12
Nunes, Vasconcelos & Bragante-Filho. Atividade espeleoturística adaptada no Grutão... Campinas, SBE/UFSCar. Pesquisas em Turismo e Paisagens Cársticas, 9(1), 2016 41 ATIVIDADE ESPELEOTURÍSTICA ADAPTADA NO GRUTÃO DA BELEZA (BA-539): RELATO DE CASO DE PESSOAS COM DEFICIÊNCIA (PCD) CADEIRANTES, VISUAIS, MOBILIDADE REDUZIDA E ESPELEOLÓGOS VOLUNTÁRIOS SPELEOTOURISM ADAPTADE ACTIVITY IN BELEZA CAVE (BA-539): REPORT WHITH DISABILITIES PEOPLE (WDP): WELLCHAIR, BLIND, MOBILITY REDUCED Érica Nunes (1, 2, 5), Wellington Vasconcelos (3) & Marco Antônio Bragante Filho (4) (1) Fundação Vanzolini, São Paulo SP. (2) Grupo de Estudos Ambientais da Serra do Mar (GESMAR), Santo André SP. (3) Guano Speleo, Belo Horizonte MG. (4) Sociedade Excursionista Espeleológica (SEE), Ouro Preto MG. (5) Sociedade Brasileira de Espeleologia Seção de Espeleoturismo Comissão de Espeleoinclusão. E-mail: [email protected]; [email protected]; [email protected]. Resumo O presente trabalho expõe a atividade de campo realizada durante o minicurso Espeleoturismo Adaptado, que teve lugar no Grutão da Beleza (localizada no município de São Desidério, Bahia), promovido pela Comissão de Espeleoinclusão da Sociedade Brasileira de Espeleologia (SBE) e realizado durante o 32º Congresso Brasileiro de Espeleologia (CBE). Nesta visita técnica, Pessoas com Deficiência (PCDs) e espeleólogos experientes vivenciaram o ambiente subterrâneo com a utilização de técnicas de condução dos PCDs em cavidades turísticas, participando ainda de propostas voltadas para experiências sensoriais. O Grutão da Beleza além de apresentar condições de receber visitantes PCDs, promoveu uma ótima integração entre os envolvidos na atividade de campo, relatado por depoimentos. Palavras-chave: cavernas; espeleoturismo; turismo adaptado; turismo de aventura. Abstract This paper exposes the activities performed during the short course Adapted Speleotourism held in Beleza Cave (located in the municipality of Sao Desidério, Bahia) promoted by the Commission of Speleoinclusion of the Brazilian Society of Speleology (SBE) and performed during the 32 Brazilian Speleological Congress (CBE). This technical visit, handicapped and experienced cavers, participated of the underground environment with the use of the PSNs driving techniques in tourist cavities, even participating in proposals aimed at sensory experiences. The Beleza Cave presents conditions to receive PCDs visitors and there is a great integration between those involved on the field of activity reported by testimonials. Key-Words: caves; speleoturism; adapted tourism; adventure sport. 1. INTRODUÇÃO 1.1. Comissão de Espeleoinclusão e Minicurso Espeleoturismo Adaptado A Comissão de Espeleoinclusão foi criada no ano de 2008 em Campinas/SP pela Sociedade Brasileira de Espeleologia (SBE), logo após a atividade realizada pelo Grupo de Estudos Ambientais da Serra do Mar (GESMAR), ao procurar transformar o que foi percebido teoricamente em prática ao ter a participação da cadeirante Érica Nunes em uma Visita Técnica (VT) ao Parque Estadual Turístico do Alto Ribeira (PETAR). Essa vivência foi apresentada durante o 28° Congresso Brasileiro de Espeleologia (CBE): Inclusão de Portadores de Necessidades Especiais e a Prática do Turismo em Áreas Naturais: Relato de Caso no Parque Estadual Turístico do Alto Ribeira”, sugerindo essa prática inicialmente com cadeirantes e posteriormente com outros PCDs interessados em espeleologia e espeleoturismo. Isso gerou discussões e debates levando ao um segundo trabalho apresentado no 29° CBE: “Inclusão Social de Portadores de Necessidades Especiais e Prática do Turismo em Áreas Naturais: Avaliação de Seis Cavidades Turísticas no Estado de São Paulo”, em razão da possiblidade de visitação de cavernas por Pessoas com Deficiência (PCD) (NUNES, et al 2008).

ATIVIDADE ESPELEOTURÍSTICA ADAPTADA NO GRUTÃO DA BELEZA … · The Beleza Cave presents conditions to receive PCDs visitors and there is a great integration between those involved

Embed Size (px)

Citation preview

Nunes Vasconcelos amp Bragante-Filho Atividade espeleoturiacutestica adaptada no Grutatildeo

Campinas SBEUFSCar Pesquisas em Turismo e Paisagens Caacutersticas 9(1) 2016

41

ATIVIDADE ESPELEOTURIacuteSTICA ADAPTADA NO GRUTAtildeO DA BELEZA

(BA-539) RELATO DE CASO DE PESSOAS COM DEFICIEcircNCIA (PCD)

CADEIRANTES VISUAIS MOBILIDADE REDUZIDA E ESPELEOLOacuteGOS

VOLUNTAacuteRIOS

SPELEOTOURISM ADAPTADE ACTIVITY IN BELEZA CAVE (BA-539) REPORT WHITH

DISABILITIES PEOPLE (WDP) WELLCHAIR BLIND MOBILITY REDUCED

Eacuterica Nunes (1 2 5) Wellington Vasconcelos (3) amp Marco Antocircnio Bragante Filho (4)

(1) Fundaccedilatildeo Vanzolini Satildeo Paulo SP

(2) Grupo de Estudos Ambientais da Serra do Mar (GESMAR) Santo Andreacute SP

(3) Guano Speleo Belo Horizonte MG

(4) Sociedade Excursionista Espeleoloacutegica (SEE) Ouro Preto MG

(5) Sociedade Brasileira de Espeleologia ndash Seccedilatildeo de Espeleoturismo ndash Comissatildeo de Espeleoinclusatildeo

E-mail eriquinhanunes310hotmailcom wellingtonbiro81gmailcom marcoabfilhogmailcom

Resumo

O presente trabalho expotildee a atividade de campo realizada durante o minicurso Espeleoturismo Adaptado

que teve lugar no Grutatildeo da Beleza (localizada no municiacutepio de Satildeo Desideacuterio Bahia) promovido pela

Comissatildeo de Espeleoinclusatildeo da Sociedade Brasileira de Espeleologia (SBE) e realizado durante o 32ordm

Congresso Brasileiro de Espeleologia (CBE) Nesta visita teacutecnica Pessoas com Deficiecircncia (PCDs) e

espeleoacutelogos experientes vivenciaram o ambiente subterracircneo com a utilizaccedilatildeo de teacutecnicas de conduccedilatildeo dos

PCDs em cavidades turiacutesticas participando ainda de propostas voltadas para experiecircncias sensoriais O

Grutatildeo da Beleza aleacutem de apresentar condiccedilotildees de receber visitantes PCDs promoveu uma oacutetima integraccedilatildeo

entre os envolvidos na atividade de campo relatado por depoimentos

Palavras-chave cavernas espeleoturismo turismo adaptado turismo de aventura

Abstract

This paper exposes the activities performed during the short course Adapted Speleotourism held in Beleza

Cave (located in the municipality of Sao Desideacuterio Bahia) promoted by the Commission of Speleoinclusion

of the Brazilian Society of Speleology (SBE) and performed during the 32 Brazilian Speleological Congress

(CBE) This technical visit handicapped and experienced cavers participated of the underground

environment with the use of the PSNs driving techniques in tourist cavities even participating in proposals

aimed at sensory experiences The Beleza Cave presents conditions to receive PCDs visitors and there is a

great integration between those involved on the field of activity reported by testimonials

Key-Words caves speleoturism adapted tourism adventure sport

1 INTRODUCcedilAtildeO

11 Comissatildeo de Espeleoinclusatildeo e Minicurso

Espeleoturismo Adaptado

A Comissatildeo de Espeleoinclusatildeo foi criada no

ano de 2008 em CampinasSP pela Sociedade

Brasileira de Espeleologia (SBE) logo apoacutes a

atividade realizada pelo Grupo de Estudos

Ambientais da Serra do Mar (GESMAR) ao

procurar transformar o que foi percebido

teoricamente em praacutetica ao ter a participaccedilatildeo da

cadeirante Eacuterica Nunes em uma Visita Teacutecnica (VT)

ao Parque Estadual Turiacutestico do Alto Ribeira

(PETAR) Essa vivecircncia foi apresentada durante o

28deg Congresso Brasileiro de Espeleologia (CBE)

ldquoInclusatildeo de Portadores de Necessidades Especiais

e a Praacutetica do Turismo em Aacutereas Naturais Relato

de Caso no Parque Estadual Turiacutestico do Alto

Ribeirardquo sugerindo essa praacutetica inicialmente com

cadeirantes e posteriormente com outros PCDs

interessados em espeleologia e espeleoturismo Isso

gerou discussotildees e debates levando ao um segundo

trabalho apresentado no 29deg CBE ldquoInclusatildeo Social

de Portadores de Necessidades Especiais e Praacutetica

do Turismo em Aacutereas Naturais Avaliaccedilatildeo de Seis

Cavidades Turiacutesticas no Estado de Satildeo Paulordquo em

razatildeo da possiblidade de visitaccedilatildeo de cavernas por

Pessoas com Deficiecircncia (PCD) (NUNES et al

2008)

Nunes Vasconcelos amp Bragante-Filho Atividade espeleoturiacutestica adaptada no Grutatildeo

Campinas SBEUFSCar Pesquisas em Turismo e Paisagens Caacutersticas 9(1) 2016

42

Desde sua criaccedilatildeo a Comissatildeo de

Espeleoinclusatildeo vem se organizando no sentido de

atuar na visitaccedilatildeo de cavernas realizando estudos e

pesquisas no que se refere a promoccedilatildeo da

acessibilidade agraves mesmas (LOBO 2008)

Foram desenvolvidas ferramentas de

acessibilidade divulgada no 30deg CBE ldquoProposta de

Indicadores de Acessibilidade agraves Cavidades

Turiacutesticas Direcionadas aos Portadores de

Necessidades Especiais (PNEs)rdquo (Nunes et al em

2009) e realizado o primeiro minicurso ldquoIntroduccedilatildeo

agrave Espeleologia Adaptadardquo (SBE 2009) Neste

trabalho utilizaremos o termo presente na

Convenccedilatildeo sobre os Direitos das PCDs da

Organizaccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas (ONU) que foi

oficialmente ratificado no Brasil em 2008

As ferramentas propostas na ediccedilatildeo de 2009 e

2011 do minicurso ldquoIntroduccedilatildeo agrave Espeleologia

Adaptadardquo ministrado por Nunes et al e as noccedilotildees

teoacutericas-praacuteticas utilizadas nas atividades de campo

corroboraram as metodologias usadas na conduccedilatildeo

com PCDs no ambiente subterracircneo aleacutem de

abranger um novo leque de procedimentos a serem

desenvolvidos e utilizados por guias e monitores de

espeleoturismo

A convite do Presidente da Comissatildeo

Organizadora do 32deg CBE foi realizado o terceiro

minicurso lsquoIntroduccedilatildeo ao Espeleoturismo Adaptadordquo

no Instituto Federal de Educaccedilatildeo Ciecircncia e

Tecnologia da Bahia ndash IFBA-Campus Barreiras com

uma atividade de campo realizada no Grutatildeo da

Beleza (BA -539) (NUNES 2013)

12 Turismo de Pessoas com Deficiecircncia

Segundo Costa (2009) a praacutetica esportiva na

natureza conduz os indiviacuteduos a contemplar a fauna

a flora a aproximaccedilatildeo com meio ambiente e a criar

novos viacutenculos sociais A atividade na natureza pela

praacutetica esportiva eacute um dos meios da inserccedilatildeo de

PCD neste meio e pode despertar a sensaccedilatildeo de

realizaccedilatildeo pessoal por estiacutemulos sensaccedilotildees e

emoccedilotildees inusitadas que o esporte de aventura pode

proporcionar

Para realizaccedilatildeo de alguns esportes radicais

com PCDs de forma ideal satildeo necessaacuterias

adaptaccedilotildees especiacuteficas do espaccedilo fiacutesico para

treinamentos e profissionais capacitados com

conhecimento do esporte e da deficiecircncia do atleta

(INFOJOVEM 2015)

Ao se realizar uma atividade de Turismo

Adaptado eacute necessaacuterio conhecer o puacuteblico a que se

destina a atividade ou seja possuir um miacutenimo de

informaccedilatildeo sobre esta clientela e a(s) deficiecircncia(s)

que a mesma apresenta Deve-se considerar tambeacutem

todas as oportunidades das atividades de aventura e

que estas se diferenciam em vaacuterias vertentes de

acordo com o local que seraacute realizada os

equipamentos e o conhecimento teacutecnico requerido

no que diz respeito ao fator risco (MINISTEacuteRIO

DO TURISMO 2009)

13 Classificaccedilotildees de Pessoas com Deficiecircncia

Segundo o Decreto Brasileiro 5296 em dois

de dezembro de 2004 eacute considerado PCD aquele

com limitaccedilatildeo ou incapacidade em realizar as

funccedilotildees e classificadas abaixo

Def

iciecirc

nci

a F

iacutesic

a

alteraccedilatildeo completa ou parcial de um ou mais

membros da anatomia humana e

comprometimentos fiacutesicos paraplegia

paraparesia monoplegia monoparesia

tetraplegia tetraparesia triplegia triparesia

hemiplegia hemiparesia ostomia amputaccedilatildeo

ou falta de membros paralisia cerebral

nanismo membros com deformaccedilatildeo congecircnita

ou adquirida sem considerar deformaccedilotildees

esteacuteticas e dificuldade em realizar atividades

Def

iciecirc

nci

a

au

dit

iva

perda bilateral parcial ou total em 41 decibeacuteis

(dB) ou maior identificado com exame de

audiograma em frequecircncia em 500 1000

2000 e 3000 Hz

Def

iciecirc

nci

a

vis

ua

l

cegueira com acuidade visual igual ou menor

005 na melhor correccedilatildeo ocular baixa visatildeo

03 e 005 na melhor correccedilatildeo ocular pacientes

com somatoacuteria da regiatildeo visual nas duas

oculares igual ou menor 60deg e ocorrecircncia

simultacircnea de outra condiccedilatildeo anterior

Def

iciecirc

nci

a

inte

lect

ua

l

atividade intelectual muito menor agrave mediana

diagnosticada antes dos dezoito anos de idade

dificuldades na capacidade adaptativa em dois

ou mais campos comunicaccedilatildeo proacuteprio

cuidado habilidade social usar recursos da

comunidade sauacutede seguranccedila atividade

escolar lazer e trabalho

Def

iciecirc

nci

a

muacute

ltip

la

interaccedilatildeo entre duas ou mais deficiecircncias

14 Satildeo Desideacuterio Bahia e Atrativos Turiacutesticos

Localizado na mesorregiatildeo do oeste baiano

limiacutetrofe agrave cidade de Barreiras em sua porccedilatildeo norte

faz tambeacutem divisa com os estados Tocantins e

Goiaacutes na porccedilatildeo oeste de seu territoacuterio e encontra-se

agrave aproximadamente 869 km da capital baiana

Salvador e 580 km da capital federal Brasiacutelia

(PREFEITURA DE SAtildeO DESIDEacuteRIO 2015)

Nunes Vasconcelos amp Bragante-Filho Atividade espeleoturiacutestica adaptada no Grutatildeo

Campinas SBEUFSCar Pesquisas em Turismo e Paisagens Caacutersticas 9(1) 2016

43

Com uma populaccedilatildeo de cerca de 32078

habitantes e aacuterea territorial em torno de 15174Kmsup2

(IBGE 2014) a regiatildeo possui inuacutemeros atrativos

naturais como cachoeiras rios lagos corredeiras

trilhas paredotildees e mais de vinte e uma cavidades

que compotildeem variadas opccedilotildees no esporte de

aventura possibilitando ainda a aproximaccedilatildeo com

flora e fauna situada no oeste baiano assim como a

observaccedilatildeo de ecossistemas uacutenicos (GOVERNO

DO ESTADO DA BAHIA 2015)

Destacam-se ainda na regiatildeo do rio Satildeo

Desideacuterio a vista panoracircmica de cacircnions caacutersticos e

o Grutatildeo da Beleza (BA-539) onde se realizou a

atividade de campo Esta caverna possui dois niacuteveis

horizontais No niacutevel inferior um extenso tuacutenel

uniforme e amplo com muitos acircngulos de rocha no

final e observa-se um pequeno trajeto de aacutegua

alterando responsaacuteveis por reter sedimentos bem

umedecidos do piso da caverna As ornamentaccedilotildees

satildeo menores neste piso e no superior com vaacuterios

espeleotemas colunas no poacutertico e as dimensotildees de

espaccedilo satildeo menores (REVISTA BRASILEIRA DE

ESPELEOLOGIA 2012)

2 MEacuteTODOS E ETAPAS

Foi realizado um levantamento das cavernas

horizontais no municiacutepio de Satildeo Desideacuterio e

utilizou-se a ferramenta Indicadores de

Acessibilidade para PCDs (Anexo 1) para definir a

escolha do local onde se realizaria a atividade de

campo do minicurso Espeleoturismo Adaptado com

os PCDs Entre todas as cavidades avaliadas por

Prof Dr Leonardo Morato da Comissatildeo de

Espeleoinclusatildeo a que melhor apresentou condiccedilotildees

para acessibilidade foi o Grutatildeo da Beleza

No planejamento da atividade contou-se com

um grupo de voluntaacuterios para ajudar no

deslocamento dos PCDs O transporte do grupo de

Barreiras para Satildeo Desideacuterio foi feito em

automoacuteveis

Para vivenciar a experiecircncia de um PCD

visual em uma caverna um dos espeleoacutelogos

participante foi vendado e conduzido por outro

voluntaacuterio

3 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO

O Grutatildeo da Beleza encontra-se em uma aacuterea

rural em um terreno particular Proacuteximo agrave entrada

desta caverna existem algumas casas e galpotildees Haacute

um pequeno local para estacionar veiacuteculos poreacutem

sem infraestrutura baacutesica se comparada aos parques

estaduais

Depois de identificada e aprovada o melhor

roteiro para ser realizada a atividade espeleoturiacutestica

adaptada pelos especialistas da Comissatildeo de

Espeleoinclusatildeo os PCDs foram organizados por

grupo Eacuterica Nunes com paraparesia de membros

inferiores adquirida Maria Ivete Fonseca Silva com

paraplegia de membros inferiores adquirida Marcos

Antocircnio Lima cadeirante Argemiro Domingos dos

Santos com deficiecircncia visual e Edimilson Pereira

Rodrigues com mobilidade reduzida adquirida

A logiacutestica de conduccedilatildeo era de um membro da

Comissatildeo de Espeleoinclusatildeo por PCD ou seja para

cada cadeirante acompanharam trecircs espeleoacutelogos

voluntaacuterios Para mobilidade reduzida e PCD-visual

acompanharam dois espeleoacutelogos voluntaacuterios A fim

de sentir a sensaccedilatildeo de visitar a cavidade como PNE

visual foi feita a simulaccedilatildeo com o espeleoacutelogo

Wellington Vasconcelos cujos olhos foram vendados

por um lenccedilo e seu condutor foi o espeleoacutelogo

Leonardo Vieira da Silva (Figura 1) Participaram

ainda no suporte os soldados do Corpo de

Bombeiros Marcos Cordeiro dos Anjos e Alex

Arauacutejo e espeleoacutelogos voluntaacuterios compondo uma

equipe de 20 pessoas sendo 3 membros da

Comissatildeo de Espeleoinclusatildeo 3 alunos do

minicurso 2 bombeiros 12 espeleoacutelogos

voluntaacuterios

A atividade de campo foi liderada pelo Prof

Dr Leonardo Morato a Prof Teresa Maria Franca

Moniz Aragatildeo Eles iniciaram com orientaccedilotildees

preacutevias de como a atividade iria se desenvolver em

relaccedilatildeo agrave conduccedilatildeo dos PCDs equipamentos usados

para transporte como superar obstaacuteculos conforme a

classificaccedilatildeo de deficiecircncia condiccedilotildees fiacutesicas e de

sauacutede para iniciar a atividade baseado no trabalho

ldquoIntroduccedilatildeo do Minicurso de Espeleoturismo

Adaptado e Aplicaccedilatildeo das Ferramentas Indicadores

de Acessibilidade em Cavernasrdquo (Nunes et al

2013) Foi utilizada nos cadeirantes a cadeirinha de

montanhismo (baudrier) para o transporte dos

mesmos nas costas de espeleoacutelogos na descida do

desmoronamento e para entrada do salatildeo superior

Fitas de teacutecnica vertical foram presas na estrutura

articulada em ldquoXrdquo na regiatildeo inferior do assento da

cadeira de rodas para facilitar o deslize entre

condutor do guidatildeo e puxador da cadeira de rodas

Para as manobras com cadeira de rodas o membro da

equipe da Comissatildeo de Espeleoinclusatildeo orientou o

que iria ser realizado com a cadeira para o cadeirante

e em seguida orientaccedilotildees teacutecnicas eram direcionadas

aos espeleoacutelogos voluntaacuterios para o deslocamento e

evitar degradaccedilatildeo do equipamento No que se refere

ao bastatildeo do PCD- visual alertas de obstaacuteculos no

solo eram feitos para ultrapassagem sem colocar em

risco o deficiente e seu equipamento no ambiente

natural e o acompanhamento laterais dos

Nunes Vasconcelos amp Bragante-Filho Atividade espeleoturiacutestica adaptada no Grutatildeo

Campinas SBEUFSCar Pesquisas em Turismo e Paisagens Caacutersticas 9(1) 2016

44

espeleoacutelogos permitiram a seguranccedila E finalmente

para mobilidade reduzida o cuidado foi de alertar e

estar proacuteximo ao lado e atraacutes para os obstaacuteculos no

solo No iniacutecio da trilha havia um pouco de barro o

que natildeo impediu a progressatildeo dos grupos A seguir

o declive apresentado no caminho foi vencido sem a

necessidade de manobras com as cadeiras de rodas

Figura 1 Trilha de Acesso Simulaccedilatildeo de deficiecircncia

visual Foto Teresa Maria da Franca Moniz Aragatildeo 2013

Seguindo pela trilha mais adiante foi

necessaacuterio inclinar as cadeiras de rodas em um grau

que permitisse seu deslocamento visto que as

condiccedilotildees do solo barro mato e material rochoso na

forma de cascalhos e seixos dificultavam que os

pneus das cadeiras de rodas rodassem Os grandes

blocos abatidos de rocha no piso da caverna foram

tambeacutem obstaacuteculos para PCDs visuais e com

mobilidade reduzida sendo alertados pelos liacutederes da

atividade passado as informaccedilotildees nos grupos

classificados Houve participaccedilatildeo teacutecnica dos

espeleoacutelogos condutores-voluntaacuterios e componentes

do corpo de bombeiros no sentido de prevenir

possiacuteveis acidentes

A aplicaccedilatildeo da praacutetica do curso em capacitar

espeleoacutelogoscondutores em conduzir PCDs em

locais de difiacutecil acesso e contemplaccedilatildeo de cavidade

mais proporcionar a vivecircncia para PCDs nesse

ambiente singular proporcionou entre os

participantes uma grande determinaccedilatildeo em continuar

a atividade A beleza cecircnica da trilha de acesso e os

espeleotemas da caverna a diversidade de

formaccedilotildees rochosas e suas diferentes tonalidades os

temas arqueoloacutegicos tais como as pinturas rupestres

formaram um conjunto de atrativos que aguccedilou a

curiosidade dos visitantes sendo que para alguns

desses participantes novos espeleoacutelogos e PCDs era

a primeira vez que estiveram em uma caverna O

Prof Dr e Espeleoacutelogo Leonardo Morato

complementou com informaccedilotildees interessantes sobre

a regiatildeo e sobre a caverna enriquecendo a atividade

de campo Ver relato de um dos PCDs participantes

abaixo

Figura 2 Observaccedilatildeo de Pinturas rupestres

Foto Teresa Maria da Franca Moniz Aragatildeo jul 2013

ldquo Experiecircncia nova e fantaacutestica apesar do

PNE Visual que auxiliei a guiar estar apenas

simulando e se tratar na realidade de um

espeleoacutelogo experiente Conduzi-lo necessitou

cuidado e atenccedilatildeo devido a meus olhos serem os

dele Cada obstaacuteculo desde o mais simples como

um pequeno aclive ou uma mera rocha tinha que

ser descrito de forma a ele desviar e progredir

durante a atividade Quando fui demonstrar as

sensaccedilotildees com as matildeos tambeacutem tinha o cuidado de

observar antes e atentamente se natildeo havia animais

ou riscos para o PNE visual jaacute que pode haver

animais peccedilonhentos e superfiacutecies que possa ferir as

matildeosrdquo (Leonardo Vieira da Silva 2013)

Continuando a atividade apoacutes orientaccedilotildees de

Eacuterica Nunes para Fabriacutecio Muniz foi levada nas

costas do espeleoacutelogo enquanto o segundo

espeleoacutelogo Rafael Lourenccedilo Vimieiro realizava a

seguranccedila para visitar o poacutertico superior do Grutatildeo

da Beleza pois natildeo havia condiccedilotildees de deslize com

a cadeira de rodas tambeacutem PCD-Visual Welington

Vasconcelos teve a experiecircncia de contemplar

colunas e rochas atraveacutes do tato Jaacute os outros PCDs e

espeleoacutelogos voluntaacuterios seguiram a atividade

descendo o desmoronamento com os espeleoacutelogos

voluntaacuterios sendo os cadeirantes foram equipados

com cadeirinhas de bauldrier e colocados nas costas

do espeleoacutelogo condutor enquanto o segundo

espeleoacutelogo condutor estava agrave frente orientando

onde pisar e o terceiro espeleoacutelogo condutor atraacutes

para realizar a seguranccedila o quarto espeleoacutelogo

voluntaacuterio levou e posicionou as cadeiras de rodas

no poacutertico interior da cavidade Para os PCDs-

visuais e mobilidade reduzida um espeleoacutelogo

condutor seguiu a frente enquanto o segundo seguiu

ao lado e ambos apoiando a estrutura fiacutesica do PCD

Nunes Vasconcelos amp Bragante-Filho Atividade espeleoturiacutestica adaptada no Grutatildeo

Campinas SBEUFSCar Pesquisas em Turismo e Paisagens Caacutersticas 9(1) 2016

45

Todo o cuidado foi avaliado anteriormente pois este

tipo de piso eacute uma situaccedilatildeo de risco mesmo para

quem natildeo eacute um PCD sendo entatildeo necessaacuterios

equipamentos adequados e uma vasta experiecircncia

nesse tipo de atividade para natildeo colocar em risco

nenhum dos participantes da atividade Os

cadeirantes foram sentados em suas cadeiras de

rodas na segunda ldquobocardquo de acesso A seriedade nas

teacutecnicas de conduccedilatildeo desenvolvidas pelos membros

Comissatildeo de Espeleoinclusatildeo a experiecircncia

profissional as boas praacuteticas de seguranccedila dos

equipamentos e cuidados com as proacuteteses dos PCDs

garantem o bom desenvolvimento da atividade em

trilhas e ambiente caverniacutecola favorece a realizaccedilatildeo

dessas atividades com PCDs promovendo a

sensaccedilatildeo de seguranccedila dos participantes Ver relato

de um dos PCDs participantes abaixo

ldquo Minha experiecircncia em Barreiras de

entrar em caverna pela 2ordf vez foi muito boa sem o

nervosismo que eu tive na primeira vez pois jaacute

conhecia os procedimentos Mas como cada caverna

eacute um ambiente diferente meu fasciacutenio foi o mesmo

Posso resumir minha sensaccedilatildeo em duas palavras

superaccedilatildeo e aventurardquo (Marcos Antocircnio Lima

2013)

Durante a atividade apoacutes a passagem do

poacutertico inferior o Prof Dr e Espeleoacutelogo Leonardo

Morato utilizou no interior da caverna dois grandes

tapetes de borracha em locais mais arenosos o que

possibilitou a progressatildeo impedindo que as rodas

das cadeiras afundassem na areia A cavidade

apresenta salotildees horizontais facilitando tambeacutem o

deslocamento das cadeiras de rodas mesmo com as

pequenas valas e outros obstaacuteculos tais como

degraus naturais de terra batida e terreno argiloso

barrento Para os PCDs-Visuais e de mobilidade

reduzida este mesmo solo era irregular e

escorregadio e os espeleoacutelogos condutores

precisaram ter mais atenccedilatildeo para que natildeo esbarrasse

ou houvesse desequiliacutebrio com estes PCDs nos

espeleotemas orientando-os onde deambular As

formas e particularidades de alguns espeleotemas

tais como estalactites e estalagmites foram

descobertas atraveacutes do tato por Argemiro Domingos

dos Santos e Wellington Vasconcelos (atuando

como PCDs-Visual) os participantes iniciantes

tiveram a oportunidade de perceber ndash sentir ndash

aromas e sensaccedilotildees teacutermicas especiacuteficas de cavernas

Ver relato de um dos PCDs participantes abaixo

ldquo Foi uma experiecircncia muito boa sentir

pelo tato como eacute o interior da caverna Quando

pisava sentia que o chatildeo era bem irregular

principalmente na entrada com pedras pontiagudas

Acho que senti um cheiro de enxofre quando

estaacutevamos bem dentro da gruta e senti um pouco de

umidade Quando o meu guia descrevia as

formaccedilotildees da caverna eu as imaginava em minha

mente Eacute como se eu pudesse ver (Argemiro

Domingos dos Santos 2013)

Figura 3 Contemplaccedilatildeo de estalagmite

Foto Teresa Maria da Franca Moniz Aragatildeo jul 2013

Os atrativos da caverna dentre eles os

espeleotemas foram admirados por espeleoacutelogos e

condutores que ficaram admirados uma vez mais

com a beleza cecircnica desse ambiente subterracircneo

Ver relato de um dos participantes abaixo

ldquo Tive um sentimento de satisfaccedilatildeo pois a

experiecircncia me fez lembrar as minhas origens pois

cresci em uma regiatildeo de grutas e foi muito bom

sentir a umidade aprender sobre os espeleotemas e

contemplar toda a beleza da gruta Tive uma

sensaccedilatildeo muito boa no momento do Apagatildeo com a

escuridatildeo e o silecircncio total (Teresinha Ramos

Cordeiro 2013)

Agrave medida que o deslocamento acontecia e

novos espeleotemas e peculiaridades da caverna

eram apresentados entre os salotildees da caverna

Edimilson Pereira Rodrigues dos Santos PCD-

Mobilidade Reduzida teve uma das sensaccedilotildees

importantes para ele e outros PCDs Ver relato de

um dos PCDs participantes abaixo

ldquoParticipar da atividade Espeleoinclusatildeo foi

emocionante para mim Fiquei fascinado com a

beleza da caverna e com a perfeiccedilatildeo da natureza

Senti-me livre e com a sensaccedilatildeo de realizaccedilatildeo

(Edimilson Pereira Rodrigues dos Santos 2013)

A atividade espeleoturiacutestica adaptada ou

Espeleoinclusatildeo proporcionou para a cadeirante

Maria Ivete Fonseca Silva experiecircncias diversas e de

grande importacircncia dentre elas a oportunidade de

ter tido a possibilidade por suas condiccedilotildees fiacutesicas e

emocionais para conhecer esse novo ambiente

aflorando sensaccedilotildees e emoccedilotildees diferentes ao

Nunes Vasconcelos amp Bragante-Filho Atividade espeleoturiacutestica adaptada no Grutatildeo

Campinas SBEUFSCar Pesquisas em Turismo e Paisagens Caacutersticas 9(1) 2016

46

conhecer uma caverna Ver relato de um dos PCDs

participantes abaixo

ldquo Foi algo ineacutedito para mim o fato de estar

em um ambiente que jamais imaginei que poderia

chegar pois tive uma sensaccedilatildeo de paz Fiquei

maravilhada com os espeleotemas que aprendi que

satildeo as formaccedilotildees no interior da caverna Foi uma

experiecircncia que ningueacutem vai me tirar uma emoccedilatildeo

diferente e um sentimento de gratidatildeo aos que

proporcionaram esse prazer Senti-me muito feliz

em superar e aprendi muito com as partes teoacutericas

do congresso tambeacutem (Maria Ivete Fonseca Silva

2013)

A sensaccedilatildeo de estar em ambiente confinado

gera expectativas de apreensatildeo em PCDs mas

tambeacutem em natildeo PCDs Um dos objetivos da

Comissatildeo de Espeleoinclusatildeo eacute desmistificar

preconceitos desta modalidade turiacutestica e permitir

uma nova forma de inclusatildeo social Ver relato de um

dos participantes abaixo

ldquo Foi uma experiecircncia diferente e ineacutedita

para mim Soacute conhecia caverna por fotos e jamais

podia imaginar estar dentro de uma um dia Senti

uma satisfaccedilatildeo muito grande pois aleacutem de ficar

vislumbrado com o lugar e poder estar ajudando

pessoas com deficiecircncia me fez sentir realizado e

tambeacutem fiquei impressionado com tudo o que

aprendi nas palestras (Meacutercio Santos Pereira

2013)

Para esses visitantes de espeleoturismo

convencional e espeleoturismo adaptado adentrar

em uma caverna foi uma das sensaccedilotildees mais

marcantes reais e possiacuteveis em suas vidas pessoais e

profissionais antes jamais realizadas e a mesma

sensaccedilatildeo foi sentida pelo espeleoacutelogo voluntaacuterio

Ver relato de um dos Espeleoacutelogos abaixo

ldquo Foi de grande emoccedilatildeo e surpresa quando

percebi que durante a atividade a sensaccedilatildeo era de

entrar em uma caverna pela primeira vez e

encontrar o desconhecido novamente Resgatar

essas sensaccedilotildees foi oacutetimo durante minha conduccedilatildeo

Observei a caverna com olhar menos teacutecnico e mais

romantizadordquo (Fabricio Muniz 2013)

No que se refere agrave inclusatildeo social a caverna eacute

um ambiente essencial e importante para aprender

teacutecnicas de conduccedilatildeo com PCDs visuais auditivos

fiacutesicos e com mobilidade reduzida pois cada uma

delas exige um conhecimento especiacutefico de

locomoccedilatildeo percebido pelo espeleoacutelogo voluntaacuterio

Edenir Cruz Moreira Ver relato de um dos

Espeleoacutelogos abaixo

ldquo Foi uma experiecircncia muito marcante a

percepccedilatildeo do ambiente mesmo para os guias tem

que se adaptar Comecei a perceber coisas que

normalmente natildeo notaria nas cavernas se estivesse

simplesmente guiando pessoas que natildeo possuem

algum tipo de necessidade especifica Senti tambeacutem

uma necessidade de ser ainda mais cuidadoso com

os pequenos obstaacuteculosrdquo (Edenir Cruz Moreira

2013)

Jaacute no final da atividade foi permitido que o

Wellington Vasconcelos (atuante como PCD-Visual)

retirasse a venda de seus olhos e fizesse os primeiros

relatos das sensaccedilotildees percebidas durante a visitaccedilatildeo

com o sentido da visatildeo anulado Ver relato de um

dos Espeleoacutelogos abaixo

ldquo Visitar uma caverna de olhos vendados foi

pra mim algo impressionante em todos esses anos

atuando nesta vertente cientiacutefica noacutes espeleoacutelogos

jaacute acostumadiacutessimos com o ambiente caverniacutecola

poucas vezes prestamos atenccedilatildeo em alguns detalhes

principalmente quando adentramos em uma

cavidade Jaacute de olhos vendados tudo muda a

percepccedilatildeo muda um simples declive representa um

enorme obstaacuteculo tive de explorar mais outros

sentidos como a audiccedilatildeo e o tato somente atraveacutes

do toque com as matildeos que pude identificar alguns

espeleotemas Agrave medida que caminhaacutevamos tentava

imaginar como era a caverna de acordo com as

descriccedilotildees dos meus guias foi simplesmente uma

experiecircncia iacutemparrdquo (Wellington Vasconcelos

2013)

Fotografia 3 Salatildeo Grutatildeo da Beleza

Foto Teresa Maria da Franca Moniz Aragatildeo jul 2013

Do ponto de vista do espeleoacutelogo voluntaacuterio

Marco Antocircnio Bragante Filho natildeo foi apenas uma

atividade espeleoturiacutestica habitual mas uma

oportunidade de aprendizagem de interaccedilatildeo e bem-

estar percebido entre todos os envolvidos Ver relato

de um dos Espeleoacutelogos abaixo

ldquo Chamou-me a atenccedilatildeo agrave confianccedila que os

PNEs depositam em seu guia de forma que se cria

Nunes Vasconcelos amp Bragante-Filho Atividade espeleoturiacutestica adaptada no Grutatildeo

Campinas SBEUFSCar Pesquisas em Turismo e Paisagens Caacutersticas 9(1) 2016

47

um viacutenculo de amizade e respeito em prol da

aventura que estamos vivendo naquele momento E

assim paira no ar uma emoccedilatildeo comovente no

coraccedilatildeo de todos aqueles que estatildeo envolvidos na

atividade Natildeo haacute diferenccedilas e sim um uacutenico

conjunto de amigos exploradores de cavernardquo

(Marco Antocircnio Bragante Filho 2013)

A atividade foi encerrada no iniacutecio da tarde

com todos ainda muito dispostos e satisfeitos com a

logiacutestica da atividade

4 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

A aplicaccedilatildeo da ferramenta ldquoIndicadores de

Acessibilidaderdquo (ver anexo) eacute essencial para

classificar as cavidades mais adequadas para

atividades com PCDs considerando ainda que para

cada niacutevel de PCD exige accedilotildees diferentes Nesta

atividade entre todas as cavidades da regiatildeo ficou

evidenciado que o Grutatildeo da Beleza era a mais

indicada atendendo a vaacuterias especificidades tais

como a locomoccedilatildeo condiccedilotildees da trilha de acesso

acesso ao poacutertico da cavidade e locomoccedilatildeo com os

PCDs-fiacutesicos visuais e com mobilidade reduzida

Outra ferramenta utilizada eacute uma entrevista

que antecede a atividade com os PCDs que se

interessaram pela visita ao ambiente subterracircneo

sendo indicada para avaliar as facilidades

dificuldades e particularidades no que se refere agrave

sauacutede aos equipamentos que utilizam no dia a dia

como cadeiras de rodas andadores bengalas

muletas proacuteteses guias entre outros para

locomoccedilatildeo que precisam necessariamente estar em

oacutetimas condiccedilotildees

Nessa atividade de campo pela primeira vez

a Comissatildeo de Espeleoinclusatildeo da SBE conduziu

trecircs cadeirantes uma pessoa com mobilidade

reduzida uma pessoa com deficiecircncia visual e uma

simulaccedilatildeo desta com um espeleoacutelogo voluntaacuterio em

vivenciar esta experiecircncia O que possibilitou uma

coleta de informaccedilotildees de grande valia para a

conformaccedilatildeo de novas ferramentas que possibilitem

esse processo de inclusatildeo social tais como a

elaboraccedilatildeo de questionaacuterios anteriores e posteriores

as atividades de campo que possibilitem a montagem

de um banco de dados que possa facilitar e subsidiar

cada vez mais o processo de particular de

Espeleoinclusatildeo e tambeacutem outros processos de

inclusatildeo social Essas ferramentas aliadas aos

Indicadores de Acessibilidades (ver anexo)

utilizados na avaliaccedilatildeo das cavidades traratildeo novos

rumos ao processo de inclusatildeo social

A Comissatildeo de Espeleoinclusatildeo sugere que

sejam coletadas informaccedilotildees preacutevias sobre trilhas e

cavidades a qual seraacute visitada com pelo menos 1 ano

de antecedecircncia Apoacutes essas informaccedilotildees serem

adquiridas e discutidas pelos membros da comissatildeo

as mesmas devem ser compartilhadas durante a

atividade teoacuterica do minicurso de Espeleoturismo

Adaptado aos alunos somadas as orientaccedilotildees do

iniacutecio da atividade de campo Desta maneira foi

possiacutevel que os alunos do minicurso espeleoacutelogos

voluntaacuterios e os soldados do Corpo de Bombeiros de

Satildeo Desideacuterio realizassem as atividades na lideranccedila

de trecircs membros da comissatildeo Os PCDs foram

conduzidos com o nuacutemero de condutores exigidos

A seguir algumas informaccedilotildees

complementares quanto ao desenvolvimento da

atividade Ficou constatado que o salatildeo superior do

Grutatildeo da Beleza soacute pode ser visitado por

cadeirantes se carregados nas costas de condutores

com cadeira de montanhismo (bauldrier) e fitas de

montanhismo espeleoacutelogos experientes e alguns

equipamentos de seguranccedila uma vez que o terreno eacute

muito irregular e com blocos de rocha no chatildeo

Tambeacutem natildeo foi possiacutevel a visita do segundo salatildeo

devido agrave passagem do mesmo ser estreita

dificultando muito o acesso ao salatildeo ateacute mesmo por

natildeo PCDs

Para acesso ao poacutertico inferior algumas accedilotildees

de seguranccedila foram implementadas a exemplo

foram retiradas rochas soltas cascalhos e seixos de

maior granulometria (tamanho) o que possibilitou a

desobstruccedilatildeo e o nivelamento da trilha antes da

atividade A descida neste trecho com cadeirantes

tambeacutem foi feita inicialmente nas costas ndash como

explicado no paraacutegrafo anterior ndash dos espeleoacutelogos

voluntaacuterios e depois nas cadeiras de rodas A

cavidade eacute indicada para visitaccedilatildeo de PCDs pois a

maioria dos salotildees eacute acessiacutevel Os obstaacuteculos

naturais do interior da caverna como a diferenccedila de

niacutevel do piso que forma degraus foram transpostos

facilmente principalmente com o uso de um

quadrante de piso taacutetil usado pela primeira vez em

cavernas indicando grande eficiecircncia A maior parte

dos espeleotemas puderam ser observados e em

alguns casos tocado proporcionando autonomia de

todos os PCDs em seu interior

A integraccedilatildeo entre os grupos foi dentro das

expectativas atendendo aos objetivos que eacute

pesquisar criar ferramentas e coletar dados que

possam subsidiar novas pesquisas e alavancar cada

vez mais o processo de inclusatildeo social

especialmente a Espeleoinclusatildeo No que se refere

aos PCDs esses aleacutem de superar obstaacuteculos naturais

o que nessa questatildeo lhes concedeu grande alegria e

satisfaccedilatildeo No que se refere aos estudos a

participaccedilatildeo no processo formacional de inclusatildeo

social foi de grande valia jaacute que se sentiram ndash

Nunes Vasconcelos amp Bragante-Filho Atividade espeleoturiacutestica adaptada no Grutatildeo

Campinas SBEUFSCar Pesquisas em Turismo e Paisagens Caacutersticas 9(1) 2016

48

conforme relatos ndash como ldquocientistasrdquo contribuindo

para um bem maior Ficou evidente que a realizaccedilatildeo

pessoal e profissional dos espeleoacutelogos voluntaacuterios

acompanhantes e PCDs foi proporcional ou maior

que objetivos propostos

Conforme citado anteriormente nessa

cavidade foi possiacutevel ter a experiecircncia de tocar os

espeleotemas no caso do PCD-Visual e na

simulaccedilatildeo de PCD com falta de visatildeo nesse caso

especiacutefico pocircde se fazer um paralelo entre o ver e o

tocar Ao final da atividade ficou claro outra esfera

de oportunidades de visitaccedilatildeo e possibilidade de

aplicaccedilatildeo de novas ferramentas e instrumentos que

auxiliem na Espeleoinclusatildeo Todas essas

oportunidades e possibilidades aguccediladas pela

necessidade de uma utilizaccedilatildeo mais frequente de

todos os outros sentidos como audiccedilatildeo odor entre

outros cada um de acordo com as novas

condicionantes dos obstaacuteculos encontrados no

ambiente Para aqueles que ainda natildeo haviam

entrado em uma cavidade PCDs ou natildeo-PCDs o

encantamento e entusiasmo em visualizar

estalactites estalagmites e outros espeleotemas foi

tatildeo evidente quanto o observado pelo tato

A troca de experiecircncia entre os integrantes foi

tatildeo importante e intensa que natildeo havia dificuldades

que natildeo pudessem ser superadas As palavras

ldquodesistordquo ou ldquonatildeo conseguireirsquordquo natildeo fizeram parte

desse cenaacuterio Palavras como amizade superaccedilatildeo

conquista e vencedores eram esboccedilados em olhares e

atitudes intensas sorrisos sinceros e contagiantes

durante a atividade Sentimentos de gratidatildeo e

realizaccedilatildeo por aquele dia inesqueciacutevel e importante

para os PCDs espeleoacutelogos e outros profissionais

que participaram da atividade poderem realizar tal

sonho foram evidenciados nos relatos Tambeacutem foi

demonstrado pelos grupos Guano Speleo e SEE

grande interesse nas atividades da Comissatildeo de

Espeleoinclusatildeo da SBE

Apesar de natildeo haver naquele campo de

estudos o Grutatildeo da Beleza a infraestrutura que

existe em alguns parques nacionais e estaduais tais

como banheiros adaptados rampas de acesso e

lanchonetes entre outros isso tambeacutem no caso do

puacuteblico sem deficiecircncia esses elementos natildeo foram

problemas jaacute que foram superados com alimentos e

equipamentos levados por todos os envolvidos

Como exemplo dos pneus de cadeiras de rodas que

podem furar ou simplesmente esvaziar estes

poderiam ser resolvidos facilmente com jogos de

pneus sobressalentes e uma Minibomba de ar

manual para bicicletas

Dessa forma fica mais uma vez evidente que

quando houver a participaccedilatildeo de PCDs em

atividades espeleoturiacutesticas adaptadas a mesma

deve ser planejada meses antes de sua realizaccedilatildeo a

fim de analisar a(s) cavidade(s) trilhas e atrativos a

serem visitados bem como capacitar os profissionais

que participaratildeo dessa atividade

AGRADECIMENTO

Ao Corpo de Bombeiros de Satildeo Desideacuterio

BA ao Professor Leandro Moutinho aos

espeleoacutelogos voluntaacuterios Fabriacutecio Muniz Edenir

Cruz Moreira Lourenccedilo Rafael Vimieiro do Guano

Speleo Ao Marcos Antocircnio Lima Maria Ivete

Fonseca Silva Argemiro Domingos dos Santos

Edimilson Pereira Rodrigues dos Santos Meacutercio

Santos Pereira Teresinha Ramos Cordeiro Fabriacutecio

Muniz da Associaccedilatildeo dos Deficientes de Montes

Claros (ADEMOC) e aos incentivadores da

Comissatildeo de Espeleoinclusatildeo

REFEREcircNCIAS

ALBUQUERQUE A C dos S de Estimativa de recarga do rio das fecircmeas atraveacutes de meacutetodos

manuais e automaacuteticos 2009 Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Ciecircncias Florestais) Universidade de

Brasiacutelia Brasiacutelia DF

BRASIL MINISTEacuteRIO DO TURISMO Turismo acessiacutevel Bem atender no turismo de aventura

adaptada v4 Brasiacutelia 2009 Disponiacutevel em

wwwturismogovbrexportsitesdefaultturismoo_ministeriopublicacoesdownloads_publicacoesCa

rtilha-4_Laranjapdf Acesso em 11 fev 2013

BRASIL Departamento de Produccedilatildeo Mineral Projeto RADAMBRASIL levantamento de geologia

levantamento de geomorfologia folha Tocantins (SD-23) Rio de Janeiro RJ 1982

BRASIL Decreto ndeg 5296 de 02 de dezembro de 2004 Regulamenta as Leis ndeg 10048 de 8 de novembro

de 2000 que daacute prioridade de atendimento aacutes pessoas especificas e 10098 de 19 de dezembro de

Nunes Vasconcelos amp Bragante-Filho Atividade espeleoturiacutestica adaptada no Grutatildeo

Campinas SBEUFSCar Pesquisas em Turismo e Paisagens Caacutersticas 9(1) 2016

49

2000 que estabelece normas gerais e criteacuterios baacutesicos para a promoccedilatildeo da acessibilidade das pessoas

portadora de deficiecircncia ou com mobilidade reduzida e daacute outras providecircncias

BRAGANTE Marco Antocircnio Artigo Relato de atividade [mensagem pessoal] Mensagem recebida por

eriquinhanunes310hotmailcom em 18 ago 2013

COSTA V B Inclusatildeo social nos esportes de aventura na natureza vivecircncias e experiecircncias de um

pesquisador deficiente visual Revista Digital - Buenos Aires - Ano 14 - Nordm 136 - Setembro de 2009

CORDEIRO Teresinha Ramos Artigo Relato de atividade [mensagem pessoal] Mensagem recebida por

eriquinhanunes310hotmailcom em 15 ago 2013

GOVERNO DO ESTADO DA BAHIA Secretaacuteria do Turismo 2015 Disponiacutevel em

bahiacombrcidadessao-desiderio Acesso em 03 fev 2015

GALVAtildeO O LA FERREIRA F C ROSSATO M R REINO R C J JANSEN C D e VILELA V

C Breve Descriccedilatildeo do Patrimocircnio Espeleoloacutegico do Municiacutepio de Satildeo Desideacuterio ndash BA Revista

Brasileira de Espeleologia ndashRbEsp Satildeo Paulo v 2 n 1 p 24 2012 Disponiacutevel em

wwwterrabrasilisorgbrecotecadigitalindexphpoption=com_abookampview=bookampid=1368revista-

brasileira-de-espeleologia-2012-breve-descricao-do-patrimonio-espeleologico-do-municipio-de-sao-

desiderio--ba Acesso em 21 fev 2015

IBGE ndash Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Estimativa da Populaccedilatildeo Residente com data 01deg

de julho de 2014 Disponiacutevel em

wwwcidadesibgegovbrxtrasperfilphplang=ampcodmun=292890ampsearch=||infogrE1ficos-

informaE7F5es-completas Acesso em 07 jun2015

SANTOS A B dos CARVALHO A R de NUNES JR D da R NUNES G da S SOUZA O R de

FILHO J N de C MENEZES J da R NOVAES Z L da R Plano Ambiental para o municiacutepio de

Satildeo Desideacuterio BA Salvador BA Programa Nacional de Capacitaccedilatildeo de Gestores Ambientais 2008

INFOJOVEM Esportes para pessoas com deficiecircncia Disponiacutevel em

wwwinfojovemorgbrinfopediadescubra-e-aprendaesporteesporte-para-pessoas-com-deficiencia

Acesso em 18032015

LIMA Marcos Artigo Relato de atividade [mensagem pessoal] Mensagem recebida por

eriquinhanunesyahoocombr em 19 set 2013

LOBO Santos Augusto Heros Pesquisa em Turismo e Paisagens Caacutersticas Revista Cientiacutefica da Seccedilatildeo de

Espeleoturismo da Sociedade Brasileira de Espeleologia Campinas v 1 n 1 p 5 2008

Disponiacutevel em wwwcavernasorgbrptpcptpc_v1_n1pdf Acesso em 07 jun 2015

MAROUN K VIEIRA V Enduro a Peacute o esporte de aventura como aliado na adesatildeo agrave praacutetica de

atividade fiacutesica Revista Digital - Buenos Aires - Ano 11 - Ndeg 102 - Novembro de 2006

MUNIZ Fabricio Artigo Relato de atividade [mensagem pessoal] Mensagem recebida por

eriquinhanunesyahoocombr em 18 jun 2013

MOREIRA Edenir Cruz Artigo Relato de atividade [mensagem pessoal] Mensagem recebida por

eriquinhanunesyahoocombr em 22 jun 2013

NUNES et al Inclusatildeo Social de Portadores de Necessidades Especiais (PNEs) e a Praacutetica do Turismo em

Aacutereas Naturais Avaliaccedilatildeo de Seis Cavidades Turiacutesticas do Estado de Satildeo Paulo In CONGRESSO

BRASILEIRO DE ESPELEOLOGIA XXIX 2007 Ouro Preto Anais Ouro Preto Minas Gerais

2007 Disponiacutevel em wwwcavernasorgbranais29cbe29cbe_201-210pdf

Nunes Vasconcelos amp Bragante-Filho Atividade espeleoturiacutestica adaptada no Grutatildeo

Campinas SBEUFSCar Pesquisas em Turismo e Paisagens Caacutersticas 9(1) 2016

50

NUNES et al Proposta de Indicadores de Acessibilidade aacutes Cavidades Turiacutesticas Direcionadas aos

Portadores de Necessidades Especiais (PNEs) In CONGRESSO BRASILEIRO DE

ESPELEOLOGIA XXX 2009 Montes Claros Anais Montes Claros Minas Gerais 2009

Disponiacutevel em wwwcavernasorgbranais30cbe30cbe_159-164pdf

NUNES et al Introduccedilatildeo ao mini curso espeleoturismo adaptado e aplicaccedilatildeo da ferramenta indicadores de

acessibilidade em cavernas In CONGRESSO BRASILEIRO DE ESPELEOLOGIA XXXII 2013

Barreiras Anais Barreiras Bahia 2013 Disponiacutevel em

wwwcavernasorgbranais32cbe32cbe_013-022pdf

PASSO D P CASTRO K B de MARTINS E de S GOMES M P REATTO A LIMA L A de S

CARVALHO JR O A GOMES R A T Caracterizaccedilatildeo Geomorfoloacutegica do Municiacutepio de Satildeo

Desideacuterio BA Escala 1 50000 Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuaacuteria (Embrapa Cerrados)

2010 Planaltina DF 29p ndash (Boletim de Pesquisa e Desenvolvimento) 283

PEREIRA Meacutercio Santos Artigo Relato de atividade [mensagem pessoal] Mensagem recebida por

eriquinhanunesyahoocombr em 20 jun 2013

PREFEITURA MUNICIPAL DE SAtildeO DESIDEacuteRIO BA Turismo Disponiacutevel em

saodesideriobagovbrturismo Acesso em 03 Fev 2015

SOCIEDADE BRASILEIRA DE ESPELEOLOGIA SBE Notiacutecias ndeg82 Campinas 2008 Disponiacutevel em

wwwcavernasorgbrsbenoticiasSBENoticias_082pdf Acesso em 22 mar 2015

SOCIEDADE BRASILEIRA DE ESPELEOLOGIA XXX Congresso Brasileiro de Espeleologia Curso

Introduccedilatildeo do Espeleoturismo Adaptado Disponiacutevel em

wwwcavernasorgbrdiversos30cbecurso06pdf Acesso em 07 jun 2015

SOCIEDADE BRASILEIRA DE ESPELEOLOGIA SBE Notiacutecias ndeg269 Campinas 2008 Disponiacutevel em

wwwcavernasorgbrsbenoticiasSBENoticias_269pdf Acesso em 07 jun 2015

SANTOS Argemiro Domingos dos Artigo Relato de Atividade [mensagem pessoal] Mensagem recebida

por eriquinhanunesyahoocombr em 17 set 2013

SANTOS Edimilson Pereira Rodrigues dos Artigo Relato de atividade [mensagem pessoal] Mensagem

recebida por eriquinhanunesyahoocombr em 20 jun 2013

SILVA Maria Ivete Fonseca Artigo Relato de atividade [mensagem pessoal] Mensagem recebida por

eriquinhanunesyahoocombr em 19 set 2013

SILVA Leonardo Vieira da Artigo Relato de atividade [mensagem pessoal] Mensagem recebida por

eriquinhanunesyahoocombr em 20 jun 2013

SILVA Wellington Vasconcelos Eustaacutequio Artigo Relato de atividade [mensagem pessoal] Mensagem

recebida por eriquinhanunesyahoocombr em 18 jun 2013

XXXII CONGRESSO BRASILEIRO DE ESPELEOLOGIA Curso introduccedilatildeo ao espeleoturismo adaptado

Barreiras 2013 Disponiacutevel em wwwcavernasorgbr32CBE-cursosasp Acesso em 01 fev 2015

ZAMPAULO Robson de Almeida LUZ Claacuteudia Santos NUNES Eacuterica Inclusatildeo Social de Portadores de

Necessidades Especiais (PNEs) e a Praacutetica do Turismo em Aacutereas Naturais Relato de Caso no

Parque Estadual Turiacutestico do Alto Ribeira (PETAR-SP) In CONGRESSO BRASILEIRO DE

ESPELEOLOGIA XXVIII 2005 Campinas Anais Campinas Satildeo Paulo 2005 P 160-167

Disponiacutevel em wwwcavernasorgbranais28cbe28cbe_160-167pdf

Nunes Vasconcelos amp Bragante-Filho Atividade espeleoturiacutestica adaptada no Grutatildeo

Campinas SBEUFSCar Pesquisas em Turismo e Paisagens Caacutersticas 9(1) 2016

51

Anexo I

Deficiecircncia

Fiacutesica

alteraccedilatildeo completa ou parcial de um ou mais membros da anatomia humana e

comprometimentos fiacutesicos paraplegia paraparesia monoplegia monoparesia tetraplegia

tetraparesia triplegia triparesia hemiplegia hemiparesia ostomia amputaccedilatildeo ou falta de

membros paralisia cerebral nanismo membros com deformaccedilatildeo congecircnita ou adquirida

sem considerar deformaccedilotildees esteacuteticas e dificuldade em realizar atividades

Deficiecircncia

auditiva

perda bilateral parcial ou total em 41 decibeacuteis (dB) ou maior identificado com exame de

audiograma em frequecircncia em 500 1000 2000 e 3000 Hz

Deficiecircncia

visual

cegueira com acuidade visual igual ou menor 005 na melhor correccedilatildeo ocular baixa visatildeo

03 e 005 na melhor correccedilatildeo ocular pacientes com somatoacuteria da regiatildeo visual nas duas

oculares igual ou menor 60deg e ocorrecircncia simultacircnea de outra condiccedilatildeo anterior

Deficiecircncia

intelectual

atividade intelectual muito menor agrave mediana diagnosticada antes dos dezoito anos de

idade dificuldades na capacidade adaptativa em dois ou mais campos comunicaccedilatildeo

proacuteprio cuidado habilidade social usar recursos da comunidade sauacutede seguranccedila

atividade escolar lazer e trabalho

Deficiecircncia

muacuteltipla interaccedilatildeo entre duas ou mais deficiecircncias

Pessoa com

mobilidade

reduzida

natildeo eacute classificada como deficiente mas apresenta limitaccedilotildees nos movimentos seja

permanente ou temporaacuterio demonstrando diminuiccedilatildeo efetiva de flexibilidade

coordenaccedilatildeo motora mobilidade e percepccedilatildeo

INDICADORES DE ACESSIBILIDADE GRUTAtildeO DA BELEZA (BA-539)

A- LARGURA E ALTURA DO POacuteRTICO (EM METROS LINEARES) DA CAVIDADE

Altura = 7m Desenvolvimento linear = 55m

B- SUBSTRATO DO TRECHO DE ACESSO ATEacute A ENTRADA DA CAVIDADE

(X) CALCcedilADAS

CIMENTADAS

( ) BARRO COM PEDRAS

( ) AREIA

(X) BARRO

(X) GRAMA

( ) OUTROS

( ) BARRO COM GRAMA

( ) PEDRA

( ) RIO COacuteRREGO

C- QUAIS AS PRINCIPAIS DIFICULDADES PARA ENTRAR NA CAVIDADE

( ) CHAtildeO ESCORREGADIO

( ) ESCADA

( ) FENDA

( ) LAMA

( ) AacuteGUA

( ) ABISMO

(X) ACLIVE

( ) AREIA

( ) OUTROS

(X) DECLIVE

(X) BLOCOS

( ) ___________

D- QUAIS OS OBSTAacuteCULOS A SEREM SUPERADOS DENTRO DA CAVIDADE

( ) ESCADA

( ) LAGO

( ) AFUNILAMENTO

( ) PONTE

( ) COacuteRREGO

( ) FENDA

(X) BLOCOS

( ) RIO

( ) CACHOEIRA

( ) ABISMO

( ) ___________

( ) ___________

E- EXISTE A NECESSIDADE DE PRATICAR MANOBRAS COM A CADEIRA DE

RODAS DURANTE O DESLOCAMENTO QUAIS

(X) SUSPENDER

(X) EMPINAR

( ) TOMBAR

( ) OSCILAR

( ) GRAMA

( ) OUTROS

(X) RETIRADA DO PNE DA

CADEIRA DE RODAS

( ) ___________

F- A CADEIRA DE RODAS CONSEGUE PERCORRER TODO CAMINHAMENTO

QUANDO PARCIAL JUSTIFIQUE

(X) SIM ( ) NAtildeO ( ) PARCIAL

Nunes Vasconcelos amp Bragante-Filho Atividade espeleoturiacutestica adaptada no Grutatildeo

Campinas SBEUFSCar Pesquisas em Turismo e Paisagens Caacutersticas 9(1) 2016

52

G- EM QUANTOS METROS Eacute POSSIacuteVEL DESLOCAR COM A CADEIRA DE

RODAS

Todo o poacutertico inferior pode ser transitado por cadeiras de rodas

H- HAacute TRECHOS NA CAVIDADE QUE O PNE CADEIRANTE PRECISA SER

CARREGADO

(X) SIM ( ) NAtildeO

I- QUANTOS SALOtildeES O PNE CADEIRANTE CONSEGUE VISITAR

Apenas um salatildeo natildeo pode ser visitado pois a entrada para o mesmo eacute estreita

J- QUAIS SAtildeO OS ATRATIVOS (PASSIVOS ATIVOS) QUE O PNE CONSEGUE

TER ACESSO USUFRUIR DENTRO DA CAVIDADE

(X) SALOtildeES

( ) RIOS

( ) FAUNA

(X) ESPELEOTEMA

(X) PINTURAS RUPESTRES

(X) FLORA

( ) LAGOS

( ) OUTROS

( ) FOacuteSSEIS

( ) CACHOEIRAS

( ) PETROGLIFOS

( ) ___________

K- DE UM MODO GERAL QUAIS AS FACILIDADES E DIFICULDADES

ENCONTRADAS DENTRO DA CAVERNA

Haacute facilidade no trajeto dentro da cavidade pois o piso natildeo tem muitas ondulaccedilotildees apesar de exigir

muita atenccedilatildeo nas descidas

Editorial flowFluxo editorial ReceivedRecebido em Ago 2015 AcceptedAprovado em Fev 2016

PESQUISAS EM TURISMO E PAISAGENS CAacuteRSTICAS

Sociedade Brasileira de Espeleologia (SBE) Universidade Federal de Satildeo Carlos (UFSCar)

wwwcavernasorgbrturismoasp

Refrendada por la Associacioacuten de Cuevas Turiacutesticas Iberoamericanas

Nunes Vasconcelos amp Bragante-Filho Atividade espeleoturiacutestica adaptada no Grutatildeo

Campinas SBEUFSCar Pesquisas em Turismo e Paisagens Caacutersticas 9(1) 2016

42

Desde sua criaccedilatildeo a Comissatildeo de

Espeleoinclusatildeo vem se organizando no sentido de

atuar na visitaccedilatildeo de cavernas realizando estudos e

pesquisas no que se refere a promoccedilatildeo da

acessibilidade agraves mesmas (LOBO 2008)

Foram desenvolvidas ferramentas de

acessibilidade divulgada no 30deg CBE ldquoProposta de

Indicadores de Acessibilidade agraves Cavidades

Turiacutesticas Direcionadas aos Portadores de

Necessidades Especiais (PNEs)rdquo (Nunes et al em

2009) e realizado o primeiro minicurso ldquoIntroduccedilatildeo

agrave Espeleologia Adaptadardquo (SBE 2009) Neste

trabalho utilizaremos o termo presente na

Convenccedilatildeo sobre os Direitos das PCDs da

Organizaccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas (ONU) que foi

oficialmente ratificado no Brasil em 2008

As ferramentas propostas na ediccedilatildeo de 2009 e

2011 do minicurso ldquoIntroduccedilatildeo agrave Espeleologia

Adaptadardquo ministrado por Nunes et al e as noccedilotildees

teoacutericas-praacuteticas utilizadas nas atividades de campo

corroboraram as metodologias usadas na conduccedilatildeo

com PCDs no ambiente subterracircneo aleacutem de

abranger um novo leque de procedimentos a serem

desenvolvidos e utilizados por guias e monitores de

espeleoturismo

A convite do Presidente da Comissatildeo

Organizadora do 32deg CBE foi realizado o terceiro

minicurso lsquoIntroduccedilatildeo ao Espeleoturismo Adaptadordquo

no Instituto Federal de Educaccedilatildeo Ciecircncia e

Tecnologia da Bahia ndash IFBA-Campus Barreiras com

uma atividade de campo realizada no Grutatildeo da

Beleza (BA -539) (NUNES 2013)

12 Turismo de Pessoas com Deficiecircncia

Segundo Costa (2009) a praacutetica esportiva na

natureza conduz os indiviacuteduos a contemplar a fauna

a flora a aproximaccedilatildeo com meio ambiente e a criar

novos viacutenculos sociais A atividade na natureza pela

praacutetica esportiva eacute um dos meios da inserccedilatildeo de

PCD neste meio e pode despertar a sensaccedilatildeo de

realizaccedilatildeo pessoal por estiacutemulos sensaccedilotildees e

emoccedilotildees inusitadas que o esporte de aventura pode

proporcionar

Para realizaccedilatildeo de alguns esportes radicais

com PCDs de forma ideal satildeo necessaacuterias

adaptaccedilotildees especiacuteficas do espaccedilo fiacutesico para

treinamentos e profissionais capacitados com

conhecimento do esporte e da deficiecircncia do atleta

(INFOJOVEM 2015)

Ao se realizar uma atividade de Turismo

Adaptado eacute necessaacuterio conhecer o puacuteblico a que se

destina a atividade ou seja possuir um miacutenimo de

informaccedilatildeo sobre esta clientela e a(s) deficiecircncia(s)

que a mesma apresenta Deve-se considerar tambeacutem

todas as oportunidades das atividades de aventura e

que estas se diferenciam em vaacuterias vertentes de

acordo com o local que seraacute realizada os

equipamentos e o conhecimento teacutecnico requerido

no que diz respeito ao fator risco (MINISTEacuteRIO

DO TURISMO 2009)

13 Classificaccedilotildees de Pessoas com Deficiecircncia

Segundo o Decreto Brasileiro 5296 em dois

de dezembro de 2004 eacute considerado PCD aquele

com limitaccedilatildeo ou incapacidade em realizar as

funccedilotildees e classificadas abaixo

Def

iciecirc

nci

a F

iacutesic

a

alteraccedilatildeo completa ou parcial de um ou mais

membros da anatomia humana e

comprometimentos fiacutesicos paraplegia

paraparesia monoplegia monoparesia

tetraplegia tetraparesia triplegia triparesia

hemiplegia hemiparesia ostomia amputaccedilatildeo

ou falta de membros paralisia cerebral

nanismo membros com deformaccedilatildeo congecircnita

ou adquirida sem considerar deformaccedilotildees

esteacuteticas e dificuldade em realizar atividades

Def

iciecirc

nci

a

au

dit

iva

perda bilateral parcial ou total em 41 decibeacuteis

(dB) ou maior identificado com exame de

audiograma em frequecircncia em 500 1000

2000 e 3000 Hz

Def

iciecirc

nci

a

vis

ua

l

cegueira com acuidade visual igual ou menor

005 na melhor correccedilatildeo ocular baixa visatildeo

03 e 005 na melhor correccedilatildeo ocular pacientes

com somatoacuteria da regiatildeo visual nas duas

oculares igual ou menor 60deg e ocorrecircncia

simultacircnea de outra condiccedilatildeo anterior

Def

iciecirc

nci

a

inte

lect

ua

l

atividade intelectual muito menor agrave mediana

diagnosticada antes dos dezoito anos de idade

dificuldades na capacidade adaptativa em dois

ou mais campos comunicaccedilatildeo proacuteprio

cuidado habilidade social usar recursos da

comunidade sauacutede seguranccedila atividade

escolar lazer e trabalho

Def

iciecirc

nci

a

muacute

ltip

la

interaccedilatildeo entre duas ou mais deficiecircncias

14 Satildeo Desideacuterio Bahia e Atrativos Turiacutesticos

Localizado na mesorregiatildeo do oeste baiano

limiacutetrofe agrave cidade de Barreiras em sua porccedilatildeo norte

faz tambeacutem divisa com os estados Tocantins e

Goiaacutes na porccedilatildeo oeste de seu territoacuterio e encontra-se

agrave aproximadamente 869 km da capital baiana

Salvador e 580 km da capital federal Brasiacutelia

(PREFEITURA DE SAtildeO DESIDEacuteRIO 2015)

Nunes Vasconcelos amp Bragante-Filho Atividade espeleoturiacutestica adaptada no Grutatildeo

Campinas SBEUFSCar Pesquisas em Turismo e Paisagens Caacutersticas 9(1) 2016

43

Com uma populaccedilatildeo de cerca de 32078

habitantes e aacuterea territorial em torno de 15174Kmsup2

(IBGE 2014) a regiatildeo possui inuacutemeros atrativos

naturais como cachoeiras rios lagos corredeiras

trilhas paredotildees e mais de vinte e uma cavidades

que compotildeem variadas opccedilotildees no esporte de

aventura possibilitando ainda a aproximaccedilatildeo com

flora e fauna situada no oeste baiano assim como a

observaccedilatildeo de ecossistemas uacutenicos (GOVERNO

DO ESTADO DA BAHIA 2015)

Destacam-se ainda na regiatildeo do rio Satildeo

Desideacuterio a vista panoracircmica de cacircnions caacutersticos e

o Grutatildeo da Beleza (BA-539) onde se realizou a

atividade de campo Esta caverna possui dois niacuteveis

horizontais No niacutevel inferior um extenso tuacutenel

uniforme e amplo com muitos acircngulos de rocha no

final e observa-se um pequeno trajeto de aacutegua

alterando responsaacuteveis por reter sedimentos bem

umedecidos do piso da caverna As ornamentaccedilotildees

satildeo menores neste piso e no superior com vaacuterios

espeleotemas colunas no poacutertico e as dimensotildees de

espaccedilo satildeo menores (REVISTA BRASILEIRA DE

ESPELEOLOGIA 2012)

2 MEacuteTODOS E ETAPAS

Foi realizado um levantamento das cavernas

horizontais no municiacutepio de Satildeo Desideacuterio e

utilizou-se a ferramenta Indicadores de

Acessibilidade para PCDs (Anexo 1) para definir a

escolha do local onde se realizaria a atividade de

campo do minicurso Espeleoturismo Adaptado com

os PCDs Entre todas as cavidades avaliadas por

Prof Dr Leonardo Morato da Comissatildeo de

Espeleoinclusatildeo a que melhor apresentou condiccedilotildees

para acessibilidade foi o Grutatildeo da Beleza

No planejamento da atividade contou-se com

um grupo de voluntaacuterios para ajudar no

deslocamento dos PCDs O transporte do grupo de

Barreiras para Satildeo Desideacuterio foi feito em

automoacuteveis

Para vivenciar a experiecircncia de um PCD

visual em uma caverna um dos espeleoacutelogos

participante foi vendado e conduzido por outro

voluntaacuterio

3 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO

O Grutatildeo da Beleza encontra-se em uma aacuterea

rural em um terreno particular Proacuteximo agrave entrada

desta caverna existem algumas casas e galpotildees Haacute

um pequeno local para estacionar veiacuteculos poreacutem

sem infraestrutura baacutesica se comparada aos parques

estaduais

Depois de identificada e aprovada o melhor

roteiro para ser realizada a atividade espeleoturiacutestica

adaptada pelos especialistas da Comissatildeo de

Espeleoinclusatildeo os PCDs foram organizados por

grupo Eacuterica Nunes com paraparesia de membros

inferiores adquirida Maria Ivete Fonseca Silva com

paraplegia de membros inferiores adquirida Marcos

Antocircnio Lima cadeirante Argemiro Domingos dos

Santos com deficiecircncia visual e Edimilson Pereira

Rodrigues com mobilidade reduzida adquirida

A logiacutestica de conduccedilatildeo era de um membro da

Comissatildeo de Espeleoinclusatildeo por PCD ou seja para

cada cadeirante acompanharam trecircs espeleoacutelogos

voluntaacuterios Para mobilidade reduzida e PCD-visual

acompanharam dois espeleoacutelogos voluntaacuterios A fim

de sentir a sensaccedilatildeo de visitar a cavidade como PNE

visual foi feita a simulaccedilatildeo com o espeleoacutelogo

Wellington Vasconcelos cujos olhos foram vendados

por um lenccedilo e seu condutor foi o espeleoacutelogo

Leonardo Vieira da Silva (Figura 1) Participaram

ainda no suporte os soldados do Corpo de

Bombeiros Marcos Cordeiro dos Anjos e Alex

Arauacutejo e espeleoacutelogos voluntaacuterios compondo uma

equipe de 20 pessoas sendo 3 membros da

Comissatildeo de Espeleoinclusatildeo 3 alunos do

minicurso 2 bombeiros 12 espeleoacutelogos

voluntaacuterios

A atividade de campo foi liderada pelo Prof

Dr Leonardo Morato a Prof Teresa Maria Franca

Moniz Aragatildeo Eles iniciaram com orientaccedilotildees

preacutevias de como a atividade iria se desenvolver em

relaccedilatildeo agrave conduccedilatildeo dos PCDs equipamentos usados

para transporte como superar obstaacuteculos conforme a

classificaccedilatildeo de deficiecircncia condiccedilotildees fiacutesicas e de

sauacutede para iniciar a atividade baseado no trabalho

ldquoIntroduccedilatildeo do Minicurso de Espeleoturismo

Adaptado e Aplicaccedilatildeo das Ferramentas Indicadores

de Acessibilidade em Cavernasrdquo (Nunes et al

2013) Foi utilizada nos cadeirantes a cadeirinha de

montanhismo (baudrier) para o transporte dos

mesmos nas costas de espeleoacutelogos na descida do

desmoronamento e para entrada do salatildeo superior

Fitas de teacutecnica vertical foram presas na estrutura

articulada em ldquoXrdquo na regiatildeo inferior do assento da

cadeira de rodas para facilitar o deslize entre

condutor do guidatildeo e puxador da cadeira de rodas

Para as manobras com cadeira de rodas o membro da

equipe da Comissatildeo de Espeleoinclusatildeo orientou o

que iria ser realizado com a cadeira para o cadeirante

e em seguida orientaccedilotildees teacutecnicas eram direcionadas

aos espeleoacutelogos voluntaacuterios para o deslocamento e

evitar degradaccedilatildeo do equipamento No que se refere

ao bastatildeo do PCD- visual alertas de obstaacuteculos no

solo eram feitos para ultrapassagem sem colocar em

risco o deficiente e seu equipamento no ambiente

natural e o acompanhamento laterais dos

Nunes Vasconcelos amp Bragante-Filho Atividade espeleoturiacutestica adaptada no Grutatildeo

Campinas SBEUFSCar Pesquisas em Turismo e Paisagens Caacutersticas 9(1) 2016

44

espeleoacutelogos permitiram a seguranccedila E finalmente

para mobilidade reduzida o cuidado foi de alertar e

estar proacuteximo ao lado e atraacutes para os obstaacuteculos no

solo No iniacutecio da trilha havia um pouco de barro o

que natildeo impediu a progressatildeo dos grupos A seguir

o declive apresentado no caminho foi vencido sem a

necessidade de manobras com as cadeiras de rodas

Figura 1 Trilha de Acesso Simulaccedilatildeo de deficiecircncia

visual Foto Teresa Maria da Franca Moniz Aragatildeo 2013

Seguindo pela trilha mais adiante foi

necessaacuterio inclinar as cadeiras de rodas em um grau

que permitisse seu deslocamento visto que as

condiccedilotildees do solo barro mato e material rochoso na

forma de cascalhos e seixos dificultavam que os

pneus das cadeiras de rodas rodassem Os grandes

blocos abatidos de rocha no piso da caverna foram

tambeacutem obstaacuteculos para PCDs visuais e com

mobilidade reduzida sendo alertados pelos liacutederes da

atividade passado as informaccedilotildees nos grupos

classificados Houve participaccedilatildeo teacutecnica dos

espeleoacutelogos condutores-voluntaacuterios e componentes

do corpo de bombeiros no sentido de prevenir

possiacuteveis acidentes

A aplicaccedilatildeo da praacutetica do curso em capacitar

espeleoacutelogoscondutores em conduzir PCDs em

locais de difiacutecil acesso e contemplaccedilatildeo de cavidade

mais proporcionar a vivecircncia para PCDs nesse

ambiente singular proporcionou entre os

participantes uma grande determinaccedilatildeo em continuar

a atividade A beleza cecircnica da trilha de acesso e os

espeleotemas da caverna a diversidade de

formaccedilotildees rochosas e suas diferentes tonalidades os

temas arqueoloacutegicos tais como as pinturas rupestres

formaram um conjunto de atrativos que aguccedilou a

curiosidade dos visitantes sendo que para alguns

desses participantes novos espeleoacutelogos e PCDs era

a primeira vez que estiveram em uma caverna O

Prof Dr e Espeleoacutelogo Leonardo Morato

complementou com informaccedilotildees interessantes sobre

a regiatildeo e sobre a caverna enriquecendo a atividade

de campo Ver relato de um dos PCDs participantes

abaixo

Figura 2 Observaccedilatildeo de Pinturas rupestres

Foto Teresa Maria da Franca Moniz Aragatildeo jul 2013

ldquo Experiecircncia nova e fantaacutestica apesar do

PNE Visual que auxiliei a guiar estar apenas

simulando e se tratar na realidade de um

espeleoacutelogo experiente Conduzi-lo necessitou

cuidado e atenccedilatildeo devido a meus olhos serem os

dele Cada obstaacuteculo desde o mais simples como

um pequeno aclive ou uma mera rocha tinha que

ser descrito de forma a ele desviar e progredir

durante a atividade Quando fui demonstrar as

sensaccedilotildees com as matildeos tambeacutem tinha o cuidado de

observar antes e atentamente se natildeo havia animais

ou riscos para o PNE visual jaacute que pode haver

animais peccedilonhentos e superfiacutecies que possa ferir as

matildeosrdquo (Leonardo Vieira da Silva 2013)

Continuando a atividade apoacutes orientaccedilotildees de

Eacuterica Nunes para Fabriacutecio Muniz foi levada nas

costas do espeleoacutelogo enquanto o segundo

espeleoacutelogo Rafael Lourenccedilo Vimieiro realizava a

seguranccedila para visitar o poacutertico superior do Grutatildeo

da Beleza pois natildeo havia condiccedilotildees de deslize com

a cadeira de rodas tambeacutem PCD-Visual Welington

Vasconcelos teve a experiecircncia de contemplar

colunas e rochas atraveacutes do tato Jaacute os outros PCDs e

espeleoacutelogos voluntaacuterios seguiram a atividade

descendo o desmoronamento com os espeleoacutelogos

voluntaacuterios sendo os cadeirantes foram equipados

com cadeirinhas de bauldrier e colocados nas costas

do espeleoacutelogo condutor enquanto o segundo

espeleoacutelogo condutor estava agrave frente orientando

onde pisar e o terceiro espeleoacutelogo condutor atraacutes

para realizar a seguranccedila o quarto espeleoacutelogo

voluntaacuterio levou e posicionou as cadeiras de rodas

no poacutertico interior da cavidade Para os PCDs-

visuais e mobilidade reduzida um espeleoacutelogo

condutor seguiu a frente enquanto o segundo seguiu

ao lado e ambos apoiando a estrutura fiacutesica do PCD

Nunes Vasconcelos amp Bragante-Filho Atividade espeleoturiacutestica adaptada no Grutatildeo

Campinas SBEUFSCar Pesquisas em Turismo e Paisagens Caacutersticas 9(1) 2016

45

Todo o cuidado foi avaliado anteriormente pois este

tipo de piso eacute uma situaccedilatildeo de risco mesmo para

quem natildeo eacute um PCD sendo entatildeo necessaacuterios

equipamentos adequados e uma vasta experiecircncia

nesse tipo de atividade para natildeo colocar em risco

nenhum dos participantes da atividade Os

cadeirantes foram sentados em suas cadeiras de

rodas na segunda ldquobocardquo de acesso A seriedade nas

teacutecnicas de conduccedilatildeo desenvolvidas pelos membros

Comissatildeo de Espeleoinclusatildeo a experiecircncia

profissional as boas praacuteticas de seguranccedila dos

equipamentos e cuidados com as proacuteteses dos PCDs

garantem o bom desenvolvimento da atividade em

trilhas e ambiente caverniacutecola favorece a realizaccedilatildeo

dessas atividades com PCDs promovendo a

sensaccedilatildeo de seguranccedila dos participantes Ver relato

de um dos PCDs participantes abaixo

ldquo Minha experiecircncia em Barreiras de

entrar em caverna pela 2ordf vez foi muito boa sem o

nervosismo que eu tive na primeira vez pois jaacute

conhecia os procedimentos Mas como cada caverna

eacute um ambiente diferente meu fasciacutenio foi o mesmo

Posso resumir minha sensaccedilatildeo em duas palavras

superaccedilatildeo e aventurardquo (Marcos Antocircnio Lima

2013)

Durante a atividade apoacutes a passagem do

poacutertico inferior o Prof Dr e Espeleoacutelogo Leonardo

Morato utilizou no interior da caverna dois grandes

tapetes de borracha em locais mais arenosos o que

possibilitou a progressatildeo impedindo que as rodas

das cadeiras afundassem na areia A cavidade

apresenta salotildees horizontais facilitando tambeacutem o

deslocamento das cadeiras de rodas mesmo com as

pequenas valas e outros obstaacuteculos tais como

degraus naturais de terra batida e terreno argiloso

barrento Para os PCDs-Visuais e de mobilidade

reduzida este mesmo solo era irregular e

escorregadio e os espeleoacutelogos condutores

precisaram ter mais atenccedilatildeo para que natildeo esbarrasse

ou houvesse desequiliacutebrio com estes PCDs nos

espeleotemas orientando-os onde deambular As

formas e particularidades de alguns espeleotemas

tais como estalactites e estalagmites foram

descobertas atraveacutes do tato por Argemiro Domingos

dos Santos e Wellington Vasconcelos (atuando

como PCDs-Visual) os participantes iniciantes

tiveram a oportunidade de perceber ndash sentir ndash

aromas e sensaccedilotildees teacutermicas especiacuteficas de cavernas

Ver relato de um dos PCDs participantes abaixo

ldquo Foi uma experiecircncia muito boa sentir

pelo tato como eacute o interior da caverna Quando

pisava sentia que o chatildeo era bem irregular

principalmente na entrada com pedras pontiagudas

Acho que senti um cheiro de enxofre quando

estaacutevamos bem dentro da gruta e senti um pouco de

umidade Quando o meu guia descrevia as

formaccedilotildees da caverna eu as imaginava em minha

mente Eacute como se eu pudesse ver (Argemiro

Domingos dos Santos 2013)

Figura 3 Contemplaccedilatildeo de estalagmite

Foto Teresa Maria da Franca Moniz Aragatildeo jul 2013

Os atrativos da caverna dentre eles os

espeleotemas foram admirados por espeleoacutelogos e

condutores que ficaram admirados uma vez mais

com a beleza cecircnica desse ambiente subterracircneo

Ver relato de um dos participantes abaixo

ldquo Tive um sentimento de satisfaccedilatildeo pois a

experiecircncia me fez lembrar as minhas origens pois

cresci em uma regiatildeo de grutas e foi muito bom

sentir a umidade aprender sobre os espeleotemas e

contemplar toda a beleza da gruta Tive uma

sensaccedilatildeo muito boa no momento do Apagatildeo com a

escuridatildeo e o silecircncio total (Teresinha Ramos

Cordeiro 2013)

Agrave medida que o deslocamento acontecia e

novos espeleotemas e peculiaridades da caverna

eram apresentados entre os salotildees da caverna

Edimilson Pereira Rodrigues dos Santos PCD-

Mobilidade Reduzida teve uma das sensaccedilotildees

importantes para ele e outros PCDs Ver relato de

um dos PCDs participantes abaixo

ldquoParticipar da atividade Espeleoinclusatildeo foi

emocionante para mim Fiquei fascinado com a

beleza da caverna e com a perfeiccedilatildeo da natureza

Senti-me livre e com a sensaccedilatildeo de realizaccedilatildeo

(Edimilson Pereira Rodrigues dos Santos 2013)

A atividade espeleoturiacutestica adaptada ou

Espeleoinclusatildeo proporcionou para a cadeirante

Maria Ivete Fonseca Silva experiecircncias diversas e de

grande importacircncia dentre elas a oportunidade de

ter tido a possibilidade por suas condiccedilotildees fiacutesicas e

emocionais para conhecer esse novo ambiente

aflorando sensaccedilotildees e emoccedilotildees diferentes ao

Nunes Vasconcelos amp Bragante-Filho Atividade espeleoturiacutestica adaptada no Grutatildeo

Campinas SBEUFSCar Pesquisas em Turismo e Paisagens Caacutersticas 9(1) 2016

46

conhecer uma caverna Ver relato de um dos PCDs

participantes abaixo

ldquo Foi algo ineacutedito para mim o fato de estar

em um ambiente que jamais imaginei que poderia

chegar pois tive uma sensaccedilatildeo de paz Fiquei

maravilhada com os espeleotemas que aprendi que

satildeo as formaccedilotildees no interior da caverna Foi uma

experiecircncia que ningueacutem vai me tirar uma emoccedilatildeo

diferente e um sentimento de gratidatildeo aos que

proporcionaram esse prazer Senti-me muito feliz

em superar e aprendi muito com as partes teoacutericas

do congresso tambeacutem (Maria Ivete Fonseca Silva

2013)

A sensaccedilatildeo de estar em ambiente confinado

gera expectativas de apreensatildeo em PCDs mas

tambeacutem em natildeo PCDs Um dos objetivos da

Comissatildeo de Espeleoinclusatildeo eacute desmistificar

preconceitos desta modalidade turiacutestica e permitir

uma nova forma de inclusatildeo social Ver relato de um

dos participantes abaixo

ldquo Foi uma experiecircncia diferente e ineacutedita

para mim Soacute conhecia caverna por fotos e jamais

podia imaginar estar dentro de uma um dia Senti

uma satisfaccedilatildeo muito grande pois aleacutem de ficar

vislumbrado com o lugar e poder estar ajudando

pessoas com deficiecircncia me fez sentir realizado e

tambeacutem fiquei impressionado com tudo o que

aprendi nas palestras (Meacutercio Santos Pereira

2013)

Para esses visitantes de espeleoturismo

convencional e espeleoturismo adaptado adentrar

em uma caverna foi uma das sensaccedilotildees mais

marcantes reais e possiacuteveis em suas vidas pessoais e

profissionais antes jamais realizadas e a mesma

sensaccedilatildeo foi sentida pelo espeleoacutelogo voluntaacuterio

Ver relato de um dos Espeleoacutelogos abaixo

ldquo Foi de grande emoccedilatildeo e surpresa quando

percebi que durante a atividade a sensaccedilatildeo era de

entrar em uma caverna pela primeira vez e

encontrar o desconhecido novamente Resgatar

essas sensaccedilotildees foi oacutetimo durante minha conduccedilatildeo

Observei a caverna com olhar menos teacutecnico e mais

romantizadordquo (Fabricio Muniz 2013)

No que se refere agrave inclusatildeo social a caverna eacute

um ambiente essencial e importante para aprender

teacutecnicas de conduccedilatildeo com PCDs visuais auditivos

fiacutesicos e com mobilidade reduzida pois cada uma

delas exige um conhecimento especiacutefico de

locomoccedilatildeo percebido pelo espeleoacutelogo voluntaacuterio

Edenir Cruz Moreira Ver relato de um dos

Espeleoacutelogos abaixo

ldquo Foi uma experiecircncia muito marcante a

percepccedilatildeo do ambiente mesmo para os guias tem

que se adaptar Comecei a perceber coisas que

normalmente natildeo notaria nas cavernas se estivesse

simplesmente guiando pessoas que natildeo possuem

algum tipo de necessidade especifica Senti tambeacutem

uma necessidade de ser ainda mais cuidadoso com

os pequenos obstaacuteculosrdquo (Edenir Cruz Moreira

2013)

Jaacute no final da atividade foi permitido que o

Wellington Vasconcelos (atuante como PCD-Visual)

retirasse a venda de seus olhos e fizesse os primeiros

relatos das sensaccedilotildees percebidas durante a visitaccedilatildeo

com o sentido da visatildeo anulado Ver relato de um

dos Espeleoacutelogos abaixo

ldquo Visitar uma caverna de olhos vendados foi

pra mim algo impressionante em todos esses anos

atuando nesta vertente cientiacutefica noacutes espeleoacutelogos

jaacute acostumadiacutessimos com o ambiente caverniacutecola

poucas vezes prestamos atenccedilatildeo em alguns detalhes

principalmente quando adentramos em uma

cavidade Jaacute de olhos vendados tudo muda a

percepccedilatildeo muda um simples declive representa um

enorme obstaacuteculo tive de explorar mais outros

sentidos como a audiccedilatildeo e o tato somente atraveacutes

do toque com as matildeos que pude identificar alguns

espeleotemas Agrave medida que caminhaacutevamos tentava

imaginar como era a caverna de acordo com as

descriccedilotildees dos meus guias foi simplesmente uma

experiecircncia iacutemparrdquo (Wellington Vasconcelos

2013)

Fotografia 3 Salatildeo Grutatildeo da Beleza

Foto Teresa Maria da Franca Moniz Aragatildeo jul 2013

Do ponto de vista do espeleoacutelogo voluntaacuterio

Marco Antocircnio Bragante Filho natildeo foi apenas uma

atividade espeleoturiacutestica habitual mas uma

oportunidade de aprendizagem de interaccedilatildeo e bem-

estar percebido entre todos os envolvidos Ver relato

de um dos Espeleoacutelogos abaixo

ldquo Chamou-me a atenccedilatildeo agrave confianccedila que os

PNEs depositam em seu guia de forma que se cria

Nunes Vasconcelos amp Bragante-Filho Atividade espeleoturiacutestica adaptada no Grutatildeo

Campinas SBEUFSCar Pesquisas em Turismo e Paisagens Caacutersticas 9(1) 2016

47

um viacutenculo de amizade e respeito em prol da

aventura que estamos vivendo naquele momento E

assim paira no ar uma emoccedilatildeo comovente no

coraccedilatildeo de todos aqueles que estatildeo envolvidos na

atividade Natildeo haacute diferenccedilas e sim um uacutenico

conjunto de amigos exploradores de cavernardquo

(Marco Antocircnio Bragante Filho 2013)

A atividade foi encerrada no iniacutecio da tarde

com todos ainda muito dispostos e satisfeitos com a

logiacutestica da atividade

4 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

A aplicaccedilatildeo da ferramenta ldquoIndicadores de

Acessibilidaderdquo (ver anexo) eacute essencial para

classificar as cavidades mais adequadas para

atividades com PCDs considerando ainda que para

cada niacutevel de PCD exige accedilotildees diferentes Nesta

atividade entre todas as cavidades da regiatildeo ficou

evidenciado que o Grutatildeo da Beleza era a mais

indicada atendendo a vaacuterias especificidades tais

como a locomoccedilatildeo condiccedilotildees da trilha de acesso

acesso ao poacutertico da cavidade e locomoccedilatildeo com os

PCDs-fiacutesicos visuais e com mobilidade reduzida

Outra ferramenta utilizada eacute uma entrevista

que antecede a atividade com os PCDs que se

interessaram pela visita ao ambiente subterracircneo

sendo indicada para avaliar as facilidades

dificuldades e particularidades no que se refere agrave

sauacutede aos equipamentos que utilizam no dia a dia

como cadeiras de rodas andadores bengalas

muletas proacuteteses guias entre outros para

locomoccedilatildeo que precisam necessariamente estar em

oacutetimas condiccedilotildees

Nessa atividade de campo pela primeira vez

a Comissatildeo de Espeleoinclusatildeo da SBE conduziu

trecircs cadeirantes uma pessoa com mobilidade

reduzida uma pessoa com deficiecircncia visual e uma

simulaccedilatildeo desta com um espeleoacutelogo voluntaacuterio em

vivenciar esta experiecircncia O que possibilitou uma

coleta de informaccedilotildees de grande valia para a

conformaccedilatildeo de novas ferramentas que possibilitem

esse processo de inclusatildeo social tais como a

elaboraccedilatildeo de questionaacuterios anteriores e posteriores

as atividades de campo que possibilitem a montagem

de um banco de dados que possa facilitar e subsidiar

cada vez mais o processo de particular de

Espeleoinclusatildeo e tambeacutem outros processos de

inclusatildeo social Essas ferramentas aliadas aos

Indicadores de Acessibilidades (ver anexo)

utilizados na avaliaccedilatildeo das cavidades traratildeo novos

rumos ao processo de inclusatildeo social

A Comissatildeo de Espeleoinclusatildeo sugere que

sejam coletadas informaccedilotildees preacutevias sobre trilhas e

cavidades a qual seraacute visitada com pelo menos 1 ano

de antecedecircncia Apoacutes essas informaccedilotildees serem

adquiridas e discutidas pelos membros da comissatildeo

as mesmas devem ser compartilhadas durante a

atividade teoacuterica do minicurso de Espeleoturismo

Adaptado aos alunos somadas as orientaccedilotildees do

iniacutecio da atividade de campo Desta maneira foi

possiacutevel que os alunos do minicurso espeleoacutelogos

voluntaacuterios e os soldados do Corpo de Bombeiros de

Satildeo Desideacuterio realizassem as atividades na lideranccedila

de trecircs membros da comissatildeo Os PCDs foram

conduzidos com o nuacutemero de condutores exigidos

A seguir algumas informaccedilotildees

complementares quanto ao desenvolvimento da

atividade Ficou constatado que o salatildeo superior do

Grutatildeo da Beleza soacute pode ser visitado por

cadeirantes se carregados nas costas de condutores

com cadeira de montanhismo (bauldrier) e fitas de

montanhismo espeleoacutelogos experientes e alguns

equipamentos de seguranccedila uma vez que o terreno eacute

muito irregular e com blocos de rocha no chatildeo

Tambeacutem natildeo foi possiacutevel a visita do segundo salatildeo

devido agrave passagem do mesmo ser estreita

dificultando muito o acesso ao salatildeo ateacute mesmo por

natildeo PCDs

Para acesso ao poacutertico inferior algumas accedilotildees

de seguranccedila foram implementadas a exemplo

foram retiradas rochas soltas cascalhos e seixos de

maior granulometria (tamanho) o que possibilitou a

desobstruccedilatildeo e o nivelamento da trilha antes da

atividade A descida neste trecho com cadeirantes

tambeacutem foi feita inicialmente nas costas ndash como

explicado no paraacutegrafo anterior ndash dos espeleoacutelogos

voluntaacuterios e depois nas cadeiras de rodas A

cavidade eacute indicada para visitaccedilatildeo de PCDs pois a

maioria dos salotildees eacute acessiacutevel Os obstaacuteculos

naturais do interior da caverna como a diferenccedila de

niacutevel do piso que forma degraus foram transpostos

facilmente principalmente com o uso de um

quadrante de piso taacutetil usado pela primeira vez em

cavernas indicando grande eficiecircncia A maior parte

dos espeleotemas puderam ser observados e em

alguns casos tocado proporcionando autonomia de

todos os PCDs em seu interior

A integraccedilatildeo entre os grupos foi dentro das

expectativas atendendo aos objetivos que eacute

pesquisar criar ferramentas e coletar dados que

possam subsidiar novas pesquisas e alavancar cada

vez mais o processo de inclusatildeo social

especialmente a Espeleoinclusatildeo No que se refere

aos PCDs esses aleacutem de superar obstaacuteculos naturais

o que nessa questatildeo lhes concedeu grande alegria e

satisfaccedilatildeo No que se refere aos estudos a

participaccedilatildeo no processo formacional de inclusatildeo

social foi de grande valia jaacute que se sentiram ndash

Nunes Vasconcelos amp Bragante-Filho Atividade espeleoturiacutestica adaptada no Grutatildeo

Campinas SBEUFSCar Pesquisas em Turismo e Paisagens Caacutersticas 9(1) 2016

48

conforme relatos ndash como ldquocientistasrdquo contribuindo

para um bem maior Ficou evidente que a realizaccedilatildeo

pessoal e profissional dos espeleoacutelogos voluntaacuterios

acompanhantes e PCDs foi proporcional ou maior

que objetivos propostos

Conforme citado anteriormente nessa

cavidade foi possiacutevel ter a experiecircncia de tocar os

espeleotemas no caso do PCD-Visual e na

simulaccedilatildeo de PCD com falta de visatildeo nesse caso

especiacutefico pocircde se fazer um paralelo entre o ver e o

tocar Ao final da atividade ficou claro outra esfera

de oportunidades de visitaccedilatildeo e possibilidade de

aplicaccedilatildeo de novas ferramentas e instrumentos que

auxiliem na Espeleoinclusatildeo Todas essas

oportunidades e possibilidades aguccediladas pela

necessidade de uma utilizaccedilatildeo mais frequente de

todos os outros sentidos como audiccedilatildeo odor entre

outros cada um de acordo com as novas

condicionantes dos obstaacuteculos encontrados no

ambiente Para aqueles que ainda natildeo haviam

entrado em uma cavidade PCDs ou natildeo-PCDs o

encantamento e entusiasmo em visualizar

estalactites estalagmites e outros espeleotemas foi

tatildeo evidente quanto o observado pelo tato

A troca de experiecircncia entre os integrantes foi

tatildeo importante e intensa que natildeo havia dificuldades

que natildeo pudessem ser superadas As palavras

ldquodesistordquo ou ldquonatildeo conseguireirsquordquo natildeo fizeram parte

desse cenaacuterio Palavras como amizade superaccedilatildeo

conquista e vencedores eram esboccedilados em olhares e

atitudes intensas sorrisos sinceros e contagiantes

durante a atividade Sentimentos de gratidatildeo e

realizaccedilatildeo por aquele dia inesqueciacutevel e importante

para os PCDs espeleoacutelogos e outros profissionais

que participaram da atividade poderem realizar tal

sonho foram evidenciados nos relatos Tambeacutem foi

demonstrado pelos grupos Guano Speleo e SEE

grande interesse nas atividades da Comissatildeo de

Espeleoinclusatildeo da SBE

Apesar de natildeo haver naquele campo de

estudos o Grutatildeo da Beleza a infraestrutura que

existe em alguns parques nacionais e estaduais tais

como banheiros adaptados rampas de acesso e

lanchonetes entre outros isso tambeacutem no caso do

puacuteblico sem deficiecircncia esses elementos natildeo foram

problemas jaacute que foram superados com alimentos e

equipamentos levados por todos os envolvidos

Como exemplo dos pneus de cadeiras de rodas que

podem furar ou simplesmente esvaziar estes

poderiam ser resolvidos facilmente com jogos de

pneus sobressalentes e uma Minibomba de ar

manual para bicicletas

Dessa forma fica mais uma vez evidente que

quando houver a participaccedilatildeo de PCDs em

atividades espeleoturiacutesticas adaptadas a mesma

deve ser planejada meses antes de sua realizaccedilatildeo a

fim de analisar a(s) cavidade(s) trilhas e atrativos a

serem visitados bem como capacitar os profissionais

que participaratildeo dessa atividade

AGRADECIMENTO

Ao Corpo de Bombeiros de Satildeo Desideacuterio

BA ao Professor Leandro Moutinho aos

espeleoacutelogos voluntaacuterios Fabriacutecio Muniz Edenir

Cruz Moreira Lourenccedilo Rafael Vimieiro do Guano

Speleo Ao Marcos Antocircnio Lima Maria Ivete

Fonseca Silva Argemiro Domingos dos Santos

Edimilson Pereira Rodrigues dos Santos Meacutercio

Santos Pereira Teresinha Ramos Cordeiro Fabriacutecio

Muniz da Associaccedilatildeo dos Deficientes de Montes

Claros (ADEMOC) e aos incentivadores da

Comissatildeo de Espeleoinclusatildeo

REFEREcircNCIAS

ALBUQUERQUE A C dos S de Estimativa de recarga do rio das fecircmeas atraveacutes de meacutetodos

manuais e automaacuteticos 2009 Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Ciecircncias Florestais) Universidade de

Brasiacutelia Brasiacutelia DF

BRASIL MINISTEacuteRIO DO TURISMO Turismo acessiacutevel Bem atender no turismo de aventura

adaptada v4 Brasiacutelia 2009 Disponiacutevel em

wwwturismogovbrexportsitesdefaultturismoo_ministeriopublicacoesdownloads_publicacoesCa

rtilha-4_Laranjapdf Acesso em 11 fev 2013

BRASIL Departamento de Produccedilatildeo Mineral Projeto RADAMBRASIL levantamento de geologia

levantamento de geomorfologia folha Tocantins (SD-23) Rio de Janeiro RJ 1982

BRASIL Decreto ndeg 5296 de 02 de dezembro de 2004 Regulamenta as Leis ndeg 10048 de 8 de novembro

de 2000 que daacute prioridade de atendimento aacutes pessoas especificas e 10098 de 19 de dezembro de

Nunes Vasconcelos amp Bragante-Filho Atividade espeleoturiacutestica adaptada no Grutatildeo

Campinas SBEUFSCar Pesquisas em Turismo e Paisagens Caacutersticas 9(1) 2016

49

2000 que estabelece normas gerais e criteacuterios baacutesicos para a promoccedilatildeo da acessibilidade das pessoas

portadora de deficiecircncia ou com mobilidade reduzida e daacute outras providecircncias

BRAGANTE Marco Antocircnio Artigo Relato de atividade [mensagem pessoal] Mensagem recebida por

eriquinhanunes310hotmailcom em 18 ago 2013

COSTA V B Inclusatildeo social nos esportes de aventura na natureza vivecircncias e experiecircncias de um

pesquisador deficiente visual Revista Digital - Buenos Aires - Ano 14 - Nordm 136 - Setembro de 2009

CORDEIRO Teresinha Ramos Artigo Relato de atividade [mensagem pessoal] Mensagem recebida por

eriquinhanunes310hotmailcom em 15 ago 2013

GOVERNO DO ESTADO DA BAHIA Secretaacuteria do Turismo 2015 Disponiacutevel em

bahiacombrcidadessao-desiderio Acesso em 03 fev 2015

GALVAtildeO O LA FERREIRA F C ROSSATO M R REINO R C J JANSEN C D e VILELA V

C Breve Descriccedilatildeo do Patrimocircnio Espeleoloacutegico do Municiacutepio de Satildeo Desideacuterio ndash BA Revista

Brasileira de Espeleologia ndashRbEsp Satildeo Paulo v 2 n 1 p 24 2012 Disponiacutevel em

wwwterrabrasilisorgbrecotecadigitalindexphpoption=com_abookampview=bookampid=1368revista-

brasileira-de-espeleologia-2012-breve-descricao-do-patrimonio-espeleologico-do-municipio-de-sao-

desiderio--ba Acesso em 21 fev 2015

IBGE ndash Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Estimativa da Populaccedilatildeo Residente com data 01deg

de julho de 2014 Disponiacutevel em

wwwcidadesibgegovbrxtrasperfilphplang=ampcodmun=292890ampsearch=||infogrE1ficos-

informaE7F5es-completas Acesso em 07 jun2015

SANTOS A B dos CARVALHO A R de NUNES JR D da R NUNES G da S SOUZA O R de

FILHO J N de C MENEZES J da R NOVAES Z L da R Plano Ambiental para o municiacutepio de

Satildeo Desideacuterio BA Salvador BA Programa Nacional de Capacitaccedilatildeo de Gestores Ambientais 2008

INFOJOVEM Esportes para pessoas com deficiecircncia Disponiacutevel em

wwwinfojovemorgbrinfopediadescubra-e-aprendaesporteesporte-para-pessoas-com-deficiencia

Acesso em 18032015

LIMA Marcos Artigo Relato de atividade [mensagem pessoal] Mensagem recebida por

eriquinhanunesyahoocombr em 19 set 2013

LOBO Santos Augusto Heros Pesquisa em Turismo e Paisagens Caacutersticas Revista Cientiacutefica da Seccedilatildeo de

Espeleoturismo da Sociedade Brasileira de Espeleologia Campinas v 1 n 1 p 5 2008

Disponiacutevel em wwwcavernasorgbrptpcptpc_v1_n1pdf Acesso em 07 jun 2015

MAROUN K VIEIRA V Enduro a Peacute o esporte de aventura como aliado na adesatildeo agrave praacutetica de

atividade fiacutesica Revista Digital - Buenos Aires - Ano 11 - Ndeg 102 - Novembro de 2006

MUNIZ Fabricio Artigo Relato de atividade [mensagem pessoal] Mensagem recebida por

eriquinhanunesyahoocombr em 18 jun 2013

MOREIRA Edenir Cruz Artigo Relato de atividade [mensagem pessoal] Mensagem recebida por

eriquinhanunesyahoocombr em 22 jun 2013

NUNES et al Inclusatildeo Social de Portadores de Necessidades Especiais (PNEs) e a Praacutetica do Turismo em

Aacutereas Naturais Avaliaccedilatildeo de Seis Cavidades Turiacutesticas do Estado de Satildeo Paulo In CONGRESSO

BRASILEIRO DE ESPELEOLOGIA XXIX 2007 Ouro Preto Anais Ouro Preto Minas Gerais

2007 Disponiacutevel em wwwcavernasorgbranais29cbe29cbe_201-210pdf

Nunes Vasconcelos amp Bragante-Filho Atividade espeleoturiacutestica adaptada no Grutatildeo

Campinas SBEUFSCar Pesquisas em Turismo e Paisagens Caacutersticas 9(1) 2016

50

NUNES et al Proposta de Indicadores de Acessibilidade aacutes Cavidades Turiacutesticas Direcionadas aos

Portadores de Necessidades Especiais (PNEs) In CONGRESSO BRASILEIRO DE

ESPELEOLOGIA XXX 2009 Montes Claros Anais Montes Claros Minas Gerais 2009

Disponiacutevel em wwwcavernasorgbranais30cbe30cbe_159-164pdf

NUNES et al Introduccedilatildeo ao mini curso espeleoturismo adaptado e aplicaccedilatildeo da ferramenta indicadores de

acessibilidade em cavernas In CONGRESSO BRASILEIRO DE ESPELEOLOGIA XXXII 2013

Barreiras Anais Barreiras Bahia 2013 Disponiacutevel em

wwwcavernasorgbranais32cbe32cbe_013-022pdf

PASSO D P CASTRO K B de MARTINS E de S GOMES M P REATTO A LIMA L A de S

CARVALHO JR O A GOMES R A T Caracterizaccedilatildeo Geomorfoloacutegica do Municiacutepio de Satildeo

Desideacuterio BA Escala 1 50000 Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuaacuteria (Embrapa Cerrados)

2010 Planaltina DF 29p ndash (Boletim de Pesquisa e Desenvolvimento) 283

PEREIRA Meacutercio Santos Artigo Relato de atividade [mensagem pessoal] Mensagem recebida por

eriquinhanunesyahoocombr em 20 jun 2013

PREFEITURA MUNICIPAL DE SAtildeO DESIDEacuteRIO BA Turismo Disponiacutevel em

saodesideriobagovbrturismo Acesso em 03 Fev 2015

SOCIEDADE BRASILEIRA DE ESPELEOLOGIA SBE Notiacutecias ndeg82 Campinas 2008 Disponiacutevel em

wwwcavernasorgbrsbenoticiasSBENoticias_082pdf Acesso em 22 mar 2015

SOCIEDADE BRASILEIRA DE ESPELEOLOGIA XXX Congresso Brasileiro de Espeleologia Curso

Introduccedilatildeo do Espeleoturismo Adaptado Disponiacutevel em

wwwcavernasorgbrdiversos30cbecurso06pdf Acesso em 07 jun 2015

SOCIEDADE BRASILEIRA DE ESPELEOLOGIA SBE Notiacutecias ndeg269 Campinas 2008 Disponiacutevel em

wwwcavernasorgbrsbenoticiasSBENoticias_269pdf Acesso em 07 jun 2015

SANTOS Argemiro Domingos dos Artigo Relato de Atividade [mensagem pessoal] Mensagem recebida

por eriquinhanunesyahoocombr em 17 set 2013

SANTOS Edimilson Pereira Rodrigues dos Artigo Relato de atividade [mensagem pessoal] Mensagem

recebida por eriquinhanunesyahoocombr em 20 jun 2013

SILVA Maria Ivete Fonseca Artigo Relato de atividade [mensagem pessoal] Mensagem recebida por

eriquinhanunesyahoocombr em 19 set 2013

SILVA Leonardo Vieira da Artigo Relato de atividade [mensagem pessoal] Mensagem recebida por

eriquinhanunesyahoocombr em 20 jun 2013

SILVA Wellington Vasconcelos Eustaacutequio Artigo Relato de atividade [mensagem pessoal] Mensagem

recebida por eriquinhanunesyahoocombr em 18 jun 2013

XXXII CONGRESSO BRASILEIRO DE ESPELEOLOGIA Curso introduccedilatildeo ao espeleoturismo adaptado

Barreiras 2013 Disponiacutevel em wwwcavernasorgbr32CBE-cursosasp Acesso em 01 fev 2015

ZAMPAULO Robson de Almeida LUZ Claacuteudia Santos NUNES Eacuterica Inclusatildeo Social de Portadores de

Necessidades Especiais (PNEs) e a Praacutetica do Turismo em Aacutereas Naturais Relato de Caso no

Parque Estadual Turiacutestico do Alto Ribeira (PETAR-SP) In CONGRESSO BRASILEIRO DE

ESPELEOLOGIA XXVIII 2005 Campinas Anais Campinas Satildeo Paulo 2005 P 160-167

Disponiacutevel em wwwcavernasorgbranais28cbe28cbe_160-167pdf

Nunes Vasconcelos amp Bragante-Filho Atividade espeleoturiacutestica adaptada no Grutatildeo

Campinas SBEUFSCar Pesquisas em Turismo e Paisagens Caacutersticas 9(1) 2016

51

Anexo I

Deficiecircncia

Fiacutesica

alteraccedilatildeo completa ou parcial de um ou mais membros da anatomia humana e

comprometimentos fiacutesicos paraplegia paraparesia monoplegia monoparesia tetraplegia

tetraparesia triplegia triparesia hemiplegia hemiparesia ostomia amputaccedilatildeo ou falta de

membros paralisia cerebral nanismo membros com deformaccedilatildeo congecircnita ou adquirida

sem considerar deformaccedilotildees esteacuteticas e dificuldade em realizar atividades

Deficiecircncia

auditiva

perda bilateral parcial ou total em 41 decibeacuteis (dB) ou maior identificado com exame de

audiograma em frequecircncia em 500 1000 2000 e 3000 Hz

Deficiecircncia

visual

cegueira com acuidade visual igual ou menor 005 na melhor correccedilatildeo ocular baixa visatildeo

03 e 005 na melhor correccedilatildeo ocular pacientes com somatoacuteria da regiatildeo visual nas duas

oculares igual ou menor 60deg e ocorrecircncia simultacircnea de outra condiccedilatildeo anterior

Deficiecircncia

intelectual

atividade intelectual muito menor agrave mediana diagnosticada antes dos dezoito anos de

idade dificuldades na capacidade adaptativa em dois ou mais campos comunicaccedilatildeo

proacuteprio cuidado habilidade social usar recursos da comunidade sauacutede seguranccedila

atividade escolar lazer e trabalho

Deficiecircncia

muacuteltipla interaccedilatildeo entre duas ou mais deficiecircncias

Pessoa com

mobilidade

reduzida

natildeo eacute classificada como deficiente mas apresenta limitaccedilotildees nos movimentos seja

permanente ou temporaacuterio demonstrando diminuiccedilatildeo efetiva de flexibilidade

coordenaccedilatildeo motora mobilidade e percepccedilatildeo

INDICADORES DE ACESSIBILIDADE GRUTAtildeO DA BELEZA (BA-539)

A- LARGURA E ALTURA DO POacuteRTICO (EM METROS LINEARES) DA CAVIDADE

Altura = 7m Desenvolvimento linear = 55m

B- SUBSTRATO DO TRECHO DE ACESSO ATEacute A ENTRADA DA CAVIDADE

(X) CALCcedilADAS

CIMENTADAS

( ) BARRO COM PEDRAS

( ) AREIA

(X) BARRO

(X) GRAMA

( ) OUTROS

( ) BARRO COM GRAMA

( ) PEDRA

( ) RIO COacuteRREGO

C- QUAIS AS PRINCIPAIS DIFICULDADES PARA ENTRAR NA CAVIDADE

( ) CHAtildeO ESCORREGADIO

( ) ESCADA

( ) FENDA

( ) LAMA

( ) AacuteGUA

( ) ABISMO

(X) ACLIVE

( ) AREIA

( ) OUTROS

(X) DECLIVE

(X) BLOCOS

( ) ___________

D- QUAIS OS OBSTAacuteCULOS A SEREM SUPERADOS DENTRO DA CAVIDADE

( ) ESCADA

( ) LAGO

( ) AFUNILAMENTO

( ) PONTE

( ) COacuteRREGO

( ) FENDA

(X) BLOCOS

( ) RIO

( ) CACHOEIRA

( ) ABISMO

( ) ___________

( ) ___________

E- EXISTE A NECESSIDADE DE PRATICAR MANOBRAS COM A CADEIRA DE

RODAS DURANTE O DESLOCAMENTO QUAIS

(X) SUSPENDER

(X) EMPINAR

( ) TOMBAR

( ) OSCILAR

( ) GRAMA

( ) OUTROS

(X) RETIRADA DO PNE DA

CADEIRA DE RODAS

( ) ___________

F- A CADEIRA DE RODAS CONSEGUE PERCORRER TODO CAMINHAMENTO

QUANDO PARCIAL JUSTIFIQUE

(X) SIM ( ) NAtildeO ( ) PARCIAL

Nunes Vasconcelos amp Bragante-Filho Atividade espeleoturiacutestica adaptada no Grutatildeo

Campinas SBEUFSCar Pesquisas em Turismo e Paisagens Caacutersticas 9(1) 2016

52

G- EM QUANTOS METROS Eacute POSSIacuteVEL DESLOCAR COM A CADEIRA DE

RODAS

Todo o poacutertico inferior pode ser transitado por cadeiras de rodas

H- HAacute TRECHOS NA CAVIDADE QUE O PNE CADEIRANTE PRECISA SER

CARREGADO

(X) SIM ( ) NAtildeO

I- QUANTOS SALOtildeES O PNE CADEIRANTE CONSEGUE VISITAR

Apenas um salatildeo natildeo pode ser visitado pois a entrada para o mesmo eacute estreita

J- QUAIS SAtildeO OS ATRATIVOS (PASSIVOS ATIVOS) QUE O PNE CONSEGUE

TER ACESSO USUFRUIR DENTRO DA CAVIDADE

(X) SALOtildeES

( ) RIOS

( ) FAUNA

(X) ESPELEOTEMA

(X) PINTURAS RUPESTRES

(X) FLORA

( ) LAGOS

( ) OUTROS

( ) FOacuteSSEIS

( ) CACHOEIRAS

( ) PETROGLIFOS

( ) ___________

K- DE UM MODO GERAL QUAIS AS FACILIDADES E DIFICULDADES

ENCONTRADAS DENTRO DA CAVERNA

Haacute facilidade no trajeto dentro da cavidade pois o piso natildeo tem muitas ondulaccedilotildees apesar de exigir

muita atenccedilatildeo nas descidas

Editorial flowFluxo editorial ReceivedRecebido em Ago 2015 AcceptedAprovado em Fev 2016

PESQUISAS EM TURISMO E PAISAGENS CAacuteRSTICAS

Sociedade Brasileira de Espeleologia (SBE) Universidade Federal de Satildeo Carlos (UFSCar)

wwwcavernasorgbrturismoasp

Refrendada por la Associacioacuten de Cuevas Turiacutesticas Iberoamericanas

Nunes Vasconcelos amp Bragante-Filho Atividade espeleoturiacutestica adaptada no Grutatildeo

Campinas SBEUFSCar Pesquisas em Turismo e Paisagens Caacutersticas 9(1) 2016

43

Com uma populaccedilatildeo de cerca de 32078

habitantes e aacuterea territorial em torno de 15174Kmsup2

(IBGE 2014) a regiatildeo possui inuacutemeros atrativos

naturais como cachoeiras rios lagos corredeiras

trilhas paredotildees e mais de vinte e uma cavidades

que compotildeem variadas opccedilotildees no esporte de

aventura possibilitando ainda a aproximaccedilatildeo com

flora e fauna situada no oeste baiano assim como a

observaccedilatildeo de ecossistemas uacutenicos (GOVERNO

DO ESTADO DA BAHIA 2015)

Destacam-se ainda na regiatildeo do rio Satildeo

Desideacuterio a vista panoracircmica de cacircnions caacutersticos e

o Grutatildeo da Beleza (BA-539) onde se realizou a

atividade de campo Esta caverna possui dois niacuteveis

horizontais No niacutevel inferior um extenso tuacutenel

uniforme e amplo com muitos acircngulos de rocha no

final e observa-se um pequeno trajeto de aacutegua

alterando responsaacuteveis por reter sedimentos bem

umedecidos do piso da caverna As ornamentaccedilotildees

satildeo menores neste piso e no superior com vaacuterios

espeleotemas colunas no poacutertico e as dimensotildees de

espaccedilo satildeo menores (REVISTA BRASILEIRA DE

ESPELEOLOGIA 2012)

2 MEacuteTODOS E ETAPAS

Foi realizado um levantamento das cavernas

horizontais no municiacutepio de Satildeo Desideacuterio e

utilizou-se a ferramenta Indicadores de

Acessibilidade para PCDs (Anexo 1) para definir a

escolha do local onde se realizaria a atividade de

campo do minicurso Espeleoturismo Adaptado com

os PCDs Entre todas as cavidades avaliadas por

Prof Dr Leonardo Morato da Comissatildeo de

Espeleoinclusatildeo a que melhor apresentou condiccedilotildees

para acessibilidade foi o Grutatildeo da Beleza

No planejamento da atividade contou-se com

um grupo de voluntaacuterios para ajudar no

deslocamento dos PCDs O transporte do grupo de

Barreiras para Satildeo Desideacuterio foi feito em

automoacuteveis

Para vivenciar a experiecircncia de um PCD

visual em uma caverna um dos espeleoacutelogos

participante foi vendado e conduzido por outro

voluntaacuterio

3 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO

O Grutatildeo da Beleza encontra-se em uma aacuterea

rural em um terreno particular Proacuteximo agrave entrada

desta caverna existem algumas casas e galpotildees Haacute

um pequeno local para estacionar veiacuteculos poreacutem

sem infraestrutura baacutesica se comparada aos parques

estaduais

Depois de identificada e aprovada o melhor

roteiro para ser realizada a atividade espeleoturiacutestica

adaptada pelos especialistas da Comissatildeo de

Espeleoinclusatildeo os PCDs foram organizados por

grupo Eacuterica Nunes com paraparesia de membros

inferiores adquirida Maria Ivete Fonseca Silva com

paraplegia de membros inferiores adquirida Marcos

Antocircnio Lima cadeirante Argemiro Domingos dos

Santos com deficiecircncia visual e Edimilson Pereira

Rodrigues com mobilidade reduzida adquirida

A logiacutestica de conduccedilatildeo era de um membro da

Comissatildeo de Espeleoinclusatildeo por PCD ou seja para

cada cadeirante acompanharam trecircs espeleoacutelogos

voluntaacuterios Para mobilidade reduzida e PCD-visual

acompanharam dois espeleoacutelogos voluntaacuterios A fim

de sentir a sensaccedilatildeo de visitar a cavidade como PNE

visual foi feita a simulaccedilatildeo com o espeleoacutelogo

Wellington Vasconcelos cujos olhos foram vendados

por um lenccedilo e seu condutor foi o espeleoacutelogo

Leonardo Vieira da Silva (Figura 1) Participaram

ainda no suporte os soldados do Corpo de

Bombeiros Marcos Cordeiro dos Anjos e Alex

Arauacutejo e espeleoacutelogos voluntaacuterios compondo uma

equipe de 20 pessoas sendo 3 membros da

Comissatildeo de Espeleoinclusatildeo 3 alunos do

minicurso 2 bombeiros 12 espeleoacutelogos

voluntaacuterios

A atividade de campo foi liderada pelo Prof

Dr Leonardo Morato a Prof Teresa Maria Franca

Moniz Aragatildeo Eles iniciaram com orientaccedilotildees

preacutevias de como a atividade iria se desenvolver em

relaccedilatildeo agrave conduccedilatildeo dos PCDs equipamentos usados

para transporte como superar obstaacuteculos conforme a

classificaccedilatildeo de deficiecircncia condiccedilotildees fiacutesicas e de

sauacutede para iniciar a atividade baseado no trabalho

ldquoIntroduccedilatildeo do Minicurso de Espeleoturismo

Adaptado e Aplicaccedilatildeo das Ferramentas Indicadores

de Acessibilidade em Cavernasrdquo (Nunes et al

2013) Foi utilizada nos cadeirantes a cadeirinha de

montanhismo (baudrier) para o transporte dos

mesmos nas costas de espeleoacutelogos na descida do

desmoronamento e para entrada do salatildeo superior

Fitas de teacutecnica vertical foram presas na estrutura

articulada em ldquoXrdquo na regiatildeo inferior do assento da

cadeira de rodas para facilitar o deslize entre

condutor do guidatildeo e puxador da cadeira de rodas

Para as manobras com cadeira de rodas o membro da

equipe da Comissatildeo de Espeleoinclusatildeo orientou o

que iria ser realizado com a cadeira para o cadeirante

e em seguida orientaccedilotildees teacutecnicas eram direcionadas

aos espeleoacutelogos voluntaacuterios para o deslocamento e

evitar degradaccedilatildeo do equipamento No que se refere

ao bastatildeo do PCD- visual alertas de obstaacuteculos no

solo eram feitos para ultrapassagem sem colocar em

risco o deficiente e seu equipamento no ambiente

natural e o acompanhamento laterais dos

Nunes Vasconcelos amp Bragante-Filho Atividade espeleoturiacutestica adaptada no Grutatildeo

Campinas SBEUFSCar Pesquisas em Turismo e Paisagens Caacutersticas 9(1) 2016

44

espeleoacutelogos permitiram a seguranccedila E finalmente

para mobilidade reduzida o cuidado foi de alertar e

estar proacuteximo ao lado e atraacutes para os obstaacuteculos no

solo No iniacutecio da trilha havia um pouco de barro o

que natildeo impediu a progressatildeo dos grupos A seguir

o declive apresentado no caminho foi vencido sem a

necessidade de manobras com as cadeiras de rodas

Figura 1 Trilha de Acesso Simulaccedilatildeo de deficiecircncia

visual Foto Teresa Maria da Franca Moniz Aragatildeo 2013

Seguindo pela trilha mais adiante foi

necessaacuterio inclinar as cadeiras de rodas em um grau

que permitisse seu deslocamento visto que as

condiccedilotildees do solo barro mato e material rochoso na

forma de cascalhos e seixos dificultavam que os

pneus das cadeiras de rodas rodassem Os grandes

blocos abatidos de rocha no piso da caverna foram

tambeacutem obstaacuteculos para PCDs visuais e com

mobilidade reduzida sendo alertados pelos liacutederes da

atividade passado as informaccedilotildees nos grupos

classificados Houve participaccedilatildeo teacutecnica dos

espeleoacutelogos condutores-voluntaacuterios e componentes

do corpo de bombeiros no sentido de prevenir

possiacuteveis acidentes

A aplicaccedilatildeo da praacutetica do curso em capacitar

espeleoacutelogoscondutores em conduzir PCDs em

locais de difiacutecil acesso e contemplaccedilatildeo de cavidade

mais proporcionar a vivecircncia para PCDs nesse

ambiente singular proporcionou entre os

participantes uma grande determinaccedilatildeo em continuar

a atividade A beleza cecircnica da trilha de acesso e os

espeleotemas da caverna a diversidade de

formaccedilotildees rochosas e suas diferentes tonalidades os

temas arqueoloacutegicos tais como as pinturas rupestres

formaram um conjunto de atrativos que aguccedilou a

curiosidade dos visitantes sendo que para alguns

desses participantes novos espeleoacutelogos e PCDs era

a primeira vez que estiveram em uma caverna O

Prof Dr e Espeleoacutelogo Leonardo Morato

complementou com informaccedilotildees interessantes sobre

a regiatildeo e sobre a caverna enriquecendo a atividade

de campo Ver relato de um dos PCDs participantes

abaixo

Figura 2 Observaccedilatildeo de Pinturas rupestres

Foto Teresa Maria da Franca Moniz Aragatildeo jul 2013

ldquo Experiecircncia nova e fantaacutestica apesar do

PNE Visual que auxiliei a guiar estar apenas

simulando e se tratar na realidade de um

espeleoacutelogo experiente Conduzi-lo necessitou

cuidado e atenccedilatildeo devido a meus olhos serem os

dele Cada obstaacuteculo desde o mais simples como

um pequeno aclive ou uma mera rocha tinha que

ser descrito de forma a ele desviar e progredir

durante a atividade Quando fui demonstrar as

sensaccedilotildees com as matildeos tambeacutem tinha o cuidado de

observar antes e atentamente se natildeo havia animais

ou riscos para o PNE visual jaacute que pode haver

animais peccedilonhentos e superfiacutecies que possa ferir as

matildeosrdquo (Leonardo Vieira da Silva 2013)

Continuando a atividade apoacutes orientaccedilotildees de

Eacuterica Nunes para Fabriacutecio Muniz foi levada nas

costas do espeleoacutelogo enquanto o segundo

espeleoacutelogo Rafael Lourenccedilo Vimieiro realizava a

seguranccedila para visitar o poacutertico superior do Grutatildeo

da Beleza pois natildeo havia condiccedilotildees de deslize com

a cadeira de rodas tambeacutem PCD-Visual Welington

Vasconcelos teve a experiecircncia de contemplar

colunas e rochas atraveacutes do tato Jaacute os outros PCDs e

espeleoacutelogos voluntaacuterios seguiram a atividade

descendo o desmoronamento com os espeleoacutelogos

voluntaacuterios sendo os cadeirantes foram equipados

com cadeirinhas de bauldrier e colocados nas costas

do espeleoacutelogo condutor enquanto o segundo

espeleoacutelogo condutor estava agrave frente orientando

onde pisar e o terceiro espeleoacutelogo condutor atraacutes

para realizar a seguranccedila o quarto espeleoacutelogo

voluntaacuterio levou e posicionou as cadeiras de rodas

no poacutertico interior da cavidade Para os PCDs-

visuais e mobilidade reduzida um espeleoacutelogo

condutor seguiu a frente enquanto o segundo seguiu

ao lado e ambos apoiando a estrutura fiacutesica do PCD

Nunes Vasconcelos amp Bragante-Filho Atividade espeleoturiacutestica adaptada no Grutatildeo

Campinas SBEUFSCar Pesquisas em Turismo e Paisagens Caacutersticas 9(1) 2016

45

Todo o cuidado foi avaliado anteriormente pois este

tipo de piso eacute uma situaccedilatildeo de risco mesmo para

quem natildeo eacute um PCD sendo entatildeo necessaacuterios

equipamentos adequados e uma vasta experiecircncia

nesse tipo de atividade para natildeo colocar em risco

nenhum dos participantes da atividade Os

cadeirantes foram sentados em suas cadeiras de

rodas na segunda ldquobocardquo de acesso A seriedade nas

teacutecnicas de conduccedilatildeo desenvolvidas pelos membros

Comissatildeo de Espeleoinclusatildeo a experiecircncia

profissional as boas praacuteticas de seguranccedila dos

equipamentos e cuidados com as proacuteteses dos PCDs

garantem o bom desenvolvimento da atividade em

trilhas e ambiente caverniacutecola favorece a realizaccedilatildeo

dessas atividades com PCDs promovendo a

sensaccedilatildeo de seguranccedila dos participantes Ver relato

de um dos PCDs participantes abaixo

ldquo Minha experiecircncia em Barreiras de

entrar em caverna pela 2ordf vez foi muito boa sem o

nervosismo que eu tive na primeira vez pois jaacute

conhecia os procedimentos Mas como cada caverna

eacute um ambiente diferente meu fasciacutenio foi o mesmo

Posso resumir minha sensaccedilatildeo em duas palavras

superaccedilatildeo e aventurardquo (Marcos Antocircnio Lima

2013)

Durante a atividade apoacutes a passagem do

poacutertico inferior o Prof Dr e Espeleoacutelogo Leonardo

Morato utilizou no interior da caverna dois grandes

tapetes de borracha em locais mais arenosos o que

possibilitou a progressatildeo impedindo que as rodas

das cadeiras afundassem na areia A cavidade

apresenta salotildees horizontais facilitando tambeacutem o

deslocamento das cadeiras de rodas mesmo com as

pequenas valas e outros obstaacuteculos tais como

degraus naturais de terra batida e terreno argiloso

barrento Para os PCDs-Visuais e de mobilidade

reduzida este mesmo solo era irregular e

escorregadio e os espeleoacutelogos condutores

precisaram ter mais atenccedilatildeo para que natildeo esbarrasse

ou houvesse desequiliacutebrio com estes PCDs nos

espeleotemas orientando-os onde deambular As

formas e particularidades de alguns espeleotemas

tais como estalactites e estalagmites foram

descobertas atraveacutes do tato por Argemiro Domingos

dos Santos e Wellington Vasconcelos (atuando

como PCDs-Visual) os participantes iniciantes

tiveram a oportunidade de perceber ndash sentir ndash

aromas e sensaccedilotildees teacutermicas especiacuteficas de cavernas

Ver relato de um dos PCDs participantes abaixo

ldquo Foi uma experiecircncia muito boa sentir

pelo tato como eacute o interior da caverna Quando

pisava sentia que o chatildeo era bem irregular

principalmente na entrada com pedras pontiagudas

Acho que senti um cheiro de enxofre quando

estaacutevamos bem dentro da gruta e senti um pouco de

umidade Quando o meu guia descrevia as

formaccedilotildees da caverna eu as imaginava em minha

mente Eacute como se eu pudesse ver (Argemiro

Domingos dos Santos 2013)

Figura 3 Contemplaccedilatildeo de estalagmite

Foto Teresa Maria da Franca Moniz Aragatildeo jul 2013

Os atrativos da caverna dentre eles os

espeleotemas foram admirados por espeleoacutelogos e

condutores que ficaram admirados uma vez mais

com a beleza cecircnica desse ambiente subterracircneo

Ver relato de um dos participantes abaixo

ldquo Tive um sentimento de satisfaccedilatildeo pois a

experiecircncia me fez lembrar as minhas origens pois

cresci em uma regiatildeo de grutas e foi muito bom

sentir a umidade aprender sobre os espeleotemas e

contemplar toda a beleza da gruta Tive uma

sensaccedilatildeo muito boa no momento do Apagatildeo com a

escuridatildeo e o silecircncio total (Teresinha Ramos

Cordeiro 2013)

Agrave medida que o deslocamento acontecia e

novos espeleotemas e peculiaridades da caverna

eram apresentados entre os salotildees da caverna

Edimilson Pereira Rodrigues dos Santos PCD-

Mobilidade Reduzida teve uma das sensaccedilotildees

importantes para ele e outros PCDs Ver relato de

um dos PCDs participantes abaixo

ldquoParticipar da atividade Espeleoinclusatildeo foi

emocionante para mim Fiquei fascinado com a

beleza da caverna e com a perfeiccedilatildeo da natureza

Senti-me livre e com a sensaccedilatildeo de realizaccedilatildeo

(Edimilson Pereira Rodrigues dos Santos 2013)

A atividade espeleoturiacutestica adaptada ou

Espeleoinclusatildeo proporcionou para a cadeirante

Maria Ivete Fonseca Silva experiecircncias diversas e de

grande importacircncia dentre elas a oportunidade de

ter tido a possibilidade por suas condiccedilotildees fiacutesicas e

emocionais para conhecer esse novo ambiente

aflorando sensaccedilotildees e emoccedilotildees diferentes ao

Nunes Vasconcelos amp Bragante-Filho Atividade espeleoturiacutestica adaptada no Grutatildeo

Campinas SBEUFSCar Pesquisas em Turismo e Paisagens Caacutersticas 9(1) 2016

46

conhecer uma caverna Ver relato de um dos PCDs

participantes abaixo

ldquo Foi algo ineacutedito para mim o fato de estar

em um ambiente que jamais imaginei que poderia

chegar pois tive uma sensaccedilatildeo de paz Fiquei

maravilhada com os espeleotemas que aprendi que

satildeo as formaccedilotildees no interior da caverna Foi uma

experiecircncia que ningueacutem vai me tirar uma emoccedilatildeo

diferente e um sentimento de gratidatildeo aos que

proporcionaram esse prazer Senti-me muito feliz

em superar e aprendi muito com as partes teoacutericas

do congresso tambeacutem (Maria Ivete Fonseca Silva

2013)

A sensaccedilatildeo de estar em ambiente confinado

gera expectativas de apreensatildeo em PCDs mas

tambeacutem em natildeo PCDs Um dos objetivos da

Comissatildeo de Espeleoinclusatildeo eacute desmistificar

preconceitos desta modalidade turiacutestica e permitir

uma nova forma de inclusatildeo social Ver relato de um

dos participantes abaixo

ldquo Foi uma experiecircncia diferente e ineacutedita

para mim Soacute conhecia caverna por fotos e jamais

podia imaginar estar dentro de uma um dia Senti

uma satisfaccedilatildeo muito grande pois aleacutem de ficar

vislumbrado com o lugar e poder estar ajudando

pessoas com deficiecircncia me fez sentir realizado e

tambeacutem fiquei impressionado com tudo o que

aprendi nas palestras (Meacutercio Santos Pereira

2013)

Para esses visitantes de espeleoturismo

convencional e espeleoturismo adaptado adentrar

em uma caverna foi uma das sensaccedilotildees mais

marcantes reais e possiacuteveis em suas vidas pessoais e

profissionais antes jamais realizadas e a mesma

sensaccedilatildeo foi sentida pelo espeleoacutelogo voluntaacuterio

Ver relato de um dos Espeleoacutelogos abaixo

ldquo Foi de grande emoccedilatildeo e surpresa quando

percebi que durante a atividade a sensaccedilatildeo era de

entrar em uma caverna pela primeira vez e

encontrar o desconhecido novamente Resgatar

essas sensaccedilotildees foi oacutetimo durante minha conduccedilatildeo

Observei a caverna com olhar menos teacutecnico e mais

romantizadordquo (Fabricio Muniz 2013)

No que se refere agrave inclusatildeo social a caverna eacute

um ambiente essencial e importante para aprender

teacutecnicas de conduccedilatildeo com PCDs visuais auditivos

fiacutesicos e com mobilidade reduzida pois cada uma

delas exige um conhecimento especiacutefico de

locomoccedilatildeo percebido pelo espeleoacutelogo voluntaacuterio

Edenir Cruz Moreira Ver relato de um dos

Espeleoacutelogos abaixo

ldquo Foi uma experiecircncia muito marcante a

percepccedilatildeo do ambiente mesmo para os guias tem

que se adaptar Comecei a perceber coisas que

normalmente natildeo notaria nas cavernas se estivesse

simplesmente guiando pessoas que natildeo possuem

algum tipo de necessidade especifica Senti tambeacutem

uma necessidade de ser ainda mais cuidadoso com

os pequenos obstaacuteculosrdquo (Edenir Cruz Moreira

2013)

Jaacute no final da atividade foi permitido que o

Wellington Vasconcelos (atuante como PCD-Visual)

retirasse a venda de seus olhos e fizesse os primeiros

relatos das sensaccedilotildees percebidas durante a visitaccedilatildeo

com o sentido da visatildeo anulado Ver relato de um

dos Espeleoacutelogos abaixo

ldquo Visitar uma caverna de olhos vendados foi

pra mim algo impressionante em todos esses anos

atuando nesta vertente cientiacutefica noacutes espeleoacutelogos

jaacute acostumadiacutessimos com o ambiente caverniacutecola

poucas vezes prestamos atenccedilatildeo em alguns detalhes

principalmente quando adentramos em uma

cavidade Jaacute de olhos vendados tudo muda a

percepccedilatildeo muda um simples declive representa um

enorme obstaacuteculo tive de explorar mais outros

sentidos como a audiccedilatildeo e o tato somente atraveacutes

do toque com as matildeos que pude identificar alguns

espeleotemas Agrave medida que caminhaacutevamos tentava

imaginar como era a caverna de acordo com as

descriccedilotildees dos meus guias foi simplesmente uma

experiecircncia iacutemparrdquo (Wellington Vasconcelos

2013)

Fotografia 3 Salatildeo Grutatildeo da Beleza

Foto Teresa Maria da Franca Moniz Aragatildeo jul 2013

Do ponto de vista do espeleoacutelogo voluntaacuterio

Marco Antocircnio Bragante Filho natildeo foi apenas uma

atividade espeleoturiacutestica habitual mas uma

oportunidade de aprendizagem de interaccedilatildeo e bem-

estar percebido entre todos os envolvidos Ver relato

de um dos Espeleoacutelogos abaixo

ldquo Chamou-me a atenccedilatildeo agrave confianccedila que os

PNEs depositam em seu guia de forma que se cria

Nunes Vasconcelos amp Bragante-Filho Atividade espeleoturiacutestica adaptada no Grutatildeo

Campinas SBEUFSCar Pesquisas em Turismo e Paisagens Caacutersticas 9(1) 2016

47

um viacutenculo de amizade e respeito em prol da

aventura que estamos vivendo naquele momento E

assim paira no ar uma emoccedilatildeo comovente no

coraccedilatildeo de todos aqueles que estatildeo envolvidos na

atividade Natildeo haacute diferenccedilas e sim um uacutenico

conjunto de amigos exploradores de cavernardquo

(Marco Antocircnio Bragante Filho 2013)

A atividade foi encerrada no iniacutecio da tarde

com todos ainda muito dispostos e satisfeitos com a

logiacutestica da atividade

4 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

A aplicaccedilatildeo da ferramenta ldquoIndicadores de

Acessibilidaderdquo (ver anexo) eacute essencial para

classificar as cavidades mais adequadas para

atividades com PCDs considerando ainda que para

cada niacutevel de PCD exige accedilotildees diferentes Nesta

atividade entre todas as cavidades da regiatildeo ficou

evidenciado que o Grutatildeo da Beleza era a mais

indicada atendendo a vaacuterias especificidades tais

como a locomoccedilatildeo condiccedilotildees da trilha de acesso

acesso ao poacutertico da cavidade e locomoccedilatildeo com os

PCDs-fiacutesicos visuais e com mobilidade reduzida

Outra ferramenta utilizada eacute uma entrevista

que antecede a atividade com os PCDs que se

interessaram pela visita ao ambiente subterracircneo

sendo indicada para avaliar as facilidades

dificuldades e particularidades no que se refere agrave

sauacutede aos equipamentos que utilizam no dia a dia

como cadeiras de rodas andadores bengalas

muletas proacuteteses guias entre outros para

locomoccedilatildeo que precisam necessariamente estar em

oacutetimas condiccedilotildees

Nessa atividade de campo pela primeira vez

a Comissatildeo de Espeleoinclusatildeo da SBE conduziu

trecircs cadeirantes uma pessoa com mobilidade

reduzida uma pessoa com deficiecircncia visual e uma

simulaccedilatildeo desta com um espeleoacutelogo voluntaacuterio em

vivenciar esta experiecircncia O que possibilitou uma

coleta de informaccedilotildees de grande valia para a

conformaccedilatildeo de novas ferramentas que possibilitem

esse processo de inclusatildeo social tais como a

elaboraccedilatildeo de questionaacuterios anteriores e posteriores

as atividades de campo que possibilitem a montagem

de um banco de dados que possa facilitar e subsidiar

cada vez mais o processo de particular de

Espeleoinclusatildeo e tambeacutem outros processos de

inclusatildeo social Essas ferramentas aliadas aos

Indicadores de Acessibilidades (ver anexo)

utilizados na avaliaccedilatildeo das cavidades traratildeo novos

rumos ao processo de inclusatildeo social

A Comissatildeo de Espeleoinclusatildeo sugere que

sejam coletadas informaccedilotildees preacutevias sobre trilhas e

cavidades a qual seraacute visitada com pelo menos 1 ano

de antecedecircncia Apoacutes essas informaccedilotildees serem

adquiridas e discutidas pelos membros da comissatildeo

as mesmas devem ser compartilhadas durante a

atividade teoacuterica do minicurso de Espeleoturismo

Adaptado aos alunos somadas as orientaccedilotildees do

iniacutecio da atividade de campo Desta maneira foi

possiacutevel que os alunos do minicurso espeleoacutelogos

voluntaacuterios e os soldados do Corpo de Bombeiros de

Satildeo Desideacuterio realizassem as atividades na lideranccedila

de trecircs membros da comissatildeo Os PCDs foram

conduzidos com o nuacutemero de condutores exigidos

A seguir algumas informaccedilotildees

complementares quanto ao desenvolvimento da

atividade Ficou constatado que o salatildeo superior do

Grutatildeo da Beleza soacute pode ser visitado por

cadeirantes se carregados nas costas de condutores

com cadeira de montanhismo (bauldrier) e fitas de

montanhismo espeleoacutelogos experientes e alguns

equipamentos de seguranccedila uma vez que o terreno eacute

muito irregular e com blocos de rocha no chatildeo

Tambeacutem natildeo foi possiacutevel a visita do segundo salatildeo

devido agrave passagem do mesmo ser estreita

dificultando muito o acesso ao salatildeo ateacute mesmo por

natildeo PCDs

Para acesso ao poacutertico inferior algumas accedilotildees

de seguranccedila foram implementadas a exemplo

foram retiradas rochas soltas cascalhos e seixos de

maior granulometria (tamanho) o que possibilitou a

desobstruccedilatildeo e o nivelamento da trilha antes da

atividade A descida neste trecho com cadeirantes

tambeacutem foi feita inicialmente nas costas ndash como

explicado no paraacutegrafo anterior ndash dos espeleoacutelogos

voluntaacuterios e depois nas cadeiras de rodas A

cavidade eacute indicada para visitaccedilatildeo de PCDs pois a

maioria dos salotildees eacute acessiacutevel Os obstaacuteculos

naturais do interior da caverna como a diferenccedila de

niacutevel do piso que forma degraus foram transpostos

facilmente principalmente com o uso de um

quadrante de piso taacutetil usado pela primeira vez em

cavernas indicando grande eficiecircncia A maior parte

dos espeleotemas puderam ser observados e em

alguns casos tocado proporcionando autonomia de

todos os PCDs em seu interior

A integraccedilatildeo entre os grupos foi dentro das

expectativas atendendo aos objetivos que eacute

pesquisar criar ferramentas e coletar dados que

possam subsidiar novas pesquisas e alavancar cada

vez mais o processo de inclusatildeo social

especialmente a Espeleoinclusatildeo No que se refere

aos PCDs esses aleacutem de superar obstaacuteculos naturais

o que nessa questatildeo lhes concedeu grande alegria e

satisfaccedilatildeo No que se refere aos estudos a

participaccedilatildeo no processo formacional de inclusatildeo

social foi de grande valia jaacute que se sentiram ndash

Nunes Vasconcelos amp Bragante-Filho Atividade espeleoturiacutestica adaptada no Grutatildeo

Campinas SBEUFSCar Pesquisas em Turismo e Paisagens Caacutersticas 9(1) 2016

48

conforme relatos ndash como ldquocientistasrdquo contribuindo

para um bem maior Ficou evidente que a realizaccedilatildeo

pessoal e profissional dos espeleoacutelogos voluntaacuterios

acompanhantes e PCDs foi proporcional ou maior

que objetivos propostos

Conforme citado anteriormente nessa

cavidade foi possiacutevel ter a experiecircncia de tocar os

espeleotemas no caso do PCD-Visual e na

simulaccedilatildeo de PCD com falta de visatildeo nesse caso

especiacutefico pocircde se fazer um paralelo entre o ver e o

tocar Ao final da atividade ficou claro outra esfera

de oportunidades de visitaccedilatildeo e possibilidade de

aplicaccedilatildeo de novas ferramentas e instrumentos que

auxiliem na Espeleoinclusatildeo Todas essas

oportunidades e possibilidades aguccediladas pela

necessidade de uma utilizaccedilatildeo mais frequente de

todos os outros sentidos como audiccedilatildeo odor entre

outros cada um de acordo com as novas

condicionantes dos obstaacuteculos encontrados no

ambiente Para aqueles que ainda natildeo haviam

entrado em uma cavidade PCDs ou natildeo-PCDs o

encantamento e entusiasmo em visualizar

estalactites estalagmites e outros espeleotemas foi

tatildeo evidente quanto o observado pelo tato

A troca de experiecircncia entre os integrantes foi

tatildeo importante e intensa que natildeo havia dificuldades

que natildeo pudessem ser superadas As palavras

ldquodesistordquo ou ldquonatildeo conseguireirsquordquo natildeo fizeram parte

desse cenaacuterio Palavras como amizade superaccedilatildeo

conquista e vencedores eram esboccedilados em olhares e

atitudes intensas sorrisos sinceros e contagiantes

durante a atividade Sentimentos de gratidatildeo e

realizaccedilatildeo por aquele dia inesqueciacutevel e importante

para os PCDs espeleoacutelogos e outros profissionais

que participaram da atividade poderem realizar tal

sonho foram evidenciados nos relatos Tambeacutem foi

demonstrado pelos grupos Guano Speleo e SEE

grande interesse nas atividades da Comissatildeo de

Espeleoinclusatildeo da SBE

Apesar de natildeo haver naquele campo de

estudos o Grutatildeo da Beleza a infraestrutura que

existe em alguns parques nacionais e estaduais tais

como banheiros adaptados rampas de acesso e

lanchonetes entre outros isso tambeacutem no caso do

puacuteblico sem deficiecircncia esses elementos natildeo foram

problemas jaacute que foram superados com alimentos e

equipamentos levados por todos os envolvidos

Como exemplo dos pneus de cadeiras de rodas que

podem furar ou simplesmente esvaziar estes

poderiam ser resolvidos facilmente com jogos de

pneus sobressalentes e uma Minibomba de ar

manual para bicicletas

Dessa forma fica mais uma vez evidente que

quando houver a participaccedilatildeo de PCDs em

atividades espeleoturiacutesticas adaptadas a mesma

deve ser planejada meses antes de sua realizaccedilatildeo a

fim de analisar a(s) cavidade(s) trilhas e atrativos a

serem visitados bem como capacitar os profissionais

que participaratildeo dessa atividade

AGRADECIMENTO

Ao Corpo de Bombeiros de Satildeo Desideacuterio

BA ao Professor Leandro Moutinho aos

espeleoacutelogos voluntaacuterios Fabriacutecio Muniz Edenir

Cruz Moreira Lourenccedilo Rafael Vimieiro do Guano

Speleo Ao Marcos Antocircnio Lima Maria Ivete

Fonseca Silva Argemiro Domingos dos Santos

Edimilson Pereira Rodrigues dos Santos Meacutercio

Santos Pereira Teresinha Ramos Cordeiro Fabriacutecio

Muniz da Associaccedilatildeo dos Deficientes de Montes

Claros (ADEMOC) e aos incentivadores da

Comissatildeo de Espeleoinclusatildeo

REFEREcircNCIAS

ALBUQUERQUE A C dos S de Estimativa de recarga do rio das fecircmeas atraveacutes de meacutetodos

manuais e automaacuteticos 2009 Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Ciecircncias Florestais) Universidade de

Brasiacutelia Brasiacutelia DF

BRASIL MINISTEacuteRIO DO TURISMO Turismo acessiacutevel Bem atender no turismo de aventura

adaptada v4 Brasiacutelia 2009 Disponiacutevel em

wwwturismogovbrexportsitesdefaultturismoo_ministeriopublicacoesdownloads_publicacoesCa

rtilha-4_Laranjapdf Acesso em 11 fev 2013

BRASIL Departamento de Produccedilatildeo Mineral Projeto RADAMBRASIL levantamento de geologia

levantamento de geomorfologia folha Tocantins (SD-23) Rio de Janeiro RJ 1982

BRASIL Decreto ndeg 5296 de 02 de dezembro de 2004 Regulamenta as Leis ndeg 10048 de 8 de novembro

de 2000 que daacute prioridade de atendimento aacutes pessoas especificas e 10098 de 19 de dezembro de

Nunes Vasconcelos amp Bragante-Filho Atividade espeleoturiacutestica adaptada no Grutatildeo

Campinas SBEUFSCar Pesquisas em Turismo e Paisagens Caacutersticas 9(1) 2016

49

2000 que estabelece normas gerais e criteacuterios baacutesicos para a promoccedilatildeo da acessibilidade das pessoas

portadora de deficiecircncia ou com mobilidade reduzida e daacute outras providecircncias

BRAGANTE Marco Antocircnio Artigo Relato de atividade [mensagem pessoal] Mensagem recebida por

eriquinhanunes310hotmailcom em 18 ago 2013

COSTA V B Inclusatildeo social nos esportes de aventura na natureza vivecircncias e experiecircncias de um

pesquisador deficiente visual Revista Digital - Buenos Aires - Ano 14 - Nordm 136 - Setembro de 2009

CORDEIRO Teresinha Ramos Artigo Relato de atividade [mensagem pessoal] Mensagem recebida por

eriquinhanunes310hotmailcom em 15 ago 2013

GOVERNO DO ESTADO DA BAHIA Secretaacuteria do Turismo 2015 Disponiacutevel em

bahiacombrcidadessao-desiderio Acesso em 03 fev 2015

GALVAtildeO O LA FERREIRA F C ROSSATO M R REINO R C J JANSEN C D e VILELA V

C Breve Descriccedilatildeo do Patrimocircnio Espeleoloacutegico do Municiacutepio de Satildeo Desideacuterio ndash BA Revista

Brasileira de Espeleologia ndashRbEsp Satildeo Paulo v 2 n 1 p 24 2012 Disponiacutevel em

wwwterrabrasilisorgbrecotecadigitalindexphpoption=com_abookampview=bookampid=1368revista-

brasileira-de-espeleologia-2012-breve-descricao-do-patrimonio-espeleologico-do-municipio-de-sao-

desiderio--ba Acesso em 21 fev 2015

IBGE ndash Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Estimativa da Populaccedilatildeo Residente com data 01deg

de julho de 2014 Disponiacutevel em

wwwcidadesibgegovbrxtrasperfilphplang=ampcodmun=292890ampsearch=||infogrE1ficos-

informaE7F5es-completas Acesso em 07 jun2015

SANTOS A B dos CARVALHO A R de NUNES JR D da R NUNES G da S SOUZA O R de

FILHO J N de C MENEZES J da R NOVAES Z L da R Plano Ambiental para o municiacutepio de

Satildeo Desideacuterio BA Salvador BA Programa Nacional de Capacitaccedilatildeo de Gestores Ambientais 2008

INFOJOVEM Esportes para pessoas com deficiecircncia Disponiacutevel em

wwwinfojovemorgbrinfopediadescubra-e-aprendaesporteesporte-para-pessoas-com-deficiencia

Acesso em 18032015

LIMA Marcos Artigo Relato de atividade [mensagem pessoal] Mensagem recebida por

eriquinhanunesyahoocombr em 19 set 2013

LOBO Santos Augusto Heros Pesquisa em Turismo e Paisagens Caacutersticas Revista Cientiacutefica da Seccedilatildeo de

Espeleoturismo da Sociedade Brasileira de Espeleologia Campinas v 1 n 1 p 5 2008

Disponiacutevel em wwwcavernasorgbrptpcptpc_v1_n1pdf Acesso em 07 jun 2015

MAROUN K VIEIRA V Enduro a Peacute o esporte de aventura como aliado na adesatildeo agrave praacutetica de

atividade fiacutesica Revista Digital - Buenos Aires - Ano 11 - Ndeg 102 - Novembro de 2006

MUNIZ Fabricio Artigo Relato de atividade [mensagem pessoal] Mensagem recebida por

eriquinhanunesyahoocombr em 18 jun 2013

MOREIRA Edenir Cruz Artigo Relato de atividade [mensagem pessoal] Mensagem recebida por

eriquinhanunesyahoocombr em 22 jun 2013

NUNES et al Inclusatildeo Social de Portadores de Necessidades Especiais (PNEs) e a Praacutetica do Turismo em

Aacutereas Naturais Avaliaccedilatildeo de Seis Cavidades Turiacutesticas do Estado de Satildeo Paulo In CONGRESSO

BRASILEIRO DE ESPELEOLOGIA XXIX 2007 Ouro Preto Anais Ouro Preto Minas Gerais

2007 Disponiacutevel em wwwcavernasorgbranais29cbe29cbe_201-210pdf

Nunes Vasconcelos amp Bragante-Filho Atividade espeleoturiacutestica adaptada no Grutatildeo

Campinas SBEUFSCar Pesquisas em Turismo e Paisagens Caacutersticas 9(1) 2016

50

NUNES et al Proposta de Indicadores de Acessibilidade aacutes Cavidades Turiacutesticas Direcionadas aos

Portadores de Necessidades Especiais (PNEs) In CONGRESSO BRASILEIRO DE

ESPELEOLOGIA XXX 2009 Montes Claros Anais Montes Claros Minas Gerais 2009

Disponiacutevel em wwwcavernasorgbranais30cbe30cbe_159-164pdf

NUNES et al Introduccedilatildeo ao mini curso espeleoturismo adaptado e aplicaccedilatildeo da ferramenta indicadores de

acessibilidade em cavernas In CONGRESSO BRASILEIRO DE ESPELEOLOGIA XXXII 2013

Barreiras Anais Barreiras Bahia 2013 Disponiacutevel em

wwwcavernasorgbranais32cbe32cbe_013-022pdf

PASSO D P CASTRO K B de MARTINS E de S GOMES M P REATTO A LIMA L A de S

CARVALHO JR O A GOMES R A T Caracterizaccedilatildeo Geomorfoloacutegica do Municiacutepio de Satildeo

Desideacuterio BA Escala 1 50000 Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuaacuteria (Embrapa Cerrados)

2010 Planaltina DF 29p ndash (Boletim de Pesquisa e Desenvolvimento) 283

PEREIRA Meacutercio Santos Artigo Relato de atividade [mensagem pessoal] Mensagem recebida por

eriquinhanunesyahoocombr em 20 jun 2013

PREFEITURA MUNICIPAL DE SAtildeO DESIDEacuteRIO BA Turismo Disponiacutevel em

saodesideriobagovbrturismo Acesso em 03 Fev 2015

SOCIEDADE BRASILEIRA DE ESPELEOLOGIA SBE Notiacutecias ndeg82 Campinas 2008 Disponiacutevel em

wwwcavernasorgbrsbenoticiasSBENoticias_082pdf Acesso em 22 mar 2015

SOCIEDADE BRASILEIRA DE ESPELEOLOGIA XXX Congresso Brasileiro de Espeleologia Curso

Introduccedilatildeo do Espeleoturismo Adaptado Disponiacutevel em

wwwcavernasorgbrdiversos30cbecurso06pdf Acesso em 07 jun 2015

SOCIEDADE BRASILEIRA DE ESPELEOLOGIA SBE Notiacutecias ndeg269 Campinas 2008 Disponiacutevel em

wwwcavernasorgbrsbenoticiasSBENoticias_269pdf Acesso em 07 jun 2015

SANTOS Argemiro Domingos dos Artigo Relato de Atividade [mensagem pessoal] Mensagem recebida

por eriquinhanunesyahoocombr em 17 set 2013

SANTOS Edimilson Pereira Rodrigues dos Artigo Relato de atividade [mensagem pessoal] Mensagem

recebida por eriquinhanunesyahoocombr em 20 jun 2013

SILVA Maria Ivete Fonseca Artigo Relato de atividade [mensagem pessoal] Mensagem recebida por

eriquinhanunesyahoocombr em 19 set 2013

SILVA Leonardo Vieira da Artigo Relato de atividade [mensagem pessoal] Mensagem recebida por

eriquinhanunesyahoocombr em 20 jun 2013

SILVA Wellington Vasconcelos Eustaacutequio Artigo Relato de atividade [mensagem pessoal] Mensagem

recebida por eriquinhanunesyahoocombr em 18 jun 2013

XXXII CONGRESSO BRASILEIRO DE ESPELEOLOGIA Curso introduccedilatildeo ao espeleoturismo adaptado

Barreiras 2013 Disponiacutevel em wwwcavernasorgbr32CBE-cursosasp Acesso em 01 fev 2015

ZAMPAULO Robson de Almeida LUZ Claacuteudia Santos NUNES Eacuterica Inclusatildeo Social de Portadores de

Necessidades Especiais (PNEs) e a Praacutetica do Turismo em Aacutereas Naturais Relato de Caso no

Parque Estadual Turiacutestico do Alto Ribeira (PETAR-SP) In CONGRESSO BRASILEIRO DE

ESPELEOLOGIA XXVIII 2005 Campinas Anais Campinas Satildeo Paulo 2005 P 160-167

Disponiacutevel em wwwcavernasorgbranais28cbe28cbe_160-167pdf

Nunes Vasconcelos amp Bragante-Filho Atividade espeleoturiacutestica adaptada no Grutatildeo

Campinas SBEUFSCar Pesquisas em Turismo e Paisagens Caacutersticas 9(1) 2016

51

Anexo I

Deficiecircncia

Fiacutesica

alteraccedilatildeo completa ou parcial de um ou mais membros da anatomia humana e

comprometimentos fiacutesicos paraplegia paraparesia monoplegia monoparesia tetraplegia

tetraparesia triplegia triparesia hemiplegia hemiparesia ostomia amputaccedilatildeo ou falta de

membros paralisia cerebral nanismo membros com deformaccedilatildeo congecircnita ou adquirida

sem considerar deformaccedilotildees esteacuteticas e dificuldade em realizar atividades

Deficiecircncia

auditiva

perda bilateral parcial ou total em 41 decibeacuteis (dB) ou maior identificado com exame de

audiograma em frequecircncia em 500 1000 2000 e 3000 Hz

Deficiecircncia

visual

cegueira com acuidade visual igual ou menor 005 na melhor correccedilatildeo ocular baixa visatildeo

03 e 005 na melhor correccedilatildeo ocular pacientes com somatoacuteria da regiatildeo visual nas duas

oculares igual ou menor 60deg e ocorrecircncia simultacircnea de outra condiccedilatildeo anterior

Deficiecircncia

intelectual

atividade intelectual muito menor agrave mediana diagnosticada antes dos dezoito anos de

idade dificuldades na capacidade adaptativa em dois ou mais campos comunicaccedilatildeo

proacuteprio cuidado habilidade social usar recursos da comunidade sauacutede seguranccedila

atividade escolar lazer e trabalho

Deficiecircncia

muacuteltipla interaccedilatildeo entre duas ou mais deficiecircncias

Pessoa com

mobilidade

reduzida

natildeo eacute classificada como deficiente mas apresenta limitaccedilotildees nos movimentos seja

permanente ou temporaacuterio demonstrando diminuiccedilatildeo efetiva de flexibilidade

coordenaccedilatildeo motora mobilidade e percepccedilatildeo

INDICADORES DE ACESSIBILIDADE GRUTAtildeO DA BELEZA (BA-539)

A- LARGURA E ALTURA DO POacuteRTICO (EM METROS LINEARES) DA CAVIDADE

Altura = 7m Desenvolvimento linear = 55m

B- SUBSTRATO DO TRECHO DE ACESSO ATEacute A ENTRADA DA CAVIDADE

(X) CALCcedilADAS

CIMENTADAS

( ) BARRO COM PEDRAS

( ) AREIA

(X) BARRO

(X) GRAMA

( ) OUTROS

( ) BARRO COM GRAMA

( ) PEDRA

( ) RIO COacuteRREGO

C- QUAIS AS PRINCIPAIS DIFICULDADES PARA ENTRAR NA CAVIDADE

( ) CHAtildeO ESCORREGADIO

( ) ESCADA

( ) FENDA

( ) LAMA

( ) AacuteGUA

( ) ABISMO

(X) ACLIVE

( ) AREIA

( ) OUTROS

(X) DECLIVE

(X) BLOCOS

( ) ___________

D- QUAIS OS OBSTAacuteCULOS A SEREM SUPERADOS DENTRO DA CAVIDADE

( ) ESCADA

( ) LAGO

( ) AFUNILAMENTO

( ) PONTE

( ) COacuteRREGO

( ) FENDA

(X) BLOCOS

( ) RIO

( ) CACHOEIRA

( ) ABISMO

( ) ___________

( ) ___________

E- EXISTE A NECESSIDADE DE PRATICAR MANOBRAS COM A CADEIRA DE

RODAS DURANTE O DESLOCAMENTO QUAIS

(X) SUSPENDER

(X) EMPINAR

( ) TOMBAR

( ) OSCILAR

( ) GRAMA

( ) OUTROS

(X) RETIRADA DO PNE DA

CADEIRA DE RODAS

( ) ___________

F- A CADEIRA DE RODAS CONSEGUE PERCORRER TODO CAMINHAMENTO

QUANDO PARCIAL JUSTIFIQUE

(X) SIM ( ) NAtildeO ( ) PARCIAL

Nunes Vasconcelos amp Bragante-Filho Atividade espeleoturiacutestica adaptada no Grutatildeo

Campinas SBEUFSCar Pesquisas em Turismo e Paisagens Caacutersticas 9(1) 2016

52

G- EM QUANTOS METROS Eacute POSSIacuteVEL DESLOCAR COM A CADEIRA DE

RODAS

Todo o poacutertico inferior pode ser transitado por cadeiras de rodas

H- HAacute TRECHOS NA CAVIDADE QUE O PNE CADEIRANTE PRECISA SER

CARREGADO

(X) SIM ( ) NAtildeO

I- QUANTOS SALOtildeES O PNE CADEIRANTE CONSEGUE VISITAR

Apenas um salatildeo natildeo pode ser visitado pois a entrada para o mesmo eacute estreita

J- QUAIS SAtildeO OS ATRATIVOS (PASSIVOS ATIVOS) QUE O PNE CONSEGUE

TER ACESSO USUFRUIR DENTRO DA CAVIDADE

(X) SALOtildeES

( ) RIOS

( ) FAUNA

(X) ESPELEOTEMA

(X) PINTURAS RUPESTRES

(X) FLORA

( ) LAGOS

( ) OUTROS

( ) FOacuteSSEIS

( ) CACHOEIRAS

( ) PETROGLIFOS

( ) ___________

K- DE UM MODO GERAL QUAIS AS FACILIDADES E DIFICULDADES

ENCONTRADAS DENTRO DA CAVERNA

Haacute facilidade no trajeto dentro da cavidade pois o piso natildeo tem muitas ondulaccedilotildees apesar de exigir

muita atenccedilatildeo nas descidas

Editorial flowFluxo editorial ReceivedRecebido em Ago 2015 AcceptedAprovado em Fev 2016

PESQUISAS EM TURISMO E PAISAGENS CAacuteRSTICAS

Sociedade Brasileira de Espeleologia (SBE) Universidade Federal de Satildeo Carlos (UFSCar)

wwwcavernasorgbrturismoasp

Refrendada por la Associacioacuten de Cuevas Turiacutesticas Iberoamericanas

Nunes Vasconcelos amp Bragante-Filho Atividade espeleoturiacutestica adaptada no Grutatildeo

Campinas SBEUFSCar Pesquisas em Turismo e Paisagens Caacutersticas 9(1) 2016

44

espeleoacutelogos permitiram a seguranccedila E finalmente

para mobilidade reduzida o cuidado foi de alertar e

estar proacuteximo ao lado e atraacutes para os obstaacuteculos no

solo No iniacutecio da trilha havia um pouco de barro o

que natildeo impediu a progressatildeo dos grupos A seguir

o declive apresentado no caminho foi vencido sem a

necessidade de manobras com as cadeiras de rodas

Figura 1 Trilha de Acesso Simulaccedilatildeo de deficiecircncia

visual Foto Teresa Maria da Franca Moniz Aragatildeo 2013

Seguindo pela trilha mais adiante foi

necessaacuterio inclinar as cadeiras de rodas em um grau

que permitisse seu deslocamento visto que as

condiccedilotildees do solo barro mato e material rochoso na

forma de cascalhos e seixos dificultavam que os

pneus das cadeiras de rodas rodassem Os grandes

blocos abatidos de rocha no piso da caverna foram

tambeacutem obstaacuteculos para PCDs visuais e com

mobilidade reduzida sendo alertados pelos liacutederes da

atividade passado as informaccedilotildees nos grupos

classificados Houve participaccedilatildeo teacutecnica dos

espeleoacutelogos condutores-voluntaacuterios e componentes

do corpo de bombeiros no sentido de prevenir

possiacuteveis acidentes

A aplicaccedilatildeo da praacutetica do curso em capacitar

espeleoacutelogoscondutores em conduzir PCDs em

locais de difiacutecil acesso e contemplaccedilatildeo de cavidade

mais proporcionar a vivecircncia para PCDs nesse

ambiente singular proporcionou entre os

participantes uma grande determinaccedilatildeo em continuar

a atividade A beleza cecircnica da trilha de acesso e os

espeleotemas da caverna a diversidade de

formaccedilotildees rochosas e suas diferentes tonalidades os

temas arqueoloacutegicos tais como as pinturas rupestres

formaram um conjunto de atrativos que aguccedilou a

curiosidade dos visitantes sendo que para alguns

desses participantes novos espeleoacutelogos e PCDs era

a primeira vez que estiveram em uma caverna O

Prof Dr e Espeleoacutelogo Leonardo Morato

complementou com informaccedilotildees interessantes sobre

a regiatildeo e sobre a caverna enriquecendo a atividade

de campo Ver relato de um dos PCDs participantes

abaixo

Figura 2 Observaccedilatildeo de Pinturas rupestres

Foto Teresa Maria da Franca Moniz Aragatildeo jul 2013

ldquo Experiecircncia nova e fantaacutestica apesar do

PNE Visual que auxiliei a guiar estar apenas

simulando e se tratar na realidade de um

espeleoacutelogo experiente Conduzi-lo necessitou

cuidado e atenccedilatildeo devido a meus olhos serem os

dele Cada obstaacuteculo desde o mais simples como

um pequeno aclive ou uma mera rocha tinha que

ser descrito de forma a ele desviar e progredir

durante a atividade Quando fui demonstrar as

sensaccedilotildees com as matildeos tambeacutem tinha o cuidado de

observar antes e atentamente se natildeo havia animais

ou riscos para o PNE visual jaacute que pode haver

animais peccedilonhentos e superfiacutecies que possa ferir as

matildeosrdquo (Leonardo Vieira da Silva 2013)

Continuando a atividade apoacutes orientaccedilotildees de

Eacuterica Nunes para Fabriacutecio Muniz foi levada nas

costas do espeleoacutelogo enquanto o segundo

espeleoacutelogo Rafael Lourenccedilo Vimieiro realizava a

seguranccedila para visitar o poacutertico superior do Grutatildeo

da Beleza pois natildeo havia condiccedilotildees de deslize com

a cadeira de rodas tambeacutem PCD-Visual Welington

Vasconcelos teve a experiecircncia de contemplar

colunas e rochas atraveacutes do tato Jaacute os outros PCDs e

espeleoacutelogos voluntaacuterios seguiram a atividade

descendo o desmoronamento com os espeleoacutelogos

voluntaacuterios sendo os cadeirantes foram equipados

com cadeirinhas de bauldrier e colocados nas costas

do espeleoacutelogo condutor enquanto o segundo

espeleoacutelogo condutor estava agrave frente orientando

onde pisar e o terceiro espeleoacutelogo condutor atraacutes

para realizar a seguranccedila o quarto espeleoacutelogo

voluntaacuterio levou e posicionou as cadeiras de rodas

no poacutertico interior da cavidade Para os PCDs-

visuais e mobilidade reduzida um espeleoacutelogo

condutor seguiu a frente enquanto o segundo seguiu

ao lado e ambos apoiando a estrutura fiacutesica do PCD

Nunes Vasconcelos amp Bragante-Filho Atividade espeleoturiacutestica adaptada no Grutatildeo

Campinas SBEUFSCar Pesquisas em Turismo e Paisagens Caacutersticas 9(1) 2016

45

Todo o cuidado foi avaliado anteriormente pois este

tipo de piso eacute uma situaccedilatildeo de risco mesmo para

quem natildeo eacute um PCD sendo entatildeo necessaacuterios

equipamentos adequados e uma vasta experiecircncia

nesse tipo de atividade para natildeo colocar em risco

nenhum dos participantes da atividade Os

cadeirantes foram sentados em suas cadeiras de

rodas na segunda ldquobocardquo de acesso A seriedade nas

teacutecnicas de conduccedilatildeo desenvolvidas pelos membros

Comissatildeo de Espeleoinclusatildeo a experiecircncia

profissional as boas praacuteticas de seguranccedila dos

equipamentos e cuidados com as proacuteteses dos PCDs

garantem o bom desenvolvimento da atividade em

trilhas e ambiente caverniacutecola favorece a realizaccedilatildeo

dessas atividades com PCDs promovendo a

sensaccedilatildeo de seguranccedila dos participantes Ver relato

de um dos PCDs participantes abaixo

ldquo Minha experiecircncia em Barreiras de

entrar em caverna pela 2ordf vez foi muito boa sem o

nervosismo que eu tive na primeira vez pois jaacute

conhecia os procedimentos Mas como cada caverna

eacute um ambiente diferente meu fasciacutenio foi o mesmo

Posso resumir minha sensaccedilatildeo em duas palavras

superaccedilatildeo e aventurardquo (Marcos Antocircnio Lima

2013)

Durante a atividade apoacutes a passagem do

poacutertico inferior o Prof Dr e Espeleoacutelogo Leonardo

Morato utilizou no interior da caverna dois grandes

tapetes de borracha em locais mais arenosos o que

possibilitou a progressatildeo impedindo que as rodas

das cadeiras afundassem na areia A cavidade

apresenta salotildees horizontais facilitando tambeacutem o

deslocamento das cadeiras de rodas mesmo com as

pequenas valas e outros obstaacuteculos tais como

degraus naturais de terra batida e terreno argiloso

barrento Para os PCDs-Visuais e de mobilidade

reduzida este mesmo solo era irregular e

escorregadio e os espeleoacutelogos condutores

precisaram ter mais atenccedilatildeo para que natildeo esbarrasse

ou houvesse desequiliacutebrio com estes PCDs nos

espeleotemas orientando-os onde deambular As

formas e particularidades de alguns espeleotemas

tais como estalactites e estalagmites foram

descobertas atraveacutes do tato por Argemiro Domingos

dos Santos e Wellington Vasconcelos (atuando

como PCDs-Visual) os participantes iniciantes

tiveram a oportunidade de perceber ndash sentir ndash

aromas e sensaccedilotildees teacutermicas especiacuteficas de cavernas

Ver relato de um dos PCDs participantes abaixo

ldquo Foi uma experiecircncia muito boa sentir

pelo tato como eacute o interior da caverna Quando

pisava sentia que o chatildeo era bem irregular

principalmente na entrada com pedras pontiagudas

Acho que senti um cheiro de enxofre quando

estaacutevamos bem dentro da gruta e senti um pouco de

umidade Quando o meu guia descrevia as

formaccedilotildees da caverna eu as imaginava em minha

mente Eacute como se eu pudesse ver (Argemiro

Domingos dos Santos 2013)

Figura 3 Contemplaccedilatildeo de estalagmite

Foto Teresa Maria da Franca Moniz Aragatildeo jul 2013

Os atrativos da caverna dentre eles os

espeleotemas foram admirados por espeleoacutelogos e

condutores que ficaram admirados uma vez mais

com a beleza cecircnica desse ambiente subterracircneo

Ver relato de um dos participantes abaixo

ldquo Tive um sentimento de satisfaccedilatildeo pois a

experiecircncia me fez lembrar as minhas origens pois

cresci em uma regiatildeo de grutas e foi muito bom

sentir a umidade aprender sobre os espeleotemas e

contemplar toda a beleza da gruta Tive uma

sensaccedilatildeo muito boa no momento do Apagatildeo com a

escuridatildeo e o silecircncio total (Teresinha Ramos

Cordeiro 2013)

Agrave medida que o deslocamento acontecia e

novos espeleotemas e peculiaridades da caverna

eram apresentados entre os salotildees da caverna

Edimilson Pereira Rodrigues dos Santos PCD-

Mobilidade Reduzida teve uma das sensaccedilotildees

importantes para ele e outros PCDs Ver relato de

um dos PCDs participantes abaixo

ldquoParticipar da atividade Espeleoinclusatildeo foi

emocionante para mim Fiquei fascinado com a

beleza da caverna e com a perfeiccedilatildeo da natureza

Senti-me livre e com a sensaccedilatildeo de realizaccedilatildeo

(Edimilson Pereira Rodrigues dos Santos 2013)

A atividade espeleoturiacutestica adaptada ou

Espeleoinclusatildeo proporcionou para a cadeirante

Maria Ivete Fonseca Silva experiecircncias diversas e de

grande importacircncia dentre elas a oportunidade de

ter tido a possibilidade por suas condiccedilotildees fiacutesicas e

emocionais para conhecer esse novo ambiente

aflorando sensaccedilotildees e emoccedilotildees diferentes ao

Nunes Vasconcelos amp Bragante-Filho Atividade espeleoturiacutestica adaptada no Grutatildeo

Campinas SBEUFSCar Pesquisas em Turismo e Paisagens Caacutersticas 9(1) 2016

46

conhecer uma caverna Ver relato de um dos PCDs

participantes abaixo

ldquo Foi algo ineacutedito para mim o fato de estar

em um ambiente que jamais imaginei que poderia

chegar pois tive uma sensaccedilatildeo de paz Fiquei

maravilhada com os espeleotemas que aprendi que

satildeo as formaccedilotildees no interior da caverna Foi uma

experiecircncia que ningueacutem vai me tirar uma emoccedilatildeo

diferente e um sentimento de gratidatildeo aos que

proporcionaram esse prazer Senti-me muito feliz

em superar e aprendi muito com as partes teoacutericas

do congresso tambeacutem (Maria Ivete Fonseca Silva

2013)

A sensaccedilatildeo de estar em ambiente confinado

gera expectativas de apreensatildeo em PCDs mas

tambeacutem em natildeo PCDs Um dos objetivos da

Comissatildeo de Espeleoinclusatildeo eacute desmistificar

preconceitos desta modalidade turiacutestica e permitir

uma nova forma de inclusatildeo social Ver relato de um

dos participantes abaixo

ldquo Foi uma experiecircncia diferente e ineacutedita

para mim Soacute conhecia caverna por fotos e jamais

podia imaginar estar dentro de uma um dia Senti

uma satisfaccedilatildeo muito grande pois aleacutem de ficar

vislumbrado com o lugar e poder estar ajudando

pessoas com deficiecircncia me fez sentir realizado e

tambeacutem fiquei impressionado com tudo o que

aprendi nas palestras (Meacutercio Santos Pereira

2013)

Para esses visitantes de espeleoturismo

convencional e espeleoturismo adaptado adentrar

em uma caverna foi uma das sensaccedilotildees mais

marcantes reais e possiacuteveis em suas vidas pessoais e

profissionais antes jamais realizadas e a mesma

sensaccedilatildeo foi sentida pelo espeleoacutelogo voluntaacuterio

Ver relato de um dos Espeleoacutelogos abaixo

ldquo Foi de grande emoccedilatildeo e surpresa quando

percebi que durante a atividade a sensaccedilatildeo era de

entrar em uma caverna pela primeira vez e

encontrar o desconhecido novamente Resgatar

essas sensaccedilotildees foi oacutetimo durante minha conduccedilatildeo

Observei a caverna com olhar menos teacutecnico e mais

romantizadordquo (Fabricio Muniz 2013)

No que se refere agrave inclusatildeo social a caverna eacute

um ambiente essencial e importante para aprender

teacutecnicas de conduccedilatildeo com PCDs visuais auditivos

fiacutesicos e com mobilidade reduzida pois cada uma

delas exige um conhecimento especiacutefico de

locomoccedilatildeo percebido pelo espeleoacutelogo voluntaacuterio

Edenir Cruz Moreira Ver relato de um dos

Espeleoacutelogos abaixo

ldquo Foi uma experiecircncia muito marcante a

percepccedilatildeo do ambiente mesmo para os guias tem

que se adaptar Comecei a perceber coisas que

normalmente natildeo notaria nas cavernas se estivesse

simplesmente guiando pessoas que natildeo possuem

algum tipo de necessidade especifica Senti tambeacutem

uma necessidade de ser ainda mais cuidadoso com

os pequenos obstaacuteculosrdquo (Edenir Cruz Moreira

2013)

Jaacute no final da atividade foi permitido que o

Wellington Vasconcelos (atuante como PCD-Visual)

retirasse a venda de seus olhos e fizesse os primeiros

relatos das sensaccedilotildees percebidas durante a visitaccedilatildeo

com o sentido da visatildeo anulado Ver relato de um

dos Espeleoacutelogos abaixo

ldquo Visitar uma caverna de olhos vendados foi

pra mim algo impressionante em todos esses anos

atuando nesta vertente cientiacutefica noacutes espeleoacutelogos

jaacute acostumadiacutessimos com o ambiente caverniacutecola

poucas vezes prestamos atenccedilatildeo em alguns detalhes

principalmente quando adentramos em uma

cavidade Jaacute de olhos vendados tudo muda a

percepccedilatildeo muda um simples declive representa um

enorme obstaacuteculo tive de explorar mais outros

sentidos como a audiccedilatildeo e o tato somente atraveacutes

do toque com as matildeos que pude identificar alguns

espeleotemas Agrave medida que caminhaacutevamos tentava

imaginar como era a caverna de acordo com as

descriccedilotildees dos meus guias foi simplesmente uma

experiecircncia iacutemparrdquo (Wellington Vasconcelos

2013)

Fotografia 3 Salatildeo Grutatildeo da Beleza

Foto Teresa Maria da Franca Moniz Aragatildeo jul 2013

Do ponto de vista do espeleoacutelogo voluntaacuterio

Marco Antocircnio Bragante Filho natildeo foi apenas uma

atividade espeleoturiacutestica habitual mas uma

oportunidade de aprendizagem de interaccedilatildeo e bem-

estar percebido entre todos os envolvidos Ver relato

de um dos Espeleoacutelogos abaixo

ldquo Chamou-me a atenccedilatildeo agrave confianccedila que os

PNEs depositam em seu guia de forma que se cria

Nunes Vasconcelos amp Bragante-Filho Atividade espeleoturiacutestica adaptada no Grutatildeo

Campinas SBEUFSCar Pesquisas em Turismo e Paisagens Caacutersticas 9(1) 2016

47

um viacutenculo de amizade e respeito em prol da

aventura que estamos vivendo naquele momento E

assim paira no ar uma emoccedilatildeo comovente no

coraccedilatildeo de todos aqueles que estatildeo envolvidos na

atividade Natildeo haacute diferenccedilas e sim um uacutenico

conjunto de amigos exploradores de cavernardquo

(Marco Antocircnio Bragante Filho 2013)

A atividade foi encerrada no iniacutecio da tarde

com todos ainda muito dispostos e satisfeitos com a

logiacutestica da atividade

4 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

A aplicaccedilatildeo da ferramenta ldquoIndicadores de

Acessibilidaderdquo (ver anexo) eacute essencial para

classificar as cavidades mais adequadas para

atividades com PCDs considerando ainda que para

cada niacutevel de PCD exige accedilotildees diferentes Nesta

atividade entre todas as cavidades da regiatildeo ficou

evidenciado que o Grutatildeo da Beleza era a mais

indicada atendendo a vaacuterias especificidades tais

como a locomoccedilatildeo condiccedilotildees da trilha de acesso

acesso ao poacutertico da cavidade e locomoccedilatildeo com os

PCDs-fiacutesicos visuais e com mobilidade reduzida

Outra ferramenta utilizada eacute uma entrevista

que antecede a atividade com os PCDs que se

interessaram pela visita ao ambiente subterracircneo

sendo indicada para avaliar as facilidades

dificuldades e particularidades no que se refere agrave

sauacutede aos equipamentos que utilizam no dia a dia

como cadeiras de rodas andadores bengalas

muletas proacuteteses guias entre outros para

locomoccedilatildeo que precisam necessariamente estar em

oacutetimas condiccedilotildees

Nessa atividade de campo pela primeira vez

a Comissatildeo de Espeleoinclusatildeo da SBE conduziu

trecircs cadeirantes uma pessoa com mobilidade

reduzida uma pessoa com deficiecircncia visual e uma

simulaccedilatildeo desta com um espeleoacutelogo voluntaacuterio em

vivenciar esta experiecircncia O que possibilitou uma

coleta de informaccedilotildees de grande valia para a

conformaccedilatildeo de novas ferramentas que possibilitem

esse processo de inclusatildeo social tais como a

elaboraccedilatildeo de questionaacuterios anteriores e posteriores

as atividades de campo que possibilitem a montagem

de um banco de dados que possa facilitar e subsidiar

cada vez mais o processo de particular de

Espeleoinclusatildeo e tambeacutem outros processos de

inclusatildeo social Essas ferramentas aliadas aos

Indicadores de Acessibilidades (ver anexo)

utilizados na avaliaccedilatildeo das cavidades traratildeo novos

rumos ao processo de inclusatildeo social

A Comissatildeo de Espeleoinclusatildeo sugere que

sejam coletadas informaccedilotildees preacutevias sobre trilhas e

cavidades a qual seraacute visitada com pelo menos 1 ano

de antecedecircncia Apoacutes essas informaccedilotildees serem

adquiridas e discutidas pelos membros da comissatildeo

as mesmas devem ser compartilhadas durante a

atividade teoacuterica do minicurso de Espeleoturismo

Adaptado aos alunos somadas as orientaccedilotildees do

iniacutecio da atividade de campo Desta maneira foi

possiacutevel que os alunos do minicurso espeleoacutelogos

voluntaacuterios e os soldados do Corpo de Bombeiros de

Satildeo Desideacuterio realizassem as atividades na lideranccedila

de trecircs membros da comissatildeo Os PCDs foram

conduzidos com o nuacutemero de condutores exigidos

A seguir algumas informaccedilotildees

complementares quanto ao desenvolvimento da

atividade Ficou constatado que o salatildeo superior do

Grutatildeo da Beleza soacute pode ser visitado por

cadeirantes se carregados nas costas de condutores

com cadeira de montanhismo (bauldrier) e fitas de

montanhismo espeleoacutelogos experientes e alguns

equipamentos de seguranccedila uma vez que o terreno eacute

muito irregular e com blocos de rocha no chatildeo

Tambeacutem natildeo foi possiacutevel a visita do segundo salatildeo

devido agrave passagem do mesmo ser estreita

dificultando muito o acesso ao salatildeo ateacute mesmo por

natildeo PCDs

Para acesso ao poacutertico inferior algumas accedilotildees

de seguranccedila foram implementadas a exemplo

foram retiradas rochas soltas cascalhos e seixos de

maior granulometria (tamanho) o que possibilitou a

desobstruccedilatildeo e o nivelamento da trilha antes da

atividade A descida neste trecho com cadeirantes

tambeacutem foi feita inicialmente nas costas ndash como

explicado no paraacutegrafo anterior ndash dos espeleoacutelogos

voluntaacuterios e depois nas cadeiras de rodas A

cavidade eacute indicada para visitaccedilatildeo de PCDs pois a

maioria dos salotildees eacute acessiacutevel Os obstaacuteculos

naturais do interior da caverna como a diferenccedila de

niacutevel do piso que forma degraus foram transpostos

facilmente principalmente com o uso de um

quadrante de piso taacutetil usado pela primeira vez em

cavernas indicando grande eficiecircncia A maior parte

dos espeleotemas puderam ser observados e em

alguns casos tocado proporcionando autonomia de

todos os PCDs em seu interior

A integraccedilatildeo entre os grupos foi dentro das

expectativas atendendo aos objetivos que eacute

pesquisar criar ferramentas e coletar dados que

possam subsidiar novas pesquisas e alavancar cada

vez mais o processo de inclusatildeo social

especialmente a Espeleoinclusatildeo No que se refere

aos PCDs esses aleacutem de superar obstaacuteculos naturais

o que nessa questatildeo lhes concedeu grande alegria e

satisfaccedilatildeo No que se refere aos estudos a

participaccedilatildeo no processo formacional de inclusatildeo

social foi de grande valia jaacute que se sentiram ndash

Nunes Vasconcelos amp Bragante-Filho Atividade espeleoturiacutestica adaptada no Grutatildeo

Campinas SBEUFSCar Pesquisas em Turismo e Paisagens Caacutersticas 9(1) 2016

48

conforme relatos ndash como ldquocientistasrdquo contribuindo

para um bem maior Ficou evidente que a realizaccedilatildeo

pessoal e profissional dos espeleoacutelogos voluntaacuterios

acompanhantes e PCDs foi proporcional ou maior

que objetivos propostos

Conforme citado anteriormente nessa

cavidade foi possiacutevel ter a experiecircncia de tocar os

espeleotemas no caso do PCD-Visual e na

simulaccedilatildeo de PCD com falta de visatildeo nesse caso

especiacutefico pocircde se fazer um paralelo entre o ver e o

tocar Ao final da atividade ficou claro outra esfera

de oportunidades de visitaccedilatildeo e possibilidade de

aplicaccedilatildeo de novas ferramentas e instrumentos que

auxiliem na Espeleoinclusatildeo Todas essas

oportunidades e possibilidades aguccediladas pela

necessidade de uma utilizaccedilatildeo mais frequente de

todos os outros sentidos como audiccedilatildeo odor entre

outros cada um de acordo com as novas

condicionantes dos obstaacuteculos encontrados no

ambiente Para aqueles que ainda natildeo haviam

entrado em uma cavidade PCDs ou natildeo-PCDs o

encantamento e entusiasmo em visualizar

estalactites estalagmites e outros espeleotemas foi

tatildeo evidente quanto o observado pelo tato

A troca de experiecircncia entre os integrantes foi

tatildeo importante e intensa que natildeo havia dificuldades

que natildeo pudessem ser superadas As palavras

ldquodesistordquo ou ldquonatildeo conseguireirsquordquo natildeo fizeram parte

desse cenaacuterio Palavras como amizade superaccedilatildeo

conquista e vencedores eram esboccedilados em olhares e

atitudes intensas sorrisos sinceros e contagiantes

durante a atividade Sentimentos de gratidatildeo e

realizaccedilatildeo por aquele dia inesqueciacutevel e importante

para os PCDs espeleoacutelogos e outros profissionais

que participaram da atividade poderem realizar tal

sonho foram evidenciados nos relatos Tambeacutem foi

demonstrado pelos grupos Guano Speleo e SEE

grande interesse nas atividades da Comissatildeo de

Espeleoinclusatildeo da SBE

Apesar de natildeo haver naquele campo de

estudos o Grutatildeo da Beleza a infraestrutura que

existe em alguns parques nacionais e estaduais tais

como banheiros adaptados rampas de acesso e

lanchonetes entre outros isso tambeacutem no caso do

puacuteblico sem deficiecircncia esses elementos natildeo foram

problemas jaacute que foram superados com alimentos e

equipamentos levados por todos os envolvidos

Como exemplo dos pneus de cadeiras de rodas que

podem furar ou simplesmente esvaziar estes

poderiam ser resolvidos facilmente com jogos de

pneus sobressalentes e uma Minibomba de ar

manual para bicicletas

Dessa forma fica mais uma vez evidente que

quando houver a participaccedilatildeo de PCDs em

atividades espeleoturiacutesticas adaptadas a mesma

deve ser planejada meses antes de sua realizaccedilatildeo a

fim de analisar a(s) cavidade(s) trilhas e atrativos a

serem visitados bem como capacitar os profissionais

que participaratildeo dessa atividade

AGRADECIMENTO

Ao Corpo de Bombeiros de Satildeo Desideacuterio

BA ao Professor Leandro Moutinho aos

espeleoacutelogos voluntaacuterios Fabriacutecio Muniz Edenir

Cruz Moreira Lourenccedilo Rafael Vimieiro do Guano

Speleo Ao Marcos Antocircnio Lima Maria Ivete

Fonseca Silva Argemiro Domingos dos Santos

Edimilson Pereira Rodrigues dos Santos Meacutercio

Santos Pereira Teresinha Ramos Cordeiro Fabriacutecio

Muniz da Associaccedilatildeo dos Deficientes de Montes

Claros (ADEMOC) e aos incentivadores da

Comissatildeo de Espeleoinclusatildeo

REFEREcircNCIAS

ALBUQUERQUE A C dos S de Estimativa de recarga do rio das fecircmeas atraveacutes de meacutetodos

manuais e automaacuteticos 2009 Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Ciecircncias Florestais) Universidade de

Brasiacutelia Brasiacutelia DF

BRASIL MINISTEacuteRIO DO TURISMO Turismo acessiacutevel Bem atender no turismo de aventura

adaptada v4 Brasiacutelia 2009 Disponiacutevel em

wwwturismogovbrexportsitesdefaultturismoo_ministeriopublicacoesdownloads_publicacoesCa

rtilha-4_Laranjapdf Acesso em 11 fev 2013

BRASIL Departamento de Produccedilatildeo Mineral Projeto RADAMBRASIL levantamento de geologia

levantamento de geomorfologia folha Tocantins (SD-23) Rio de Janeiro RJ 1982

BRASIL Decreto ndeg 5296 de 02 de dezembro de 2004 Regulamenta as Leis ndeg 10048 de 8 de novembro

de 2000 que daacute prioridade de atendimento aacutes pessoas especificas e 10098 de 19 de dezembro de

Nunes Vasconcelos amp Bragante-Filho Atividade espeleoturiacutestica adaptada no Grutatildeo

Campinas SBEUFSCar Pesquisas em Turismo e Paisagens Caacutersticas 9(1) 2016

49

2000 que estabelece normas gerais e criteacuterios baacutesicos para a promoccedilatildeo da acessibilidade das pessoas

portadora de deficiecircncia ou com mobilidade reduzida e daacute outras providecircncias

BRAGANTE Marco Antocircnio Artigo Relato de atividade [mensagem pessoal] Mensagem recebida por

eriquinhanunes310hotmailcom em 18 ago 2013

COSTA V B Inclusatildeo social nos esportes de aventura na natureza vivecircncias e experiecircncias de um

pesquisador deficiente visual Revista Digital - Buenos Aires - Ano 14 - Nordm 136 - Setembro de 2009

CORDEIRO Teresinha Ramos Artigo Relato de atividade [mensagem pessoal] Mensagem recebida por

eriquinhanunes310hotmailcom em 15 ago 2013

GOVERNO DO ESTADO DA BAHIA Secretaacuteria do Turismo 2015 Disponiacutevel em

bahiacombrcidadessao-desiderio Acesso em 03 fev 2015

GALVAtildeO O LA FERREIRA F C ROSSATO M R REINO R C J JANSEN C D e VILELA V

C Breve Descriccedilatildeo do Patrimocircnio Espeleoloacutegico do Municiacutepio de Satildeo Desideacuterio ndash BA Revista

Brasileira de Espeleologia ndashRbEsp Satildeo Paulo v 2 n 1 p 24 2012 Disponiacutevel em

wwwterrabrasilisorgbrecotecadigitalindexphpoption=com_abookampview=bookampid=1368revista-

brasileira-de-espeleologia-2012-breve-descricao-do-patrimonio-espeleologico-do-municipio-de-sao-

desiderio--ba Acesso em 21 fev 2015

IBGE ndash Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Estimativa da Populaccedilatildeo Residente com data 01deg

de julho de 2014 Disponiacutevel em

wwwcidadesibgegovbrxtrasperfilphplang=ampcodmun=292890ampsearch=||infogrE1ficos-

informaE7F5es-completas Acesso em 07 jun2015

SANTOS A B dos CARVALHO A R de NUNES JR D da R NUNES G da S SOUZA O R de

FILHO J N de C MENEZES J da R NOVAES Z L da R Plano Ambiental para o municiacutepio de

Satildeo Desideacuterio BA Salvador BA Programa Nacional de Capacitaccedilatildeo de Gestores Ambientais 2008

INFOJOVEM Esportes para pessoas com deficiecircncia Disponiacutevel em

wwwinfojovemorgbrinfopediadescubra-e-aprendaesporteesporte-para-pessoas-com-deficiencia

Acesso em 18032015

LIMA Marcos Artigo Relato de atividade [mensagem pessoal] Mensagem recebida por

eriquinhanunesyahoocombr em 19 set 2013

LOBO Santos Augusto Heros Pesquisa em Turismo e Paisagens Caacutersticas Revista Cientiacutefica da Seccedilatildeo de

Espeleoturismo da Sociedade Brasileira de Espeleologia Campinas v 1 n 1 p 5 2008

Disponiacutevel em wwwcavernasorgbrptpcptpc_v1_n1pdf Acesso em 07 jun 2015

MAROUN K VIEIRA V Enduro a Peacute o esporte de aventura como aliado na adesatildeo agrave praacutetica de

atividade fiacutesica Revista Digital - Buenos Aires - Ano 11 - Ndeg 102 - Novembro de 2006

MUNIZ Fabricio Artigo Relato de atividade [mensagem pessoal] Mensagem recebida por

eriquinhanunesyahoocombr em 18 jun 2013

MOREIRA Edenir Cruz Artigo Relato de atividade [mensagem pessoal] Mensagem recebida por

eriquinhanunesyahoocombr em 22 jun 2013

NUNES et al Inclusatildeo Social de Portadores de Necessidades Especiais (PNEs) e a Praacutetica do Turismo em

Aacutereas Naturais Avaliaccedilatildeo de Seis Cavidades Turiacutesticas do Estado de Satildeo Paulo In CONGRESSO

BRASILEIRO DE ESPELEOLOGIA XXIX 2007 Ouro Preto Anais Ouro Preto Minas Gerais

2007 Disponiacutevel em wwwcavernasorgbranais29cbe29cbe_201-210pdf

Nunes Vasconcelos amp Bragante-Filho Atividade espeleoturiacutestica adaptada no Grutatildeo

Campinas SBEUFSCar Pesquisas em Turismo e Paisagens Caacutersticas 9(1) 2016

50

NUNES et al Proposta de Indicadores de Acessibilidade aacutes Cavidades Turiacutesticas Direcionadas aos

Portadores de Necessidades Especiais (PNEs) In CONGRESSO BRASILEIRO DE

ESPELEOLOGIA XXX 2009 Montes Claros Anais Montes Claros Minas Gerais 2009

Disponiacutevel em wwwcavernasorgbranais30cbe30cbe_159-164pdf

NUNES et al Introduccedilatildeo ao mini curso espeleoturismo adaptado e aplicaccedilatildeo da ferramenta indicadores de

acessibilidade em cavernas In CONGRESSO BRASILEIRO DE ESPELEOLOGIA XXXII 2013

Barreiras Anais Barreiras Bahia 2013 Disponiacutevel em

wwwcavernasorgbranais32cbe32cbe_013-022pdf

PASSO D P CASTRO K B de MARTINS E de S GOMES M P REATTO A LIMA L A de S

CARVALHO JR O A GOMES R A T Caracterizaccedilatildeo Geomorfoloacutegica do Municiacutepio de Satildeo

Desideacuterio BA Escala 1 50000 Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuaacuteria (Embrapa Cerrados)

2010 Planaltina DF 29p ndash (Boletim de Pesquisa e Desenvolvimento) 283

PEREIRA Meacutercio Santos Artigo Relato de atividade [mensagem pessoal] Mensagem recebida por

eriquinhanunesyahoocombr em 20 jun 2013

PREFEITURA MUNICIPAL DE SAtildeO DESIDEacuteRIO BA Turismo Disponiacutevel em

saodesideriobagovbrturismo Acesso em 03 Fev 2015

SOCIEDADE BRASILEIRA DE ESPELEOLOGIA SBE Notiacutecias ndeg82 Campinas 2008 Disponiacutevel em

wwwcavernasorgbrsbenoticiasSBENoticias_082pdf Acesso em 22 mar 2015

SOCIEDADE BRASILEIRA DE ESPELEOLOGIA XXX Congresso Brasileiro de Espeleologia Curso

Introduccedilatildeo do Espeleoturismo Adaptado Disponiacutevel em

wwwcavernasorgbrdiversos30cbecurso06pdf Acesso em 07 jun 2015

SOCIEDADE BRASILEIRA DE ESPELEOLOGIA SBE Notiacutecias ndeg269 Campinas 2008 Disponiacutevel em

wwwcavernasorgbrsbenoticiasSBENoticias_269pdf Acesso em 07 jun 2015

SANTOS Argemiro Domingos dos Artigo Relato de Atividade [mensagem pessoal] Mensagem recebida

por eriquinhanunesyahoocombr em 17 set 2013

SANTOS Edimilson Pereira Rodrigues dos Artigo Relato de atividade [mensagem pessoal] Mensagem

recebida por eriquinhanunesyahoocombr em 20 jun 2013

SILVA Maria Ivete Fonseca Artigo Relato de atividade [mensagem pessoal] Mensagem recebida por

eriquinhanunesyahoocombr em 19 set 2013

SILVA Leonardo Vieira da Artigo Relato de atividade [mensagem pessoal] Mensagem recebida por

eriquinhanunesyahoocombr em 20 jun 2013

SILVA Wellington Vasconcelos Eustaacutequio Artigo Relato de atividade [mensagem pessoal] Mensagem

recebida por eriquinhanunesyahoocombr em 18 jun 2013

XXXII CONGRESSO BRASILEIRO DE ESPELEOLOGIA Curso introduccedilatildeo ao espeleoturismo adaptado

Barreiras 2013 Disponiacutevel em wwwcavernasorgbr32CBE-cursosasp Acesso em 01 fev 2015

ZAMPAULO Robson de Almeida LUZ Claacuteudia Santos NUNES Eacuterica Inclusatildeo Social de Portadores de

Necessidades Especiais (PNEs) e a Praacutetica do Turismo em Aacutereas Naturais Relato de Caso no

Parque Estadual Turiacutestico do Alto Ribeira (PETAR-SP) In CONGRESSO BRASILEIRO DE

ESPELEOLOGIA XXVIII 2005 Campinas Anais Campinas Satildeo Paulo 2005 P 160-167

Disponiacutevel em wwwcavernasorgbranais28cbe28cbe_160-167pdf

Nunes Vasconcelos amp Bragante-Filho Atividade espeleoturiacutestica adaptada no Grutatildeo

Campinas SBEUFSCar Pesquisas em Turismo e Paisagens Caacutersticas 9(1) 2016

51

Anexo I

Deficiecircncia

Fiacutesica

alteraccedilatildeo completa ou parcial de um ou mais membros da anatomia humana e

comprometimentos fiacutesicos paraplegia paraparesia monoplegia monoparesia tetraplegia

tetraparesia triplegia triparesia hemiplegia hemiparesia ostomia amputaccedilatildeo ou falta de

membros paralisia cerebral nanismo membros com deformaccedilatildeo congecircnita ou adquirida

sem considerar deformaccedilotildees esteacuteticas e dificuldade em realizar atividades

Deficiecircncia

auditiva

perda bilateral parcial ou total em 41 decibeacuteis (dB) ou maior identificado com exame de

audiograma em frequecircncia em 500 1000 2000 e 3000 Hz

Deficiecircncia

visual

cegueira com acuidade visual igual ou menor 005 na melhor correccedilatildeo ocular baixa visatildeo

03 e 005 na melhor correccedilatildeo ocular pacientes com somatoacuteria da regiatildeo visual nas duas

oculares igual ou menor 60deg e ocorrecircncia simultacircnea de outra condiccedilatildeo anterior

Deficiecircncia

intelectual

atividade intelectual muito menor agrave mediana diagnosticada antes dos dezoito anos de

idade dificuldades na capacidade adaptativa em dois ou mais campos comunicaccedilatildeo

proacuteprio cuidado habilidade social usar recursos da comunidade sauacutede seguranccedila

atividade escolar lazer e trabalho

Deficiecircncia

muacuteltipla interaccedilatildeo entre duas ou mais deficiecircncias

Pessoa com

mobilidade

reduzida

natildeo eacute classificada como deficiente mas apresenta limitaccedilotildees nos movimentos seja

permanente ou temporaacuterio demonstrando diminuiccedilatildeo efetiva de flexibilidade

coordenaccedilatildeo motora mobilidade e percepccedilatildeo

INDICADORES DE ACESSIBILIDADE GRUTAtildeO DA BELEZA (BA-539)

A- LARGURA E ALTURA DO POacuteRTICO (EM METROS LINEARES) DA CAVIDADE

Altura = 7m Desenvolvimento linear = 55m

B- SUBSTRATO DO TRECHO DE ACESSO ATEacute A ENTRADA DA CAVIDADE

(X) CALCcedilADAS

CIMENTADAS

( ) BARRO COM PEDRAS

( ) AREIA

(X) BARRO

(X) GRAMA

( ) OUTROS

( ) BARRO COM GRAMA

( ) PEDRA

( ) RIO COacuteRREGO

C- QUAIS AS PRINCIPAIS DIFICULDADES PARA ENTRAR NA CAVIDADE

( ) CHAtildeO ESCORREGADIO

( ) ESCADA

( ) FENDA

( ) LAMA

( ) AacuteGUA

( ) ABISMO

(X) ACLIVE

( ) AREIA

( ) OUTROS

(X) DECLIVE

(X) BLOCOS

( ) ___________

D- QUAIS OS OBSTAacuteCULOS A SEREM SUPERADOS DENTRO DA CAVIDADE

( ) ESCADA

( ) LAGO

( ) AFUNILAMENTO

( ) PONTE

( ) COacuteRREGO

( ) FENDA

(X) BLOCOS

( ) RIO

( ) CACHOEIRA

( ) ABISMO

( ) ___________

( ) ___________

E- EXISTE A NECESSIDADE DE PRATICAR MANOBRAS COM A CADEIRA DE

RODAS DURANTE O DESLOCAMENTO QUAIS

(X) SUSPENDER

(X) EMPINAR

( ) TOMBAR

( ) OSCILAR

( ) GRAMA

( ) OUTROS

(X) RETIRADA DO PNE DA

CADEIRA DE RODAS

( ) ___________

F- A CADEIRA DE RODAS CONSEGUE PERCORRER TODO CAMINHAMENTO

QUANDO PARCIAL JUSTIFIQUE

(X) SIM ( ) NAtildeO ( ) PARCIAL

Nunes Vasconcelos amp Bragante-Filho Atividade espeleoturiacutestica adaptada no Grutatildeo

Campinas SBEUFSCar Pesquisas em Turismo e Paisagens Caacutersticas 9(1) 2016

52

G- EM QUANTOS METROS Eacute POSSIacuteVEL DESLOCAR COM A CADEIRA DE

RODAS

Todo o poacutertico inferior pode ser transitado por cadeiras de rodas

H- HAacute TRECHOS NA CAVIDADE QUE O PNE CADEIRANTE PRECISA SER

CARREGADO

(X) SIM ( ) NAtildeO

I- QUANTOS SALOtildeES O PNE CADEIRANTE CONSEGUE VISITAR

Apenas um salatildeo natildeo pode ser visitado pois a entrada para o mesmo eacute estreita

J- QUAIS SAtildeO OS ATRATIVOS (PASSIVOS ATIVOS) QUE O PNE CONSEGUE

TER ACESSO USUFRUIR DENTRO DA CAVIDADE

(X) SALOtildeES

( ) RIOS

( ) FAUNA

(X) ESPELEOTEMA

(X) PINTURAS RUPESTRES

(X) FLORA

( ) LAGOS

( ) OUTROS

( ) FOacuteSSEIS

( ) CACHOEIRAS

( ) PETROGLIFOS

( ) ___________

K- DE UM MODO GERAL QUAIS AS FACILIDADES E DIFICULDADES

ENCONTRADAS DENTRO DA CAVERNA

Haacute facilidade no trajeto dentro da cavidade pois o piso natildeo tem muitas ondulaccedilotildees apesar de exigir

muita atenccedilatildeo nas descidas

Editorial flowFluxo editorial ReceivedRecebido em Ago 2015 AcceptedAprovado em Fev 2016

PESQUISAS EM TURISMO E PAISAGENS CAacuteRSTICAS

Sociedade Brasileira de Espeleologia (SBE) Universidade Federal de Satildeo Carlos (UFSCar)

wwwcavernasorgbrturismoasp

Refrendada por la Associacioacuten de Cuevas Turiacutesticas Iberoamericanas

Nunes Vasconcelos amp Bragante-Filho Atividade espeleoturiacutestica adaptada no Grutatildeo

Campinas SBEUFSCar Pesquisas em Turismo e Paisagens Caacutersticas 9(1) 2016

45

Todo o cuidado foi avaliado anteriormente pois este

tipo de piso eacute uma situaccedilatildeo de risco mesmo para

quem natildeo eacute um PCD sendo entatildeo necessaacuterios

equipamentos adequados e uma vasta experiecircncia

nesse tipo de atividade para natildeo colocar em risco

nenhum dos participantes da atividade Os

cadeirantes foram sentados em suas cadeiras de

rodas na segunda ldquobocardquo de acesso A seriedade nas

teacutecnicas de conduccedilatildeo desenvolvidas pelos membros

Comissatildeo de Espeleoinclusatildeo a experiecircncia

profissional as boas praacuteticas de seguranccedila dos

equipamentos e cuidados com as proacuteteses dos PCDs

garantem o bom desenvolvimento da atividade em

trilhas e ambiente caverniacutecola favorece a realizaccedilatildeo

dessas atividades com PCDs promovendo a

sensaccedilatildeo de seguranccedila dos participantes Ver relato

de um dos PCDs participantes abaixo

ldquo Minha experiecircncia em Barreiras de

entrar em caverna pela 2ordf vez foi muito boa sem o

nervosismo que eu tive na primeira vez pois jaacute

conhecia os procedimentos Mas como cada caverna

eacute um ambiente diferente meu fasciacutenio foi o mesmo

Posso resumir minha sensaccedilatildeo em duas palavras

superaccedilatildeo e aventurardquo (Marcos Antocircnio Lima

2013)

Durante a atividade apoacutes a passagem do

poacutertico inferior o Prof Dr e Espeleoacutelogo Leonardo

Morato utilizou no interior da caverna dois grandes

tapetes de borracha em locais mais arenosos o que

possibilitou a progressatildeo impedindo que as rodas

das cadeiras afundassem na areia A cavidade

apresenta salotildees horizontais facilitando tambeacutem o

deslocamento das cadeiras de rodas mesmo com as

pequenas valas e outros obstaacuteculos tais como

degraus naturais de terra batida e terreno argiloso

barrento Para os PCDs-Visuais e de mobilidade

reduzida este mesmo solo era irregular e

escorregadio e os espeleoacutelogos condutores

precisaram ter mais atenccedilatildeo para que natildeo esbarrasse

ou houvesse desequiliacutebrio com estes PCDs nos

espeleotemas orientando-os onde deambular As

formas e particularidades de alguns espeleotemas

tais como estalactites e estalagmites foram

descobertas atraveacutes do tato por Argemiro Domingos

dos Santos e Wellington Vasconcelos (atuando

como PCDs-Visual) os participantes iniciantes

tiveram a oportunidade de perceber ndash sentir ndash

aromas e sensaccedilotildees teacutermicas especiacuteficas de cavernas

Ver relato de um dos PCDs participantes abaixo

ldquo Foi uma experiecircncia muito boa sentir

pelo tato como eacute o interior da caverna Quando

pisava sentia que o chatildeo era bem irregular

principalmente na entrada com pedras pontiagudas

Acho que senti um cheiro de enxofre quando

estaacutevamos bem dentro da gruta e senti um pouco de

umidade Quando o meu guia descrevia as

formaccedilotildees da caverna eu as imaginava em minha

mente Eacute como se eu pudesse ver (Argemiro

Domingos dos Santos 2013)

Figura 3 Contemplaccedilatildeo de estalagmite

Foto Teresa Maria da Franca Moniz Aragatildeo jul 2013

Os atrativos da caverna dentre eles os

espeleotemas foram admirados por espeleoacutelogos e

condutores que ficaram admirados uma vez mais

com a beleza cecircnica desse ambiente subterracircneo

Ver relato de um dos participantes abaixo

ldquo Tive um sentimento de satisfaccedilatildeo pois a

experiecircncia me fez lembrar as minhas origens pois

cresci em uma regiatildeo de grutas e foi muito bom

sentir a umidade aprender sobre os espeleotemas e

contemplar toda a beleza da gruta Tive uma

sensaccedilatildeo muito boa no momento do Apagatildeo com a

escuridatildeo e o silecircncio total (Teresinha Ramos

Cordeiro 2013)

Agrave medida que o deslocamento acontecia e

novos espeleotemas e peculiaridades da caverna

eram apresentados entre os salotildees da caverna

Edimilson Pereira Rodrigues dos Santos PCD-

Mobilidade Reduzida teve uma das sensaccedilotildees

importantes para ele e outros PCDs Ver relato de

um dos PCDs participantes abaixo

ldquoParticipar da atividade Espeleoinclusatildeo foi

emocionante para mim Fiquei fascinado com a

beleza da caverna e com a perfeiccedilatildeo da natureza

Senti-me livre e com a sensaccedilatildeo de realizaccedilatildeo

(Edimilson Pereira Rodrigues dos Santos 2013)

A atividade espeleoturiacutestica adaptada ou

Espeleoinclusatildeo proporcionou para a cadeirante

Maria Ivete Fonseca Silva experiecircncias diversas e de

grande importacircncia dentre elas a oportunidade de

ter tido a possibilidade por suas condiccedilotildees fiacutesicas e

emocionais para conhecer esse novo ambiente

aflorando sensaccedilotildees e emoccedilotildees diferentes ao

Nunes Vasconcelos amp Bragante-Filho Atividade espeleoturiacutestica adaptada no Grutatildeo

Campinas SBEUFSCar Pesquisas em Turismo e Paisagens Caacutersticas 9(1) 2016

46

conhecer uma caverna Ver relato de um dos PCDs

participantes abaixo

ldquo Foi algo ineacutedito para mim o fato de estar

em um ambiente que jamais imaginei que poderia

chegar pois tive uma sensaccedilatildeo de paz Fiquei

maravilhada com os espeleotemas que aprendi que

satildeo as formaccedilotildees no interior da caverna Foi uma

experiecircncia que ningueacutem vai me tirar uma emoccedilatildeo

diferente e um sentimento de gratidatildeo aos que

proporcionaram esse prazer Senti-me muito feliz

em superar e aprendi muito com as partes teoacutericas

do congresso tambeacutem (Maria Ivete Fonseca Silva

2013)

A sensaccedilatildeo de estar em ambiente confinado

gera expectativas de apreensatildeo em PCDs mas

tambeacutem em natildeo PCDs Um dos objetivos da

Comissatildeo de Espeleoinclusatildeo eacute desmistificar

preconceitos desta modalidade turiacutestica e permitir

uma nova forma de inclusatildeo social Ver relato de um

dos participantes abaixo

ldquo Foi uma experiecircncia diferente e ineacutedita

para mim Soacute conhecia caverna por fotos e jamais

podia imaginar estar dentro de uma um dia Senti

uma satisfaccedilatildeo muito grande pois aleacutem de ficar

vislumbrado com o lugar e poder estar ajudando

pessoas com deficiecircncia me fez sentir realizado e

tambeacutem fiquei impressionado com tudo o que

aprendi nas palestras (Meacutercio Santos Pereira

2013)

Para esses visitantes de espeleoturismo

convencional e espeleoturismo adaptado adentrar

em uma caverna foi uma das sensaccedilotildees mais

marcantes reais e possiacuteveis em suas vidas pessoais e

profissionais antes jamais realizadas e a mesma

sensaccedilatildeo foi sentida pelo espeleoacutelogo voluntaacuterio

Ver relato de um dos Espeleoacutelogos abaixo

ldquo Foi de grande emoccedilatildeo e surpresa quando

percebi que durante a atividade a sensaccedilatildeo era de

entrar em uma caverna pela primeira vez e

encontrar o desconhecido novamente Resgatar

essas sensaccedilotildees foi oacutetimo durante minha conduccedilatildeo

Observei a caverna com olhar menos teacutecnico e mais

romantizadordquo (Fabricio Muniz 2013)

No que se refere agrave inclusatildeo social a caverna eacute

um ambiente essencial e importante para aprender

teacutecnicas de conduccedilatildeo com PCDs visuais auditivos

fiacutesicos e com mobilidade reduzida pois cada uma

delas exige um conhecimento especiacutefico de

locomoccedilatildeo percebido pelo espeleoacutelogo voluntaacuterio

Edenir Cruz Moreira Ver relato de um dos

Espeleoacutelogos abaixo

ldquo Foi uma experiecircncia muito marcante a

percepccedilatildeo do ambiente mesmo para os guias tem

que se adaptar Comecei a perceber coisas que

normalmente natildeo notaria nas cavernas se estivesse

simplesmente guiando pessoas que natildeo possuem

algum tipo de necessidade especifica Senti tambeacutem

uma necessidade de ser ainda mais cuidadoso com

os pequenos obstaacuteculosrdquo (Edenir Cruz Moreira

2013)

Jaacute no final da atividade foi permitido que o

Wellington Vasconcelos (atuante como PCD-Visual)

retirasse a venda de seus olhos e fizesse os primeiros

relatos das sensaccedilotildees percebidas durante a visitaccedilatildeo

com o sentido da visatildeo anulado Ver relato de um

dos Espeleoacutelogos abaixo

ldquo Visitar uma caverna de olhos vendados foi

pra mim algo impressionante em todos esses anos

atuando nesta vertente cientiacutefica noacutes espeleoacutelogos

jaacute acostumadiacutessimos com o ambiente caverniacutecola

poucas vezes prestamos atenccedilatildeo em alguns detalhes

principalmente quando adentramos em uma

cavidade Jaacute de olhos vendados tudo muda a

percepccedilatildeo muda um simples declive representa um

enorme obstaacuteculo tive de explorar mais outros

sentidos como a audiccedilatildeo e o tato somente atraveacutes

do toque com as matildeos que pude identificar alguns

espeleotemas Agrave medida que caminhaacutevamos tentava

imaginar como era a caverna de acordo com as

descriccedilotildees dos meus guias foi simplesmente uma

experiecircncia iacutemparrdquo (Wellington Vasconcelos

2013)

Fotografia 3 Salatildeo Grutatildeo da Beleza

Foto Teresa Maria da Franca Moniz Aragatildeo jul 2013

Do ponto de vista do espeleoacutelogo voluntaacuterio

Marco Antocircnio Bragante Filho natildeo foi apenas uma

atividade espeleoturiacutestica habitual mas uma

oportunidade de aprendizagem de interaccedilatildeo e bem-

estar percebido entre todos os envolvidos Ver relato

de um dos Espeleoacutelogos abaixo

ldquo Chamou-me a atenccedilatildeo agrave confianccedila que os

PNEs depositam em seu guia de forma que se cria

Nunes Vasconcelos amp Bragante-Filho Atividade espeleoturiacutestica adaptada no Grutatildeo

Campinas SBEUFSCar Pesquisas em Turismo e Paisagens Caacutersticas 9(1) 2016

47

um viacutenculo de amizade e respeito em prol da

aventura que estamos vivendo naquele momento E

assim paira no ar uma emoccedilatildeo comovente no

coraccedilatildeo de todos aqueles que estatildeo envolvidos na

atividade Natildeo haacute diferenccedilas e sim um uacutenico

conjunto de amigos exploradores de cavernardquo

(Marco Antocircnio Bragante Filho 2013)

A atividade foi encerrada no iniacutecio da tarde

com todos ainda muito dispostos e satisfeitos com a

logiacutestica da atividade

4 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

A aplicaccedilatildeo da ferramenta ldquoIndicadores de

Acessibilidaderdquo (ver anexo) eacute essencial para

classificar as cavidades mais adequadas para

atividades com PCDs considerando ainda que para

cada niacutevel de PCD exige accedilotildees diferentes Nesta

atividade entre todas as cavidades da regiatildeo ficou

evidenciado que o Grutatildeo da Beleza era a mais

indicada atendendo a vaacuterias especificidades tais

como a locomoccedilatildeo condiccedilotildees da trilha de acesso

acesso ao poacutertico da cavidade e locomoccedilatildeo com os

PCDs-fiacutesicos visuais e com mobilidade reduzida

Outra ferramenta utilizada eacute uma entrevista

que antecede a atividade com os PCDs que se

interessaram pela visita ao ambiente subterracircneo

sendo indicada para avaliar as facilidades

dificuldades e particularidades no que se refere agrave

sauacutede aos equipamentos que utilizam no dia a dia

como cadeiras de rodas andadores bengalas

muletas proacuteteses guias entre outros para

locomoccedilatildeo que precisam necessariamente estar em

oacutetimas condiccedilotildees

Nessa atividade de campo pela primeira vez

a Comissatildeo de Espeleoinclusatildeo da SBE conduziu

trecircs cadeirantes uma pessoa com mobilidade

reduzida uma pessoa com deficiecircncia visual e uma

simulaccedilatildeo desta com um espeleoacutelogo voluntaacuterio em

vivenciar esta experiecircncia O que possibilitou uma

coleta de informaccedilotildees de grande valia para a

conformaccedilatildeo de novas ferramentas que possibilitem

esse processo de inclusatildeo social tais como a

elaboraccedilatildeo de questionaacuterios anteriores e posteriores

as atividades de campo que possibilitem a montagem

de um banco de dados que possa facilitar e subsidiar

cada vez mais o processo de particular de

Espeleoinclusatildeo e tambeacutem outros processos de

inclusatildeo social Essas ferramentas aliadas aos

Indicadores de Acessibilidades (ver anexo)

utilizados na avaliaccedilatildeo das cavidades traratildeo novos

rumos ao processo de inclusatildeo social

A Comissatildeo de Espeleoinclusatildeo sugere que

sejam coletadas informaccedilotildees preacutevias sobre trilhas e

cavidades a qual seraacute visitada com pelo menos 1 ano

de antecedecircncia Apoacutes essas informaccedilotildees serem

adquiridas e discutidas pelos membros da comissatildeo

as mesmas devem ser compartilhadas durante a

atividade teoacuterica do minicurso de Espeleoturismo

Adaptado aos alunos somadas as orientaccedilotildees do

iniacutecio da atividade de campo Desta maneira foi

possiacutevel que os alunos do minicurso espeleoacutelogos

voluntaacuterios e os soldados do Corpo de Bombeiros de

Satildeo Desideacuterio realizassem as atividades na lideranccedila

de trecircs membros da comissatildeo Os PCDs foram

conduzidos com o nuacutemero de condutores exigidos

A seguir algumas informaccedilotildees

complementares quanto ao desenvolvimento da

atividade Ficou constatado que o salatildeo superior do

Grutatildeo da Beleza soacute pode ser visitado por

cadeirantes se carregados nas costas de condutores

com cadeira de montanhismo (bauldrier) e fitas de

montanhismo espeleoacutelogos experientes e alguns

equipamentos de seguranccedila uma vez que o terreno eacute

muito irregular e com blocos de rocha no chatildeo

Tambeacutem natildeo foi possiacutevel a visita do segundo salatildeo

devido agrave passagem do mesmo ser estreita

dificultando muito o acesso ao salatildeo ateacute mesmo por

natildeo PCDs

Para acesso ao poacutertico inferior algumas accedilotildees

de seguranccedila foram implementadas a exemplo

foram retiradas rochas soltas cascalhos e seixos de

maior granulometria (tamanho) o que possibilitou a

desobstruccedilatildeo e o nivelamento da trilha antes da

atividade A descida neste trecho com cadeirantes

tambeacutem foi feita inicialmente nas costas ndash como

explicado no paraacutegrafo anterior ndash dos espeleoacutelogos

voluntaacuterios e depois nas cadeiras de rodas A

cavidade eacute indicada para visitaccedilatildeo de PCDs pois a

maioria dos salotildees eacute acessiacutevel Os obstaacuteculos

naturais do interior da caverna como a diferenccedila de

niacutevel do piso que forma degraus foram transpostos

facilmente principalmente com o uso de um

quadrante de piso taacutetil usado pela primeira vez em

cavernas indicando grande eficiecircncia A maior parte

dos espeleotemas puderam ser observados e em

alguns casos tocado proporcionando autonomia de

todos os PCDs em seu interior

A integraccedilatildeo entre os grupos foi dentro das

expectativas atendendo aos objetivos que eacute

pesquisar criar ferramentas e coletar dados que

possam subsidiar novas pesquisas e alavancar cada

vez mais o processo de inclusatildeo social

especialmente a Espeleoinclusatildeo No que se refere

aos PCDs esses aleacutem de superar obstaacuteculos naturais

o que nessa questatildeo lhes concedeu grande alegria e

satisfaccedilatildeo No que se refere aos estudos a

participaccedilatildeo no processo formacional de inclusatildeo

social foi de grande valia jaacute que se sentiram ndash

Nunes Vasconcelos amp Bragante-Filho Atividade espeleoturiacutestica adaptada no Grutatildeo

Campinas SBEUFSCar Pesquisas em Turismo e Paisagens Caacutersticas 9(1) 2016

48

conforme relatos ndash como ldquocientistasrdquo contribuindo

para um bem maior Ficou evidente que a realizaccedilatildeo

pessoal e profissional dos espeleoacutelogos voluntaacuterios

acompanhantes e PCDs foi proporcional ou maior

que objetivos propostos

Conforme citado anteriormente nessa

cavidade foi possiacutevel ter a experiecircncia de tocar os

espeleotemas no caso do PCD-Visual e na

simulaccedilatildeo de PCD com falta de visatildeo nesse caso

especiacutefico pocircde se fazer um paralelo entre o ver e o

tocar Ao final da atividade ficou claro outra esfera

de oportunidades de visitaccedilatildeo e possibilidade de

aplicaccedilatildeo de novas ferramentas e instrumentos que

auxiliem na Espeleoinclusatildeo Todas essas

oportunidades e possibilidades aguccediladas pela

necessidade de uma utilizaccedilatildeo mais frequente de

todos os outros sentidos como audiccedilatildeo odor entre

outros cada um de acordo com as novas

condicionantes dos obstaacuteculos encontrados no

ambiente Para aqueles que ainda natildeo haviam

entrado em uma cavidade PCDs ou natildeo-PCDs o

encantamento e entusiasmo em visualizar

estalactites estalagmites e outros espeleotemas foi

tatildeo evidente quanto o observado pelo tato

A troca de experiecircncia entre os integrantes foi

tatildeo importante e intensa que natildeo havia dificuldades

que natildeo pudessem ser superadas As palavras

ldquodesistordquo ou ldquonatildeo conseguireirsquordquo natildeo fizeram parte

desse cenaacuterio Palavras como amizade superaccedilatildeo

conquista e vencedores eram esboccedilados em olhares e

atitudes intensas sorrisos sinceros e contagiantes

durante a atividade Sentimentos de gratidatildeo e

realizaccedilatildeo por aquele dia inesqueciacutevel e importante

para os PCDs espeleoacutelogos e outros profissionais

que participaram da atividade poderem realizar tal

sonho foram evidenciados nos relatos Tambeacutem foi

demonstrado pelos grupos Guano Speleo e SEE

grande interesse nas atividades da Comissatildeo de

Espeleoinclusatildeo da SBE

Apesar de natildeo haver naquele campo de

estudos o Grutatildeo da Beleza a infraestrutura que

existe em alguns parques nacionais e estaduais tais

como banheiros adaptados rampas de acesso e

lanchonetes entre outros isso tambeacutem no caso do

puacuteblico sem deficiecircncia esses elementos natildeo foram

problemas jaacute que foram superados com alimentos e

equipamentos levados por todos os envolvidos

Como exemplo dos pneus de cadeiras de rodas que

podem furar ou simplesmente esvaziar estes

poderiam ser resolvidos facilmente com jogos de

pneus sobressalentes e uma Minibomba de ar

manual para bicicletas

Dessa forma fica mais uma vez evidente que

quando houver a participaccedilatildeo de PCDs em

atividades espeleoturiacutesticas adaptadas a mesma

deve ser planejada meses antes de sua realizaccedilatildeo a

fim de analisar a(s) cavidade(s) trilhas e atrativos a

serem visitados bem como capacitar os profissionais

que participaratildeo dessa atividade

AGRADECIMENTO

Ao Corpo de Bombeiros de Satildeo Desideacuterio

BA ao Professor Leandro Moutinho aos

espeleoacutelogos voluntaacuterios Fabriacutecio Muniz Edenir

Cruz Moreira Lourenccedilo Rafael Vimieiro do Guano

Speleo Ao Marcos Antocircnio Lima Maria Ivete

Fonseca Silva Argemiro Domingos dos Santos

Edimilson Pereira Rodrigues dos Santos Meacutercio

Santos Pereira Teresinha Ramos Cordeiro Fabriacutecio

Muniz da Associaccedilatildeo dos Deficientes de Montes

Claros (ADEMOC) e aos incentivadores da

Comissatildeo de Espeleoinclusatildeo

REFEREcircNCIAS

ALBUQUERQUE A C dos S de Estimativa de recarga do rio das fecircmeas atraveacutes de meacutetodos

manuais e automaacuteticos 2009 Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Ciecircncias Florestais) Universidade de

Brasiacutelia Brasiacutelia DF

BRASIL MINISTEacuteRIO DO TURISMO Turismo acessiacutevel Bem atender no turismo de aventura

adaptada v4 Brasiacutelia 2009 Disponiacutevel em

wwwturismogovbrexportsitesdefaultturismoo_ministeriopublicacoesdownloads_publicacoesCa

rtilha-4_Laranjapdf Acesso em 11 fev 2013

BRASIL Departamento de Produccedilatildeo Mineral Projeto RADAMBRASIL levantamento de geologia

levantamento de geomorfologia folha Tocantins (SD-23) Rio de Janeiro RJ 1982

BRASIL Decreto ndeg 5296 de 02 de dezembro de 2004 Regulamenta as Leis ndeg 10048 de 8 de novembro

de 2000 que daacute prioridade de atendimento aacutes pessoas especificas e 10098 de 19 de dezembro de

Nunes Vasconcelos amp Bragante-Filho Atividade espeleoturiacutestica adaptada no Grutatildeo

Campinas SBEUFSCar Pesquisas em Turismo e Paisagens Caacutersticas 9(1) 2016

49

2000 que estabelece normas gerais e criteacuterios baacutesicos para a promoccedilatildeo da acessibilidade das pessoas

portadora de deficiecircncia ou com mobilidade reduzida e daacute outras providecircncias

BRAGANTE Marco Antocircnio Artigo Relato de atividade [mensagem pessoal] Mensagem recebida por

eriquinhanunes310hotmailcom em 18 ago 2013

COSTA V B Inclusatildeo social nos esportes de aventura na natureza vivecircncias e experiecircncias de um

pesquisador deficiente visual Revista Digital - Buenos Aires - Ano 14 - Nordm 136 - Setembro de 2009

CORDEIRO Teresinha Ramos Artigo Relato de atividade [mensagem pessoal] Mensagem recebida por

eriquinhanunes310hotmailcom em 15 ago 2013

GOVERNO DO ESTADO DA BAHIA Secretaacuteria do Turismo 2015 Disponiacutevel em

bahiacombrcidadessao-desiderio Acesso em 03 fev 2015

GALVAtildeO O LA FERREIRA F C ROSSATO M R REINO R C J JANSEN C D e VILELA V

C Breve Descriccedilatildeo do Patrimocircnio Espeleoloacutegico do Municiacutepio de Satildeo Desideacuterio ndash BA Revista

Brasileira de Espeleologia ndashRbEsp Satildeo Paulo v 2 n 1 p 24 2012 Disponiacutevel em

wwwterrabrasilisorgbrecotecadigitalindexphpoption=com_abookampview=bookampid=1368revista-

brasileira-de-espeleologia-2012-breve-descricao-do-patrimonio-espeleologico-do-municipio-de-sao-

desiderio--ba Acesso em 21 fev 2015

IBGE ndash Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Estimativa da Populaccedilatildeo Residente com data 01deg

de julho de 2014 Disponiacutevel em

wwwcidadesibgegovbrxtrasperfilphplang=ampcodmun=292890ampsearch=||infogrE1ficos-

informaE7F5es-completas Acesso em 07 jun2015

SANTOS A B dos CARVALHO A R de NUNES JR D da R NUNES G da S SOUZA O R de

FILHO J N de C MENEZES J da R NOVAES Z L da R Plano Ambiental para o municiacutepio de

Satildeo Desideacuterio BA Salvador BA Programa Nacional de Capacitaccedilatildeo de Gestores Ambientais 2008

INFOJOVEM Esportes para pessoas com deficiecircncia Disponiacutevel em

wwwinfojovemorgbrinfopediadescubra-e-aprendaesporteesporte-para-pessoas-com-deficiencia

Acesso em 18032015

LIMA Marcos Artigo Relato de atividade [mensagem pessoal] Mensagem recebida por

eriquinhanunesyahoocombr em 19 set 2013

LOBO Santos Augusto Heros Pesquisa em Turismo e Paisagens Caacutersticas Revista Cientiacutefica da Seccedilatildeo de

Espeleoturismo da Sociedade Brasileira de Espeleologia Campinas v 1 n 1 p 5 2008

Disponiacutevel em wwwcavernasorgbrptpcptpc_v1_n1pdf Acesso em 07 jun 2015

MAROUN K VIEIRA V Enduro a Peacute o esporte de aventura como aliado na adesatildeo agrave praacutetica de

atividade fiacutesica Revista Digital - Buenos Aires - Ano 11 - Ndeg 102 - Novembro de 2006

MUNIZ Fabricio Artigo Relato de atividade [mensagem pessoal] Mensagem recebida por

eriquinhanunesyahoocombr em 18 jun 2013

MOREIRA Edenir Cruz Artigo Relato de atividade [mensagem pessoal] Mensagem recebida por

eriquinhanunesyahoocombr em 22 jun 2013

NUNES et al Inclusatildeo Social de Portadores de Necessidades Especiais (PNEs) e a Praacutetica do Turismo em

Aacutereas Naturais Avaliaccedilatildeo de Seis Cavidades Turiacutesticas do Estado de Satildeo Paulo In CONGRESSO

BRASILEIRO DE ESPELEOLOGIA XXIX 2007 Ouro Preto Anais Ouro Preto Minas Gerais

2007 Disponiacutevel em wwwcavernasorgbranais29cbe29cbe_201-210pdf

Nunes Vasconcelos amp Bragante-Filho Atividade espeleoturiacutestica adaptada no Grutatildeo

Campinas SBEUFSCar Pesquisas em Turismo e Paisagens Caacutersticas 9(1) 2016

50

NUNES et al Proposta de Indicadores de Acessibilidade aacutes Cavidades Turiacutesticas Direcionadas aos

Portadores de Necessidades Especiais (PNEs) In CONGRESSO BRASILEIRO DE

ESPELEOLOGIA XXX 2009 Montes Claros Anais Montes Claros Minas Gerais 2009

Disponiacutevel em wwwcavernasorgbranais30cbe30cbe_159-164pdf

NUNES et al Introduccedilatildeo ao mini curso espeleoturismo adaptado e aplicaccedilatildeo da ferramenta indicadores de

acessibilidade em cavernas In CONGRESSO BRASILEIRO DE ESPELEOLOGIA XXXII 2013

Barreiras Anais Barreiras Bahia 2013 Disponiacutevel em

wwwcavernasorgbranais32cbe32cbe_013-022pdf

PASSO D P CASTRO K B de MARTINS E de S GOMES M P REATTO A LIMA L A de S

CARVALHO JR O A GOMES R A T Caracterizaccedilatildeo Geomorfoloacutegica do Municiacutepio de Satildeo

Desideacuterio BA Escala 1 50000 Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuaacuteria (Embrapa Cerrados)

2010 Planaltina DF 29p ndash (Boletim de Pesquisa e Desenvolvimento) 283

PEREIRA Meacutercio Santos Artigo Relato de atividade [mensagem pessoal] Mensagem recebida por

eriquinhanunesyahoocombr em 20 jun 2013

PREFEITURA MUNICIPAL DE SAtildeO DESIDEacuteRIO BA Turismo Disponiacutevel em

saodesideriobagovbrturismo Acesso em 03 Fev 2015

SOCIEDADE BRASILEIRA DE ESPELEOLOGIA SBE Notiacutecias ndeg82 Campinas 2008 Disponiacutevel em

wwwcavernasorgbrsbenoticiasSBENoticias_082pdf Acesso em 22 mar 2015

SOCIEDADE BRASILEIRA DE ESPELEOLOGIA XXX Congresso Brasileiro de Espeleologia Curso

Introduccedilatildeo do Espeleoturismo Adaptado Disponiacutevel em

wwwcavernasorgbrdiversos30cbecurso06pdf Acesso em 07 jun 2015

SOCIEDADE BRASILEIRA DE ESPELEOLOGIA SBE Notiacutecias ndeg269 Campinas 2008 Disponiacutevel em

wwwcavernasorgbrsbenoticiasSBENoticias_269pdf Acesso em 07 jun 2015

SANTOS Argemiro Domingos dos Artigo Relato de Atividade [mensagem pessoal] Mensagem recebida

por eriquinhanunesyahoocombr em 17 set 2013

SANTOS Edimilson Pereira Rodrigues dos Artigo Relato de atividade [mensagem pessoal] Mensagem

recebida por eriquinhanunesyahoocombr em 20 jun 2013

SILVA Maria Ivete Fonseca Artigo Relato de atividade [mensagem pessoal] Mensagem recebida por

eriquinhanunesyahoocombr em 19 set 2013

SILVA Leonardo Vieira da Artigo Relato de atividade [mensagem pessoal] Mensagem recebida por

eriquinhanunesyahoocombr em 20 jun 2013

SILVA Wellington Vasconcelos Eustaacutequio Artigo Relato de atividade [mensagem pessoal] Mensagem

recebida por eriquinhanunesyahoocombr em 18 jun 2013

XXXII CONGRESSO BRASILEIRO DE ESPELEOLOGIA Curso introduccedilatildeo ao espeleoturismo adaptado

Barreiras 2013 Disponiacutevel em wwwcavernasorgbr32CBE-cursosasp Acesso em 01 fev 2015

ZAMPAULO Robson de Almeida LUZ Claacuteudia Santos NUNES Eacuterica Inclusatildeo Social de Portadores de

Necessidades Especiais (PNEs) e a Praacutetica do Turismo em Aacutereas Naturais Relato de Caso no

Parque Estadual Turiacutestico do Alto Ribeira (PETAR-SP) In CONGRESSO BRASILEIRO DE

ESPELEOLOGIA XXVIII 2005 Campinas Anais Campinas Satildeo Paulo 2005 P 160-167

Disponiacutevel em wwwcavernasorgbranais28cbe28cbe_160-167pdf

Nunes Vasconcelos amp Bragante-Filho Atividade espeleoturiacutestica adaptada no Grutatildeo

Campinas SBEUFSCar Pesquisas em Turismo e Paisagens Caacutersticas 9(1) 2016

51

Anexo I

Deficiecircncia

Fiacutesica

alteraccedilatildeo completa ou parcial de um ou mais membros da anatomia humana e

comprometimentos fiacutesicos paraplegia paraparesia monoplegia monoparesia tetraplegia

tetraparesia triplegia triparesia hemiplegia hemiparesia ostomia amputaccedilatildeo ou falta de

membros paralisia cerebral nanismo membros com deformaccedilatildeo congecircnita ou adquirida

sem considerar deformaccedilotildees esteacuteticas e dificuldade em realizar atividades

Deficiecircncia

auditiva

perda bilateral parcial ou total em 41 decibeacuteis (dB) ou maior identificado com exame de

audiograma em frequecircncia em 500 1000 2000 e 3000 Hz

Deficiecircncia

visual

cegueira com acuidade visual igual ou menor 005 na melhor correccedilatildeo ocular baixa visatildeo

03 e 005 na melhor correccedilatildeo ocular pacientes com somatoacuteria da regiatildeo visual nas duas

oculares igual ou menor 60deg e ocorrecircncia simultacircnea de outra condiccedilatildeo anterior

Deficiecircncia

intelectual

atividade intelectual muito menor agrave mediana diagnosticada antes dos dezoito anos de

idade dificuldades na capacidade adaptativa em dois ou mais campos comunicaccedilatildeo

proacuteprio cuidado habilidade social usar recursos da comunidade sauacutede seguranccedila

atividade escolar lazer e trabalho

Deficiecircncia

muacuteltipla interaccedilatildeo entre duas ou mais deficiecircncias

Pessoa com

mobilidade

reduzida

natildeo eacute classificada como deficiente mas apresenta limitaccedilotildees nos movimentos seja

permanente ou temporaacuterio demonstrando diminuiccedilatildeo efetiva de flexibilidade

coordenaccedilatildeo motora mobilidade e percepccedilatildeo

INDICADORES DE ACESSIBILIDADE GRUTAtildeO DA BELEZA (BA-539)

A- LARGURA E ALTURA DO POacuteRTICO (EM METROS LINEARES) DA CAVIDADE

Altura = 7m Desenvolvimento linear = 55m

B- SUBSTRATO DO TRECHO DE ACESSO ATEacute A ENTRADA DA CAVIDADE

(X) CALCcedilADAS

CIMENTADAS

( ) BARRO COM PEDRAS

( ) AREIA

(X) BARRO

(X) GRAMA

( ) OUTROS

( ) BARRO COM GRAMA

( ) PEDRA

( ) RIO COacuteRREGO

C- QUAIS AS PRINCIPAIS DIFICULDADES PARA ENTRAR NA CAVIDADE

( ) CHAtildeO ESCORREGADIO

( ) ESCADA

( ) FENDA

( ) LAMA

( ) AacuteGUA

( ) ABISMO

(X) ACLIVE

( ) AREIA

( ) OUTROS

(X) DECLIVE

(X) BLOCOS

( ) ___________

D- QUAIS OS OBSTAacuteCULOS A SEREM SUPERADOS DENTRO DA CAVIDADE

( ) ESCADA

( ) LAGO

( ) AFUNILAMENTO

( ) PONTE

( ) COacuteRREGO

( ) FENDA

(X) BLOCOS

( ) RIO

( ) CACHOEIRA

( ) ABISMO

( ) ___________

( ) ___________

E- EXISTE A NECESSIDADE DE PRATICAR MANOBRAS COM A CADEIRA DE

RODAS DURANTE O DESLOCAMENTO QUAIS

(X) SUSPENDER

(X) EMPINAR

( ) TOMBAR

( ) OSCILAR

( ) GRAMA

( ) OUTROS

(X) RETIRADA DO PNE DA

CADEIRA DE RODAS

( ) ___________

F- A CADEIRA DE RODAS CONSEGUE PERCORRER TODO CAMINHAMENTO

QUANDO PARCIAL JUSTIFIQUE

(X) SIM ( ) NAtildeO ( ) PARCIAL

Nunes Vasconcelos amp Bragante-Filho Atividade espeleoturiacutestica adaptada no Grutatildeo

Campinas SBEUFSCar Pesquisas em Turismo e Paisagens Caacutersticas 9(1) 2016

52

G- EM QUANTOS METROS Eacute POSSIacuteVEL DESLOCAR COM A CADEIRA DE

RODAS

Todo o poacutertico inferior pode ser transitado por cadeiras de rodas

H- HAacute TRECHOS NA CAVIDADE QUE O PNE CADEIRANTE PRECISA SER

CARREGADO

(X) SIM ( ) NAtildeO

I- QUANTOS SALOtildeES O PNE CADEIRANTE CONSEGUE VISITAR

Apenas um salatildeo natildeo pode ser visitado pois a entrada para o mesmo eacute estreita

J- QUAIS SAtildeO OS ATRATIVOS (PASSIVOS ATIVOS) QUE O PNE CONSEGUE

TER ACESSO USUFRUIR DENTRO DA CAVIDADE

(X) SALOtildeES

( ) RIOS

( ) FAUNA

(X) ESPELEOTEMA

(X) PINTURAS RUPESTRES

(X) FLORA

( ) LAGOS

( ) OUTROS

( ) FOacuteSSEIS

( ) CACHOEIRAS

( ) PETROGLIFOS

( ) ___________

K- DE UM MODO GERAL QUAIS AS FACILIDADES E DIFICULDADES

ENCONTRADAS DENTRO DA CAVERNA

Haacute facilidade no trajeto dentro da cavidade pois o piso natildeo tem muitas ondulaccedilotildees apesar de exigir

muita atenccedilatildeo nas descidas

Editorial flowFluxo editorial ReceivedRecebido em Ago 2015 AcceptedAprovado em Fev 2016

PESQUISAS EM TURISMO E PAISAGENS CAacuteRSTICAS

Sociedade Brasileira de Espeleologia (SBE) Universidade Federal de Satildeo Carlos (UFSCar)

wwwcavernasorgbrturismoasp

Refrendada por la Associacioacuten de Cuevas Turiacutesticas Iberoamericanas

Nunes Vasconcelos amp Bragante-Filho Atividade espeleoturiacutestica adaptada no Grutatildeo

Campinas SBEUFSCar Pesquisas em Turismo e Paisagens Caacutersticas 9(1) 2016

46

conhecer uma caverna Ver relato de um dos PCDs

participantes abaixo

ldquo Foi algo ineacutedito para mim o fato de estar

em um ambiente que jamais imaginei que poderia

chegar pois tive uma sensaccedilatildeo de paz Fiquei

maravilhada com os espeleotemas que aprendi que

satildeo as formaccedilotildees no interior da caverna Foi uma

experiecircncia que ningueacutem vai me tirar uma emoccedilatildeo

diferente e um sentimento de gratidatildeo aos que

proporcionaram esse prazer Senti-me muito feliz

em superar e aprendi muito com as partes teoacutericas

do congresso tambeacutem (Maria Ivete Fonseca Silva

2013)

A sensaccedilatildeo de estar em ambiente confinado

gera expectativas de apreensatildeo em PCDs mas

tambeacutem em natildeo PCDs Um dos objetivos da

Comissatildeo de Espeleoinclusatildeo eacute desmistificar

preconceitos desta modalidade turiacutestica e permitir

uma nova forma de inclusatildeo social Ver relato de um

dos participantes abaixo

ldquo Foi uma experiecircncia diferente e ineacutedita

para mim Soacute conhecia caverna por fotos e jamais

podia imaginar estar dentro de uma um dia Senti

uma satisfaccedilatildeo muito grande pois aleacutem de ficar

vislumbrado com o lugar e poder estar ajudando

pessoas com deficiecircncia me fez sentir realizado e

tambeacutem fiquei impressionado com tudo o que

aprendi nas palestras (Meacutercio Santos Pereira

2013)

Para esses visitantes de espeleoturismo

convencional e espeleoturismo adaptado adentrar

em uma caverna foi uma das sensaccedilotildees mais

marcantes reais e possiacuteveis em suas vidas pessoais e

profissionais antes jamais realizadas e a mesma

sensaccedilatildeo foi sentida pelo espeleoacutelogo voluntaacuterio

Ver relato de um dos Espeleoacutelogos abaixo

ldquo Foi de grande emoccedilatildeo e surpresa quando

percebi que durante a atividade a sensaccedilatildeo era de

entrar em uma caverna pela primeira vez e

encontrar o desconhecido novamente Resgatar

essas sensaccedilotildees foi oacutetimo durante minha conduccedilatildeo

Observei a caverna com olhar menos teacutecnico e mais

romantizadordquo (Fabricio Muniz 2013)

No que se refere agrave inclusatildeo social a caverna eacute

um ambiente essencial e importante para aprender

teacutecnicas de conduccedilatildeo com PCDs visuais auditivos

fiacutesicos e com mobilidade reduzida pois cada uma

delas exige um conhecimento especiacutefico de

locomoccedilatildeo percebido pelo espeleoacutelogo voluntaacuterio

Edenir Cruz Moreira Ver relato de um dos

Espeleoacutelogos abaixo

ldquo Foi uma experiecircncia muito marcante a

percepccedilatildeo do ambiente mesmo para os guias tem

que se adaptar Comecei a perceber coisas que

normalmente natildeo notaria nas cavernas se estivesse

simplesmente guiando pessoas que natildeo possuem

algum tipo de necessidade especifica Senti tambeacutem

uma necessidade de ser ainda mais cuidadoso com

os pequenos obstaacuteculosrdquo (Edenir Cruz Moreira

2013)

Jaacute no final da atividade foi permitido que o

Wellington Vasconcelos (atuante como PCD-Visual)

retirasse a venda de seus olhos e fizesse os primeiros

relatos das sensaccedilotildees percebidas durante a visitaccedilatildeo

com o sentido da visatildeo anulado Ver relato de um

dos Espeleoacutelogos abaixo

ldquo Visitar uma caverna de olhos vendados foi

pra mim algo impressionante em todos esses anos

atuando nesta vertente cientiacutefica noacutes espeleoacutelogos

jaacute acostumadiacutessimos com o ambiente caverniacutecola

poucas vezes prestamos atenccedilatildeo em alguns detalhes

principalmente quando adentramos em uma

cavidade Jaacute de olhos vendados tudo muda a

percepccedilatildeo muda um simples declive representa um

enorme obstaacuteculo tive de explorar mais outros

sentidos como a audiccedilatildeo e o tato somente atraveacutes

do toque com as matildeos que pude identificar alguns

espeleotemas Agrave medida que caminhaacutevamos tentava

imaginar como era a caverna de acordo com as

descriccedilotildees dos meus guias foi simplesmente uma

experiecircncia iacutemparrdquo (Wellington Vasconcelos

2013)

Fotografia 3 Salatildeo Grutatildeo da Beleza

Foto Teresa Maria da Franca Moniz Aragatildeo jul 2013

Do ponto de vista do espeleoacutelogo voluntaacuterio

Marco Antocircnio Bragante Filho natildeo foi apenas uma

atividade espeleoturiacutestica habitual mas uma

oportunidade de aprendizagem de interaccedilatildeo e bem-

estar percebido entre todos os envolvidos Ver relato

de um dos Espeleoacutelogos abaixo

ldquo Chamou-me a atenccedilatildeo agrave confianccedila que os

PNEs depositam em seu guia de forma que se cria

Nunes Vasconcelos amp Bragante-Filho Atividade espeleoturiacutestica adaptada no Grutatildeo

Campinas SBEUFSCar Pesquisas em Turismo e Paisagens Caacutersticas 9(1) 2016

47

um viacutenculo de amizade e respeito em prol da

aventura que estamos vivendo naquele momento E

assim paira no ar uma emoccedilatildeo comovente no

coraccedilatildeo de todos aqueles que estatildeo envolvidos na

atividade Natildeo haacute diferenccedilas e sim um uacutenico

conjunto de amigos exploradores de cavernardquo

(Marco Antocircnio Bragante Filho 2013)

A atividade foi encerrada no iniacutecio da tarde

com todos ainda muito dispostos e satisfeitos com a

logiacutestica da atividade

4 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

A aplicaccedilatildeo da ferramenta ldquoIndicadores de

Acessibilidaderdquo (ver anexo) eacute essencial para

classificar as cavidades mais adequadas para

atividades com PCDs considerando ainda que para

cada niacutevel de PCD exige accedilotildees diferentes Nesta

atividade entre todas as cavidades da regiatildeo ficou

evidenciado que o Grutatildeo da Beleza era a mais

indicada atendendo a vaacuterias especificidades tais

como a locomoccedilatildeo condiccedilotildees da trilha de acesso

acesso ao poacutertico da cavidade e locomoccedilatildeo com os

PCDs-fiacutesicos visuais e com mobilidade reduzida

Outra ferramenta utilizada eacute uma entrevista

que antecede a atividade com os PCDs que se

interessaram pela visita ao ambiente subterracircneo

sendo indicada para avaliar as facilidades

dificuldades e particularidades no que se refere agrave

sauacutede aos equipamentos que utilizam no dia a dia

como cadeiras de rodas andadores bengalas

muletas proacuteteses guias entre outros para

locomoccedilatildeo que precisam necessariamente estar em

oacutetimas condiccedilotildees

Nessa atividade de campo pela primeira vez

a Comissatildeo de Espeleoinclusatildeo da SBE conduziu

trecircs cadeirantes uma pessoa com mobilidade

reduzida uma pessoa com deficiecircncia visual e uma

simulaccedilatildeo desta com um espeleoacutelogo voluntaacuterio em

vivenciar esta experiecircncia O que possibilitou uma

coleta de informaccedilotildees de grande valia para a

conformaccedilatildeo de novas ferramentas que possibilitem

esse processo de inclusatildeo social tais como a

elaboraccedilatildeo de questionaacuterios anteriores e posteriores

as atividades de campo que possibilitem a montagem

de um banco de dados que possa facilitar e subsidiar

cada vez mais o processo de particular de

Espeleoinclusatildeo e tambeacutem outros processos de

inclusatildeo social Essas ferramentas aliadas aos

Indicadores de Acessibilidades (ver anexo)

utilizados na avaliaccedilatildeo das cavidades traratildeo novos

rumos ao processo de inclusatildeo social

A Comissatildeo de Espeleoinclusatildeo sugere que

sejam coletadas informaccedilotildees preacutevias sobre trilhas e

cavidades a qual seraacute visitada com pelo menos 1 ano

de antecedecircncia Apoacutes essas informaccedilotildees serem

adquiridas e discutidas pelos membros da comissatildeo

as mesmas devem ser compartilhadas durante a

atividade teoacuterica do minicurso de Espeleoturismo

Adaptado aos alunos somadas as orientaccedilotildees do

iniacutecio da atividade de campo Desta maneira foi

possiacutevel que os alunos do minicurso espeleoacutelogos

voluntaacuterios e os soldados do Corpo de Bombeiros de

Satildeo Desideacuterio realizassem as atividades na lideranccedila

de trecircs membros da comissatildeo Os PCDs foram

conduzidos com o nuacutemero de condutores exigidos

A seguir algumas informaccedilotildees

complementares quanto ao desenvolvimento da

atividade Ficou constatado que o salatildeo superior do

Grutatildeo da Beleza soacute pode ser visitado por

cadeirantes se carregados nas costas de condutores

com cadeira de montanhismo (bauldrier) e fitas de

montanhismo espeleoacutelogos experientes e alguns

equipamentos de seguranccedila uma vez que o terreno eacute

muito irregular e com blocos de rocha no chatildeo

Tambeacutem natildeo foi possiacutevel a visita do segundo salatildeo

devido agrave passagem do mesmo ser estreita

dificultando muito o acesso ao salatildeo ateacute mesmo por

natildeo PCDs

Para acesso ao poacutertico inferior algumas accedilotildees

de seguranccedila foram implementadas a exemplo

foram retiradas rochas soltas cascalhos e seixos de

maior granulometria (tamanho) o que possibilitou a

desobstruccedilatildeo e o nivelamento da trilha antes da

atividade A descida neste trecho com cadeirantes

tambeacutem foi feita inicialmente nas costas ndash como

explicado no paraacutegrafo anterior ndash dos espeleoacutelogos

voluntaacuterios e depois nas cadeiras de rodas A

cavidade eacute indicada para visitaccedilatildeo de PCDs pois a

maioria dos salotildees eacute acessiacutevel Os obstaacuteculos

naturais do interior da caverna como a diferenccedila de

niacutevel do piso que forma degraus foram transpostos

facilmente principalmente com o uso de um

quadrante de piso taacutetil usado pela primeira vez em

cavernas indicando grande eficiecircncia A maior parte

dos espeleotemas puderam ser observados e em

alguns casos tocado proporcionando autonomia de

todos os PCDs em seu interior

A integraccedilatildeo entre os grupos foi dentro das

expectativas atendendo aos objetivos que eacute

pesquisar criar ferramentas e coletar dados que

possam subsidiar novas pesquisas e alavancar cada

vez mais o processo de inclusatildeo social

especialmente a Espeleoinclusatildeo No que se refere

aos PCDs esses aleacutem de superar obstaacuteculos naturais

o que nessa questatildeo lhes concedeu grande alegria e

satisfaccedilatildeo No que se refere aos estudos a

participaccedilatildeo no processo formacional de inclusatildeo

social foi de grande valia jaacute que se sentiram ndash

Nunes Vasconcelos amp Bragante-Filho Atividade espeleoturiacutestica adaptada no Grutatildeo

Campinas SBEUFSCar Pesquisas em Turismo e Paisagens Caacutersticas 9(1) 2016

48

conforme relatos ndash como ldquocientistasrdquo contribuindo

para um bem maior Ficou evidente que a realizaccedilatildeo

pessoal e profissional dos espeleoacutelogos voluntaacuterios

acompanhantes e PCDs foi proporcional ou maior

que objetivos propostos

Conforme citado anteriormente nessa

cavidade foi possiacutevel ter a experiecircncia de tocar os

espeleotemas no caso do PCD-Visual e na

simulaccedilatildeo de PCD com falta de visatildeo nesse caso

especiacutefico pocircde se fazer um paralelo entre o ver e o

tocar Ao final da atividade ficou claro outra esfera

de oportunidades de visitaccedilatildeo e possibilidade de

aplicaccedilatildeo de novas ferramentas e instrumentos que

auxiliem na Espeleoinclusatildeo Todas essas

oportunidades e possibilidades aguccediladas pela

necessidade de uma utilizaccedilatildeo mais frequente de

todos os outros sentidos como audiccedilatildeo odor entre

outros cada um de acordo com as novas

condicionantes dos obstaacuteculos encontrados no

ambiente Para aqueles que ainda natildeo haviam

entrado em uma cavidade PCDs ou natildeo-PCDs o

encantamento e entusiasmo em visualizar

estalactites estalagmites e outros espeleotemas foi

tatildeo evidente quanto o observado pelo tato

A troca de experiecircncia entre os integrantes foi

tatildeo importante e intensa que natildeo havia dificuldades

que natildeo pudessem ser superadas As palavras

ldquodesistordquo ou ldquonatildeo conseguireirsquordquo natildeo fizeram parte

desse cenaacuterio Palavras como amizade superaccedilatildeo

conquista e vencedores eram esboccedilados em olhares e

atitudes intensas sorrisos sinceros e contagiantes

durante a atividade Sentimentos de gratidatildeo e

realizaccedilatildeo por aquele dia inesqueciacutevel e importante

para os PCDs espeleoacutelogos e outros profissionais

que participaram da atividade poderem realizar tal

sonho foram evidenciados nos relatos Tambeacutem foi

demonstrado pelos grupos Guano Speleo e SEE

grande interesse nas atividades da Comissatildeo de

Espeleoinclusatildeo da SBE

Apesar de natildeo haver naquele campo de

estudos o Grutatildeo da Beleza a infraestrutura que

existe em alguns parques nacionais e estaduais tais

como banheiros adaptados rampas de acesso e

lanchonetes entre outros isso tambeacutem no caso do

puacuteblico sem deficiecircncia esses elementos natildeo foram

problemas jaacute que foram superados com alimentos e

equipamentos levados por todos os envolvidos

Como exemplo dos pneus de cadeiras de rodas que

podem furar ou simplesmente esvaziar estes

poderiam ser resolvidos facilmente com jogos de

pneus sobressalentes e uma Minibomba de ar

manual para bicicletas

Dessa forma fica mais uma vez evidente que

quando houver a participaccedilatildeo de PCDs em

atividades espeleoturiacutesticas adaptadas a mesma

deve ser planejada meses antes de sua realizaccedilatildeo a

fim de analisar a(s) cavidade(s) trilhas e atrativos a

serem visitados bem como capacitar os profissionais

que participaratildeo dessa atividade

AGRADECIMENTO

Ao Corpo de Bombeiros de Satildeo Desideacuterio

BA ao Professor Leandro Moutinho aos

espeleoacutelogos voluntaacuterios Fabriacutecio Muniz Edenir

Cruz Moreira Lourenccedilo Rafael Vimieiro do Guano

Speleo Ao Marcos Antocircnio Lima Maria Ivete

Fonseca Silva Argemiro Domingos dos Santos

Edimilson Pereira Rodrigues dos Santos Meacutercio

Santos Pereira Teresinha Ramos Cordeiro Fabriacutecio

Muniz da Associaccedilatildeo dos Deficientes de Montes

Claros (ADEMOC) e aos incentivadores da

Comissatildeo de Espeleoinclusatildeo

REFEREcircNCIAS

ALBUQUERQUE A C dos S de Estimativa de recarga do rio das fecircmeas atraveacutes de meacutetodos

manuais e automaacuteticos 2009 Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Ciecircncias Florestais) Universidade de

Brasiacutelia Brasiacutelia DF

BRASIL MINISTEacuteRIO DO TURISMO Turismo acessiacutevel Bem atender no turismo de aventura

adaptada v4 Brasiacutelia 2009 Disponiacutevel em

wwwturismogovbrexportsitesdefaultturismoo_ministeriopublicacoesdownloads_publicacoesCa

rtilha-4_Laranjapdf Acesso em 11 fev 2013

BRASIL Departamento de Produccedilatildeo Mineral Projeto RADAMBRASIL levantamento de geologia

levantamento de geomorfologia folha Tocantins (SD-23) Rio de Janeiro RJ 1982

BRASIL Decreto ndeg 5296 de 02 de dezembro de 2004 Regulamenta as Leis ndeg 10048 de 8 de novembro

de 2000 que daacute prioridade de atendimento aacutes pessoas especificas e 10098 de 19 de dezembro de

Nunes Vasconcelos amp Bragante-Filho Atividade espeleoturiacutestica adaptada no Grutatildeo

Campinas SBEUFSCar Pesquisas em Turismo e Paisagens Caacutersticas 9(1) 2016

49

2000 que estabelece normas gerais e criteacuterios baacutesicos para a promoccedilatildeo da acessibilidade das pessoas

portadora de deficiecircncia ou com mobilidade reduzida e daacute outras providecircncias

BRAGANTE Marco Antocircnio Artigo Relato de atividade [mensagem pessoal] Mensagem recebida por

eriquinhanunes310hotmailcom em 18 ago 2013

COSTA V B Inclusatildeo social nos esportes de aventura na natureza vivecircncias e experiecircncias de um

pesquisador deficiente visual Revista Digital - Buenos Aires - Ano 14 - Nordm 136 - Setembro de 2009

CORDEIRO Teresinha Ramos Artigo Relato de atividade [mensagem pessoal] Mensagem recebida por

eriquinhanunes310hotmailcom em 15 ago 2013

GOVERNO DO ESTADO DA BAHIA Secretaacuteria do Turismo 2015 Disponiacutevel em

bahiacombrcidadessao-desiderio Acesso em 03 fev 2015

GALVAtildeO O LA FERREIRA F C ROSSATO M R REINO R C J JANSEN C D e VILELA V

C Breve Descriccedilatildeo do Patrimocircnio Espeleoloacutegico do Municiacutepio de Satildeo Desideacuterio ndash BA Revista

Brasileira de Espeleologia ndashRbEsp Satildeo Paulo v 2 n 1 p 24 2012 Disponiacutevel em

wwwterrabrasilisorgbrecotecadigitalindexphpoption=com_abookampview=bookampid=1368revista-

brasileira-de-espeleologia-2012-breve-descricao-do-patrimonio-espeleologico-do-municipio-de-sao-

desiderio--ba Acesso em 21 fev 2015

IBGE ndash Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Estimativa da Populaccedilatildeo Residente com data 01deg

de julho de 2014 Disponiacutevel em

wwwcidadesibgegovbrxtrasperfilphplang=ampcodmun=292890ampsearch=||infogrE1ficos-

informaE7F5es-completas Acesso em 07 jun2015

SANTOS A B dos CARVALHO A R de NUNES JR D da R NUNES G da S SOUZA O R de

FILHO J N de C MENEZES J da R NOVAES Z L da R Plano Ambiental para o municiacutepio de

Satildeo Desideacuterio BA Salvador BA Programa Nacional de Capacitaccedilatildeo de Gestores Ambientais 2008

INFOJOVEM Esportes para pessoas com deficiecircncia Disponiacutevel em

wwwinfojovemorgbrinfopediadescubra-e-aprendaesporteesporte-para-pessoas-com-deficiencia

Acesso em 18032015

LIMA Marcos Artigo Relato de atividade [mensagem pessoal] Mensagem recebida por

eriquinhanunesyahoocombr em 19 set 2013

LOBO Santos Augusto Heros Pesquisa em Turismo e Paisagens Caacutersticas Revista Cientiacutefica da Seccedilatildeo de

Espeleoturismo da Sociedade Brasileira de Espeleologia Campinas v 1 n 1 p 5 2008

Disponiacutevel em wwwcavernasorgbrptpcptpc_v1_n1pdf Acesso em 07 jun 2015

MAROUN K VIEIRA V Enduro a Peacute o esporte de aventura como aliado na adesatildeo agrave praacutetica de

atividade fiacutesica Revista Digital - Buenos Aires - Ano 11 - Ndeg 102 - Novembro de 2006

MUNIZ Fabricio Artigo Relato de atividade [mensagem pessoal] Mensagem recebida por

eriquinhanunesyahoocombr em 18 jun 2013

MOREIRA Edenir Cruz Artigo Relato de atividade [mensagem pessoal] Mensagem recebida por

eriquinhanunesyahoocombr em 22 jun 2013

NUNES et al Inclusatildeo Social de Portadores de Necessidades Especiais (PNEs) e a Praacutetica do Turismo em

Aacutereas Naturais Avaliaccedilatildeo de Seis Cavidades Turiacutesticas do Estado de Satildeo Paulo In CONGRESSO

BRASILEIRO DE ESPELEOLOGIA XXIX 2007 Ouro Preto Anais Ouro Preto Minas Gerais

2007 Disponiacutevel em wwwcavernasorgbranais29cbe29cbe_201-210pdf

Nunes Vasconcelos amp Bragante-Filho Atividade espeleoturiacutestica adaptada no Grutatildeo

Campinas SBEUFSCar Pesquisas em Turismo e Paisagens Caacutersticas 9(1) 2016

50

NUNES et al Proposta de Indicadores de Acessibilidade aacutes Cavidades Turiacutesticas Direcionadas aos

Portadores de Necessidades Especiais (PNEs) In CONGRESSO BRASILEIRO DE

ESPELEOLOGIA XXX 2009 Montes Claros Anais Montes Claros Minas Gerais 2009

Disponiacutevel em wwwcavernasorgbranais30cbe30cbe_159-164pdf

NUNES et al Introduccedilatildeo ao mini curso espeleoturismo adaptado e aplicaccedilatildeo da ferramenta indicadores de

acessibilidade em cavernas In CONGRESSO BRASILEIRO DE ESPELEOLOGIA XXXII 2013

Barreiras Anais Barreiras Bahia 2013 Disponiacutevel em

wwwcavernasorgbranais32cbe32cbe_013-022pdf

PASSO D P CASTRO K B de MARTINS E de S GOMES M P REATTO A LIMA L A de S

CARVALHO JR O A GOMES R A T Caracterizaccedilatildeo Geomorfoloacutegica do Municiacutepio de Satildeo

Desideacuterio BA Escala 1 50000 Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuaacuteria (Embrapa Cerrados)

2010 Planaltina DF 29p ndash (Boletim de Pesquisa e Desenvolvimento) 283

PEREIRA Meacutercio Santos Artigo Relato de atividade [mensagem pessoal] Mensagem recebida por

eriquinhanunesyahoocombr em 20 jun 2013

PREFEITURA MUNICIPAL DE SAtildeO DESIDEacuteRIO BA Turismo Disponiacutevel em

saodesideriobagovbrturismo Acesso em 03 Fev 2015

SOCIEDADE BRASILEIRA DE ESPELEOLOGIA SBE Notiacutecias ndeg82 Campinas 2008 Disponiacutevel em

wwwcavernasorgbrsbenoticiasSBENoticias_082pdf Acesso em 22 mar 2015

SOCIEDADE BRASILEIRA DE ESPELEOLOGIA XXX Congresso Brasileiro de Espeleologia Curso

Introduccedilatildeo do Espeleoturismo Adaptado Disponiacutevel em

wwwcavernasorgbrdiversos30cbecurso06pdf Acesso em 07 jun 2015

SOCIEDADE BRASILEIRA DE ESPELEOLOGIA SBE Notiacutecias ndeg269 Campinas 2008 Disponiacutevel em

wwwcavernasorgbrsbenoticiasSBENoticias_269pdf Acesso em 07 jun 2015

SANTOS Argemiro Domingos dos Artigo Relato de Atividade [mensagem pessoal] Mensagem recebida

por eriquinhanunesyahoocombr em 17 set 2013

SANTOS Edimilson Pereira Rodrigues dos Artigo Relato de atividade [mensagem pessoal] Mensagem

recebida por eriquinhanunesyahoocombr em 20 jun 2013

SILVA Maria Ivete Fonseca Artigo Relato de atividade [mensagem pessoal] Mensagem recebida por

eriquinhanunesyahoocombr em 19 set 2013

SILVA Leonardo Vieira da Artigo Relato de atividade [mensagem pessoal] Mensagem recebida por

eriquinhanunesyahoocombr em 20 jun 2013

SILVA Wellington Vasconcelos Eustaacutequio Artigo Relato de atividade [mensagem pessoal] Mensagem

recebida por eriquinhanunesyahoocombr em 18 jun 2013

XXXII CONGRESSO BRASILEIRO DE ESPELEOLOGIA Curso introduccedilatildeo ao espeleoturismo adaptado

Barreiras 2013 Disponiacutevel em wwwcavernasorgbr32CBE-cursosasp Acesso em 01 fev 2015

ZAMPAULO Robson de Almeida LUZ Claacuteudia Santos NUNES Eacuterica Inclusatildeo Social de Portadores de

Necessidades Especiais (PNEs) e a Praacutetica do Turismo em Aacutereas Naturais Relato de Caso no

Parque Estadual Turiacutestico do Alto Ribeira (PETAR-SP) In CONGRESSO BRASILEIRO DE

ESPELEOLOGIA XXVIII 2005 Campinas Anais Campinas Satildeo Paulo 2005 P 160-167

Disponiacutevel em wwwcavernasorgbranais28cbe28cbe_160-167pdf

Nunes Vasconcelos amp Bragante-Filho Atividade espeleoturiacutestica adaptada no Grutatildeo

Campinas SBEUFSCar Pesquisas em Turismo e Paisagens Caacutersticas 9(1) 2016

51

Anexo I

Deficiecircncia

Fiacutesica

alteraccedilatildeo completa ou parcial de um ou mais membros da anatomia humana e

comprometimentos fiacutesicos paraplegia paraparesia monoplegia monoparesia tetraplegia

tetraparesia triplegia triparesia hemiplegia hemiparesia ostomia amputaccedilatildeo ou falta de

membros paralisia cerebral nanismo membros com deformaccedilatildeo congecircnita ou adquirida

sem considerar deformaccedilotildees esteacuteticas e dificuldade em realizar atividades

Deficiecircncia

auditiva

perda bilateral parcial ou total em 41 decibeacuteis (dB) ou maior identificado com exame de

audiograma em frequecircncia em 500 1000 2000 e 3000 Hz

Deficiecircncia

visual

cegueira com acuidade visual igual ou menor 005 na melhor correccedilatildeo ocular baixa visatildeo

03 e 005 na melhor correccedilatildeo ocular pacientes com somatoacuteria da regiatildeo visual nas duas

oculares igual ou menor 60deg e ocorrecircncia simultacircnea de outra condiccedilatildeo anterior

Deficiecircncia

intelectual

atividade intelectual muito menor agrave mediana diagnosticada antes dos dezoito anos de

idade dificuldades na capacidade adaptativa em dois ou mais campos comunicaccedilatildeo

proacuteprio cuidado habilidade social usar recursos da comunidade sauacutede seguranccedila

atividade escolar lazer e trabalho

Deficiecircncia

muacuteltipla interaccedilatildeo entre duas ou mais deficiecircncias

Pessoa com

mobilidade

reduzida

natildeo eacute classificada como deficiente mas apresenta limitaccedilotildees nos movimentos seja

permanente ou temporaacuterio demonstrando diminuiccedilatildeo efetiva de flexibilidade

coordenaccedilatildeo motora mobilidade e percepccedilatildeo

INDICADORES DE ACESSIBILIDADE GRUTAtildeO DA BELEZA (BA-539)

A- LARGURA E ALTURA DO POacuteRTICO (EM METROS LINEARES) DA CAVIDADE

Altura = 7m Desenvolvimento linear = 55m

B- SUBSTRATO DO TRECHO DE ACESSO ATEacute A ENTRADA DA CAVIDADE

(X) CALCcedilADAS

CIMENTADAS

( ) BARRO COM PEDRAS

( ) AREIA

(X) BARRO

(X) GRAMA

( ) OUTROS

( ) BARRO COM GRAMA

( ) PEDRA

( ) RIO COacuteRREGO

C- QUAIS AS PRINCIPAIS DIFICULDADES PARA ENTRAR NA CAVIDADE

( ) CHAtildeO ESCORREGADIO

( ) ESCADA

( ) FENDA

( ) LAMA

( ) AacuteGUA

( ) ABISMO

(X) ACLIVE

( ) AREIA

( ) OUTROS

(X) DECLIVE

(X) BLOCOS

( ) ___________

D- QUAIS OS OBSTAacuteCULOS A SEREM SUPERADOS DENTRO DA CAVIDADE

( ) ESCADA

( ) LAGO

( ) AFUNILAMENTO

( ) PONTE

( ) COacuteRREGO

( ) FENDA

(X) BLOCOS

( ) RIO

( ) CACHOEIRA

( ) ABISMO

( ) ___________

( ) ___________

E- EXISTE A NECESSIDADE DE PRATICAR MANOBRAS COM A CADEIRA DE

RODAS DURANTE O DESLOCAMENTO QUAIS

(X) SUSPENDER

(X) EMPINAR

( ) TOMBAR

( ) OSCILAR

( ) GRAMA

( ) OUTROS

(X) RETIRADA DO PNE DA

CADEIRA DE RODAS

( ) ___________

F- A CADEIRA DE RODAS CONSEGUE PERCORRER TODO CAMINHAMENTO

QUANDO PARCIAL JUSTIFIQUE

(X) SIM ( ) NAtildeO ( ) PARCIAL

Nunes Vasconcelos amp Bragante-Filho Atividade espeleoturiacutestica adaptada no Grutatildeo

Campinas SBEUFSCar Pesquisas em Turismo e Paisagens Caacutersticas 9(1) 2016

52

G- EM QUANTOS METROS Eacute POSSIacuteVEL DESLOCAR COM A CADEIRA DE

RODAS

Todo o poacutertico inferior pode ser transitado por cadeiras de rodas

H- HAacute TRECHOS NA CAVIDADE QUE O PNE CADEIRANTE PRECISA SER

CARREGADO

(X) SIM ( ) NAtildeO

I- QUANTOS SALOtildeES O PNE CADEIRANTE CONSEGUE VISITAR

Apenas um salatildeo natildeo pode ser visitado pois a entrada para o mesmo eacute estreita

J- QUAIS SAtildeO OS ATRATIVOS (PASSIVOS ATIVOS) QUE O PNE CONSEGUE

TER ACESSO USUFRUIR DENTRO DA CAVIDADE

(X) SALOtildeES

( ) RIOS

( ) FAUNA

(X) ESPELEOTEMA

(X) PINTURAS RUPESTRES

(X) FLORA

( ) LAGOS

( ) OUTROS

( ) FOacuteSSEIS

( ) CACHOEIRAS

( ) PETROGLIFOS

( ) ___________

K- DE UM MODO GERAL QUAIS AS FACILIDADES E DIFICULDADES

ENCONTRADAS DENTRO DA CAVERNA

Haacute facilidade no trajeto dentro da cavidade pois o piso natildeo tem muitas ondulaccedilotildees apesar de exigir

muita atenccedilatildeo nas descidas

Editorial flowFluxo editorial ReceivedRecebido em Ago 2015 AcceptedAprovado em Fev 2016

PESQUISAS EM TURISMO E PAISAGENS CAacuteRSTICAS

Sociedade Brasileira de Espeleologia (SBE) Universidade Federal de Satildeo Carlos (UFSCar)

wwwcavernasorgbrturismoasp

Refrendada por la Associacioacuten de Cuevas Turiacutesticas Iberoamericanas

Nunes Vasconcelos amp Bragante-Filho Atividade espeleoturiacutestica adaptada no Grutatildeo

Campinas SBEUFSCar Pesquisas em Turismo e Paisagens Caacutersticas 9(1) 2016

47

um viacutenculo de amizade e respeito em prol da

aventura que estamos vivendo naquele momento E

assim paira no ar uma emoccedilatildeo comovente no

coraccedilatildeo de todos aqueles que estatildeo envolvidos na

atividade Natildeo haacute diferenccedilas e sim um uacutenico

conjunto de amigos exploradores de cavernardquo

(Marco Antocircnio Bragante Filho 2013)

A atividade foi encerrada no iniacutecio da tarde

com todos ainda muito dispostos e satisfeitos com a

logiacutestica da atividade

4 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

A aplicaccedilatildeo da ferramenta ldquoIndicadores de

Acessibilidaderdquo (ver anexo) eacute essencial para

classificar as cavidades mais adequadas para

atividades com PCDs considerando ainda que para

cada niacutevel de PCD exige accedilotildees diferentes Nesta

atividade entre todas as cavidades da regiatildeo ficou

evidenciado que o Grutatildeo da Beleza era a mais

indicada atendendo a vaacuterias especificidades tais

como a locomoccedilatildeo condiccedilotildees da trilha de acesso

acesso ao poacutertico da cavidade e locomoccedilatildeo com os

PCDs-fiacutesicos visuais e com mobilidade reduzida

Outra ferramenta utilizada eacute uma entrevista

que antecede a atividade com os PCDs que se

interessaram pela visita ao ambiente subterracircneo

sendo indicada para avaliar as facilidades

dificuldades e particularidades no que se refere agrave

sauacutede aos equipamentos que utilizam no dia a dia

como cadeiras de rodas andadores bengalas

muletas proacuteteses guias entre outros para

locomoccedilatildeo que precisam necessariamente estar em

oacutetimas condiccedilotildees

Nessa atividade de campo pela primeira vez

a Comissatildeo de Espeleoinclusatildeo da SBE conduziu

trecircs cadeirantes uma pessoa com mobilidade

reduzida uma pessoa com deficiecircncia visual e uma

simulaccedilatildeo desta com um espeleoacutelogo voluntaacuterio em

vivenciar esta experiecircncia O que possibilitou uma

coleta de informaccedilotildees de grande valia para a

conformaccedilatildeo de novas ferramentas que possibilitem

esse processo de inclusatildeo social tais como a

elaboraccedilatildeo de questionaacuterios anteriores e posteriores

as atividades de campo que possibilitem a montagem

de um banco de dados que possa facilitar e subsidiar

cada vez mais o processo de particular de

Espeleoinclusatildeo e tambeacutem outros processos de

inclusatildeo social Essas ferramentas aliadas aos

Indicadores de Acessibilidades (ver anexo)

utilizados na avaliaccedilatildeo das cavidades traratildeo novos

rumos ao processo de inclusatildeo social

A Comissatildeo de Espeleoinclusatildeo sugere que

sejam coletadas informaccedilotildees preacutevias sobre trilhas e

cavidades a qual seraacute visitada com pelo menos 1 ano

de antecedecircncia Apoacutes essas informaccedilotildees serem

adquiridas e discutidas pelos membros da comissatildeo

as mesmas devem ser compartilhadas durante a

atividade teoacuterica do minicurso de Espeleoturismo

Adaptado aos alunos somadas as orientaccedilotildees do

iniacutecio da atividade de campo Desta maneira foi

possiacutevel que os alunos do minicurso espeleoacutelogos

voluntaacuterios e os soldados do Corpo de Bombeiros de

Satildeo Desideacuterio realizassem as atividades na lideranccedila

de trecircs membros da comissatildeo Os PCDs foram

conduzidos com o nuacutemero de condutores exigidos

A seguir algumas informaccedilotildees

complementares quanto ao desenvolvimento da

atividade Ficou constatado que o salatildeo superior do

Grutatildeo da Beleza soacute pode ser visitado por

cadeirantes se carregados nas costas de condutores

com cadeira de montanhismo (bauldrier) e fitas de

montanhismo espeleoacutelogos experientes e alguns

equipamentos de seguranccedila uma vez que o terreno eacute

muito irregular e com blocos de rocha no chatildeo

Tambeacutem natildeo foi possiacutevel a visita do segundo salatildeo

devido agrave passagem do mesmo ser estreita

dificultando muito o acesso ao salatildeo ateacute mesmo por

natildeo PCDs

Para acesso ao poacutertico inferior algumas accedilotildees

de seguranccedila foram implementadas a exemplo

foram retiradas rochas soltas cascalhos e seixos de

maior granulometria (tamanho) o que possibilitou a

desobstruccedilatildeo e o nivelamento da trilha antes da

atividade A descida neste trecho com cadeirantes

tambeacutem foi feita inicialmente nas costas ndash como

explicado no paraacutegrafo anterior ndash dos espeleoacutelogos

voluntaacuterios e depois nas cadeiras de rodas A

cavidade eacute indicada para visitaccedilatildeo de PCDs pois a

maioria dos salotildees eacute acessiacutevel Os obstaacuteculos

naturais do interior da caverna como a diferenccedila de

niacutevel do piso que forma degraus foram transpostos

facilmente principalmente com o uso de um

quadrante de piso taacutetil usado pela primeira vez em

cavernas indicando grande eficiecircncia A maior parte

dos espeleotemas puderam ser observados e em

alguns casos tocado proporcionando autonomia de

todos os PCDs em seu interior

A integraccedilatildeo entre os grupos foi dentro das

expectativas atendendo aos objetivos que eacute

pesquisar criar ferramentas e coletar dados que

possam subsidiar novas pesquisas e alavancar cada

vez mais o processo de inclusatildeo social

especialmente a Espeleoinclusatildeo No que se refere

aos PCDs esses aleacutem de superar obstaacuteculos naturais

o que nessa questatildeo lhes concedeu grande alegria e

satisfaccedilatildeo No que se refere aos estudos a

participaccedilatildeo no processo formacional de inclusatildeo

social foi de grande valia jaacute que se sentiram ndash

Nunes Vasconcelos amp Bragante-Filho Atividade espeleoturiacutestica adaptada no Grutatildeo

Campinas SBEUFSCar Pesquisas em Turismo e Paisagens Caacutersticas 9(1) 2016

48

conforme relatos ndash como ldquocientistasrdquo contribuindo

para um bem maior Ficou evidente que a realizaccedilatildeo

pessoal e profissional dos espeleoacutelogos voluntaacuterios

acompanhantes e PCDs foi proporcional ou maior

que objetivos propostos

Conforme citado anteriormente nessa

cavidade foi possiacutevel ter a experiecircncia de tocar os

espeleotemas no caso do PCD-Visual e na

simulaccedilatildeo de PCD com falta de visatildeo nesse caso

especiacutefico pocircde se fazer um paralelo entre o ver e o

tocar Ao final da atividade ficou claro outra esfera

de oportunidades de visitaccedilatildeo e possibilidade de

aplicaccedilatildeo de novas ferramentas e instrumentos que

auxiliem na Espeleoinclusatildeo Todas essas

oportunidades e possibilidades aguccediladas pela

necessidade de uma utilizaccedilatildeo mais frequente de

todos os outros sentidos como audiccedilatildeo odor entre

outros cada um de acordo com as novas

condicionantes dos obstaacuteculos encontrados no

ambiente Para aqueles que ainda natildeo haviam

entrado em uma cavidade PCDs ou natildeo-PCDs o

encantamento e entusiasmo em visualizar

estalactites estalagmites e outros espeleotemas foi

tatildeo evidente quanto o observado pelo tato

A troca de experiecircncia entre os integrantes foi

tatildeo importante e intensa que natildeo havia dificuldades

que natildeo pudessem ser superadas As palavras

ldquodesistordquo ou ldquonatildeo conseguireirsquordquo natildeo fizeram parte

desse cenaacuterio Palavras como amizade superaccedilatildeo

conquista e vencedores eram esboccedilados em olhares e

atitudes intensas sorrisos sinceros e contagiantes

durante a atividade Sentimentos de gratidatildeo e

realizaccedilatildeo por aquele dia inesqueciacutevel e importante

para os PCDs espeleoacutelogos e outros profissionais

que participaram da atividade poderem realizar tal

sonho foram evidenciados nos relatos Tambeacutem foi

demonstrado pelos grupos Guano Speleo e SEE

grande interesse nas atividades da Comissatildeo de

Espeleoinclusatildeo da SBE

Apesar de natildeo haver naquele campo de

estudos o Grutatildeo da Beleza a infraestrutura que

existe em alguns parques nacionais e estaduais tais

como banheiros adaptados rampas de acesso e

lanchonetes entre outros isso tambeacutem no caso do

puacuteblico sem deficiecircncia esses elementos natildeo foram

problemas jaacute que foram superados com alimentos e

equipamentos levados por todos os envolvidos

Como exemplo dos pneus de cadeiras de rodas que

podem furar ou simplesmente esvaziar estes

poderiam ser resolvidos facilmente com jogos de

pneus sobressalentes e uma Minibomba de ar

manual para bicicletas

Dessa forma fica mais uma vez evidente que

quando houver a participaccedilatildeo de PCDs em

atividades espeleoturiacutesticas adaptadas a mesma

deve ser planejada meses antes de sua realizaccedilatildeo a

fim de analisar a(s) cavidade(s) trilhas e atrativos a

serem visitados bem como capacitar os profissionais

que participaratildeo dessa atividade

AGRADECIMENTO

Ao Corpo de Bombeiros de Satildeo Desideacuterio

BA ao Professor Leandro Moutinho aos

espeleoacutelogos voluntaacuterios Fabriacutecio Muniz Edenir

Cruz Moreira Lourenccedilo Rafael Vimieiro do Guano

Speleo Ao Marcos Antocircnio Lima Maria Ivete

Fonseca Silva Argemiro Domingos dos Santos

Edimilson Pereira Rodrigues dos Santos Meacutercio

Santos Pereira Teresinha Ramos Cordeiro Fabriacutecio

Muniz da Associaccedilatildeo dos Deficientes de Montes

Claros (ADEMOC) e aos incentivadores da

Comissatildeo de Espeleoinclusatildeo

REFEREcircNCIAS

ALBUQUERQUE A C dos S de Estimativa de recarga do rio das fecircmeas atraveacutes de meacutetodos

manuais e automaacuteticos 2009 Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Ciecircncias Florestais) Universidade de

Brasiacutelia Brasiacutelia DF

BRASIL MINISTEacuteRIO DO TURISMO Turismo acessiacutevel Bem atender no turismo de aventura

adaptada v4 Brasiacutelia 2009 Disponiacutevel em

wwwturismogovbrexportsitesdefaultturismoo_ministeriopublicacoesdownloads_publicacoesCa

rtilha-4_Laranjapdf Acesso em 11 fev 2013

BRASIL Departamento de Produccedilatildeo Mineral Projeto RADAMBRASIL levantamento de geologia

levantamento de geomorfologia folha Tocantins (SD-23) Rio de Janeiro RJ 1982

BRASIL Decreto ndeg 5296 de 02 de dezembro de 2004 Regulamenta as Leis ndeg 10048 de 8 de novembro

de 2000 que daacute prioridade de atendimento aacutes pessoas especificas e 10098 de 19 de dezembro de

Nunes Vasconcelos amp Bragante-Filho Atividade espeleoturiacutestica adaptada no Grutatildeo

Campinas SBEUFSCar Pesquisas em Turismo e Paisagens Caacutersticas 9(1) 2016

49

2000 que estabelece normas gerais e criteacuterios baacutesicos para a promoccedilatildeo da acessibilidade das pessoas

portadora de deficiecircncia ou com mobilidade reduzida e daacute outras providecircncias

BRAGANTE Marco Antocircnio Artigo Relato de atividade [mensagem pessoal] Mensagem recebida por

eriquinhanunes310hotmailcom em 18 ago 2013

COSTA V B Inclusatildeo social nos esportes de aventura na natureza vivecircncias e experiecircncias de um

pesquisador deficiente visual Revista Digital - Buenos Aires - Ano 14 - Nordm 136 - Setembro de 2009

CORDEIRO Teresinha Ramos Artigo Relato de atividade [mensagem pessoal] Mensagem recebida por

eriquinhanunes310hotmailcom em 15 ago 2013

GOVERNO DO ESTADO DA BAHIA Secretaacuteria do Turismo 2015 Disponiacutevel em

bahiacombrcidadessao-desiderio Acesso em 03 fev 2015

GALVAtildeO O LA FERREIRA F C ROSSATO M R REINO R C J JANSEN C D e VILELA V

C Breve Descriccedilatildeo do Patrimocircnio Espeleoloacutegico do Municiacutepio de Satildeo Desideacuterio ndash BA Revista

Brasileira de Espeleologia ndashRbEsp Satildeo Paulo v 2 n 1 p 24 2012 Disponiacutevel em

wwwterrabrasilisorgbrecotecadigitalindexphpoption=com_abookampview=bookampid=1368revista-

brasileira-de-espeleologia-2012-breve-descricao-do-patrimonio-espeleologico-do-municipio-de-sao-

desiderio--ba Acesso em 21 fev 2015

IBGE ndash Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Estimativa da Populaccedilatildeo Residente com data 01deg

de julho de 2014 Disponiacutevel em

wwwcidadesibgegovbrxtrasperfilphplang=ampcodmun=292890ampsearch=||infogrE1ficos-

informaE7F5es-completas Acesso em 07 jun2015

SANTOS A B dos CARVALHO A R de NUNES JR D da R NUNES G da S SOUZA O R de

FILHO J N de C MENEZES J da R NOVAES Z L da R Plano Ambiental para o municiacutepio de

Satildeo Desideacuterio BA Salvador BA Programa Nacional de Capacitaccedilatildeo de Gestores Ambientais 2008

INFOJOVEM Esportes para pessoas com deficiecircncia Disponiacutevel em

wwwinfojovemorgbrinfopediadescubra-e-aprendaesporteesporte-para-pessoas-com-deficiencia

Acesso em 18032015

LIMA Marcos Artigo Relato de atividade [mensagem pessoal] Mensagem recebida por

eriquinhanunesyahoocombr em 19 set 2013

LOBO Santos Augusto Heros Pesquisa em Turismo e Paisagens Caacutersticas Revista Cientiacutefica da Seccedilatildeo de

Espeleoturismo da Sociedade Brasileira de Espeleologia Campinas v 1 n 1 p 5 2008

Disponiacutevel em wwwcavernasorgbrptpcptpc_v1_n1pdf Acesso em 07 jun 2015

MAROUN K VIEIRA V Enduro a Peacute o esporte de aventura como aliado na adesatildeo agrave praacutetica de

atividade fiacutesica Revista Digital - Buenos Aires - Ano 11 - Ndeg 102 - Novembro de 2006

MUNIZ Fabricio Artigo Relato de atividade [mensagem pessoal] Mensagem recebida por

eriquinhanunesyahoocombr em 18 jun 2013

MOREIRA Edenir Cruz Artigo Relato de atividade [mensagem pessoal] Mensagem recebida por

eriquinhanunesyahoocombr em 22 jun 2013

NUNES et al Inclusatildeo Social de Portadores de Necessidades Especiais (PNEs) e a Praacutetica do Turismo em

Aacutereas Naturais Avaliaccedilatildeo de Seis Cavidades Turiacutesticas do Estado de Satildeo Paulo In CONGRESSO

BRASILEIRO DE ESPELEOLOGIA XXIX 2007 Ouro Preto Anais Ouro Preto Minas Gerais

2007 Disponiacutevel em wwwcavernasorgbranais29cbe29cbe_201-210pdf

Nunes Vasconcelos amp Bragante-Filho Atividade espeleoturiacutestica adaptada no Grutatildeo

Campinas SBEUFSCar Pesquisas em Turismo e Paisagens Caacutersticas 9(1) 2016

50

NUNES et al Proposta de Indicadores de Acessibilidade aacutes Cavidades Turiacutesticas Direcionadas aos

Portadores de Necessidades Especiais (PNEs) In CONGRESSO BRASILEIRO DE

ESPELEOLOGIA XXX 2009 Montes Claros Anais Montes Claros Minas Gerais 2009

Disponiacutevel em wwwcavernasorgbranais30cbe30cbe_159-164pdf

NUNES et al Introduccedilatildeo ao mini curso espeleoturismo adaptado e aplicaccedilatildeo da ferramenta indicadores de

acessibilidade em cavernas In CONGRESSO BRASILEIRO DE ESPELEOLOGIA XXXII 2013

Barreiras Anais Barreiras Bahia 2013 Disponiacutevel em

wwwcavernasorgbranais32cbe32cbe_013-022pdf

PASSO D P CASTRO K B de MARTINS E de S GOMES M P REATTO A LIMA L A de S

CARVALHO JR O A GOMES R A T Caracterizaccedilatildeo Geomorfoloacutegica do Municiacutepio de Satildeo

Desideacuterio BA Escala 1 50000 Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuaacuteria (Embrapa Cerrados)

2010 Planaltina DF 29p ndash (Boletim de Pesquisa e Desenvolvimento) 283

PEREIRA Meacutercio Santos Artigo Relato de atividade [mensagem pessoal] Mensagem recebida por

eriquinhanunesyahoocombr em 20 jun 2013

PREFEITURA MUNICIPAL DE SAtildeO DESIDEacuteRIO BA Turismo Disponiacutevel em

saodesideriobagovbrturismo Acesso em 03 Fev 2015

SOCIEDADE BRASILEIRA DE ESPELEOLOGIA SBE Notiacutecias ndeg82 Campinas 2008 Disponiacutevel em

wwwcavernasorgbrsbenoticiasSBENoticias_082pdf Acesso em 22 mar 2015

SOCIEDADE BRASILEIRA DE ESPELEOLOGIA XXX Congresso Brasileiro de Espeleologia Curso

Introduccedilatildeo do Espeleoturismo Adaptado Disponiacutevel em

wwwcavernasorgbrdiversos30cbecurso06pdf Acesso em 07 jun 2015

SOCIEDADE BRASILEIRA DE ESPELEOLOGIA SBE Notiacutecias ndeg269 Campinas 2008 Disponiacutevel em

wwwcavernasorgbrsbenoticiasSBENoticias_269pdf Acesso em 07 jun 2015

SANTOS Argemiro Domingos dos Artigo Relato de Atividade [mensagem pessoal] Mensagem recebida

por eriquinhanunesyahoocombr em 17 set 2013

SANTOS Edimilson Pereira Rodrigues dos Artigo Relato de atividade [mensagem pessoal] Mensagem

recebida por eriquinhanunesyahoocombr em 20 jun 2013

SILVA Maria Ivete Fonseca Artigo Relato de atividade [mensagem pessoal] Mensagem recebida por

eriquinhanunesyahoocombr em 19 set 2013

SILVA Leonardo Vieira da Artigo Relato de atividade [mensagem pessoal] Mensagem recebida por

eriquinhanunesyahoocombr em 20 jun 2013

SILVA Wellington Vasconcelos Eustaacutequio Artigo Relato de atividade [mensagem pessoal] Mensagem

recebida por eriquinhanunesyahoocombr em 18 jun 2013

XXXII CONGRESSO BRASILEIRO DE ESPELEOLOGIA Curso introduccedilatildeo ao espeleoturismo adaptado

Barreiras 2013 Disponiacutevel em wwwcavernasorgbr32CBE-cursosasp Acesso em 01 fev 2015

ZAMPAULO Robson de Almeida LUZ Claacuteudia Santos NUNES Eacuterica Inclusatildeo Social de Portadores de

Necessidades Especiais (PNEs) e a Praacutetica do Turismo em Aacutereas Naturais Relato de Caso no

Parque Estadual Turiacutestico do Alto Ribeira (PETAR-SP) In CONGRESSO BRASILEIRO DE

ESPELEOLOGIA XXVIII 2005 Campinas Anais Campinas Satildeo Paulo 2005 P 160-167

Disponiacutevel em wwwcavernasorgbranais28cbe28cbe_160-167pdf

Nunes Vasconcelos amp Bragante-Filho Atividade espeleoturiacutestica adaptada no Grutatildeo

Campinas SBEUFSCar Pesquisas em Turismo e Paisagens Caacutersticas 9(1) 2016

51

Anexo I

Deficiecircncia

Fiacutesica

alteraccedilatildeo completa ou parcial de um ou mais membros da anatomia humana e

comprometimentos fiacutesicos paraplegia paraparesia monoplegia monoparesia tetraplegia

tetraparesia triplegia triparesia hemiplegia hemiparesia ostomia amputaccedilatildeo ou falta de

membros paralisia cerebral nanismo membros com deformaccedilatildeo congecircnita ou adquirida

sem considerar deformaccedilotildees esteacuteticas e dificuldade em realizar atividades

Deficiecircncia

auditiva

perda bilateral parcial ou total em 41 decibeacuteis (dB) ou maior identificado com exame de

audiograma em frequecircncia em 500 1000 2000 e 3000 Hz

Deficiecircncia

visual

cegueira com acuidade visual igual ou menor 005 na melhor correccedilatildeo ocular baixa visatildeo

03 e 005 na melhor correccedilatildeo ocular pacientes com somatoacuteria da regiatildeo visual nas duas

oculares igual ou menor 60deg e ocorrecircncia simultacircnea de outra condiccedilatildeo anterior

Deficiecircncia

intelectual

atividade intelectual muito menor agrave mediana diagnosticada antes dos dezoito anos de

idade dificuldades na capacidade adaptativa em dois ou mais campos comunicaccedilatildeo

proacuteprio cuidado habilidade social usar recursos da comunidade sauacutede seguranccedila

atividade escolar lazer e trabalho

Deficiecircncia

muacuteltipla interaccedilatildeo entre duas ou mais deficiecircncias

Pessoa com

mobilidade

reduzida

natildeo eacute classificada como deficiente mas apresenta limitaccedilotildees nos movimentos seja

permanente ou temporaacuterio demonstrando diminuiccedilatildeo efetiva de flexibilidade

coordenaccedilatildeo motora mobilidade e percepccedilatildeo

INDICADORES DE ACESSIBILIDADE GRUTAtildeO DA BELEZA (BA-539)

A- LARGURA E ALTURA DO POacuteRTICO (EM METROS LINEARES) DA CAVIDADE

Altura = 7m Desenvolvimento linear = 55m

B- SUBSTRATO DO TRECHO DE ACESSO ATEacute A ENTRADA DA CAVIDADE

(X) CALCcedilADAS

CIMENTADAS

( ) BARRO COM PEDRAS

( ) AREIA

(X) BARRO

(X) GRAMA

( ) OUTROS

( ) BARRO COM GRAMA

( ) PEDRA

( ) RIO COacuteRREGO

C- QUAIS AS PRINCIPAIS DIFICULDADES PARA ENTRAR NA CAVIDADE

( ) CHAtildeO ESCORREGADIO

( ) ESCADA

( ) FENDA

( ) LAMA

( ) AacuteGUA

( ) ABISMO

(X) ACLIVE

( ) AREIA

( ) OUTROS

(X) DECLIVE

(X) BLOCOS

( ) ___________

D- QUAIS OS OBSTAacuteCULOS A SEREM SUPERADOS DENTRO DA CAVIDADE

( ) ESCADA

( ) LAGO

( ) AFUNILAMENTO

( ) PONTE

( ) COacuteRREGO

( ) FENDA

(X) BLOCOS

( ) RIO

( ) CACHOEIRA

( ) ABISMO

( ) ___________

( ) ___________

E- EXISTE A NECESSIDADE DE PRATICAR MANOBRAS COM A CADEIRA DE

RODAS DURANTE O DESLOCAMENTO QUAIS

(X) SUSPENDER

(X) EMPINAR

( ) TOMBAR

( ) OSCILAR

( ) GRAMA

( ) OUTROS

(X) RETIRADA DO PNE DA

CADEIRA DE RODAS

( ) ___________

F- A CADEIRA DE RODAS CONSEGUE PERCORRER TODO CAMINHAMENTO

QUANDO PARCIAL JUSTIFIQUE

(X) SIM ( ) NAtildeO ( ) PARCIAL

Nunes Vasconcelos amp Bragante-Filho Atividade espeleoturiacutestica adaptada no Grutatildeo

Campinas SBEUFSCar Pesquisas em Turismo e Paisagens Caacutersticas 9(1) 2016

52

G- EM QUANTOS METROS Eacute POSSIacuteVEL DESLOCAR COM A CADEIRA DE

RODAS

Todo o poacutertico inferior pode ser transitado por cadeiras de rodas

H- HAacute TRECHOS NA CAVIDADE QUE O PNE CADEIRANTE PRECISA SER

CARREGADO

(X) SIM ( ) NAtildeO

I- QUANTOS SALOtildeES O PNE CADEIRANTE CONSEGUE VISITAR

Apenas um salatildeo natildeo pode ser visitado pois a entrada para o mesmo eacute estreita

J- QUAIS SAtildeO OS ATRATIVOS (PASSIVOS ATIVOS) QUE O PNE CONSEGUE

TER ACESSO USUFRUIR DENTRO DA CAVIDADE

(X) SALOtildeES

( ) RIOS

( ) FAUNA

(X) ESPELEOTEMA

(X) PINTURAS RUPESTRES

(X) FLORA

( ) LAGOS

( ) OUTROS

( ) FOacuteSSEIS

( ) CACHOEIRAS

( ) PETROGLIFOS

( ) ___________

K- DE UM MODO GERAL QUAIS AS FACILIDADES E DIFICULDADES

ENCONTRADAS DENTRO DA CAVERNA

Haacute facilidade no trajeto dentro da cavidade pois o piso natildeo tem muitas ondulaccedilotildees apesar de exigir

muita atenccedilatildeo nas descidas

Editorial flowFluxo editorial ReceivedRecebido em Ago 2015 AcceptedAprovado em Fev 2016

PESQUISAS EM TURISMO E PAISAGENS CAacuteRSTICAS

Sociedade Brasileira de Espeleologia (SBE) Universidade Federal de Satildeo Carlos (UFSCar)

wwwcavernasorgbrturismoasp

Refrendada por la Associacioacuten de Cuevas Turiacutesticas Iberoamericanas

Nunes Vasconcelos amp Bragante-Filho Atividade espeleoturiacutestica adaptada no Grutatildeo

Campinas SBEUFSCar Pesquisas em Turismo e Paisagens Caacutersticas 9(1) 2016

48

conforme relatos ndash como ldquocientistasrdquo contribuindo

para um bem maior Ficou evidente que a realizaccedilatildeo

pessoal e profissional dos espeleoacutelogos voluntaacuterios

acompanhantes e PCDs foi proporcional ou maior

que objetivos propostos

Conforme citado anteriormente nessa

cavidade foi possiacutevel ter a experiecircncia de tocar os

espeleotemas no caso do PCD-Visual e na

simulaccedilatildeo de PCD com falta de visatildeo nesse caso

especiacutefico pocircde se fazer um paralelo entre o ver e o

tocar Ao final da atividade ficou claro outra esfera

de oportunidades de visitaccedilatildeo e possibilidade de

aplicaccedilatildeo de novas ferramentas e instrumentos que

auxiliem na Espeleoinclusatildeo Todas essas

oportunidades e possibilidades aguccediladas pela

necessidade de uma utilizaccedilatildeo mais frequente de

todos os outros sentidos como audiccedilatildeo odor entre

outros cada um de acordo com as novas

condicionantes dos obstaacuteculos encontrados no

ambiente Para aqueles que ainda natildeo haviam

entrado em uma cavidade PCDs ou natildeo-PCDs o

encantamento e entusiasmo em visualizar

estalactites estalagmites e outros espeleotemas foi

tatildeo evidente quanto o observado pelo tato

A troca de experiecircncia entre os integrantes foi

tatildeo importante e intensa que natildeo havia dificuldades

que natildeo pudessem ser superadas As palavras

ldquodesistordquo ou ldquonatildeo conseguireirsquordquo natildeo fizeram parte

desse cenaacuterio Palavras como amizade superaccedilatildeo

conquista e vencedores eram esboccedilados em olhares e

atitudes intensas sorrisos sinceros e contagiantes

durante a atividade Sentimentos de gratidatildeo e

realizaccedilatildeo por aquele dia inesqueciacutevel e importante

para os PCDs espeleoacutelogos e outros profissionais

que participaram da atividade poderem realizar tal

sonho foram evidenciados nos relatos Tambeacutem foi

demonstrado pelos grupos Guano Speleo e SEE

grande interesse nas atividades da Comissatildeo de

Espeleoinclusatildeo da SBE

Apesar de natildeo haver naquele campo de

estudos o Grutatildeo da Beleza a infraestrutura que

existe em alguns parques nacionais e estaduais tais

como banheiros adaptados rampas de acesso e

lanchonetes entre outros isso tambeacutem no caso do

puacuteblico sem deficiecircncia esses elementos natildeo foram

problemas jaacute que foram superados com alimentos e

equipamentos levados por todos os envolvidos

Como exemplo dos pneus de cadeiras de rodas que

podem furar ou simplesmente esvaziar estes

poderiam ser resolvidos facilmente com jogos de

pneus sobressalentes e uma Minibomba de ar

manual para bicicletas

Dessa forma fica mais uma vez evidente que

quando houver a participaccedilatildeo de PCDs em

atividades espeleoturiacutesticas adaptadas a mesma

deve ser planejada meses antes de sua realizaccedilatildeo a

fim de analisar a(s) cavidade(s) trilhas e atrativos a

serem visitados bem como capacitar os profissionais

que participaratildeo dessa atividade

AGRADECIMENTO

Ao Corpo de Bombeiros de Satildeo Desideacuterio

BA ao Professor Leandro Moutinho aos

espeleoacutelogos voluntaacuterios Fabriacutecio Muniz Edenir

Cruz Moreira Lourenccedilo Rafael Vimieiro do Guano

Speleo Ao Marcos Antocircnio Lima Maria Ivete

Fonseca Silva Argemiro Domingos dos Santos

Edimilson Pereira Rodrigues dos Santos Meacutercio

Santos Pereira Teresinha Ramos Cordeiro Fabriacutecio

Muniz da Associaccedilatildeo dos Deficientes de Montes

Claros (ADEMOC) e aos incentivadores da

Comissatildeo de Espeleoinclusatildeo

REFEREcircNCIAS

ALBUQUERQUE A C dos S de Estimativa de recarga do rio das fecircmeas atraveacutes de meacutetodos

manuais e automaacuteticos 2009 Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Ciecircncias Florestais) Universidade de

Brasiacutelia Brasiacutelia DF

BRASIL MINISTEacuteRIO DO TURISMO Turismo acessiacutevel Bem atender no turismo de aventura

adaptada v4 Brasiacutelia 2009 Disponiacutevel em

wwwturismogovbrexportsitesdefaultturismoo_ministeriopublicacoesdownloads_publicacoesCa

rtilha-4_Laranjapdf Acesso em 11 fev 2013

BRASIL Departamento de Produccedilatildeo Mineral Projeto RADAMBRASIL levantamento de geologia

levantamento de geomorfologia folha Tocantins (SD-23) Rio de Janeiro RJ 1982

BRASIL Decreto ndeg 5296 de 02 de dezembro de 2004 Regulamenta as Leis ndeg 10048 de 8 de novembro

de 2000 que daacute prioridade de atendimento aacutes pessoas especificas e 10098 de 19 de dezembro de

Nunes Vasconcelos amp Bragante-Filho Atividade espeleoturiacutestica adaptada no Grutatildeo

Campinas SBEUFSCar Pesquisas em Turismo e Paisagens Caacutersticas 9(1) 2016

49

2000 que estabelece normas gerais e criteacuterios baacutesicos para a promoccedilatildeo da acessibilidade das pessoas

portadora de deficiecircncia ou com mobilidade reduzida e daacute outras providecircncias

BRAGANTE Marco Antocircnio Artigo Relato de atividade [mensagem pessoal] Mensagem recebida por

eriquinhanunes310hotmailcom em 18 ago 2013

COSTA V B Inclusatildeo social nos esportes de aventura na natureza vivecircncias e experiecircncias de um

pesquisador deficiente visual Revista Digital - Buenos Aires - Ano 14 - Nordm 136 - Setembro de 2009

CORDEIRO Teresinha Ramos Artigo Relato de atividade [mensagem pessoal] Mensagem recebida por

eriquinhanunes310hotmailcom em 15 ago 2013

GOVERNO DO ESTADO DA BAHIA Secretaacuteria do Turismo 2015 Disponiacutevel em

bahiacombrcidadessao-desiderio Acesso em 03 fev 2015

GALVAtildeO O LA FERREIRA F C ROSSATO M R REINO R C J JANSEN C D e VILELA V

C Breve Descriccedilatildeo do Patrimocircnio Espeleoloacutegico do Municiacutepio de Satildeo Desideacuterio ndash BA Revista

Brasileira de Espeleologia ndashRbEsp Satildeo Paulo v 2 n 1 p 24 2012 Disponiacutevel em

wwwterrabrasilisorgbrecotecadigitalindexphpoption=com_abookampview=bookampid=1368revista-

brasileira-de-espeleologia-2012-breve-descricao-do-patrimonio-espeleologico-do-municipio-de-sao-

desiderio--ba Acesso em 21 fev 2015

IBGE ndash Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Estimativa da Populaccedilatildeo Residente com data 01deg

de julho de 2014 Disponiacutevel em

wwwcidadesibgegovbrxtrasperfilphplang=ampcodmun=292890ampsearch=||infogrE1ficos-

informaE7F5es-completas Acesso em 07 jun2015

SANTOS A B dos CARVALHO A R de NUNES JR D da R NUNES G da S SOUZA O R de

FILHO J N de C MENEZES J da R NOVAES Z L da R Plano Ambiental para o municiacutepio de

Satildeo Desideacuterio BA Salvador BA Programa Nacional de Capacitaccedilatildeo de Gestores Ambientais 2008

INFOJOVEM Esportes para pessoas com deficiecircncia Disponiacutevel em

wwwinfojovemorgbrinfopediadescubra-e-aprendaesporteesporte-para-pessoas-com-deficiencia

Acesso em 18032015

LIMA Marcos Artigo Relato de atividade [mensagem pessoal] Mensagem recebida por

eriquinhanunesyahoocombr em 19 set 2013

LOBO Santos Augusto Heros Pesquisa em Turismo e Paisagens Caacutersticas Revista Cientiacutefica da Seccedilatildeo de

Espeleoturismo da Sociedade Brasileira de Espeleologia Campinas v 1 n 1 p 5 2008

Disponiacutevel em wwwcavernasorgbrptpcptpc_v1_n1pdf Acesso em 07 jun 2015

MAROUN K VIEIRA V Enduro a Peacute o esporte de aventura como aliado na adesatildeo agrave praacutetica de

atividade fiacutesica Revista Digital - Buenos Aires - Ano 11 - Ndeg 102 - Novembro de 2006

MUNIZ Fabricio Artigo Relato de atividade [mensagem pessoal] Mensagem recebida por

eriquinhanunesyahoocombr em 18 jun 2013

MOREIRA Edenir Cruz Artigo Relato de atividade [mensagem pessoal] Mensagem recebida por

eriquinhanunesyahoocombr em 22 jun 2013

NUNES et al Inclusatildeo Social de Portadores de Necessidades Especiais (PNEs) e a Praacutetica do Turismo em

Aacutereas Naturais Avaliaccedilatildeo de Seis Cavidades Turiacutesticas do Estado de Satildeo Paulo In CONGRESSO

BRASILEIRO DE ESPELEOLOGIA XXIX 2007 Ouro Preto Anais Ouro Preto Minas Gerais

2007 Disponiacutevel em wwwcavernasorgbranais29cbe29cbe_201-210pdf

Nunes Vasconcelos amp Bragante-Filho Atividade espeleoturiacutestica adaptada no Grutatildeo

Campinas SBEUFSCar Pesquisas em Turismo e Paisagens Caacutersticas 9(1) 2016

50

NUNES et al Proposta de Indicadores de Acessibilidade aacutes Cavidades Turiacutesticas Direcionadas aos

Portadores de Necessidades Especiais (PNEs) In CONGRESSO BRASILEIRO DE

ESPELEOLOGIA XXX 2009 Montes Claros Anais Montes Claros Minas Gerais 2009

Disponiacutevel em wwwcavernasorgbranais30cbe30cbe_159-164pdf

NUNES et al Introduccedilatildeo ao mini curso espeleoturismo adaptado e aplicaccedilatildeo da ferramenta indicadores de

acessibilidade em cavernas In CONGRESSO BRASILEIRO DE ESPELEOLOGIA XXXII 2013

Barreiras Anais Barreiras Bahia 2013 Disponiacutevel em

wwwcavernasorgbranais32cbe32cbe_013-022pdf

PASSO D P CASTRO K B de MARTINS E de S GOMES M P REATTO A LIMA L A de S

CARVALHO JR O A GOMES R A T Caracterizaccedilatildeo Geomorfoloacutegica do Municiacutepio de Satildeo

Desideacuterio BA Escala 1 50000 Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuaacuteria (Embrapa Cerrados)

2010 Planaltina DF 29p ndash (Boletim de Pesquisa e Desenvolvimento) 283

PEREIRA Meacutercio Santos Artigo Relato de atividade [mensagem pessoal] Mensagem recebida por

eriquinhanunesyahoocombr em 20 jun 2013

PREFEITURA MUNICIPAL DE SAtildeO DESIDEacuteRIO BA Turismo Disponiacutevel em

saodesideriobagovbrturismo Acesso em 03 Fev 2015

SOCIEDADE BRASILEIRA DE ESPELEOLOGIA SBE Notiacutecias ndeg82 Campinas 2008 Disponiacutevel em

wwwcavernasorgbrsbenoticiasSBENoticias_082pdf Acesso em 22 mar 2015

SOCIEDADE BRASILEIRA DE ESPELEOLOGIA XXX Congresso Brasileiro de Espeleologia Curso

Introduccedilatildeo do Espeleoturismo Adaptado Disponiacutevel em

wwwcavernasorgbrdiversos30cbecurso06pdf Acesso em 07 jun 2015

SOCIEDADE BRASILEIRA DE ESPELEOLOGIA SBE Notiacutecias ndeg269 Campinas 2008 Disponiacutevel em

wwwcavernasorgbrsbenoticiasSBENoticias_269pdf Acesso em 07 jun 2015

SANTOS Argemiro Domingos dos Artigo Relato de Atividade [mensagem pessoal] Mensagem recebida

por eriquinhanunesyahoocombr em 17 set 2013

SANTOS Edimilson Pereira Rodrigues dos Artigo Relato de atividade [mensagem pessoal] Mensagem

recebida por eriquinhanunesyahoocombr em 20 jun 2013

SILVA Maria Ivete Fonseca Artigo Relato de atividade [mensagem pessoal] Mensagem recebida por

eriquinhanunesyahoocombr em 19 set 2013

SILVA Leonardo Vieira da Artigo Relato de atividade [mensagem pessoal] Mensagem recebida por

eriquinhanunesyahoocombr em 20 jun 2013

SILVA Wellington Vasconcelos Eustaacutequio Artigo Relato de atividade [mensagem pessoal] Mensagem

recebida por eriquinhanunesyahoocombr em 18 jun 2013

XXXII CONGRESSO BRASILEIRO DE ESPELEOLOGIA Curso introduccedilatildeo ao espeleoturismo adaptado

Barreiras 2013 Disponiacutevel em wwwcavernasorgbr32CBE-cursosasp Acesso em 01 fev 2015

ZAMPAULO Robson de Almeida LUZ Claacuteudia Santos NUNES Eacuterica Inclusatildeo Social de Portadores de

Necessidades Especiais (PNEs) e a Praacutetica do Turismo em Aacutereas Naturais Relato de Caso no

Parque Estadual Turiacutestico do Alto Ribeira (PETAR-SP) In CONGRESSO BRASILEIRO DE

ESPELEOLOGIA XXVIII 2005 Campinas Anais Campinas Satildeo Paulo 2005 P 160-167

Disponiacutevel em wwwcavernasorgbranais28cbe28cbe_160-167pdf

Nunes Vasconcelos amp Bragante-Filho Atividade espeleoturiacutestica adaptada no Grutatildeo

Campinas SBEUFSCar Pesquisas em Turismo e Paisagens Caacutersticas 9(1) 2016

51

Anexo I

Deficiecircncia

Fiacutesica

alteraccedilatildeo completa ou parcial de um ou mais membros da anatomia humana e

comprometimentos fiacutesicos paraplegia paraparesia monoplegia monoparesia tetraplegia

tetraparesia triplegia triparesia hemiplegia hemiparesia ostomia amputaccedilatildeo ou falta de

membros paralisia cerebral nanismo membros com deformaccedilatildeo congecircnita ou adquirida

sem considerar deformaccedilotildees esteacuteticas e dificuldade em realizar atividades

Deficiecircncia

auditiva

perda bilateral parcial ou total em 41 decibeacuteis (dB) ou maior identificado com exame de

audiograma em frequecircncia em 500 1000 2000 e 3000 Hz

Deficiecircncia

visual

cegueira com acuidade visual igual ou menor 005 na melhor correccedilatildeo ocular baixa visatildeo

03 e 005 na melhor correccedilatildeo ocular pacientes com somatoacuteria da regiatildeo visual nas duas

oculares igual ou menor 60deg e ocorrecircncia simultacircnea de outra condiccedilatildeo anterior

Deficiecircncia

intelectual

atividade intelectual muito menor agrave mediana diagnosticada antes dos dezoito anos de

idade dificuldades na capacidade adaptativa em dois ou mais campos comunicaccedilatildeo

proacuteprio cuidado habilidade social usar recursos da comunidade sauacutede seguranccedila

atividade escolar lazer e trabalho

Deficiecircncia

muacuteltipla interaccedilatildeo entre duas ou mais deficiecircncias

Pessoa com

mobilidade

reduzida

natildeo eacute classificada como deficiente mas apresenta limitaccedilotildees nos movimentos seja

permanente ou temporaacuterio demonstrando diminuiccedilatildeo efetiva de flexibilidade

coordenaccedilatildeo motora mobilidade e percepccedilatildeo

INDICADORES DE ACESSIBILIDADE GRUTAtildeO DA BELEZA (BA-539)

A- LARGURA E ALTURA DO POacuteRTICO (EM METROS LINEARES) DA CAVIDADE

Altura = 7m Desenvolvimento linear = 55m

B- SUBSTRATO DO TRECHO DE ACESSO ATEacute A ENTRADA DA CAVIDADE

(X) CALCcedilADAS

CIMENTADAS

( ) BARRO COM PEDRAS

( ) AREIA

(X) BARRO

(X) GRAMA

( ) OUTROS

( ) BARRO COM GRAMA

( ) PEDRA

( ) RIO COacuteRREGO

C- QUAIS AS PRINCIPAIS DIFICULDADES PARA ENTRAR NA CAVIDADE

( ) CHAtildeO ESCORREGADIO

( ) ESCADA

( ) FENDA

( ) LAMA

( ) AacuteGUA

( ) ABISMO

(X) ACLIVE

( ) AREIA

( ) OUTROS

(X) DECLIVE

(X) BLOCOS

( ) ___________

D- QUAIS OS OBSTAacuteCULOS A SEREM SUPERADOS DENTRO DA CAVIDADE

( ) ESCADA

( ) LAGO

( ) AFUNILAMENTO

( ) PONTE

( ) COacuteRREGO

( ) FENDA

(X) BLOCOS

( ) RIO

( ) CACHOEIRA

( ) ABISMO

( ) ___________

( ) ___________

E- EXISTE A NECESSIDADE DE PRATICAR MANOBRAS COM A CADEIRA DE

RODAS DURANTE O DESLOCAMENTO QUAIS

(X) SUSPENDER

(X) EMPINAR

( ) TOMBAR

( ) OSCILAR

( ) GRAMA

( ) OUTROS

(X) RETIRADA DO PNE DA

CADEIRA DE RODAS

( ) ___________

F- A CADEIRA DE RODAS CONSEGUE PERCORRER TODO CAMINHAMENTO

QUANDO PARCIAL JUSTIFIQUE

(X) SIM ( ) NAtildeO ( ) PARCIAL

Nunes Vasconcelos amp Bragante-Filho Atividade espeleoturiacutestica adaptada no Grutatildeo

Campinas SBEUFSCar Pesquisas em Turismo e Paisagens Caacutersticas 9(1) 2016

52

G- EM QUANTOS METROS Eacute POSSIacuteVEL DESLOCAR COM A CADEIRA DE

RODAS

Todo o poacutertico inferior pode ser transitado por cadeiras de rodas

H- HAacute TRECHOS NA CAVIDADE QUE O PNE CADEIRANTE PRECISA SER

CARREGADO

(X) SIM ( ) NAtildeO

I- QUANTOS SALOtildeES O PNE CADEIRANTE CONSEGUE VISITAR

Apenas um salatildeo natildeo pode ser visitado pois a entrada para o mesmo eacute estreita

J- QUAIS SAtildeO OS ATRATIVOS (PASSIVOS ATIVOS) QUE O PNE CONSEGUE

TER ACESSO USUFRUIR DENTRO DA CAVIDADE

(X) SALOtildeES

( ) RIOS

( ) FAUNA

(X) ESPELEOTEMA

(X) PINTURAS RUPESTRES

(X) FLORA

( ) LAGOS

( ) OUTROS

( ) FOacuteSSEIS

( ) CACHOEIRAS

( ) PETROGLIFOS

( ) ___________

K- DE UM MODO GERAL QUAIS AS FACILIDADES E DIFICULDADES

ENCONTRADAS DENTRO DA CAVERNA

Haacute facilidade no trajeto dentro da cavidade pois o piso natildeo tem muitas ondulaccedilotildees apesar de exigir

muita atenccedilatildeo nas descidas

Editorial flowFluxo editorial ReceivedRecebido em Ago 2015 AcceptedAprovado em Fev 2016

PESQUISAS EM TURISMO E PAISAGENS CAacuteRSTICAS

Sociedade Brasileira de Espeleologia (SBE) Universidade Federal de Satildeo Carlos (UFSCar)

wwwcavernasorgbrturismoasp

Refrendada por la Associacioacuten de Cuevas Turiacutesticas Iberoamericanas

Nunes Vasconcelos amp Bragante-Filho Atividade espeleoturiacutestica adaptada no Grutatildeo

Campinas SBEUFSCar Pesquisas em Turismo e Paisagens Caacutersticas 9(1) 2016

49

2000 que estabelece normas gerais e criteacuterios baacutesicos para a promoccedilatildeo da acessibilidade das pessoas

portadora de deficiecircncia ou com mobilidade reduzida e daacute outras providecircncias

BRAGANTE Marco Antocircnio Artigo Relato de atividade [mensagem pessoal] Mensagem recebida por

eriquinhanunes310hotmailcom em 18 ago 2013

COSTA V B Inclusatildeo social nos esportes de aventura na natureza vivecircncias e experiecircncias de um

pesquisador deficiente visual Revista Digital - Buenos Aires - Ano 14 - Nordm 136 - Setembro de 2009

CORDEIRO Teresinha Ramos Artigo Relato de atividade [mensagem pessoal] Mensagem recebida por

eriquinhanunes310hotmailcom em 15 ago 2013

GOVERNO DO ESTADO DA BAHIA Secretaacuteria do Turismo 2015 Disponiacutevel em

bahiacombrcidadessao-desiderio Acesso em 03 fev 2015

GALVAtildeO O LA FERREIRA F C ROSSATO M R REINO R C J JANSEN C D e VILELA V

C Breve Descriccedilatildeo do Patrimocircnio Espeleoloacutegico do Municiacutepio de Satildeo Desideacuterio ndash BA Revista

Brasileira de Espeleologia ndashRbEsp Satildeo Paulo v 2 n 1 p 24 2012 Disponiacutevel em

wwwterrabrasilisorgbrecotecadigitalindexphpoption=com_abookampview=bookampid=1368revista-

brasileira-de-espeleologia-2012-breve-descricao-do-patrimonio-espeleologico-do-municipio-de-sao-

desiderio--ba Acesso em 21 fev 2015

IBGE ndash Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Estimativa da Populaccedilatildeo Residente com data 01deg

de julho de 2014 Disponiacutevel em

wwwcidadesibgegovbrxtrasperfilphplang=ampcodmun=292890ampsearch=||infogrE1ficos-

informaE7F5es-completas Acesso em 07 jun2015

SANTOS A B dos CARVALHO A R de NUNES JR D da R NUNES G da S SOUZA O R de

FILHO J N de C MENEZES J da R NOVAES Z L da R Plano Ambiental para o municiacutepio de

Satildeo Desideacuterio BA Salvador BA Programa Nacional de Capacitaccedilatildeo de Gestores Ambientais 2008

INFOJOVEM Esportes para pessoas com deficiecircncia Disponiacutevel em

wwwinfojovemorgbrinfopediadescubra-e-aprendaesporteesporte-para-pessoas-com-deficiencia

Acesso em 18032015

LIMA Marcos Artigo Relato de atividade [mensagem pessoal] Mensagem recebida por

eriquinhanunesyahoocombr em 19 set 2013

LOBO Santos Augusto Heros Pesquisa em Turismo e Paisagens Caacutersticas Revista Cientiacutefica da Seccedilatildeo de

Espeleoturismo da Sociedade Brasileira de Espeleologia Campinas v 1 n 1 p 5 2008

Disponiacutevel em wwwcavernasorgbrptpcptpc_v1_n1pdf Acesso em 07 jun 2015

MAROUN K VIEIRA V Enduro a Peacute o esporte de aventura como aliado na adesatildeo agrave praacutetica de

atividade fiacutesica Revista Digital - Buenos Aires - Ano 11 - Ndeg 102 - Novembro de 2006

MUNIZ Fabricio Artigo Relato de atividade [mensagem pessoal] Mensagem recebida por

eriquinhanunesyahoocombr em 18 jun 2013

MOREIRA Edenir Cruz Artigo Relato de atividade [mensagem pessoal] Mensagem recebida por

eriquinhanunesyahoocombr em 22 jun 2013

NUNES et al Inclusatildeo Social de Portadores de Necessidades Especiais (PNEs) e a Praacutetica do Turismo em

Aacutereas Naturais Avaliaccedilatildeo de Seis Cavidades Turiacutesticas do Estado de Satildeo Paulo In CONGRESSO

BRASILEIRO DE ESPELEOLOGIA XXIX 2007 Ouro Preto Anais Ouro Preto Minas Gerais

2007 Disponiacutevel em wwwcavernasorgbranais29cbe29cbe_201-210pdf

Nunes Vasconcelos amp Bragante-Filho Atividade espeleoturiacutestica adaptada no Grutatildeo

Campinas SBEUFSCar Pesquisas em Turismo e Paisagens Caacutersticas 9(1) 2016

50

NUNES et al Proposta de Indicadores de Acessibilidade aacutes Cavidades Turiacutesticas Direcionadas aos

Portadores de Necessidades Especiais (PNEs) In CONGRESSO BRASILEIRO DE

ESPELEOLOGIA XXX 2009 Montes Claros Anais Montes Claros Minas Gerais 2009

Disponiacutevel em wwwcavernasorgbranais30cbe30cbe_159-164pdf

NUNES et al Introduccedilatildeo ao mini curso espeleoturismo adaptado e aplicaccedilatildeo da ferramenta indicadores de

acessibilidade em cavernas In CONGRESSO BRASILEIRO DE ESPELEOLOGIA XXXII 2013

Barreiras Anais Barreiras Bahia 2013 Disponiacutevel em

wwwcavernasorgbranais32cbe32cbe_013-022pdf

PASSO D P CASTRO K B de MARTINS E de S GOMES M P REATTO A LIMA L A de S

CARVALHO JR O A GOMES R A T Caracterizaccedilatildeo Geomorfoloacutegica do Municiacutepio de Satildeo

Desideacuterio BA Escala 1 50000 Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuaacuteria (Embrapa Cerrados)

2010 Planaltina DF 29p ndash (Boletim de Pesquisa e Desenvolvimento) 283

PEREIRA Meacutercio Santos Artigo Relato de atividade [mensagem pessoal] Mensagem recebida por

eriquinhanunesyahoocombr em 20 jun 2013

PREFEITURA MUNICIPAL DE SAtildeO DESIDEacuteRIO BA Turismo Disponiacutevel em

saodesideriobagovbrturismo Acesso em 03 Fev 2015

SOCIEDADE BRASILEIRA DE ESPELEOLOGIA SBE Notiacutecias ndeg82 Campinas 2008 Disponiacutevel em

wwwcavernasorgbrsbenoticiasSBENoticias_082pdf Acesso em 22 mar 2015

SOCIEDADE BRASILEIRA DE ESPELEOLOGIA XXX Congresso Brasileiro de Espeleologia Curso

Introduccedilatildeo do Espeleoturismo Adaptado Disponiacutevel em

wwwcavernasorgbrdiversos30cbecurso06pdf Acesso em 07 jun 2015

SOCIEDADE BRASILEIRA DE ESPELEOLOGIA SBE Notiacutecias ndeg269 Campinas 2008 Disponiacutevel em

wwwcavernasorgbrsbenoticiasSBENoticias_269pdf Acesso em 07 jun 2015

SANTOS Argemiro Domingos dos Artigo Relato de Atividade [mensagem pessoal] Mensagem recebida

por eriquinhanunesyahoocombr em 17 set 2013

SANTOS Edimilson Pereira Rodrigues dos Artigo Relato de atividade [mensagem pessoal] Mensagem

recebida por eriquinhanunesyahoocombr em 20 jun 2013

SILVA Maria Ivete Fonseca Artigo Relato de atividade [mensagem pessoal] Mensagem recebida por

eriquinhanunesyahoocombr em 19 set 2013

SILVA Leonardo Vieira da Artigo Relato de atividade [mensagem pessoal] Mensagem recebida por

eriquinhanunesyahoocombr em 20 jun 2013

SILVA Wellington Vasconcelos Eustaacutequio Artigo Relato de atividade [mensagem pessoal] Mensagem

recebida por eriquinhanunesyahoocombr em 18 jun 2013

XXXII CONGRESSO BRASILEIRO DE ESPELEOLOGIA Curso introduccedilatildeo ao espeleoturismo adaptado

Barreiras 2013 Disponiacutevel em wwwcavernasorgbr32CBE-cursosasp Acesso em 01 fev 2015

ZAMPAULO Robson de Almeida LUZ Claacuteudia Santos NUNES Eacuterica Inclusatildeo Social de Portadores de

Necessidades Especiais (PNEs) e a Praacutetica do Turismo em Aacutereas Naturais Relato de Caso no

Parque Estadual Turiacutestico do Alto Ribeira (PETAR-SP) In CONGRESSO BRASILEIRO DE

ESPELEOLOGIA XXVIII 2005 Campinas Anais Campinas Satildeo Paulo 2005 P 160-167

Disponiacutevel em wwwcavernasorgbranais28cbe28cbe_160-167pdf

Nunes Vasconcelos amp Bragante-Filho Atividade espeleoturiacutestica adaptada no Grutatildeo

Campinas SBEUFSCar Pesquisas em Turismo e Paisagens Caacutersticas 9(1) 2016

51

Anexo I

Deficiecircncia

Fiacutesica

alteraccedilatildeo completa ou parcial de um ou mais membros da anatomia humana e

comprometimentos fiacutesicos paraplegia paraparesia monoplegia monoparesia tetraplegia

tetraparesia triplegia triparesia hemiplegia hemiparesia ostomia amputaccedilatildeo ou falta de

membros paralisia cerebral nanismo membros com deformaccedilatildeo congecircnita ou adquirida

sem considerar deformaccedilotildees esteacuteticas e dificuldade em realizar atividades

Deficiecircncia

auditiva

perda bilateral parcial ou total em 41 decibeacuteis (dB) ou maior identificado com exame de

audiograma em frequecircncia em 500 1000 2000 e 3000 Hz

Deficiecircncia

visual

cegueira com acuidade visual igual ou menor 005 na melhor correccedilatildeo ocular baixa visatildeo

03 e 005 na melhor correccedilatildeo ocular pacientes com somatoacuteria da regiatildeo visual nas duas

oculares igual ou menor 60deg e ocorrecircncia simultacircnea de outra condiccedilatildeo anterior

Deficiecircncia

intelectual

atividade intelectual muito menor agrave mediana diagnosticada antes dos dezoito anos de

idade dificuldades na capacidade adaptativa em dois ou mais campos comunicaccedilatildeo

proacuteprio cuidado habilidade social usar recursos da comunidade sauacutede seguranccedila

atividade escolar lazer e trabalho

Deficiecircncia

muacuteltipla interaccedilatildeo entre duas ou mais deficiecircncias

Pessoa com

mobilidade

reduzida

natildeo eacute classificada como deficiente mas apresenta limitaccedilotildees nos movimentos seja

permanente ou temporaacuterio demonstrando diminuiccedilatildeo efetiva de flexibilidade

coordenaccedilatildeo motora mobilidade e percepccedilatildeo

INDICADORES DE ACESSIBILIDADE GRUTAtildeO DA BELEZA (BA-539)

A- LARGURA E ALTURA DO POacuteRTICO (EM METROS LINEARES) DA CAVIDADE

Altura = 7m Desenvolvimento linear = 55m

B- SUBSTRATO DO TRECHO DE ACESSO ATEacute A ENTRADA DA CAVIDADE

(X) CALCcedilADAS

CIMENTADAS

( ) BARRO COM PEDRAS

( ) AREIA

(X) BARRO

(X) GRAMA

( ) OUTROS

( ) BARRO COM GRAMA

( ) PEDRA

( ) RIO COacuteRREGO

C- QUAIS AS PRINCIPAIS DIFICULDADES PARA ENTRAR NA CAVIDADE

( ) CHAtildeO ESCORREGADIO

( ) ESCADA

( ) FENDA

( ) LAMA

( ) AacuteGUA

( ) ABISMO

(X) ACLIVE

( ) AREIA

( ) OUTROS

(X) DECLIVE

(X) BLOCOS

( ) ___________

D- QUAIS OS OBSTAacuteCULOS A SEREM SUPERADOS DENTRO DA CAVIDADE

( ) ESCADA

( ) LAGO

( ) AFUNILAMENTO

( ) PONTE

( ) COacuteRREGO

( ) FENDA

(X) BLOCOS

( ) RIO

( ) CACHOEIRA

( ) ABISMO

( ) ___________

( ) ___________

E- EXISTE A NECESSIDADE DE PRATICAR MANOBRAS COM A CADEIRA DE

RODAS DURANTE O DESLOCAMENTO QUAIS

(X) SUSPENDER

(X) EMPINAR

( ) TOMBAR

( ) OSCILAR

( ) GRAMA

( ) OUTROS

(X) RETIRADA DO PNE DA

CADEIRA DE RODAS

( ) ___________

F- A CADEIRA DE RODAS CONSEGUE PERCORRER TODO CAMINHAMENTO

QUANDO PARCIAL JUSTIFIQUE

(X) SIM ( ) NAtildeO ( ) PARCIAL

Nunes Vasconcelos amp Bragante-Filho Atividade espeleoturiacutestica adaptada no Grutatildeo

Campinas SBEUFSCar Pesquisas em Turismo e Paisagens Caacutersticas 9(1) 2016

52

G- EM QUANTOS METROS Eacute POSSIacuteVEL DESLOCAR COM A CADEIRA DE

RODAS

Todo o poacutertico inferior pode ser transitado por cadeiras de rodas

H- HAacute TRECHOS NA CAVIDADE QUE O PNE CADEIRANTE PRECISA SER

CARREGADO

(X) SIM ( ) NAtildeO

I- QUANTOS SALOtildeES O PNE CADEIRANTE CONSEGUE VISITAR

Apenas um salatildeo natildeo pode ser visitado pois a entrada para o mesmo eacute estreita

J- QUAIS SAtildeO OS ATRATIVOS (PASSIVOS ATIVOS) QUE O PNE CONSEGUE

TER ACESSO USUFRUIR DENTRO DA CAVIDADE

(X) SALOtildeES

( ) RIOS

( ) FAUNA

(X) ESPELEOTEMA

(X) PINTURAS RUPESTRES

(X) FLORA

( ) LAGOS

( ) OUTROS

( ) FOacuteSSEIS

( ) CACHOEIRAS

( ) PETROGLIFOS

( ) ___________

K- DE UM MODO GERAL QUAIS AS FACILIDADES E DIFICULDADES

ENCONTRADAS DENTRO DA CAVERNA

Haacute facilidade no trajeto dentro da cavidade pois o piso natildeo tem muitas ondulaccedilotildees apesar de exigir

muita atenccedilatildeo nas descidas

Editorial flowFluxo editorial ReceivedRecebido em Ago 2015 AcceptedAprovado em Fev 2016

PESQUISAS EM TURISMO E PAISAGENS CAacuteRSTICAS

Sociedade Brasileira de Espeleologia (SBE) Universidade Federal de Satildeo Carlos (UFSCar)

wwwcavernasorgbrturismoasp

Refrendada por la Associacioacuten de Cuevas Turiacutesticas Iberoamericanas

Nunes Vasconcelos amp Bragante-Filho Atividade espeleoturiacutestica adaptada no Grutatildeo

Campinas SBEUFSCar Pesquisas em Turismo e Paisagens Caacutersticas 9(1) 2016

50

NUNES et al Proposta de Indicadores de Acessibilidade aacutes Cavidades Turiacutesticas Direcionadas aos

Portadores de Necessidades Especiais (PNEs) In CONGRESSO BRASILEIRO DE

ESPELEOLOGIA XXX 2009 Montes Claros Anais Montes Claros Minas Gerais 2009

Disponiacutevel em wwwcavernasorgbranais30cbe30cbe_159-164pdf

NUNES et al Introduccedilatildeo ao mini curso espeleoturismo adaptado e aplicaccedilatildeo da ferramenta indicadores de

acessibilidade em cavernas In CONGRESSO BRASILEIRO DE ESPELEOLOGIA XXXII 2013

Barreiras Anais Barreiras Bahia 2013 Disponiacutevel em

wwwcavernasorgbranais32cbe32cbe_013-022pdf

PASSO D P CASTRO K B de MARTINS E de S GOMES M P REATTO A LIMA L A de S

CARVALHO JR O A GOMES R A T Caracterizaccedilatildeo Geomorfoloacutegica do Municiacutepio de Satildeo

Desideacuterio BA Escala 1 50000 Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuaacuteria (Embrapa Cerrados)

2010 Planaltina DF 29p ndash (Boletim de Pesquisa e Desenvolvimento) 283

PEREIRA Meacutercio Santos Artigo Relato de atividade [mensagem pessoal] Mensagem recebida por

eriquinhanunesyahoocombr em 20 jun 2013

PREFEITURA MUNICIPAL DE SAtildeO DESIDEacuteRIO BA Turismo Disponiacutevel em

saodesideriobagovbrturismo Acesso em 03 Fev 2015

SOCIEDADE BRASILEIRA DE ESPELEOLOGIA SBE Notiacutecias ndeg82 Campinas 2008 Disponiacutevel em

wwwcavernasorgbrsbenoticiasSBENoticias_082pdf Acesso em 22 mar 2015

SOCIEDADE BRASILEIRA DE ESPELEOLOGIA XXX Congresso Brasileiro de Espeleologia Curso

Introduccedilatildeo do Espeleoturismo Adaptado Disponiacutevel em

wwwcavernasorgbrdiversos30cbecurso06pdf Acesso em 07 jun 2015

SOCIEDADE BRASILEIRA DE ESPELEOLOGIA SBE Notiacutecias ndeg269 Campinas 2008 Disponiacutevel em

wwwcavernasorgbrsbenoticiasSBENoticias_269pdf Acesso em 07 jun 2015

SANTOS Argemiro Domingos dos Artigo Relato de Atividade [mensagem pessoal] Mensagem recebida

por eriquinhanunesyahoocombr em 17 set 2013

SANTOS Edimilson Pereira Rodrigues dos Artigo Relato de atividade [mensagem pessoal] Mensagem

recebida por eriquinhanunesyahoocombr em 20 jun 2013

SILVA Maria Ivete Fonseca Artigo Relato de atividade [mensagem pessoal] Mensagem recebida por

eriquinhanunesyahoocombr em 19 set 2013

SILVA Leonardo Vieira da Artigo Relato de atividade [mensagem pessoal] Mensagem recebida por

eriquinhanunesyahoocombr em 20 jun 2013

SILVA Wellington Vasconcelos Eustaacutequio Artigo Relato de atividade [mensagem pessoal] Mensagem

recebida por eriquinhanunesyahoocombr em 18 jun 2013

XXXII CONGRESSO BRASILEIRO DE ESPELEOLOGIA Curso introduccedilatildeo ao espeleoturismo adaptado

Barreiras 2013 Disponiacutevel em wwwcavernasorgbr32CBE-cursosasp Acesso em 01 fev 2015

ZAMPAULO Robson de Almeida LUZ Claacuteudia Santos NUNES Eacuterica Inclusatildeo Social de Portadores de

Necessidades Especiais (PNEs) e a Praacutetica do Turismo em Aacutereas Naturais Relato de Caso no

Parque Estadual Turiacutestico do Alto Ribeira (PETAR-SP) In CONGRESSO BRASILEIRO DE

ESPELEOLOGIA XXVIII 2005 Campinas Anais Campinas Satildeo Paulo 2005 P 160-167

Disponiacutevel em wwwcavernasorgbranais28cbe28cbe_160-167pdf

Nunes Vasconcelos amp Bragante-Filho Atividade espeleoturiacutestica adaptada no Grutatildeo

Campinas SBEUFSCar Pesquisas em Turismo e Paisagens Caacutersticas 9(1) 2016

51

Anexo I

Deficiecircncia

Fiacutesica

alteraccedilatildeo completa ou parcial de um ou mais membros da anatomia humana e

comprometimentos fiacutesicos paraplegia paraparesia monoplegia monoparesia tetraplegia

tetraparesia triplegia triparesia hemiplegia hemiparesia ostomia amputaccedilatildeo ou falta de

membros paralisia cerebral nanismo membros com deformaccedilatildeo congecircnita ou adquirida

sem considerar deformaccedilotildees esteacuteticas e dificuldade em realizar atividades

Deficiecircncia

auditiva

perda bilateral parcial ou total em 41 decibeacuteis (dB) ou maior identificado com exame de

audiograma em frequecircncia em 500 1000 2000 e 3000 Hz

Deficiecircncia

visual

cegueira com acuidade visual igual ou menor 005 na melhor correccedilatildeo ocular baixa visatildeo

03 e 005 na melhor correccedilatildeo ocular pacientes com somatoacuteria da regiatildeo visual nas duas

oculares igual ou menor 60deg e ocorrecircncia simultacircnea de outra condiccedilatildeo anterior

Deficiecircncia

intelectual

atividade intelectual muito menor agrave mediana diagnosticada antes dos dezoito anos de

idade dificuldades na capacidade adaptativa em dois ou mais campos comunicaccedilatildeo

proacuteprio cuidado habilidade social usar recursos da comunidade sauacutede seguranccedila

atividade escolar lazer e trabalho

Deficiecircncia

muacuteltipla interaccedilatildeo entre duas ou mais deficiecircncias

Pessoa com

mobilidade

reduzida

natildeo eacute classificada como deficiente mas apresenta limitaccedilotildees nos movimentos seja

permanente ou temporaacuterio demonstrando diminuiccedilatildeo efetiva de flexibilidade

coordenaccedilatildeo motora mobilidade e percepccedilatildeo

INDICADORES DE ACESSIBILIDADE GRUTAtildeO DA BELEZA (BA-539)

A- LARGURA E ALTURA DO POacuteRTICO (EM METROS LINEARES) DA CAVIDADE

Altura = 7m Desenvolvimento linear = 55m

B- SUBSTRATO DO TRECHO DE ACESSO ATEacute A ENTRADA DA CAVIDADE

(X) CALCcedilADAS

CIMENTADAS

( ) BARRO COM PEDRAS

( ) AREIA

(X) BARRO

(X) GRAMA

( ) OUTROS

( ) BARRO COM GRAMA

( ) PEDRA

( ) RIO COacuteRREGO

C- QUAIS AS PRINCIPAIS DIFICULDADES PARA ENTRAR NA CAVIDADE

( ) CHAtildeO ESCORREGADIO

( ) ESCADA

( ) FENDA

( ) LAMA

( ) AacuteGUA

( ) ABISMO

(X) ACLIVE

( ) AREIA

( ) OUTROS

(X) DECLIVE

(X) BLOCOS

( ) ___________

D- QUAIS OS OBSTAacuteCULOS A SEREM SUPERADOS DENTRO DA CAVIDADE

( ) ESCADA

( ) LAGO

( ) AFUNILAMENTO

( ) PONTE

( ) COacuteRREGO

( ) FENDA

(X) BLOCOS

( ) RIO

( ) CACHOEIRA

( ) ABISMO

( ) ___________

( ) ___________

E- EXISTE A NECESSIDADE DE PRATICAR MANOBRAS COM A CADEIRA DE

RODAS DURANTE O DESLOCAMENTO QUAIS

(X) SUSPENDER

(X) EMPINAR

( ) TOMBAR

( ) OSCILAR

( ) GRAMA

( ) OUTROS

(X) RETIRADA DO PNE DA

CADEIRA DE RODAS

( ) ___________

F- A CADEIRA DE RODAS CONSEGUE PERCORRER TODO CAMINHAMENTO

QUANDO PARCIAL JUSTIFIQUE

(X) SIM ( ) NAtildeO ( ) PARCIAL

Nunes Vasconcelos amp Bragante-Filho Atividade espeleoturiacutestica adaptada no Grutatildeo

Campinas SBEUFSCar Pesquisas em Turismo e Paisagens Caacutersticas 9(1) 2016

52

G- EM QUANTOS METROS Eacute POSSIacuteVEL DESLOCAR COM A CADEIRA DE

RODAS

Todo o poacutertico inferior pode ser transitado por cadeiras de rodas

H- HAacute TRECHOS NA CAVIDADE QUE O PNE CADEIRANTE PRECISA SER

CARREGADO

(X) SIM ( ) NAtildeO

I- QUANTOS SALOtildeES O PNE CADEIRANTE CONSEGUE VISITAR

Apenas um salatildeo natildeo pode ser visitado pois a entrada para o mesmo eacute estreita

J- QUAIS SAtildeO OS ATRATIVOS (PASSIVOS ATIVOS) QUE O PNE CONSEGUE

TER ACESSO USUFRUIR DENTRO DA CAVIDADE

(X) SALOtildeES

( ) RIOS

( ) FAUNA

(X) ESPELEOTEMA

(X) PINTURAS RUPESTRES

(X) FLORA

( ) LAGOS

( ) OUTROS

( ) FOacuteSSEIS

( ) CACHOEIRAS

( ) PETROGLIFOS

( ) ___________

K- DE UM MODO GERAL QUAIS AS FACILIDADES E DIFICULDADES

ENCONTRADAS DENTRO DA CAVERNA

Haacute facilidade no trajeto dentro da cavidade pois o piso natildeo tem muitas ondulaccedilotildees apesar de exigir

muita atenccedilatildeo nas descidas

Editorial flowFluxo editorial ReceivedRecebido em Ago 2015 AcceptedAprovado em Fev 2016

PESQUISAS EM TURISMO E PAISAGENS CAacuteRSTICAS

Sociedade Brasileira de Espeleologia (SBE) Universidade Federal de Satildeo Carlos (UFSCar)

wwwcavernasorgbrturismoasp

Refrendada por la Associacioacuten de Cuevas Turiacutesticas Iberoamericanas

Nunes Vasconcelos amp Bragante-Filho Atividade espeleoturiacutestica adaptada no Grutatildeo

Campinas SBEUFSCar Pesquisas em Turismo e Paisagens Caacutersticas 9(1) 2016

51

Anexo I

Deficiecircncia

Fiacutesica

alteraccedilatildeo completa ou parcial de um ou mais membros da anatomia humana e

comprometimentos fiacutesicos paraplegia paraparesia monoplegia monoparesia tetraplegia

tetraparesia triplegia triparesia hemiplegia hemiparesia ostomia amputaccedilatildeo ou falta de

membros paralisia cerebral nanismo membros com deformaccedilatildeo congecircnita ou adquirida

sem considerar deformaccedilotildees esteacuteticas e dificuldade em realizar atividades

Deficiecircncia

auditiva

perda bilateral parcial ou total em 41 decibeacuteis (dB) ou maior identificado com exame de

audiograma em frequecircncia em 500 1000 2000 e 3000 Hz

Deficiecircncia

visual

cegueira com acuidade visual igual ou menor 005 na melhor correccedilatildeo ocular baixa visatildeo

03 e 005 na melhor correccedilatildeo ocular pacientes com somatoacuteria da regiatildeo visual nas duas

oculares igual ou menor 60deg e ocorrecircncia simultacircnea de outra condiccedilatildeo anterior

Deficiecircncia

intelectual

atividade intelectual muito menor agrave mediana diagnosticada antes dos dezoito anos de

idade dificuldades na capacidade adaptativa em dois ou mais campos comunicaccedilatildeo

proacuteprio cuidado habilidade social usar recursos da comunidade sauacutede seguranccedila

atividade escolar lazer e trabalho

Deficiecircncia

muacuteltipla interaccedilatildeo entre duas ou mais deficiecircncias

Pessoa com

mobilidade

reduzida

natildeo eacute classificada como deficiente mas apresenta limitaccedilotildees nos movimentos seja

permanente ou temporaacuterio demonstrando diminuiccedilatildeo efetiva de flexibilidade

coordenaccedilatildeo motora mobilidade e percepccedilatildeo

INDICADORES DE ACESSIBILIDADE GRUTAtildeO DA BELEZA (BA-539)

A- LARGURA E ALTURA DO POacuteRTICO (EM METROS LINEARES) DA CAVIDADE

Altura = 7m Desenvolvimento linear = 55m

B- SUBSTRATO DO TRECHO DE ACESSO ATEacute A ENTRADA DA CAVIDADE

(X) CALCcedilADAS

CIMENTADAS

( ) BARRO COM PEDRAS

( ) AREIA

(X) BARRO

(X) GRAMA

( ) OUTROS

( ) BARRO COM GRAMA

( ) PEDRA

( ) RIO COacuteRREGO

C- QUAIS AS PRINCIPAIS DIFICULDADES PARA ENTRAR NA CAVIDADE

( ) CHAtildeO ESCORREGADIO

( ) ESCADA

( ) FENDA

( ) LAMA

( ) AacuteGUA

( ) ABISMO

(X) ACLIVE

( ) AREIA

( ) OUTROS

(X) DECLIVE

(X) BLOCOS

( ) ___________

D- QUAIS OS OBSTAacuteCULOS A SEREM SUPERADOS DENTRO DA CAVIDADE

( ) ESCADA

( ) LAGO

( ) AFUNILAMENTO

( ) PONTE

( ) COacuteRREGO

( ) FENDA

(X) BLOCOS

( ) RIO

( ) CACHOEIRA

( ) ABISMO

( ) ___________

( ) ___________

E- EXISTE A NECESSIDADE DE PRATICAR MANOBRAS COM A CADEIRA DE

RODAS DURANTE O DESLOCAMENTO QUAIS

(X) SUSPENDER

(X) EMPINAR

( ) TOMBAR

( ) OSCILAR

( ) GRAMA

( ) OUTROS

(X) RETIRADA DO PNE DA

CADEIRA DE RODAS

( ) ___________

F- A CADEIRA DE RODAS CONSEGUE PERCORRER TODO CAMINHAMENTO

QUANDO PARCIAL JUSTIFIQUE

(X) SIM ( ) NAtildeO ( ) PARCIAL

Nunes Vasconcelos amp Bragante-Filho Atividade espeleoturiacutestica adaptada no Grutatildeo

Campinas SBEUFSCar Pesquisas em Turismo e Paisagens Caacutersticas 9(1) 2016

52

G- EM QUANTOS METROS Eacute POSSIacuteVEL DESLOCAR COM A CADEIRA DE

RODAS

Todo o poacutertico inferior pode ser transitado por cadeiras de rodas

H- HAacute TRECHOS NA CAVIDADE QUE O PNE CADEIRANTE PRECISA SER

CARREGADO

(X) SIM ( ) NAtildeO

I- QUANTOS SALOtildeES O PNE CADEIRANTE CONSEGUE VISITAR

Apenas um salatildeo natildeo pode ser visitado pois a entrada para o mesmo eacute estreita

J- QUAIS SAtildeO OS ATRATIVOS (PASSIVOS ATIVOS) QUE O PNE CONSEGUE

TER ACESSO USUFRUIR DENTRO DA CAVIDADE

(X) SALOtildeES

( ) RIOS

( ) FAUNA

(X) ESPELEOTEMA

(X) PINTURAS RUPESTRES

(X) FLORA

( ) LAGOS

( ) OUTROS

( ) FOacuteSSEIS

( ) CACHOEIRAS

( ) PETROGLIFOS

( ) ___________

K- DE UM MODO GERAL QUAIS AS FACILIDADES E DIFICULDADES

ENCONTRADAS DENTRO DA CAVERNA

Haacute facilidade no trajeto dentro da cavidade pois o piso natildeo tem muitas ondulaccedilotildees apesar de exigir

muita atenccedilatildeo nas descidas

Editorial flowFluxo editorial ReceivedRecebido em Ago 2015 AcceptedAprovado em Fev 2016

PESQUISAS EM TURISMO E PAISAGENS CAacuteRSTICAS

Sociedade Brasileira de Espeleologia (SBE) Universidade Federal de Satildeo Carlos (UFSCar)

wwwcavernasorgbrturismoasp

Refrendada por la Associacioacuten de Cuevas Turiacutesticas Iberoamericanas

Nunes Vasconcelos amp Bragante-Filho Atividade espeleoturiacutestica adaptada no Grutatildeo

Campinas SBEUFSCar Pesquisas em Turismo e Paisagens Caacutersticas 9(1) 2016

52

G- EM QUANTOS METROS Eacute POSSIacuteVEL DESLOCAR COM A CADEIRA DE

RODAS

Todo o poacutertico inferior pode ser transitado por cadeiras de rodas

H- HAacute TRECHOS NA CAVIDADE QUE O PNE CADEIRANTE PRECISA SER

CARREGADO

(X) SIM ( ) NAtildeO

I- QUANTOS SALOtildeES O PNE CADEIRANTE CONSEGUE VISITAR

Apenas um salatildeo natildeo pode ser visitado pois a entrada para o mesmo eacute estreita

J- QUAIS SAtildeO OS ATRATIVOS (PASSIVOS ATIVOS) QUE O PNE CONSEGUE

TER ACESSO USUFRUIR DENTRO DA CAVIDADE

(X) SALOtildeES

( ) RIOS

( ) FAUNA

(X) ESPELEOTEMA

(X) PINTURAS RUPESTRES

(X) FLORA

( ) LAGOS

( ) OUTROS

( ) FOacuteSSEIS

( ) CACHOEIRAS

( ) PETROGLIFOS

( ) ___________

K- DE UM MODO GERAL QUAIS AS FACILIDADES E DIFICULDADES

ENCONTRADAS DENTRO DA CAVERNA

Haacute facilidade no trajeto dentro da cavidade pois o piso natildeo tem muitas ondulaccedilotildees apesar de exigir

muita atenccedilatildeo nas descidas

Editorial flowFluxo editorial ReceivedRecebido em Ago 2015 AcceptedAprovado em Fev 2016

PESQUISAS EM TURISMO E PAISAGENS CAacuteRSTICAS

Sociedade Brasileira de Espeleologia (SBE) Universidade Federal de Satildeo Carlos (UFSCar)

wwwcavernasorgbrturismoasp

Refrendada por la Associacioacuten de Cuevas Turiacutesticas Iberoamericanas