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atenção especial e lhes dar prioridade no trabalho de evangelização" (CNBB, Doc. 94, p. 65, nO 78). o. A Juventude está exposta a toda sorte de perigos: violência, drogas, confusão de valores, mentiras da sociedade consumista e hedonista que quer nos fazer viver - especialmente a juventude - num nível rasteiro, entregues aos desejos, instintos e impulsos, em detrimento da postura de vida plenamente humana oferecida por Jesus, que se orienta para a maturidade espiritual e afetiva que possibilita a construção de uma sociedade justa e fraterna, segundo o coração de Deus. Em sua Carta Pastoral, seguro norte na elaboração do primeiro Plano de Pastoral, nosso bispo nos exorta a olhar com atenção e carinho para os jovens: "Queremos fazer uma opção afetiva e efetiva pela juventude, desejando evangelizar os jovens, pois são eles a nossa esperança. Convocamos nossa Igreja para investir na evangelização da juventude, para que os jovens sejam dinamizadores do corpo eclesial e social" (Dom Pedro Carlos Cipolini, Carta Pastoral, p. 42, nO19.2). 81. Dessa maneira, nossa Igreja se compromete com a juventude. Isto faz com que toda a Igreja Diocesana direcione recursos - materiais, humanos e espirituais - para planejar, organizar e executar ações junto e com a juventude. 3.3.2. Dar esperança aos jovens 82. A juventude, pelo entusiasmo que lhe é próprio, sabe esperar o melhor do futuro. Por isso ela se lança para a frente com todas as forças. Os jovens querem transformar a sociedade, não apenas na superfície, mas nos seus fundamentos. Justamente por isso, na sua ânsia de transformar o mundo, podem ser presas de ideologias de morte. 83. Num mundo que vai aos poucos mergulhando no indiferentismo, no nihilismo, no materialismo teórico e prático e no desespero, os jovens também devem ser os anuncia dores do Reino, testemunhas da esperança cristã. "Vós sois o sal da terra. Vós sois a luz do mundo" (Lc 5,13-14), o sal que dá sabor, tempera e preserva da corrupção, a luz que afasta as trevas e mostra o caminho. 84. Animando a juventude, disse o Beato Papa João Paulo II: "Não tenhais medo! O mundo estima e respeita a valentia das ideias e a força das virtudes. Não tenhais medo de rechaçar palavras, gestos e atitudes que não estão em conformidade com as ideias cristãs. Sede valentes para enfrentar tudo que destrói o vosso amor a Cristo" (João Paulo II, Discurso aos jovens na audiência das quartas-feiras, 8 de novembro de 1978). . 5. "Ninguém te despreze por seres jovem" (1Tm 4,12). Se, por um lado, temos DIOCESE DE AMPARO 25

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atenção especial e lhes dar prioridade no trabalho de evangelização" (CNBB, Doc.94, p. 65, nO 78).o. A Juventude está exposta a toda sorte de perigos: violência, drogas,

confusão de valores, mentiras da sociedade consumista e hedonista que quernos fazer viver - especialmente a juventude - num nível rasteiro, entregues aosdesejos, instintos e impulsos, em detrimento da postura de vida plenamentehumana oferecida por Jesus, que se orienta para a maturidade espiritual eafetiva que possibilita a construção de uma sociedade justa e fraterna, segundoo coração de Deus. Em sua Carta Pastoral, seguro norte na elaboração doprimeiro Plano de Pastoral, nosso bispo nos exorta a olhar com atenção ecarinho para os jovens: "Queremos fazer uma opção afetiva e efetiva pelajuventude, desejando evangelizar os jovens, pois são eles a nossa esperança.Convocamos nossa Igreja para investir na evangelização da juventude, para queos jovens sejam dinamizadores do corpo eclesial e social" (Dom Pedro CarlosCipolini, Carta Pastoral, p. 42, nO19.2).81. Dessa maneira, nossa Igreja se compromete com a juventude. Isto fazcom que toda a Igreja Diocesana direcione recursos - materiais, humanos eespirituais - para planejar, organizar e executar ações junto e com a juventude.

3.3.2. Dar esperança aos jovens

82. A juventude, pelo entusiasmo que lhe é próprio, sabe esperar o melhordo futuro. Por isso ela se lança para a frente com todas as forças. Os jovensquerem transformar a sociedade, não apenas na superfície, mas nos seusfundamentos. Justamente por isso, na sua ânsia de transformar o mundo,podem ser presas de ideologias de morte.83. Num mundo que vai aos poucos mergulhando no indiferentismo, nonihilismo, no materialismo teórico e prático e no desespero, os jovens tambémdevem ser os anuncia dores do Reino, testemunhas da esperança cristã."Vós sois o sal da terra. Vós sois a luz do mundo" (Lc 5,13-14), o sal que dásabor, tempera e preserva da corrupção, a luz que afasta as trevas e mostra ocaminho.84. Animando a juventude, disse o Beato Papa João Paulo II: "Não tenhaismedo! O mundo estima e respeita a valentia das ideias e a força das virtudes. Nãotenhais medo de rechaçar palavras, gestos e atitudes que não estão emconformidade com as ideias cristãs. Sede valentes para enfrentar tudo que destróio vosso amor a Cristo" (João Paulo II, Discurso aos jovens na audiência dasquartas-feiras, 8 de novembro de 1978). .

5. "Ninguém te despreze por seres jovem" (1Tm 4,12). Se, por um lado, temos

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que animar os jovens, e temos que saber respeitá-los e compreendê-los, poroutro lado não podemos deixar de orientá-los e corrigi-los, sempre quenecessário. Sejam os padres os primeiros a amá-los como pastores, a orientá-loscomo pais e a caminhar com eles como irmãos, no esforço diário porcorresponder fielmente ao "segue-me" que Jesus nos dirige. Saibam ofereceroportunidades para os grupos de jovens nas paróquias.Na prática, o que vamosfazer?

3.3.3. Unidos na diversidade

86. Organizando as sugestões dadas pela Assembleia, procuramoscontemplar todas sem, contudo, ser redundantes. A primeira advertência quese deve fazer é que tanto os grupos de jovens quanto os movimentos quetrabalham com a juventude ou os eventos diversos organizados para ajuventude, não são um fim em si mesmos, mas um meio para atrair os jovens e,depois, engajá-los no seguimento de Cristo, dentro da comunidade eclesial,sobretudo num grupo de jovens paroquial. Entende-se assim que todosentimento de concorrência, rivalidade ou revanchismo deve estar fora dosnossos trabalhos. Afaste-se também a ideia de "partido" que pode surgir,fazendo com que o grupo se feche e se torne um fim em si mesmo.87. É uma característica própria dos jovens procurar "enturmar-se",relacionar-se. Talvez essa seja a primeira motivação que os atrai a um grupo dejovens, e é interessante aproveitar essa tendência natural para ir, pouco apouco, dando-lhe uma dimensão cristã. Mas vale lembrar que um grupo dejovens é muito mais do que um grupo de amigos que se reúne por ter algunsinteresses afins. A amizade é ótima, mas, quando serve para fechar o grupo,formando "panelinhas", ou desviá-lo da sua meta - que é evangelizar - torna-seprejudicial. Um grupo de jovens não é um grupo de pessoas que ficam olhandoumas para as outras, mas um grupo de pessoas que olham, e seguem, Jesus.88. Como nossa Diocese já possui diversos grupos que trabalham com ajuventude, é conveniente valorizar e partir dessa base. Não promover umauniformização, mas a soma das forças no diálogo.89. Cabe ao Setor Juventude coordenar os diversos grupos e movimentosjovens para que trabalhem em comunhão entre si e com a Igreja Diocesana,com o Bispo - Pastor da Diocese - e seus auxiliares - os padres. É natural ejusto que cada grupo e movimento tenha suas particularidades na maneira deevangelizar os jovens, mas isso não deve impedir a comunhão. O Papa BentoXVI, falando aos jovens, disse: "Existe uma estreita ligação entre a comunhão e aalegria. Não é por acaso que São Paulo escreve sua exortação no plural: 'Alegrai-

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m empre no Senhor' (Fp 4,4). Somente juntos, vivendo a comunhão fraterna,podemos experimentar essa alegria" (Mensagem do Papa no 27° Dia Mundial daJU\'entude).

3.3.4. Ações Práticas

90. O Setor Juventude, através de seus coordenadores, deve promover eincentivar atividades comuns, trabalhos conjuntos, intercâmbios, para quenenhum grupo fique à margem da vida pastoral diocesana. Como orientaçãobásica para todos os grupos e movimentos, seguimos o caminho que a Igrejanos propõe:

3.3.4.1. Kerigma: encontro com Jesus

91. O primeiro anúncio leva ao encontro decisivo com Jesus que cria umamarca profunda na vida do jovem. No jovem apóstolo João, o momento doprimeiro contato com o Senhor foi tão marcante que, mesmo muitos anosdepois, ele não se esqueceu da hora em que aconteceu: "Vinde e vede. Foram,pois, e viram onde ele morava e ficaram com ele nesse dia. Eram as quatro datarde" (Jo 1,39). Esse encontro acontece geralmente por meio de retiroskerigmáticos, que podem ser organizados por paróquia ou por cidade. O SetorJuventude ofereça indicações para que as paróquias possam encontrarorganização e pessoal capacitado para conduzir os retiros. Sugere-se a criaçãode uma equipe diocesana para esse fim.92. A promoção de festivais de música, dança ou teatro, seminários,gincanas, encontros, são muito oportuno para criar um primeiro laço com osjovens, que depois podem ser convidados para uma experiência maisprofunda, como um retiro, além de serem ainda um espaço para aexpressão jovem. São iniciativas louváveis que devem ser promovidas nasparóquias, cidades ou foranias. Assim, cuidamos dos jovens que estão dentro etambém atraímos os de fora. Nossa diocese já promove regularmente oAVIVA (retiro de Carnaval), e pretende reativar o DNJ (Dia Nacional daJuventude).

3.3.4.2. Catequese: a luz da fé

93. Com o Kerigma, a pessoa "nasce" para a fé. Com a catequese ela seráalimentada e crescerá forte. O segundo passo é a formação da juventude,especialmente nos grupos, que deverão oferecer formação, diálogo,

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questionamento e partilha. O Pároco deve cuidar para que cada grupo tenhaum roteiro mínimo formativo, que contemple de forma profunda os temasmais importantes para a juventude, ou promover uma "escola de formação",pelo menos para os coordenadores dos grupos. Encontros diocesanos, porforania ou por cidade para uma formação mais abrangente, podem serorganizados pelo Setor Juventude.94. O Catecismo da Igreja Católica e o "Youcat" devem ser grandes aliadosnesse processo formativo. "Para chegar a um conhecimento sistemático da fé,todos podem encontrar um subsídio precioso e indispensável no Catecismo daIgreja Católica. Este constitui um dos frutos mais importantes do ConcílioVaticano 11"(Bento XVI, in Porta fidei, nO11).95. Cuidem os párocos e formadores, para que os temas "polêmicos" nãosejam omitidos. Quando isso acontece é porque se confia mais na prudênciahumana do que na força da Palavra. A verdade cristã, exposta por Cristo etransmitida pelo magistério da Igreja, apresenta desafios doutrinais e moraisque hoje vão na contracorrente das ideologias e dos critérios éticos das culturasdominantes e secularizadas. Verdades como a vida depois da morte, aconfiança na providência amorosa de Deus, o valor positivo do sofrimento, dacruz ou da austeridade, a necessidade, às vezes, de crer ou de aceitar sementender os acontecimentos mais difíceis da vida, assim como o valor dacastidade ou da virgindade, da preservação do matrimônio ou da defesa davida, ainda que em casos extremos, não são hoje afirmações "populares".Cai-se na tentação de dar "conselhos razoáveis", mais de acordo com o gostoda opinião pública, privando os jovens do acesso à verdade integral doEvangelho, que é muito exigente, mas é a única que liberta realmente. Naverdade integral está o autêntico bem das pessoas e, portanto, sua únicafelicidade verdadeira.

3.3.4.3. Missão: o amor é expansivo

"Deus não nos deu um espírito de covardia, mas de fortaleza. Portanto,não vos envergonheis de dar testemunho de nosso Senhor" (2Tm 1,7-8)

96. Quem teve um encontro com Jesus e dele se enamorou, sentenecessidade de anunciá-lo. A missão exige contato pessoal, por isso os gruposde jovens devem procurar meios de estabelecer comunicação com outrosjovens. Promovendo algumas das atividades já citadas acima, eles evangelizam.Mas pode-se partir para a distribuição de panfletos nas esquinas das cidades ounos locais onde a juventude se reúne nos finais de semana, por exemplo. O

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amor também é criativo: um coração jovem enamorado por Jesus saberá criarmeios para levá-lo aos outros.9-. Os rostos sofredores dos pobres são rostos sofredores de Cristo. Os jovenstambém devem ser motivados a perceber o rosto de Cristo no rosto dossofredores: as pessoas que vivem nas ruas, os migrantes, os enfermos, osdependentes de drogas, os detidos em prisões (cf. DAp n° 407 a 430). Ir aoencontro dos que sofrem e fazer algo útil pelo próximo ajuda os jovens a nãodesanimarem, a não ficarem fechados sobre si mesmos. Eles podemdesenvolver trabalhos em comunidades carentes, sociedades beneficentes (tãonumerosas no seio da Igreja), escolas, creches, universidades.98. A Internet deve ser bem aproveitada para a divulgação dos trabalhos, acomunicação entre os grupos e a evangelização, através da criação de sites edas redes sociais. Recomenda-se também o trabalho de intercâmbio com aPastoral da Educação, para atingir as escolas; com a Pastoral Familiar, paraatingir os jovens em suas casas; com a Pastoral Vocacional, para apresentar aosjovens um caminho de entrega total na vida sacerdotal ou religiosa, e tambémcom a Pastoral da Sobriedade, para um trabalho de prevenção às drogas e aoálcool.99. As comunidades de vida, que atraem tantos jovens, conquistaram seuespaço na Igreja. Desenvolvem um trabalho de evangelização precioso. Mascuidem para ter sempre a aprovação do Bispo em seus trabalhos, viver deacordo com as normas da Igreja e em comunhão com a pastoral diocesana, sementrar em conflito com os trabalhos desenvolvidos nas paróquias.

3.3.4.4. Promover o amor à Palavra de Deus

100. Só a Palavra de Deus pode dar sentido aos jovens que vivem numasociedade com grande confusão ou ausência de valores vitais. É a Palavra queindica o caminho. A leitura orante da Palavra de Deus, com os seus passos, émuito importante. A leitura da Sagrada Escritura deve ser acompanhadapela oração e meditação (cf. Vaticano II in D.V. nO25; Bento XVI in V.D. nO86).A Palavra de Deus nos mostra que é possível vencer o pecado: "Deste modo,cercados como estamos por uma tal nuvem de testemunhas, desvencilhemo-nosdas cadeias do pecado. Corramos com perseverança ao combate proposto, com oolhar fixo no autor e consumador de nossa fé, Jesus." (Hb 12, I).101. Nessa nuvem de testemunhas, há muitos jovens modelos queentusiasmam na vivência dos valores evangélicos: São Pancrácio, mártir,padroeiro da juventude da Ação Católica na América Latina; São Tarcísio;Santa Inês; Santa Luzia; São Luís Gonzaga; São Domingos Sávio; Santa

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Teresinha do Menino Jesus; Santa Maria Goretti; Santa Teresa de los Andes,padroeira da juventude da América Latina, etc.102. No Antigo Testamento temos José do Egito, vendido como escravo aindaadolescente; Samuel, chamado por Deus em tenra idade; Davi, ungido aindajovem. No Novo Testamento, Marcos, Timóteo e, por excelência, Maria.O Papa Bento XVI, em 09.12.08, ofereceu Nossa Senhora como modelo paraos jovens, durante o tradicional ato de veneração que a Cidade de Romacelebra todos os anos diante do monumento dedicado à Virgem na Praça daEspanha. O Papa propôs 'Íaria como "mãe amorosa para os jovens", e pediu suaintercessão para que estes "tenham o valor de ser 'sentinelas da manhã', assimcomo para todos os cristãos, para que sejam alma do mundo nesta época difícil danossa história."103. Que o exemplo e a experiência de Deus destes jovens sejam para nossaDiocese o estímulo concreto para que se lancem à aventura da santidade!

Conclusão

104. Nosso 10 Plano de Pastoral está indicando um horizonte amplo detrabalho pastoral em nossa querida Igreja de Amparo. Cabe a todos, ministrosordenados e leigos, a fidelidade, a determinação, a persistência e o compro·misso com a prática de tudo aquilo que aqui está contido e que é fruto da luz doEspírito Santo, tão invocado por nós, O qual indicou-nos o caminho, e dacolaboração e participação de todos, durante o processo participativo deelaboração deste plano pastoral.105. Sem dúvida, a sua execução está confiada aos presbíteros, nossos padres,mas também os cristãos leigos são, pelo batismo, vocacionados ao discipuladoe à missão. Este plano de pastoral é nosso, é de toda a Igreja de Amparo e cabe atodos nós assumi-lo. "Um projeto só é eficiente se cada comunidade cristã, cadaparóquia, cada comunidade educativa, cada comunidade de consagrados, cadaassociação ou movimento e cada pequena comunidade se inserem ativamente napastoral orgânica de cada diocese. Cada uma é chamada a evangelizar de modoharmônico e integrado no projeto pastoral da Diocese" (DAp n° 169).106. A atitude de "conversão pastoral" recomendada pelos bispos de nossoContinente em Aparecida implica escutar o que o Espírito está dizendo àIgreja. A conversão pastoral exige que se vá além de uma pastoral de mera

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conservação para uma pastoral decididamente missionária (cf. DAp nO 370).Esta conversão pastoral deve partir do conhecimento da Palavra, da fé emJesus Cristo, pois "a realidade é Cristo" (CI 2,17). Pois bem, nós escutamos,rezamos e estudamos e o Senhor nos ajuda, dando-nos a possibilidade dechegar ao final deste processo com nosso 10 Plano de Pastoral. Agora todossomos convocados a empenhar-nos para tornar este plano realidade,colocando-o em prática.107. A renovação de nossas paróquias exige a reformulação de suas estruturas,para que seja uma rede de comunidades e grupos evangelizados eevangelizadores. Sabemos que "a Igreja não vive plenamente, nem é sinalperfeito de Cristo entre os homens se, com a Hierarquia, não existe e trabalhaum Laicato autêntico" (Vaticano II, AG nO21). Por isso os melhores esforços denossas comunidades devem estar na convocação e na formação dos leigos, noimplemento da Pastoral Familiar e no trabalho com a juventude. Nossoobjetivo geral será como um farol a iluminar nossa caminhada como Igrejadiocesana. Estamos todos comprometidos.108. A nossa missão é avançar para "águas mais profundas" (Lc 5,4) e serportadores da esperança do Reino anunciado por Jesus. Para esta missãoconvocamos as Paróquias, as Comunidades, as Lideranças, os Setores, asPastorais, os Organismos e Movimentos Eclesiais, com seus representantes,juntamente com os Presbíteros, as Religiosas e Religiosos, as Ministras eMinistros Extraordinários da distribuição da Sagrada Comunhão Eucarística,os funcionários das nossas instituições, as assessorias, os auxiliares na gestãoadministrativa, contábil e jurídica e outras especialidades, que estão ligados ànossa Igreja. Sempre olhando para a frente e para os desafios, tenhamospresente o desejo de Jesus: "Eu vim trazer fogo à terra, e como desejaria que jáestivesse aceso!" (Lc 12,49). É o fogo do amor a Deus e aos irmãos, que nossaIgreja deseja difundir.109. Que nosso 10 Plano de Pastoral renove nosso olhar sobre nossa realidade,e que seja um olhar na fé e na esperança. Como escreveu nosso Bispo, e éválido recordar: "Na força da nossa fé assumamos o compromisso de empreenderuma "nova evangelização" em nossa Igreja diocesana. Convido nossa Igreja paraum novo recomeçar na fé e na missão" (cf. Carta Pastoral 6.2). Vamos ouvir eatender este convite que nos é feito pelo próprio Jesus, neste momentohistórico que vive nossa Igreja, no seu "kairós", o tempo de Deus. E que NossaSenhora do Amparo, padroeira de nossa Diocese, nos ampare, ajudando-nos aviver este novo tempo.

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Dom Pedro Carlos CipoliniBispo Diocesano de Amparo - SP

Em nome de Jesus

DECRETO

PROMULGAÇÃO DO 12 PLANO DIOCESANO DE PASTORAL

Neste ano do 152 aniversário de Criação da Diocese de Amparo; No exercicio do meu

ministério episcopal, com a finalidade de promover a pastoral de conjunt%rgânica de

nossa Igreja Particular, para maior glória de Deus e salvação das almas, testemunhar o

Evangelho do Reinado de Deus, e significando a comunhão da Igreja Diocesana de

Amparo, a qual através do processo de planejamento participativo, elaborou este seu

12 Plano de Pastoral, assumo o que nele vai contido nas suas orientações e decisões

como válidos para o direcionamento dos trabalhos pastorais da Diocese, sendo o

mesmo, portanto, vinculante e obrigatório, para toda a Diocese de Amparo no período

de sua vigência, que fica determinado para três anos (2013-2015).

f~~&JlaãfChanceler

L. 1 Pág. 90. Ass. 585

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rf)iocese de.slbnparocuria@diocesedeamparo.org.brwww.diocesedeamparo.org.br