir as orientações determinadas pelo Médico Regulador.

6. DURANTE O TRANSPORTE DA VÍTIMA ATÉ O HOSPITAL:

Transportar a vítima para o hospital determinado pela Regulação Médica;

Trafegar sempre com o cinto de segurança afivelado bem como de todos os tripulantes;

Realizar o transporte rápido e seguro;

Transportar o acompanhante no banco da frente, ao lado do motorista, com o cinto de segurança devidamente afivelado;

Manter observação e cuidados constantes da vítima;

Preencher de forma completa a ficha de APH em duas vias com letra legível.

7. NO HOSPITAL: Informar à equipe da Unidade de Emergência do Hospital sobre: tipo de ocorrência,

condições da vítima e os procedimentos realizados;

Arrolar os pertences da vítima e entregar ao responsável da unidade;

Deixar a 2ª via da ficha de APH no hospital;

Agilizar o preparo da equipe, materiais e ambulância para novas ocorrências;

Comunicar à Central de Operações sua disponibilidade tão logo esteja liberado.

8. DURANTE O REGRESSO PARA A BASE: Comunicar à Central de Operações sobre a saída do hospital e a disponibilidade

Transmitir ao rádio-operador os dados referentes ao atendimento, utilizando o recurso de comunicação portátil disponível.

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“Nada é mais importante do que salvar uma vida” 12

PROTOCOLO Nº 02 – SAMU 192 DA CIDADE DE SÃO PAULO Responsabilidades Adicionais do Condutor de Veículos Página 01/02

Nível: S.B.V. Em vigor desde Jan/96 Rev. Nº 07 Junho/2011

Ao Condutor do Veiculo compete, adicionalmente ao Protocolo 1:

1. A responsabilidade de condução do veículo dentro das regras do trânsito previstas no Código de Trânsito Brasileiro para veículos de emergência;

2. Portar durante todo o plantão os documentos referentes à sua habilitação e os

documentos da viatura;

3. Conhecer o sistema viário e as principais referências da região;

4. Saber utilizar adequadamente o sistema de comunicação e de sinalização sonora e de iluminação da viatura. No deslocamento até o Local do Atendimento o Médico ou o Enfermeiro será o responsável pelo acionamento destes equipamentos.

5. Verificar antes do deslocamento da viatura:

Nível do óleo do motor e Km da troca;

Nível e estado da água do radiador;

Fluido de freio;

Tensão da correia do motor;

Estado geral da bateria;

Possíveis vazamentos;

Presença de fumaça anormal no sistema de escapamento;

Fixação e estado do escapamento;

Ruídos anormais;

Eventuais peças soltas dentro e fora da viatura;

Fixação e estado dos para-choques;

Funcionamento dos limpadores de parabrisa;

Sistemas elétricos, luminosos e sonoros;

Calibragem e estado de conservação dos pneus e estepe;

Existência de triângulo de sinalização, macaco e chave de rodas;

Arranhões e amassados na cabine e carroceria;

Limpeza geral externa da viatura;

Nível do combustível;

Marcador de temperatura do motor;

Ajuste do banco do motorista e cinto de segurança;

Ajuste dos espelhos retrovisores;

Ficha de abastecimento de combustível e Registro Individual de Viatura ( RIV );

Estado, carga e fixação do extintor de incêndio;

Guia da cidade;

Relatórios de trabalho;

Lanterna portátil;

Sistema de radio e comunicação;

Estado e conservação de todos os cintos de segurança da viatura.

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PROTOCOLO Nº 02 – SAMU 192 DA CIDADE DE SÃO PAULO Responsabilidades Adicionais do Condutor de Veículos Página 02/02

Nível: S.B.V. Em vigor desde Jan/96 Rev. Nº 07 Junho/2011

6. Verificar durante o deslocamento da viatura:

Ruídos anormais

Eventuais peças soltas em geral

Estado dos freios

Funcionamento do rádio fixo e/ou hand-talk

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“Nada é mais importante do que salvar uma vida” 14

PROTOCOLO Nº 03 – SAMU 192 DA CIDADE DE SÃO PAULO Regras Gerais de Condução de Veículos de Emergência Página 01/01

Nível: S.B.V. Em vigor desde Jan/96 Rev. Nº 07 Junho/2011

Regras fundamentais de condução de veículos de emergência: A segurança da equipe e dos cidadãos é prioritária. Sempre.

O condutor deve seguir as regras previstas no Código de Trânsito Brasileiro (CTB).

Números de passageiros na viatura: O número de passageiros permitido deve ser

igual ao número de cintos de segurança disponíveis e em condições de uso, além do paciente na maca, também com cinto. (CTB artigo 65)

Uso de dispositivos sonoros e de iluminação: devem ser utilizados somente em

efetiva prestação de serviço de urgência (CTB artigo 29). Recomenda-se que, além dos sinais luminosos e das sirenes, se utilize o farol baixo, tanto durante o dia quanto à noite.

Velocidade permitida: O veículo de emergência não tem direito a ultrapassar a

velocidade permitida pela via e pode sofrer sanções punitivas, mesmo se comprovada a efetiva prestação de serviços de urgência.

Privilégios do veículo de emergência no trânsito: O veículo de emergência tem o

privilégio de solicitar passagem e ultrapassar sempre pela esquerda. Para isso, o condutor deve utilizar os recursos sonoros e de iluminação, incluindo os faróis, para alertar os outros condutores de sua aproximação e já posicionar a ambulância na faixa de rolamento à esquerda. O veículo de emergência não deve ser conduzido no espaço entre faixas de rolamento.

Exceções permitidas em situação de emergência: Ultrapassar o semáforo vermelho*;

Andar na contra-mão*;

Estacionar em local proibido*. *Importante: O veículo de emergência apenas poderá se utilizar desses recursos quando estritamente necessário e desde que estejam garantidas todas as condições de segurança para si mesmo e para os outros. Na ausência de garantias de segurança, o condutor deve considerar que a segurança da equipe e dos cidadãos é prioritária. Para elevar a segurança nas situações acima, o condutor deve:

Solicitar apoio de policiais ou de agentes do trânsito presentes no local.

Alternar o tipo de sirene;

Projetar o veículo à frente em velocidade baixa e somente após garantir a segurança para o movimento.

Comportamento de segurança no trânsito: Evitar freadas e acelerações bruscas;

Evitar mudanças desnecessárias de faixa de rolamento (evitar “costurar”);

Não usar pisca-alerta quando em movimento;

Utilizar velocidade compatível com o procedimento necessário ao paciente;

Posicionar corretamente a viatura na cena de atendimento (ver protocolo de segurança de cena);

Sinalizar adequadamente a viatura e a via quando parado (ver protocolo de segurança de cena).

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PROTOCOLO Nº 04 – SAMU 192 DA CIDADE DE SÃO PAULO Regras Gerais para Estacionamento de Veículos de Emergência na Via Pública

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Nível: S.B.V. Em vigor desde Jan/96 Rev. Nº 07 Junho/2011

Se o veículo for o primeiro a chegar na cena, deve estacionar antes do evento e sinalizar o local:

Se a cena já estiver sinalizada, estacionar após o evento:

A ambulância deve ser parada no sentido da via, com os sinais luminosos ligados e a uma distância segura do evento;

Para decidir pela distância segura observe a existência de vazamento de óleo, combustível, gases, fumaça, fogo, etc;

A sinalização pode ser realizada com cones ou similares;

Se a equipe não tiver condições de efetivar a sinalização, deve solicitar à Central de Operações que acione apoio da CET;

Estabelecer a distância para a primeira sinalização, usando a velocidade máxima permitida para a via como referência:

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“Nada é mais importante do que salvar uma vida” 16

PROTOCOLO Nº 05 – SAMU 192 DA CIDADE DE SÃO PAULO

Informar a Central de Operações assim que possível sobre: o Local; o Existência de vítimas do acidente (na equipe ou outros veículos, etc); o Existência de vítimas já em atendimento; o Situação no local para avaliação das necessidades de apoio. Obs: Cabe a Central de Operações tomar as decisões e acionar os recursos necessários para o atendimento à equipe acidentada.

Se o acidente ocorrer durante o deslocamento para o chamado ou no retorno à base: . No caso de acidente com vítimas, cabe a equipe providenciar se possível :

o Sinalização do local para garantia de segurança ou solicitar apoio para tal; o Atendimento às vítimas conforme protocolo.

. No caso de acidente sem vítimas a equipe deve aguardar a decisão da Regulação médica sobre o prosseguimento.

Se o acidente ocorrer durante o deslocamento para o hospital (com vítima na viatura): . No caso de acidente com vítimas, cabe a equipe se possível providenciar:

o Sinalização do local para garantia de segurança; o Nova avaliação da vítima (já embarcada) na viatura; o Tranquilização de familiares e da vítima já embarcada; o Atendimento às vítimas do acidente conforme protocolo.

. No caso de acidente sem vítimas aguarde a decisão da Regulação Médica sobre o prosseguimento ou não para o hospital de destino.

Procedimentos Iniciais em Caso de Acidente com a Equipe e Ambulância do SAMU

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Nível: S.B.V. Em vigor desde Jan/96 Rev. Nº 07 – Junho/2011

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PROTOCOLO Nº 06 – SAMU 192 DA CIDADE DE SÃO PAULO Regras Gerais da Avaliação da Segurança de Cena Página 01/02

Nível: S.B.V. Em vigor desde Jan/96 Rev. Nº 07 – Junho/2011

- A avaliação da cena deve ser a primeira prioridade para todos; - Ela é uma identificação rápida dos diferentes fatores que estão relacionados com a ocorrência e a tomada de rápidas ações de controle de fatores que possam ameaçar a segurança da equipe, da vítima e dos circundantes; - O profissional jamais deve tentar uma ação de salvamento a menos que seja treinado para tal; - Em caso de risco o atendimento deve ser adiado até que a cena esteja segura.

Passos para avaliação da cena: 1. Qual é a situação? (estado atual) 2. Para onde pode ir? (potencial) 3. Como controlá-la?(operação e recursos)

Passo 1: Qual é a situação?

Considerar informações passadas pela Central de Regulação, por outras equipes no local e/ou por testemunhas;

À chegada na cena observar: situação geral, presença de outros serviços e presença de agente de risco (fogo, fumaça, animais, produto perigoso, inundação, instabilidade de estruturas, fios elétricos, acesso difícil, tráfego intenso, armamento, aglomeração de pessoas e risco de pânico em massa, fluidos corporais, no. de vítimas, etc);

Passo 2: Para onde a situação pode ir ?

Considerar a evolução possível da situação nos próximos minutos e horas, por exemplo: explosão, intoxicação por fumaça, rompimento da estrutura, choque elétrico, violência interpessoal, vazamento de produtos, contaminação, vias intransitáveis, aumento do número de vítimas, etc.

Passo 3: Como controlar a situação?

Considerar o acionamento de recursos de apoio e/ou especializados como : equipes adicionais do SAMU, Bombeiros, Polícia, CET, Sabesp, aeromédico, Eletropaulo, etc;

Todos os acionamentos devem ser solicitados por meio da Central de Regulação Médica;

Seguir regras gerais de estacionamento da viatura;

Seguir as regras gerais de biossegurança; Ações básicas de controle de riscos para a primeira equipe que chega na cena:

1. Diante de riscos óbvios, posicione-se em local seguro e próximo: a. Se a rede elétrica foi envolvida, o local mais seguro e próximo para se

posicionar é após os postes que ainda estiverem intactos. b. Se há presença ou suspeita de materiais tóxicos inaláveis ou fumaça, leve em

consideração a direção do vento e consequentemente da fumaça antes de se posicionar, o vento deve estar batendo às costas do profissional.

c. Se há fogo e fumaça na cena, além da direção do vento, considere uma distância de pelo menos 35m de distância para se posicionar com o vento batendo nas suas costas.

d. Se há escoamento de combustível posicione-se na direção contrária ao sentido do escoamento

2. Informar detalhes a Central de Regulação;

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PROTOCOLO Nº 06 – SAMU 192 DA CIDADE DE SÃO PAULO Regras Gerais da Avaliação da Segurança de Cena Página 02/02

Nível: S.B.V. Em vigor desde Jan/96 Rev. Nº 07 – Junho/2011

3. Delimitar zonas de segurança;

a. Se a cena é segura, iniciar o atendimento;

b. Se a cena é insegura, aguardar equipes especializadas na zona fria e

considerar a montagem do posto médico.

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“Nada é mais importante do que salvar uma vida” 19

PROTOCOLO Nº 07 – SAMU 192 DA CIDADE DE SÃO PAULO Regras Gerais de Biossegurança Página 01/01

Nível: S.B.V. Em vigor desde Jan/96 Rev. Nº 07 – Junho/2011

Biossegurança: É conjunto de normas e procedimentos considerados seguros e adequados à manutenção da saúde em atividades com risco de se contrair doenças profissionais.

Durante o Atendimento: Avaliar a segurança da cena conforme Protocolo. Se necessário, solicitar apoio à

Central de Operações;

Utilizar as precauções-padrão básicas como dispositivos de barreira (equipamentos de proteção individual -EPI) e práticas seguras;

EPI obrigatórios: o uniforme completo com calçado apropriado; o luvas de procedimento; o óculos de proteção; o máscara;

Práticas seguras: o Manter unhas curtas e limpas e caso se aplique, manter os cabelos presos; o não utilizar adornos em excesso de número e de tamanho (correntes,

pulseiras, anéis e brincos). Obs: Brincos do tipo argola não são permitidos. Prefira o uso apenas de relógio;

o Desprezar materiais perfuro-cortantes no coletor apropriado da ambulância; Obs: Veja outros aspectos no Protocolo de Segurança do paciente

Em caso de ocorrência de respingos biológicos acidentais lavar imediatamente o local com sabão e água corrente ou soro fisiológico;

Em caso de acidente de trabalho durante o atendimento, ver Protocolo específico.

Após o atendimento: Recolher todo o lixo produzido no atendimento (luvas, gazes, etc) para ser

descartado na lixeira da ambulância;

Desprezar as luvas e todo o material (lixo) de consumo não cortante utilizado no atendimento (invólucros, lençóis descartáveis, gazes, luvas etc) no coletor de lixo hospitalar adequado (saco branco leitoso);

Lavar cuidadosamente as mãos e antebraços, com água e sabão e secar;

Na impossibilidade de lavar as mãos, utilizar álcool gel;

Trocar o uniforme, caso o mesmo esteja úmido/sujo por fluídos corporais da vítima;

Proceder a limpeza e desinfecção concorrente da ambulância (principalmente das superfícies tocadas) e de materiais e equipamentos utilizados;

Quando cheios, descartar o saco de lixo branco leitoso da ambulância (de material médico-hospitalar) e o coletor de pérfuro-cortantes no hospitais de destino e em local apropriado, de onde serão devidamente descartados.

Obs: Jamais descarte esses itens em lixo comum.

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“Nada é mais importante do que salvar uma vida” 20

PROTOCOLO Nº 08 – SAMU 192 DA CIDADE DE SÃO PAULO Atendimento a vítimas portadoras de necessidades especiais Página 01/01

Nível: S.B.V. Em vigor desde Junho/05 Rev. Nº 07 – Junho/2011

Regras gerais da abordagem de vítimas portadoras de necessidades especiais: Identificar-se;

Ser paciente;

Transmitir segurança;

Solicitar a presença de um familiar ou responsável durante o atendimento;

Explicar a vítima e aos familiares todos os procedimentos que serão realizados;

Usar palavras simples e de fácil compreensão;

Repetir as informações quantas vezes forem necessárias.

1. VÍTIMA COM DEFICIÊNCIA AUDITIVA: Falar pausadamente e olhando diretamente para os olhos da vítima para que ela

possa usar a leitura labial;

Utilizar a escrita, se necessário.

2. VÍTIMA COM DEFICIÊNCIA VISUAL Descrever os procedimentos realizados;

Manter contato físico constante (com os braços da vítima).

3. VÍTIMA COM DÉFICIT DE DESENVOLVIMENTO INTELECTUAL Manter comunicação constante;

Dar tempo para que a vítima responda suas perguntas.

4. VÍTIMA IDOSA Tratar com respeito

Respeitar suas limitações, angústias, medos e pudor

5. VÍTIMA PEDIÁTRICA Permitir que os pais acompanhem a criança;

Permitir que a criança leve um objeto de estimação para sentir-se mais segura.

6. VÍTIMA SEM RESIDÊNCIA FIXA (Sem teto) Permitir que leve seus pertences mínimos de acordo com a disponibilidade de

espaço na AM desde que não comprometa o atendimento à mesma e não coloque a equipe em situação de risco ou exposição à contaminação.

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“Nada é mais importante do que salvar uma vida” 21

PROTOCOLO Nº 09 – SAMU 192 DA CIDADE DE SÃO PAULO Atendimento a vítima menor de 18 anos (desacompanhada) ou vítima sem condições de decidir

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Nível: S.B.V. Em vigor desde Junho/05 Rev. Nº 07 – Junho/2011

Considera-se uma vítima sem condições de decidir aquela que é encontrada sozinha, inconsciente, alcoolizada intoxicada por drogas ou é portadora de deficiência mental dentre outras.

Seguir as regras gerais da abordagem de vítimas portadoras de necessidades especiais;

Assim que possível, comunicar-se com a Regulação Médica sobre o atendimento;

Solicitar que vizinhos ou conhecidos acompanhem a vítima até o hospital, registrando nome, endereço e telefone;

Na ausência de acompanhante, informar os vizinhos ou circundantes sobre o hospital de destino e solicitar que, se possível, comuniquem os familiares da vítima;

Todos os dados obtidos e orientações dadas devem ser anotados na ficha de atendimento;

Em caso de ausência de acompanhante, o médico do hospital de destino deve ser informado para avaliação da necessidade de acionamento do serviço social do hospital para: Acionamento do Conselho Tutelar para menores de 18 anos; Localização de familiares no caso de vítimas sem condições de decidir.

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“Nada é mais importante do que salvar uma vida” 22

PROTOCOLO Nº 10 – SAMU 192 DA CIDADE DE SÃO PAULO

Atendimento a vítima sem condições de decidir e acompanhada

de menor de 18 anos de idade ou de pessoa que requer amparo

ou auxílio

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Nível: S.B.V. Em vigor desde Junho/05 Rev. Nº 07 – Junho/2011

Considera-se:

Vítima sem condições de decidir: aquela que é encontrada inconsciente, alcoolizada ou intoxicada por drogas, dentre outras circunstâncias;

Pessoa que requer amparo ou auxílio: idoso acamado ou dependente e portadores de deficiência mental, dentre outros.

Seguir as regras gerais da abordagem de vítimas portadoras de necessidades especiais;

Assim que possível, comunicar-se com a Regulação Médica sobre o atendimento à vítima sem condições de decidir e acompanhada de menor ou de pessoa que requer auxílio;

Se possível, solicitar que vizinhos ou conhecidos responsabilizem-se pelo menor de 18 anos ou pela pessoa que requer auxílio, registrando na ficha o nome completo e o endereço desse responsável;

Caso não seja possível atender ao item anterior, acionar a Regulação Médica para a tomada de decisão;

Caso a decisão seja por conduzir a pessoa juntamente com a vítima, informar os vizinhos ou circundantes sobre o hospital de destino para o qual será encaminhada a vítima e solicitar que se possível, comuniquem a outros familiares;

No hospital, após passagem do caso para o médico assistente, solicitar auxílio do serviço social local para passagem do caso acerca do acompanhante, registrando o nome e cargo do funcionário que assumir a responsabilidade da guarda;

Caso não seja possível atender ao item anterior, solicitar ao enfermeiro de plantão que se responsabilize pelo acompanhante, registrando o nome e cargo do funcionário que assumir tal responsabilidade;

Caso nenhum responsável pelo menor de 18 anos compareça à unidade caberá ao serviço social do hospital acionar o Conselho Tutelar.

Page 24: Atendimento Pré-Hospitalar - Suporte Básico à Vida

“Nada é mais importante do que salvar uma vida” 23

PROTOCOLO Nº 11 – SAMU 192 DA CIDADE DE SÃO PAULO

Atendimento a vítima sem condições de decidir e acompanhada

de animais (cão-guia ou outro)

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Nível: S.B.V. Em vigor desde Junho/05 Rev. Nº 07 – Junho/2011

Considera-se:

Vítima sem condições de decidir: aquela que é encontrada inconsciente, alcoolizada ou intoxicada por drogas, dentre outras circunstâncias;

Seguir as regras gerais da abordagem de vítimas portadoras de necessidades especiais;

Atenção para animais agressivos que possam oferecer risco à equipe;

Em acidentes envolvendo animais e seus donos, o animal não deve ser abandonado. Nesses casos, solicitar auxílio para que alguém cuide do animal e anotar os dados do responsável (familiares, vizinhos e acompanhantes, etc );

Em caso de cão-guia acompanhante de pessoas com deficiência visual: Deve-se considerar que o cão-guia é um animal altamente treinado e que a equipe

deve se esforçar para manter a vítima e o animal reunidos até a chegada ao destino; O animal deverá acompanhar o paciente na ambulância a menos que sua presença

na viatura dificulte a execução de procedimentos ou traga riscos para a segurança da equipe ou para os equipamentos;

Pode-se considerar meios de transporte alternativos para o animal, como no caso da presença de equipes da polícia, CET, bombeiros ou outras instituições que possam transportar o animal até o destino do paciente;

Documentar na ficha de atendimento todos os detalhes envolvendo esse tipo de animal.

Informe a Regulação Médica sobre a presença do animal e os dados de quem ficou com o mesmo.

Page 25: Atendimento Pré-Hospitalar - Suporte Básico à Vida

“Nada é mais importante do que salvar uma vida” 24

PROTOCOLO Nº 12 – SAMU 192 DA CIDADE DE SÃO PAULO

Abordagem da vítima que recusa atendimento e/ou

encaminhamento para o hospital

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Nível: S.B.V. Em vigor desde Junho/05 Rev. Nº 07 – Junho/2011

Seguir as regras gerais da abordagem de vítimas portadoras de necessidades especiais;

Insistir no esclarecimento sobre a importância do atendimento e/ou encaminhamento para o hospital;

Se possível, realizar a avaliação primária e secundária para a obtenção de dados que permitam avaliar o risco;

Identificar e anotar situações que indiquem que a vítima se encontra prejudicada em sua capacidade de decisão, tais como: alterações do nível de consciência, intoxicação etílica ou por drogas, alterações de comportamento;

Na persistência da recusa, informar o Médico Regulador sobre a situação e as condições da vítima e aguardar orientações;

Relatar detalhadamente a ocorrência na ficha de atendimento incluindo as orientações dadas e solicitar à vítima e a uma testemunha, que assinem a ficha de atendimento, no campo específico para esse fim;

Caso não seja possível atender ao item anterior, utilizar como testemunha seus companheiros de plantão. Lembre-se que a assinatura da própria vítima ou de testemunhas tem maior respaldo legal;

Page 26: Atendimento Pré-Hospitalar - Suporte Básico à Vida

“Nada é mais importante do que salvar uma vida” 25

PROTOCOLO Nº 13 – SAMU 192 DA CIDADE DE SÃO PAULO

Recebimento de ordens de autoridades policiais ou outras

autoridades na cena

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Nível: S.B.V. Em vigor desde Junho/05 Rev. Nº 07 – Junho/2011

Determinações ou ordens emanadas de bombeiros, policiais ou outras autoridades presentes ao local da ocorrência, caracterizam o recebimento de ordens por autoridades.

Ordens pertinentes às estabelecidas nas rotinas operacionais ou aos protocolos assistenciais do SAMU 192:

Acatar as determinações somente se as ordens não forem contrárias ao Protocolo vigente e estiverem voltadas à manutenção da segurança da equipe e/ou das vítimas.

Registrar detalhadamente as intercorrências e decisões na ficha de atendimento.

Ordens contrárias às estabelecidas nas rotinas operacionais ou protocolos assistenciais do SAMU 192:

Esclarecer a autoridade que as ordens ferem os regulamentos do SAMU 192;

Informar à Regulação Médica e aguardar as orientações sobre como proceder; OBS: Somente o Médico Regulador poderá autorizar a realização de procedimentos não protocolares

Registrar detalhadamente as intercorrências e decisões na ficha de atendimento.

Page 27: Atendimento Pré-Hospitalar - Suporte Básico à Vida

“Nada é mais importante do que salvar uma vida” 26

PROTOCOLO Nº 14 – SAMU 192 DA CIDADE DE SÃO PAULO

Normas Gerais de abordagem em Ocorrências com Indícios de

Crime

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Nível: S.B.V. Em vigor desde Junho/05 Rev. Nº 07 – Junho/2011

Objetivos: este Protocolo tem por objetivo descrever condutas assertivas para as equipes, com a finalidade de preservar evidências periciais, sem comprometer o atendimento à vítima.

1. Observar indícios de ocorrência criminal nas seguintes situações:

Acidentes (trânsito, queda, incêndios, etc);

Agressões interpessoais ou autoagressão (FAB, FPAF, intoxicação, múltiplas lesões por objetos contundentes, queimaduras extensas, abortamentos sem causa justificável aparente, etc.);

Parada cardiorrespiratória em vítimas sem acompanhante e/ou sem informações adicionais; História incompatível com as lesões encontradas e/ou com a situação da cena; Acionamento em apoio a ações policiais.

2. Nos casos acima, certifique-se de que foi solicitado apoio da Policia Militar por intermédio da Central de Operações e colha o máximo possível de informações ainda durante o deslocamento até a cena;

3. A segurança da equipe deve ser prioritária:

Se a cena estiver segura, iniciar a abordagem da vítima;

Se a cena for insegura, afastar-se e comunicar-se com a Central de Operações para as medidas necessárias de acionamento dos recursos especializados (policiamento, bombeiros, etc), observando e anotando pessoas que adentrem o local bem como eventos que ocorrerem na cena enquanto aguarda o apoio (sempre em lugar seguro e afastado com margem de segurança.

4. A cena não deve ser alterada, a menos que seja absolutamente necessário, para as

ações de socorro à vítima, como por exemplo:

Necessidade de RCP;

Risco para a(s) vítima(s);

Risco para a equipe;

Risco para outras pessoas ou risco de novos acidentes;

Impossibilidade física de acesso à(s) vítima(s);

Impossibilidade de outra forma de atendimento. 5. Regras gerais para abordagem de cenas com indícios de crime: Em relação à vítima:

Somente movimentar a vítima se for necessário para avaliação e procedimentos;

Após ter movimentado a vítima e constatado óbito, jamais tentar retorná-la à posição inicial, mas apenas descrever na ficha a posição em que ela foi encontrada;

Se necessário, retirar as vestes da vítima;

Agrupar e colocar em saco plástico todos os objetos e roupas retirados da vítima e entregar ao policial;

Estar atento a todas as informações fornecidas pela vítima durante o atendimento e transporte, anotando-as e transmitindo-as ao policial.

Page 28: Atendimento Pré-Hospitalar - Suporte Básico à Vida

“Nada é mais importante do que salvar uma vida” 27

PROTOCOLO Nº 14 – SAMU 192 DA CIDADE DE SÃO PAULO

Regras gerais de abordagem em ocorrências envolvendo

suspeita de crime (cena de crime)

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Nível: S.B.V. Em vigor desde Junho/05 Rev. Nº 07 – Junho/2011

Em relação à cena:

Informar ao policiamento se foi necessário: - Movimentar mesas, cadeiras ou outros móveis para acessar a vítima ou executar procedimentos, descrevendo sua posição inicial; - Acender luzes na cena; - Tocar em algum objeto sem luvas;

Recolher da cena todo o material médico-hospitalar utilizado no atendimento, como luvas, invólucros, gazes e outros resíduos, dando a eles o destino protocolar;

Não limpar nem retirar ou recolher objetos ou sujidades que já se encontravam no local;

Não circular muito na cena, procurando evitar apagar marcas de sapatos, pneus e outras;

Evitar pisar em poças de sangue;

Não tocar em objetos da cena com as luvas sujas com sangue;

Não mexer em objetos na cena, exceto se colocarem a segurança da equipe em risco (exemplo: arma muito próxima ou vidros quebrados).

Em relação ao tipo de lesão:

Em caso de ferimento penetrante, durante a retirada de vestes e exposição da vítima, preservar a área perfurada da veste, não fazendo cortes no local da perfuração;

Em caso de enforcamento, se não houver sinais de morte óbvia, movimentar a vítima para permitir o seu atendimento, preservando o instrumento utilizado na ação, incluindo o nó, quando presente. Diante da presença de armas de fogo ou armas brancas na cena:

Não tocar, a menos que haja risco para a equipe como, por exemplo, a possibilidade de acionamento inadvertido ou utilização por outra pessoa na cena;

Se houver risco, afastar a arma, manuseando-a apenas pelo cabo e com as mãos enluvadas, colocando-a em um lugar que seja seguro para a equipe e para terceiros;

JAMAIS tentar manipular uma arma de fogo, visando desarmá-la, destravá-la ou desmuniciá-la;

Evitar tocar, manusear ou limpar as mãos da vítima;

Informar ao policial se foi necessário remover a arma de lugar, descrevendo a dinâmica desse deslocamento.

Na presença de sinais de morte óbvia:

Não tocar ou movimentar a vítima;

Sair da cena exatamente pelo mesmo local em que entrou, procurando não alterar os vestígios da cena;

Não permitir a entrada de outras pessoas na cena até a chegada do policiamento.

Page 29: Atendimento Pré-Hospitalar - Suporte Básico à Vida

“Nada é mais importante do que salvar uma vida” 28

PROTOCOLO Nº 14 – SAMU 192 DA CIDADE DE SÃO PAULO

Regras gerais de abordagem em ocorrências envolvendo

suspeita de crime (cena de crime)

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Nível: S.B.V. Em vigor desde Junho/05 Rev. Nº 07 – Junho/2011

Ter preocupação redobrada com as anotações na ficha de atendimento:

Anotar todos os horários com exatidão;

Anotar nomes e instituições presentes na cena, incluindo prefixos de viaturas;

Descrever com exatidão a posição em que a vítima foi encontrada e se foi necessário movimentá-la, informando a razão da movimentação;

Descrever com exatidão as lesões provocadas pela equipe no corpo da vítima em função da necessidade de atendimento. Exemplos: punção para acesso venoso (detalhar locais e número de punções); punção por agulhas para bloqueios anestésicos; suspeita de fratura do esterno e/ou costelas devido à realização de RCP; cricotireoidostomia (por punção ou cirúrgica);

Anotar o nome do policial para o qual foram passadas as informações sobre o atendimento e/ou foram entregues as vestes e/ou objetos, ou passadas informações dadas pela vítima, dentre outros detalhes de interesse no caso.

Observação: Este Protocolo foi elaborado em conjunto com representantes voluntários da Academia de Polícia Civil do Estado de São Paulo. Nossos especiais agradecimentos aos delegados Dr. Luiz Maurício Souza Blazeck e Dra. Carla Priscila Del Nero e aos médicos Dr. Roberto Luiz de Almeida Andreoli e Dr. Nelson Bruni Cabral de Freitas.

Page 30: Atendimento Pré-Hospitalar - Suporte Básico à Vida

“Nada é mais importante do que salvar uma vida” 29

PROTOCOLO Nº 15 – SAMU 192 DA CIDADE DE SÃO PAULO

Atendimento a Vitima na presença de Médicos e Enfermeiros

estranhos ao Serviço

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Nível: S.B.V. Em vigor desde Junho/05 Rev. Nº 07 – Junho/2011

A presença de médicos ou enfermeiros no local da ocorrência, que não sejam plantonistas do SAMU 192 e que se prontifiquem a prestar atendimento à vítima caracteriza a intervenção externa. No caso de intervenção externa de profissionais médicos (especialmente se o médico do SAMU não estiver presente na cena):

Comunicar à Regulação Médica;

Na dúvida, solicitar a apresentação de documento comprobatório;

Possibilitar contato via rádio do médico externo, com o médico regulador para a troca de informações relativas à situação da vítima;

Aguardar orientação da regulação médica para seguir com a as orientações do médico externo;

Registrar detalhadamente os fatos na Ficha de Atendimento: - anotar nome e CRM do profissional;

- solicitar ao profissional que registre sua intervenção no campo apropriado e assine a ficha, se possível com carimbo. OBS: Qualquer dúvida quanto à conduta tomada pelo médico que está assistindo a vítima no local deve ser informada ao Médico Regulador, para que este faça contato com o médico do local. No caso de intervenção externa de profissionais enfermeiros:

Comunicar à Regulação Médica;

Na dúvida solicitar a apresentação de documento comprobatório;

Orientar o profissional nas ações que podem ser realizadas por ele;

Registrar detalhadamente os fatos na Ficha de Atendimento e anotar nome e registro do profissional.

Page 31: Atendimento Pré-Hospitalar - Suporte Básico à Vida

“Nada é mais importante do que salvar uma vida” 30

PROTOCOLO Nº 16 – SAMU 192 DA CIDADE DE SÃO PAULO

Cuidados com pertences de Pacientes Página 01/01

Nível: S.B.V. Em vigor desde Junho/05 Rev. Nº 07 – Junho/2011

Vítimas desacompanhadas 1.Todos os pertences pessoais de pequeno porte (bolsa, mochila, carteira, celular, etc) devem ser transportados junto com a vítima; 2.Na presença de pertences de aparente valor, faça o arrolamento e o registro na ficha de atendimento de todos os itens; 3.Se a vítima puder compreender, explique todos os procedimentos que serão realizados; 4.Os pertences devem ser entregues ao profissional que recebe a vítima no hospital de destino, registrando-se nome do responsável pelo recebimento na ficha de atendimento. Se possível colha a assinatura do receptor; 5.Se necessário, pode-se fazer o arrolamento e o registro em uma folha à parte, que deve ser anexada à ficha de atendimento; 6.Esteja atento para devolver ao paciente o documento utilizado na identificação e/ou para o registro no hospital de destino. 7.Para minimizar atrasos na cena, o arrolamento e o registro podem ser realizados no hospital de destino após a passagem do caso. Vítimas acompanhadas 1.Incentive a presença de um acompanhante durante todo o atendimento (até o hospital); 2.Entregue os pertences pessoais de pequeno porte ao acompanhante e registre o nome do receptor na ficha de atendimento; 3.Se a vítima puder compreender, explique o procedimento que esta sendo realizado; 4.Na presença de pertences de aparente valor, faça o arrolamento e o registro na ficha de atendimento de todos os itens e registre a entrega ao receptor, colhendo a assinatura do mesmo; 5.Se necessário, pode-se fazer o arrolamento e o registro em uma folha à parte, que deve ser anexada à ficha de atendimento; 6.Esteja atento para devolver ao paciente e/ou acompanhante o documento utilizado na identificação e/ou para o registro no hospital de destino; 7.Para minimizar atrasos na cena, o arrolamento e o registro podem ser realizados no hospital de destino após a passagem do caso.

Page 32: Atendimento Pré-Hospitalar - Suporte Básico à Vida

“Nada é mais importante do que salvar uma vida” 31

PROTOCOLO Nº 17 – SAMU 192 DA CIDADE DE SÃO PAULO

Dispensa de Vítimas na Cena Página 01/01

Nível: S.B.V. Em vigor desde Junho/05 Rev. Nº 07 – Junho/2011

A liberação de vítimas no local da ocorrência, quando na ausência de médico intervencionista na cena, é de competência exclusiva da regulação médica. Diante dessa possibilidade o auxiliar de enfermagem deve:

Executar a avaliação primária e secundária;

Informar á regulação médica sobre a situação e as condições da vítima;

Aguardar orientações da regulação médica;

Registrar os fatos na Ficha de Atendimento.

Page 33: Atendimento Pré-Hospitalar - Suporte Básico à Vida

“Nada é mais importante do que salvar uma vida” 32

PROTOCOLO Nº 18 – SAMU 192 DA CIDADE DE SÃO PAULO Regras gerais para abordagem de eventos envolvendo:

Atendimento em vias públicas

Presença da imprensa na cena

Presença de tumulto ou agitação social

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Nível: S.B.V. Em vigor desde Junho/05 Rev. Nº 07 – Junho/2011

Atendimento em vias públicas:

Observar as regras gerais de avaliação da segurança da cena;

Atuar sempre com discrição;

Não expor a vítima à observação pública (atenção para retirada de roupas da vítima);

Na presença de policiamento na cena, solicitar o isolamento da área caso julgar necessário;

Terminar os procedimentos dentro da ambulância, com as portas fechadas, sempre que possível.

Presença da imprensa na cena:

Observar as regras gerais de avaliação da segurança da cena;

Atuar sempre com discrição e com urbanidade com os colegas;

Tratar os profissionais da imprensa com urbanidade e educação, deixando claro seu papel;

Não se preocupar em impedir a filmagem. Cumprir com seu papel no atendimento à vítima;

Preocupar-se em seguir a risca os protocolos;

Não expor a vítima respeitando sua privacidade: o Não fornecer dados pessoais , informações sobre o quadro ou sobre o caso; o Atenção para retirada de roupas da vítima; o Não facilitar a tomada de imagens prejudicando o atendimento;

Na presença de policiamento na cena, solicitar isolamento da área de atendimento caso julgar necessário diante da cena de risco ou da cena com dificuldades para a realização de procedimentos;

Terminar os procedimentos dentro da ambulância, com as portas fechadas, sempre que possível;

Recomenda-se que não sejam concedidas entrevistas.

Presença de tumulto ou agitação social com risco para a equipe:

Comunicar a regulação médica sobre a situação e a necessidade de apoio;

Observar as regras gerais de avaliação da segurança da cena;

Na presença do policiamento na cena, considerar as orientações sobre manutenção de distâncias seguras, aproximação e estacionamento da viatura;

A equipe deve permanecer reunida na área segura determinada pelo policiamento. Não circular pela cena;

Normalmente, nestas situações, as vítimas serão trazidas até a ambulância;

Manter total atenção, pois situações como esta são muito dinâmicas e podem mudar com facilidade;

Não manifestar suas opiniões sobre os fatos do conflito. Manter discrição.

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PROTOCOLO Nº 19 – SAMU 192 DA CIDADE DE SÃO PAULO

Regras gerais para abordagem envolvendo transporte

aeromédico

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Nível: S.B.V. Em vigor desde Junho/05 Rev. Nº 07 – Junho/2011

Indicações para utilização de aeronaves de asa rotativa (helicóptero):

APH primário e em apoio de SAV a equipes de terra no atendimento a pacientes graves;

Transporte rápido de pacientes estabilizados, como nos casos de: o Grande distância do hospital de destino mais adequado; o Condições críticas de trânsito por terra (engarrafamentos, alagamentos,

interdição de vias, etc); o Incidentes envolvendo múltiplas vítimas (apoio na evacuação); o Situações de valência social significativa.

Transferências de hospitais periféricos para centrais (APH secundário);

Transporte de órgãos (transplantes), equipes e equipamentos;

Acesso e evacuação em locais de difícil abordagem (ações de salvamento e resgate);

Acionamento de helicóptero por equipes do SAMU:

Diante da indicação de uso do recurso aeromédico, a equipe do SAMU que está na cena deve solicitar o auxílio da Regulação Médica;

Diante confirmação da indicação do recurso aeromédico, cabe ao médico regulador do SAMU:

- entrar em contato com o Corpo de Bombeiros para solicitar o recurso e decidir sobre o hospital de destino do paciente; - entrar em contato com o hospital de destino para informar a chegada do paciente; - informar a equipe solicitante sobre o tempo de chegada do recurso aeromédico.

Se o acionamento de recurso aeromédico for efetuado diretamente por equipes do Corpo de Bombeiros e da Polícia Militar, cabe a equipe do SAMU informar o médico regulador do SAMU sobre o acionamento.

Características básicas de um local de pouso:

Heliponto ou heliporto;

Área ampla (50m2) e plana, sem obstáculos suspensos (fios elétricos e árvores) e solo firme;

Próximo à cena e distantes o suficiente para evitar que o vento gerado cause danos.

Page 35: Atendimento Pré-Hospitalar - Suporte Básico à Vida

“Nada é mais importante do que salvar uma vida” 34

PROTOCOLO Nº 19 – SAMU 192 DA CIDADE DE SÃO PAULO

Regras gerais para abordagem envolvendo transporte

aeromédico

Página 02/02

Nível: S.B.V. Em vigor desde Junho/05 Rev. Nº 07 – Junho/2011

Regras operacionais e de segurança para aproximação e embarque de vítimas no helicóptero: A equipe em terra deve:

Ficar em local visível para permitir a localização pela equipe Aeromédica;

Permitir a avaliação e o preparo do paciente pela equipe Aeromédica;

Aproximar-se da aeronave apenas após a autorização da equipe aeromédica, mantendo-se no campo visual do piloto (pela frente);

Auxiliar no transporte do paciente até a aeronave, se necessário com deslocamento com a ambulância, dependendo da distância do ponto de pouso da aeronave;

No caso de deslocamento com a ambulância até a aeronave, atentar para a manutenção de uma distância segura de parada;

Realizar a aproximação pela dianteira ou pela lateral da aeronave, dentro do campo visual do piloto e jamais por trás, sob risco de acidentes com o rotor de cauda;

Aproximar-se sempre andando (jamais correndo) e com o tronco ligeiramente encurvado a frente;

Aproximar-se sempre no mesmo plano e não de plano superior;

Fixar todos os objetos que possam voar como: - lençóis descartáveis e cobertores laminados; - equipos de soro; - bonés e adereços; Obs: Cabelos longos e soltos também podem provocar acidentes;

Garantir realização de procedimentos invasivos e imobilizações ainda em terra;

Sempre solicitar ao policiamento que mantenha observadores à distância;

Passar as informações do caso para a equipe Aeromédica;

Colher e anotar dados de identificação da equipe e do hospital de destino;

Comunicar dados do hospital de destino e outras intercorrencias à Central de Operações.

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PROTOCOLO Nº 20 – SAMU 192 DA CIDADE DE SÃO PAULO

Segurança do Paciente Página 01/03

Nível: S.B.V. Em vigor desde Junho/05 Rev. Nº 07 – Junho/2011

A inclusão dos protocolos de segurança do paciente atendem ao movimento global em busca da qualidade nos serviços de saúde e tem por finalidade, enfatizar a importância de práticas cotidianas na minimização de erros e consequentemente na segurança do cuidado prestado. Os passos iniciais para a segurança do paciente propostas pela REBRAENSP (Rede Brasileira de Enfermagem e Segurança do Paciente) e aplicáveis ao APH são:

Identificação de Paciente

Cuidado Limpo e seguro

Procedimentos seguros

Paciente envolvido com a segurança

Comunicação efetiva

Prevenção de Queda

Segurança na utilização de tecnologias

Identificação de Paciente: Práticas cotidianas na minimização de erros

Na ficha de atendimento, identifique o nome do paciente por completo e em letra legível;

Confirme identificação por meio de documentos e anote o tipo de documento e seu número;

Encoraje a presença de familiares durante o atendimento e o transporte;

Encoraje o paciente ou familiar a transportar pelo menos 1 documento pessoal durante o APH e o encaminhamento para o hospital;

Em caso de atendimento pediátrico, além do nome da criança, anote também o nome da mãe e siga o protocolo específico;

Para vítimas desacompanhadas e com identidade desconhecida, inconscientes ou confusas, assim que possível :

o Faça busca ativa por documentos nos bolsos ou mochilas; o Na ausência de documentos faça descrição detalhada de características e das

vestes na ficha de atendimento; o Preocupe-se em anotar com exatidão o local/endereço onde a vítima se

encontrava à chegada da equipe; o Siga o protocolo especifico.

Cuidado Limpo e Seguro: Práticas cotidianas na minimização de erros

Siga rigorosamente o protocolo de biossegurança e o de limpeza de AM;

Execute a higienização das mãos por meio da lavagem ou de álcool gel antes e depois do contato com o paciente, após contato com material biológico e sempre que visivelmente sujas.

Procedimentos seguros: Práticas cotidianas na minimização de erros

Faça a checagem dos materiais e equipamentos diariamente conforme protocolo e registre;

Atente para armazenamento correto, prazos de validade e integridade de invólucros;

Confirme a necessidade e a gravação da autorização para a realização de procedimentos, principalmente os relativos ao Código E;

Page 37: Atendimento Pré-Hospitalar - Suporte Básico à Vida

“Nada é mais importante do que salvar uma vida” 36

PROTOCOLO Nº 20 – SAMU 192 DA CIDADE DE SÃO PAULO

Segurança do Paciente Página 02/03

Nível: S.B.V. Em vigor desde Junho/05 Rev. Nº 07 – Junho/2011

Na punção venosa: o Siga rigorosamente a técnica; o Realize a antissepsia com gaze embebida em álcool e com movimentos circulares do

centro para fora no local da punção ; o Anote na ficha: local, profissional responsável, material utilizado na punção, número

de tentativas efetivadas e intercorrências no procedimento;

Na administração de medicamentos ou soluções EV: o Antes da administração, avalie a permeabilidade do cateter intravenoso e a ausência

de complicações como infiltrações; o Após a administração, mantenha atenção para a ocorrência de eventos adversos; o Anote na ficha: medicação ou solução administrada, dose ou volume, horário da

administração, profissional responsável e intercorrências no procedimento;

Realize a desinfecção de conexões e injetores laterais com álcool e gaze antes de utilizá-los fazendo movimentos circulares por 3 vezes;

Anote na ficha local e hora da realização de procedimentos invasivos;

Registre toda e qualquer intercorrência ou efeito adverso no uso de dispositivos e medicações.

Paciente envolvido com a segurança: Práticas cotidianas na minimização de erros

Estimule o paciente ou responsável a participar das decisões do cuidados e à fazer perguntas;

Estimule o fortalecimento do vínculo do paciente e família com a equipe. Para isso: o Siga sempre as regras de conduta pessoal (Protocolo 01); o Informe sobre todos os procedimentos que serão realizados, potenciais benefícios e

riscos; o Utilize linguagem apropriada e confirme se a informação passada foi compreendida,

repetindo-a se necessário; o Abra espaço para a apresentação de dúvidas e respeite pausas silenciosas; o Avalie dificuldades de comunicação (barreiras de linguagem, fatores sociais e de

personalidade) e se necessário solicite a presença de outra pessoa;

Mantenha atenção a pacientes que se enquadrem dentro dos protocolos de situações especiais como pacientes pediátricos, psiquiátricos, inconscientes ou outros sem condições de decidir. Siga os protocolos previstos para esses casos.

Comunicação efetiva: Práticas cotidianas na minimização de erros

Mantenha comunicação ativa com seus colegas de equipe informando em voz alta todos os achados do exame primário e secundário, além de confirmar procedimentos ordenados e efetuados;

Na passagem do caso no hospital de destino, execute a passagem de dados na seguinte sequência: o Identificação do paciente e presença de familiar; o Achados e procedimentos na avaliação primária; o Achados da avaliação secundária incluindo entrevista AMPLA e exame físico; o Outros procedimentos efetivados;

Anote na ficha o nome do profissional para o qual foi realizada a passagem do caso e o horário;

Page 38: Atendimento Pré-Hospitalar - Suporte Básico à Vida

“Nada é mais importante do que salvar uma vida” 37

PROTOCOLO Nº 20 – SAMU 192 DA CIDADE DE SÃO PAULO

Segurança do Paciente Página 03/03

Nível: S.B.V. Em vigor desde Junho/05 Rev. Nº 07 – Junho/2011

Na ficha de atendimento: o Utilize letra legível , sem rasuras e respeite o espaço dos diferentes campos, tanto na

via original quanto na carbonada ; o Não deixe campos em branco o Preencha os dados relativos a equipe de atendimento (identificação da equipe); o Utilize abreviaturas e siglas padronizadas; o Utilize registro completo e objetivo e JAMAIS repita dados; o Deixe a via carbonada no hospital de destino;

Lembre-se que casos mais graves e complexos favorecem a ocorrência de erros de omissão ou de distorção de comunicação entre os profissionais e comprometem a segurança do paciente;

SEMPRE confirme a necessidade e a gravação da autorização para a realização de procedimentos, principalmente os relativos ao Código E;

Prevenção de Queda: Práticas cotidianas na minimização de erros

Atente para os fatores de risco para queda: o Idade <5 ou >65 anos; o Presença de agitação e/ou confusão mental e déficits sensórios; o Uso de sedativos; o Visão reduzida; o Dificuldades de marcha; o Mobiliário e acessos: berço, camas, escadas, tapetes, macas,etc o Riscos ambientais:iluminação adequada, pisos escorregadios, superfícies irregulares; o Calçados ,vestuário, bengalas ou andadores não apropriados; o Transporte em prancha longa e/ou maca sem utilização de cintos de segurança ou

sem as grades de proteção elevadas;

Anote na ficha se há risco para queda (fatores de risco);

Auxilie nos deslocamentos sempre que necessário;

Considere a necessidade de contenção física em caso de agitação ou confusão mental e siga os protocolos pertinentes;

Registre os casos de queda que acontecerem na fase de APH. Segurança na utilização de tecnologias: Práticas cotidianas na minimização de erros

Faça a checagem diária dos equipamentos da ambulância e avalie se o equipamento tem condições de uso : o funcionamento (incluindo alarmes); o limpeza; o bateria; o fixação na viatura e condições gerais;

Simule o uso do equipamento durante a checagem diária;

Efetue a limpeza programada conforme orientações do fabricante;

Consulte o Manual do fabricante ou o manual simplificado que é mantido na base;

Informe a chefia qualquer anormalidade assim que for detectada e anote no livro-relatório próprio;

Certifique-se de que possui habilidade e conhecimento técnico para o manuseio dos equipamentos disponíveis na viatura, com segurança.

Page 39: Atendimento Pré-Hospitalar - Suporte Básico à Vida

“Nada é mais importante do que salvar uma vida” 38

PROTOCOLO Nº 21 – SAMU 192 DA CIDADE DE SÃO PAULO Sistematização da Passagem de Caso para a Regulação Médica

Página 01/01

Nível: S.B.V. Em vigor desde Junho/05 Rev. Nº 07– Junho/2011

Ao final dos procedimentos de avaliação primária e secundária e da execução do Protocolo para cada caso, a equipe (preferencialmente o Médico/a) deve passar detalhes do quadro e do atendimento à Regulação Médica para a tomada de decisão sobre o encaminhamento.

Informar à Regulação Médica: o Idade, sexo; o Motivo do chamado; o Relato do que foi encontrado na cena incluindo a queixa atual (motivo do

chamado); o Resultado da avaliação primária detalhando os procedimentos realizados; o Resultado da avaliação secundária com ênfase para:

Sinais vitais; Escala de Coma de Glasgow; Oximetria; RTS (se indicado); Cincinnati; Achados específicos do exame físico por segmentos corporais.

Page 40: Atendimento Pré-Hospitalar - Suporte Básico à Vida

“Nada é mais importante do que salvar uma vida” 39

PROTOCOLO Nº 22 – SAMU 192 DA CIDADE DE SÃO PAULO Constatação de Morte Óbvia no Local da Ocorrência Página 01/01

Nível: S.B.V. Em vigor desde Jan/96 Rev. Nº 07 – Junho/2011

CONDIÇÕES DE MORTE ÓBVIA:

- Evidente estado de decomposição; - Decapitação ou segmentação do tronco; - Esmagamento do corpo; - Carbonização do corpo; - Esmagamento de crânio com perda de massa encefálica e ausência de sinais vitais

(não confundir com trauma de crânio com perda de massa encefálica, que deve ser reanimado);

- Presença de “rigor mortis”: inicia-se entre 1 e 6 horas após a morte, pelos músculos da mastigação e avança no sentido crânio-caudal;

- Presença de “livor mortis”: estase sanguínea que depende da posição do corpo; inicia-se entre 1h30min a 2 horas, atingindo o máximo entre 8 e12 horas.

AÇÕES:

Preencher a ficha de atendimento, com descrição detalhada do fato;

Comunicar a Central de Regulação Médica;

Entregar o documento de “Notificação de Morte”;

Orientar familiar quanto aos procedimentos legais/formais: - A possibilidade dos familiares em localizar um médico que forneça a declaração de

óbito (esse profissional pode ser aquele que assistia à vítima ou um médico conhecido da família);

- Na indisponibilidade do médico, a procura da autoridade policial na Delegacia mais próxima, levando documento de identificação da vítima.

OBSERVAÇÃO:

Não valorizar: - A informação temporal relatada por familiares e testemunhas quanto ao início da PCR, pois não saberão diferenciá-la da inconsciência; - Informações sobre a presença de midríase, Pallor (empalidecimento da pele post mortem) e Algor Mortis(redução da temperatura da pele que ocorre após a morte) como sendo decisivos para a definição do tipo de morte.Midríase manifesta-se 30 segundos após a PCR e pode ser reversível.

Diante de Livor Mortis, realizar exame físico apurado, principalmente das áreas da vítima que se encontram em contato com o solo. Para melhor visualização, a vítima pode ser mobilizada;

Diante do Rigor Mortis, realizar exame físico apurado dos segmentos rígidos da vítima, iniciando pela articulação têmporo-mandibular, pescoço, ombros, cotovelos etc., avaliando a simetria entre os membros; pesquisar existência de patologias ou deformidades pré-existentes que resultem em rigidez e que geralmente não são simétricas.

Transportar uma vítima, mesmo em Morte Óbvia, ao hospital caso haja algum risco à integridade física da equipe e à pedido do Médico Regulador.

Page 41: Atendimento Pré-Hospitalar - Suporte Básico à Vida

“Nada é mais importante do que salvar uma vida” 40

PROTOCOLO Nº 23 – SAMU 192 DA CIDADE DE SÃO PAULO Solicitação de Apoio do Suporte Avançado à Vida Página 01/01

Nível: S.B.V. Em vigor desde Junho/05 Rev. Nº 07 – Junho/2011

O SBV deverá solicitar apoio ao SAV nas seguintes situações:

Parada respiratória ou desconforto respiratório grave;

Parada cardiorrespiratória;

Vítima em choque hipovolêmico;

Politraumatizado grave (Escala de Coma de Glasgow menor ou igual a oito, Escala

Revisada de Trauma menor ou igual a 10), com transporte demorado (maior do que dez

minutos);

Politraumatizado preso em ferragens, máquinas ou escombros;

Vítima grave em local de difícil acesso (soterramento, desabamento);

Na suspeita de infarto agudo do miocárdio;

Amputações traumáticas em extremidades;

Tentativas de suicídio;

Queimaduras extensas;

Ferimentos penetrantes na cabeça, pescoço, tórax, abdome, região inguinal;

Inconsciente;

Parto iminente.

Page 42: Atendimento Pré-Hospitalar - Suporte Básico à Vida

“Nada é mais importante do que salvar uma vida” 41

PROTOCOLO Nº 24 – SAMU 192 DA CIDADE DE SÃO PAULO Avaliação Primária Página 01/02

Nível: S.B.V. Em vigor desde Jan/96 Rev. Nº 07– Junho/2011

Objetivo: Identificar e corrigir situações de risco imediato de morte

1. Avaliar a responsividade (estímulo verbal e tátil), com observação da respiração:

Se responsivo: perguntar nome, o que aconteceu e onde está (localização no tempo, espaço e pessoa). Seguir para o item 3;

Se não responsivo e a vítima respirar satisfatoriamente: instalar cânula orofaríngea (COF), administrar O2 (conforme protocolo) e seguir para o item 3;

Se não responsivo e a vítima não respirar, ou apresentar respiração em gasping, seguir para o item 2:

2. Verificar pulso: carotídeo (adulto), carotídeo ou femoral (criança) e braquial no bebê,

em até 10 segundos:

Se pulso presente: Seguir para o Protocolo de Parada Respiratória;

Se pulso ausente: seguir para o Protocolo de Parada Cardiorrespiratória;

3. Verificar a presença de hemorragias externas:

Hemorragia presente: executar o Protocolo correspondente;

Na ausência de hemorragia: seguir para o Protocolo de Avaliação Secundária.

Page 43: Atendimento Pré-Hospitalar - Suporte Básico à Vida

“Nada é mais importante do que salvar uma vida” 42

PROTOCOLO Nº 24 – SAMU 192 DA CIDADE DE SÃO PAULO Avaliação Primária Página 02/02

Nível: S.B.V. Em vigor desde Jan/96 Rev. Nº 07– Junho/2011

CHECAR RESPONSIVIDADE

SE NÃO RESPONSIVO, OBSERVAR RESPIRAÇÃO

AVALIAR CIRCULAÇÃO: CHECAR PULSO CENTRAL EM 10 SEGUNDOS

PULSO AUSENTE

PCR

SE AUSENTE OU GASPING: AVISAR CENTRAL DE REGULAÇÃO

E SOLICITAR APOIO SAV/SIV PREPARAR DESFIBRILADOR / DEA

RESPONSIVO

RESPIRAÇÃO PRESENTE (ADEQUADA/SATISFATÓRIA)

PERGUNTAR: NOME, O QUE ACONTECEU

ONDE ESTÁ? (LOCALIZAÇÃO

TEMPO,ESPAÇO E PESSOA)

VERIFICAR HEMORRAGIAS

PRESENTE AUSENTE

CONTROLAR CONFORME

PROTOCOLO

REALIZAR AVALIAÇÃO

SECUNDÁRIA

TRATAR CONFORME PROTOCOLO

CÂNULA OROFARÍNGEA

ADMINISTRAR O2

PULSO PRESENTE

PR

ALGORITMO AVALIAÇÃO PRIMÁRIA

Page 44: Atendimento Pré-Hospitalar - Suporte Básico à Vida

“Nada é mais importante do que salvar uma vida” 43

PROTOCOLO Nº 25 – SAMU 192 DA CIDADE DE SÃO PAULO Oxigenoterapia Página 01/02

Nível: S.B.V. Em vigor desde Jan/96 Rev. Nº 07– Junho/2011

1. Administrar oxigênio nos casos de:

EmergênciasTraumáticas;

Emergências Clínicas;

Emergências Obstétricas;

Dificuldade respiratória, parada respiratória e parada cardiorrespiratórias;

Em ambientes com baixa concentração de oxigênio;

Em vítimas de intoxicação por CO (monóxido de carbono).

2. Administrar oxigênio, sem umidificação;

3. Quando a máscara não for tolerada, utilizar cateter nasal;

4. Administrar oxigênio conforme recomendações no quadro;

5. Permitir que a vítima assuma posição confortável, sempre que possível (sentada ou semi-sentada);

6. Em crianças e bebês:

Ministrar oxigênio por máscara infantil, deixando-a afastada cerca de 5 cm da face da

vítima. Atenção para que o fluxo de O2 não se direcione para os olhos da vítima;

Permitir que os pais segurem a máscara, sempre que possível;

Permitir que a vítima assuma posição confortável, sempre que possível (sentada ou

semi-sentada);

Não ministrar oxigênio usando cateter nasal.

7. Ao utilizar métodos de ventilação indireta (reanimador manual, máscara), enriqueça com oxigênio;

8. Verificar, antes e após cada atendimento, a pressão dos cilindros de oxigênio (fixo e portátil), providenciando a troca sempre que necessário.

Page 45: Atendimento Pré-Hospitalar - Suporte Básico à Vida

“Nada é mais importante do que salvar uma vida” 44

PROTOCOLO Nº 25 – SAMU 192 DA CIDADE DE SÃO PAULO

Oxigenoterapia Página 02/02

Nível: S.B.V. Em vigor desde Jan/96 Rev. Nº 07– Junho/2011

OXIGENOTERAPIA

TABELA COMPARATIVA DE CONCENTRAÇÃO DE OXIGÊNIO

COM OXIGÊNIO SUPLEMENTAR DOSAGEM CONCENTRAÇÃO

Cateter nasal 1 - 6 l/ min 24 - 45%

Máscara facial simples 8 -10 l/ min 40 - 60%

Máscara não reinalante com reservatório 10 - 15l/ min 90 - 100%

Ressuscitador manual sem reservatório 8 – 10l/min 40 - 60%

Ressuscitador manual com reservatório 10 - 15l/ min 90 - 100%

Page 46: Atendimento Pré-Hospitalar - Suporte Básico à Vida

“Nada é mais importante do que salvar uma vida” 45

PROTOCOLO Nº 26 – SAMU 192 DA CIDADE DE SÃO PAULO Avaliação Secundária – Vítima de trauma Página 01/03

Nível: S.B.V. Em vigor desde Jan/96 Rev. Nº 07 – Junho/2011

1 - ENTREVISTA AMPLA:

Nome e idade

Queixa principal

A: Tem alergia?

M: Faz uso de medicação?

P: Passado médico - algum problema de saúde ou doença atual?

L: Ingeriu líquido e alimentos - última refeição?

A: Ambiente do evento?

Observação: Em vítimas inconscientes buscar as informações com circundantes e/ou

familiares.

2 - VERIFICAÇÃO DE SINAIS VITAIS:

Respiração (frequência, ritmo e amplitude);

Pulso (frequência, ritmo e volume);

Pressão arterial;

Pele (temperatura relativa, cor e umidade);

3- AVALIAÇÃO COMPLEMENTAR:

Perfusão capilar;

Oximetria de pulso;

Glicemia capilar se necessário;

Escala de Coma de Glasgow;

Escala Revisada de Trauma.

Page 47: Atendimento Pré-Hospitalar - Suporte Básico à Vida

“Nada é mais importante do que salvar uma vida” 46

PROTOCOLO Nº 26 – SAMU 192 DA CIDADE DE SÃO PAULO

Avaliação Secundária – Vítima de trauma Página 02/03

Nível: S.B.V. Em vigor desde Jan/96 Rev. Nº 07 – Junho/2011

4 - EXAME DA CABEÇA AOS PÉS:

Cabeça e face: inspecionar e/ou palpar o couro cabeludo, as orelhas, os ossos da

face, os olhos e as pupilas (verificar o diâmetro e a simetria pupilar), o nariz, a boca,

buscando ferimentos, sangramentos, afundamentos, hematomas;

Pescoço: avaliar a região anterior e posterior buscando ferimentos, sangramentos,

crepitação óssea, distensão das veias do pescoço, desvio e assimetria de traquéia;

Tórax: inspecionar e palpar buscando escoriações, abrasões ferimentos abertos ou

hematomas no local, movimentos respiratórios assimétricos, afundamentos, tiragem

intercostal;

Abdome: inspecionar e palpar, buscando sinais de contusão, ferimentos abertos e

rigidez;

Pelve: palpar cristas ilíacas buscando instabilidade no local. Realizar 02 testes:

- pressão bilateral latero-lateral;

- pressão bilateral ântero-posterior;

Membros inferiores e superiores: inspecionar e palpar, verificando pulso distal e

enchimento capilar, motricidade e sensibilidade, sinais de possíveis lesões;

Região dorsal: inspecionar e palpar a região dorsal, a coluna vertebral buscando

ferimentos, sangramentos, abaulamentos ou deformidades, quando houver

possibilidade de rolamento.

Page 48: Atendimento Pré-Hospitalar - Suporte Básico à Vida

“Nada é mais importante do que salvar uma vida” 47

PROTOCOLO Nº 26 – SAMU 192 DA CIDADE DE SÃO PAULO Avaliação Secundária – Paciente não Traumatizado Página 03/03

Nível: S.B.V. Em vigor desde Jan/96 Rev. Nº 07 – Junho/2011

1- ENTREVISTA AMPLA:

Nome e idade

Queixa principal

A: Tem alergia?

M: Faz uso de medicação?

P: Passado médico - algum problema de saúde ou doença atual?

L: Ingeriu líquido e/ou alimentos - última refeição?

A: Ambiente do evento?

Observação: Em vítimas inconscientes buscar as informações com circundantes e/ou

familiares presentes.

2- VERIFICAÇÃO DE SINAIS VITAIS:

Respiração (frequência, ritmo e amplitude);

Pulso (frequência, ritmo e volume);

Pressão arterial;

Pele (temperatura relativa, cor e umidade);

3- AVALIAÇÃO COMPLEMENTAR:

Perfusão capilar;

Oximetria de pulso;

Glicemia capilar se necessário;

Escala de Coma de Glasgow;

Escala de Cincinati.

4- EXAME DA CABEÇA AOS PÉS:

Direcionar o exame de acordo com a história e queixa do paciente

Page 49: Atendimento Pré-Hospitalar - Suporte Básico à Vida

“Nada é mais importante do que salvar uma vida” 48

PROTOCOLO Nº 27 – SAMU 192 DA CIDADE DE SÃO PAULO Parada respiratória (adulto, criança e bebê) Página 01/02

Nível: S.B.V. Em vigor desde Jan/96 Rev. Nº 07 – Junho/2011

PARADA RESPIRATÓRIA: Constatada inconsciência e respiração ausente ou em gasping ou inadequada (protocolo Avaliação Primária) e pulso presente:

Abrir as vias aéreas, utilizando a técnica de acordo com a natureza da emergência (caso clínico ou com suspeita de trauma);

Efetuar a insuflação bolsa-valva-máscara, com suprimento de O2;

Colocar cânula orofaríngea (COF), se ventilação efetiva;

Manter a insuflação por 2 minutos, de forma a oferecer 1 (uma) insuflação:

Adulto: a cada 5 a 6 segundos; Criança e bebê: a cada 3 a 5 segundos;

Verificar o pulso: Se pulso ausente: seguir protocolo de atendimento à vítima em parada cardiorrespiratória; Se pulso presente, avaliar respiração: Respiração ausente: manter a reanimação respiratória, verificando o pulso a cada 2 minutos; Respiração presente: instalar O2;.

Verificar presença de hemorragias e tratar conforme protocolo;

Transportar a vítima, conforme orientação da Central de Regulação Médica;

Page 50: Atendimento Pré-Hospitalar - Suporte Básico à Vida

“Nada é mais importante do que salvar uma vida” 49

PROTOCOLO Nº 27 – SAMU 192 DA CIDADE DE SÃO PAULO Parada respiratória (adulto, criança e bebê) Página 02/02

Nível: S.B.V. Em vigor desde Jan/96 Rev. Nº 07 – Junho/2011

CHECAR RESPONSIVIDADE

SE NÃO RESPONSIVO, OBSERVAR RESPIRAÇÃO

AVALIAR CIRCULAÇÃO: CHECAR PULSO CENTRAL EM 10 SEGUNDOS

ALGORITMO PARADA RESPIRATÓRIA

PULSO PRESENTE PR

PULSO AUSENTE PCR

ATENÇÃO - UTILIZAR OXIGÊNIO SUPLEMENTAR NO REANIMADOR MANUAL. - CADA INSUFLAÇÃO DEVE TER DURAÇÃO DE 1 SEGUNDO.

SE AUSENTE OU GASPING: AVISAR CENTRAL DE REGULAÇÃO

SOLICITAR APOIO SAV/SIV PREPARAR DESFIBRILADOR / DEA

REAVALIAR PULSO CENTRAL

ABRIR VIAS AÉREAS CONFORME CASO (CLÍNICO OU TRAUMA)

BEBÊ / CRIANÇA

REALIZAR UMA INSUFLAÇÃO A CADA 3 A 5 SEGUNDOS DURANTE 2

MINUTOS

ADULTO

REALIZAR UMA INSUFLAÇÃO A CADA 5 A 6 SEGUNDOS DURANTE 2

MINUTOS

AVALIAR RESPIRAÇÃO: SE RESP. AUSENTE, TRATAR PR

SE RESP. PRESENTE, PROSSEGUIR NA AVALIAÇÃO

PRIMÁRIA.

TRATAR PCR

PULSO PRESENTE

PULSO AUSENTE

Page 51: Atendimento Pré-Hospitalar - Suporte Básico à Vida

“Nada é mais importante do que salvar uma vida” 50

PROTOCOLO Nº 28 - SAMU 192 DA CIDADE DE SÃO PAULO Parada Cardiorrespiratória (PCR) no Adulto RCP (Reanimação Cardiopulmonar)

Página 01/02

Nível: S.B.V. Em vigor desde Jan/96 Rev. Nº 07 – Junho/2011

PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA NO ADULTO: Constatada inconsciência, respiração ausente ou em gasping, solicite o DEA e checar pulso. Pulso ausente, comunicar à Central de Regulação Médica, solicitando apoio: 1. Posicionar a vítima em decúbito dorsal horizontal, sobre uma superfície rígida e plana; 2. Aplicar 30 compressões torácicas, com profundidade mínima de 5 cm e freqüência mínima de 100/minuto. Após 30 compressões: 3. Abrir as vias aéreas, com atenção para coluna cervical (suspeita de trauma), realizar duas insuflações com bolsa-valva-máscara, com duração de 1 (um) segundo cada, com volume suficiente para promover a elevação do tórax; 4. Introduzir a cânula orofaríngea; 5. Assim que o DEA estiver disponível, instale as pás no tórax desnudo e seco da vítima sem interromper as compressões torácicas. Ligue-o e somente pause as compressões quando o equipamento solicitar (análise). Seguir as orientações do aparelho quanto a indicação de choque. 6. Disparar o choque se indicado pelo DEA e retornar ao item 2 imediatamente após choque realizado; 7. Se choque não indicado, checar o pulso em até 10 segundos:

Se pulso ausente, retornar ao item 2; Se pulso presente, observar a respiração:

Respiração ausente ou em gasping, tratar a parada respiratória conforme protocolo;

Respiração presente, prosseguir na avaliação primária; 8. Manter RCP ininterruptamente até chegar o SAV, chegar ao hospital ou se a vítima apresentar sinais de circulação (respiração, tosse e/ou movimento).

IMPORTANTE:

Minimizar ao máximo as interrupções nas compressões torácicas;

Permitir o retorno total do tórax entre as compressões;

A frequência de compressão deve ser no mínimo de 100/min;

Alternar os profissionais que aplicam as compressões a cada 02 minutos;

Utilizar o DEA assim que disponível, mantendo as manobras de reanimação até a efetiva instalação do equipamento;

Minimizar as interrupções nas compressões torácicas antes e após o choque;

Mantenha RCP ininterruptamente até chegar o SAV, chegar ao hospital ou se a vítima apresentar sinais de circulação (respiração, tosse e/ou movimento).

Page 52: Atendimento Pré-Hospitalar - Suporte Básico à Vida

“Nada é mais importante do que salvar uma vida” 51

PROTOCOLO Nº 28 - SAMU 192 DA CIDADE DE SÃO PAULO Parada Cardiorrespiratória (PCR) no Adulto RCP (Reanimação Cardiopulmonar)

Página 02/02

Nível: S.B.V. Em vigor desde Jan/96 Rev. Nº 07 – Junho/2011

CHECAR RESPONSIVIDADE

SE NÃO RESPONSIVO, OBSERVAR RESPIRAÇÃO

AVALIAR CIRCULAÇÃO: CHECAR PULSO CENTRAL EM 10 SEGUNDOS

ABRIR VIAS AÉREAS: CONFORME CASO (CLÍNICO OU SUSPEITA DE TRAUMA)

REALIZAR 2 INSUFLAÇÕES DE 1 SEGUNDO CADA COM ELEVAÇÃO DO TÓRAX

RITMO NÃO CHOCAVEL

VERIFICAR PULSO

RITMO CHOCÁVEL DISPARAR CHOQUE E REINICIAR RCP

IMEDIATAMENTE, PELAS COMPRESSÕES POR 2 MINUTOS.

AGUARDAR NOVA ANÁLISE DO DEA.

ALGORITMO RCP ADULTO

AVALIAR RESPIRAÇÃO: SE RESP. AUSENTE, TRATAR PR

SE RESP. PRESENTE, PROSSEGUIR NA AVALIAÇÃO

PRIMÁRIA.

**REINICIAR RCP IMEDIATAMENTE PELAS COMPRESSÕES POR 2

MINUTOS. AGUARDAR NOVA ANÁLISE DO DEA

PULSO PRESENTE PR

PULSO AUSENTE PCR

*ATENÇÃO - FREQUÊNCIA DE COMPRESSÃO NO MÍNIMO 100/MIN; - PROFUNDIDADE DE COMPRESSÃO DE 5 CM ; - PERMITIR RETORNO TOTAL DA PAREDE TORÁCICA APÓS AS COMPRESSÕES; - MINIMIZAR INTERRUPÇÕES ENTRE AS COMPRESSÕES; - EVITAR VENTILAÇÃO EXCESSIVA. - NÃO INTERROMPER AS COMPRESSÕES DURANTE A INSTALAÇÃO DOS ELETRODOS DO DEA.

SE AUSENTE OU GASPING: AVISAR CENTRAL DE REGULAÇÃO

SOLICITAR APOIO SAV/SIV PREPARAR DESFIBRILADOR / DEA

*EFETUAR 30 COMPRESSÕES TORÁCICAS E

INSTALAR O DEA ASSIM QUE DISPONÍVEL

LIGAR O DEA E AGUARDAR ANÁLISE

PULSO PRESENTE

PULSO AUSENTE

**ATENÇÃO

MANTER RCP ATÉ:

CHEGADA DO SAV

CHEGADA AO HOSPITAL

VÍTIMA APRESENTAR SINAIS DE CIRCULAÇÃO (RESPIRAÇÃO, TOSSE E/OU MOVIMENTO).

Page 53: Atendimento Pré-Hospitalar - Suporte Básico à Vida

“Nada é mais importante do que salvar uma vida” 52

PROTOCOLO Nº 29 -- SAMU 192 DA CIDADE DE SÃO PAULO Parada Cardiorrespiratória na Criança (1 ano até puberdade) e no Bebê (menor de 1 ano) RCP (Reanimação Cardiopulmonar) com 1 e com 2 profissionais

Página 01/02

Nível: S.B.V. Em vigor desde Jan/96 Rev. Nº 07 – Junho/2011

PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA NA CRIANÇA (1 ANO ATÉ PUBERDADE) E NO BEBÊ ( MENOR DE 1 ANO): Constatada inconsciência, respiração ausente ou em gasping, solicitar o DEA e checar

pulso. Pulso ausente, comunicar à Central de Regulação Médica, solicitando apoio:

1. Posicionar a vítima em decúbito dorsal horizontal, sobre uma superfície rígida e plana;

2. Aplicar compressões torácicas: 30 com 1 profissional e 15 com 2 profissionais, com

profundidade de 5cm em crianças e de 4cm em bebês, com freqüência mínima de

100/minuto. Após as compressões:

3. Abrir as vias aéreas, com atenção para coluna cervical (suspeita de trauma), realizar duas

insuflações com bolsa-valva-máscara, com duração de 1 (um) segundo cada, com volume

suficiente para promover a elevação do tórax;

4. Introduzir a cânula orofaríngea;

5. Assim que o DEA estiver disponível, instale-o sem interromper as compressões torácicas.

Ligue-o e somente pause as compressões quando o equipamento solicitar (análise). Seguir

as orientações do aparelho quanto a indicação de choque.

6. Disparar o choque se indicado pelo DEA e retornar ao item 2 imediatamente após choque

realizado;

7. Se choque não indicado, checar o pulso em até 10 segundos:

Se pulso ausente, retornar ao item 2; Se pulso presente, observar a respiração:

Respiração ausente ou em gasping, tratar a parada respiratória conforme protocolo;

Respiração presente, prosseguir na avaliação primária; 8. Manter RCP ininterruptamente até chegar o SAV, chegar ao hospital ou se a vítima apresentar sinais de circulação (respiração, tosse e/ou movimento). IMPORTANTE:

Minimizar ao máximo as interrupções nas compressões torácicas;

Permitir o retorno total do tórax entre as compressões;

A frequência de compressão deve ser no mínimo de 100/min;

Alternar os profissionais que aplicam as compressões a cada 02 minutos;

Utilizar o DEA assim que disponível, mantendo as manobras de reanimação até a

efetiva instalação do equipamento;

Utilizar pás infantis ou modo infantil do DEA; Se não disponíveis utilizar as pás de

adulto;

Minimizar as interrupções nas compressões torácicas antes e após o choque;

Mantenha RCP ininterruptamente até chegar o SAV, chegar ao hospital ou se a

vítima apresentar sinais de circulação (respiração, tosse e/ou movimento).

ATENÇÃO

Realizar compressões torácicas no bebê e na criança com a freqüência cardíaca inferior a

60 b.p.m. e sinais de perfusão inadequada, apesar da oxigenação e ventilação adequadas.

Page 54: Atendimento Pré-Hospitalar - Suporte Básico à Vida

“Nada é mais importante do que salvar uma vida” 53

PROTOCOLO Nº 29 - SAMU 192 DA CIDADE DE SÃO PAULO

Parada Cardiorrespiratória na Criança (1 ano até puberdade) e no Bebê (menor de 1 ano) RCP (Reanimação Cardiopulmonar) com 1 e com 2 profissionais

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Nível: S.B.V. Em vigor desde Jan/96 Rev. Nº 07 – Junho/2011

CHECAR RESPONSIVIDADE

SE NÃO RESPONSIVO, OBSERVAR RESPIRAÇÃO

AVALIAR CIRCULAÇÃO: CHECAR PULSO CENTRAL EM 10 SEGUNDOS

ABRIR VIAS AÉREAS: CONFORME CASO (CLÍNICO OU SUSPEITA DE TRAUMA)

REALIZAR 2 INSUFLAÇÕES DE 1 SEGUNDO CADA COM ELEVAÇÃO DO TÓRAX

RITMO NÃO CHOCAVEL VERIFICAR PULSO

RITMO CHOCÁVEL DISPARAR CHOQUE E REINICIAR RCP

IMEDIATAMENTE, PELAS COMPRESSÕES POR 2 MINUTOS.

AGUARDAR NOVA ANÁLISE DO DEA.

ALGORITMO RCP CRIANÇA /BEBÊ

AVALIAR RESPIRAÇÃO: SE RESP. AUSENTE, TRATAR PR

SE RESP. PRESENTE,

PROSSEGUIR NA AVALIAÇÃO PRIMÁRIA.

**REINICIAR RCP IMEDIATAMENTE PELAS COMPRESSÕES POR 2

MINUTOS.

AGUARDAR NOVA ANÁLISE DO DEA

PULSO AUSENTE / FC< 60 bpm COM PERFUSÃO INADEQUADA

PCR *ATENÇÃO

- FREQUÊNCIA DE COMPRESSÃO NO MÍNIMO 100/MIN; - PROFUNDIDADE DE COMPRESSÃO DE 5 cm NA CRIANÇA E DE 4 cm NO BEBÊ; - PERMITIR RETORNO TOTAL DA PAREDE TORÁCICA APÓS AS COMPRESSÕES; - MINIMIZAR INTERRUPÇÕES ENTRE AS COMPRESSÕES; - EVITAR VENTILAÇÃO EXCESSIVA. - NÃO INTERROMPER AS COMPRESSÕES DURANTE A INSTALAÇÃO DOS ELETRODOS DO DEA.

SE AUSENTE OU GASPING: AVISAR CENTRAL DE REGULAÇÃO

SOLICITAR APOIO SAV/SIV PREPARAR DESFIBRILADOR / DEA

*EFETUAR 30 COMPRESSÕES TORÁCICAS ( 1 PROFISSIONAL) 15 COMPRESSÕES ( 2 PROFISSIONAIS)

E INSTALAR O DEA ASSIM QUE DISPONÍVEL

LIGAR O DEA E AGUARDAR ANÁLISE

PULSO

PRESENTE

PULSO AUSENTE

**ATENÇÃO

MANTER RCP ATÉ:

CHEGADA DO SAV

CHEGADA AO HOSPITAL

VÍTIMA APRESENTAR SINAIS DE CIRCULAÇÃO (RESPIRAÇÃO,

TOSSE E/OU MOVIMENTO).

PULSO PRESENTE PR

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“Nada é mais importante do que salvar uma vida” 54

PROTOCOLO Nº 30 - SAMU 192 DA CIDADE DE SÃO PAULO Assistência ao Recém-nascido (RN) Reanimação neonatal

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Nível: S.B.V. Em vigor desde Jan/08 Rev. Nº 07 – Junho/2011

ATENDIMENTO INICIAL E ESTABILIZAÇÃO DO RECÉM NASCIDO QUE ACABA DE

NASCER

Responder, em até 10 segundos, às seguintes questões:

A gestação foi a termo (entre 37 e 41 semanas)?

Ausência de mecônio? O líquido amniótico é claro (sem mecônio)?

O RN respirou (considerar respiração rítmica e regular) ou chorou ao nascer?

O RN apresenta bom tônus muscular (tônus muscular em flexão)?

Se todas as respostas foram SIM: O bebê é um RN a termo, apresenta boa vitalidade e

não necessita de manobras de reanimação.

RN A TERMO E COM BOA VITALIDADE: deverá receber as seguintes ações, na

sequência:

1. Realizar o clampeamento do cordão umbilical:

Imediatamente após o nascimento, posicionar o bebê entre as pernas da mãe, sobre

campo estéril, cobrindo-o com o campo estéril (inclusive a cabeça, exceto a face) para

evitar perda de calor, e clampear o cordão após 1 a 3 minutos;

Medir cerca de 15 a 20 cm a partir do abdome do RN e colocar 1º cord clamp, medir mais

3 a 4 cm e colocar 2º cord clamp;

Cortar com lâmina de bisturi estéril entre o dois cord clamps.

Observação: o ideal é manter a temperatura ambiente em 26°C. Em temperatura

ambiente mais baixa deve-se ter cuidado ainda maior para evitar perda de calor,

especialmente nos dias frios.

2. Realizar, a seguir, os seguintes passos:

Secar o RN e desprezar os campos úmidos;

Cobrir com campo estéril;

Colocar a touca de algodão;

Aspirar* boca e nariz (com sonda nº 6 ou 8), somente se tiver secreção;

Tais passos devem ser executados em, no máximo em 30 segundos.

(*) Evitar a introdução da sonda de aspiração de maneira brusca ou na faringe

posterior, pois isto pode induzir à resposta vagal e ao espasmo laríngeo, provocando

apneia e bradicardia.

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“Nada é mais importante do que salvar uma vida” 55

PROTOCOLO Nº 30 - SAMU 192 DA CIDADE DE SÃO PAULO Assistência ao Recém-nascido (RN) Reanimação neonatal

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Nível: S.B.V. Em vigor desde Jan/08 Rev. Nº 06 – Agosto/2008

3. Realizar a avaliação da respiração e da frequência cardíaca (pela ausculta do

precórdio com estetoscópio, contando os batimentos cardíacos por 6 segundos e

multiplicando por 10):

- Se o RN apresentar respiração regular ou choro e frequência cardíaca > 100 bpm:

Apresentar o RN para a mãe e familiares;

Identificar mãe e RN com pulseiras nos antebraços;

Se possível, realizar o segundo clampeamento do cordão umbilical: distância de 5

cm do abdome do RN;

Manter o RN envolvido em campo estéril e envolvê-lo também em manta metálica

sobre o campo estéril, para prevenir perda de calor durante o transporte;

Observar continuamente a vitalidade: respiração, frequência cardíaca e tônus

muscular;

Transportar o binômio mãe-bebê para a unidade hospitalar indicada.

RN PREMATURO (< 37 semanas) ou RN QUE NECESSITA DE REANIMAÇÃO: deverá

receber uma ou mais das seguintes ações, na sequência:

1. Realizar o clampeamento do cordão umbilical:

Se RN prematuro (< 37 semanas) e com boa vitalidade (está respirando regularmente ou

chorando, com tônus muscular em flexão e sem líquido meconial), clampear o cordão

umbilical em 30 a 60 segundos;

Se o RN prematuro ou a termo não apresentar respiração adequada (ou seja, apresentar

respiração irregular, apneia ou gasping) ou FC < 100 ou apresentar-se hipotônico,

clampear o cordão umbilical imediatamente;

Técnica para clampeamento do cordão: mesma descrita acima.

2. Realizar, a seguir, os seguintes passos:

Secar o RN e desprezar os campos úmidos;

Cobrir com campo estéril;

Colocar a touca de algodão;

Posicionar a cabeça: RN em decúbito dorsal com leve extensão do pescoço (se

necessário, colocar coxim sob os ombros);

Aspirar* boca e nariz (com sonda nº 6 ou 8), somente se tiver secreção; na presença de

líquido meconial, aspirar o excesso de secreção na boca e nariz com sonda nº 10;

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“Nada é mais importante do que salvar uma vida” 56

PROTOCOLO Nº 30 - SAMU 192 DA CIDADE DE SÃO PAULO Assistência ao Recém-nascido (RN) Reanimação neonatal

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Nível: S.B.V. Em vigor desde Jan/08 Rev. Nº 06 – Agosto/2008

(*) Evitar a introdução da sonda de aspiração de maneira brusca ou na faringe

posterior, pois isto pode induzir à resposta vagal e ao espasmo laríngeo, provocando

apneia e bradicardia.

O prematuro com idade gestacional inferior a 32 semanas deve ter seu corpo todo

(exceto a face) envolvido em plástico transparente (pode ser em filme plástico poroso ou em

saco de polietileno de 30x50cm) antes de secá-lo e deve ser colocada touca de algodão em

sua cabeça; todos os procedimentos de reanimação deverão ser executados com o RN

envolto no plástico;

Tais passos devem ser executados em, no máximo em 30 segundos.

3. Realizar a avaliação da respiração e da frequência cardíaca (pela ausculta do

precórdio com estetoscópio, contando os batimentos cardíacos por 6 segundos e

multiplicando por 10):

Se o RN apresentar respiração irregular, apneia e/ou FC < 100 bpm: iniciar

insuflação com pressão positiva (IPP) com ar ambiente (FiO2 21%);

Realizar IPP, com a frequência de 40 a 60 insuflações por minuto (regra mnemônica:

“aperta...solta...solta...aperta...solta...solta...aperta...solta...solta”);

Durante a IPP, ficar atento para a realização da técnica corretamente (se necessário,

readaptar a máscara facial, reposicionar a cabeça, aspirar secreções, ventilar com a

boca levemente aberta, aumentar discretamente a pressão de insuflação);

Se depois de até 90 segundos de IPP com O2 21% houver melhora, ou seja,

respiração regular e FC > 100, suspender a IPP;

Se não houver melhora em 90 segundos de IPP com ar ambiente (O2 a 21%),

continuar a IPP com oxigênio a 100% (conectado à fonte de oxigênio 5L/min e ao

reservatório);

Se depois de até 90 segundos de IPP com O2 100% houver melhora, ou seja,

respiração regular e FC > 100, suspender a IPP e ofertar O2 inalatório (cateter de O2

5L/min. na mão em concha) e ir retirando o O2 gradativamente;

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“Nada é mais importante do que salvar uma vida” 57

PROTOCOLO Nº 30 - SAMU 192 DA CIDADE DE SÃO PAULO

Parada Cardiorrespiratória no Recém-nascido (RN) Reanimação neonatal

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Nível: S.B.V. Em vigor desde Jan/08 Rev. Nº 06 – Agosto/2008

Se após 30 segundos de IPP com técnica correta, com O2 100%, a FC < 60 bpm:

manter Iinsuflação com pressão positiva e iniciar compressões torácicas,

preferencialmente com a técnica dos polegares na região do 1/3 inferior do

esterno (os dois polegares, posicionados logo abaixo da linha intermamilar,

comprimem o esterno e os quatro dedos de cada mão envolvem o tórax); comprimir

na relação de 3 (três) compressões para 1 (uma) insuflação (3:1);

Comunicar a Central de Regulação Médica para receber orientações adicionais e

solicitar apoio do SAV/SIV;

Se após 30 segundos de IPP e compressões torácicas a FC > 60: interromper a

compressão torácica e manter a IPP (40 a 60 mpm) até FC > 100 e respiração

regular;

Se após 30 segundos de IPP e compressões torácicas mantiver FC < 60: manter as

manobras com ritmo de 3:1, comunicar a Central de Regulação Médica para receber

orientações adicionais e solicitar apoio do SAV;

De acordo com orientação da Regulação Médica, aguardar o SAV ou transportar

imediatamente para o hospital, mantendo a reavaliação a cada 30 segundos e as

manobras de ressuscitação se necessário, durante o trajeto.

Fonte: Programa de Reanimação Neonatal da Sociedade Brasileira de Pediatria, 2011 www.sbp.com.br

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“Nada é mais importante do que salvar uma vida” 58

PROTOCOLO Nº 30 - SAMU 192 DA CIDADE DE SÃO PAULO

Parada Cardiorrespiratória no Recém-nascido (RN) Reanimação neonatal

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Nível: S.B.V. Em vigor desde Jan/08 Rev. Nº 06 – Agosto/2008

FLUXOGRAMA PARA A REANIMAÇÃO NEONATAL

SIM

NÃO

SIM

SIM

SIM

SIM

NASCIMENTO

GESTAÇÃO A TERMO? AUSÊNCIA DE MECÔNIO?

RESPIRANDO/CHORANDO?

TÔNUS MUSCULAR BOM?

PROVER CALOR MANTER VIAS AÉREAS PERVEAS,

SECAR AVALIAR FC E RESPIRAÇÃO

PROVER CALOR POSICIONAR CABEÇA

ASPIRAR VIAS AÉREAS S/N SECAR

FC<100 bpm APNÉIA OU

RESPIRAÇÃO IRREGULAR?

IPP AR AMBIENTE

FC<100 bpm?

ASSEGURAR IPP ADEQUADA E COM O2 SUPLEMENTAR( 100%)

SOLICITAR SAV

COMPRESSÕES TORÁCICAS E IPP COM O2

SUPLEMENTAR

FC<60 bpm?

FC<60 bpm?

MANTER COMPRESSÕES TORÁCICAS E IPP

AGUARDAR SAV OU TRANSPORTAR

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“Nada é mais importante do que salvar uma vida” 59

PROTOCOLO Nº 31 – SAMU 192 DA CIDADE DE SÃO PAULO Obstrução de Vias Aéreas – ADULTO Página 01/01

Nível: S.B.V. Em vigor desde Jan/96 Rev. Nº 07 – Junho/2011

1. VÍTIMA RESPONSIVA COM OBSTRUÇÃO LEVE

1. Não interferir;

2. Orientá-la a tossir;

3. Administrar oxigênio, conforme protocolo;

4. Transportar a vítima para o hospital, sentada e em posição confortável;

5. Monitorar a evolução do quadro e sinais vitais.

2. VÍTIMA RESPONSIVA COM OBSTRUÇÃO GRAVE

1. Posicionar-se por trás da vítima, envolvendo-a com seus braços na altura da crista ilíaca;

2. Manter suas pernas levemente afastadas para amparar uma possível queda da vítima;

3. Fechar uma das mãos em punho e posicioná-la no abdome da vítima, na linha média,

entre a cicatriz umbilical e o apêndice xifóide, com o polegar voltado para o abdome,

colocando a outra mão sobre esta;

4. Aplicar compressões rápidas, pressionando para dentro e para cima (em “J”);

5. Realizar a manobra até a desobstrução ou a vítima tornar-se não responsiva.

OBS: Em obesos e gestantes no último trimestre realizar as compressões sobre o

esterno, na linha intermamilar.

3. VÍTIMA COM OBSTRUÇÃO GRAVE QUE SE TORNA NÃO RESPONSIVA

1. Acionar a Central de Regulação Médica, solicitar apoio do SAV/SIV e deitar a vítima em

decúbito dorsal horizontal (DDH) em uma superfície rígida e plana;

2. Checar a responsividade (não responsiva) e observar a respiração (ausente ou gasping);

3. Efetuar 30 compressões torácicas;

4. Abrir as vias aéreas, visualizar a cavidade oral e remover o corpo estranho, se visível e

facilmente alcançável, com os dedos em pinça;

5. Se nada encontrado, realizar 1 insuflação e se o ar não passar ou o tórax não expandir,

reposicionar a cabeça ( abrir vias aéreas ) e insuflar novamente;

6. Se o ar não passar novamente, realizar 30 compressões torácicas;

7.Repetir ciclos de compressões e ventilações até que o corpo estranho seja expelido ou a

via aérea se torne pérvea;

8. Após saída do corpo estranho, continuar a Avaliação Primária e oferecer oxigênio por

máscara;

9. Seguir as orientações da Central de Regulação Médica.

Page 61: Atendimento Pré-Hospitalar - Suporte Básico à Vida

“Nada é mais importante do que salvar uma vida” 60

PROTOCOLO Nº 32 - SAMU 192 DA CIDADE DE SÃO PAULO

Obstrução de Vias Aéreas – CRIANÇA Página 01/01

Nível: S.B.V. Em vigor desde Jan/96 Rev. Nº 07 – Junho/2011

1. CRIANÇA RESPONSIVA COM OBSTRUÇÃO LEVE

1. Não interferir;

2. Orientar para tossir;

3. Administrar oxigênio, conforme protocolo;

4. Transportar a criança ao hospital, sentada e em posição confortável;

5. Monitorar a evolução do quadro e os sinais vitais;

2. CRIANÇA RESPONSIVA COM OBSTRUÇÃO GRAVE

1. Posicionar-se por trás da criança de acordo com o seu tamanho, circundando-a na altura

da cintura;

2. Fechar uma das mãos em punho e posicioná-la no abdome da criança, na linha média,

entre a cicatriz umbilical e o apêndice xifóide, com o polegar voltado para o abdome,

colocando a outra mão sobre esta;

4. Aplicar compressões rápidas, pressionando para dentro e para cima (em “J”);

5. Realizar a manobra até a desobstrução ou a criança tornar-se não responsiva;

6. Dosar a força aplicada.

3. CRIANÇA COM OBSTRUÇÃO GRAVE QUE SE TORNA NÃO RESPONSIVA

1. Acionar a Central de Regulação Médica, solicitar apoio do SAV/SIV e deitar a vítima em

decúbito dorsal horizontal (DDH) em uma superfície rígida e plana;

2. Checar a responsividade (não responsiva) e observar a respiração (ausente ou gasping);

3. Efetuar 30 compressões torácicas (1 profissional);

4. Abrir as vias aéreas, visualizar a cavidade oral e remover o corpo estranho, se visível e

facilmente alcançável, com os dedos em pinça;

5. Se nada encontrado, realizar 1 insuflação e se o ar não passar ou o tórax não expandir,

reposicionar a cabeça (abrir vias aéreas ) e insuflar novamente;

6. Se o ar não passar novamente, Realizar 30 compressões torácicas (1 profissional)

ou 15 compressões (2 profissionais);

7. Repetir ciclos de compressões e ventilações até que o corpo estranho seja expelido ou a

via aérea se torne pérvea;

8. Após saída do corpo estranho, continuar a Avaliação Primária e oferecer oxigênio por

máscara;

9. Seguir as orientações da Central de Regulação Médica.

Page 62: Atendimento Pré-Hospitalar - Suporte Básico à Vida

“Nada é mais importante do que salvar uma vida” 61

PROTOCOLO Nº 33 - SAMU 192 DA CIDADE DE SÃO PAULO Obstrução de Vias Aéreas – BEBÊ Página 01/01

Nível: S.B.V. Em vigor desde Jan/96 Rev. Nº 07 – Junho/2011

1. BEBÊ RESPONSIVO COM OBSTRUÇÃO GRAVE

1. Posicionar o bebê em decúbito ventral sobre seu antebraço e este apoiado em sua coxa,

com a cabeça em nível inferior ao tórax, apoiando firmemente com os seus dedos em

fúrcula a região mentoniana do bebê;

2. Realizar ciclos repetidos de 5 golpes no dorso (entre as escápulas) seguidos de 5

compressões torácicas (logo abaixo da linha intermamilar), até que o objeto seja expelido ou

o bebê tornar-se não responsivo;

3. Acionar a Central de Regulação Médica, solicitar apoio do SAV/SIV e aguardar

orientações.

2. BEBÊ COM OBSTRUÇÃO GRAVE QUE SE TORNA NÃO RESPONSIVO

1. Acionar a Central de Regulação Médica, solicitar apoio do SAV/SIV e deitar o bebê em

decúbito dorsal horizontal (DDH) em uma superfície rígida e plana;

2. Checar a responsividade (não responsivo) e observar a respiração (ausente ou gasping);

3. Efetuar 30 compressões torácicas (1 profissional);

4. Abrir as vias aéreas, visualizar a cavidade oral e remover o corpo estranho, se visível e

facilmente alcançável, com os dedos em pinça;

5. Se nada encontrado, realizar 1 insuflação e se o ar não passar ou o tórax não expandir,

reposicionar a cabeça ( abrir vias aéreas ) e insuflar novamente;

6. Se o ar não passar novamente, Realizar 30 compressões torácicas (1 profissional)

ou 15 compressões (2 profissionais);

7. Repetir ciclos de compressões e ventilações até que o corpo estranho seja expelido ou a

via aérea se torne pérvea;

8. Após saída do corpo estranho, continuar a Avaliação Primária e oferecer oxigênio por

máscara;

9. Seguir as orientações da Central de Regulação Médica.

Page 63: Atendimento Pré-Hospitalar - Suporte Básico à Vida

“Nada é mais importante do que salvar uma vida” 62

PROTOCOLO Nº 34 – SAMU 192 DA CIDADE DE SÃO PAULO Avaliação da Cinemática do Trauma – Parâmetro de Gravidade Página 01/03

Nível: S.B.V. Em vigor desde Jan/96 Rev. Nº 07 – Junho/2011

Mecanismo de trauma Possíveis padrões de lesão

Impacto frontal

Deformidade do volante Marca do joelho no painel Fratura em “olho-de boi” no pára-brisa.

Fratura de coluna cervical; Tórax instável anterior; Contusão miocárdica; Pneumotórax; Secção de aorta; Lesão de baço ou fígado; Fratura ou luxação de quadril e/ou de joelho.

Impacto lateral

Entorse contralateral do pescoço; Fratura de coluna cervical; Tórax instável lateral; Pneumotórax; Ruptura traumática de aorta; Ruptura de diafragma; Lesão do baço ou fígado; Fratura de pelve ou acetábulo;

Impacto traseiro

Lesão de coluna cervical (movimento de

chicote).

Fonte: Prehospital Trauma Life Support (PHTLS), tradução da 6ª edição, Elsevier, Rio de Janeiro, 2007.

Page 64: Atendimento Pré-Hospitalar - Suporte Básico à Vida

“Nada é mais importante do que salvar uma vida” 63

PROTOCOLO Nº 34 – SAMU 192 DA CIDADE DE SÃO PAULO Avaliação da Cinemática do Trauma – Parâmetro de Gravidade Página 02/03

Nível: S.B.V. Em vigor desde Jan/96 Rev. Nº 07 – Junho/2011

Ejeção do veículo

Coloca a vítima no grupo de risco de praticamente todo tipo de lesão; A mortalidade aumenta consideravelmente.

Capotamento: mecanismo freqüente de ejeção da vítima do veículo

Veículo automotor /

pedestre (atropelamento)

Traumatismo craniano; Traumatismo raquimedular; Lesões torácicas e abdominais; Fraturas das extremidades inferiores.

Quedas

Estimar a altura da queda, superfície sobre a qual a

vítima caiu e qual a primeira parte do corpo que entrou

em contato com a superfície.

Síndrome de Don Juan: quando a primeira parte a atingir o solo forem os pés: Lesão de calcâneos, tornozelos, tíbias, fíbulas, joelhos, ossos longos e quadril. Traumatismo craniano. Lesões torácicas e abdominais. Se a vítima cair para a frente sobre as mãos espalmadas: Fratura de extremidades superiores. Se cair de cabeça: Traumatismo raquimedular.

Fonte: Prehospital Trauma Life Support (PHTLS), tradução da 6ª edição, Elsevier, Rio de Janeiro, 2007.

Page 65: Atendimento Pré-Hospitalar - Suporte Básico à Vida

“Nada é mais importante do que salvar uma vida” 64

PROTOCOLO Nº 34 – SAMU 192 DA CIDADE DE SÃO PAULO Avaliação da Cinemática do Trauma – Parâmetro de Gravidade Página 03/03

Nível: S.B.V. Em vigor desde Jan/96 Rev. Nº 07 – Junho/2011

Lesões por Atividades

Esportivas

Em geral os mecanismos são os mesmos das colisões

automobilísticas e motocicletas

Lesões descritas em: o Impacto frontal o Impacto lateral o Impacto traseiro o Ejeção do veículo o Quedas

Lesões por explosão

Primárias: onda de pressão atinge a vítima com velocidades de até cerca três quilômetros /segundo.

Secundárias: vítima é atingida por fragmentos primários, secundários ou ambos, que voam e podem tornar-se projéteis.

Terciárias: quando a vítima é arremessada contra um objeto (torna-se um projétil), podendo ser atirada contra outros objetos ou ao chão.

Quaternárias: lesões provocadas por calor e gases oriundos da explosão.

Quinárias: causadas por aditivos colocados nas bombas, como bactérias, radiação e substâncias químicas e ataque suicida com homem-bomba.

o Lesões Primárias: amputação traumática de membros, sangramento pulmonar, pneumotórax, embolia gasosa, laceração de pequenos vasos, rotura de tímpano, PCR e explosão de pulmão.

o Lesões Secundárias: Ferimentos penetrantes,

lacerações e fraturas, feridas cutâneas superficiais,lesões torácicas e oculares.

o Lesões Terciárias: semelhantes às lesões que

ocorrem em vítimas ejetadas de um carro ou que caem de alturas significativas.

o Lesões Quaternárias: queimaduras, lesões por

inalação e até asfixia. o Lesões Quinárias: lesões por encravamento por

restos humanos (ossos do homem bomba), possíveis doenças infecciosas.

SUSPEITAR DE TRAUMATISMO GRAVE:

1 - Em quedas >1,5 vezes a altura da vitima;

2 – Atropelamento;

3 - Colisões com veículos a mais de 30 km/hora;

4 - Ejeção da vitima;

5 - Morte de um ocupante de veículo acidentado;

6 - Danos severos ao veiculo;

7 – Capotamentos;

8 - Ferimentos penetrantes de cabeça, pescoço, tórax, abdome, pelve e coxa.

Page 66: Atendimento Pré-Hospitalar - Suporte Básico à Vida

“Nada é mais importante do que salvar uma vida” 65

PROTOCOLO Nº 35 – SAMU 192 DA CIDADE DE SÃO PAULO Hemorragia Externa e Suspeita de Hemorragia Interna Página 01/01

Nível: S.B.V. Em vigor desde Jan/96 Rev. Nº 07 – Junho/2011

CONTROLE DA HEMORRAGIA EXTERNA:

1. Expor o local da lesão;

2. Efetuar compressão direta no local da lesão;

3. Efetuar curativo oclusivo em sangramentos de face e cabeça;

4. Aplicar o torniquete em hemorragia que persista após a compressão do local, nos

membros superiores ou inferiores, em posição proximal ao local do sangramento até

o seu controle;

5. Anotar no próprio torniquete o horário da aplicação do mesmo.

SUSPEITAR DE HEMORRAGIA INTERNA:

1. Quando o mecanismo do trauma é indicativo de lesão interna;

2. Na saída de sangue por orifícios naturais do corpo;

3. Na presença de sinais de choque hipovolêmico (taquicardia, pele fria, palidez,

sudorese).

CONDUTA NA HEMORRAGIA INTERNA:

1. Manter a permeabilidade das vias aéreas;

2. Ministrar o oxigênio conforme protocolo;

3. Aquecer a vítima usando cobertores e/ou manta de alumínio;

4. Manter a vítima em decúbito dorsal.

Page 67: Atendimento Pré-Hospitalar - Suporte Básico à Vida

“Nada é mais importante do que salvar uma vida” 66

PROTOCOLO Nº 36 – SAMU 192 DA CIDADE DE SÃO PAULO Choque Hipovolêmico Página 01/01

Nível: S.B.V. Em vigor desde Jan/96 Rev. Nº 07 – Junho/2011

1. RECONHECIMENTO:

- Suspeitar de choque hipovolêmico:

Em toda vítima de trauma;

Em caso de saída de sangue por orifícios naturais do corpo;

Em vítima portadora de doença que predisponha a perda sanguínea, e;

Que esteja com palidez, sudorese, pele fria, taquipnéia, taquicardia e, tardiamente,

hipotensão.

2. CONDUTA:

1. Manter as vias aéreas permeáveis;

2. Administrar oxigênio, conforme protocolo;

3. Deitar a vítima em decúbito dorsal horizontal;

4. Manter a vítima aquecida, prevenindo a hipotermia;

5. Comunicar o caso à Central de Regulação Médica, solicitar apoio do SAV/SIV ou

transportar imediatamente para o hospital, conforme orientações recebidas.

ATENÇÃO:

Na ocorrência de sinais de choque hipovolêmico solicitar a autorização da Central de

Regulação Médica e iniciar o transporte imediato para a unidade hospitalar realizando a

avaliação secundária e/ou imobilizações de extremidades na ambulância.

Page 68: Atendimento Pré-Hospitalar - Suporte Básico à Vida

“Nada é mais importante do que salvar uma vida” 67

PROTOCOLO Nº 37 – SAMU 192 DA CIDADE DE SÃO PAULO Ferimentos Página 01/02

Nível: S.B.V. Em vigor desde Jan/96 Rev. Nº 07 – Junho/2011

1- CUIDADOS GERAIS:

Pesquisar o mecanismo da lesão;

Expor o ferimento;

Na presença de sangramento, proceder às manobras de controle do sangramento;

Não retirar objetos encravados, exceto em via aérea se estiverem impedindo a

passagem do ar. Estabilizá-los;

Retirar corpos estranhos grosseiros que estejam soltos;

Se necessário, retirar o excesso de sujidade;

Fazer curativo sobre o(s) ferimento(s);

Comunicar a Central de Regulação Médica e solicitar apoio/orientação.

2- FERIMENTOS NA CABEÇA, FACE, NARIZ E BOCA:

Manter a permeabilidade das vias aéreas (atenção para o alinhamento da coluna

cervical);

Controlar sangramentos: no couro cabeludo, aplicar curativo compressivo e, se este

não for eficiente, aplicar pressão direta nas bordas da ferida ou na região adjacente

se houver deformidade óssea ou lesão aberta;

Retirar objetos transfixados ou encravados somente se dificultarem a respiração da

vítima;

Perfuração por corpo estranho ou hemorragia na câmara ocular anterior: Não remover o corpo estranho;

Estabilizar o objeto no mínimo 1/3 do objeto;

Não exercer pressão direta sobre qualquer ferimento no globo ocular; Não fazer curativo compressivo em olho com sangramento; Não irrigar; Cobrir os dois olhos com curativo estéril seco;

Casos de enucleação:

não recolocar o globo ocular na órbita;

cobrir o globo ocular com gaze umedecida com soro fisiológico proteger o

local;

aplicar curativo oclusivo nos dois olhos;

realizar tamponamento nasal anterior no caso de rinorragia

Não fazer curativo oclusivo no canal auditivo.

Page 69: Atendimento Pré-Hospitalar - Suporte Básico à Vida

“Nada é mais importante do que salvar uma vida” 68

PROTOCOLO Nº 37 – SAMU 192 DA CIDADE DE SÃO PAULO Ferimentos Página 02/02

Nível: S.B.V. Em vigor desde Jan/96 Rev. Nº 07 – Junho/2011

3- FERIMENTOS NO PESCOÇO:

Manter a permeabilidade das vias aéreas;

Ministrar oxigênio, conforme protocolo;

Na presença de sangramento, realizar pressão manual direta sobre o local do

mesmo lado da lesão. Não pressionar bilateralmente e manter a pressão até a

chegada ao hospital.

4- FERIMENTOS ABERTOS NO TÓRAX:

Manter a permeabilidade das vias aéreas;

Ministrar oxigênio, conforme protocolo;

Aplicar um curativo oclusivo, fixado em três pontas (preferencialmente com plástico)

sobre o ferimento, ao final da expiração;

Posicionar a vítima em decúbito lateral sobre o lado lesado sem comprimir a lesão

(se não houver suspeita de lesão na coluna).

5- EVISCERAÇÃO:

Cobrir as vísceras expostas com compressas umedecidas com soro fisiológico ou

com protetor plástico para evisceração, mantendo-as na posição encontrada;

Manter a umidade do local até a chegada ao hospital;

Proteger o local com curativo oclusivo, não compressivo;

Observar sinais de choque;

Manter os MMII da vítima fletidos, (exceto em casos de suspeita de lesões em coluna

e MMII);

Ministrar oxigênio, conforme protocolo.

6- AMPUTAÇÃO E/OU AVULSÃO:

Controlar hemorragias em extremidades; se a compressão direta não for eficiente,

usar o torniquete;

Proceder a limpeza do coto com SF;

Envolver o segmento amputado em gaze ou compressa esterilizada;

Acondicionar o segmento em saco plástico, fechá-lo e colocá-lo dentro de outro saco

plástico, contendo gelo ou água gelada; identificá-lo e encaminhá-lo com a vítima;

Atentar para os sinais de choque hipovolêmico;

Ministrar oxigênio, conforme protocolo.

Page 70: Atendimento Pré-Hospitalar - Suporte Básico à Vida

“Nada é mais importante do que salvar uma vida” 69

PROTOCOLO Nº 38 – SAMU 192 DA CIDADE DE SÃO PAULO Queimaduras e Emergências Ambientais Página 01/04

Nível: S.B.V. Em vigor desde Jan/96 Rev. Nº 07 – Junho/2011

MEDIDAS GERAIS:

Avaliar segurança da cena para atuação da equipe;

Afastar a vítima do agente causador ou o agente da vítima;

Realizar a avaliação primária e tratar as condições que ameacem a vida;

Manter permeabilidade da via aérea;

Administrar O2 100%;

Lavar abundantemente a superfície queimada com água corrente em temperatura ambiente ou soro fisiológico; secar delicadamente;

No politraumatizado grave, tratar primeiro o trauma e os efeitos sistêmicos da queimadura e depois a queimadura;

Realizar avaliação secundária para identificar outras lesões ou condições clínicas que não coloquem em risco imediato a vida da vítima;

Dar especial atenção para o aspecto geral da face da vítima: cílios, sobrancelhas, pelos do nariz e condições respiratórias;

Expor a área queimada, retirando as roupas que não estejam aderidas;

Retirar objetos como anéis, aliança, brincos, pulseiras, relógio, carteira, cinto, desde que não estejam aderidos à pele;

Não romper ou perfurar bolhas no APH;

Se houver sangramento ativo, comprimir a área e tratar outras lesões associadas antes de cobrir a queimadura;

Cobrir a área queimada com curativo seco, estéril e não aderente ou curativo burnshield se disponível

Manter o calor corporal com cobertores ou manta metálica;

Transportar a vítima na posição mais confortável, desde que não haja outros traumas associados;

1. QUEIMADURAS ELÉTRICAS

Certificar-se de que a vítima esteja fora da corrente elétrica antes de iniciar o atendimento;

Se a vítima ainda estiver em contato com a corrente elétrica, chamar por ajuda por intermédio da Central de Operações ou, se possível, desligar a corrente elétrica;

Realizar a avaliação primária e secundária;

Manter permeabilidade das vias aéreas;

Administrar O2;

Realizar manobras de ressuscitação cardiorrespiratória se necessário;

Fazer curativos nos ferimentos de entrada e saída de corrente elétrica;

Comunicar o caso à Central de Regulação Médica, solicitar apoio do SAV/SIV ou

transportar imediatamente para o hospital, conforme orientações recebidas.

Page 71: Atendimento Pré-Hospitalar - Suporte Básico à Vida

“Nada é mais importante do que salvar uma vida” 70

PROTOCOLO Nº 38 – SAMU 192 DA CIDADE DE SÃO PAULO Queimaduras e Emergências Ambientais Página 02/04

Nível: S.B.V. Em vigor desde Jan/96 Rev. Nº 07 – Junho/2011

2. QUEIMADURAS TÉRMICAS

Se a vítima estiver com fogo nas vestes, role-a no chão ou envolva-a com um

cobertor (utilize essas técnicas se você estiver seguro, caso contrário peça apoio);

Interromper o contato com o agente lesivo (se possível e com segurança);

Liberar as vias aéreas, (atenção para a coluna cervical) e ministre oxigênio conforme

protocolo;

Identificar queimaduras faciais e sinais iminentes de obstrução de via aérea (estridor,

rouquidão, tosse);

Resfriar a área queimada com soro fisiológico (se a área queimada for extensa

resfrie pequenas áreas por vez);

Retirar roupas que não estejam aderidas;

Retirar anéis, pulseiras, relógios ou outro tipo de adorno que estejam próximos à

área queimada;

Em caso de queimaduras faciais, cobrir os olhos da vítima com compressa

umedecida em soro fisiológico, reumedecer a cada 5 (cinco) minutos;

Estimar a superfície corporal queimada utilizando a Regra dos Nove ;

Secar cuidadosa e delicadamente as áreas queimadas e cubra-as com protetor para

queimaduras. Na ausência destes cubra com lençol seco e manta térmica;

Cobrir a vítima com lençol descartável e manta térmica;

Comunicar o caso à Central de Regulação Médica, solicitar apoio do SAV/SIV ou

transportar imediatamente para o hospital, conforme orientações recebidas.

3. QUEIMADURAS QUÍMICAS

A equipe deve proteger-se da exposição ao agente químico antes de começar o

atendimento;

Retirar manualmente o excesso pó químico antes de lavar;

Lavar abundantemente com água corrente, sem fazer pressão ou fricção durante

todo o atendimento pré-hospitalar até a chegada ao hospital;

Nas queimaduras químicas nos olhos, lave-os abundantemente (do canto interno

para o externo) com soro fisiológico, até a chegada ao hospital;

Estimar a superfície corporal queimada utilizando a Regra dos Nove;

Page 72: Atendimento Pré-Hospitalar - Suporte Básico à Vida

“Nada é mais importante do que salvar uma vida” 71

PROTOCOLO Nº 38 – SAMU 192 DA CIDADE DE SÃO PAULO Queimaduras e Emergências Ambientais Página 03/04

Nível: S.B.V. Em vigor desde Jan/96 Rev. Nº 07 – Junho/2011

REGRA DOS NOVE

Área corporal % Adulto % Criança e Bebê

Cabeça e pescoço 9 18

Membros superiores 9 cada 9 cada

Tronco anterior 18 18

Tronco posterior 18 18

Membros inferiores 18 cada 13,5 cada

Genitais 1 1

Total 100 100

REGRA DOS NOVE NO ADULTO, NA CRIANÇA E NO BEBÊ

(Fonte: Atendimento Pré-Hospitalar ao Politraumatizado. Tradução da 6ª edição, 2007, pg. 337)

Page 73: Atendimento Pré-Hospitalar - Suporte Básico à Vida

“Nada é mais importante do que salvar uma vida” 72

PROTOCOLO Nº 38 – SAMU 192 DA CIDADE DE SÃO PAULO

Queimaduras e Emergências Ambientais Página 04/04

Nível: S.B.V. Em vigor desde Jan/96 Rev. Nº 07 – Junho/2011

4. CALOR (INTERMAÇÃO)

Remover a vítima para local fresco;

Administrar oxigênio suplementar conforme protocolo;

Afrouxar as roupas da vítima;

Aplicar compressas umedecidas com água ou soro fisiológico na cabeça, pescoço,

axilas, laterais do tórax e região inguinal;

Se possível, resfriar a vítima;

Transportar o mais rápido possível, monitorando sinais vitais;

Avaliar sinais de choque: se presentes, transportar em decúbito dorsal horizontal;

Comunicar o caso à Central de Regulação Médica, solicitar apoio do SAV/SIV ou

transportar imediatamente para o hospital, conforme orientações recebidas.

5. FRIO

Remover a vítima do local frio;

Remover as vestes molhadas e manter a vítima seca;

Aquecer com manta térmica ou cobertor (cobrir também a cabeça);

Administrar oxigênio conforme protocolo;

Transportar rapidamente, monitorando sinais vitais;

Avaliar sinais de choque; se presentes, transporte a vítima em decúbito dorsal

horizontal;

Comunicar o caso à Central de Regulação Médica, solicitar apoio do SAV/SIV ou

transportar imediatamente para o hospital, conforme orientações recebidas.

Page 74: Atendimento Pré-Hospitalar - Suporte Básico à Vida

“Nada é mais importante do que salvar uma vida” 73

PROTOCOLO Nº 39 – SAMU 192 DA CIDADE DE SÃO PAULO Hipotermia Página 01/02

Nível: S.B.V. Em vigor desde Jun/2005 Rev. Nº 07 – Junho/2011

DEFINIÇÃO

quando a temperatura central é menor que 35° C, Temperatura central corresponde à

temperatura do coração, pulmão, encéfalo e órgãos esplâncnicos. A periférica é a

temperatura da pele e músculos.

FATORES PREDISPONENTES:

Ambiente: temperatura fria, imersão em águas geladas, contato prolongado com

locais frios;

Roupas inadequadas;

Tempo de exposição ao ambiente frio;

Idade: idosos, pacientes psiquiátricos e crianças são mais susceptíveis;

Doenças prévias: desnutrição, doenças endócrinas, diabetes, hipoglicemia, doenças

medulares

Uso de medicamentos e drogas: calmantes, antidepressivos, anestésicos gerais,

Intoxicações por: álcool, organofosforados, monóxido de carbono.

SINAIS E SINTOMAS:

Pele pálida e fria;

Tremores;

Rigidez muscular;

Alterações do sistema nervoso central: amnésia, fala “pastosa”, perda da

coordenação motora, progredindo nos casos graves até torpor e coma;

Na severa pode ocorrer: bradicardia, arritmia cardíaca, hipotensão grave, diminuição

da frequência respiratória, dilatação das pupilas.

Page 75: Atendimento Pré-Hospitalar - Suporte Básico à Vida

“Nada é mais importante do que salvar uma vida” 74

PROTOCOLO Nº 39 – SAMU 192 DA CIDADE DE SÃO PAULO Hipotermia Página 02/02

Nível: S.B.V. Em vigor desde Jun/2005 Rev. Nº 07 – Junho/2011

CONDUTA:

1. Manter a vítima em decúbito dorsal horizontal;

2. Manter a permeabilidade das vias aéreas; avalie a respiração;

3. Ministrar oxigênio conforme protocolo;

4. Remover a vítima para local aquecido;

5. Remover roupas molhadas e aquecer, inclusive a cabeça;

6. Iniciar RCP, se necessário;

7. Manipular a vítima, sem movimentos bruscos;

8. Comunicar o caso à Central de Regulação Médica, solicitar apoio do SAV/SIV ou

transportar imediatamente para o hospital, conforme orientações recebidas.

Page 76: Atendimento Pré-Hospitalar - Suporte Básico à Vida

“Nada é mais importante do que salvar uma vida” 75

PROTOCOLO Nº 40 – SAMU 192 DA CIDADE DE SÃO PAULO Atendimento inicial ao politraumatizado Página 01/01

Nível: S.B.V. Em vigor desde Junho/05 Rev. Nº 07 – Junho/2011

Atenção para a avaliação da cena. Solicite apoio se necessário;

Estabilizar a coluna cervical com colar cervical;

Realizar avaliação primária;

Administrar O2, conforme protocolo;

Controlar hemorragias externas;

Realizar avaliação secundária;

Aplicar a Escala de Coma de Glasgow; considere parâmetro de gravidade Glasgow 8;

Aplique a escala RTS;

Imobilizar fraturas nas vítimas estáveis;

Controlar o tempo de atendimento, na cena (<10min.);

Comunicar o caso à Central de Regulação Médica, solicitar apoio do SAV/SIV ou

transportar imediatamente para o hospital, conforme orientações recebidas.

Page 77: Atendimento Pré-Hospitalar - Suporte Básico à Vida

“Nada é mais importante do que salvar uma vida” 76

PROTOCOLO Nº 41 – SAMU 192 DA CIDADE DE SÃO PAULO Trauma Cranioencefálico (TCE) Página 01/03

Nível: S.B.V. Em vigor desde Jan/96 Rev. Nº 06 – Janeiro/2008

CAUSAS DE ALTERAÇÃO DO NÍVEL DE CONSCIÊNCIA:

Lesão na córtex cerebral;

Lesão na formação reticular ascendente do tronco cerebral (estrutura responsável pela manutenção do estado de alerta);

Aumento da pressão intracraniana (PIC): anisocoria, hipertensão arterial, bradicardia, alterações respiratórias;

Diminuição do fluxo sanguíneo cerebral;

Hipóxia;

Hipotensão;

Hipoglicemia. EXAME NEUROLÓGICO:

Escala de Coma de Glasgow;

Pupilas: simetria (diferença > 1mm é anormal), fotorreação;

Exame da cabeça e da coluna: atenção para perdas liquóricas, fraturas abertas de crânio, exposição de tecido cerebral, ferimentos extensos de couro cabeludo e lesões por arma de fogo (orifícios de entrada e saída);

Avaliação da motricidade (déficit motor);

Observação de sinais de fratura de base de crânio: extravasamento de líquor e sangue pelo ouvido ou nariz, equimose na região mastóidea (sinal da batalha), equimoses periorbitais (olhos de guaxinim) – os 2 últimos são sinais mais tardios;

Observar a evolução: para detectar qualquer deterioração neurológica;

Objetos encravados no crânio não devem ser removidos;

ESCALA DE COMA DE GLASGOW EM ADULTOS

Abertura Ocular

Melhor Resposta Verbal

Melhor Resposta Motora

Pontuação

Obedece comando verbal simples

6

Orientado Localiza e se afasta da dor 5

Espontânea Confuso Retira o membro à dor 4

Ao estímulo verbal

Palavras inapropriadas

Flexão dos braços e extensão das pernas (decorticação)

3

Ao estímulo doloroso

Sons incompreensíveis

Extensão dos braços e extensão das pernas (descerebração)

2

Ausência de resposta

Ausência de resposta

Ausência de resposta 1

Page 78: Atendimento Pré-Hospitalar - Suporte Básico à Vida

“Nada é mais importante do que salvar uma vida” 77

PROTOCOLO Nº 41 – SAMU 192 DA CIDADE DE SÃO PAULO Trauma Cranioencefálico (TCE) Página 02/03

Nível: S.B.V. Em vigor desde Jan/96 Rev. Nº 06 – Janeiro/2008

ESCALA DE COMA DE GLASGOW EM CRIANÇAS

Resposta

Criança Bebê (< 1 ano)

Pontuação

Abertura Ocular

Espontânea Espontânea 4

Ao estímulo verbal Ao estímulo verbal 3

Ao estímulo doloroso Ao estímulo doloroso 2

Ausência de resposta Ausência de resposta 1

Melhor Resposta

Verbal

Palavras apropriadas, orientada

Arrulha e balbucia 5

Confusa Inquieta, irritada, chorosa 4

Palavras inapropriadas Chora em resposta à dor 3

Palavras incompreensíveis ou sons inespecíficos

Geme em resposta à dor 2

Ausência de resposta Ausência de resposta 1

Melhor Resposta

Motora

Obedece comando verbal simples

Move-se espontânea e intencionalmente

6

Localiza estímulos dolorosos

Retira o membro ao toque 5

Retira o membro ao estímulo doloroso

Retira o membro ao estímulo doloroso

4

Flexão dos braços e extensão das pernas (decorticação) ao estímulo doloroso

Flexão dos braços e extensão das pernas (decorticação) ao estímulo doloroso

3

Extensão dos braços e extensão das pernas (descerebração) ao estímulo doloroso

Extensão dos braços e extensão das pernas (descerebração) ao estímulo doloroso

2

Ausência de resposta Ausência de resposta 1 Fonte: Pediatric Advanced Life Support (PALS). Provider Manual, 2006, pg. 23

REVISED TRAUMA SCORE (RTS) = ESCALA REVISADA DE TRAUMA

Objetivo: Avaliar a gravidade do trauma através da sua repercussão sobre a função circulatória, respiratória e neurológica e, dessa forma, auxiliar na decisão de triagem para o grau de complexidade do hospital de destino. Forma de realização: Avaliar os 3 parâmetros abaixo e em seguida pontuar conforme o valor detectado. Somar as pontuações alcançadas.

Escala de Coma de Glasgow

Pressão Arterial Sistólica (mmHg)

Frequência Respiratória

(mrm) Pontuação

13 - 15 >89 10 – 29 4

9 - 12 76 - 89 > 29 3

6 - 8 50 - 75 6 – 9 2

4 - 5 1 - 49 1 – 5 1

3 0 0 0

Page 79: Atendimento Pré-Hospitalar - Suporte Básico à Vida

“Nada é mais importante do que salvar uma vida” 78

PROTOCOLO Nº 41 – SAMU 192 DA CIDADE DE SÃO PAULO Trauma Cranioencefálico (TCE) Página 03/03

Nível: S.B.V. Em vigor desde Jan/96 Rev. Nº 06 – Janeiro/2008

RTS: Ponto de corte para determinação da triagem para hospital secundário: RTS =12 (parâmetros próximos da normalidade, poucas alterações clínicas).

Ponto de corte para determinação da triagem para hospital terciário: RTS < 10 (alto comprometimento das funções fisiológicas, alta possibilidade de lesões graves). OBS: Os casos de RTS=11 podem ser encaminhados a hospitais terciários se houver outros indicativos de gravidade. ATENÇÃO: Situações impeditivas para realização da GCS inviabilizam o cálculo do RTS.

CONDUTA: Avaliar a biomecânica do trauma;

Avaliar o nível de consciência e o ABCDE;

Imobilizar coluna cervical (colar cervical) após exame do pescoço;

Manter permeabilidade das vias aéreas. Se Glasgow menor ou igual a 8 colocar cânula orofaríngea (retirar próteses);

Administrar O2 100% sob máscara não reinalante com reservatório, nas vítimas conscientes e com ritmo respiratório normal; manter Sat O2 > 95%;

Na vítima com nível de consciência rebaixado ou com alteração do padrão respiratório, ventilar com pressão positiva, com O2 100% (bolsa – valva - máscara, manter Sat O2 > 95%. Não hiperventilar: ventilação assistida com 10 mrp para adultos; 20 mrp para crianças e 25 mrp para bebês;

Controlar sangramentos: no couro cabeludo, aplicar curativo compressivo e, se este não for eficiente, aplicar pressão direta nas bordas da ferida ou na região adjacente se houver deformidade óssea ou lesão aberta; em nariz ou ouvido, tamponar com material de curativo, permitindo pequeno vazamento do sangue (o tamponamento completo pode aumentar a PIC); controlar outras hemorragias;

Informar o caso ao Médico Regulador para orientações (apoio do SAV/SIV, transporte imediato, hospital de destino);

Monitorizar sinais vitais (pressão arterial, pulso, temperatura relativa da pele) e oximetria;

Prevenir a perda de calor corporal;

Transportar rapidamente para hospital terciário (com recursos de tomografia e neurocirurgião disponíveis no plantão);

Informar ao plantonista do hospital todas as alterações neurológicas observadas na cena e durante o transporte, como por exemplo, qual pupila estava dilatada primeiro ou mudanças nas condições da vítima;

Sempre transportar para o hospital vítimas alcoolizadas ou drogadas, mesmo que o TCE aparentemente seja leve. Nunca atribuir ao álcool ou drogas as alterações do estado mental;

Sempre transportar para o hospital crianças e idosos (às vezes não apresentam sinais e sintomas iniciais sugestivos) com TCE e história não compatível com as lesões encontradas ou não confiável – suspeitar e procurar outros sinais sugestivos de MAUS TRATOS.

Page 80: Atendimento Pré-Hospitalar - Suporte Básico à Vida

“Nada é mais importante do que salvar uma vida” 79

PROTOCOLO Nº 42 – SAMU 192 DA CIDADE DE SÃO PAULO Trauma Raquimedular Página 01/02

Nível: S.B.V. Em vigor desde Jan/96 Rev. Nº 07 – Junho/2011

SUSPEITAR DE LESÃO RAQUIMEDULAR QUANDO OCORRER: Impacto violento na cabeça, pescoço, tronco ou na pelve por qualquer mecanismo (p. ex.

agressões, encarceramento em escombros de desabamento);

Mecanismo em que ocorreu aceleração ou desaceleração repentina ou inclinação lateral do pescoço ou tronco (p. ex., colisões de veículos motorizados em velocidade moderada a alta, atropelamento de pedestre, explosão);

Qualquer tipo de queda, especialmente em idosos;

Ejeção ou queda de veículo motorizado ou outro dispositivo de transporte (patinete, skate, bicicleta, moto, etc);

Acidente em águas rasas (mergulho ou surfe sem prancha);

Lesão na cabeça, com qualquer alteração do nível de consciência;

Dano significativo no capacete;

Lesão contusa importante no tronco;

Fratura por impacto ou outro tipo de desaceleração nas pernas ou quadril;

Lesão na área da coluna.

PRINCIPAIS CAUSAS EM ADULTOS: colisões de veículos, mergulho em lugares rasos, colisões de motocicletas, quedas, lesões esportivas. PRINCIPAIS CAUSAS EM CRIANÇAS: quedas de lugares altos (de 2 a 3 vezes a altura da criança), queda de triciclo ou bicicleta, atropelamento. SINAIS DE CHOQUE NEUROGÊNICO: pele quente e seca, FC normal ou bradicardia leve, hipotensão arterial, boa oxigenação periférica. INDICAÇÕES PARA IMOBILIZAÇÃO DA COLUNA:

Mecanismo de trauma sugestivo;

Alteração do nível de consciência: Glasgow < 15;

Presença de dor ou sensibilidade na região da coluna;

Déficit ou sintoma neurológico: paralisias, parestesia, paresia (fraqueza), déficit neurológico abaixo do nível da lesão, priapismo;

Presença de deformação anatômica da coluna;

A ausência desses sinais não exclui a possibilidade de lesão na coluna;

Vítimas cuja informação não é confiável: embriaguez, presença de lesões mais dolorosas que desviem a atenção (fratura de fêmur ou queimaduras profundas e extensas), barreiras de comunicação (idioma, surdez, pouca idade, etc.), paciente psiquiátrico e portadores de “Doença de Alzheimer”.

Page 81: Atendimento Pré-Hospitalar - Suporte Básico à Vida

“Nada é mais importante do que salvar uma vida” 80

PROTOCOLO Nº 42 – SAMU 192 DA CIDADE DE SÃO PAULO Trauma Raquimedular Página 02/02

Nível: S.B.V. Em vigor desde Jan/96 Rev. Nº 07 – Junho/2011

CONDUTA NA SUSPEITA DE LESÃO(COLUNA INSTÁVEL):

A coluna deve ser imobilizada na posição supina, sobre prancha rígida, em posição alinhada neutra, na seguinte seqüência: Alinhar manualmente a cabeça (se não houver contra-indicação) e manter o apoio manual e a estabilização todo o tempo.

O alinhamento da cabeça está contra-indicado e deve ser interrompido quando ocorrer: piora da dor referida; piora do padrão respiratório; resistência da vítima ao movimento; início ou aumento de déficit neurológico; espasmos dos músculos do pescoço. Nestes casos, imobilizar a cabeça na posição encontrada;

Lembrar: o alinhamento não será possível em casos de torcicolo congênito ou outra malformação ou em deformidades degenerativas pré-existentes;

Realizar o ABCDE da avaliação primária e proceder às intervenções necessárias;

Tratar inicialmente as alterações que ameacem a vida;

Avaliar a capacidade motora e a resposta sensitiva e circulatória nas quatro extremidades;

Examinar o pescoço e colocar colar cervical adequado;

Imobilizar o tronco;

Imobilizar a cabeça na prancha longa com equipamentos adequados;

Com a vítima na prancha, imobilizar os membros inferiores;

Administrar oxigênio;

Instalar acesso venoso;

Verificar sinais vitais;

Analgesia se necessário;

Atentar constantemente para alterações do padrão respiratório;

Transportar para hospital adequado.

OBSERVAÇÕES GERAIS

Atentar para espaço morto que possa bloquear a permeabilidade das vias aéreas: se necessário, acolchoar: no adulto – atrás da cabeça; na criança – embaixo do tórax.

VÍTIMA QUE SE ENCONTRA DENTRO DE VEÍCULO:

Realizar a retirada rápida se vítima grave ou cena insegura e para que se tenha acesso a outra vítima com lesões mais graves;

Utilizar equipamento de retirada (“KED”) quando for indicado;

Manter coluna imóvel, cabeça e pescoço alinhados durante a retirada;

Após a retirada, imobilizar em prancha longa. VÍTIMA QUE SE ENCONTRA EM PÉ NA CENA:

Imobilizar em prancha longa, usando a técnica de imobilização em pé.

Page 82: Atendimento Pré-Hospitalar - Suporte Básico à Vida

“Nada é mais importante do que salvar uma vida” 81

PROTOCOLO Nº 43 – SAMU 192 DA CIDADE DE SÃO PAULO Lesão do Aparelho Locomotor - Extremidades Página 01/04

Nível: S.B.V. Em vigor desde Jan/96 Rev. Nº 07 – Junho/2011

AS LESÕES INCLUEM: fraturas, luxações, fratura-luxações, contusões, entorses, perda de tecidos (avulsões), amputações, esmagamentos.

RECONHECER AS LESÕES POR:

Mecanismo de trauma sugestivo;

Dor local aguda;

Deformidades/edemas/hematomas/equimoses;

Impotência funcional e/ou movimentos anormais de extremidades;

Encurtamento de membro;

Distúrbio de perfusão periférica;

Exposição óssea ou sangramento suspeito;

Crepitação à palpação do membro lesado. PESQUISAR SEMPRE função neurovascular:

Motricidade;

Sensibilidade;

Perfusão periférica.

MEDIDAS GERAIS EM CASOS DE LESÃO DE MEMBROS: Administrar oxigênio em altas concentrações (85 a 100%) por máscara; manter Sat de

O2 ≥ 95%;

Avaliar o ABCDE;

Controlar hemorragias, expondo as lesões e locais onde haja indício de sangramento, além de retirar objetos ou adornos;

Controlar sinais vitais e oximetria

Avaliar a função neurovascular distal;

Imobilizar o membro lesado, quando indicado, incluindo as articulações acima e abaixo do local da lesão;

Reavaliar a função neurovascular distal do membro após a imobilização;

Transportar para o hospital mais adequado.

CUIDADOS GERAIS COM AS LESÕES:

Cobrir com curativos estéreis secos feridas abertas e as extremidades ósseas expostas; Alinhar as fraturas em membros sem pulso conforme técnica, controlando pulso

periférico;

Tentar até duas vezes mediante ;

Se o pulso periférico ficar ausente, após alinhamento, retornar à posição original,parar o procedimento e imobilizar na posição em que o membro se encontrar;

As tentativas de alinhamento devem ser abandonadas quando a vítima se queixar de dor significativa ou houver resistência ao movimento;

Imobilizar e transportar imediatamente.

LESÕES ARTICULARES E LUXAÇÕES: Imobilizar na posição encontrada;

Manipular cuidadosamente lesões sem pulso.

Page 83: Atendimento Pré-Hospitalar - Suporte Básico à Vida

“Nada é mais importante do que salvar uma vida” 82

PROTOCOLO Nº 43 – SAMU 192 DA CIDADE DE SÃO PAULO Lesão do Aparelho Locomotor - Extremidades Página 02/04

Nível: S.B.V. Em vigor desde Jan/96 Rev. Nº 07 – Junho/2011

CONTROLE DE HEMORRAGIAS EXTERNAS: Expor o local da lesão;

Exercer pressão direta sobre o local da lesão com a mão sobre compressas ou gazes;

Se a hemorragia persistir após a compressão local, usar torniquete para controlá-la;

Aplicar o torniquete em posição imediatamente proximal ao local do sangramento e apertar o suficiente para que o sangramento cesse;

Anotar no próprio torniquete (ou em esparadrapo fixado ao torniquete) o horário da aplicação do mesmo;

O torniquete deve ficar descoberto para que o local possa ser monitorado quanto a uma recidiva do sangramento;

Avaliar a quantidade de sangue na cena. ATENÇÃO: elevação do membro e compressão de pontos arteriais não são mais recomendados para o controle de hemorragias externas.

LESÕES DE MEMBROS SUPERIORES: ATENÇÃO:

Mobilizar vítima seguindo preceitos de integridade da coluna vertebral, principalmente se houver necessidade de transporte rápido;

As fixações devem ser feitas com bandagens triangulares preferencialmente e no sentido distal/proximal;

Preservar a integridade da coluna vertebral;

Acolchoar as talas rígidas para evitar o movimento, aumentar o conforto e evitar úlceras de pressão;

Preencher sempre os vãos;

Remover jóias, relógios para não prejudicar a circulação quando aumentar o edema;

Avaliar a função neurovascular distalmente ao local da lesão antes e depois de aplicar qualquer imobilização e periodicamente.

1. Clavícula

Tipóia ou imobilização tubular;

Colar cervical de acordo com a biomecânica do trauma. Atenção para complicações vásculo-nervosas. 2. Ombro (Inclui escápula, luxação e lesão de úmero proximal).

Tipóia e bandagens. Atenção para complicações vásculo-nervosas e tóraco-pulmonares. 3. Braço, Cotovelo, Antebraço e Mão

Talas moldáveis ou rígidas;

Bandagem triangular.

Page 84: Atendimento Pré-Hospitalar - Suporte Básico à Vida

“Nada é mais importante do que salvar uma vida” 83

PROTOCOLO Nº 43 – SAMU 192 DA CIDADE DE SÃO PAULO Lesão do Aparelho Locomotor - Extremidades Página 03/04

Nível: S.B.V. Em vigor desde Jan/96 Rev. Nº 07 – Junho/2011

LESÕES DE MEMBROS INFERIORES: 1. Quadril (colo do fêmur)

Talas longas/moldáveis/rígidas. Atenção: mobilizar a cavaleiro. Cuidado com lesões vásculo-nervosas e choque hipovolêmico. 2. Fêmur

Talas longas/moldáveis;

Usar o membro contralateral como apoio. 3. Joelho

Talas moldáveis. Atenção para complicações vásculo-nervosas. 4. Tíbia

Talas moldáveis. 5. Tornozelo e pé

Talas moldáveis.

FRATURAS EXPOSTAS: Controlar hemorragia e tratar o choque, se for o caso;

Não recolocar o osso exposto para o interior do ferimento;

Se as extremidades ósseas se retraírem para dentro da ferida durante a imobilização, anotar essa informação na Ficha de Atendimento e passá-la para a equipe do hospital;

Aplicar curativo estabilizador e estéril.

SÍNDROME COMPARTIMENTAL Identificar correta e prontamente uma síndrome compartimental (dor intensa e

desproporcional à lesão e parestesia – são os sinais precoces; ausência de pulso, palidez e paralisia – sinais tardios);

Remover imobilizações ou curativos muito apertados, reavaliar perfusão distal constantemente;

Transportar imediatamente para o hospital.

Page 85: Atendimento Pré-Hospitalar - Suporte Básico à Vida

“Nada é mais importante do que salvar uma vida” 84

PROTOCOLO Nº 43 – SAMU 192 DA CIDADE DE SÃO PAULO Lesão do Aparelho Locomotor - Extremidades Página 04/04

Nível: S.B.V. Em vigor desde Jan/96 Rev. Nº 07 – Junho/2011

CRITÉRIOS PARA SUSPEITA DE LESÃO OSTEOARTICULAR DE PELVE Atentar para o mecanismo de trauma;

Observar queixa de dor aguda na região dos quadris;

Procurar deformidades/crepitação/instabilidade do quadril;

Atentar para sinais e sintomas de choque hipovolêmico.

CONDUTA: Avaliar ABCDE com preservação de coluna cervical e iniciar o tratamento;

Fazer retirada rápida se houver lesões com risco imediato à vida;

Posicionar a vítima em posição anatomicamente mais adequada;

Imobilizar na posição encontrada caso apresente dor à movimentação;

Imobilizar utilizando talas rígidas longas e bandagens triangulares;

Colocar a vítima sobre prancha longa utilizando a técnica a cavaleiro;

Administrar oxigênio;

Verificar sinais vitais e pulsos distais;

Encaminhar para o hospital mais adequado.

OBSERVAÇÕES GERAIS Atentar para os espaços entre a lesão e os materiais de imobilização;

Atentar para lesões associadas (coluna/bexiga/órgãos genitais);

Mobilizar cuidadosamente, de preferência pela técnica “a cavaleiro“.

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“Nada é mais importante do que salvar uma vida” 85

PROTOCOLO Nº 44 – SAMU 192 DA CIDADE DE SÃO PAULO Retirada de Vítimas: uso do KED e técnica de retirada rápida Página 01/02

Nível: S.B.V. Em vigor desde Jan/96 Rev. Nº 07 – Junho/2011

USO DE DISPOSITIVO TIPO KED PARA RETIRADA DE VÍTIMA: Princípio: imobilizar a vítima traumatizada, sem lesões graves, antes de movimentá-la da posição sentada. Indicações para retirada da vítima com Kendrick Extrication Device (KED):

Vítima estável;

Cena do acidente segura;

Suspeita de coluna instável, de acordo com o mecanismo de trauma.

Quando não houver lesões com risco imediato à vida Atenção: Requer, no mínimo, três pessoas na equipe. Tempo para a realização da retirada: 4 a 8 minutos. Passos da retirada com KED:

Realizar a estabilização e alinhamento manual da cabeça, preferencialmente por trás da vítima;

Colocar o colar cervical de tamanho adequado (um profissional continua sustentando a cabeça com as mãos);

Posicionar a vítima sentada, de forma ereta, com espaço adequado entre as costas da vítima e o banco do veículo para ser colocado o KED (antes de colocar o KED, as cintas/ tirantes longos/virilha são soltos/abertos e posicionados atrás do colete);

Colocar o KED por trás da vítima (o profissional continua sustentando a cabeça com as mãos).

Ajustar a altura do KED pela altura da cabeça da vítima (o profissional continua sustentando a cabeça com as mãos, mas agora pelo KED em torno da cabeça da vítima) e as abas laterais são colocadas em torno do paciente e movimentadas até tocarem as suas axilas. Não force a cabeça a encostar no KED, apenas sustente – a;

Afivelar a cinta/tirante central (amarela) , para que o KED envolva o tórax de maneira uniforme;

Afivelar a cinta inferior (vermelha);

Afivelar a cinta/tirante superior (verde), o profissional continua sustentando a cabeça com as mãos envolvendo o KED;

Passar uma das cintas/ tirantes longa por baixo do joelho (de fora para dentro) e deslizar até a raiz da coxa, posicionar lateralmente ao genital e sob a nádega. Não deixar lateralmente na coxa. Prender a fivela na fivela do mesmo lado;

Repetir a manobra anterior na outra perna;

Revisar e ajustar as cintas/ tirantes colocadas no tórax.

Page 87: Atendimento Pré-Hospitalar - Suporte Básico à Vida

“Nada é mais importante do que salvar uma vida” 86

PROTOCOLO Nº 44 – SAMU 192 DA CIDADE DE SÃO PAULO Retirada de Vítimas: uso do KED e técnica de retirada rápida Página 02/02

Nível: S.B.V. Em vigor desde Jan/96 Rev. Nº 07 – Junho/2011

Verificar o espaço entre a cabeça e o KED. Preencher com a almofada quando necessário, sem forçar a cabeça para trás, para manter posição neutra alinhada;

Posicionar a fita na testa da vítima logo acima dos olhos e horizontalmente, fixar no velcro envolvendo o KED;

Colocar a segunda fita (com abertura central) no colar cervical (mento) e fixar no velcro do KED. (esta não deverá ficar muito apertada para que não impedir o movimento da mandíbula e abertura da boca);

Fixar os antebraços com a bandagem triangular.

Após o tronco e pescoço ser imobilizado o profissional que sustentava a cabeça poderá soltá-la e passar a segurar o KED pela alça superior.

Posicionar a prancha longa debaixo das nádegas da vítima de forma que uma extremidade esteja seguramente apoiada no assento do veículo e a outra segura por um profissional;

Colocar e imobilizar a vítima na prancha longa.

RETIRADA RÁPIDA: Princípio: estabilizar manualmente a vítima com lesões graves, antes e durante a mobilização a partir da posição sentada. Neste caso, o tempo é fator crucial para o sucesso do atendimento. Indicações para retirada rápida:

Vítima grave(detectável durante a avaliação primária);

Cena do acidente que apresente riscos para a equipe e/ou para a vítima;

Retirada é necessária para obter acesso a outras vítimas com lesões mais graves.

Quando houver condições de risco à vida e não por preferência pessoal. Atenção: Requer a atuação de três ou mais membros da equipe. Tempo ideal para realização da retirada: inferior a 3 minutos. Passos da retirada rápida:

1. Realizar a estabilização e alinhamento manual da cabeça e do pescoço, preferencialmente por trás da vítima;

2. Colocar colar cervical de tamanho adequado; 3. Posicionar a maca com a prancha próxima à porta aberta do veículo; 4. Manter a estabilização manual da cabeça, pescoço e tronco e iniciar o giro da vítima com

movimentos curtos e controlados em direção à maca com a prancha. Controlar simultaneamente os MMII, mantendo-os unidos, e os MMSS;

5. Outro profissional, fora do veículo, assume o controle da estabilização manual; 6. Continuar a rotação mantendo a estabilização manual até que a vítima possa ser abaixada para fora da abertura da porta e colocada sobre a prancha na posição supina,

movimentando-a até a outra extremidade da prancha; 7. Executar a fixação da vítima na prancha.

Page 88: Atendimento Pré-Hospitalar - Suporte Básico à Vida

“Nada é mais importante do que salvar uma vida” 87

PROTOCOLO Nº 45 – SAMU 192 DA CIDADE DE SÃO PAULO Dor Torácica não Traumática Página 01/01

Nível: S.B.V. Em vigor desde Jan/96 Rev. Nº 07 – Junho/2011

1. Realizar avaliação primária;

2. Realizar avaliação secundária inspecionando tórax e localizando a dor

3. Ministrar oxigênio suplementar conforme protocolo;

4. Pesquisar:

Tipo de dor (atente para desconforto gástrico);

Duração e freqüência do episódio doloroso;

Histórico familiar de doença cardíaca, diabetes, hipertensão;

Fatores de risco: tabagismo, obesidade;

Uso de medicamentos e/ou tratamento especificos;

Observar taquicardia, taquipnéia, sudorese;

Investigar presença de náuseas, vômitos;

5. Manter a vítima em repouso;

6. Comunicar a Central de Regulação Médica e solicitar apoio/orientação.

Page 89: Atendimento Pré-Hospitalar - Suporte Básico à Vida

“Nada é mais importante do que salvar uma vida” 88

PROTOCOLO Nº 46 – SAMU 192 DA CIDADE DE SÃO PAULO Crise Hipertensiva Página 01/01

Nível: S.B.V. Em vigor desde Jan/96 Rev. Nº 07 – Junho/2011

CONDUTA: 1. Realizar a avaliação primária;

2. Realizar avaliação secundária direcionada aos sintomas e sinais da crise

hipertensiva, aferir sinais vitais e realizar AMPLA;

3. Ministrar oxigênio suplementar conforme protocolo;

4. Pesquisar:

Existência de crises hipertensivas anteriores e sua frequência;

Histórico familiar de doença cardíaca, hipertensão, diabetes;

Uso de medicamentos e/ ou tratamentos específicos;

5. Informar os dados para a Central de Regulação e solicitar apoio/orientação.

Page 90: Atendimento Pré-Hospitalar - Suporte Básico à Vida

“Nada é mais importante do que salvar uma vida” 89

PROTOCOLO Nº 47 – SAMU 192 DA CIDADE DE SÃO PAULO

Distúrbio Metabólico (Hipoglicemia e Hiperglicemia) Página 01/01

Nível: S.B.V. Em vigor desde Jan/96 Rev. Nº 07 – Junho/2011

CONDUTA: 1. Realizar avaliação primária e secundária;

2. Avaliar glicemia capilar:

Hiperglicemia se > 140 mg/dl

Hipoglicemia se < 60 mg/dl.

3. Administrar oxigênio;

4. Informar os dados para a Central de Regulação e solicitar apoio/orientação.

Page 91: Atendimento Pré-Hospitalar - Suporte Básico à Vida

“Nada é mais importante do que salvar uma vida” 90

PROTOCOLO Nº 48 – SAMU 192 DA CIDADE DE SÃO PAULO

Convulsão Página 01/01

Nível: S.B.V. Em vigor desde Jan/96 Rev. Nº 07 – Junho/2011

1. VÍTIMA CONVULSIONANDO:

Proteger a vítima de quedas;

Afastar objetos que possam ferí-la;

Proteger a cabeça da vítima de possíveis impactos;

Se possível, lateralizar a cabeça e/ou o corpo da vítima, na ausência de trauma;

Ministrar oxigênio conforme protocolo;

Considerar o tempo de duração e frequência da(s) crise(s).

2. VÍTIMA NA FASE PÓS-CONVULSIVA:

Realizar a avaliação primária; promover estabilização cervical, se trauma;

Aspirar vias aéreas;

Ministrar oxigênio suplementar, conforme protocolo;

Realizar a avaliação secundária: exame físico, AMPLA, aferir os sinais vitais;

Comunicar a Central de Regulação Médica e solicitar apoio/orientação.

Page 92: Atendimento Pré-Hospitalar - Suporte Básico à Vida

“Nada é mais importante do que salvar uma vida” 91

PROTOCOLO Nº 49 – SAMU 192 DA CIDADE DE SÃO PAULO Acidente Vascular Encefálico - AVE Página 01/01

Nível: S.B.V. Em vigor desde Jan/96 Rev. Nº 07 – Junho/2011

Realizar a avaliação primária;

Realizar a avaliação secundária: exame físico, AMPLA, aferir os sinais vitais, considerar risco de trauma;

Administrar oxigênio, conforme protocolo;

Aplicar a Escala de Cincinnati.

ESCALA DE CINCINNATI: a) Examinar a face da vítima (pedir para que ela sorria):

Normal = quando há simetria de rima labial.

Anormal = quando há desvio de rima labial.

Fonte: Advanced Cardiovascular Life Support. Provider Manual, 2006, pg. 108-9

b) Solicitar à vítima para levantar os membros superiores ao mesmo tempo, com os olhos fechados e assim permanecer, por cerca de 10 segundos:

Normal = conseguir levantar simetricamente e permanecer assim pelo tempo indicado.

Anormal = não conseguir elevar os MMSS simetricamente ou um dos membros cai.

Fonte: Advanced Cardiovascular Life Support. Provider Manual, 2006, pg. 108-9

c) Solicitar que a vítima repita frases do tipo: “O rato roeu a roupa do rei de Roma”

Normal = quando a vítima consegue repetir sem nenhum esforço.

Anormal = quando a vítima troca palavras ou fala de maneira arrastada ou não consegue repetir.

Comunicar à Central de Regulação Médica, informar os dados necessários, o

resultado da Escala de Cincinnati e solicitar apoio do SIV ou SAV, se necessário.

Normal

Normal Anormal:

Desvio de rima

Anormal:

Queda de um dos braços

Page 93: Atendimento Pré-Hospitalar - Suporte Básico à Vida

“Nada é mais importante do que salvar uma vida” 92

PROTOCOLO Nº 50 – SAMU 192 DA CIDADE DE SÃO PAULO Problemas Respiratórios Página 01/01

Nível: S.B.V. Em vigor desde Jan/96 Rev. Nº 07 – Junho/2011

1. Realizar a avaliação primária e tratar conforme encontrado; 2. Ministrar oxigênio suplementar conforme protocolo; 3. Realizar a avaliação secundária; 4. Perguntar se a vítima tem problemas respiratórios, cardíacos e/ ou outros; 5. Identificar a queixa atual; 6. Avaliar padrão respiratório (freqüência, amplitude e simetria) e ruídos respiratórios; 7. Observar se usa musculatura respiratória acessória; 8. Observar a presença de cianose e/ou de sangue, ao tossir; 9. Identificar e anotar alteração da frequência respiratória:

Adulto (< 12 m.r.m. ou > 30 mrm), Criança (<20mrm ou > 30mrm), Bebê (<30 mrm ou >40 mrm).

10. Atentar para a possibilidade de parada respiratória; 11. Informar os dados para a Central de Regulação e solicitar apoio SIV/SAV e

orientação

Page 94: Atendimento Pré-Hospitalar - Suporte Básico à Vida

“Nada é mais importante do que salvar uma vida” 93

PROTOCOLO Nº 51 – SAMU 192 DA CIDADE DE SÃO PAULO Dor Abdominal – Abdome Agudo Página 01/01

Nível: S.B.V. Em vigor desde Jan/96 Rev. Nº 07 – Junho/2011

1. Realizar avaliação primária e tratar conforme encontrado;

2. Proceder a avaliação secundária: AMPLA, aferir os sinais vitais, exame físico;

3. Inspecionar o abdome: distensão, cicatriz cirúrgica, ostomia;

4. Palpar o abdome: dor, rigidez;

5. Determinar a localização, tipo e duração da dor;

6. Identificar fatores que pioram ou melhoram a dor;

7. Na ocorrência de vômito, caracterizar: episódios, volume, características, resíduos;

8. Investigar quando a vítima apresentou a última evacuação e o aspecto das fezes;

9. Investigar se a vítima apresentou algum tipo de sangramento por via oral, retal,

urinária ou vaginal e quando isto ocorreu;

10. Se mulher em idade fértil, perguntar a data da última menstruação; Estar atento para

o risco de gravidez ectópica;

11. Informar os dados para a Central de Regulação e solicitar apoio/orientação.

Page 95: Atendimento Pré-Hospitalar - Suporte Básico à Vida

“Nada é mais importante do que salvar uma vida” 94

PROTOCOLO Nº 52 – SAMU 192 DA CIDADE DE SÃO PAULO Intoxicação Aguda Página 01/02

Nível: S.B.V. Em vigor desde Jan/96 Rev. Nº 07 – Junho/2011

1. Avaliar a segurança na cena;

2. Realizar avaliação primária e tratar conforme encontrado;

3. Ministrar oxigênio suplementar, conforme protocolo;

4. Realizar avaliação secundária: AMPLA, aferir os sinais vitais, exame físico;

Valorizar:

Informações da cena: procurar por indícios ou mesmo drogas,

embalagens de veneno, frascos de medicamentos, vômitos;

Tempo de exposição, tipo de substância e via de absorção: via oral,

inalatória, venosa ou por absorção (pele e/ ou mucosas);

Investigar se a vítima fez uso de algum medicamento;

Investigar se a vítima faz tratamento psiquiátrico;

Investigar qual a atividade profissional da vítima;

5. Verificar Oximetria de pulso e Glicemia Capilar;

6. Atentar para o risco de parada respiratória e cardiorrespiratória;

7. Observar sinais de hipotermia;

8. Manter a vítima aquecida;

9. Informar os dados para a Central de Regulação e solicitar apoio/orientação;

ATENÇÃO:

Levar a substância tóxica e/ou vômito da vítima ao hospital sempre que possível;

Levar ao hospital as embalagens de produtos/remédios, mesmo que vazias;

No transporte manter a vítima em posição de recuperação, com vias aéreas

permeáveis;

Monitorar sinais vitais e manter oxigenoterapia.

Page 96: Atendimento Pré-Hospitalar - Suporte Básico à Vida

“Nada é mais importante do que salvar uma vida” 95

PROTOCOLO Nº 52 – SAMU 192 DA CIDADE DE SÃO PAULO

Intoxicação Aguda Página 02/02

Nível: S.B.V. Em vigor desde Jan/96 Rev. Nº 07 – Junho/2011

SÍNDROMES TÓXICAS MAIS COMUNS

1. Síndrome Sedativo-hipnótica e Opióide:

Agentes: álcool etílico, barbitúricos, benzodiazepínicos, codeína, fentanil,

morfina, meperidina.

Sinais e sintomas mais comuns: sonolência, letargia, coma, depressão

respiratória, hipotensão, bradicardia, pupilas normais ou em miose/midríase quando

a intoxicação é por barbitúricos ou miose puntiforme no uso de opióides.

2. Síndrome Colinérgica:

Agentes: inseticidas, organofosforados, carbamatos.

Sinais e sintomas: salivação, vômito, diarréia, secreção brônquica

aumentada, fraqueza muscular, tremores, confusão mental, coma, miose ou

midríase pupilar.

3. Síndrome Adrenérgica:

Agentes: anfetamina e derivados, cocaína, efedrina, cafeína em dose

excessiva.

Sinais e sintomas: agitação, delírios, paranóia, hipertensão, hipertermia. Em

casos graves podem ocorrer convulsões, hipotensão e arritmias cardíacas.

Page 97: Atendimento Pré-Hospitalar - Suporte Básico à Vida

“Nada é mais importante do que salvar uma vida” 96

PROTOCOLO Nº 53 – SAMU 192 DA CIDADE DE SÃO PAULO Acidentes com Animais Peçonhentos Página 01/01

Nível: S.B.V. Em vigor desde Junho/2005 Rev. Nº 07 – Junho/2011

Atenção:

1. Avaliar a segurança de cena e solicitar apoio se necessário;

ACIDENTES COM COBRAS (OFIDISMO), ARANHAS E ESCORPIÕES

Realizar a avaliação primária e tratar conforme encontrado;

Ministrar oxigênio conforme protocolo;

Realizar a avaliação secundária: AMPLA, aferir os sinais vitais, exame físico;

Verificar oximetria de pulso;

Tranquilizar a vítima;

Manter a vítima em repouso;

A equipe não deve tentar capturar o animal;

Limpar o ferimento e cobrir com gaze;

Informar os dados para a Central de Regulação e solicitar apoio/orientação. Atenção: crianças e idosos são mais susceptíveis ao efeito do veneno. ACIDENTES COM ABELHAS Podem manifestar-se clinicamente de três formas:

1. Acidente com uma ou mais picadas em pessoa não sensibilizada: evolui com dor forte no local, acompanhada de eritema, edema e calor local. Não há manifestação sistêmica.

Conduta: colocar bolsa de gelo ou de água gelada no local.

2. Acidente com uma ou mais picadas em pessoa sensibilizada: é grave, podendo evoluir em pouco tempo para edema de glote com as seguintes manifestações: ruído respiratório, broncoespasmo, dispnéia, alteração de sinais vitais.

Conduta: Realizar a avaliação primária e tratar conforme o encontrado; Ministrar oxigênio conforme protocolo; Realize a avaliação secundária: AMPLA, aferir os sinais vitais, exame

físico; Verificar oximetria de pulso; Passar os dados da vítima e solicitar apoio/orientação da Central de

Regulação Médica; O transporte rápido é prioridade.

3. Acidente com picadas múltiplas e simultâneas (ataque de enxames): é considerado

potencialmente fatal quando ocorrem cerca de 300 picadas em adulto de 55kg. Em crianças com menos de 02 anos existem relatos de óbito com cerca de 30 picadas simultâneas.

Conduta: Realizar a avaliação primária; Ministrar oxigênio conforme protocolo; Realize a avaliação secundária: AMPLA, aferir os sinais vitais, exame físico; Verificar oximetria de pulso; Passar os dados da vítima e solicitar apoio/orientação da Central de Regulação

Médica; O transporte rápido é prioridade.

Page 98: Atendimento Pré-Hospitalar - Suporte Básico à Vida

“Nada é mais importante do que salvar uma vida” 97

PROTOCOLO Nº 54 – SAMU 192 DA CIDADE DE SÃO PAULO Afogamento Página 01/01

Nível: S.B.V. Em vigor desde Jan/98 Rev. Nº 07 – Junho/2011

VÍTIMA RESPONSIVA

1. Com respiração normal:

Administrar oxigênio conforme protocolo; Colocar a vítima em decúbito lateral direito, com o decúbito elevado; Aquecer e tranquilizar a vítima; Passar os dados da vítima e solicitar apoio/orientação da Central de Regulação

Médica.

2. Na presença de dispnéia, tosse e/ou outros sintomas:

Administrar oxigênio conforme protocolo; Manter a vítima em decúbito lateral direito, com o decúbito elevado; Aquecer e tranquilizar a vítima; Solicitar apoio do SAV e seguir as orientações da Central de Regulação Médica.

VÍTIMA NÃO RESPONSIVA

1. Realizar avaliação primária (atenção para a coluna cervical); 2. Se respiração presente e retorno da consciência: siga as orientações acima para

vítima RESPONSIVA; 3. Se respiração ausente ou gasping, com pulso presente: tratar parada respiratória; 4. Se respiração ausente ou gasping e pulso ausente: tratar parada cardiorrespiratória; 5. Solicitar apoio do SAV e seguir as orientações da Central de Regulação Médica.

ORIENTAÇÕES GERAIS

Iniciar RCP se não houver sinais de morte óbvia;

Não aspirar as vias aéreas excessivamente, pois pode prejudicar a ventilação;

Sempre que possível, manter a vítima em decúbito lateral direito;

Para o atendimento não há distinção entre afogamento por água doce ou salgada;

Evitar o risco de hipotermia: aquecer a vítima, cobrindo-a com manta térmica ou cobertor.

Page 99: Atendimento Pré-Hospitalar - Suporte Básico à Vida

“Nada é mais importante do que salvar uma vida” 98

PROTOCOLO Nº 55 – SAMU 192 DA CIDADE DE SÃO PAULO Alteração de Comportamento Página 01/01

Nível: S.B.V. Em vigor desde Jan/96 Rev. Nº 07 – Junho/2011

ATENÇÃO

Certificar-se da segurança da cena e pedir apoio nas seguintes situações:

Vítima com comportamento suicida;

Vítima com comportamento agressivo, oferecendo risco para segurança da equipe,

dos familiares, circundantes e para a própria vítima;

Vítima portando arma (arma de fogo, arma branca e outros).

Ao solicitar apoio, permanecer em local seguro até a chegada do mesmo.

Procedimentos:

Realizar a aproximação de forma cautelosa;

Estabelecer vínculo, utilizando a comunicação terapêutica;

Observar a comunicação verbal e/ou não verbal da vítima, alteração de humor,

alucinações, “delirium tremens;

Realizar a avaliação secundária direcionada para a pesquisa da história de doença

psiquiátrica, uso de medicamentos, álcool ou drogas e/ou síndrome de abstinência;

Solicitar ao responsável autorização para a contenção física da vítima, se

necessária;

Passar os dados da vítima para a Central de Regulação Médica e solicitar apoio/

orientação.

Page 100: Atendimento Pré-Hospitalar - Suporte Básico à Vida

“Nada é mais importante do que salvar uma vida” 99

PROTOCOLO Nº 56 – SAMU 192 DA CIDADE DE SÃO PAULO Parto Iminente Página 01/03

Nível: S.B.V. Em vigor desde Jan/96 Rev. Nº 07 – Junho/2011

PROCEDIMENTOS: 1. Abordar a parturiente utilizando EPI adequado; 2. Investigar sobre: data provável do parto, realização do pré-natal, frequência e duração das contrações, se houve perda sanguínea ou de liquido em grande quantidade, número de filhos e tipos de partos anteriores (cesárea ou normal); 3. Preparar-se para assistir ao parto quando:

A parturiente apresentar contrações de 2 em 2 minutos com duração de 30 a 40 segundos;

A parturiente sentir vontade intensa de evacuar;

Houver coroamento da cabeça do feto durante a contração. 4. Passar os dados da vítima para a Central de Regulação Médica, e solicitar apoio/orientação; 5. Garantir a privacidade da parturiente; 6. Manter um parente/ responsável junto à parturiente; 7. Tranquilizar a parturiente explicando o procedimento; 8. Posicionar a gestante em decúbito dorsal com pernas e joelhos fletidos e afastados (posição ginecológica); 9. Realizar higiene do períneo com sabão e água ou soro fisiológico, usando luvas de procedimento; 10. Lavar as mãos e trocar as luvas de procedimentos por luvas estéreis; 11. Colocar campos sobre as coxas, abdome e sob os glúteos da parturiente; 12. Incentivar a parturiente a manter a calma e a fazer força, prendendo a respiração todas as vezes que tiver contração e a descansar na fase de relaxamento (ausência) das contrações; 13. Ao visualizar a cabeça do feto no canal do parto, apoiá-la com uma mão para evitar desprendimento brusco e com a outra mão sobre uma compressa dobrada apoiar firmemente o períneo da parturiente; 14. Verificar a presença de circular de cordão, se presente desfazer manualmente utilizando o dedo indicador; 15. Limpar a face do RN (boca e nariz) se houver demora no desprendimento dos ombros; 16. Manter o apoio até a completa saída do RN; 17. Manter o RN lateralizado e no mesmo nível da mãe, com cuidado para não tracionar o cordão umbilical;

Page 101: Atendimento Pré-Hospitalar - Suporte Básico à Vida

“Nada é mais importante do que salvar uma vida” 100

PROTOCOLO Nº 56 – SAMU 192 DA CIDADE DE SÃO PAULO Parto Iminente Página 02/03

Nível: S.B.V. Em vigor desde Jan/96 Rev. Nº 07 – Junho/2011

18. Prevenir a perda de calor, secando e agasalhando o RN, inclusive a cabeça; 19. Limpar a boca do RN com uma gaze e as narinas com outra por duas vezes; 20. Efetuar a estimulação plantar no RN, caso ele não chore; 21. Cortar o cordão umbilical da seguinte forma: colocar o primeiro clamp 15 cm (um palmo) acima do umbigo do RN e o segundo quatro dedos acima do primeiro, fazendo a ordenha do cordão no sentido da placenta. Proteger com gaze e cortar entre os dois clamps no sentido de baixo para cima; 22. Mostrar o RN para a mãe, expondo todo o corpo e em especial a genitália para apresentação do sexo usando a expressão “Homem/Mulher”; 23. Identificar o RN e a mãe com pulseiras de identificação contendo: nome da mãe, hora do nascimento, data do nascimento e o sexo do RN; 24. Massagear gentilmente o abdome da mãe, monitorando perda sanguínea vaginal, para promover a dequitação (saída da placenta); 25. Se houver a dequitação, guardar a placenta em saco plástico identificado e levar para o hospital; 26. Após a dequitação, massagear o abdome da mãe para manter o útero contraído (Globo de Segurança de Pinard) e evitar hemorragia por hipotonia uterina; 27. Manter a mãe e o RN aquecidos; 28. Se houver aumento do sangramento e piorar o estado geral da mãe, seguir o protocolo de choque; 29. Preencher uma ficha de APH para a mãe e outra para o RN, anotando as condições do parto e do nascimento (se chorou ao nascer, batimentos cardíacos, perfusão e tonicidade muscular).

Page 102: Atendimento Pré-Hospitalar - Suporte Básico à Vida

“Nada é mais importante do que salvar uma vida” 101

PROTOCOLO Nº 56 – SAMU 192 DA CIDADE DE SÃO PAULO Parto: Apresentações Fetais Anormais Página 03/03

Nível: S.B.V. Em vigor desde Jan/96 Rev. Nº 07 – Junho/2011

APRESENTAÇÃO PÉLVICA (NÁDEGAS OU PÉS):

Informar a Central de Regulação Médica para orientações e solicitar apoio do SAV;

Transportar parturiente em posição ginecológica com apoio de coxim sob o quadril,

mantendo-o elevado;

Administrar oxigênio conforme protocolo;

Em caso de expulsivo, deve-se impedir a saída do “bebê” colocando as mãos ( uma

sobre a outra) no períneo, tomando o cuidado de não empurrar o “bebê” para dentro;

Aguardar o aumento da intensidade das contrações, retirar as mãos para facilitar a

saída do “bebê” em bloco.

ATENÇÃO

Evitar realizar parto pélvico fora do ambiente hospitalar.

APRESENTAÇÃO CÓRMICA E PROLAPSO DE MEMBROS:

Transportar a parturiente em decúbito lateral esquerdo, utilizando coxim entre os

joelhos;

Administrar oxigênio (conforme protocolo).

PROLAPSO DE CORDÃO:

Informar a Central de Regulação Médica para orientações e solicitar apoio do SAV;

Não permitir que a parturiente fique em pé ou deambule;

Manter a parturiente em decúbito dorsal horizontal (DDH) na maca com coxim alto

(mochila/cobertor) sob o quadril mantendo-o elevado para diminuir a pressão sobre o

cordão;

Colocar compressa de gaze umedecida com soro fisiológico sobre o cordão;

Administrar oxigênio conforme protocolo;

Manter e transportar a parturiente com coxim sob o quadril.

Passar os dados da parturiente e do RN e solicitar apoio/orientação da Central de

Regulação Médica.

ATENÇÃO

O transporte desta parturiente deve ser cauteloso, ou seja, contínuo e sem frear

bruscamente a AM.

Se o parto não for iminente e não se tratar de qualquer situação descrita acima, transportar

a parturiente em decúbito lateral esquerdo, com suplementação de oxigênio por máscara

conforme protocolo.

Page 103: Atendimento Pré-Hospitalar - Suporte Básico à Vida

“Nada é mais importante do que salvar uma vida” 102

PROTOCOLO Nº 57 – SAMU 192 DA CIDADE DE SÃO PAULO Limpeza de Superfície da Ambulância na Presença de Material Biológico

Página 01/02

Nível: S.B.V. Em vigor desde Jan/96 Rev. Nº 07 – Junho/2011

Definição: Limpeza efetuada sempre que algum material biológico* entrar em contato direto com qualquer superfície da ambulância. Prevê a limpeza e desinfecção da superfície que entrou em contato com o material biológico. ** Material biológico: sangue, vômito, fezes, urina e outros líquidos e secreções orgânicas potencialmente contaminadas. Proceder da seguinte forma:

1. Comunicar a Central de Regulação antes de iniciar a limpeza da superfície, mantendo-se em QAP;

2. Usar EPI apropriado para a tarefa a ser executada (luvas de borracha, máscara, avental e óculos);

3. Proceder à diluição do produto padronizado no serviço (Biguanida - FÁCIL 41):

Girar a tampa ¼ de volta para abrir o sistema;

Conectar as mangueiras no frasco e na torneira;

Abrir a torneira e preparar a quantidade desejada de solução direto no borrifador a ser usado no procedimento.

4. Reunir os materiais e produtos necessários para executar a limpeza:

3 (três) panos de limpeza (para mobiliário, parede e piso separadamente);

Borrifador com o produto já pronto para o uso.

5. Observar a sequência:

Iniciar pela dianteira do salão em direção à porta traseira e sempre limpar do teto em direção ao chão;

Deixar o piso para o final.

Proceder a limpeza da maca fora da AM.

6. Retirar o excesso de material biológico com auxílio de papel descartável e desprezar no lixo próprio (saco branco leitoso).

Colocar papéis absorventes sobre o material (Foto 1);

Após alguns segundos, junte tudo com movimento no sentido de fora para o centro (Foto 2).

Prosseguir envolvendo o material biológico (Foto 3);

Descartar no lixo apropriado (Foto 4).

a. Foto1 Foto 2 Foto 3 Foto 4

Page 104: Atendimento Pré-Hospitalar - Suporte Básico à Vida

“Nada é mais importante do que salvar uma vida” 103

PROTOCOLO Nº 57 – SAMU 192 DA CIDADE DE SÃO PAULO Limpeza de Superfície da Ambulância na Presença de Material Biológico

Página 02/02

Nível: S.B.V. Em vigor desde Jan/96 Rev. Nº 07 – Junho/2011

7. No local onde foi retirado o material biológico, iniciar a limpeza aplicando a solução com jatos de spray e deixar o produto agir por 10 minutos.

8. Em seguida proceder a secagem com pano limpo e seco com leve fricção. 9. Colocar novo lençol descartável na maca ao final da limpeza.

OBSERVAÇÕES: Nas telas de cristal líquido dos aparelhos (desfibrilador, ventilador, etc.) não borrifar o

produto diretamente. Borrifar no pano e depois passar no aparelho, evitando assim manchar a tela com o passar do tempo.

Page 105: Atendimento Pré-Hospitalar - Suporte Básico à Vida

“Nada é mais importante do que salvar uma vida” 104

PROTOCOLO Nº 58 – SAMU 192 DA CIDADE DE SÃO PAULO Procedimento de Limpeza Concorrente de Ambulância Página 01/01

Nível: S.B.V. Em vigor desde Jan/96 Rev. Nº 07 – Junho/2011

Definição: Limpeza efetuada a cada início de plantão ou após os atendimentos. Prevê a limpeza da parte interna, mobiliário e equipamentos da ambulância. Proceder da seguinte forma:

1. Comunicar a Central de Regulação antes de iniciar a limpeza concorrente, apesar de continuar em QAP.

2. Usar EPI apropriado para a tarefa a ser executada (luvas de borracha, máscara,

avental e óculos).

3. Proceder a diluição do produto padronizado no serviço (Biguanida - FÁCIL 41):

Girar a tampa ¼ de volta para abrir o sistema;

Conectar as mangueiras no frasco e na torneira;

Abrir a torneira e preparar a quantidade desejada de solução direto no

borrifador a ser usado no procedimento.

4. Reunir os materiais e produtos necessários para executar a limpeza:

3 (três) panos de limpeza (para mobiliário, parede e piso separadamente).

Borrifador com o produto já pronto para o uso.

5. Observar a sequência:

Iniciar pela dianteira do salão em direção à porta traseira e sempre limpar do

teto em direção ao chão;

Deixar o piso para o final.

Proceder a limpeza da maca fora da AM.

6. Iniciar a limpeza aplicando a solução com jatos de spray e deixar o produto em contato com mobiliário, parede e piso por 10 minutos.

7. Em seguida proceder à secagem com pano limpo e seco com leve fricção.

8. Colocar novo lençol descartável na maca ao final da limpeza.

OBSERVAÇÕES: Realizar sempre a limpeza concorrente da maca e do colchonete, após cada

atendimento. A limpeza concorrente não implica em suspensão da prontidão (QAP). Nas telas de cristal líquido dos aparelhos (desfibrilador, ventilador, etc.) não borrifar o

produto diretamente. Borrifar no pano e depois passar no aparelho, evitando assim manchar a tela com o passar do tempo.

Page 106: Atendimento Pré-Hospitalar - Suporte Básico à Vida

“Nada é mais importante do que salvar uma vida” 105

PROTOCOLO Nº 59 – SAMU 192 DA CIDADE DE SÃO PAULO Procedimento de Limpeza Terminal de Ambulância Página 01/01

Nível: S.B.V. Em vigor desde Jan/96 Rev. Nº 07 – Junho/2011

Definição: Limpeza efetuada por toda a equipe a cada 5 (cinco) dias conforme escala, e/ou sempre que necessário nos casos de suspeita de doença infectocontagiosa ou excessiva sujeira, como material biológico, chuva e barro, etc. Prevê a limpeza e desinfecção da parte interna, mobiliário e equipamentos da ambulância, além da lavagem externa. Proceder da seguinte forma:

1. Comunicar a Central de Regulação antes de iniciar a limpeza terminal, apesar de

permanecer em QAP.

2. Usar EPI apropriado para a tarefa a ser executada (luvas de borracha, máscara,

avental e óculos).

3. Proceder à diluição do produto padronizado no serviço (Biguanida - FÁCIL 41):

Girar a tampa ¼ de volta para abrir o sistema;

Conectar as mangueiras no frasco e na torneira;

Abrir a torneira e preparar a quantidade desejada de solução direto no borrifador a

ser usado no procedimento;

4. Reunir os materiais e produtos necessários para executar a limpeza:

3 (três) panos de limpeza (para mobiliário, parede e piso separadamente);

Borrifador com o produto já pronto para o uso.

5. Observar a sequência:

Retirar a maca e iniciar pela dianteira do salão em direção à porta traseira e sempre

limpar do teto em direção ao chão. Proceder a limpeza da maca fora da AM;

Deixar o piso para o final;

Proceder a limpeza da cabine do condutor;

Deixar a limpeza externa da AM por último.

6. Iniciar a limpeza aplicando a solução com jatos de spray e deixar o produto em

contato com mobiliário, parede e piso por 10 minutos. Em seguida proceder a

secagem com pano limpo e seco com leve fricção;

7. Colocar novo lençol descartável na maca ao final da limpeza;

8. Comunicar à Central de Regulação quando a limpeza for concluída.

OBSERVAÇÕES:

Retirar os materiais e equipamentos da AM por fases. Efetuar a limpeza por

compartimentos repondo-os logo a seguir, evitando atrasos em caso de

acionamento.

Ao retirar os materiais de consumo e descartáveis de dentro dos armários e gavetas

para a limpeza, verificar a validade dos mesmos e acondicioná-los em sacos

plásticos identificados e se estiverem vencidos, encaminhá-los à Coordenação

Regional.

Nas telas de cristal líquido dos aparelhos (desfibrilador, ventilador, etc.) não borrifar o

produto diretamente. Borrifar no pano e depois passar no aparelho, evitando assim

manchar a tela com o passar do tempo.

Page 107: Atendimento Pré-Hospitalar - Suporte Básico à Vida

“Nada é mais importante do que salvar uma vida” 106

PROTOCOLO Nº 60 – SAMU 192 DA CIDADE DE SÃO PAULO Procedimentos na ocorrência de acidentes biológicos e acidentes de trabalho

Página 01/04

Nível: S.B.V. Em vigor desde Jan/96 Rev. Nº 07 – Junho/2011

Definição de acidente biológico: Acidente envolvendo qualquer profissional da equipe, em que haja contato direto com sangue ou secreções (vaginal, esperma ou tecidos vivos) durante o atendimento. Proceder da seguinte forma:

1. Lavar imediatamente com água e sabão; em mucosas, usar água ou SF 0,9%;

2. Comunicar o acidente ao Médico Regulador, imediatamente após a ocorrência à

Coordenação de Regional e/ou à Gerência da Base assim que possível;

3. Ao chegar ao hospital municipal de destino, colher 10mL de sangue da vítima (fonte

contaminante) em tubo seco (é necessário o consentimento da vítima e, se possível,

com assinatura do Termo de Consentimento), obtendo nome e endereço da vítima

para comunicação de resultados, se necessário;

4. Preencher Ficha de Atendimento Pré-Hospitalar do funcionário acidentado;

5. Dirigir-se a uma Unidade Especializada em DST/AIDS da região, levando o sangue

da vítima-fonte de contaminação, preferencialmente nas primeiras 02 (duas) horas

após o acidente:

Após as 19:00 h e nos finais de semana e feriados:dirigir-se ao P S de um

Hospital Público ou ao PS do HSPM ou Hospital Emílio Ribas.

Nessas unidades o trabalhador passará por consulta, em caráter de

emergência, com médico infectologista ou clínico geral;

Acidente de trabalho é de notificação compulsória;

6. No Hospital ou na Unidade Especializada em DST/AIDS: Encaminhar os 10 mL de sangue da vítima (fonte contaminante) para sorologia rápida anti-HIV e sorologias para hepatites B e C.

7. No HSPM ou Hospital Emílio Ribas, Unidade Especializada em DST/ AIDS:

Será colhido sangue do profissional que sofreu o acidente para sorologia anti-

HIV e sorologias para Hepatites B e C;

Seguir a orientação do médico quanto ao início da profilaxia com

Antirretroviral. Caso seja necessário, o próprio Hospital ou Unidade

Especializada em DST/ AIDS, deve fornecer a medicação;

Será realizado o preenchimento da Ficha de Notificação de Acidentes

Biológicos com Profissionais da Saúde em três vias, (preenchida pelo hospital

ou Unidade Especializada em DST/ AIDS);

Agendar retorno para resultados de exames e acompanhamento;

8. Comparecer a sua respectiva Coordenação Regional o mais breve possível após o

acidente, para o preenchimento da CAT (Comunicação de Acidente de Trabalho);

9. A Coordenação Regional encaminhará o funcionário para o DSS (Departamento de

Saúde do Trabalhador) para registro da CAT e perícia médica;

Page 108: Atendimento Pré-Hospitalar - Suporte Básico à Vida

“Nada é mais importante do que salvar uma vida” 107

PROTOCOLO Nº 60 – SAMU 192 DA CIDADE DE SÃO PAULO Procedimentos na Ocorrência de Acidentes Biológicos e Acidentes de Trabalho

Página 02/04

Nível: S.B.V. Em vigor desde Jan/96 Rev. Nº 07 – Junho/2011

FLUXOGRAMA PARA ACIDENTE DE TRABALHO COM MATERIAL BIOLÓGICO

ACIDENTE DE TRABALHO

COM MATERIAL BIOLÓGICO

LAVAR IMEDIATAMENTE COM ÁGUA E SABÃO OU

SF 0,9%

NO HOSPITAL, COLHER 10 mL DE SANGUE

DA VÍTIMA FONTE. PREENCHER FICHA DE APH

COMUNICAR À: REGULAÇÃO MÉDICA E

GERÊNCIA DA BASE

DIRIGIR-SE AO HSPM OU UEDST/ AIDS ABRIR FICHA DE NOTIFICAÇÃO DE

ACIDENTE BIOLÓGICO

COLHER EXAMES SOROLÓGICOS

ENCAMINHAR OS 10 ml DE SANGUE DA VÍTIMA FONTE PARA TESTE RÁPIDO DE HIV E OUTRAS

SOROLOGIAS

TESTE RÁPIDO PARA HIV DA

VÍTIMA FONTE

POSITIVO NEGATIVO

SE INDICADA, INICIAR PROFILAXIA ANTIRRETROVIRAL EM ATÉ 2 HORAS

(MÁX. 72h)

ORIENTAÇÕES GERAIS E

AGUARDAR RESULTADOS DAS

SOROLOGIAS

Page 109: Atendimento Pré-Hospitalar - Suporte Básico à Vida

“Nada é mais importante do que salvar uma vida” 108

PROTOCOLO Nº 60 – SAMU 192 DA CIDADE DE SÃO PAULO Procedimentos na Ocorrência de Acidentes Biológicos e Acidentes de Trabalho

Página 03/04

Nível: S.B.V. Em vigor desde Jan/96 Rev. Nº 07 – Junho/2011

PROFILAXIA DA HEPATITE B APÓS EXPOSIÇÃO A MATERIAL BIOLÓGICO

Situação vacinal e sorológica do profissional

VÍTIMA FONTE DE CONTAMINAÇÃO

AgHBs positivo ou desconhecido COM RISCO1

AgHBs desconhecido SEM RISCO

AgHBs negativo

Não vacinado HBIG + iniciar vacinação

Iniciar vacinação Iniciar vacinação

Com vacinação incompleta

HBIG + complementar vacinação

Complementar vacinação

Complementar vacinação

Previamente vacinado

Com resposta vacinal adequada3

Nenhuma medida específica

Nenhuma medida específica

Nenhuma medida específica

Sem resposta vacinal após 3 doses

HBIG+ repetir esquema vacinal de 3 doses

Iniciar nova série de vacinação (3 doses)

Iniciar nova série de vacinação (3 doses)

Sem resposta vacinal após a 2 ª série (6 doses)

HBIG 2 doses2 HBIG 2 doses2 Nenhuma medida específica

Com resposta vacinal desconhecida

Testar o profissional de saúde (anti-HBs) e conduzir de acordo com a resposta vacinal

Infecção prévia VHB Nenhuma medida específica

1. Vítima fonte de alto risco para infecção pelo VHB: politransfundidos, cirróticos, em

hemodiálise, HIV positivo, usuários de drogas, história prévia de DST, contato domiciliar e

sexual com portadores do VHB, provenientes de áreas endêmicas para hepatite B ou de

instituições prisionais ou de atendimento a portadores de deficiência mental.

2. HBIG (imunoglobulina específica para VHB) 2 doses, com intervalo de 1 mês entre elas;

OBS.. Resposta vacinal adequada = anti-ABs reagente (ou seja, >10 U/ ml)

ATENÇÃO: tanto a vacina quanto a imunoglobina devem ser aplicados dentro do período de

7 dias após o acidente, idealmente nas primeiras 24 horas

Page 110: Atendimento Pré-Hospitalar - Suporte Básico à Vida

“Nada é mais importante do que salvar uma vida” 109

PROTOCOLO Nº 60 – SAMU 192 DA CIDADE DE SÃO PAULO Procedimentos na Ocorrência de Acidentes Biológicos e Acidentes de Trabalho

Página 04/04

Nível: S.B.V. Em vigor desde Jan/96 Rev. Nº 07 – Junho/2011

ACIDENTES DE TRABALHO Conceito: Acidentes ocorridos com o servidor durante o trabalho ou no trajeto de ida ou

retorno do trabalho. É de notificação compulsória;

Procedimento:

1. Se ocorrer durante a atividade do plantão:

Comunicar o acidente à Central de Regulação Médica imediatamente após a

ocorrência e, à Coordenação Regional e/ ou à Gerência da Base assim que

possível;

A própria equipe deverá prestar o atendimento inicial, conforme o caso, ou

aguardará a chegada de outras equipes de socorro e a Regulação Médica

fará a orientação sobre o encaminhamento hospitar;

Preencher a ficha de atendimento pré-hospitalar.

2. Se o acidente ocorrer no trajeto para a Base ou no retorno para casa, é facultado ao

servidor solicitar atendimento do SAMU, acionando o dígito 192 ou dirigir-se ao

serviço médico de sua preferência, onde deverá solicitar a documentação pertinente

ao atendimento realizado. Assim que possível, o servidor (ou seu representante

legal), deve informar à Gerência de Base e /ou Coordenação Regional sobre a

ocorrência;

3. O servidor deverá comparecer à sua respectiva Coordenação Regional, portando a

documentação referente ao atendimento médico recebido, para preenchimento da

Comunicação de Acidente de Trabalho – CAT e a Coordenação Regional

encaminhará o funcionário ao DSS, setor de Acidentes de Trabalho para o registro

da CAT e perícia médica;

4. Nas situações em que ocorra a internação hospitalar do servidor, um familiar ou

representante do mesmo deverá comparecer à respectiva Coordenação Regional

para receber orientações sobre os procedimentos cabíveis.

Page 111: Atendimento Pré-Hospitalar - Suporte Básico à Vida

“Nada é mais importante do que salvar uma vida” 110

PROTOCOLO Nº 61 – SAMU 192 DA CIDADE DE SÃO PAULO

Escala de Coma de Glasgow e RTS Página 01/02

Nível: S.B.V. Em vigor desde Jan/08 Rev. Nº 07 – Junho/2011

ESCALA DE COMA DE GLASGOW

Abertura Ocular

Melhor resposta verbal

Melhor resposta Motora

Pontuação

Obedece a comando verbal simples

6

Orientado Localiza estímulos dolorosos 5

Espontânea Confuso Retira o membro à dor 4

Ao estímulo verbal

Palavras inapropriadas

Flexão dos braços e extensão das pernas (decorticação)

3

Ao estímulo doloroso

Sons incompreensíveis

Extensão dos braços e extensão das pernas (descerebração)

2

Ausência de resposta

Ausência de resposta

Ausência de resposta 1

REVISED TRAUMA SCORE (RTS) = ESCALA REVISADA DE TRAUMA

Escala de Coma de Glasgow

Pressão Arterial Sistólica (mmHg)

Frequência Respiratória (mrm)

Pontuação

13 - 15 >89 10 – 29 4

9 - 12 76 - 89 > 29 3

6 - 8 50 - 75 6 – 9 2

4 - 5 1 - 49 1 – 5 1

3 0 0 0

Page 112: Atendimento Pré-Hospitalar - Suporte Básico à Vida

“Nada é mais importante do que salvar uma vida” 111

PROTOCOLO Nº 61 – SAMU 192 DA CIDADE DE SÃO PAULO Escala de Coma de Glasgow e RTS Página 02/02

Nível: S.B.V. Em vigor desde Jan/08 Rev. Nº 07 – Junho/2011

ESCALA DE COMA DE GLASGOW – CRIANÇAS ABAIXO DE 4 ANOS

Resposta Criança Bebê Pontuação

Abertura Ocular

Espontânea Espontânea 4

Com estímulo verbal Com estímulo verbal 3

Com estímulo doloroso Com estímulo doloroso 2

Ausência de resposta Ausência de resposta 1

Melhor Resposta Verbal

Palavras apropriadas, orientada Arrulha e balbucia 5

Confusa Inquieta, irritada e chorosa

4

Palavras inapropriadas Chora em resposta à dor 3

Palavras incompreensíveis ou sons inespecíficos

Geme em resposta à dor 2

Ausência de resposta Ausência de resposta 1

Melhor Resposta Motora

Obedece a comando verbal simples

Move-se espontânea e intencionalmente

6

Localiza estímulos dolorosos Retira o membro ao toque 5

Retira o membro ao estímulo doloroso

Retira o membro ao estímulo doloroso

4

Flexão dos braços e extensão das pernas (decorticação) ao estímulo doloroso

Flexão dos braços e extensão das pernas (decorticação) ao estímulo doloroso

3

Extensão dos braços e extensão das pernas (descerebração) ao estímulo doloroso

Extensão dos braços e extensão das pernas (descerebração) ao estímulo doloroso

2

Ausência de resposta Ausência de resposta 1

Page 113: Atendimento Pré-Hospitalar - Suporte Básico à Vida

“Nada é mais importante do que salvar uma vida” 112

PROTOCOLO Nº 62 – SAMU 192 DA CIDADE DE SÃO PAULO Telecardio Página 01/03

Nível: S.B.V. Em vigor desde Jun/08 Rev. Nº 07 – Junho/2011

Objetivo: Sugerir as situações em que as equipes devem realizar o ECG. INDICAÇÃO 1. Para todos os pacientes que apresentem queixas como: · Dor, palpitação ou batedeira, sensação de aperto/incomodo no peito; · Dor ou formigamento no braço, mandíbula, pescoço ou dorso; · Dor ou desconforto no epigástrio (abdome alto); · Presença de vômitos, sudorese fria e dispnéia; 2. Para pacientes com antecedentes cardíacos segundo história colhida na avaliação secundária; 3. Para pacientes com quadros de tontura, estado confusional, síncope e sinais sugestivos de AVE; 4. Para pacientes em uso de medicação anti-hipertensiva ou anti-anginosa; 5. Para pacientes com quadro clínico sugestivo de intoxicação exógena; 6. Para pacientes com taquicardia (maior ou igual a 120 bpm) ou bradicardia (menor ou igual a 60 bpm); 7. Para os pacientes inconscientes e em arritmia. OBS: Se a vítima apresentar quadro de instabilidade hemodinâmica ou sinais de comprometimento da consciência, a equipe poderá decidir pela remoção rápida para o hospital que julgar mais adequado e próximo, mesmo sem ter recebido o laudo de ECG. PROTOCOLO DA REGULAÇÃO MÉDICA PARA USO DO TELECÁRDIO 1. Os casos de arritmias graves deverão ser encaminhados a hospitais que disponham de estrutura de emergência para tais casos com especialistas em Cardiologia e UTI; 2. Os casos de infartos agudos do miocárdio deverão ser encaminhados a hospitais que disponham de UTI ou preferencialmente, serviço de hemodinâmica; 3. A Central de Regulação poderá fornecer os ECG e seus respectivos laudos ao hospital de destino do paciente pelo meio eletrônico que o hospital definir como mais apropriado (fax ou internet); 4. No atendimento de SBV, se a vítima apresentar quadro de instabilidade hemodinâmica ou sinais de comprometimento da consciência, a regulação médica poderá decidir pela remoção rápida para o hospital que julgar mais adequado e próximo, mesmo sem ter recebido o laudo de ECG.

Page 114: Atendimento Pré-Hospitalar - Suporte Básico à Vida

“Nada é mais importante do que salvar uma vida” 113

PROTOCOLO Nº 62 – SAMU 192 DA CIDADE DE SÃO PAULO Telecardio Página 02/03

Nível: S.B.V. Em vigor desde Jun/08 Rev. Nº 07 – Junho/2011

PROCEDIMENTOS:

1. Equipamento 1.1. Eletrocardiógrafo de 12 derivações

Verificar se o LED do “Evento Gravado” (Stored Event) está piscando. Caso esteja, pressione o botão de gravar e enviar (símbolo do ECG) até o aviso sonoro encerrar. Desta forma, o exame anteriormente armazenado é desgravado. Agora o equipamento está pronto para a realização de um novo exame. Ao lado do Evento Gravado, há outro LED, que quando aceso indica bateria fraca. 1.2. Cabo

Deve ser conectado ao equipamento, atentando-se aos pinos de encaixe. Unir o conector do equipamento ao do cabo. Girar até sentir que as duas extremidades se encaixaram e pressionar. Quando ouvir um clique, os conectores estarão presos.

2. Paciente

1. Explicar o procedimento ao paciente, tranqüilizando-o. 2. Realizar tricotomia nos locais em que serão posicionados os eletrodos. 3. Limpar a pele do paciente utilizando gazes umedecidas em álcool a 70%. 4. Colar os eletrodos, já com os cabos, conforme figura abaixo.

- LA: braço esquerdo - RA: braço direito - LL: perna esquerda - RL: perna direita - V1: quarto espaço intercostal parasternal direita - V2: quarto espaço intercostal parasternal esquerdo - V3: meia distância entre V2 e V4 - V4: quinto espaço intercostal esquerdo na altura da linha hemiclavicular - V5: linha axilar anterior - V6: linha axilar média 5. Durante a gravação, solicitar ao paciente para que respire normalmente e não converse

até o término da mesma.

Page 115: Atendimento Pré-Hospitalar - Suporte Básico à Vida

“Nada é mais importante do que salvar uma vida” 114

PROTOCOLO Nº 62 – SAMU 192 DA CIDADE DE SÃO PAULO

Telecardio Página 03/03

Nível: S.B.V. Em vigor desde Jun/08 Rev. Nº 07 – Junho/2011

3. Realização do exame ECG

Após o posicionamento dos eletrodos e cabos, pressione e segure o botão de “Gravar/Enviar” (símbolo do ECG) até que o equipamento emita o som modulado do ECG. Assim que ouvir o som solte o botão. Quando o evento é gravado com sucesso uma luz verde começa a piscar (Stored Event).

4. Transmissão do exame

Coloque o bocal do telefone diretamente sobre o ícone de telefone do aparelho. Para transmitir o ECG gravado aperte o botão de “Gravar/Enviar” (símbolo do ECG) até o início do som modular e quando iniciar soltar o botão. Depois que o som parar, o profissional que está transmitindo deve permanecer na linha para completar os dados de transmissão deste exame.

Os dados solicitados são: nome completo, data de nascimento, antecedentes médicos, queixa atual e medicamentos em uso.

5. Apagar a memória Pressione e segure o botão “Gravar/Enviar” (símbolo do ECG) até o som modular parar e o indicador de evento gravado (luz verde / Stored Event) parar de piscar.

6. Bateria

Utilizar baterias alcalinas de 9V. Antes de trocar a bateria, certificar-se de que não existe nenhum exame armazenado na memória do aparelho.