ATIVIDADE MODERNISMO PROSA

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FuvestLeia o texto abaixo e responda as questes 1, 2 e 3.

"Pouco a pouco o ferro do proprietrio queimava os bichos de Fabiano. E quando no tinha mais nada para vender, o sertanejo endividava-se. Ao chegar a partilha, estava encalacrado, e na hora das contas davam-lhe uma ninharia.Ora, daquela vez, como das outras, Fabiano ajustou o gado, arrependeu-se, enfim deixou a transao meio apalavrada e foi consultar a mulher. Sinha Vitria mandou os meninos para o barreiro, sentou-se na cozinha, concentrou-se, distribuiu no cho sementes de vrias espcies, realizou somas e diminuies. No dia seguinte Fabiano voltou cidade, mas ao fechar o negcio notou que as operaes de Sinha Vitria, como de costume, diferiam das do patro. Reclamou e obteve a explicao habitual: a diferena era proveniente de juros.No se conformou: devia haver engano. Ele era bruto, sim senhor, via-se perfeitamente que era bruto, mas a mulher tinha miolo. Com certeza havia um erro no papel do branco. No se descobriu o erro, e Fabiano perdeu os estribos. Passar a vida inteira assim no toco, entregando o que era dele de mo beijada! Estava direito aquilo? Trabalhar como negro e nunca arranjar carta de alforria!O patro zangou-se, repeliu a insolncia, achou bom que o vaqueiro fosse procurar servio noutra fazenda.A Fabiano baixou a pancada e amunhecou. Bem, bem. No era preciso barulho no. Se havia dito palavra toa, pedia desculpa. Era bruto, no fora ensinado. Atrevimento no tinha, conhecia o seu lugar. Um cabra. Ia l puxar questo com gente rica? Bruto, sim senhor, mas sabia respeitar os homens. Devia ser ignorncia da mulher, provavelmente devia ser ignorncia da mulher. At estranhara as contas dela. Enfim, como no sabia ler (um bruto, sim senhor), acreditara na sua velha. Mas pedia desculpa e jurava no cair noutra.O amo abrandou, e Fabiano sai de costas, o chapu varrendo o tijolo. Na porta, virando-se, enganchou as rosetas das esporas, afastou-se tropeando, os sapates de couro cru batendo no cho como cascos.Foi at a esquina, parou, tomou flego. No deviam trata-lo assim. Dirigiu-se ao quadro lentamente. Diante da bodega de seu Incio virou o rosto e fez uma curva larga. Depois que acontecera aquela misria, temia passar ali. Sentou-se numa calada, tirou do bolso o dinheiro, examinou-o, procurando adivinhar quanto lhe tinham furtado. No podia dizer em voz alta que aquilo era um furto, mas era. Tomavam-lhe o gado quase de graa e ainda inventavam juro. Que juro! O que havia era safadeza."(Graciliano Ramos.Vidas Secas. So Paulo: Livraria Martins Editora, 1974.)

O texto, assim como todo o livro de que foi extrado, est escrito em terceira pessoa. No entanto, o recurso frequente ao discurso indireto livre, com a ambiguidade que lhe caracterstica, permite ao autor explorar ofilete da escavao interior, na expresso de Antonio Candido.

Assinale a alternativa em que a passagem nitidamente um discurso indireto livre:a) Ao chegar a partilha, estava encalacrado, e na hora das contas davam-lhe uma ninharia.b) Pouco a pouco o ferro do proprietrio queimava os bichos de Fabiano.c) No se descobriu o erro, e Fabiano perdeu os estribos.d) Passar a vida inteira assim no todo, entregando o que era dele de mo beijada.e) O amo abrandou, e Fabiano saiu de costas, o chapu varrendo o cho.2 -FuvestO texto, no seu conjunto, revela que Fabiano:a) ousou enfrentar o branco provando-lhe que as contas dele estavam erradas.b) ao perceber que era lesado, defendeu com xito seus direitos.c) conscientizou-se de que era vtima da safadeza, e conseguiu justiad) concluiu que era explorado na venda do gado e nas contas.e) indignou-se com a situao, mas voltou s boas com o patro. 03-FuvestA respeito de sinha Vitria, a mulher de Fabiano, possvel afirmar que:a) tinha miolo, no errava nas operaes e tentava atenuar os conflitos do marido com o patro.b) era mesmo ignorante: quando Fabiano percebeu seu erro, foi pedir desculpas ao patro.c) alm de erra nas contas, irritava-se com a diferena dos juros.d) suas contas sempre diferiam das do patro, mas ela pedia a Fabiano que se conformasse.e) era o nico apoio do vaqueiro, mas infelizmente sua ao no tinha efeito.4 -PUC-PRManuel Bandeira escreveu vrios poemas sobre a cidade do Recife. Graciliano Ramos tomou continuamente a natureza nordestina como paisagem. Assinale a alternativa que melhor expressa essa igualdade.a) So escritores regionalistas que exaltam sua terra natal.b) O regionalismo escolha apenas literria, porque foram escritores de temtica urbana.c) O regionalismo era moda na poca e eles seguiram o padro literrio.d) A regio explicava as personagens do romancista e a memria sentimental do poeta.e) Os dois escolheram o regionalismo como forma de se enquadrar no movimento modernista de 1930.5 -UFVGraciliano Ramos foi um dos principais representantes da gerao de escritores que surgiu na dcada de 1930. Sobre sua obra se pode afirmar que:a) Rompeu com a gerao de 1922, recusando as principais conquistas do modernismo.b) Deu continuidade ao projeto modernista, enveredando pelo caminho da experimentao esttica.c) Inaugurou uma nova tendncia esttica na literatura brasileira: o regionalismo.d) Retomou algumas caractersticas da prosa realista, para desenvolver uma literatura mais social.e) Procurou fundir em seus romances as caractersticas da prosa e da poesia, tal como Mrio de Andrade defendia.6- UFVO romance regionalista dos anos 30, em cuja temtica insere-se a obraFogo Morto, abordou as questes socioeconmicas do Nordeste brasileiro. Dentre as seguintes alternativas, apenas uma NO confirma a declarao acima. Assinale-a:a) Enquanto o desenvolvimento industrial deixou suas marcas na fase herica do movimento modernista, o romance nordestino dos anos 30 privilegiou as heranas culturais do Brasil rural.b) O enredo deFogo Morto de natureza documental, confirmando a abolio da escravatura como um dos fatores preponderantes para o declnio da sociedade patriarcal brasileira.c) O personagem do romance regionalista da dcada de 30, no conseguindo vencer as adversidades de um destino hostil, evadiu-se no tempo e no espao em busca de aventuras amorosas e sentimentais.d)Fogo Mortoinsere-se na temtica social do ?romance de 30?, consolidando o escritor Jos Lins do Rego como o romancista que melhor retratou a decadncia dos senhores dos engenhos da cana-de-acar.e) O "romance de 30" retratou de forma mais direta a linguagem, o folclore e a vida social do Nordeste brasileiro, resgatando os valores e as tradies daquela sociedade patriarcal.

44)(FCC-SP) A obra de Jorge Amado, em sua fase inicial, aborda o problema da:a) seca peridica que devasta a regio da pecuria do Piau.b) decadncia da aristocracia da cana-de-acar diante do aparecimento das usinas.c) luta pela posse de terras na regio cacaueira de Ilhus.d) vida nas salinas, que destri paulatinamente os trabalhadores.e) aristocracia cafeeira, que se v beira da falncia com a crise de 29.RespostaAlternativa:C

45)(PUC-RS) Na obra de Jos Lins do Rego, o memorialismo da infncia e da adolescncia apresentado numa linguagem de:a) forte e potica oralidade.b) lmpida e perfeita correo gramatical.c) pesada e imitativa fala regional.d) fiel e disciplinada sintaxe tradicional.e) original e reinventada expresso prosaica.RespostaAlternativa:A

46)(PUC-RS) O pequeno sentou-se, acomodou nas pernas a cachorra, ps-se a contar-lhe baixinho uma estria. Tinha o vocabulrio quase to minguado como o do papagaio que morrera no tempo da seca.EmVidas secas, de Graciliano Ramos, como exemplifica o texto, atravs das personagens, h uma aproximao entre:a) homem e animal.b) criana e homem.c) co e papagaio.d) papagaio e criana.e) natureza e homem.RespostaAlternativa:A

47)(Enem) No romanceVidas Secas, de Graciliano Ramos, o vaqueiro Fabiano encontra-se com o patro para receber o salrio. Eis parte da cena:No se conformou: devia haver engano. () Com certeza havia um erro no papel do branco. No se descobriu o erro, e Fabiano perdeu os estribos. Passar a vida inteira assim no toco, entregando o que era dele de mo beijada! Estava direito aquilo? Trabalhar como negro e nunca arranjar carta de alforria?O patro zangou-se, repeliu a insolncia, achou bom que o vaqueiro fosse procurar servio noutra fazenda.A Fabiano baixou a pancada e amunhecou. Bem, bem. No era preciso barulho no.Graciliano Ramos.Vidas secas. 91. ed. Rio de Janeiro: Record, 2003.No fragmento transcrito, o padro formal da linguagem convive com marcas de regionalismo e de coloquialismo no vocabulrio. Pertence variedade do padro formal da linguagem o seguinte trecho:a) No se conformou: devia haver engano.b) e Fabiano perdeu os estribos.c) Passar a vida inteira assim no toco.d) entregando o que era dele de mo beijada!.e) A Fabiano baixou a pancada e amunhecou.RespostaAlternativa:A

48)Leia o texto seguinte e responda a questo.Os meninos deitaram-se e pegaram no sono. Sinh Vitria pediu o binga ao companheiro e acendeu o cachimbo. Fabiano preparou um cigarro. Por enquanto estavam sossegados. O bebedouro indeciso tornara-se realidade. Voltaram a cochichar projetos, as fumaas do cigarro e do cachimbo misturaram-se. Fabiano insistiu nos seus conhecimentos topogrficos, falou no cavalo de fbrica. Ia morrer na certa, um animal to bom. Se tivesse vindo com eles, transportaria a bagagem. Algum tempo comeria folhas secas, mas alm dos montes encontraria alimento verde. Infelizmente pertencia ao fazendeiro e definhava, sem ter quem lhe desse a rao. Ia morrer o amigo, lazarento e com esparaves, num canto de cerca, vendo os urubus chegarem banzeiros, saltando, os bicos ameaando-lhe os olhos. A lembrana das aves medonhas, que ameaavam com os bicos pontudos os olhos de criaturas vivas, horrorizou Fabiano. Se elas tivessem pacincia, comeriam tranquilamente a carnia. No tinham pacincia, aquelas pestes vorazes que voavam l em cima, fazendo curvas. Pestes.(FGV) Assinale a alternativa correta quanto ao autor e obra de que foi extrado o fragmento acima.a) Joo Guimares Rosa -Sagarana.b) Raquel de Queirs -O quinze.c) Euclides da Cunha -Os sertes.d) Franklin Tvora -O Cabeleira.e) Graciliano Ramos -Vidas secas.RespostaAlternativa:E

49)Leia o texto seguinte e responda a questo.Os meninos deitaram-se e pegaram no sono. Sinh Vitria pediu o binga ao companheiro e acendeu o cachimbo. Fabiano preparou um cigarro. Por enquanto estavam sossegados. O bebedouro indeciso tornara-se realidade. Voltaram a cochichar projetos, as fumaas do cigarro e do cachimbo misturaram-se. Fabiano insistiu nos seus conhecimentos topogrficos, falou no cavalo de fbrica. Ia morrer na certa, um animal to bom. Se tivesse vindo com eles, transportaria a bagagem. Algum tempo comeria folhas secas, mas alm dos montes encontraria alimento verde. Infelizmente pertencia ao fazendeiro e definhava, sem ter quem lhe desse a rao. Ia morrer o amigo, lazarento e com esparaves, num canto de cerca, vendo os urubus chegarem banzeiros, saltando, os bicos ameaando-lhe os olhos. A lembrana das aves medonhas, que ameaavam com os bicos pontudos os olhos de criaturas vivas, horrorizou Fabiano. Se elas tivessem pacincia, comeriam tranquilamente a carnia. No tinham pacincia, aquelas pestes vorazes que voavam l em cima, fazendo curvas. Pestes.(FGV) Assinale a alternativaincorretaa respeitoda obrada qual foi retirado o fragmento de texto.a) Explora um drama social e geogrfico.b) Apresenta forte sentimentalismo, especialmente nas relaes de Fabianocom o povo.c) Reduz personagens condio animal.d) Apresenta linguagem sinttica, concisa.e) Retrata quadros da vida do serto nordestino.RespostaAlternativa:B

50)Leia o texto seguinte e responda a questo.Os meninos deitaram-se e pegaram no sono. Sinh Vitria pediu o binga ao companheiro e acendeu o cachimbo. Fabiano preparou um cigarro. Por enquanto estavam sossegados. O bebedouro indeciso tornara-se realidade. Voltaram a cochichar projetos, as fumaas do cigarro e do cachimbo misturaram-se. Fabiano insistiu nos seus conhecimentos topogrficos, falou no cavalo de fbrica. Ia morrer na certa, um animal to bom. Se tivesse vindo com eles, transportaria a bagagem. Algum tempo comeria folhas secas, mas alm dos montes encontraria alimento verde. Infelizmente pertencia ao fazendeiro e definhava, sem ter quem lhe desse a rao. Ia morrer o amigo, lazarento e com esparaves, num canto de cerca, vendo os urubus chegarem banzeiros, saltando, os bicos ameaando-lhe os olhos. A lembrana das aves medonhas, que ameaavam com os bicos pontudos os olhos de criaturas vivas, horrorizou Fabiano. Se elas tivessem pacincia, comeriam tranquilamente a carnia. No tinham pacincia, aquelas pestes vorazes que voavam l em cima, fazendo curvas. Pestes.(FGV) O discurso indireto livre est presente nesse fragmento de texto. Um exemplo dele est na alternativa:a) Os meninos deitaram-se e pegaram no sono.b) Voltaram a cochichar projetos, as fumaas do cigarro e do cachimbomisturaram-se.c) A lembrana das aves medonhas, que ameaavam com os bicos pontudosos olhos de criaturas vivas, horrorizou Fabiano.d) Fabiano insistiu nos seus conhecimentos topogrficos, falou no cavalo defbrica.e) No tinham pacincia, aquelas pestes vorazes que voavam l em cima,fazendo curvas.RespostaAlternativa:E

51)Leia o texto seguinte e responda a questo.Os meninos deitaram-se e pegaram no sono. Sinh Vitria pediu o binga ao companheiro e acendeu o cachimbo. Fabiano preparou um cigarro. Por enquanto estavam sossegados. O bebedouro indeciso tornara-se realidade. Voltaram a cochichar projetos, as fumaas do cigarro e do cachimbo misturaram-se. Fabiano insistiu nos seus conhecimentos topogrficos, falou no cavalo de fbrica. Ia morrer na certa, um animal to bom. Se tivesse vindo com eles, transportaria a bagagem. Algum tempo comeria folhas secas, mas alm dos montes encontraria alimento verde. Infelizmente pertencia ao fazendeiro e definhava, sem ter quem lhe desse a rao. Ia morrer o amigo, lazarento e com esparaves, num canto de cerca, vendo os urubus chegarem banzeiros, saltando, os bicos ameaando-lhe os olhos. A lembrana das aves medonhas, que ameaavam com os bicos pontudos os olhos de criaturas vivas, horrorizou Fabiano. Se elas tivessem pacincia, comeriam tranquilamente a carnia. No tinham pacincia, aquelas pestes vorazes que voavam l em cima, fazendo curvas. Pestes.(FGV) O emprego do discurso indireto livre permite, entre outras coisas:a) Apresentar a fala da personagem.b) Evitar a profuso de conectivos.c) Que o narrador indique o que cada um diz, no dilogo.d) Fazer a distino entre a fala do narrador e o pensamento da personagem.e) Que o leitor perceba com nitidez o raciocnio da personagem.RespostaDe todas as alternativas, a menos aceitvel a e.

52)Leia o texto seguinte e responda a questo.Os meninos deitaram-se e pegaram no sono. Sinh Vitria pediu o binga ao companheiro e acendeu o cachimbo. Fabiano preparou um cigarro. Por enquanto estavam sossegados. O bebedouro indeciso tornara-se realidade. Voltaram a cochichar projetos, as fumaas do cigarro e do cachimbo misturaram-se. Fabiano insistiu nos seus conhecimentos topogrficos, falou no cavalo de fbrica. Ia morrer na certa, um animal to bom. Se tivesse vindo com eles, transportaria a bagagem. Algum tempo comeria folhas secas, mas alm dos montes encontraria alimento verde. Infelizmente pertencia ao fazendeiro e definhava, sem ter quem lhe desse a rao. Ia morrer o amigo, lazarento e com esparaves, num canto de cerca, vendo os urubus chegarem banzeiros, saltando, os bicos ameaando-lhe os olhos. A lembrana das aves medonhas, que ameaavam com os bicos pontudos os olhos de criaturas vivas, horrorizou Fabiano. Se elas tivessem pacincia, comeriam tranquilamente a carnia. No tinham pacincia, aquelas pestes vorazes que voavam l em cima, fazendo curvas. Pestes.(FGV) Encontra-se aliterao no seguinte trecho do texto:a) Voltaram a cochichar projetos...b) ... as fumaas do cigarro e do cachimbo misturaram-se.c) A lembrana das aves medonhas...d) No tinham pacincia...e) ... aquelas pestes vorazes que voavam l em cima, fazendo curvas.RespostaAlternativa:E

53)Leia o texto seguinte e responda a questo.Os meninos deitaram-se e pegaram no sono. Sinh Vitria pediu o binga ao companheiro e acendeu o cachimbo. Fabiano preparou um cigarro. Por enquanto estavam sossegados. O bebedouro indeciso tornara-se realidade. Voltaram a cochichar projetos, as fumaas do cigarro e do cachimbo misturaram-se. Fabiano insistiu nos seus conhecimentos topogrficos, falou no cavalo de fbrica. Ia morrer na certa, um animal to bom. Se tivesse vindo com eles, transportaria a bagagem. Algum tempo comeria folhas secas, mas alm dos montes encontraria alimento verde. Infelizmente pertencia ao fazendeiro e definhava, sem ter quem lhe desse a rao. Ia morrer o amigo, lazarento e com esparaves, num canto de cerca, vendo os urubus chegarem banzeiros, saltando, os bicos ameaando-lhe os olhos. A lembrana das aves medonhas, que ameaavam com os bicos pontudos os olhos de criaturas vivas, horrorizou Fabiano. Se elas tivessem pacincia, comeriam tranquilamente a carnia. No tinham pacincia, aquelas pestes vorazes que voavam l em cima, fazendo curvas. Pestes.(FGV) Assinale a alternativa correta sobre a obra da qual foi retirado o fragmento de texto.a) H no texto fortes indcios de que as aes ocorrem no final do sculo XIX.b) A cachorra Baleia elevada condio humana, quase uma irm dascrianas.c) Fabiano e seus familiares conversam muito entre si.d) As reflexes de Fabiano so claras, mas faltam-lhe as palavras adequadas.e) O objetivo da caminhada de Fabiano era chegar ao Rio de Janeiro.RespostaAlternativa:B

54)Fabiano curou no rasto a bicheira da novilha raposa. Levava no ai um frasco de creolina, e, se houvesse achado o animal, teria feito o curativo ordinrio. No o encontrou, mas sups distinguir as pisadas dele na areia, baixou-se, cruzou dois gravetos no cho e rezou. Se o bicho no estivesse morto, voltaria para o curral, que a orao era forte.Cumprida a obrigao, Fabiano levantou-se com a conscincia tranquila e marchou para casa.Graciliano Ramos.Vidas secas.(Mackenzie) Assinale a alternativa correta.a) O emprego decurou, na frase inicial, denota que o narrador atesta a eficcia da prtica popular citada.b) O narrador deixa entrever sua simpatia pelo procedimento da personagem ao caracterizar comoordinrioo curativo que no foi feito.c) O relato denota que a ao da personagem no poderia ter xito, pois se realizou baseada numa suposio infundada.d) A ltima frase do primeiro pargrafo representa as convices da personagem, apreendidas em seu ntimo, mas relatadas pelo narrador.e) No ltimo pargrafo, est manifesto que a personagem tem a conscincia tranquila por ter feito o que pde, mas que no tinha nenhuma esperana de ter sucesso.RespostaAlternativa:D

55)Fabiano curou no rasto a bicheira da novilha raposa. Levava no ai um frasco de creolina, e, se houvesse achado o animal, teria feito o curativo ordinrio. No o encontrou, mas sups distinguir as pisadas dele na areia, baixou-se, cruzou dois gravetos no cho e rezou. Se o bicho no estivesse morto, voltaria para o curral, que a orao era forte.Cumprida a obrigao, Fabiano levantou-se com a conscincia tranquila e marchou para casa.Graciliano Ramos.Vidas secas.(Mackenzie) Sobre a obra de que se retirou o fragmento, correto o seguinte comentrio crtico:a) Nela se manifesta o realismo crtico do autor, ao narrar a histria do migrante nordestino cujo ciclo de necessidades rompido ao final, pela recompensa das grandes perdas sofridas.b) Seu aparecimento renovou a compreenso de que os contedos psicolgicos s tm consistncia na obra quando a linguagem explora mais a sonoridade do que o sentido das palavras, o que, como ocorre nesse texto, suprime as fronteiras entre narrativa e lrica.c) Expresso do ciclo da cana-de-acar, a obra registra a transio do engenho para a usina, relatada sob a perspectiva das recordaes da infncia e da adolescncia, responsvel pela carga afetiva que nela se evidencia.d) a narrao, que se quer objetiva, da modstia dos meios de vida do nordestino, registrada numa forma sbria, sem excessos, como o a existncia do homem retratado.e) Ao retratar o desencontro entre o universo dotere o universo doser, a narrativa aborda tambm o desencontro no plano afetivo, com o protagonista abalado pelo suicdio da mulher que a sua violncia destrura.RespostaAlternativa:D

56)(Femp-PA) Quanto a aspectos da atividade literria de Jos Lins do Rego e Jorge Amado:I. Destacaram-se como contadores de histrias, em que o homem simples do Nordeste, com seus defeitos e virtudes, personagem constante em seus romances.II. Tornou-se marcante a presena da infncia e da adolescncia em seus romances da o carter memorialista que suas obras de maior destaque tiveram.III. Destacaram-se tambm na arte de fazer o verso especialmente o soneto.IV. Foram combatidos, por determinados setores da crtica, pela utilizao, em inmeras passagens de seus romances, de uma linguagem marcadamente coloquial.V. Evitaram, sempre que possvel, ao longo da atividade literria, a abordagem de questes de ordem social e poltica.

a) I, II, Vb) II, IV, Vc) III, IV, Vd) II, IIIe) I, IVRespostaAlternativa:E

57)(FCC-SP) O romance regionalista nordestino que surge e se desenvolve a partir de 1930, aproximadamente, pode ser chamado neorrealista. Isso se deve a que esse romance:a) retoma o filo da temtica regionalista, descoberto e explorado inicialmente pelos realistas do sculo XIX.b) apresenta, atravs do discurso narrativo, uma viso realista e crtica das relaes entre as classes que estruturam a sociedade do Nordeste.c) tenta explicar o comportamento do homem nordestino, com base numa postura estritamente cientfica, pelos fatores raa, meio e momento.d) abandona todos os pressupostos tericos do realismo do sculo passado, buscando as causas do comportamento humano mais no individual que no social.e) procura fazer do romance a anotao fiel e minuciosa da nova realidade urbana do Nordeste.RespostaAlternativa:B

58)(Fuvest-SP) S em torno de 30, e depois, o Brasil histrico e concreto, isto , contraditrio e j no mais mtico, seria o objeto preferencial de um romance neorrealista e de uma literatura abertamente poltica. Mas ao longo dos anos propriamente modernistas, o Brasil uma lenda sempre se fazendo.Alfredo Bosi,Cu, Inferno.Aceitando o que afirma o texto, poder-se-ia coerentemente complet-lo com o seguinte perodo:a) Legendrio o coronel do cacau de Jorge Amado, tanto ou mais que o senhor de engenho de Jos Lins do Rego.b) assim que se deve reconhecer o modo pelo qual se opem as narrativas de Graciliano Ramos e as de Clarice Lispector.c) Em sua obra-prima ficcional,Macunama, Mrio de Andrade veio a recusar esse pas mtico-lendrio, abrindo aquela vertente neorrealista.d) Se na fase modernista mais impetuosa a personagem Macunama deu o tom, na subsequente deu-o o nordestino de Graciliano Ramos e de Jos Lins do Rego.e) Veja-se, como ilustrao dessa passagem, que a saga regionalista de um rico Verssimo deu lugar ao universalismo da fico de Clarice Lispector.RespostaAlternativa:D

59)(Fuvest-SP) Em determinada poca, o romance brasileiro procurou (...) enraizar fortemente as suas histrias e os seus personagens em espaos e tempos bem circunscritos, extraindo de situaes culturais tpicas a sua viso do Brasil.Alfredo BosiEsta afirmao aplica-se a:a)Vidas secaseFogo morto.b)MacunamaeA hora da estrela.c)A hora da estrelaeSerafim Ponte Grande.d)Fogo mortoeSerafim Ponte Grande.e)Vidas secaseMacunama.RespostaAlternativa:A

60)Ningum no cais tem um nome s. Todos tm tambm um apelido ou abreviam o nome, ou o aumentam, ou lhe acrescentam qualquer coisa que recorde uma histria, uma luta, um amor.Iemanj, que dona do cais, dos saveiros, da vida deles todos, tem cinco nomes, cinco nomes doces que todo o mundo sabe. Ela se chama Iemanj, sempre foi chamada assim e esse seu verdadeiro nome, de dona das guas, de senhora dos oceanos.No entanto os canoeiros amam cham-la de dona Janana, e os pretos, que so seus filhos mais diletos, que danam pra ela e mais que todos a temem, a chamam de Ina com devoo, ou fazem suas splicas Princesa de Aioc, rainha dessas terras misteriosas que se escondem na linha azul que as separa de outras terras. Porm as mulheres do cais, que so simples e valentes, Rosa Palmeiro, as mulheres da vida, as mulheres casadas, as moas que esperam noivos, a tratam de dona Maria, que Maria um nome bonito, mesmo o mais bonito de todos, o mais venerado e assim o do a Iemanj como um presente, como se lhe levassem uma caixa de sabonetes sua pedra do Dique. Ela sereia, a me-dgua, a dona do mar, Iemanj, dona Janana, dona Maria, Ina, Princesa de Aioc.Ela domina esses mares, ela adora a lua, que vem ver nas noites sem nuvens, ela ama as msicas dos negros. Todo ano se faz a festa de Iemanj no Dique ou em Monte Serrat. Ento a chamam por todos seus cinco nomes, do-lhe todos os seus ttulos, levam-lhe presentes, cantam para ela.Jorge Amado(ITA-SP) Assinale a alternativa correta.No cais:a) os pretos somente invocam o nome de Ina ao dirigir-lhe suas preces.b) as mulheres no tm apelidos.c) Iemanj no inspira temor.d) todos so iguais perante Iemanj.e) nenhuma das afirmaes acima est correta.RespostaAlternativa:E

61)Ningum no cais tem um nome s. Todos tm tambm um apelido ou abreviam o nome, ou o aumentam, ou lhe acrescentam qualquer coisa que recorde uma histria, uma luta, um amor.Iemanj, que dona do cais, dos saveiros, da vida deles todos, tem cinco nomes, cinco nomes doces que todo o mundo sabe. Ela se chama Iemanj, sempre foi chamada assim e esse seu verdadeiro nome, de dona das guas, de senhora dos oceanos.No entanto os canoeiros amam cham-la de dona Janana, e os pretos, que so seus filhos mais diletos, que danam pra ela e mais que todos a temem, a chamam de Ina com devoo, ou fazem suas splicas Princesa de Aioc, rainha dessas terras misteriosas que se escondem na linha azul que as separa de outras terras. Porm as mulheres do cais, que so simples e valentes, Rosa Palmeiro, as mulheres da vida, as mulheres casadas, as moas que esperam noivos, a tratam de dona Maria, que Maria um nome bonito, mesmo o mais bonito de todos, o mais venerado e assim o do a Iemanj como um presente, como se lhe levassem uma caixa de sabonetes sua pedra do Dique. Ela sereia, a me-dgua, a dona do mar, Iemanj, dona Janana, dona Maria, Ina, Princesa de Aioc.Ela domina esses mares, ela adora a lua, que vem ver nas noites sem nuvens, ela ama as msicas dos negros. Todo ano se faz a festa de Iemanj no Dique ou em Monte Serrat. Ento a chamam por todos seus cinco nomes, do-lhe todos os seus ttulos, levam-lhe presentes, cantam para ela. Jorge Amado(ITA-SP) Assinale a alternativa correta.O autor afirma explicitamente que:a) Iemanj s gosta de ser adorada.b) Iemanj no s adorada como tambm pratica a adorao.c) Iemanj no tem predileo por determinadas msicas que lhe so oferecidas.d) Iemanj adora a lua todas as noites.e) Nenhuma das afirmaes acima est correta.RespostaAlternativa:B

62)Ningum no cais tem um nome s. Todos tm tambm um apelido ou abreviam o nome, ou o aumentam, ou lhe acrescentam qualquer coisa que recorde uma histria, uma luta, um amor.Iemanj, que dona do cais, dos saveiros, da vida deles todos, tem cinco nomes, cinco nomes doces que todo o mundo sabe. Ela se chama Iemanj, sempre foi chamada assim e esse seu verdadeiro nome, de dona das guas, de senhora dos oceanos.No entanto os canoeiros amam cham-la de dona Janana, e os pretos, que so seus filhos mais diletos, que danam pra ela e mais que todos a temem, a chamam de Ina com devoo, ou fazem suas splicas Princesa de Aioc, rainha dessas terras misteriosas que se escondem na linha azul que as separa de outras terras. Porm as mulheres do cais, que so simples e valentes, Rosa Palmeiro, as mulheres da vida, as mulheres casadas, as moas que esperam noivos, a tratam de dona Maria, que Maria um nome bonito, mesmo o mais bonito de todos, o mais venerado e assim o do a Iemanj como um presente, como se lhe levassem uma caixa de sabonetes sua pedra do Dique. Ela sereia, a me-dgua, a dona do mar, Iemanj, dona Janana, dona Maria, Ina, Princesa de Aioc.Ela domina esses mares, ela adora a lua, que vem ver nas noites sem nuvens, ela ama as msicas dos negros. Todo ano se faz a festa de Iemanj no Dique ou em Monte Serrat. Ento a chamam por todos seus cinco nomes, do-lhe todos os seus ttulos, levam-lhe presentes, cantam para ela. Jorge Amado(ITA-SP) Assinale a melhor alternativa.A Princesa de Aioc:a) s dona das guas do Brasil.b) s dona das guas da Bahia.c) dona de todas as guas do mundo.d) dona de quase todas as guas do mundo.e) Nenhuma das afirmaes acima est correta.RespostaAlternativa:C

63)Ningum no cais tem um nome s. Todos tm tambm um apelido ou abreviam o nome, ou o aumentam, ou lhe acrescentam qualquer coisa que recorde uma histria, uma luta, um amor.Iemanj, que dona do cais, dos saveiros, da vida deles todos, tem cinco nomes, cinco nomes doces que todo o mundo sabe. Ela se chama Iemanj, sempre foi chamada assim e esse seu verdadeiro nome, de dona das guas, de senhora dos oceanos.No entanto os canoeiros amam cham-la de dona Janana, e os pretos, que so seus filhos mais diletos, que danam pra ela e mais que todos a temem, a chamam de Ina com devoo, ou fazem suas splicas Princesa de Aioc, rainha dessas terras misteriosas que se escondem na linha azul que as separa de outras terras. Porm as mulheres do cais, que so simples e valentes, Rosa Palmeiro, as mulheres da vida, as mulheres casadas, as moas que esperam noivos, a tratam de dona Maria, que Maria um nome bonito, mesmo o mais bonito de todos, o mais venerado e assim o do a Iemanj como um presente, como se lhe levassem uma caixa de sabonetes sua pedra do Dique. Ela sereia, a me-dgua, a dona do mar, Iemanj, dona Janana, dona Maria, Ina, Princesa de Aioc.Ela domina esses mares, ela adora a lua, que vem ver nas noites sem nuvens, ela ama as msicas dos negros. Todo ano se faz a festa de Iemanj no Dique ou em Monte Serrat. Ento a chamam por todos seus cinco nomes, do-lhe todos os seus ttulos, levam-lhe presentes, cantam para ela.Jorge Amado(ITA-SP) Assinale a alternativa correta.A afirmao do autor de que Iemanj dona dos saveiros indica que:a) Iemanj tambm domina a vegetao rasteira prxima aos mares.b) Iemanj tambm domina um tipo especial de vegetao rasteira.c) Iemanj tambm domina todo tipo de vegetao rasteira.d) Iemanj tambm protetora das rvores.e) Nenhuma das afirmaes acima est correta.RespostaAlternativa:E

64)Ningum no cais tem um nome s. Todos tm tambm um apelido ou abreviam o nome, ou o aumentam, ou lhe acrescentam qualquer coisa que recorde uma histria, uma luta, um amor.Iemanj, que dona do cais, dos saveiros, da vida deles todos, tem cinco nomes, cinco nomes doces que todo o mundo sabe. Ela se chama Iemanj, sempre foi chamada assim e esse seu verdadeiro nome, de dona das guas, de senhora dos oceanos.No entanto os canoeiros amam cham-la de dona Janana, e os pretos, que so seus filhos mais diletos, que danam pra ela e mais que todos a temem, a chamam de Ina com devoo, ou fazem suas splicas Princesa de Aioc, rainha dessas terras misteriosas que se escondem na linha azul que as separa de outras terras. Porm as mulheres do cais, que so simples e valentes, Rosa Palmeiro, as mulheres da vida, as mulheres casadas, as moas que esperam noivos, a tratam de dona Maria, que Maria um nome bonito, mesmo o mais bonito de todos, o mais venerado e assim o do a Iemanj como um presente, como se lhe levassem uma caixa de sabonetes sua pedra do Dique. Ela sereia, a me-dgua, a dona do mar, Iemanj, dona Janana, dona Maria, Ina, Princesa de Aioc.Ela domina esses mares, ela adora a lua, que vem ver nas noites sem nuvens, ela ama as msicas dos negros. Todo ano se faz a festa de Iemanj no Dique ou em Monte Serrat. Ento a chamam por todos seus cinco nomes, do-lhe todos os seus ttulos, levam-lhe presentes, cantam para ela. Jorge Amado(ITA-SP) Assinale a alternativa incorreta.No cais:a) todos conhecem os nomes de Iemanj.b) nem todos conhecem os nomes de Iemanj.c) as mulheres da vida tambm conhecem os nomes de Iemanj.d) algumas pessoas preferem chamar Iemanj de Maria por ser esse nome o mais bonito de todos.e) Algumas das afirmaes acima esto corretas.RespostaAlternativa:B

65)(Vunesp-SP) E estas trs partes correspondem ainda ao movimento rtmico da sonata: um alegro inicial que a zanga destabocada de mestre Jos Amaro, um andante central que o mais repousado Lula de Holanda na sua pasmaceira cheia de interioridade no dita, e finalmente o presto brilhante e genial do Capito Vitorino Carneiro da Cunha.O trecho faz parte de uma apreciao crtica feita por Mrio de Andrade a respeito de um romance de autor nordestino. O romance e autor analisados so:a)Fogo mortoe Jos Lins do Rego.b)So Bernardoe Graciliano Ramos.c)A bagaceirae Jos Amrico de Almeida.d)Vidas secase Graciliano Ramos.e)Usinae Jos Lins do Rego.RespostaAlternativa:A

66)(Fuvest-SP) Assinale a alternativa em que ambos os romances citados evocam o mundo do internato e seus problemas.a)O Ateneu - Doidinhob)Casa de penso - Memrias sentimentais de Joo Miramarc)Memrias pstumas de Brs Cubas - Infnciad)Menino de engenho - O Ateneue)O coruja - A normalistaRespostaAlternativa:A

67)(FCC-SP) Em 1928, a publicao de uma obra de Jos Amrico de Almeida abre caminhos para o romance regionalista, que o Modernismo iria desenvolver largamente. Trata-se de:a)A bagaceira.b)Luzia-homem.c)Porto Calendrio.d)Cangaceiros.e)Caets.RespostaAlternativa:A

68)(UnB-DF) Assinale a afirmativa incorreta.a) O movimento modernista brasileiro tem a Semana de Arte Moderna como marco cronolgico.b) A literatura regionalista surgiu com o Modernismo.c) A primeira fase do nosso Modernismo caracterizou-se por um aspecto demolidor e combativo.d) Um dos objetivos do Modernismo brasileiro foi a formao da conscincia criadora nacional.RespostaAlternativa:B

69)(UM-SP) Ficou conhecido como Gerao de 30, na prosa modernista, um grupo de escritores que refletiu a problemtica poltico-social do Brasil da poca.No faz parte de tal gerao:a) Graciliano Ramos.b) Jos Lins do Rego.c) Jorge Amado.d) Joo Guimares Rosa.e) Rachel de Queiroz.RespostaAlternativa:D

70)(PUC-RS) Analise as afirmativas abaixo, referentes aos romances de Graciliano Ramos:I. A sntese entre o psicolgico e o social, uma caracterstica da obra do escritor, s no se realiza emVidas secas, pois o problema vivido pelo protagonista no est diretamente ligado natureza do serto nordestino.II. EmSo Bernardo, romance que tem como cenrio uma fazenda, o protagonista Paulo Honrio caracteriza-se pela ambio de dominar no s a terra mas tambm sua mulher.III. EmVidas secas, o drama de Fabiano e sua famlia intensificado, entre outros recursos, pelo monlogo interior evidenciado no discurso indireto livre.Pela anlise das afirmativas, conclui-se que est / esto correta(s) apenas:a) I.b) II.c) III.d) I e II.e) II e III.RespostaAlternativa:E

71)(UFBA)A cachorra Baleia estava para morrer. Tinha emagrecido, o pelo cara-lhe em vrios pontos, as costelas avultavam num fundo rseo, onde manchas escuras supuravam e sangravam, cobertas de moscas. As chagas da boca e a inchao dos beios dificultavam-lhe a comida e a bebida.Por isso Fabiano imaginara que ela estivesse com um princpio de hidrofobia e amarrara-lhe no pescoo um rosrio de sabugos de milho queimados. Mas Baleia, sempre de mal a pior, roava-se nas estacas do curral ou metia-se no mato, impaciente, enxotava os mosquitos sacudindo as orelhas murchas, agitando a cauda pelada e curta, grossa na base, cheia de moscas, semelhante a uma cauda de cascavel.Ento Fabiano resolveu mat-la. [...]Sinha Vitria fechou-se na camarinha, rebocando os meninos assustados, que adivinhavam desgraa e no se cansavam de repetir a mesma pergunta: Vo bulir com a Baleia?[...]Ela era como uma pessoa da famlia: brincavam juntos os trs, para bem dizer no se diferenavam, rebolavam na areia do rio e no estrume fofo que ia subindo, ameaava cobrir o chiqueiro das cabras.Quiseram mexer na taramela e abrir a porta, mas sinha Vitria levou-os para a cama de varas, deitou-os e esforou-se por tapar-lhes os ouvidos: prendeu a cabea do mais velho entre as coxas e espalmou as mos nas orelhas do segundo. Como os pequenos resistissem, aperreou-se e tratou de subjug-los, resmungando com energia.Ela tambm tinha o corao pesado, mas resignava-se: naturalmente a deciso de Fabiano era necessria e justa. Pobre da Baleia.[...]Na luta que travou para segurar de novo o filho rebelde, zangou-se de verdade. Safadinho. Atirou um cocorote ao crnio enrolado na coberta vermelha e na saia de ramagens.Pouco a pouco a clera diminuiu, e sinha Vitria, embalando as crianas,enjoou-se da cadela achacada, gargarejou muxoxos e nomes feios. Bicho nojento, babo. Inconvenincia deixar cachorro doido solto em casa. Mas compreendia que estava sendo severa demais, achava difcil Baleia endoidecer e lamentava que o marido no houvesse esperado mais um dia para ver se realmente a execuo era indispensvel.RAMOS, Graciliano.Vidas secas. 74. ed. Rio de Janeiro: Record, 1998. p. 85-6.Sobre o fragmento, contextualizado na obra, correto afirmar:(01) Oprimeiroe osegundopargrafos contm argumentos que justificam a deciso a ser tomada em relao a Baleia.(02) Fabiano demonstra cuidados com Baleia, apesar de ser o seu algoz.(04) O comportamento de sinha Vitria caracteriza-a como a me protetora, zelosa do bem-estar de seus filhos.(08) O poder de deciso do chefe de famlia no ambiente rural fica evidente no texto.(16) Sinha Vitria, ao aceitar passivamente a deciso do marido no que se refere a Baleia, demonstra ser indiferente ao animal e preocupar-se exclusivamente com seus filhos.(32) A deciso de matar Baleia deixa patente o temperamento agressivo de Fabiano.(64) A palavra Mas, noltimopargrafo, antecede uma explicao do conflito entre razo e emoo vivido por sinha Vitria.Resposta79 (01, 02, 04, 08, 64)

72)INSTRUO: A questo faz referncia a uma passagem do romanceIncidenteemAntares, de rico Verssimo (1905-1975).Fez-se um novo silncio. De fora vinham vozes humanas. De vez em quando se ouvia o zumbido do elevador do hospital. Tombou uma ptala de uma das rosas. Quitria soltou um suspiro.Zzimo agora parecia adormecido. Tibrio pensou em Cleo com uma saudade ttil. Neste quarto, Tib disse Quitria dentro destas quatro paredes o Zzimo e eu temos falado em assuntos em que nunca tnhamos tocado antes. Nossa morte, por exemplo Pois no lhes gabo o gosto resmungou Tibrio. Tib, tens fama de valente. Vives contando bravatas, proezas em revolues e duelos patacoadas! No entanto tens medo de pensar na tua morte, tens horror a encarar a realidade. Tirou os culos, limpou-lhes as lentes com um lencinho, e depois prosseguiu: Que esperas mais da vida? Os nossos filhos esto criados, no precisam mais de ns. Mais que isso: no querem saber de ns, de nossas ideias, de nossas manias, de nossa maneira de pensar e viver. Acho que todo homem v sua cara todas as manhs no espelho, na hora de se barbear. Que que o espelho diz? Diz que o tempo passa sem parar. E que essas manchas que a gente tem no rosto (tu, eu, o Zzimo, todos os que chegam nossa idade), essas manchas pardas so bilhetinhos que a Magra escreve na nossa pele. Eu leio todos os dias esses recados, mas tu, Tib, tu s analfabeto ou ento te fazes de desentendido.VERSSIMO, rico.Incidente em Antares. 12. ed. Porto Alegre: Globo. 1974, p.104.(Unesp) A relao semntica entre substantivos e adjetivos na frase, quando incomum, traz maior fora expressiva a certas passagens dos textos. Releia o fragmento deIncidente em Antarese explique, com base no contexto, o significado que surge da relao entre o substantivo saudade e o adjetivo ttil na expresso saudade ttil, com a qual o narrador descreve a lembrana momentnea que a personagem Tibrio teve de sua amante Cleo.RespostaO sintagma saudade ttil centra-se em um substantivo abstrato (saudade) que tem sua carga semntica intensificada pelo adjetivo ttil (relativo ao tato). Como o narrador emprega esse sintagma para descrever a lembrana que Tibrio teve de sua amante, ocorre uma sinestesia curiosa: a associao de uma sensao psicolgica (saudade) a um dos sentidos (tato).

73)INSTRUO: A questo faz referncia a uma passagem do romanceIncidenteemAntares, de rico Verssimo (1905-1975).Fez-se um novo silncio. De fora vinham vozes humanas. De vez em quando se ouvia o zumbido do elevador do hospital. Tombou uma ptala de uma das rosas. Quitria soltou um suspiro.Zzimo agora parecia adormecido. Tibrio pensou em Cleo com uma saudade ttil. Neste quarto, Tib disse Quitria dentro destas quatro paredes o Zzimo e eu temos falado em assuntos em que nunca tnhamos tocado antes. Nossa morte, por exemplo Pois no lhes gabo o gosto resmungou Tibrio. Tib, tens fama de valente. Vives contando bravatas, proezas em revolues e duelos patacoadas! No entanto tens medo de pensar na tua morte, tens horror a encarar a realidade. Tirou os culos, limpou-lhes as lentes com um lencinho, e depois prosseguiu: Que esperas mais da vida? Os nossos filhos esto criados, no precisam mais de ns. Mais que isso: no querem saber de ns, de nossas ideias, de nossas manias, de nossa maneira de pensar e viver. Acho que todo homem v sua cara todas as manhs no espelho, na hora de se barbear. Que que o espelho diz? Diz que o tempo passa sem parar. E que essas manchas que a gente tem no rosto (tu, eu, o Zzimo, todos os que chegam nossa idade), essas manchas pardas so bilhetinhos que a Magra escreve na nossa pele. Eu leio todos os dias esses recados, mas tu, Tib, tu s analfabeto ou ento te fazes de desentendido.VERSSIMO, rico.Incidente em Antares. 12. ed. Porto Alegre: Globo. 1974, p.104.(UNESP) Um dos fatos mais terrveis para os seres humanos a morte, que por esta razo se torna tema dominante nas artes de todos os tempos. Nas religies, o tema da morte tambm constante, pela busca de uma soluo para o problema, por meio da afirmao da existncia da alma e de divindades que acolheriam as almas aps a morte do corpo. Partindo deste comentrio, releia atentamente o fragmento deIncidente em Antarese estabelea, interpretando o que diz Quitria, a diferena entre o modo como ela considera a morte e o modo como, na opinio da prpria Quitria, Tibrio reage ideia da morte.RespostaQuitria encara a morte com naturalidade e realismo; Tibrio procura no refletir sobre a morte, por covardia ou por ignorar os recados que o passar do tempo escreve.

74)INSTRUO: A questo faz referncia a uma passagem do romanceIncidenteemAntares, de rico Verssimo (1905-1975).Fez-se um novo silncio. De fora vinham vozes humanas. De vez em quando se ouvia o zumbido do elevador do hospital. Tombou uma ptala de uma das rosas. Quitria soltou um suspiro.Zzimo agora parecia adormecido. Tibrio pensou em Cleo com uma saudade ttil. Neste quarto, Tib disse Quitria dentro destas quatro paredes o Zzimo e eu temos falado em assuntos em que nunca tnhamos tocado antes. Nossa morte, por exemplo Pois no lhes gabo o gosto resmungou Tibrio. Tib, tens fama de valente. Vives contando bravatas, proezas em revolues e duelos patacoadas! No entanto tens medo de pensar na tua morte, tens horror a encarar a realidade. Tirou os culos, limpou-lhes as lentes com um lencinho, e depois prosseguiu: Que esperas mais da vida? Os nossos filhos esto criados, no precisam mais de ns. Mais que isso: no querem saber de ns, de nossas ideias, de nossas manias, de nossa maneira de pensar e viver. Acho que todo homem v sua cara todas as manhs no espelho, na hora de se barbear. Que que o espelho diz? Diz que o tempo passa sem parar. E que essas manchas que a gente tem no rosto (tu, eu, o Zzimo, todos os que chegam nossa idade), essas manchas pardas so bilhetinhos que a Magra escreve na nossa pele. Eu leio todos os dias esses recados, mas tu, Tib, tu s analfabeto ou ento te fazes de desentendido.VERSSIMO, rico.Incidente em Antares. 12. ed. Porto Alegre: Globo. 1974, p.104.(Unesp) Considerando que a ltima fala de Quitria (de E que at desentendido) constitui uma espcie de alegoria sobre o envelhecimento, indique o significado que assume no contexto a palavra analfabeto, empregada por Quitria com relao a Tibrio.RespostaA alegoria sobre o envelhecimento construda a partir da ideia de que as manchas de senilidade em nossa pele so recados que a Magra (ou seja, a morte) escreve. Quitria considera Tibrio analfabeto porque ele no consegue ler esses recados, ou seja, ele no entende (ou no quer entender) o passar do tempo, a prpria existncia humana e a morte inexorvel.

75)(UFF-RJ) Leia o conceito de pontuao e os fragmentos de texto abaixo:Pontuar sinalizar gramatical e expressivamente um texto.Celso Cunha,Gramtica do Portugus Contemporneo, p. 618.Texto I Que bom vento o trouxe a Catumbi a semelhante hora? perguntou Duarte, dando voz uma expresso de prazer, aconselhada no menos pelo interesse que pelo bom-tom. No sei se o vento que me trouxe bom ou mau, respondeu o major sorrindo por baixo do espesso bigode grisalho; sei que foi um vento rijo. Vai sair? Vou ao Rio Comprido. J sei; vai casa da viva Meneses. Minha mulher e as pequenas j devem estar: eu irei mais tarde, se puder. Creio que cedo, no?Lopo Alves tirou o chapu e viu que eram nove horas e meia. Passou a mo pelo bigode, levantou-se, deu alguns passos na sala, tornou a sentar-se e disse: Dou-lhe uma notcia, que certamente no espera. Saiba que fiz... fiz um drama. Um drama! Exclamou o bacharel.ASSIS, Machado de.Contos.Texto II

A chegadaE quando cheguei tarde na minha casa l no 27, ela j me aguardava andando pelo gramado, veio me abrir o porto pra que eu entrasse com o carro, e logo que sa da garagem subimos juntos a escada pro terrao, e assim que entramos nele abri as cortinas do centro e nos sentamos nas cadeiras de vime, ficando com nossos olhos voltados pro alto do lado oposto, l onde o sol ia se pondo, e estvamos os dois em silncio quando ela me perguntou que que voc tem?, mas eu, muito disperso, continuei distante e quieto, o pensamento solto na vermelhido l do poente, e s foi mesmo pela insistncia da pergunta que respondi voc j jantou? e como ela dissesse mais tarde eu ento me levantei e fui sem pressa pra cozinha (ela veio atrs), tirei um tomate da geladeira, fui at a pia e passei uma gua nele (...)NASSAR, Raduan.Um copo de clera.Compare duas diferentes possibilidades de pontuao uma feita por Machado de Assis e outra por Raduan Nassar em estruturas com funes semelhantes, apontando o efeito de sentido que produzem.RespostaComentrio da UFF:O candidato dever apresentar duas possibilidades de pontuao, como por exemplo:Marcao de dilogo: o emprego do travesso no texto I marca a fala diferenciada de cada personagem; o uso das aspas no texto II apresenta o dilogo incorporado ao fluxo da narrativa.Uso do ponto: no texto I indica o trmino de um perodo da narrativa, enquanto sua substituio pela vrgula no texto II destaca a lembrana de sequncia de aes.