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Atividades Formativas em Educação Ambiental para Alunos do 6° · A Educação Ambiental como uma educação critica da realidade vivenciada, formadora da cidadania, transformadora

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Atividades Formativas em Educação Ambiental para Alunos do 6°

Ano da Disciplina de Ciências do Colégio Estadual Tiradentes,

Curitiba - PR.

Autora: Elen Batistella de Brito 1

Orientador: Carlos Eduardo Pilleggi de Souza2

Resumo

A Educação Ambiental como uma educação critica da realidade vivenciada, formadora da cidadania, transformadora de valores e atitudes, criadora de uma nova ética, sensibilizadora e conscientizadora para as relações integradas ser humano/sociedade/natureza, objetivando uma forma de obtenção da melhoria da qualidade de todos os níveis de vida estruturou a experiência da prática de educação ambiental em uma escola pública, onde foram desenvolvidas atividades com estudantes e alguns professores do 6º ano do Ensino Fundamental. A forma adotada para trabalhar-se o tema, permitiu desenvolver conhecimentos significativos e um convite à causa ambiental e uma grande reflexão a uma nova estruturação metodológica para se trabalhar Educação Ambiental em sala de aula.

Palavras-chave: Educação Ambiental. Diálogo. Encaminhamentos Metodológicos.

1 Introdução

O ser humano surge no Planeta Terra como parte integrante do ambiente. Ao

longo de sua trajetória de ocupação do meio, a humanidade foi afirmando uma

consciência individual, cada vez mais deixando de se sentir integrada com o todo.

Nas sociedades atuais a individualização chegou ao extremo que os seres humanos

não percebem mais as relações de equilíbrio da natureza, agem de forma

desarmônica causando grandes desequilíbrios ambientais.

Segundo Guimarães (2007), essa postura da humanidade diante da natureza

provoca e decorre de uma visão de mundo e de um sentimento de dominação que

estão presentes nas relações de classe dentro de uma sociedade.

1Professora da Rede Estadual de Educação do Paraná, participante do Programa de

Desenvolvimento Educacional, turma 2012. 2 Professor orientador PDE 2012, UFPR.

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Mediante a complexidade e a gravidade tanto dos desafios sociais como dos

ambientais, com os quais a humanidade se depara, torna-se necessária a formação

de cidadãos conscientes e comprometidos que o futuro exige e o presente já

permite. A Educação Ambiental (E A) é uma via de acesso para a construção de

uma sociedade crítica, reflexiva, participativa e justa.

Paulo Freire, uma das referências fundadoras do pensamento crítico na

educação brasileira, insiste em toda sua obra, na defesa da educação como

formação de sujeitos sociais emancipados.

A EA não deve se preocupar em transmitir conhecimentos, mas sim produzir

conhecimentos, considerando que não aprendemos do outro, mas com o outro,

criando com ele. (STENGERS, 1992, p.12 apud REIGOTA, 2010, p.13)

A EA tem papel fundamental para facilitar o entendimento sobre o meio

ambiente, questões ambientais e também possibilita a interdisciplinaridade. Por meio

dela podem-se ampliar conhecimentos, trabalhar valores, comportamentos, produzir

mudanças, formar indivíduos conscientes da amplitude do meio que vivem. Podem-

se aprofundar os temas que permeiam a prática pedagógica cotidiana. Tem-se

assim, que a EA atua na formação do cidadão, tornando-o agente transformador,

participativo num processo dinâmico, permanente na redução de impactos

ambientais e no controle social dos recursos naturais.

Observar a realidade, refletir sobre a relação entre as pessoas e delas com o

meio em que vivem, deve ser uma prática contínua, pois, para assegurar o bem-

estar do planeta são necessárias novas maneiras de pensar e agir. Neste contexto

desenvolveu-se atividades formativas em EA com o 6º ano do Colégio Estadual

Tiradentes de Curitiba-PR, de forma que os estudantes atribuíssem significado ao

que aprendem sobre o meio ambiente e sua realidade cotidiana, buscando uma

nova relação com a natureza por meio de práticas pedagógicas dialogadas

contribuindo para emancipação dos sujeitos e com a transformação da realidade

socioambiental.

2 Contextualização do Tema.

2.1 Considerações acerca do conceito de Ciências.

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[...] um conjunto de descrições, interpretações, teorias, leis, modelos, etc, visando ao conhecimento uma parcela da realidade, em contínua aplicação e renovação, que resulta da aplicação deliberada de uma metodologia especial. (metodologia científica). (FREIRE-MAIA, 2000, p.24)

Refletir sobre a Ciência implica em considerá-la como uma construção coletiva

produzida por grupos de pesquisadores e instituições num determinado contexto

histórico, num cenário socioeconômico, tecnológico, cultural, religioso, ético e

político. (RAMOS, 2003).

Ainda, segundo Ramos (2003) é necessário determiná-la no tempo e no contexto

das realizações humanas, que também são historicamente determinadas. O

consenso sobre o que é Ciência se instaura quando os cientistas desenvolvem suas

pesquisas a partir de um mesmo paradigma.

2.2 Educação, Aprendizagem e Ciências.

A educação é um processo sistemático e interativo que tem como propósito

específico ajudar as pessoas a elaborar conhecimentos e significados incorporando-

os à sua estrutura cognitiva e ao patrimônio cultural coletivo. (JAEGER, 1995). Os

reflexos dessa tensa articulação entre sujeitos e coletividade tem marcante

influência no modo como se compreende o processo ensino-aprendizagem.

A educação é hoje considerada como um fator de mudanças. Educação no

mundo em que vivemos, pensada de forma concreta, tem que usar os mecanismos

e ferramentas provenientes da ciência. Não há aprendizagem só com a teoria é

necessário que exista a prática.

Segundo Alves (2009), a ciência é um grande jogo. Uma linguagem através

de paradigmas que começa com a observação, se inicia com problemas e com

desejo do ser humano pela busca da verdade, um conhecimento mais amplo do

mundo, onde aprendemos a ter ideias novas que possam abrir portas que até então

estavam fechadas e aprender novas maneiras de viver no mundo.

Ausubel (1982) propôs uma teoria explicativa do processo de aprendizagem

humana, embasada nos princípios organizacionais da cognição, valorizando o

conhecimento e no entendimento de informações. O conhecimento é construído de

forma individualizada, própria de cada ser e correlacionada com a aprendizagem

prévia que o sujeito carrega em seu repertório cognitivo.

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No âmbito do ensino de ciências, a aprendizagem significativa cria para os

professores e estudantes a possibilidade de contextualização dos conhecimentos

científicos, promovendo, assim, um aprendizado mais efetivo, capaz de tornar o

indivíduo um sujeito apto a construir sua própria formação.

Buchweitz (2001) avaliou momentos de aprendizados em estudantes e os

resultados indicaram que as aprendizagens consideradas significativas não foram

apenas cognitivas, mas também de atitudes, de habilidades, aquisição de valores,

mudanças de comportamento ou contextualização do conhecimento adquirido.

Segundo NÓVOA (2009) aprendizagem não é linear e deve ser equacionada

numa perspectiva multifacetada, bem distante dos simplismos.

Promover a aprendizagem é compreender a importância da relação do saber, é instaurar novas formas de pensar e de trabalhar na escola, é construir um conhecimento que se inscreve numa trajetória individual. O conhecimento escolar tem de estar mais próximo do conhecimento científico e da complexidade que ele tem vindo a adquirir nas últimas décadas.

O pensamento contemporâneo sobre educação tem de ir além do já conhecido e alimentar-se de um pensamento utópico, que se exprima “pela capacidade não só de pensar o futuro no presente, mas também de organizar o presente de maneira que permita atuar sobre este futuro.” (FURTER. 1970, p.7 apud NÓVOA, 2009).

Aprender exige pesquisa, elaboração e produção próprias, autoria individual e

coletiva, participação ativa.

Trabalha-se com muitos alunos nas salas de aula. É nesta situação, na

construção social do conhecimento que deve-se levar em consideração os saberes

produzidos. As mais elevadas funções mentais do indivíduo emergem de processos

sociais. (VIGOTSKY-1984).

Este conhecimento veio modificar toda interação professor/aluno em sala de

aula. A interação dos alunos com os colegas e com o professor e a troca de

informação entre o grupo, são essenciais para que ocorra a aprendizagem,

buscando a construção de todos envolvidos ativamente no processo.

2.3. Educação Ambiental

De acordo com a Lei N° 9.795, de 27 de abril de1999, que dispõe sobre a

educação ambiental e institui a Política Nacional de Educação Ambiental, em seu

artigo 1° define E A como:

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Os processos por meio dos quais o indivíduo e a coletividade constroem valores sociais, conhecimentos, habilidades, atitudes e competências voltadas para a conservação do meio ambiente, bem de uso comum do povo, essencial à sadia qualidade de vida e sua sustentabilidade. (DIAS, G. F. 2012, p.15)

A E A deve ter uma abrangência que trate de todos os níveis e de todos os

âmbitos de formação humana. Uma educação que viabilize transformações e que

valorize o educando baseando-se nos valores individuais, na cooperação, nos

recursos sustentáveis, e que possibilite uma visão de realidade mais humana,

observadora das relações estabelecidas, entre as infinitas partes de um todo

universal. Esta óptica holística que sem negar as características mecânicas da

natureza, percebe o universo mais como uma rede de inter-relações dinâmicas,

orgânica.3

O holísmo enfatiza o desafio de criar uma sociedade sustentável, justa e

pacífica em harmonia com a Terra e sua vida. Procura ampliar a maneira como

vemos a relação que temos com o mundo, o todo não é o todo sem as partes e as

partes não são nada fora do todo.

Ao longo da década de oitenta, foram produzidos dois documentos que

fortaleceram a E A: a publicação dos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN) em

1987 e a promulgação da Constituição Federal do Brasil em 1988. Os PCNs

incluíram o meio ambiente como tema transversal às disciplinas e conteúdos já

clássicos, e a Constituição estabeleceu a obrigatoriedade da E A em todos os níveis

de ensino e a conscientização pública para a preservação do meio ambiente.

Os PCNs apresentam a E A com a metodologia dos temas transversais, ou

seja, a transversalidade, e propõem o trabalho interdisciplinar somente em segundo

plano, enquanto as Diretrizes Curriculares do Estado do Paraná propõem uma

metodologia com caráter interdisciplinar (CASTOLDI e POLINARSKI, 2009).

2.3.1 Meio Ambiente.

A E A tem sido realizada a partir da concepção que se tem de meio ambiente.

³

informação disponível em:

http://monografias.brasilescola.com/pedagogia/pedagogiaholistica-um-novo-olhar-na-educacao.htm. Acesso

em: 28 de agosto de 2012.

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Na comunidade científica não existe um consenso na definição sobre meio

ambiente. O conceito vem sendo construído. O meio ambiente é formado

invariavelmente pelos aspectos relacionados à ecologia. Entretanto, sua definição

não se resume a elementos estritamente biológicos, naturalista. É mais relevante

estabelecê-lo como uma representação social, isto é, uma visão que evolui no tempo

e depende do grupo social em que é utilizada. (PCN, 1997).

Para nortear o significado do meio ambiente, Reigota (2010) expressa:

Defino meio ambiente como o lugar determinado ou percebido, onde os elementos naturais e sociais estão em relações dinâmicas e em interação. Essas relações implicam processos de criação cultural e tecnológica e processos históricos e sociais de transformação do meio natural e construído. (p.14-15)

O autor ainda considera necessário, como ponto de partida de toda prática,

conhecer as representações de meio ambiente das pessoas envolvidas no processo

pedagógico.

2.3.2 Representação Social.

Ao conhecimento do senso comum, o psicólogo Serge Moscovici, nomeou

representações sociais um conceito derivado das chamadas, representações

coletivas de Émile Durkheim. Moscovici entende que as representações são sociais

porque orientam os processos de condutas e acabam por criar uma identidade

grupal, ou, de outra forma, são produzidas por indivíduos ou grupos, em situações

concretas, relacionadas ao contexto social em que estão inseridos tais sujeitos.

O senso comum é algo muito difuso e contraditório, desconforta os cientistas de uma

maneira geral (MAZZOTTI, 2001). Mas é sob seus domínios que as relações sociais

são estabelecidas, por isso, a convicção de que esse tipo de saber influência direta

ou indiretamente os paradigmas humanos e as concepções de ciências, compondo

um fluxo contínuo de interação Ciência-senso comum.

O estudo das representações sociais contribui para desvendar diferentes visões de

mundo, de modo a facilitar o diálogo e o debate entre diversos atores sociais.

Pensando por Freire, esse diálogo favorece as trocas humanas proporcionando um

processo de educação recíproca. Qualquer projeto educativo deveria estar

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embasado em resultados coletados a partir das relações sociais em situações

horizontais de trocas e não simplesmente determinadas hierarquicamente.

A E A, partindo do resgate dos saberes locais pode ir além da retificação estética da

natureza e proporcionar verdadeiros espaços de trocas de saberes, em que grupos

e comunidades passam a se colocar como atores ativos no espaço territorial que

ocupam e dentro das relações sociais da qual fazem parte. (RANAURO e IRVING,

2003)

Por meio de análises das representações sociais torna-se mais acessível intervir nos

processos educativos voltados para uma nova racionalidade da Terra.

3 Procedimentos Metodológicos

O Projeto de Intervenção foi desenvolvido no Colégio Estadual Tiradentes -

Curitiba-PR com os alunos e alguns professores do 6º ano do Ensino Fundamental,

através de atividades em E A, visando oportunizar situações de forma que os

estudantes atribuam significado ao que aprendem.

O projeto foi apresentado a Direção, Equipe Pedagógica e Comunidade

Escolar no primeiro semestre de 2013. Logo após foi aplicado um questionário

semiestruturado para diagnóstico em relação às representações sociais sobre o

meio ambiente e o perfil sociográfico dos estudantes.

Dando continuidade ao trabalho foram elencadas três atividades:

Atividade 1 – Uso de jornais e revistas – Adaptado de Azevedo (2001)

Quatro grupos com cinco alunos em cada um, compostos por meninos e meninas

formados aleatoriamente.

Dispôs-se jornais e revistas de modo que cada grupo pôde escolher o

material necessário para discutir pela colagem de figuras (cartaz) o que representa o

meio ambiente para eles.

Nesta atividade a finalidade foi desenvolver atitudes e comportamentos

individuais e grupais como cooperação, liderança e participação. Além de outras,

como capacidade de expressão e organização de ideias que foram consideradas

como ponto de partida para o desenvolvimento de temática ambiental.

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Em meio a muita alegria e descontração as equipes dirigiram-se até os jornais

e revistas, escolhendo-os. Levavam até o grupo, folheavam procurando imagens,

frases que para eles significava meio ambiente. Após muita polêmica e discussão

chegaram a um consenso dentro de cada grupo do que deveria ser apresentado

como ideia da equipe. Todos foram convidados a fixar os cartazes produzidos. Cada

equipe expôs seus pontos de vistas e ideias, ou seja, apresentaram para os demais

as representações de meio ambiente. Os conceitos e ideias que foram surgindo nos

vários momentos de exposição das representações por imagens e nas

manifestações orais foram registrados. Todo material produzido foi exposto para que

se pudesse trazer a temática para o interior da escola.

Disponibilizou-se em um local visível, uma caixa de sugestões onde a

comunidade escolar pôde expressar-se. Considerou-se as representações que

foram trazidas pela comunidade escolar, construindo e somando-se a elas, novas

informações e conhecimentos de maneira a serem significativas na formação de

uma nova consciência ambiental.

Atividade 2 – Percebendo elementos do hábitat humano: examinando a qualidade

da água que bebemos- Adaptado de Dias (2001).

O tema foi desenvolvido de forma crítica e analítica, com o suporte didático

em atividades de experimentação. Objetivou-se sensibilizar os indivíduos envolvidos

a cerca das realidades sócio ambientais do seu planeta. Buscou-se examinar

desafios, identificar alternativas e soluções.

Solicitou-se que os alunos, em casa, amarrassem um pano branco na boca

de uma torneira em que a água viesse diretamente da canalização da rua e durante

uma semana deixassem o pano funcionar como um coador ou filtro. Pediu-se que

observassem, analisassem o processo e guardassem o pano com o cuidado de

manter o material que ficou depositado para submetê-lo à posterior análise e

apreciação.

Visitou-se uma das áreas de captação de água e estação de tratamento –

ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DE ÁGUA MIRINGUAVA – Barro Preto, São José

dos Pinhais – PR, onde o educador ambiental recebeu o grupo de maneira educada

e questionadora auxiliando na construção do conhecimento. Assistiu-se a um vídeo

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que tratou sobre: Histórico da água em Curitiba; Onde está a água?; Mananciais;

Tratamento de água; Inundações e Enchentes; Poluição dos rios e Cuidados com a

água. Em seguida conheceu-se o laboratório onde foram mostrados os panos para a

análise e apreciação. Constatada a boa qualidade da água, que os alunos recebiam

em sua casa. Questionou-se como isso era conseguido e que medidas deveriam ser

tomadas para a sua preservação. O que pode ser feito? Quais são os planos e as

metas para o futuro? Se o país é rico em água e temos tecnologia para cuidar e

buscar água em grandes profundidades se necessário for, por que, há falta?

Conheceu-se a área de captação de água e estação de tratamento e seus

problemas.

Por meio de reflexão e do diálogo crítico entre educador ambiental,

estudantes e professores o momento tornou-se rico na construção do conhecimento,

na consciência dos desafios e na compreensão da dinâmica de diferentes fatores

que interferem, ao mesmo tempo, nas dimensões econômicas, políticas, étnicas,

culturais e ecológicas.

Atividade 3 – “Sentindo a Terra” – Adaptado de Dias (2002).

Escolheu-se um lugar na escola onde os alunos puderam deitar-se no chão,

de costas, observando calmamente o céu. Primeiramente com olhos abertos, em

silêncio, observando. Num segundo momento, pediu-se para que fechassem os

olhos, relaxassem e ouvissem.

A professora diz (lê):

A Terra é um sistema vivo que abriga milhões de organismos, incluindo os

humanos, e apresenta delicado equilíbrio para manter a vida.

Vive-se na superfície, cujo centro ainda arde em chamas. A Terra viaja no

espaço gelado, cujo frio é amenizado pelo calor do sol. Movimenta-se em torno do

seu próprio eixo, em torno do sol e, ao mesmo tempo, acompanha os movimentos

de expansão de nossa galáxia espaço a dentro.

Percebe-se que alguns dão-se as mãos.

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Nas cidades, a maioria das pessoas passa grande parte do tempo apressada

e ocupada. A correria do dia a dia acaba produzindo um estado apático na

percepção do indivíduo e faz com que ele se afaste do mundo natural. Mesmo

vivendo em cidades é possível perceber a natureza presente e esta se revela em

sua pureza para quem tiver sensibilidade para percebê-la.

Respira profunda e lentamente. Sente o contato das costas com a superfície

da Terra. Viaja em pensamento. Sente sua força de atração, o seu calor e o seu

movimento no espaço.

Somos regidos por leis naturais, pertencemos a um todo maior, complexo e

sincronizado. Reflita que cada estrela é um Sol. Cada Sol pode ter planetas

orbitando em sua volta. Apesar de tantos planetas, só estamos adaptados ao nosso

lar cósmico, a Terra. Perceba-se parte de um todo universal e encontre respostas

para suas próprias perguntas.

Terminada a fala, por vários instantes continuaram de olhos fechados e

relaxados. De vagar, um ou outro abrindo os olhos, sentando, até que todos queriam

falar.

4. Resultados e discussões

4.1 Análise do questionário semiestruturado para diagnóstico em

relação às representações sociais sobre o meio ambiente e o perfil

sociográfico dos estudantes.

Os dados do presente trabalho foram tabulados e analisados à luz dos

referenciais teóricos adotados.

Vinte estudantes, onze do sexo masculino e nove do sexo feminino, a maioria

com nove a doze anos de idade, cujas mães apresentam maior grau de instrução

que os pais. O colégio fica na região central, poucos pertencem ao entorno, muitos

vêm dos bairros, evidenciando assim, diferentes modos de pensar e agir. A maioria

costuma passear com a família (gráfico 1) e preferem ir aos parques e a lugares de

consumo e alimentação (gráfico 2); estão satisfeitos com o bairro onde moram

(gráfico 3), gostam dos parques (gráfico 4). Quando perguntado sobre o que não

gostam no seu bairro (gráfico 5) a maioria respondeu que não sabe, entretanto

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(20%) reconhecem e não gostam de problemas ambientais como violência, poluição,

barulho; (30%) não mudariam nada no seu bairro (gráfico 6) talvez devido à

imaturidade em estabelecer conexão com os problemas socioambientais. A maioria

acredita em um futuro melhor para o seu bairro (gráfico 7). Dizem-se interessados

pelas questões ambientais (gráfico 8); acham que as escolas trabalham sobre esses

temas (gráfico 9); recebem orientação dos pais, da televisão e principalmente da

escola de como cuidar do meio ambiente (gráfico 10). Na questão proposta (gráfico

11), buscou-se compreender que tipo de tendência havia nas repostas dadas pelos

alunos (eles poderiam marcar quantas opções quisessem). O objetivo era que

marcassem todas, entretanto nenhum aluno respondeu desta forma. A maioria das

respostas considerou elementos que fazem parte do meio ambiente como sendo

apenas elementos naturais evidenciando uma visão naturalista, considerando o

conceito de meio ambiente como similar ao de natureza. Os elementos antrópicos,

pessoas (6%), casas e prédios (0%) muito pouco escolhidos apontam que eles não

incluem o homem e suas construções como elementos pertencentes ao meio

ambiente. Na questão (gráfico 12), buscou-se analisar quais são os problemas

ambientais mais evidentes para os alunos. Foram destacados como mais

significativos: esgoto e lixo a céu aberto (11%); pichações (11%); poluição do ar e

poluição e contaminação da água (10%); trânsito, enchentes, desmatamento (9%). A

maioria acha que causa algum problema ao meio ambiente (gráfico 13), pensam-se

causadores, em relação a poluição do ar (gráfico 14). Encontram-se incomodados

com aspectos relacionados ao meio ambiente (gráfico 15) e reconhecem que nada

fazem para mudar (gráfico 16). Representação naturalista sobre meio ambiente

(gráfico 17).

Estabelecidas as respostas há necessidade de desenvolver uma prática mais

fundamentada, motivadora, sensibilizadora, conscientizadora e significativa.

4.2 Atividades 1,2 e 3.

O aluno é sujeito de sua própria aprendizagem, pois é nas relações pessoais

que se compartilha, convive, constrói e aprende-se novos conhecimentos.

Educador e educandos, ambos sujeitos no ato, ao alcançarem na reflexão e

na ação em comum estes saberes da realidade, se descobre e crescem juntos.

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Segundo Freire (2005)

não posso pensar pelos outros nem para os outros, nem sem os outros. A investigação do pensar do povo não pode ser feita sem o povo, mas com ele. E se seu pensar é mágico ou ingênuo será pensado o seu pensar na ação, que ele mesmo se superará. E a superação não se faz no ato de consumir ideias, mas no de produzi-las e de transformá-las na ação e na comunicação.

E ainda segundo o mesmo autor, é importante que os envolvidos no processo

sintam-se sujeitos do seu pensar, discutindo seu pensar, sua própria visão de

mundo, manifestada implícita ou explicitamente, nas suas sugestões e nas de seus

companheiros.

Atividades envolvendo experimentos devem possibilitar a aprendizagem; o

objetivo foi propiciar oportunidades para uma conduta ativa dos alunos no

desenvolvimento dessas atividades, contribuindo assim para a construção do

conhecimento.

Sabe-se que das duzentas e três nações do mundo, sessenta estão em

conflito e trinta e seis estão em guerra, por causa da água. (DIAS, 2012)

A saúde da população depende, em grande parte, da qualidade da água que

utiliza. Sem água potável a sociedade humana desaparece. A disponibilidade e a

qualidade da água dependem dos hábitos de consumo e das medidas de proteção

dos seus mananciais.

O papel do professor é o de encontrar dispositivos que permitam ao aluno

progredir por si mesmo. (PIAGET apud FLORA, 1995)

A escola deve preparar cidadãos aptos a pensar e construir seu próprio devir.

Para ser efetiva é preciso um esforço profundo para que a educação seja vivenciada

dentro de uma dinâmica e um contexto em que a vida seja o principal valor.

A atividade aparentemente mal definida (atividade 3), possibilitou trazer para

a sala de aula situações reais que muitas vezes são difíceis de serem vivenciadas.

Pouco a pouco começou-se tecer seus contornos bem delineados, na medida em

que os participantes enunciavam e discutiam suas falas e motivações.

- Obrigada por esse momento, diz uma menina, foi muito legal!

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- Consegui viajar no espaço, fala um menino.

- Pensei na Terra, nas pessoas, no tempo que a gente não tem! Fala a menina.

- Vi o céu que a muito tempo não via, a beleza de algumas estrelas que brilhavam

muito.

- Senti o ar sobre mim. Ouvi os pássaros, o barulho da rua. A conversa das pessoas.

- Senti o calor da Terra, o calor das pessoas, senti-me forte e com muita vontade de

viver.

- Agora entendi o que é o universo!

- Vi os pássaros, as árvores, percebi meus amigos. Como é importante parar um

pouco e olhar.

Pretendeu-se com essa atividade estimular a percepção e a sensibilidade dos

participantes, propiciando momentos de observação, de descobertas, reflexão e

admiração dos mistérios e encantos do mundo natural.

Inúmeras outras relações são possíveis de serem trabalhados nesta

atividade. A criatividade, iniciativa, cultura geral e criticidade por parte do professor

são atributos imprescindíveis para que a atividade não se torne somente uma

atividade-fim.

5. Considerações Finais

Por meio deste artigo cria-se um espaço para reflexão.

O saber é um processo que intervém em toda significação de mundo e de

apropriação da natureza. O saber localizado é sempre um saber sustentado por um

ecossistema ou espaço territorial e incorporado por um sujeito histórico. Geram

sentidos que mobilizam os atores sociais a tomar posições diante do mundo. A E A

fomenta o pensamento reflexivo e crítico, tenta articular subjetivamente as pessoas

à produção de conhecimento e vincula-los ao sentido do saber. Toda prática envolve

uma forma de atividade cognitiva e o saber intervém em todas as práticas sociais,

culturais, simbólicas e produtivas. (LEFF, 2001). As problemáticas ambientais são

oriundas de um padrão de apropriação dos recursos naturais incompatível com o

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potencial renovável da natureza. As questões que circundam o meio ambiente e a

busca de práticas que oportunizam uma aprendizagem significativa são necessárias

para a atuação pedagógica atual.

O processo educativo permite repensar e reelaborar o saber, na medida em

que se transformam as práticas pedagógicas, correntes de transmissão e

assimilação do saber preestabelecido e fixado em conteúdos curriculares e nas

práticas de ensino. (LEFF, 2001)

Educação Ambiental é uma proposta que visa não só utilização racional dos

recursos naturais, mas basicamente a participação dos cidadãos nas discussões

sobre a questão ambiental. (REIGOTA, 2010)

Formar pessoas para autonomia exige que elas desenvolvam a sensibilidade,

a capacidade de acumulação de conhecimentos e informação, a capacidade de

apropriar-se desse conhecimento e dar a ele aplicabilidade. (CORTELLA, 2012).

A intenção é possibilitar um processo de sensibilização, mudança de atitude e

participação, proporcionando práticas onde os educandos desenvolvam consciência

do meio ambiente e se interessem por ele. Pretendeu-se desenvolver atividades que

sejam uma contribuição significativa para o processo de construção de

conhecimentos, nas modificações dos valores e condutas pró-ambientais, de forma

crítica e dialogada.

As atividades proporcionaram interação, participação, discussão, construção

e reconstrução de significados. Novas representações de forma a construir novas

atitudes perante o meio ambiente e a nós mesmos.

O trabalho desenvolvido torna visível muitos aspectos que devem ser

aprofundados. Em relação a Educação Ambiental, ainda há muito a fazer no âmbito

formal. É um processo lento e contínuo do qual todos os envolvidos precisam se

auto-avaliarem e questionarem suas posições.

Considera-se relevante e urgente uma educação que possibilite

transformações, principalmente na sociedade, no ser humano que parece tão

fragmentado quanto é o currículo vigente que impede as disciplinas de se

correlacionarem. Uma proposta educacional que leve o processo educativo a uma

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visão mais abrangente e uma sensibilidade especial para os desafios do

desenvolvimento humano, e não um pacote de métodos e materiais pré-

determinados.

6 REFERÊNCIAS

ALVES, R. O que é científico? São Paulo: Edições Loyola, 2009.

AUSUBEL, D. P. A aprendizagem significativa: a teoria de David Ausubel. São Paulo: Moraes, 1982. AZEVEDO, G. C. Uso de jornais e revistas na perspectiva da representação social de meio ambiente em sala de aula. In: REIGOTA, M. Verde Cotidiano: o meio ambiente em discussão. 2.ed. Rio de Janeiro: DP&A, 2001. BACHELARD, G. A formação do espírito científico: contribuição para uma psicanálise do conhecimento. 3. ed. Rio de Janeiro: Contraponto, 2001. ___________________. Filosofia do novo espírito científico. Trad. Joaquim J. Moura Ramos. Lisboa: Editora Presença, 1972. ___________________. O novo espírito científico. Rio de Janeiro: Edições Tempo Brasileiro Ltda, 1968. Brasil.Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros curricalares nacionais: meio ambiente, saúde. Brasília. BUCHWEITZ, B. Aprendizagem significativa: ideias de estudantes concluintes do ensino superior. Investigações em ensino de Ciências, v.6, n.2, 2001. Disponível em: <HTTP://www.if.ufrgs.br/public/ensino/vol6/n2/v6_n2_a2.htm>. Acesso em: 02 abr. 2012. CASTOLDI, R e POLINARSKI, C. A. Influência dos Parâmetros Curriculares

Nacionais e Diretrizes Curriculares do Estado do Paraná no Trabalho de Educação Ambiental Escolar. Rev. eletrônica Mestr. Educ. Ambient., v. 22, janeiro a julho de 2009. CORTELLA, M. S. Qual é a tua obra? 18 ed. Petrópolis: Vozes, 2012. DIAS, G. F. Atividades interdisciplinares de educação ambiental. Ed 2°, reimpressão 2°: São Paulo: Gaia, 2012. __________. Educação Ambiental: princípios e prática. 7.ed. São Paulo: Gaia, 2001. DIRETRIZES CURRICULARES DA EDUCAÇÃO BÁSICA. Ciências. Secretaria do Estado do Paraná. Departamento de Educação Básica. Ano 2008. FREIRE, P. Pedagogia do Oprimido. 41.ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2005.

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FREIRE-MAIA, N. A ciência por dentro. Petrópolis: Vozes, 2000. GUIMARÃES, M. A Dimensão Ambiental na Educação. Ed 8ª, Campinas: Papirus, 2007. JAEGER, W. Paidéia: a formação do homem grego. São Paulo: Martins Fontes, 1995. LEFF, E. Saber ambiental: sustentabilidade, racionalidade, complexibilidade, poder; trad. De Lúcia Mathilda Orth. Petrópolis: Vozes, 2001. MAZZOTTI, T. B. Representação social. In: MOREIRA, A. S. P. Representações sociais: teoria e prática. João Pessoa: UFPB; 2001 p.333-368. NÓVOA, A. Educação 2021: Para uma história do futuro. Revista Iberoamericana de Educacion, 2009. Disponível em: www.rieoei.org/rie49a07_poi.pdf Acesso em: novembro de 2013. RAMOS, M. G. Epistemologia e ensino de Ciências: compreensões e perspectivas. In: MORAES, R. Construtivismo e ensino de Ciências: reflexões epistemológicas e metodológicas. Porto Alegre: EDIPUCRS, 2003. p.13-36 RANAURO, M. L.; IRVIN, M. A. Educação ambiental e saber local: do desconto a participação. In: 7° Encontro de educação ambiental do Estado do Rio de Janeiro; 2003 set 23-23; Rio de Janeiro. Anais. REIGOTA, M. Meio ambiente e representação social. Ed 8°, São Paulo: Cortez, 2010. ___________. Verde Cotidiano: o meio ambiente em discussão. 2.ed. Rio de Janeiro: DP&A, 2001. SATO, M. Educação Ambiental. São Carlos: RiMa, 2003. VIGOTSKY, L. S. A formação social da mente. São Paulo: Martin Fontes, 1984.

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Apêndice

1. Você e sua família costumam passear juntos?

75%

25%

SIM

NÃO

2. SE COSTUMAM PASSEAR, ONDE PREFEREM IR?

7% 7%

40%

27%

20%

0

2

4

6

8

Casa de

familiares

Igreja Parques Cinema e

shopping

Restaurantes e

pizzarias

ME

RO

DE

PE

SS

OA

S

0%

10%

20%

30%

40%

50%

Gráfico 1: O participante e sua família Gráfico 2: Local dos passeios, caso existam. passeiam juntos? Curitiba, 2013. Curitiba, 2013. Fonte: A autora Fonte: A autora

3. Você está satisfeito com o bairro onde mora?

90% 10% SIM

NÃO

4. DO QUE VOCÊ GOSTA NO SEU BAIRRO?

15%

10%10%10%

5%

20%

30%

0

2

4

6

8

Dos cavalos Minha casa De tudo Campo de

futebol

Amigos Lojas e

Shoppings

Dos

parques

ME

RO

DE

PE

SS

OA

S

0%

10%

20%

30%

40%

Gráfico 3: Satisfação em relação ao bairro Gráfico 4: Do que o participante gosta no de moradia. Curitiba, 2013. bairro de moradia. Curitiba, 2013. Fonte: A autora Fonte: A autora

5. DO QUE VOCÊ NÃO GOSTA NO SEU BAIRRO?

5%5%

30%

20% 20%

15%

5%

0

2

4

6

8

Não sabem Violência Poluição Barulho Cachorros Amigos ruins Rua

ME

RO

DE

PE

SS

OA

S

0%

5%

10%

15%

20%

25%

30%

35%

40%

6. O QUE VOCÊ MUDARIA NO SEU BAIRRO?

10%

5%

30%

5%

15% 15%

5%

15%

0

2

4

6

8

Não s

ei

Tudo

Nada

Polu

ição e

vio

lência

Os v

izin

hos

As r

uas e

calç

adas

Tirar

ante

nas

para

bólic

as

Mora

dore

s

de r

ua

ME

RO

DE

PE

SS

OA

S

0%

10%

20%

30%

40%

Gráfico 5: Do que não gosta no bairro de Gráfico 6: Que mudanças você faria no moradia. Curitiba, 2013. seu bairro. Curitiba, 2013. Fonte: A autora Fonte: A autora

7. COMO VOCÊ IMAGINA SEU BAIRRO NO

FUTURO?

30%

5%

65% Pior

Melhor

Igual

8. Como você avalia seu grau de interesse em relação

às questões ambientais?

35%

30%

25%

10%

0

2

4

6

8

10

Muito interesse Mais ou menos Pouco interesse Indiferente

ME

RO

DE

PE

SS

OA

S

-5%

5%

15%

25%

35%

45%

Gráfico 7: Como você imagina seu bairro Gráfico 8: Grau de interesse em questões no futuro. Curitiba, 2013. ambientais. Curitiba, 2013. Fonte: A autora Fonte: A autora

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9. Você acha que as escolas trabalham sobre questões

ambientais?

45%

40%

10%

5%

0

2

4

6

8

10

Não Raramente Frequentemente Às vezes

ME

RO

DE

PE

SS

OA

S

0%

10%

20%

30%

40%

50%

10. De quem mais você recebe orientação sobre

como cuidar do meio ambiente?

7%

33%

7%

22%

30%

2%

0

5

10

15

20

Esco

la

Am

igo

s

Te

levis

ão

Pa

is

Ou

tro

s

Ra

ram

en

te

rece

bo

ori

en

taçã

o

ME

RO

DE

PE

SS

OA

S

0%

10%

20%

30%

40%

Gráfico 9: As escolas trabalham questões Gráfico 10: De quem recebe orientação ambientais? Curitiba, 2013. sobre como cuidar do meio Fonte: A autora ambiente. Curitiba, 2013. Fonte: A autora

11. Assinale, nas opções abaixo, o que você

considera como parte do meio ambiente.

10%

20%

0%

26%

12%

6%

26%

0

2

4

6

8

10

12

14

16

Casas e

prédios

Plantas e

animais

Rios, mares e

lagos

Pessoas Ar, água e

solo

Seres vivos Todos os

itens citados

ME

RO

DE

PE

SS

OA

S

0%

10%

20%

30%

12. Das opções abaixo, qual ou quais você considera como sendo

problema ambiental?

11%

1%

7%

4%

8%

6%

9%

11%

9%10% 10%

9%

4%

0

4

8

12

16

20

Trânsito

Polu

ição d

o a

r

Polu

ição e

conta

min

ação

da á

gua

Enchente

s

Falta d

e

parques e

praças

Esgoto

e lix

o a

céu a

berto

Desm

ata

mento

Polu

ição

sonora

Pobreza

Pic

hações

Vio

lência

Falta d

e á

gua

Todos o

s ite

ns

acim

a c

itados

ME

RO

DE

PE

SS

OA

S

0%

5%

10%

15%

Gráfico 11: O que você considera como Gráfico 12: O que o participante considera parte do meio ambiente. como problema ambiental. Curitiba, 2013. Curitiba, 2013. Fonte: A autora Fonte: A autora

13. Você acha que causa algum problema ao meio

ambiente?

40%

60%

SIM

NÃO

14. Se sim, que problema(s) você causa ao

meio ambiente?

25%

25%

50%NÃO SEI

POLUIÇÃO DO AR

LIXO

Gráfico 13: Você causa algum problema ao Gráfico 14: Qual problema você causa ao meio ambiente. Curitiba, 2013 meio ambiente? Curitiba, 2013. Fonte: A autora Fonte: A autora

15. Você se sente incomodado com algum aspecto

relacionado ao meio ambiente (ruído, poluição, lixo,

etc.)?

85%15%

SIM

NÃO

16. Em relação a tal incômodo você fez alguma

coisa para mudar a situação?

30% 70%SIM

NÃO

Gráfico 15: O que o incomodado em Gráfico 16: Fez algo para mudar o que relação ao meio ambiente? o incomoda? Curitiba, 2013. Curitiba, 2013. Fonte: A autora Fonte: A autora

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17. Dentre as representações de meio ambiente, abaixo relacionadas, qual

mais se encaixa na sua concepção?

15%

5%5%

75%

0

4

8

12

16

20

É a natureza, água, solo, ar,

plantas e animais

É tudo que faz parte do

entorno e envolve os seres

humanos

É o espaço natural onde os

seres vivos estão em

constante relação.

Outra.

ME

RO

DE

PE

SS

OA

S

0%

20%

40%

60%

80%

Gráfico 17: Qual a melhor representação de meio ambiente, em sua concepção? Curitiba, 2013. Fonte: A autora