Atitudes Originantes Do Filosofar_slide

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    FILOSOFIA Prof. Me. Alberes

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    O que aqui nos propomos apresentar a questo sobre a atitude inicial do filosofar, ou

    seja, aquele especfico comportamento que leva o

    homem a ocupar-se de Filosofia, a sentir-se at mesmo um condenado a essa tarefa.

    PROBLEMA

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    O que pode levar o homem a ocupar-se de Filosofia?

    Existe uma atitude originante do

    filosofar que seja universal e atemporal (no sentido de que no

    esteja circunscrita a um determinado momento histrico)?

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    FILSOFOS

    Autores como Jaspers e Bornheim colocam o problema

    sob uma anlise antropolgico-existencial,

    radicada no prprio comportamento daquele ser que faz e responsvel pela

    Filosofia: o filsofo.

    Karl Jaspers

    (1883-1969)

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    Os caminhos para o despertar da reflexo filosfica so vrios, dentre

    os quais detacam-se: a admirao,

    a dvida, a insatisfao moral.

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    PLATO

    Pthos "Espanto"

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    Aristteles

    Thaumazin "Admirao"

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    Plato e Aristteles indicam com preciso a experincia que, segundo eles, d origem ao

    pensar filosfico. aquilo que os gregos chamam thauma (espanto, admirao,

    perplexidade). [...] A filosofia, pois, comea quando algo desperta nossa admirao,

    espanta-nos, capta nossa ateno (que isso, por que assim? Como possvel que seja

    assim?), interroga-nos insistentemente, exige uma explicao

    (IGLSIAS, 1997)

    Comentrio:

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    Admirar, em grego thaumzein, significa ver e, no ato de ver, sentir o

    estranhamento do que aparece. Neste caso, o que aparece sempre admirvel

    e tem fora de produzir em ns uma tonalidade ou disposio afetiva a que chamamos de espanto ou admirao.

    (BUZZI, 1998)

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    T thaumzein o espanto feito admirao. Admirar mirar, olhar para,

    contemplar. Contemplao, em grego, se diz theora, do verbo theore, que significa

    observar, examinar, contemplar e cujo correspondente, em latim, o verbo

    specio, de onde vem a palavra especulao. A filosofia, espanto

    admirativo, contemplao, conhecimento ou saber especulativo

    (CHAU, 1994)

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    [...] O espanto admirativo desperta nosso desejo de conhecer e para ns causa de prazer. A filosofia desejo de conhecer e prazer no

    conhecimento

    (CHAU, 1994)

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    Houve um

    tempo em que a

    Terra era tida

    como o centro

    do universo

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    Sistema de

    Aristteles e

    Ptolomeu

    CLUDIO PTOLOMEU

    (87 - 150)

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    Acreditava-se

    que a Terra

    fosse plana

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    Conte as bolinhas pretas!

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    Quantas patas tem o elefantes?

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    Giram ou no giram?

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    A DVIDA

    Neste comportamento, a verdade atingida atravs da supresso provisria de todo o conhecimento ou de certas modalidades de

    conhecimento, que passam a ser consideradas

    como meramente opinativas.

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    A dvida pode

    ser ctica,

    como no

    filsofo grego

    Grgias, ou

    metdica, como

    em Descastes e

    Husserl.

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    A dvida e a descoberta do

    Cogito, ergo sum Ren Descartes

    (1596-1650)

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    Podemos compreender o seu processo da seguinte maneira:

    suponhamos um homem que s possua conhecimentos vulgares ou imperfeitos, isto , conhecimentos adquiridos atravs da experincia

    comum, dos sentidos, da conversao, dos livros, da escola. Um homem, portanto, que vive em um mundo

    fundamentalmente dogmtico, desde sempre constitudo.

    Comentrio:

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    Que devemos fazer, pergunta Descartes, para instru-lo? [...] O

    que Descartes se prope acordar o homem daquele esquecimento

    fundamental, da indiferena ontolgica prpria da concepo ingnua da realidade, fazendo-o

    passar de uma postura dogmtica para um perguntar crtico

    (BORNHEIM, 1998)

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    A dvida a atitude filosfica que nos tira do dogmatismo e de

    uma conscincia ingnua do mundo,

    fazendo-nos atingir a conscincia crtica prpria do pensar

    filosfico.

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    A terceira atitude implica no sentimento de insatisfao

    moral. Se em seu comportamento usual

    encontramos o homem absorvido no mundo que o cerca, a filosofia se impe

    como tarefa a partir do momento em que esse

    homem imerso no cotidiano cai em si e pergunta pelo sentido de sua existncia.

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    O mundo exterior abandonado em conseqncia de um sentido de insatisfao,

    levando o homem a tomar conscincia de sua prpria misria, da sua finitude e

    corruptibilidade.

    (BORNHEIM, 1998)

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    [...] o princpio da filosofia, para aqueles que se dedicam a esta cincia como deve ser [...], a

    conscincia de sua prpria fraqueza e de sua

    impotncia nas coisas necessrias

    (EPITETO)

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    O ser humano um ser-no-mundo, um ser

    situado e que sente necessidade de

    significao e sentido para sua prpria vida.

    Contudo, a vida por si mesma no nos

    oferece gratuitamente um sentido para a

    existncia humana.

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    Ao contrrio, as vezes a vida apresenta-se

    desconstituda de qualquer sentido para a existncia humana. Da decorre a busca angustiante de si

    mesmo, o sentimento de estar perdido no mundo, a experincia da finitude, as

    chamadas situaes limites

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    o sofrimento, a dor, a angstia, o desespero e a mais desorientadora das

    experincias: a morte. Essa realidade coloca o homem no mago da

    reflexo filosfica, traz tona os questionamentos

    sobre a existncia humana.

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    Scrates

    filosofia e vida

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    Santo Agostinho

    miserabilidade humana e o mal

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    Kierkeggard angstia e desespero humanos

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    Sartre liberdade, desamparo, nusea e absurdo

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    PARA CONCLUIR

    O que nos revelam as atitudes originantes sobre a Filosofia?

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    "na admirao encontramos um comportamento de abertura o mais

    espontneo e original possvel do homem diante da realidade. Sem a dvida, no chega a desenvolver o

    indispensvel esprito crtico, que deve acompanhar toda tarefa de ordem filosfica. E pela inquietao moral fundamenta-se o filosofar em seus

    aspectos ticos

    (BORNHEIM, 1998)

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    Percebemos que a filosofia no est dissociada da vida

    "O ato de filosofar versa sobre o ato de viver, a Filosofia e a Histria. [...] O ato de viver j est posto na percepo do ser, a

    vida filosofia. Ao filsofo s resta extrair essa filosofia, dizer o pensamento

    pressuposto de um tal viver, indicar a partir de qual horizonte, de qual

    dimenso, um tal viver se constitui (BUZZI, 1998)

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    REFERNCIAS

    BORNHEIM, Gerd A. Introduo ao filosofar: o pensamento filosfico em bases existenciais. 9. ed. So Paulo: Globo, 1998. BUZZI, Arcngelo R. Introduo ao pensar: o ser, o conhecimento, a linguagem. 25. ed. Petrpolis: Vozes, 1998. CHAUI, Marilena. Introduo Histria da Filosofia: dos pr-socrticos a Aristteles. So Paulo: Brasiliense, 1994. REZENDE (org.), Antonio. Curso de Filosofia. 7. ed. Rio de Janeiro: Zahar, 1997.