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Atitude: o xeque-mate da gestão de pessoas Benjamin Peres ([email protected]), consultor T&D da GS&MD – Gouvêa de Souza No jogo de xadrez, composto por 32 peças e um tabuleiro; e jogado por duas pessoas, uma partida termina quando um dos participantes não tem mais mo vi mentos que li vr em o seu rei do xe qu e- ma te ou quando, cansado de tentar escapar das sagaze s jogada s de seu adve rsário, derruba seu rei e desiste da batalha. O bom jogador de xadrez é aquele que, por meio de movimentos es tra tégicos, posic iona sua s peças no tabuleiro de forma a encontrar, no momento correto, as peças de seu advers ár io para derrubá-las, culminando no enc ruz ilh ame nto do rei adversário e em sua vitória. Trazendo esse cenário para o universo do mercado de trabalho brasileiro, é hora de fazer uma breve reflexão sobre quais são as principais peças de que dispomos na contratação de pessoas e o melhor momento para utilizá-l as na constante ba talha que temos com a concorrência na retenção de talentos. A começar pelo recrutamento e seleção (R&S). Hoje não existe mais aquela velha concepção de colaborador “ruim ou despreparado”: o que existe é colaborador mal alocado dentro da empresa. Acredite ou não: um péssimo e infeliz caixa em sua loja pode se tornar um ex celente e motivado vendedor na concorrência. Você está em Xeque. É tudo uma questão de identificar a pessoa correta para a vaga certa. E essa é a principal função do R&S. Pois bem, se a regra é ter o perfil adequado à vaga, sob quais premissas os encarregados da tarefa devem iniciar o recrutamento de candidatos? Sem se aprofundar em questões como grau de escolaridade, formação, atividades e responsabilidades per tinentes à vaga (  job desc ripti on ), tratemos o assunto de forma abrangente, sob a perspectiva do CHA de competências. Essa é uma excelente ferramenta para medir o quanto

Atitude: o xeque-mate da gestão de pessoas

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8/6/2019 Atitude: o xeque-mate da gestão de pessoas

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Atitude: o xeque-mate da gestão de pessoas

Benjamin Peres ([email protected]), consultor T&D da GS&MD –

Gouvêa de Souza

No jogo de xadrez, composto por 32 peças e um tabuleiro; e jogado por 

duas pessoas, uma partida termina quando um dos participantes não tem

mais movimentos que livrem o seu rei do xeque-mate ou quando,

cansado de tentar escapar das sagazes jogadas de seu adversário,

derruba seu rei e desiste da batalha. O bom jogador de xadrez é aquele

que, por meio de movimentos estratégicos, posiciona suas peças no

tabuleiro de forma a encontrar, no momento correto, as peças de seu

adversário para derrubá-las, culminando no encruzilhamento do rei

adversário e em sua vitória.

Trazendo esse cenário para o universo do mercado de trabalho brasileiro,

é hora de fazer uma breve reflexão sobre quais são as principais peças de

que dispomos na contratação de pessoas e o melhor momento para

utilizá-las na constante batalha que temos com a concorrência na

retenção de talentos.

A começar pelo recrutamento e seleção (R&S). Hoje não existe mais

aquela velha concepção de colaborador “ruim ou despreparado”: o que

existe é colaborador mal alocado dentro da empresa. Acredite ou não: um

péssimo e infeliz caixa em sua loja pode se tornar um excelente e

motivado vendedor na concorrência.

Você está em Xeque.

É tudo uma questão de identificar a pessoa correta para a vaga certa. E

essa é a principal função do R&S. Pois bem, se a regra é ter o perfil

adequado à vaga, sob quais premissas os encarregados da tarefa devem

iniciar o recrutamento de candidatos?

Sem se aprofundar em questões como grau de escolaridade, formação,

atividades e responsabilidades pertinentes à vaga (  job description),

tratemos o assunto de forma abrangente, sob a perspectiva do CHA de

competências. Essa é uma excelente ferramenta para medir o quanto

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seus candidatos (internos ou externos) estão preparados para assumir 

uma vaga em sua empresa. O CHA é composto por: Conhecimento

(SABER) Habilidade (SABER FAZER) e Atitude (QUERER FAZER).

E aí? Qual dos três ingredientes do CHA é o mais relevante quando o

assunto é R&S?

Por vezes temos em mãos currículos excelentes, candidatos com boas

formações (CONHECIMENTO) e condições de execução do trabalho

(HABILIDADES), mas que, depois de contratados, não correspondem às

expectativas pertinentes à vaga e largam o emprego.

Por mais quanto tempo gastaremos nossos peões, torres e cavalos em

batalhas que não nos trarão resultado algum?

É por exemplos como esse que entendemos ser a ATITUDE o

componente mais importante (e mais difícil) de encontrar na seleção. O

conhecimento e a habilidade de uma pessoa são tangíveis e avaliáveis em

qualquer processo, mas o que a move a utilizar seu conhecimento e

habilidade é algo mais subjetivo e muitas vezes não identificado ao longo

do processo seletivo.

Um candidato com gaps em conhecimento técnico e em habilidades para

executar sua função, porém motivado, com pouco tempo de experiência e

treinamento poderá executar suas atividades com plenitude.

Identificar candidatos com atitude; e contratar e investir em seus

desenvolvimentos geram, além de motivação, identificação e fidelização

com a empresa. A concorrência já pode desistir do jogo e derrubar o seu

rei. Xeque-mate!