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ATIVIDADES DE PORTUGUÊS - LITERATURA 2º ANO ENSINO MÉDIO TEMA: ROMANTISMO 3º GERAÇÃO NO BRASIL “A PROSA ROMÂNTICA” “Não pretendemos que as coisas mudem, se sempre fazemos o mesmo. A crise é a melhor benção que pode ocorrer com as pessoas e países, porque a crise traz progressos. A criatividade nasce da angústia, como o dia nasce da noite escura. É na crise que nascem as invenções, os descobrimentos e as grandes estratégias. Quem supera a crise, supera a si mesmo sem ficar ‘superado’. Quem atribui à crise seus fracassos e penúrias, violenta seu próprio talento e respeita mais os problemas do que as soluções. A verdadeira crise é a crise da incompetência..., sem crise não há desafios; sem desafios, a vida é uma rotina, uma lenta agonia. Sem crise não há mérito. É na crise que se aflora o melhor de cada um...”. Albert Einstein Leitura e análise da trilogia “Perfil de Mulher” de JOSÉ DE ALENCAR. Senhora José de Alencar Lucíola José de Alencar Diva José de Alencar Aurélia, Lucíola e Diva compõe a tríade feminina do autor José de Alencar. Elas representam o Perfil de Mulher” brasileira com uma visão romântica. José de Alencar buscava, por meio delas, compreender os motivos e os sentimentos que impulsionavam a sociedade relatando o pensamento e o comportamento da mulher. Beduka, 09 de janeiro de 2019 SENHORA Não se assassina assim um coração que Deus criou para amar, incutindo-lhe a descrença e o ódio. ALENCAR, José de. Senhora. São Paulo: FTD, 1999, p. 63. 1- (PUC-SP) A questão central, proposta no romance Senhora, de José de Alencar, é a do casamento. Considerando a obra como um todo, indique a alternativa que não condiz com o enredo do romance: a) O casamento é apresentado como uma transação comercial e, por isso, o romance estrutura-se em quatro partes: preço, quitação, posse, resgate. b) Aurélia Camargo, preferida por Fernando Seixas, compra-o e ele, contumaz caça-dote, sujeita-se ao constrangimento de uma união por interesse. c) O casamento é só de fachada e a união não se consuma, visto que resulta de acordo no qual as aparências sociais devem ser mantidas. d) A narrativa marca-se pelo choque entre o mundo do amor idealizado e o mundo da experiência degradante governado pelo dinheiro. e) O romance gira em torno de intrigas amorosas, de desigualdade econômica, mas, com final feliz, porque, nele, o amor tudo vence. 2- (ITA) O romance Senhora (1875) é uma das obras mais representativas da ficção de José de Alencar. Nesse livro, encontramos a formulação do ideal do amor romântico: o amor verdadeiro e absoluto, quando pode se realizar, leva ao casamento feliz e indissolúvel. Isso se confirma, nessa obra, pelo fato de: Aluno(a):________________________________________________________________________ Data________/_______/2020 Professor(a): TILLER BARBOSA Disciplina:__________________________ ATIVIDADES EXTRACURRICULARES – 1º BIMESTRE – 2020 Turma:____________________

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ATIVIDADES DE PORTUGUÊS - LITERATURA

2º ANO ENSINO MÉDIO

TEMA: ROMANTISMO 3º GERAÇÃO NO BRASIL “A PROSA ROMÂNTICA”

“Não pretendemos que as coisas mudem, se sempre fazemos o mesmo. A crise é a melhor benção que pode

ocorrer com as pessoas e países, porque a crise traz progressos. A criatividade nasce da angústia, como o dia

nasce da noite escura. É na crise que nascem as invenções, os descobrimentos e as grandes estratégias. Quem

supera a crise, supera a si mesmo sem ficar ‘superado’. Quem atribui à crise seus fracassos e penúrias, violenta

seu próprio talento e respeita mais os problemas do que as soluções. A verdadeira crise é a crise da

incompetência..., sem crise não há desafios; sem desafios, a vida é uma rotina, uma lenta agonia. Sem crise não

há mérito. É na crise que se aflora o melhor de cada um...”. Albert Einstein

Leitura e análise da trilogia “Perfil de Mulher” de JOSÉ DE ALENCAR.

Senhora – José de Alencar

Lucíola – José de Alencar

Diva – José de Alencar

Aurélia, Lucíola e Diva compõe a tríade feminina do autor José de Alencar. Elas representam o “Perfil de

Mulher” brasileira com uma visão romântica. José de Alencar buscava, por meio delas, compreender os

motivos e os sentimentos que impulsionavam a sociedade relatando o pensamento e o comportamento da

mulher. Beduka, 09 de janeiro de 2019

SENHORA

“Não se assassina assim um coração que Deus criou para amar, incutindo-lhe a descrença e o ódio”.

ALENCAR, José de. Senhora. São Paulo: FTD, 1999, p. 63.

1- (PUC-SP) A questão central, proposta no romance Senhora, de José de Alencar, é a do casamento.

Considerando a obra como um todo, indique a alternativa que não condiz com o enredo do romance:

a) O casamento é apresentado como uma transação comercial e, por isso, o romance estrutura-se em quatro partes:

preço, quitação, posse, resgate.

b) Aurélia Camargo, preferida por Fernando Seixas, compra-o e ele, contumaz caça-dote, sujeita-se ao

constrangimento de uma união por interesse.

c) O casamento é só de fachada e a união não se consuma, visto que resulta de acordo no qual as aparências

sociais devem ser mantidas.

d) A narrativa marca-se pelo choque entre o mundo do amor idealizado e o mundo da experiência degradante

governado pelo dinheiro.

e) O romance gira em torno de intrigas amorosas, de desigualdade econômica, mas, com final feliz, porque, nele,

o amor tudo vence.

2- (ITA) O romance Senhora (1875) é uma das obras mais representativas da ficção de José de Alencar. Nesse

livro, encontramos a formulação do ideal do amor romântico: o amor verdadeiro e absoluto, quando pode se

realizar, leva ao casamento feliz e indissolúvel. Isso se confirma, nessa obra, pelo fato de:

Aluno(a):________________________________________________________________________ Data________/_______/2020

Professor(a): TILLER BARBOSA Disciplina:__________________________

ATIVIDADES EXTRACURRICULARES – 1º BIMESTRE – 2020 Turma:____________________

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a) o par romântico central — Aurélia e Seixas — se casar no início do romance, pois se apaixonam assim que se

conhecem.

b) o amor de Aurélia e Seixas surgir imediatamente no primeiro encontro e permanecer intenso até o fim do livro,

quando o casal se une efetivamente.

c) o casal Aurélia e Seixas precisar vencer os preconceitos socioeconômicos para se casar, pois ela é pobre e ele

é rico.

d) a união efetiva só se realizar no final da obra, após a recuperação moral de Seixas, que o torna digno do amor

de Aurélia.

e) o enriquecimento repentino de Aurélia possibilitar que ela se case com Seixas, fatos que são expostos logo no

início do livro.

3- (PUC-SP) A questão central, proposta no romance Senhora, de José de Alencar, é a do casamento.

Considerando a obra como um todo, indique a alternativa que não condiz com o enredo do romance:

a) O casamento é apresentado como uma transação comercial e, por isso, o romance estrutura-se em quatro partes:

preço, quitação, posse, resgate.

b) Aurélia Camargo, preterida por Fernando Seixas, compra-o e ele, contumaz caça-dote, sujeita-se ao

constrangimento de uma união por interesse.

c) O casamento é só de fachada e a união não se consuma, visto que resulta de acordo no qual as aparências

sociais devem ser mantidas.

d) A narrativa marca-se pelo choque entre o mundo do amor idealizado e o mundo da experiência degradante

governado pelo dinheiro.

e) O romance gira em torno de intrigas amorosas, de desigualdade econômica, mas, com final feliz, porque, nele,

o amor tudo vence.

4- (UFMG) No romance Senhora, ocorrem choques entre “duas almas, que uma fatalidade prendera, para arrojá-

las uma contra outra…” (ALENCAR, José de. Senhora. São Paulo: FTD, 1999, p.131.)

Assinale a alternativa em que o par de ideias conflitantes NÃO se entrelaça, na narrativa, aos choques entre

Aurélia e Seixas.

a) Amor idealizado X casamento por interesse.

b) Condição modesta de vida X ostentação de riqueza.

c) Contemplação religiosa X divertimento mundano.

d) Qualidades morais elevadas X comportamentos aviltantes.

Fernando aproveitou a ocasião para resolver a crise.

— Meu voto mais ardente, Aurélia, sonho dourado de minha vida, era conquistar uma posição brilhante

para depô-la aos pés da única mulher que amei nesse mundo. Mas a fatalidade que pesa sobre mim aniquilou

todas as minhas esperanças; e eu seria um egoísta, se prevalecendo-me de sua afeição, a associasse a uma

existência obscura e atribulada. A santidade de meu amor deu-me a força para resistir a seus próprios impulsos.

Disse uma vez à sua mãe, pressentindo essa cruel situação: Sou menos infeliz renunciando à sua mão, do que

seria aceitando-a para fazê-la desgraçada, e condená-la às humilhações da pobreza.

— Essas eu já as conheço, respondeu Aurélia com tênue ironia, e não me aterram; nasci com elas, e têm

sido as companheiras de minha vida.

— Não me compreendeu, Aurélia; referia-me a um partido vantajoso que de certo aparecerá, logo que

esteja livre.

— Pensa então que basta uma palavra sua para restituir-me a liberdade? Perguntou a moça com um

sorriso.

— Sei que a fatalidade que nos separa não pode romper o elo que prende nossas almas, e que há de reuni-

las em mundo melhor. Mas Deus nos deu uma missão neste mundo, e temos de cumpri-la.

— A minha é amá-lo. A promessa que o aflige, o senhor pode retirá-la tão espontaneamente como a fez.

Nunca lhe pedi, nem mesmo simples indulgência, para esta afeição; não lha pedirei neste momento em que ela

o importuna.

— Atenda, Aurélia! Lembre-se de sua reputação. Que não diriam se recebesse a corte de um homem, sem

esperança de ligar-se a ele pelo casamento?

— Diriam talvez que eu sacrificava a um amor desdenhado um partido brilhante, o que é uma…

A moça cortou a ironia, retraindo-se:

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— Mas não; faltariam à verdade. Não sacrifiquei nenhum partido; o sacrifício é a renúncia de um bem;

o que fiz foi defender a minha afeição. Sejamos francos: o senhor já não me ama; não o culpo, e nem me queixo.

Seixas balbuciou uma desculpa e despediu-se. Aurélia, demorou-se um instante na rótula, como

costumava, para acompanhar ao amante com a vista até o fim da rua. Se Fernando não estivesse tão entregue à

satisfação de haver adquirido sua liberdade, teria ouvido no dobrar da esquina o eco de um soluço.

ALENCAR, José de. Senhora. São Paulo: FTD, 1999, p. 55.

5- Após leitura do livro e baseando-se no trecho acima a fala de Fernando no texto é sincera? Justifique:

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6- Como toda obra romântica de José de Alencar, Aurélia é apresentada de forma metafórica, o que faz com que

seja intensificada e idealizada seu brilho social, sua beleza ímpar e seu poder de sedução. Transcreva algumas

dessas metáforas.

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7- Conforme o que foi estudado nas aulas de Literatura e sobre as características do Romantismo, Aurélia ao

decidir não se casar com outro que não seja Fernando apresenta comportamento de uma heroína romântica?

Justifique sua resposta:

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8- Considerando a sociedade da época, a cultura da burguesia e monarquia brasileira e os costumes vigentes na

capital imperial do Brasil, explicite seus conhecimentos referente a preocupação de Fernando em desejar que

Aurélia se case com outro?

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Seixas abaixou a cabeça.

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— Conheci que não amava-me, como eu desejava e merecia ser amada. Mas não era sua a culpa e só

minha que não soube inspirar-lhe a paixão, que eu sentia. Mais tarde, o senhor retirou-me essa mesma afeição

com que me consolava e transportou-a para outra, em quem não podia encontrar o que eu lhe dera, um coração

virgem e cheio de paixão com que o adorava. Entretanto, ainda tive forças para perdoar-lhe e amá-lo.

(...)

Aurélia soltou dos lábios um estrídulo, antes do que um sorriso.

— Agora podemos continuar a nossa comédia, para divertir-nos. É melhor do que estarmos aqui mudos

em face um do outro. Tome a sua posição, meu marido; ajoelhe-se aqui a meus pés, e venha dar-me seu primeiro

beijo de amor... Porque o senhor ama-me, não é verdade, e nunca amou outra mulher senão a mim?...

Seixas ergueu-se; sua voz afinal desprendeu-se dos lábios calma, porém fremente:

— Não; não a amo.

ALENCAR, José de. Senhora. São Paulo: FTD, 1999, p. 64.

Cor de rosa choque – Rita Lee

Nas duas faces de Eva

A bela e a fera

Um certo sorriso

De quem nada quer

Sexo frágil

Não foge à luta

E nem só de cama

Vive a mulher

Por isso não provoque

É cor-de-rosa choque

Não provoque

É cor-de-rosa choque

Mulher é bicho esquisito

Todo mês sangra

Um sexto sentido

Maior que a razão

Gata borralheira

Você é princesa

Dondoca é uma espécie

Em extinção.

9- Considerando todos os momentos de luta pelos direitos da mulher e de sua independência, faça uma analogia

entre o papel da mulher no século XIX e XX enfatizando o papel dentro do casamento:

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10- Embora as metáforas utilizadas por Alencar sejam clichês do Romantismo, elas concorrem para que o leitor,

já na primeira página, seja introduzido no ambiente social frívolo dos salões cariocas do segundo reinado. Qual

é a expressão que, pela primeira vez, em um contraste irônico, sugere as motivações escusas dos admiradores

dessa “nova estrela”? Relacione essa expressão ao tema do romance.

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LUCÍOLA

“O amor purifica e dá sempre um novo encanto ao prazer. Há mulheres que amam toda a vida; e o seu coração,

em vez de gastar-se e envelhecer, remoça como a natureza quando volta a primavera.

— Se elas uma só vez tivessem a desgraça de se desprezar a si próprias no momento em que um homem as

possuía; se tivessem sentido estancarem-se as fontes da vida com o prazer que lhes arrancavam à força da carne

convulsa, nunca mais amariam assim. O amor é inexaurível e remoça, como a primavera; mas não ressuscita o

que já morreu”.

ALENCAR, José de. Lucíola. 5 ed. São Paulo: FTD, 1999, p. 98.

O romance “Lucíola” (1862), de José de Alencar, constitui um exemplar da vertente urbana da prosa

romântica. Tendo sido o primeiro da trilogia (“Lucíola”, “Diva” e “Senhora”) criada pelo autor, a narrativa

representou grande ousadia na época de sua publicação ao abordar o polêmico tema da prostituição. O texto a

seguir é o segundo capítulo do livro e trata da chegada do personagem Paulo à cidade do Rio de Janeiro e de seu

primeiro encontro com a cortesã Lúcia em uma festa religiosa. Paulo está acompanhado de seu amigo Sá, que lhe

apresenta à jovem.

CAPÍTULO II

A primeira vez que vim ao Rio de Janeiro foi em 1855.

Poucos dias depois da minha chegada, um amigo e companheiro de infância, o Dr. Sá, levou-me à festa

da Glória; uma das poucas festas populares da corte. Conforme o costume, a grande romaria desfilando pela

Rua da Lapa e ao longo do cais, serpejava nas faldas do outeiro, e apinhava-se em torno da poética ermida, cujo

âmbito regurgitava com a multidão do povo.

Era ave-maria quando chegamos ao adro; perdida a esperança de romper a mole de gente que murava

cada uma das portas da igreja, nos resignamos a gozar da fresca viração que vinha do mar, contemplando o

delicioso panorama da baía e admirando ou criticando as devotas que também tinham chegado tarde e pareciam

satisfeitas com a exibição de seus adornos.

Enquanto Sá era disputado pelos numerosos amigos e conhecidos, gozava eu da minha tranquila e

independente obscuridade, sentado comodamente sobre a pequena muralha, e resolvido a estabelecer ali o

meu observatório. Para um provinciano recém-chegado à corte, que melhor festa do que ver passar-lhe pelos

olhos, à doce luz da tarde, uma parte da população desta grande cidade, com os seus vários matizes e infinitas

gradações?

Todas as raças, desde o caucasiano sem mescla até o africano puro; todas as posições, desde as

ilustrações da política, da fortuna ou do talento, até o proletário humilde e desconhecido; todas as profissões,

desde o banqueiro até o mendigo; finalmente, todos os tipos grotescos da sociedade brasileira, desde a arrogante

nulidade até a vil lisonja, desfilaram em face de mim, roçando a seda e a casimira pela baeta ou pelo algodão,

misturando os perfumes delicados às impuras exalações, o fumo aromático do havana às acres baforadas do

cigarro de palha.

— É uma festa filosófica essa festa da Glória! Aprendi mais naquela meia hora de observação do que nos

cinco anos que acabava de esperdiçar em Olinda com uma prodigalidade verdadeiramente brasileira.

A lua vinha assomando pelo cimo das montanhas fronteiras; descobri nessa ocasião, a alguns passos de

mim, uma linda moça, que parara um instante para contemplar no horizonte as nuvens brancas esgarçadas sobre

o céu azul e estrelado. Admirei-lhe do primeiro olhar um talhe esbelto e de suprema elegância. O vestido que o

moldava era cinzento com orlas de veludo castanho e dava esquisito realce a um desses rostos suaves, puros

e diáfanos, que parecem vão desfazer-se ao menor sopro, como os tênues vapores da alvorada. Ressumbrava na

sua muda contemplação doce melancolia e não sei que laivos de tão ingênua castidade, que o meu olhar

repousou calmo e sereno na mimosa aparição.

— Já vi esta moça! disse comigo. Mas onde?...

Ela pouco demorou-se na sua graciosa imobilidade e continuou lentamente o passeio interrompido. Meu

companheiro cumprimentou-a com um gesto familiar; eu, com respeitosa cortesia, que me foi retribuída por uma

imperceptível inclinação da fronte.

— Quem é esta senhora? perguntei a Sá.

A resposta foi o sorriso inexprimível, mistura de sarcasmo, de bonomia e fatuidade, que desperta nos

elegantes da corte a ignorância de um amigo, profano na difícil ciência das banalidades sociais.

— Não é uma senhora, Paulo! É uma mulher bonita. Queres conhecê-la ?. . .

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Compreendi e corei de minha simplicidade provinciana, que confundira a máscara hipócrita do vício

com o modesto recato da inocência. Só então notei que aquela moça estava só, e que a ausência de um pai, de

um marido, ou de um irmão, devia-me ter feito suspeitar a verdade.

Depois de algumas voltas descobrimos ao longe a ondulação do seu vestido, e fomos encontrá-la, retirada

a um canto, distribuindo algumas pequenas moedas de prata à multidão de pobres que a cercava. Voltou-se

confusa ouvindo Sá pronunciar o seu nome:

— Lúcia!

— Não há modos de livrar-se uma pessoa desta gente! São de uma impertinência! disse ela mostrando os

pobres e esquivando-se aos seus agradecimentos.

Feita a apresentação no tom desdenhoso e altivo com que um moço distinto se dirige a essas sultanas do

ouro, e trocadas algumas palavras triviais, meu amigo perguntou-lhe:

— Vieste só?

— Em corpo e alma.

— E não tens companhia para a volta?

Ela fez um gesto negativo.

— Neste caso ofereço-te a minha, ou antes a nossa.

— Em qualquer outra ocasião aceitaria com muito prazer; hoje não posso.

— Já vejo que não foste franca!

— Não acredita?. .. Se eu viesse por passeio!

— E qual é o outro motivo que te pode trazer à festa da Glória?

— A senhora veio talvez por devoção? disse eu.

— A Lúcia devota!. . . Bem se vê que a não conheces.

— Um dia no ano não é muito! respondeu ela sorrindo.

— É sempre alguma coisa, repliquei.

Sá insistiu:

— Deixa-te disso; vem conosco.

— O senhor sabe que não é preciso rogar-me quando se trata de me divertir. Amanhã, qualquer dia, estou

pronta. Esta noite, não!

— Decididamente há alguém que te espera.

— Ora! Faço mistério disto?

— Não é teu costume decerto.

— Portanto tenho o direito de ser acreditada. As aparências enganam tantas vezes! Não é verdade? disse

voltando-se para mim com um sorriso.

(...)

ALENCAR, José de. Lucíola. 5 ed. São Paulo: FTD, 1999, p.14-18.

11- Alencar em sua trilogia “Perfis de Mulheres” aborda diferentes aspectos da sociedade de sua época.

Identifique com uma passagem do trecho acima como o narrador descreve a desigualdade social da sociedade de

1855 e explique esse processo de desigualdade.

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12- Lúcia mostra-se uma personagem de forte personalidade e temperamento, comente sobre as reações de Paulo

e do seu amigo Dr. Sá na apresentação de Lúcia e relacione à posição feminina da época.

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CAPÍTULO XXI

Era um domingo.

O novo ano tinha começado. A bonança que sucedera às grandes chuvas trouxera um dos sorrisos de

primavera, como costumam desabrochar no Rio de Janeiro entre as fortes trovoadas do estio. As árvores

cobriam-se da nova folhagem de um verde tenro; o campo aveludava a macia pelúcia da relva, e as frutas dos

cajueiros se douravam aos raios do sol.

Uma brisa ligeira, ainda impregnada das evaporações das águas, refrescava a atmosfera Os lábios

aspiravam com delícias o sabor desses puros bafejos, que lavavam os pulmões fatigados de uma respiração árida

e miasmática. Os olhos se recreavam na festa campestre e matutina da natureza fluminense, da qual as belezas

de todos os climas são convivas.

Subia a passo curto e repousado a ladeira de Santa Teresa, calculando a hora de minha chegada pelo

despertar de Lúcia; o meu pensamento, porém abria as asas, e precedendo-me, ia saudar a minha doce e terna

amiga.

Havia oito dias que Lúcia não andava boa. A fresca e vivace expansão de saúde desaparecera sob uma

langue morbidez que a desfalecia; o seu sorriso, sempre angélico, tinha uns laivos melancólicos, que me

penavam. Às vezes a surpreendia fitando em mim um olhar ardente e longo; então, ela voltava o rosto de

confusa, enrubescendo. Tudo isto me inquietava; atribuindo a sua mudança a algum pesar oculto, a tinha

interrogado, suplicando-lhe que me confiasse as mágoas que a afligiam.

— Não digas isso, Paulo! Respondia com um tom de queixa. Posso ter pesares junto de ti? É uma ligeira

indisposição; há de passar.

De bem longe avistei Lúcia que me esperava e me fez um aceno de impaciência; apressei o passo para

alcançar o portão do jardim. Ela estendeu-me as mãos ambas risonha e atraindo-me, reclinou-se sobre o meu

peito com um gracioso abandono. Sentamo-nos nos degraus da pequena escada de pedra, e informei-me de sua

saúde.

— Já estou boa. Não vês?

Realmente as rosas de suas faces viçavam; era cintilante o brilho que desferia a sua pupila negra. Pelos

lábios úmidos lentejava a onda perene de um sorriso, que orvalhava-lhe o semblante de luz e graça.

(...)

Lúcia calou-se de súbito, empalidecendo. Toda a sua pessoa assumiu-se, tomando a expressão vaga e

estática de quem é absorvido por um recolho íntimo: figurava uma pessoa escutando-se viver interiormente. Até

que ergueu-se espavorida; soltou um gemido pungente levando a mão ao regaço, e caiu fulminada em meus

braços.

O abalo interior que sofrera esse corpo delicado fora tão forte, que a cintura do vestido se despedaçara.

Conduzi Lúcia ao seu leito, e só depois de cruéis angústias tive o consolo de vê-la recobrar os sentidos,

mas para cair logo numa prostração, em que apesar dos meus rogos e instâncias, só a ouvia murmurar

surdamente estas palavras incompreensíveis:

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— Eu adivinhava que ele me levaria consigo!

— Ele quem, minha boa Maria?

— O teu, o nosso filho! Respondeu-me ela.

— Como! Julgas ?. . .

— Senti há pouco o seu primeiro e o seu último movimento!

— Um filho! Mas é um novo laço e mais forte que nos prende um ao outro. Serás mãe, minha querida

Maria? Terás mais esse doce sentimento da maternidade para encher-te o coração; terás mais uma criatura com

quem repartir a riqueza inexaurível de tua alma!

— Cala-te, Paulo! Ele morreu! Disse-me com a voz surda. E fui eu que o matei!

— Para que te afliges assim! Nosso filho vive, há de viver! Não sentiste há pouco o seu primeiro

movimento.

Nisto chegou o médico a quem tinha escrito imediatamente, e que depois de examinar o estado de Lúcia,

declarou que não inspirava receio. Ela estava ameaçada de um aborto, resultado do choque violento que sofrera,

quando conheceu que se achava grávida. O doutor, um dos mais hábeis parteiros da corte, procurou desvanecer

os receios de Lúcia, assegurando-lhe que seu filho vivia, e nada ainda fazia recear pela sua vida.

Apenas o médico saiu, ela olhou-me tristemente:

— Era o primeiro! Mas o tato das entranhas maternas, sejam elas virgens ainda, não engana. Nosso

filho, Paulo, o teu, porque ele era mais teu do que meu, já não existe.

À noite declarou-se a febre; uma febre intensa que a fez delirar. Foi então que conheci quanto eu vivia

no seu pensamento: ela não disse no delírio uma só palavra que não se referisse a mim e a alguma circunstância

de nossa vida mútua, desde o primeiro dia em que nos encontramos.

Pela manhã, depois de um sono curto e agitado, achei-a mais tranquila:

— Tu me prometes, Paulo, casar com Ana!

— Não tratemos disso agora, minha amiga! Quando ficares boa, tudo o que tu quiseres eu farei para a

tua felicidade.

— Mas essa promessa me daria tanto agora!

Escuta, Maria, esse casamento nos tornaria infelizes a ti, à tua irmã, e a mim que não poderia amá-la,

mesmo por causa dessa semelhança! Tu viverias sempre entre mim e ela!

— Pois bem, promete-me que se ela não for tua mulher, lhe servirás de pai.

— Juro-te!

Beijou-me as mãos:

— Ela vai ter tanta necessidade de um pai!

Os acessos de febre repetiram-se durante três dias, e sempre mais graves. Uma tarde em que o médico

apresentou a Lúcia um remédio:

— Para que é isso? Perguntou ela com brandura.

— Para aliviá-la do seu incômodo. Logo que lançar o aborto, ficará inteiramente boa.

— Lançar!... Expelir meu filho de mim?

E o copo que Lúcia sustentava na mão trêmula, impelido com violência, voou pelo aposento e espedaçou-

se de encontro à parede.

— Iremos juntos!... murmurou descaindo inerte sobre as almofadas do leito. Sua mãe lhe servirá de

túmulo.

De joelhos à cabeceira eu suplicava-lhe que bebesse o remédio que a devia salvar.

— Queres acompanhar teu filho, Maria, e abandonar-me só neste mundo. Vive por mim!

— Se eu pudesse viver, haveria forças que me separassem de ti? Haveria sacrifício que eu não fizesse

para comprar mais alguns dias da minha felicidade? Mas Deus não quis. Sinto que a vida me foge!

A instâncias minhas bebeu finalmente o remédio, que nenhum efeito produziu. A febre lavrava com

intensidade; eu já não tinha esperanças.

— O remédio de que eu preciso é o da religião. Quero confessar-me, Paulo.

Lúcia tomou os sacramentos com uma resignação angélica; e abraçando a irmã, disse-lhe:

— Perdes uma irmã, Ana; fica-te um pai. Ama-o por ele, por ti e por mim.

O dia se passou na cruel agonia que só compreendem aqueles que ajoelhados à borda de um leito viram

finar-se gradualmente uma vida querida.

Quebrado de fadiga e vencido por uma vigília de tantas noites, tinha insensivelmente adormecido,

sentado como estava à beira da cama, com os lábios sobre a mão gelada de Lúcia e a testa apoiada no recosto

do leito. O sono foi curto, povoado de sonhos horríveis; acordei sobressaltado e achei-me reclinado sobre o

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peito de Lúcia, que se sentara de encontro às almofadas para suster minha cabeça ao colo, como faria uma terna

mãe com seu filho.

Mesmo adormecido ela me sorria, me falava, e cobria-me de beijos:

— Se soubesses que gozo supremo é para mim beijar-te neste momento! Agora que o corpo já está morto

e a carne álgida, não sente nem a dor nem o prazer, é a minha alma só que te beija, que se une à tua e se

desprende parcela por parcela para se embeber em teu seio.

E seus lábios ávidos devoravam-me o rosto de carícias, bebendo o pranto que corria abundante de meus

olhos:

— Se alguma coisa me pudesse salvar ainda, seria esse bálsamo celeste, meu amigo!

Eu soluçava como uma criança.

— Beija-me também, Paulo. Beija-me como beijarás um dia tua noiva! Oh! Agora posso te confessar sem

receio. Nesta hora não se mente. Eu te amei desde o momento em que te vi! Eu te amei por séculos nestes poucos

dias que passamos juntos na terra. Agora que a minha vida se conta por instantes, amo-te em cada momento por

uma existência inteira. Amo-te ao mesmo tempo com todas as afeições que se pode ter neste mundo. Vou te amar

enfim por toda a eternidade.

A voz desfaleceu completamente, de extenuada que ela ficara por esse enérgico esforço. Eu chorava de

bruços sobre o travesseiro, e as suas palavras suspiravam docemente em minha alma, como as dulias dos anjos

devem ressoar aos espíritos celestes.

— Nunca te disse que te amava, Paulo!

— Mas eu sabia, e era feliz!

— Tu me purificaste ungindo-me com os teus lábios. Tu me santificaste com o teu primeiro olhar! Nesse

momento Deus sorriu e o consórcio de nossas almas se fez no seio do Criador. Fui tua esposa no céu! E, contudo

essa palavra divina do amor, minha boca não a devia profanar, enquanto viva. Ela será meu último suspiro.

Lúcia pediu-me que abrisse a janela: era noite já; do leito víamos uma zona de azul na qual brilhava

límpida e serena a estrela da tarde. Um sorriso pálido desfolhou-se ainda nos lábios sem cores: sublime êxtase

iluminou a suave transparência de seu rosto. A beleza imaterial dos anjos deve ter aquela divina limpidez.

(...)

ALENCAR, José de. Lucíola. 5 ed. São Paulo: FTD, 1999, p.128-138.

13- Depois de saber que está grávida de Paulo, ela se sente em pecado, como se não pudesse viver o seu amor,

pois havia sido cortesã. Há um conflito entre o espírito e a carne, que impede a felicidade da jovem, tornando o

amor impossível de ser vivido na realidade e concretizável somente no plano espiritual. Os sentimentos de Lúcia

de introspecção, amor e tédio, típicos do Romantismo, estão intimamente relacionados à sensação de pecado da

protagonista. Compare esses sentimentos de Lúcia com as suas confissões antes da morte.

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14- O Romantismo é uma estética que refletiu os valores e a moral da burguesia. A partir disso, comente o sentido

da morte da protagonista dentro da narrativa.

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15- O livro Lucíola é uma das grandes obras de José de Alencar e tem forte significado para o romantismo e para

a literatura brasileira. De forma são encaradas questões como o papel da mulher, o amor, a prostituição, etc.?

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16- (UFOP) Em relação a Lucíola, de José de Alencar, assinale a alternativa incorreta.

a) A obra apresenta muito adequadamente o tema da prostituta regenerada, bem ao gosto do Romantismo.

b) O narrador tem, além dos leitores da obra, explicitamente uma interlocutora como personagem-leitora.

c) A narrativa se constrói em dois tempos muito bem marcados: o da vivência e o da narração da vivência.

d) A aparição de Maria da Glória resolve todos os problemas da personagem Lúcia, porque aponta o caminho da

expiação da culpa, construindo um final feliz para a narrativa.

e) A presença de muitos paradoxos românticos (virtude x vício, alma x corpo, amor x prazer, ingenuidade x

devassidão, família x prostituição) é possível perceber nesse romance.

17- No excerto abaixo estão transcritos dois momentos da narrativa Lucíola, de José de Alencar. No primeiro

deles temos a visão de Lúcia sobre o amor, quando ainda é uma cortesã. No segundo momento, temos a visão de

Lúcia, agora denominada Maria da Glória (seu nome verdadeiro), depois de ter abandonado a vida de cortesã.

Por meio disso e pensando nas características da obra de José de Alencar, escolha a alternativa correta.

“— Pelo que vejo, Lúcia, nunca amarás em tua vida!

— Eu?... Que ideia! Para que amar? O que há de real e de melhor na vida é o prazer, e esse dispensa o

coração. O prazer que se dá e recebe é calmo e doce, sem inquietação e sem receios [...]. Quando eu lhe ofereço

um beijo meu, que importa ao senhor que mil outros tenham tocado o lábio que o provoca? A água lavou a boca,

como o copo que serviu ao festim; e o vinho não é menos bom, nem menos generoso, no cálice usado, do que no

cálice novo”.

(...)

“— Se soubesses que gozo supremo é para mim beijar-te neste momento! Agora que o corpo já está morto

e a carne álgida, não sente nem a dor nem o prazer, é minha alma só que te beija, que se une à tua e se desprende

parcela por parcela para se embeber em teu seio”.

ALENCAR, José de. Lucíola. 5 ed. São Paulo: FTD, 1999, p.83-127.

a) No romance não há redenção para a personagem Lucíola, que continua apresentando características sensuais e

eróticas;

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b) Núcleo do romance está na divisão entre corpo e alma. Lúcia é sensual e bela, desprovida de pudor e

consciência. Já Maria da Glória é recatada e pura, seu amor é exclusivamente espiritual sem nenhuma ligação

com sua vida física;

c) O romance tematiza o amor sensual e erótico, afinal é a vida de uma cortesã que está sendo representada;

d) O romance apresenta o equilíbrio presente na sociedade burguesa do século XIX, calcada em valores patriarcais

e cristãos;

e) O núcleo do romance está na relação de amor entre Paulo e Lucíola, o que revela a capacidade de tal sentimento

para sobrepujar as convenções sociais.

18- (UFJF-MG) Leia, com atenção, o fragmento a seguir para responder à questão.

“Todas as raças, desde o caucasiano sem mescla, até o africano puro; todas as posições, desde as

ilustrações da política, da fortuna ou do talento, até o proletário humilde e desconhecido; todas as profissões,

desde o banqueiro até o mendigo;

(…)

É uma festa filosófica essa festa da Glória! Aprendi mais naquela meia hora de observação do que nos

cinco anos que acabava de esperdiçar em Olinda com uma prodigalidade verdadeiramente brasileira.

A lua vinha assomando pelo cimo das montanhas fronteiras; descobri nessa ocasião, a alguns passos de

mim, uma linda moça, que parara um instante para contemplar no horizonte as nuvens brancas esgarçadas sobre

o céu azul e estrelado. Admirei-lhe do primeiro olhar um talhe esbelto e de suprema elegância. […] Ressumbrava

na sua muda contemplação doce melancolia, e não sei que laivos de tão ingênua castidade, que o meu olhar

repousou calmo e sereno na mimosa aparição”.

ALENCAR, José de. Lucíola. 5 ed. São Paulo: FTD, 1999, p. 5.

A partir do fragmento, e considerando o romance como um todo, pode-se afirmar que:

a) Pode-se observar, nessa cena, a superioridade da província sobre a metrópole.

b) Desde o primeiro momento Paulo percebe a condição social de Lúcia.

c) A cena amorosa, em Alencar, é sempre emoldurada pela matéria sociocultural brasileira.

d) A referência à questão racial comprova o naturalismo dessa obra.

e) O romance urbano, como é o caso de Lucíola, é o único cultivado no romantismo brasileiro.

19- (UFLA) De acordo com a leitura da obra Lucíola, de José de Alencar, julgue as afirmativas e, a seguir, marque

a alternativa CORRETA.

I. Há, em Lucíola, um clima de sensualidade constante, combinado com o ardor e sofrimento, bem no clima da

literatura romântica que predominava na segunda metade do século XIX.

II. O romance entre os protagonistas, Lúcia e Paulo, “sacode” a Corte e provoca um excitado burburinho na

sociedade. De um lado, a mulher que, sendo de todos, jurava não se prender a nenhum homem; de outro, o homem

em dúvida entre o amor e o preconceito.

III. O foco narrativo é em 3ª pessoa; o narrador-observador não participa da história; com isso, há um forte apelo

à imaginação do leitor.

IV. Em Lucíola, o amor não resiste às barreiras sociais e morais. Assim é o romance da bela Lúcia, a mais rica e

cobiçada cortesã do Rio de Janeiro, e Paulo, um jovem modesto e frágil.

a) Apenas a afirmativa I é correta.

b) Apenas as afirmativas I, II e IV são corretas.

c) Apenas as afirmativas I e IV são corretas.

d) Apenas as afirmativas I e II são corretas.

e) Apenas as afirmativas I, II e III são corretas.

Texto I

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https://p2.trrsf.com/image/fget/cf/940/0/images.terra.com/2018/01/23/leila-diniz-gravida-de-biquine.jpg

BARRIGA DE LEILA DINIZ PROVOCOU REVOLUÇÃO EM 1971

09/03/2018

POR BRUNO HOFFMANN

(...) na edição da Claudia de outubro, pela primeira vez a sociedade deparava-se com uma barriga de oito meses

de gravidez foras dos livros de medicina. A antropóloga Miriam Goldemberg comenta: “Leila fez uma verdadeira

revolução simbólica ao revelar o oculto, a sensualidade feminina fora do controle masculino, em sua barriga de

grávida ao sol”. https://almanaquebrasil.com.br/2018/03/09/barriga-de-leila-diniz-provocou-revolucao/

Texto II

https://jornalvivabem.com.br/wp-content/uploads/2018/10/O-corpo-de-Cle%C3%B3patra-foi-enterrado-em-alguma-pir%C3%A2mide-do-Egito_-300x300.png

5 MOTIVOS PELOS QUAIS VOCÊ PRECISA SABER MAIS SOBRE A CLEÓPATRA

A rainha do Egito era mais inteligente e empoderada do que os retratos dela levam a acreditar

Marilia Marasciulo

18 jan 2018 - 07h56 atualizado em 18 jan 2018 - 07h56

Sedutora, traidora, ardilosa, assassina… Os mitos e lendas em torno de Cleópatra, a rainha que governou

o Egito durante 22 anos, são inúmeros. Fato é que muito se fala e pouco se sabe, de fato, sobre a história

verdadeira de Cleópatra. Nascida em 69 a.C., a rainha era, na verdade, orgulhosamente macedônia: seu nome

significa “glória de sua pátria” em grego. https://revistagalileu.globo.com/Sociedade/noticia/2018/01/5-motivos-pelos-quais-voce-precisa-saber-mais-sobre-cleopatra.html

Texto III

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https://i.pinimg.com/originals/f7/f0/51/f7f05110e386275a683cccc44613843b.jpg

Lúcia (Maria da Glória): com apenas 19 anos de idade, é uma das cortesãs mais ricas do Rio de Janeiro. Com

olhos escuros e cabelos ondulados igualmente escuros, é bela e refinada, sendo cobiçada pelos homens e invejada

pelas mulheres. https://guiadoestudante.abril.com.br/estudo/luciola-resumo-da-obra-de-jose-de-alencar/

20- Considerando os textos acima e grandes personalidades femininas, estabeleça características entre as três

personagens:

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DIVA

Quando aos dezoito anos ela pôs o remate a esse primor de escultura viva e poliu a estátua de sua beleza, havia

atingido ao sublime da arte. Podia então, e devia, ter o nobre orgulho do gênio criador. Ela criara o ideal da

Vênus moderna, a diva dos salões, como Fídias tinha criado o tipo da Vênus primitiva.

ALENCAR, José de. Diva. Rio de Janeiro: Ediouro, 1996. p. 5.

21- Em Diva, José de Alencar, através de Amaral, faz uma relação com Lucíola, uma vez que esse conta toda as

suas aventuras romanescas com Emília, para Paulo, o personagem que Lúcia amara. A história do médico Amaral

e Mila é apresentada por Paulo. Retire do texto a passagem que descreve esse encontro.

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22- Como Júlia descrevia Emília? Como ela era chamada?

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23- A aversão que a jovem sente por Amaral pode ser traduzida como algum tipo de preconceito? Justifique com

uma passagem do texto.

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— A senhora... D. Emília?...

— A senhora... Por que não me chama Mila? É como me tratam os que me querem bem.

— E Mila chamará Augusto?

— Está entendido! Não é como lhe chamam seus amigos?

— Meus amigos me tratam por tu; disse eu sorrindo.

— Isso não! Quando eu disser tu, é porque não existe mais eu em mim. Porém responda! Já lhe inspirei algum

verso?...

— Quantos, meu Deus!

— Mostre-me! Quero ver!

— Mas eu não escrevi! Para quê? Eles não diriam tudo que eu sinto.

— Pois agora há de escrevê-los para mim, sim, Augusto?

ALENCAR, José de. Diva. Rio de Janeiro: Ediouro, 1996. p. 60.

24- Porque Emília deixa de chamar Amaral pelo sobrenome e passa a chamá-lo pelo primeiro nome Augusto?

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25- Na obra José de Alencar retrata uma das características da sociedade burguesa da época que característica é

essa e como ela está presente no texto? Justifique com uma parte da obra que expressa essa característica.

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26- (Puc – Rio)

Beijei na areia os sinais de teus passos, beijei os meus braços que tu havias apertado, beijei a mão que te ultrajara

num momento de loucura, e os meus próprios lábios que roçaram tua face num beijo de perdão. Que suprema

delícia, meu Deus, foi para mim a dor que me causavam os meus pulsos magoados pelas tuas mãos! Como

abençoei este sofrimento!... Era alguma cousa de ti, um ímpeto de tua alma, a tua cólera e indignação, que

tinham ficado em minha pessoa e entravam em mim para tomar posse do que te pertencia. Pedi a Deus que

tornasse indelével esse vestígio de tua ira, que me santificara como uma cousa tua!

(...)

Quero guardar-me toda só para ti. Vem, Augusto: eu te espero. A minha vida terminou; começo agora a viver

em ti.

ALENCAR, José de. Diva. Rio de Janeiro: Ediouro, 1996. p. 96

O texto acima é um trecho do último capítulo de Diva, romance de Alencar que, ao lado de Senhora e Lucíola,

forma a trilogia de “Perfis de Mulher”. Trata-se de uma carta escrita por Emília, protagonista da estória, ao jovem

médico Augusto. A partir da leitura do texto, indique as características românticas presentes no fragmento,

justificando com exemplos.

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“Há poesia

Na dor

Na flor

No beija-flor

No elevador”

Oswald de Andrade. Poesias reunidas. São Paulo: Círculo do Livro, 1976, p. 184

27- Existe um elemento, no fragmento do poema transcrito acima, que não mantém ligação alguma com o

imaginário romântico que habita o texto de Alencar. Determine esse elemento e explique, com suas próprias

palavras, a importância de sua presença como símbolo de um novo momento estético na literatura brasileira.

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28- (CEETEPS-SP) José de Alencar faz críticas às relações humanas na sociedade carioca da sua época,

preocupada apenas com a ostentação e o status que só o dinheiro confere. Em três romances, o autor retrata perfis

de mulheres que, embora se defrontem com os homens, em plano de igualdade, são no final, redimidas ou

dominadas pelo amor. Trata-se de:

a) A escrava Isaura, Iracema, D. Guidinha do Poço

b) Iaiá Garcia, Viuvinha, Inocência

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c) Diva, Lucíola, Senhora

d) Luzia-Homem, A Moreninha, As asas de um anjo

e) A pata da gazela, Sonhos d'ouro, Leonor de Mendonça.

O nascimento de Vênus por Sandro Botticelli

https://www.infoescola.com/wp-content/uploads/2012/04/nascimento-de-venus-scaled.jpg

29- Qual a relação da tela de Botticelli com Emília de Alencar? Exemplifique com uma passagem do texto.

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— Não sei!... respondeu-me com indefinível candura. – O que sei é que te amo!... Tu não és só o árbitro supremo

de minha alma, és o motor de minha vida, meu pensamento e minha vontade. És tu que deves pensar e querer

por mim... Eu?... Eu te pertenço; sou uma coisa tua. Podes conservá-la ou destruí-la; podes fazer dela tua mulher

ou tua escrava!... É o teu direito e o meu destino. Só o que tu não podes em mim, é fazer que eu não te ame!...

ALENCAR, José de. Diva. Rio de Janeiro: Ediouro, 1996. p. 96

Mesmo Que Seja Eu

Erasmo Carlos

Sei que você fez os seus castelos

E sonhou ser salva do dragão

Desilusão, meu bem

Quando acordou, estava sem ninguém

Sozinha no silêncio do seu quarto

Procura a espada do seu salvador

Que no sonho se desespera

Jamais vai poder livrar você da fera

Da solidão

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Com a força do meu canto

Esquento o seu quarto pra secar seu pranto

Aumenta o rádio

Me dê a mão

Filosofia e poesia

É o que dizia minha vó

Antes mal-acompanhada do que só

Você precisa de um homem

Pra chamar de seu

Mesmo que esse homem seja eu

Um homem pra chamar de seu

Mesmo que seja eu https://www.letras.mus.br/erasmo-carlos/45776/

30- Identifique nos textos acima o contraponto do romantismo de Emília com a figura da mulher atual no poema

de Erasmo Carlos.

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Quem foi JEAN PIAGET? (1896-1980)

Jean Piaget foi o biólogo que colocou a aprendizagem no microscópio. O cientista suíço revolucionou o modo de encarar

a educação de crianças ao mostrar que elas não pensam como os adultos e constroem o próprio aprendizado. Foi o nome mais

influente no campo da educação durante a segunda metade do século 20, a ponto de quase se tornar sinônimo de pedagogia. Não

existe, entretanto, um método Piaget, como ele próprio gostava de frisar. Ele nunca atuou como pedagogo. Antes de mais nada,

Piaget foi biólogo e dedicou a vida a submeter à observação científica rigorosa o processo de aquisição de conhecimento pelo ser

humano, particularmente a criança.

Você estuda em um Colégio Jean Piaget!