7

Atividade Discursiva 2 ED10

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: Atividade Discursiva 2 ED10
Page 2: Atividade Discursiva 2 ED10

Caro(a) aluno(a)!

Esta atividade discursiva vale uma porcentagem em sua frequência neste ED, antes de

respondê-la, estude o texto teórico e o complementar, anexos a esta atividade.

1) O registro e o controle de frequência são feitos automaticamente pelo Portal

Universitário. Dessa forma, a sua frequência somente será registrada através do envio

e alcance mínimo de 60% dos indicadores. Portanto, não se esqueça de salvar e

enviar a atividade ao concluir a tarefa.

2) O manual do aluno traz informações importantes, sobre os Estudos Dirigidos. Leia-

o com atenção e consulte-o sempre que tiver alguma dúvida.

3) Ao redigir as suas respostas às questões dissertativas, espera-se que você elabore

textos com no mínimo 3 parágrafos, que contenham introdução, desenvolvimento e

a conclusão. Textos em formatos de tópicos, por exemplo, não atenderão à estrutura

de elaboração das respostas.

Boa Atividade!

Page 3: Atividade Discursiva 2 ED10

Dados da questão 1

Leia a conclusão de um artigo que trata a respeito da ética e da economia.

CONCLUSÃO

Devemos reconhecer, primeiramente, que a aproximação entre ética e economia é um

reflexo da condição global de desequilíbrios sociais crescentes, degradação da natureza e

falta de um desenvolvimento sustentável. A exclusão de uma grande parcela da população

humana também tornou necessária uma nova organização e articulação social, mesmo

que de forma precária, e resultando em ações voltadas a aliviar sua situação.

Devemos concordar com Dussel ao ele afirmar que o dilema complexo moral, nesse período

da história, é a preocupação com a vida – seja ela humana, seja no sentido mais amplo, o

meio ambiente. E essa é a principal justificativa encontrada nas declarações sobre a ética

empresarial e sobre a responsabilidade social da empresa. Como parte de uma resposta a

essa situação, as empresas e organizações civis, além do poder público e das entidades

internacionais, têm proposto um novo papel para as empresas, fazendo-as assumir

responsabilidades para reverter esse quadro e desenvolver uma ética sustentável e

socialmente responsável. As propostas daí advindas chamam a atenção para uma ética

apoiada nos princípios universais de direitos humanos e de respeito à vida, aplicada

também às relações econômicas.

Embora esse desenvolvimento seja positivo, nossa análise de Swift e Zadek e a comparação

com Kohlberg mostraram que a maioria das atividades relacionadas a esse tema se

concentra em níveis éticos bastante elementares. Mesmo sendo um avanço com referência

ao passado, a exigência de respeitar a lei, ou de reconhecer os interesses de outros setores,

não é considerada por muitos como parte de um programa ético, mas como simples

observância às convenções vigentes: cumprir com aquilo que todo mundo deveria fazer.

Portanto, é válida a descrição realística de Howard Bowen, de 1953, sobre o que se pode

esperar da responsabilidade social corporativa: “Responsabilidade social é a obrigação dos

empresários de seguir as políticas, tomar as decisões ou seguir as linhas de ação desejáveis

aos objetivos e valores da sociedade”. Bowen posiciona a responsabilidade social

diretamente no nível convencional de moralidade, obrigando as empresas a incorporar os

objetivos e valores da sociedade. Desse modo, o apelo para que elas incorporem

princípios éticos capazes de transformar a sociedade parece-nos ser uma expectativa

longe do seu alcance.

É necessário um sistema de interação mais global para fazer transformações

significativas. Para a empresa ir além do princípio do lucro e do interesse próprio, de modo

sistemático, há que ter o apoio institucional da sociedade, do poder público e de outras

empresas para transformar o tecido cultural e a forma de se entender a ética nos

negócios. O princípio da comunicação, proposto por Habermas e Apel, é um elemento

fundamental a essa mudança, pois a dimensão comunicativa é essencial ao

Page 4: Atividade Discursiva 2 ED10

desenvolvimento e à evolução dos níveis morais em direção a estágios ou gerações mais

avançadas. Significa que a responsabilidade social corporativa deve ser comunicativa e

cooperativa, incluindo a participação dos outros setores da sociedade, sem limitar-se à

ação individual ou desenvolvida em isolamento. Nesse sentido, pode-se concluir que a

condição para que as empresas possam transformar a sociedade é a sua articulação em

conjunto com outros setores, objetivando a promoção da vida e tornando possível o

diálogo entre ética e economia.

Fonte: Disponível em:<http://www.unimep.br/phpg/editora/revistaspdf/imp35art03.pdf>. Acesso em:

20 jul. 2015.

O texto apresenta três importantes pontos:

1. Chamam a atenção para uma ética apoiada nos princípios universais de direitos

humanos e de respeito à vida, aplicada também às relações econômicas.

2. As atuais organizações se concentram em níveis éticos bastante elementares.

3. A dimensão comunicativa como sendo essencial à evolução dos níveis morais

mais elevados e garantir que esteja articulada com outros setores da sociedade.

Explique a correlação entre esses pontos e dê um exemplo sobre ética empresarial

e outro exemplo sobre corrupção.

Dados das questões 2 e 3

Leia os trechos das matérias a seguir:

Matéria 1:

Corrupção no Brasil tem origem no período colonial, diz historiadora

Mariana Della Barba

Da BBC Brasil em São Paulo

O motorista que oferece uma cerveja para o guarda não multá-lo. O fiscal que cobra

uma "ajuda" do comerciante. O ministro que compra apoio político. A corrupção está

enraizada em vários setores da sociedade brasileira. E nada disso é recente, segundo a

historiadora Denise Moura, que diz que a prática chegou junto com as caravelas

portuguesas.

[...] Propina

No Brasil colônia, assim como hoje, a corrupção permeava diversos níveis do funcionalismo

público, segundo a pesquisadora. Na época, atingia desde o governador, passando por

Page 5: Atividade Discursiva 2 ED10

ouvidores, tabeliães e oficiais de justiça, chegando até o funcionário mais baixo da Câmara,

que era uma espécie de fiscal de assuntos cotidiano.

A historiadora conta que documentos mostram esse funcionário protegendo ou

favorecendo um vendedor mediante propina. [...]

Essa realidade criava um ambiente vulnerável, em que não eram claros, por exemplo, os

deveres de um guarda municipal - abrindo, de novo, possibilidade de suborno e outros tipos

de corrupção.

Fonte: Disponível em: <http://www.bbc.com/portuguese/noticias/2012/11/121026_

corrupcao_origens_mdb.shtml>. Acesso em: 20 jul. 2015.

Matéria 2

É mesmo a “corrupção” que deixa a elite brasileira furiosa?

Redação Pragmatismo

12/MAR/2015 ÀS 10:48

O problema da elite e de parte da classe média brasileira não é a corrupção. Para o

doutor em Economia Róber Iturriet Avila, insatisfação tem mais a ver com ascensão

social e aumento do poder aquisitivo das classes menos favorecidas. “Na história do

Brasil, sempre que o salário mínimo e a renda média subiram, houve algum tipo de

intento golpista” [...]

Evidentemente, existem elementos factuais dos governos Lula e Dilma que causaram

desconforto e indignação a todos os cidadãos. Contudo, é preciso muita inocência para

imaginar que as manifestações contra o governo são incentivadas pelo descontentamento

com a corrupção, pela elevação do preço do combustível ou da energia. Quem tem

conhecimento histórico e compreensão profunda da sociedade não ignora a ojeriza

existente a um programa que garante R$ 35,00 para os pobres. O ódio não é ao PT.

Conhecendo um pouco mais dos dados do Brasil, se observa que houve dois momentos de

crescimento relevante do nível dos salários: no período Getúlio Vargas–João Goulart e nos

governos do Partido dos Trabalhadores. Os gráficos abaixo não apenas demonstram

esses movimentos, como indicam que presentemente o excedente operacional bruto caiu

em relação ao produto total em detrimento do incremento nos salários. Interesses

poderosos estão sendo feridos. Não apenas segmentos estão perdendo, em termos

relativos, como também regiões. Será mesmo preciso pintar de azul em um mapa qual

região perde mais com a solidariedade distributiva?

Page 6: Atividade Discursiva 2 ED10

Gráfico 1

Gráfico 2

Page 7: Atividade Discursiva 2 ED10

*Róber Iturriet Avila é doutor em Economia, pesquisador da Fundação de Economia e

Estatística e professor da Universidade do Vale do Rio dos Sinos.

Fonte: Disponível em: <http://www.pragmatismopolitico.com.br/2015/03/e-mesmo-a-corrupcao-

que-deixa-a-elite-brasileira-furiosa.html>. Acesso em: 20 jul. 2015.

A corrupção é antiga e atinge diferentes setores da população, conforme

apresentado nos trechos da matéria 1. Por outro lado, a luta contra a corrupção,

de acordo com a matéria, pode ter outros interesses. Você considera que há

diferença entre uma pequena corrupção e uma grande corrupção? Argumente sua

resposta.

A matéria 2 apresenta dados consistentes em que momentos políticos

importantes foram marcados por uma alta no poder aquisitivo dos mais pobres e

que vêm relacionados com a reação das classes mais abastadas (observações em

vermelho no gráfico 2). Qual sua opinião a esse respeito? Apresente argumentos

críticos e consistentes, portanto evite respostas de senso comum e apresente

argumentos concretos.

Caso sua atividade seja selecionada, você nos autoriza sua publicação integral ou parcial no Guia de Possibilidades de Respostas?

( ) Sim

( ) Não