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CME – PREVEST- DANIELY CAMPOS BARTZ
Funções da linguagem e sua adequação aos textos
Funções da
linguagem
Elemento
que fica em
evidência
Finalidade ou
conteúdoExpressão linguística Textos
Referencial Referente
Mensagem
objetiva: fatos,
ideias e ações
Linguagem referencial;
Significação unívoca,
não polissêmica
Documentos e
relatórios;
linguagens
científica e
jornalística
Expressiva Emissor
Mensagem
subjetiva:
sentimentos e
emoções de quem
fala
Linguagem conotativa;
interjeições, adjetivos
valorativos; entonação
expressiva
Cartas pessoais;
diários;
linguagens
familiar e literária
Apelativa Receptor
Mensagem que
influencia o ouvinte
com o objetivo de
provocar uma
resposta
Imperativos; vocativos;
formas afetivas
Linguagem
publicitária;
linguagens de
propaganda
política e religiosa
PoéticaForma de
mensagem
Mensagem que
atrai a atenção pela
forma de
expressão, pela
estética
Linguagem conotativa e
plurissignificativa;
recursos literários
Linguagens
literária, coloquial
e familiar;
linguagem
publicitária
Fática Canal
Informação
mínima. Sua
intenção é
estabelecer ou
manter a
comunicação
Frases feitas; palavras e
expressões de apoio;
pedundâncias
Linguagem
coloquial
Metaliguística Código
Informação para
esclarecer ou
explicar a
linguagem
Linguagem referencialTratados
linguísticos
Análise de um texto
Em um mesmo texto, podem predominar várias funções da linguagem alternadamente. É o que
se observa no trecho da crônica 'Receita para Mal de Amor', do jornalista e escritor Rubem
Braga (publicada em A Traição dos Elegantes, Ed. Record, Rio de Janeiro, 1985):
5
'Minha querida amiga: Sim, é para você mesma que estou escrevendo – você que
naquela noite disse que estava com vontade de me pedir conselhos, mas tinha vergonha
e achava que não valia a pena, e acabou me formulando uma
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pergunta ingênua: – Como é que a gente faz para esquecer uma pessoa? E logo depois
me pediu que não pensasse nisso e esquecesse a pergunta, dizendo que achava que
tinha bebido um ou dois uísques a mais...
15 Sei como você está sofrendo, e prefiro lhe responder assim pelas páginas de uma revista
– fazendo de conta que me dirijo a um destinatário suposto. Destinatário, destinatária...
CME – PREVEST- DANIELY CAMPOS BARTZ
Bonita palavra: não devia querer dizer apenas aquele ou aquela a quem se
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destina uma carta, devia querer dizer também a pessoa que é dona do destino da gente.
Joana é minha destinatária. Meu destino está em suas mãos; a ela se destinam meus
pensamentos, minhas lembranças, o que sinto e
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o que sou: todo esse complexo mais ou menos melancólico e todavia tão veemente de
coisas que eu nasci e me tornei. Se me derem para encher uma fórmula impressa ou
uma ficha de hotel eu poderei escrever assim:
Procedência – Cachoeiro de Itapemirim; Destino – Joana. Pois é somente para ela que eu
marcho. No táxi, no bonde, no avião, na rua, não interessa a direção em que me movo,
meu destino é Joana. Que importa saber que jamais chegarei ao meu destino?[...]'
No texto acima podemos identificar várias funções da linguagem:
• Função fática: 'Sim, é para você mesma que estou escrevendo [...]', pois o narrador quer se
certificar de que o canal está sendo mantido.
• Função metalinguística: na passagem 'Destinatário, destinatária... Bonita palavra [...]', em
que o narrador se detém sobre uma palavra, refletindo sobre seu significado.
• Função emotiva ou expressiva: Nos dois últimos parágrafos o narrador expressa seus
sentimentos.
• Função poética: permeia todo o texto, pois é evidente a preocupação estética de Rubem
Braga ao escrever sua crônica.
01. (FEI) Assinale a alternativa em que a função apelativa da linguagem é a que prevalece:
a) Trago no meu peito um sentimento de solidão sem fim… sem fim…b) “Não discuto com o destino o que pintar eu assino.”c) Machado de Assis é um dos maiores escritores brasileiros.d) Conheça você também a obra desse grande mestre.e) Semântica é o estudo da significação das palavras.
02. (PUC) Identifique a frase em que a função predominante da linguagem é a REFERENCIAL:
a) Dona Casemira vivia sozinha com seu cachorrinho.b) ¾ Vem, Dudu!c) ¾ Pobre Dona Casemira…d) ¾ O que … O que foi que você disse?e) Um cachorro falando?
03..(Vunesp) Capítulo LX / Manhã de 15
Quando lhe acontecia o que ficou contado, era costume de Aires sair cedo, a espairecer. Nem sempre acertava.
Desta vez foi ao passeio público. Chegou às sete horas e meia, entrou, subiu ao terraço e olhou para o mar. O
mar estava crespo . Aires começou a passear ao longo do terraço, ouvindo as ondas, e chegando-se à borda, de
quando em quando, para vê-las bater e recuar. Gostava delas assim; achava-lhes uma espécie de alma forte, que
as movia para meter medo à terra. A água, enroscando-se em si mesma, dava-lhe uma sensação, mais que de
vida, de pessoa também, a que não faltavam nervos nem músculos, nem a voz que bradava as suas
cóleras. (Assis, Machado de. Esaú e Jacó – fragmento)
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No primeiro parágrafo, o termo sublinhado estabelece uma relação entre MAR e POVO que visa a um
efeito de sentido. Que figura de linguagem constrói essa associação?
04. Identifique as funções de linguagem:
a) “Lambetelho frúturo orgasmaravalha-se logumhomenina nel paraís de felicidadania:outras palavras.” (Caetano Veloso)
b) Mico Branco
. A turma do Casseta & Planeta está em Vale Nevado no Chile.
. Grava um programa sobre as desventuras dos turistas brasileiros que saem daqui para esquiar e, sem sabê-lo, passam as férias aos trambolhões. (O Globo)
c) “Eu levo a sério, mas você disfarça;insiste em zero a zero e eu quero um a um…” (Djavan)
d) “Compre Batom!”
05. (Fuvest) Um dos traços marcantes do atual período histórico é (…) o papel verdadeiramente
despótico da informação. (…) As novas condições técnicas deveriam permitir a ampliação do
conhecimento do planeta, dos objetos que o formam, das sociedades que o habitam e dos homens em sua
realidade intrínseca. Todavia, nas condições atuais, as técnicas da informação são principalmente
utilizadas por um punhado de atores em função de seus objetivos particulares. Essas técnicas da
informação (por enquanto) são apropriadas por alguns Estados e por algumas empresas, aprofundando
assim os processos de criação de desigualdades. É desse modo que a periferia do sistema capitalista acaba
se tornando ainda mais periférica, seja porque não dispõe totalmente dos novos meios de produção, seja
porque lhe escapa a possibilidade de controle.
O que é transmitido à maioria da humanidade é, de fato, uma informação manipulada que, em lugar de
esclarecer, confunde. (Milton Santos, Por uma outra globalização)
No contexto em que ocorrem, estão em relação de oposição os segmentos transcritos em:
a) novas condições técnicas/ técnicas da informação.b) punhados de atores/ objetivos particulares.c) ampliação do conhecimento/ informação manipulada.d) apropriadas por alguns Estados/ criação de desigualdades.e) atual período histórico/ periferia do sistema capitalista.
06. (UFVI) Quando uma linguagem trata de si própria – por exemplo um filme falando sobre os processos de filmagem, um poema desvendando o ato de criação poética, um romance questionando o ato de narrar – temos ametalinguagem.Esta forma de linguagem predomina em todos os fragmentos, exceta) “Amo-te como um bicho simplesmente
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de um amor sem mistério e sem virtudecom um desejo maciço e permanente.”(Vinicius de Morais)
b) “Proponho-me a que não seja complexo o que escreverei, embora obrigada a usar as palavras que vos sustentam.” (Clarice Lispector)
c) “Não narro mais pelo prazer de saber. Narro pelo gosto de narrar, sopro palavras e mais palavras, componho frases e mais frases.” (Silviano Santiago)
d) “Agarro o azul do poema pelo fio mais delgado de lã de seu discurso e vou traçando as linhas do relâmpago no vidro opaco da janela.” (Gilberto Mendonça Teles)
e) Que é Poesia? Uma ilha cercada de palavras por todos os lados.” (Cassiano Ricardo)
TEXTO PARA A SÉTIMA QUESTÃO
“O estoicismo fundado por Zenão de Cipre (336 – 264), teve também Atenas como centro irradiador.
Partiu da oposição matéria-forma feita por Aristóteles. Radicalmente materialista, interpretou a forma como
matéria ativa e declarou o seu oposto matéria passiva. Não há entre os seres diferenças de natureza, apenas de
grau. Desde a pedra até o homem, passando pelas plantas e os animais, a matéria passiva e a ativa distribuem-se
em proporção ínfima nos seres brutos. A razão é, portanto, a centelha divina em nós.
Desde que o universo é governado pela razão e não está entregue ao acaso como pensavam os epicureus, todos
os atos, até os mais insignificantes, estão rigorosamente determinados. A liberdade estóica consiste em
submeter-se voluntariamente às imperativas leis que agem no todo, já que a resistência determina a execução
involuntária dos atos previstos pelo mesmo determinismo imanente. A ética consiste na leitura e na correta
observação da ordem universal.
O estoicismo deixou marcas no direito romano. Levou os legisladores a subordinar as leis do estado às leis da
natureza, melhorou a situação da mulher e dos escravos, visto que os estóicos criam na igualdade de todos os
homens.”(SCHÜLER, Donald, Literatura Grega.)
07. No texto predomina a linguagem com função:a) emotiva; b) referencial; c) fática;d) conativa; e) metalinguística.
08. Segundo o lingüista Roman Jakobson, ‘dificilmente lograríamos (…) encontrar mensagens verbais que preenchessem uma única função… A estrutura verbal de uma mensagem depende basicamente da função predominante’.
“Meu canto de morte,Guerreiros, ouvi:Sou filho das selvasNas selvas cresci:Guerreiros, descendo
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Da tribo tupi.Da tribo pujante,Que agora anda errantePor fado inconstante,Guerreiro, nasci:Sou bravo, sou forte,Sou filho do NorteMeu canto de morte,Guerreiros, ouvi.” (Gonçalves Dias)Indique a função predominante no fragmento acima transcrito, justificando a indicação:
09. (UFGO) Texto A
Pausa poéticaSujeito sem predicadosAbjetoSem vozPassivoJá meio pretéritoVendedor de artigos indefinidosProcura por subordinada
Que possua alguns adjetivosNem precisam ser superlativosDesde que não venha precedidaDe relativos e transitivosPara um encontro vocálicoCom vistas a uma conjugação mais quePerfeitaE possível caso genitivo. (Paulo César de Souza)
Texto B
“Sou divorciado – 56 anos, desejo conhecer uma mulher desimpedida, que viva só, que precise de alguém
muito sério para juntos sermos felizes. 800-0031 (discretamente falar c/ Astrogildo)”
Os textos A e B, apesar de se estruturarem sob perspectivas funcionais diferentes, exploram temáticas
semelhantes. Assinale a incorreta:
a) no texto A, o autor usa de metalinguagem para caracterizar o sujeito e o objeto de sua procura, ao passo que no texto B, o locutor emprega uma linguagem com predominância da função referencial.b) a expressão ‘meio pretérito’, do texto A, fica explicitada cronologicamente na linguagem referencial do texto B.c) a expressão ‘Desde que não venha precedida de relativos e transitivos’, no texto A, tem seu correlato em ‘mulher desimpedida que vive só’, do texto B.d) comparando os dois textos, pode-se afirmar que ambos expressam a mesma visão idealizada e poética do amor.e) no texto A, as palavras extraídas de seu contexto de origem (categorias gramaticais e funções sintáticas) e ajustadas a um novo contexto criam uma duplicidade de sentido, produzindo efeitos, ao mesmo tempo lúdicos e poéticos.
10. (Mackenzie)
Irmão das coisas fugidias,não sinto gozo nem tormento.Atravesso noites e diasno vento. (Cecília Meireles, OBRA POÉTICA)
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Assinale a alternativa INCORRETA sobre a estrofe anterior.
a) Vento é um termo metafórico, sem correspondente expresso e pode ter várias interpretações.b) O verso 2 expressa uma antítese.c) O interlocutor tem o papel de depositário de uma confidência lírica.d) Os versos 1 e 3 confluem na rima e no significado dinâmico de tudo que passa.e) A apóstrofe expressa no verso 4 confirma o vazio emocional, já anunciado no verso 2.
ENEM 2014 – questão 96
Texto I
Seis estados zeram fila de espera para transplante de córneaSeis estados brasileiros aproveitaram o aumento no número de doadores e de transplantes feitos no primeiro semestre de 2012 no país e entraram para uma lista privilegiada: a de não ter mais pacientes esperando por uma córnea.Até julho desse ano, Acre, Distrito Federal, Espírito Santo, Paraná, Rio Grande do Norte e São Paulo eliminaram a lista de espera no transplante de córneas, de acordo com balanço divulgado pelo Ministério da Saúde, no Dia Nacional de Doação de Órgãos e Tecidos. Em 2011, só São Paulo e Rio Grande do Norte zeraram essa fila.
Texto II
A notícia e o cartaz abordam a questão da doação de órgãos. Ao relacionar os dois textos, observa-se que o
cartaz é
(A) contraditório, pois a notícia informa que o país superou a necessidade de doação de órgãos.
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(B) complementar, pois a notícia diz que a doação de órgãos cresceu e o cartaz solicita doações.(C) redundante, pois a notícia e o cartaz têm a intenção de influenciar as pessoas a doarem seus órgãos.(D) indispensável, pois a notícia fica incompleta sem o cartaz, que apela para a sensibilidade das pessoas.(E) discordante, pois ambos os textos apresentam posições distintas sobre a necessidade de doação de órgãos.
QUESTÃO 108
O exercício da crônica
Escrever crônica é uma arte ingrata. Eu digo prosa fiada, como faz um cronista; não a prosa de um
ficcionista, na qual este é levado meio a tapas pelas personagens e situações que, azar dele, criou porque
quis. Com um prosador do cotidiano, a coisa fia mais fino. Senta-se ele diante de uma máquina, olha através
da janela e busca fundo em sua imaginação um assunto qualquer, de preferência colhido no noticiário
matutino, ou da véspera, em que, com suas artimanhas peculiares, possa injetar um sangue novo. Se nada
houver, restar-lhe o recurso de olhar em torno e esperar que, através de um processo associativo, surja-lhe de
repente a crônica, provinda dos fatos e feitos de sua vida emocionalmente despertados pela concentração.
Ou então, em última instância, recorrer ao assunto da falta de assunto, já bastante gasto, mas do qual, no ato
de escrever, pode surgir o inesperado.
(MORAES, V. Para viver um grande amor: crônicas e poemas. São Paulo: Cia das Letras, 1991).
Predomina nesse texto a função da linguagem que se constitui
(A) nas diferenças entre o cronista e o ficcionista.(B) nos elementos que servem de inspiração ao cronista.(C) nos assuntos que podem ser tratados em uma crônica.(D) no papel da vida do cronista no processo de escrita da crônica.(E) nas dificuldades de se escrever uma crônica por meio de uma crônica.
QUESTÃO 118
eu acho um fato interessante… né… foi como meu pai e minha mãe vieram se conhecer… né… que… minha
mãe morava no Piauí com toda a família… né…meu… meu avô… materno no caso… era maquinista… ele
sofreu um acidente… infelizmente morreu…minha mãe tinha cinco anos… né… e o irmão mais velho dela…
meu padrinho… tinha dezessete e ele foi obrigado a trabalhar… foi trabalhar no banco… e… ele foi…o banco…
no caso… estava… com um número de funcionários cheio e ele teve que ir para outro local e pediu
transferência prum mais perto de Parnaíba que era a cidade onde eles moravam e por engano o… o…escrivão
entendeu Paraíba… né… e meu… minha família veio parar em Mossoró que exatamente o local mais perto
onde tinha vaga pra funcionário do Banco do Brasil e:: ela foi parar na rua do meu pai… né…e começaram a
se conhecer…namoraram onze anos …né… pararam algum tempo… brigaram… é lógico… porque todo
relacionamento tem uma briga… né…e eu achei esse fato muito interessante porque foi uma coincidência
incrível…né… como vieram se conhecer… namoraram e hoje… e até hoje estão juntos… dezessete anos de
casados.
(CUNHA, M .F. A. (org.) Corpus discurso & gramática: a língua falada e escrita na cidade de Natal. Natal:
EdUFRN, 1998.)
Na transcrição de fala, há um breve relato de experiência pessoal, no qual se observa a frequente repetição de
“né”. Essa repetição é um
(A) índice de baixa escolaridade do falante.(B) estratégia típica da manutenção da interação oral.
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(C) marca de conexão lógica entre conteúdos na fala.(D) manifestação característica da fala nordestina.(E) recurso enfatizador da informação mais relevante da narrativa.
Desabafo
Desculpem-me, mas não dá pra fazer uma cronicazinha divertida hoje. Simplesmente não dá. Não tem como
disfarçar: esta é uma típica manhã de segunda-feira. A começar pela luz acesa da sala que esqueci ontem à noite.
Seis recados para serem respondidos na secretária eletrônica. Recados chatos. Contas para pagar que venceram
ontem. Estou nervoso. Estou zangado.
CARNEIRO, J. E. Veja, 11 set. 2002 (fragmento).
Nos textos em geral, é comum a manifestação simultânea de várias funções da linguagem, com o predomínio,
entretanto, de uma sobre as outras. No fragmento da crônica Desabafo, a função da linguagem predominante é a
emotiva ou expressiva, pois
a) o discurso do enunciador tem como foco o próprio código.
b) a atitude do enunciador se sobrepõe àquilo que está sendo dito.
c) o interlocutor é o foco do enunciador na construção da mensagem.
d) o referente é o elemento que se sobressai em detrimento dos demais.
e) o enunciador tem como objetivo principal a manutenção da comunicação.
ENEM 2009 QUESTÃO 116
Texto para as questões 116 e 117 Canção do vento e da minha vida
O vento varria as folhas, O vento varria os frutos, O vento varria as flores... E a minha vida ficava Cada vez mais cheia De frutos, de flores, de folhas. [...] O vento varria os sonhos E varria as amizades... O vento varria as mulheres... E a minha vida ficava Cada vez mais cheia
De afetos e de mulheres. O vento varria os meses E varria os teus sorrisos... O vento varria tudo! E a minha vida ficava Cada vez mais cheia De tudo.
BANDEIRA, M. Poesia completa e prosa. Rio de Janeiro: José Aguilar, 1967.
CME – PREVEST- DANIELY CAMPOS BARTZ
Predomina no texto a função da linguagem:
A. fática, porque o autor procura testar o canal de comunicação. B. metalinguística, porque há explicação do significado das expressões.C. conativa, uma vez que o leitor é provocado a participar de uma ação.D. referencial, já que são apresentadas informações sobre acontecimentos e fatos reais.
E. poética, pois chama-se a atenção para a elaboração especial e artística da estrutura do texto.